Esporte Clube Caratinga

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Caratinga
Nome Esporte Clube Caratinga
Alcunhas Dragão
Rubro-Negro
O Glorioso
Mascote Dragão
Fundação 23 de agosto de 1917 (106 anos) [1]
Estádio Doutor Maninho
Capacidade 2.000 pessoas
Competição Minas Gerais Campeonato Mineiro - 2ª Divisão
Website Facebook
Cores do Time
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Uniforme
titular
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Uniforme
alternativo
Euclides Etiene Arreguy, o "Dr Maninho", que batiza o estádio do EC Caratinga.

O Esporte Clube Caratinga é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Caratinga, no estado de Minas Gerais.

As suas Cores são o Vermelho e o Preto, e tem como mascote o Dragão.

O Esporte Clube Caratinga foi fundado em 23 de agosto de 1917. Em 1933, em reunião no "Cine Caratinga" foi formada a primeira diretoria com três membros: professor Francisco Costa Ramos, Cel. Pedro Martins, e Dr. Antônio Carlos[2].

Entre muitos dirigentes que fizeram parte desta história estão: Major Etienne Arreguy, Omar Coutinho, Onair de Freitas, Antônio de Araújo Côrtes, Archimedes Theodoro, Aluísio Mendes de Andrade, Milon do Val, Ary Macedo, Ivan Macedo, Wantuil Teixeira de Paula, Paulinho da Bateria, Jorge Mendes Magalhães e Monir Saygli. Hoje o clube é presidido por Márcio Alexandre do Carmo (Didi). Manda seus jogos no Estádio Doutor Euclides Etienne Arreguy ou "Doutor Maninho", com capacidade para 2.000 pessoas.

Em 1964, o médico Archimedes Theodoro foi eleito presidente, tendo como vice Francisco Azzi (Turquinho). Depois de avaliar a área do clube atrás do campo, resolveram que era hora de construir a atual sede com o suntuoso Palácio de Cristal e o parque aquático que foi o grande acontecimento do ano[3].

Futebol[editar | editar código-fonte]

O Estádio Doutor Maninho foi construído entre o final da década de 1950 e início dos anos 1960, tornando-se um importante ponto de encontro da sociedade caratinguense. Um dado importante foi a iluminação do estádio, realizada no ano de 1980 com apoio da prefeitura e até do governo estadual, graças ao presidente Milon do Val que conseguiu os apoios necessários. Embora tenha possuído vários times, desde a fundação do Clube, o auge do EC Caratinga no futebol se deu entre a década de 1960 e 1990, quando o clube disputou títulos importantes chegando até mesmo a participar do módulo II do Campeonato Mineiro de Futebol.

O principal rival municipal do Esporte Clube Caratinga era o América Futebol Clube, mas também haviam outros times na cidade, como o Fluminense da Rua do Sal e o Esplanada[4], além dos times formados em outras cidades da região como o Santa Bárbara, o Sport Club de Tarumirim e o Botafogo de Inhapim[5]. Os torneios municipais eram regrados pela Liga Caratinguense de Desportos[6], filiada a Federação Mineira de Futebol. O Caratinga foi o maior campeão da Liga Caratinguense de Desportos de todos os tempos, totalizando 11 conquistas[3]. Títulos da LCD: 1969, 1970, 1971, 1975, 1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1986 e 2005.


Década de 1960

Em 1960, a FMF criou o Campeonato Mineiro de Futebol, no ano seguinte inaugurou a divisão de acesso, ou segunda divisão. A divisão tinha 20 clubes, divididos em 4 grupos de 5 times. O EC Caratinga estreou com uma vitória de 3 a 1 sobre o Minas Esporte Clube (Nova Era), ainda no primeiro turno perdeu para o Ferroviário (Divinópolis), empatou com o Vera Cruz (Betim) e perdeu para o Palmeirense (Ponte Nova). No returno, voltou a ganhar do Minas, goleou o Palmeirense por 6 a 0 e o Vera Cruz por 4 a 1, ficando em segundo colocado de seu grupo. O que não deu direito a seguir para a fase seguinte[7].

Em 1962, uma negociação marcou a história do Esporte Clube Caratinga, que negociou Pelezinho por 500 mil cruzeiros e mais um amistoso contra o Cruzeiro Esporte Clube no estádio Dr. Maninho. Vitória cruzeirense por 5 a 0. Em 1963, Fifi foi para o Ribeiro Junqueira de Leopoldina, jogou ainda no Nacional de Muriaé e CRB de Alagoas. Poderia ter feito carreira no Botafogo, mas precisou voltar às pressas para Caratinga depois de um caso mal resolvido. Em 1969, o Dragão vendeu o zagueiro Jairão ao Fluminense do Rio de Janeiro, por vinte milhões de Cruzeiro, sendo dez à vista e dez com prazo de 45 dias. O técnico empresário Daniel Pinto intermediou as negociações.

Em 1967, o time voltou a disputar a segunda divisão do Campeonato Mineiro, ficando em terceiro lugar do grupo, com 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.[8] Mas em 1968, sagrou-se primeiro lugar do próprio grupo, em campanha com 2 vitórias, 3 empates e 1 derrota[9], em disputa com o Democratas GV, segundo lugar, o Caratinga perdeu e não foi para a segunda fase da competição[10].

Na década de 1960 destaca-se como principal jogador do time o "Tio Moá". Moacir Silva nascido em Rocha Miranda, no dia 10 de dezembro de 1938, chegou ao Dragão em 1960, fez sua estreia na derrota para o União Rodoviário por 3 a 1. O rubro-negro pediu a revanche e venceu por 8 a 1. Porém, o jogo que marcou Tio Moá foi a vitória por 1 a 0 contra o Bonsucesso carioca, no dia 21 de Janeiro de 1967, no estádio Dr. Maninho.


Década de 1970

Segundo alguns crônicos e jornalistas, a melhor fase do time foi na década de 1970. Um título marca o torcedor caratinguense, o Regional de 1974 sobre o Esporte Clube Democrata (Valadares), em que o Dragão da Colina só precisava de um empate para sagrar-se campeão, mas ia perdendo por 1x0 até o final do segundo tempo. oram 90 minutos emocionantes. No jogo de ida, o Caratinga chegou a fazer 3 x 0, gols de Chulé – 2, Jesus – l, mas o Democrata diminuiu e chegou aos 3 x 2, gols de Roberto Felipe. Em 10 de outubro de 1974, no Estádio Guilhermino de Oliveira, o time de Valadares ia vencendo por 1x0, quando o time conseguiu empatar. Quando o árbitro Hélio Cosso deu a partida como encerrada, o EC Caratinga vibrou com o título de campeão do III Torneio Regional da Integração. O plantel deste time histórico era: Cacau, Milton, Fifi, Ari e Hugo; Altair e Vermelho (Maninho/IBC); Danilo, Chulé, Jesus e Juarez. Além dessa conquista, vários campeonatos da cidade, e uma enorme série invicta[11].


Década de 1980

A década de 1980 iniciou-se com uma sequência história de campeonatos da cidade vencidos, em 1981 o time sagrou-se tetracampeão consecutivo da LCD, título que conquistaria ainda mais duas vezes, em 1981 e em 1986 naquela década. Em 1990, a LCD deixou de organizar o torneio, que foi feito de modo paralelo alguns anos e voltou a ser organizado pela Liga em 2003. O EC Caratinga sagrou-se mais uma vez campeão em 2005, sem mais nenhuma taça até então.


Década de 1990


Na década de 1990, o Esporte Clube Caratinga voltou a disputar o módulo II do Campeonato Mineiro de Futebol. No ano de 1990 disputou a terceira divisão, ficando em primeiro lugar do grupo B, com 4 vitórias, dois empates e 1 derrota. Na segunda fase, o time voltou a ficar em primeiro lugar, com 3 vitórias, mas na fase final, tropeçou e ficou em último lugar do grupo com 2 empates e 3 derrotas.

Em 1991, o EC Caratinga participou da Supercopa de Minas. Na primeira fase ficou em 4º lugar do grupo, passando a segunda fase, onde perdeu jogo único contra o Vale Do Rio Doce. Neste ano também disputou o Campeonato Mineiro Segunda Divisão, passou da primeira fase, mas voltou a cair na segunda fase do campeonato, sem vitórias e com 2 empates.

No Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, em 1992, o time ficou em primeiro lugar geral na primeira fase, com 4 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota, mas na fase final ficou no quarto e último lugar[12]. No ano seguinte, o time ficou na primeira fase [13]. Em 1994, o time ficou em primeiro lugar na primeira fase e em terceiro na fase final[14].

Em 1995, com a mudança para Campeonato Mineiro Módulo II, o time classificou-se na primeira fase, mas ficou em último na fase final, em 1996 nem passou da primeira fase, em 1997 foi rebaixado. Não voltando a disputar nenhuma modalidade do Campeonato Mineiro até então.


Jogadores e Técnicos ilustres


O melhor jogador da história do Esporte Clube Caratinga é Moacir Silva, o “Tio Moá, o clube teve outros nomes consagrados como Toninho, o ponta esquerda Índio (que chegou a ir para o Cruzeiro Esporte Clube nos anos 1980, Jorge Magalhães (lateral direito), Carlos Temoteo, que se destacou pela rivalidade com o Índio, Aírton Nunes, entre outros.

Muitos técnicos também marcaram época no rubro-negro. Alguns nomes são: Alcides de Freitas, Carmo Viggiano, Acyr Fernandes, Moacir Silva, o “Tio Moá”; Pedro Omar, Otávio Cirilo, Elói Restori, Olnei Vaz, Giancarlo Laghi, Zé Canuta, Nilton Lana e Carlinhos Careca (fase profissional); Luiz Eugênio e Helinho nas categorias de base

Na década de 1970, em passagem pela cidade, Garrincha pousou com a foto do EC Caratinga.

Títulos[editar | editar código-fonte]

Liga Caratinguense de Desportos

1969, 1970, 1971, 1975, 1976, 1978,1979,1980,1981,1986 e 2005.


Títulos antes da criação da Liga Caratinguense de Desportos

1951 campeão invicto da cidade da LMF

1954 campeão da LAF

1955 bicampeão da Liga Amadora de Futebol

1956 Campeão Regional da LAIFA

1960 Campeão da LAIFA

Referências[editar | editar código-fonte]

Mascote do Caratinga, o Dragão