Crise de Julho: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Map Europe alliances 1914-de.svg|thumb|upright=1.2|Alianças na Europa em 1914]]
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[[Imagem:Archduke Franz with his wife.jpg|thumb|upright=1.2|O arquiduque [[Francisco Fernando da Áustria-Hungria|Francisco Fernando]] e sua esposa pouco antes do atentado]]
O '''Ultimato Austro-Húngaro a Sérvia''' ou '''Ultimato de julho''' foi um [[ultimato]] contendo a lista de exigências ao governo do [[Reino da Sérvia]] enviado em [[23 de julho]] de [[1914]], logo após o [[Assassinato de Sarajevo|assassinato do arquiduque Francisco Fernando]], herdeiro do [[Império Austro-Húngaro]], em [[Sarajevo]].<ref>[http://lapostexaminer.com/nuclear-war-near-according-nobel-laureate/2014/10/10 Nuclear War could be near, according to Nobel laureate]</ref> O documento foi descrito como "o documento mais formidável já endereçado de um estado a outro" pelo ministro das relações exteriores [[Grã-Bretanha|britânico]], [[Edward Grey]], e amplamente considerado como inaceitável, meramente uma medida para criar um ''[[casus belli]]'' a fim do Áustria-Hungria invadir e punir a Sérvia.
O '''Ultimato Austro-Húngaro a Sérvia''' ou '''Ultimato de julho''' foi um [[ultimato]] contendo a lista de exigências ao governo do [[Reino da Sérvia]] enviado em [[23 de julho]] de [[1914]], logo após o [[Assassinato de Sarajevo|assassinato do arquiduque Francisco Fernando]], herdeiro do [[Império Austro-Húngaro]], em [[Sarajevo]].<ref>[http://lapostexaminer.com/nuclear-war-near-according-nobel-laureate/2014/10/10 Nuclear War could be near, according to Nobel laureate]</ref> O documento foi descrito como "o documento mais formidável já endereçado de um estado a outro" pelo ministro das relações exteriores [[Grã-Bretanha|britânico]], [[Edward Grey]], e amplamente considerado como inaceitável, meramente uma medida para criar um ''[[casus belli]]'' a fim do Áustria-Hungria invadir e punir a Sérvia.


== Detalhes ==
== Detalhes ==
[[Imagem:Archduke Franz with his wife.jpg|thumb|O arquiduque [[Francisco Fernando da Áustria-Hungria|Francisco Fernando]] e sua esposa pouco antes do atentado]]


A Áustria-Hungria demandou que o governo sérvio deveria tomar as seguintes providências:
A Áustria-Hungria demandou que o governo sérvio deveria tomar as seguintes providências:

Revisão das 20h43min de 19 de junho de 2016

Alianças na Europa em 1914

O Ultimato Austro-Húngaro a Sérvia ou Ultimato de julho foi um ultimato contendo a lista de exigências ao governo do Reino da Sérvia enviado em 23 de julho de 1914, logo após o assassinato do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, em Sarajevo.[1] O documento foi descrito como "o documento mais formidável já endereçado de um estado a outro" pelo ministro das relações exteriores britânico, Edward Grey, e amplamente considerado como inaceitável, meramente uma medida para criar um casus belli a fim do Áustria-Hungria invadir e punir a Sérvia.

Detalhes

O arquiduque Francisco Fernando e sua esposa pouco antes do atentado

A Áustria-Hungria demandou que o governo sérvio deveria tomar as seguintes providências:

  1. Suprimir qualquer publicação que incite o ódio e a desobediência à monarquia austríaca;
  2. Dissolver imediatamente a sociedade Narodna Odbrana e proceder do mesmo modo contra outras sociedades engajadas na propaganda anti-Áustria.
  3. Eliminar de instituições públicas sérvias quaisquer aspectos que sirvam para fomentar a propaganda anti-Áustria;
  4. Remover do serviço militar todos os oficiais ligados à propaganda anti-Áustria, oficiais que deverão ter seus nomes dados ao governo Austro-Húngaro;
  5. Aceitar a colaboração de organizações do governo Austro-Húngaro na supressão de movimentos subversivos direcionados contra a integridade territorial da monarquia;
  6. Iniciar uma investigação judicial contra os cúmplices da conspiração de 28 de junho que estão em território sérvio, com órgãos delegados pelo governo Austro-Húngaro fazendo parte da investigação;
  7. Prender imediatamente o major Voislav Tankosic e o oficial sérvio Milan Ciganovitch, comprometidos pelas investigações preliminares empreendidas pela Áustria-Hungria;
  8. Providenciar por meio de efetivas medidas a cooperação da Sérvia contra o tráfico ilegal de armas e explosivos através da fronteira;
  9. Fornecer à Áustria-Hungria explicações sobre declarações de altos oficiais sérvios tanto na Sérvia quanto no exterior, que expressaram hostilidades para com a Áustria-Hungria; e
  10. Notificar a Áustria-Hungria sem demora a execução dessas medidas.

Resposta

O governo sérvio aceitou todas as condições do ultimato, exceto a condição de incluir a Áustria-Hungria na investigação judicial sérvia (demanda 6), que a Sérvia afirmou ser inconstitucional e uma violação de sua soberania.

Ligações externas

Veja também