Esporte Clube Siderúrgica
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Nome | Esporte Clube Siderúrgica | ||
Alcunhas | Esquadrão de Aço Sidera | ||
Torcedor(a)/Adepto(a) | Siderurgicano Alvi-anil | ||
Mascote | Tartaruga | ||
Fundação | 31 de maio de 1930 (93 anos) | ||
Estádio | Praia do Ó | ||
Capacidade | 5.000 espectadores | ||
Localização | Sabará, MG, Brasil | ||
Presidente | Gilberto Evangelista | ||
Treinador(a) | Ginelton Mares | ||
Material (d)esportivo | Produzida por Gabi Arte Gráfica e Copiadora (Sabará - MG) | ||
Competição | ![]() | ||
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O Esporte Clube Siderúrgica, ou simplesmente Siderúrgica, é um clube de futebol brasileiro, da cidade de Sabará, no estado de Minas Gerais.
É proprietário do Estádio Eli Seabra Filho, que tem como mascote uma Tartaruga (criação do cartunista Fernando Pierucetti, o Mangabeira),[1] por encomenda do jornal 'Folha de Minas, em 1943) e ostenta como suas cores, o azul e o branco.
Conquistou duas vezes o Campeonato Mineiro de Futebol, com o título de 1964 marcando tanto o último torneio antes da inauguração do Mineirão[2] como o último de um time fora de Belo Horizonte até a década de 2000.[3]
O Siderúrgica havia encerrado as suas operações em 1967, após perder o patrocínio da Belgo-Mineira, e após breve retorno jogando a Segunda Divisão mineira na década de 90, retornou as suas atividades profissionais em 2007. A maior goleada do time foi sobre o Atlético MG 7x2 em um jogo pelo mineiro de 65.[carece de fontes]
História[editar | editar código-fonte]
O Siderúrgica foi fundado no dia 31 de maio de 1930, por iniciativa de funcionários da Usina Siderúrgica Belgo-Mineira. O estatuto do clube foi elaborado por uma comissão de 10 membros, presidida por Felicio Roberto, que ocupou o cargo de primeiro presidente da história do Siderúrgica.[4]
O clube foi inicialmente organizado para ser um Clube de Recreação Esportivo dos funcionários da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira. A Companhia Siderúrgica Belgo Mineira foi patrocinadora do Clube, empenhando-se para o aprimoramento dos diversos departamentos do Clube, principalmente seu quadro de atletas profissionais. Contribuindo materialmente e financeiramente, possibilitou aos atletas satisfação, alegria e aprimoramento técnico e físico. Isso foi um exemplo de responsabilidade social em seu tempo, pois oferecia, através da Belgo Mineira, uma garantia de aprendizado de uma outra profissão, com a possibilidade, quando encerrava-se a carreira futebolística, do jogador trabalhar no ramo siderúrgico.
O primeiro campo de futebol foi construído em terreno da Praia do Ó, doado pelo Recreio Club Siderúrgica, e com o patrocínio da Belgo-Mineira. A primeira partida aconteceu em 17 de agosto de 1930, contra o Alves Nogueira F.C., no campo deste, atual PRAESA, em Sabará, quando o Siderúrgica perdeu para o Alves Nogueira Football Club por 5 a 4.
Em 1931, filiou-se a Liga Mineira de Desportos Terrestres e disputou seu primeiro torneio oficial, conquistando o título de Campeão da 2ª Divisão de Amadores em 1932. Em 1933, fez sua primeira partida como profissional, vencendo o Palestra Itália, atual Cruzeiro, pelo placar de 2 a 1, tornando-se campeão mineiro já em 1937. Em 1943 o cartunista Fernando Pierucetti, o Mangabeira, definiu como mascote da equipe uma Tartaruga.
Em 1954 foi disputada a Taça Louis Ensch, em homenagem ao patrono do Siderúrgica e ex-presidente da Companhia Belgo Mineira. Todas as partidas foram disputadas em Belo Horizonte e o título ficou com o ESPORTE CLUBE SIDERÚRGICA.[5]
O Siderúrgica foi o último campeão mineiro antes do início da Era Mineirão, em 1964, ao vencer o América no Estádio da Alameda por 3 a 1.[2] O título se valeu pelo comando do técnico Dorival "Yustrich" Knipel, que ordenou a construção de uma nova concentração, pediu aos jogadores tirarem licença de seus empregos na Belgo Mineira, e requisitou a contratação do atacante Aldeir (que marcou o primeiro gol da final) junto ao America-RJ.[4] Durante a histórica campanha da Tartaruga, o time de Sabará sofreu apenas uma derrota, para o Cruzeiro, no Barro Preto, por 1 a 0, com um gol do jovem Tostão, muito reclamado pelo Siderúrgica, pois este teria sido feito em impedimento.
Pela Taça Brasil de 1965, o Siderúrgica foi o primeiro clube de Minas Gerais a jogar uma partida interestadual no recém inaugurado Mineirão. Chegou às oitavas de final antes de perder para o Grêmio.[4] Também disputou a partida inaugural do Pelezão, em Brasília.
No Campeonato Mineiro de 1965, o Siderúrgica terminou na terceira colocação.
Endividados pelos gastos para a campanha de 1964 e rebaixado no Campeonato Mineiro de 1966, o Siderúrgica veio a perder em 1967 o apoio financeiro da Belgo-Mineira, levando o clube a extinguir o seu departamento de futebol profissional.[4]
O retorno[editar | editar código-fonte]
Depois de 26 anos desativado, voltou a disputar, em 1993 e 1997, o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, mas sem o mesmo sucesso do passado.[2]
Em 2007, volta a disputar o futebol profissional, integrando o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Realiza uma capanha ruim, terminando em último em seu grupo, e sendo eliminado logo na primeira fase.
Em 2011, o clube novamente se inscreveu para a disputa da Segunda Divisão, porém não obteve sucesso e foi eliminado ainda na primeira fase.
Em 2012, o Siderúrgica inscreveu-se novamente para a disputa do mesmo campeonato, mas novamente teve uma campanha muito fraca, sendo o time eliminado ainda na primeira fase e ficando na lanterna do grupo sem nenhuma vitória.
A falta de verbas do Siderúrgica impediram o retorno de uma equipe profissional para a Segunda Divisão em 2014, mantendo apenas seis equipes de base, nas categorias pré-mirim, mirim, infantil e juvenil. Como não podem usar o Estádio da Praia do Ó, treinam em uma escola estadual de Sabará.[4] Retomou novamente as atividades em 2015, e para a disputa da Segunda Divisão, utilizou o Estádio Israel Pinheiro, em Itabira, para mando de suas partidas, o mesmo ocorrendo em 2016.
Jejum de vitórias[editar | editar código-fonte]
A última partida que o Siderúrgica jogou ainda patrocinado pela Belgo Mineira foi a vitória fora de casa, pelo Campeonato Mineiro, contra o Renascença em Belo Horizonte, no dia 8 de dezembro de 1966. A vitória, porém, não evitou o primeiro rebaixamento na história da equipe.
A Tartaruga voltou a campo, em jogos oficiais, apenas em 1993 para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Com uma campanha ruim, jogou sete vezes, com dois empates e cinco derrotas, terminando a competição em último lugar.
Após quatro anos, a equipe sabarense voltou a disputar um campeonato profissional, a Segunda Divisão de 1997, onde novamente fez uma campanha pífia, com apenas duas vitórias em oito jogos. A primeira dessas duas vitórias aconteceu no dia 20 de setembro 1997, 2x1 sobre o Fabril de Lavras, quase 31 anos depois da sua última vitória. A segunda vitória aconteceu no dia 31 de agosto, 4x2 contra o Esportivo de Passos, essa foi a última vitória até hoje a nível profissional do Siderúrgica. No último jogo de 1997, um empate por 1x1 com a Aciara em Ipatinga, não foi suficiente para a classificação e a equipe novamente terminou o campeonato em último lugar.
O próximo campeonato profissional que o Siderúrgica disputou, após uma década de inatividade, foi a Segunda Divisão de 2007, retornando para as edições de 2011, 2012, 2015 e 2016. Neste período a equipe disputou 36 jogos com 10 empates, 26 derrotas e nenhuma vitória, levando a um jejum de 19 anos sem vencer, que pode ser ainda maior se contarmos partidas amistosas.
Formações históricas[editar | editar código-fonte]
- Time-base Campeão Mineiro de 1937:
Tonho, Rômulo Januzzi, Ferreira, Chico Preto, Mascote, Paulo Florêncio, Moraes, Geraldo Rebelo, Chiquinho, Arlindo e Princesa. Treinadores: Tonheca e Capitão.
- Time-base Campeão Mineiro de 1964:
O time campeão foi Djair, Geraldinho, Chiquito, Ze Luiz e Dawson Laviolla; Edson e Paulista; Ernani, Silvestre, Noventa (Aldeir) e Tião Cavadinha. Treinador: Yustrich.
Estatísticas[editar | editar código-fonte]
Participações[editar | editar código-fonte]
Participações em 2020 |
Competição | Temporadas | Melhor campanha | Anos | P ![]() |
R ![]() | |
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Campeonato Mineiro | 34 | Campeão (1937 e 1964) | 1933-1966 | 1 | |
Módulo II | 2 | Campeão (1932) | 1932, 1993 | 1 | – | |
Segunda Divisão | 6 | 5º colocado (1997) | 1997, 2007, 2011-2012, 2015-2016 | – | ||
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Campeonato Brasileiro | 1 | 7º colocado (1965) | 1965 | – |
Desempenho em competições oficiais[editar | editar código-fonte]
Ano | 1965 |
---|---|
Pos. | 7º |
- 1966 : A equipe termina como penúltima colocada, acabando sendo rebaixada à primeira divisão, atual Módulo II do Mineiro. Até o presente momento o Siderúrgica não mais voltou a estar na elite do Futebol Mineiro.
Títulos[editar | editar código-fonte]
ESTADUAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
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Campeonato Mineiro | 2 | |
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Campeonato Mineiro - Módulo II | 1 | |
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Torneio Início de Minas Gerais | 4 | |
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Campeonato Mineiro do Interior | 1 |
Outras conquistas[editar | editar código-fonte]
INTERESTADUAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
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Taça Brasil - Zona Sudeste Central | 1 | |
ESTADUAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
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Campeonato Mineiro de Aspirantes | 1 | |
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Torneio da Zona Metalúrgica de Minas Gerais | 1 | |
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Copa Belo Horizonte - Juiz de Fora | 1 | ![]() |
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Taça Louis Ensch | 1 | ![]() |
MUNICIPAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
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Campeonato Amador de Sabará | 2 |
- Notas
Futebol feminino[editar | editar código-fonte]
- Copa Litoral Paulista de Futebol Feminino: 2021
Referências
- ↑ IstoÉ Gente - O Rei dos Animais
- ↑ a b c Um Título a Ferro e Fogo[ligação inativa]
- ↑ [1]
- ↑ a b c d e Um Dia no Topo[ligação inativa]
- ↑ Brasileiro, Arquivos Do Futebol (26 de dezembro de 2011). «ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILEIRO: TAÇA LOUIS ENSCH - 1954». ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILEIRO. Consultado em 30 de março de 2023