Jafar Panahi
Jafar Panahi | |
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Jafar Panahi, na Espanha (2007). | |
Nascimento | 11 de julho de 1960 (64 anos) Mianeh, Irão |
Ocupação | Diretor e roteirista |
Festival de Berlim | |
Grand Prix do Júri 2006 Urso de Ouro | |
Festival de Veneza | |
Leão de Ouro 2000 | |
Outros prêmios | |
Leopardo de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Locarno 1997 Tulipa Dourada |
Jafar Panahi (em pársi: جعفر پناهی ; Minaeh, Azerbaijão Oriental, 11 de julho de 1960) é um diretor de cinema e roteirista iraniano, de etnia azeri.
Estudou Cinema na Universidade de Cinema e Televisão de Teerã.[1]
Recebeu o prêmio da Câmera de Ouro do Festival de Cannes, por seu filme de 1995 O Balão Branco, que narra as desventuras de uma menina que tenta comprar peixinhos dourados para o Ano Novo, conforme a tradição. O espelho, de 1997, recebeu o Leopardo de Ouro do Festival de Locarno. Em 2000, obteve o Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza, por O Círculo, que trata das dificuldades de mulheres diante das restrições impostas pelo Estado islâmico.[2]
Em 2015 Panahi dirigiu o filme Taxi que estreou no 65º Festival de Cinema de Berlim. Ele recebeu um prêmio Urso de Ouro por este filme.[3]
Prisão e julgamento
[editar | editar código-fonte]Panahi desagradou às autoridades iranianas ao apoiar Mir Hussein Mussavi, o candidato oposicionista, na eleição presidencial de junho de 2009. Posteriormente, sua casa foi invadida, e a sua coleção de filmes, tachada de "obscena", foi apreendida. O cineasta foi preso em março de 2010 e, durante seus 88 dias de detenção, fez greve de fome. Mais tarde foi impedido de comparecer ao Festival de Cinema de Veneza, em setembro. Na ocasião, várias personalidades do cinema - como Steven Spielberg e Juliette Binoche - manifestaram apoio a ele. "Não compreendo a acusação de obscenidade dirigida contra clássicos da história do cinema, nem compreendo o crime do qual sou acusado", declarou o cineasta iraniano à corte.[carece de fontes]
O cineasta foi condenado a seis anos de prisão e proibido de filmar por 20 anos.[4] Mesmo assim, Panahi já dirigiu três filmes após a condenação. Em 16 de novembro de 2010, Panahi foi a julgamento, acusado de fazer um filme sem autorização e de incitar protestos oposicionistas.[5]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Ano | Título original | Título no Brasil | Título em Portugal | Observações |
2015 | Taxi | Taxi Teerã | Táxi de Jafar Panahi | Urso de Ouro do Festival de Berlim |
2013 | Closed Curtain | |||
2011 | In Film Nist | Isto Não É um Filme | Isto Não É um Filme[6] | |
2006 | Offside | Fora do Jogo | ||
2003 | Talaye Sorkh | Ouro Carmim | Prêmio do juri na mostra Un certain regard do Festival de Cannes | |
2000 | Dayereh | O Círculo | Leão de Ouro no Festival de Veneza[1] | |
1997 | Ayneh | O Espelho | Leopardo de Ouro do Festival de Locarno | |
1997 | Ardekoul | |||
1995 | Badkonake Sefid | O Balão Branco | Câmera de Ouro do Festival de Cannes | |
1992 | Akharin Emtehan | |||
1992 | Doust | |||
1991 | Kish | |||
1988 | Yarali Bashlar |
Referências
- ↑ a b «28ª Mostra BR de Cinema - Jafar Panahi». Uol. 2004. Consultado em 23 de novembro de 2009
- ↑ Relação completa dos prêmios concedidos a Jafar Panahi, no site do IMDb.
- ↑ Connolly, Kate. «Banned Iranian director Jafar Panahi wins Berlin film festival's Golden Bear». Consultado em 17 de fevereiro de 2015
- ↑ «Diretor iraniano condenado à prisão se liberta em filme». Consultado em 14 de Junho de 2016
- ↑ Cineasta iraniano vai a julgamento e rejeita acusações. O Globo
- ↑ Garcia, Pedro Piccoli; Piccinin, Fabiana Quatrin (2021). «"Isto não é um filme" de Jafar Panahi: a denúncia contra censura pela metanarrativa». Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação (1): 173–189. ISSN 1809-5844. doi:10.1590/1809-5844202118