Jafar Panahi
Jafar Panahi | |
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![]() Panahi em 2025 | |
Nascimento | 11 de julho de 1960 (64 anos) Mianeh, Irã |
Educação | Faculdade de Cinema e TV da Transmissão do Irã |
Ocupação | Diretor e roteirista |
Cônjuge | Tahere Saeedi (c. 1983) |
Filho(a)(s) | 2 |
Festival de Cannes | |
Palma de Ouro (2025)- Un Simple Accident | |
Festival de Berlim | |
Grand Prix do Júri 2006 Urso de Ouro | |
Festival de Veneza | |
Leão de Ouro 2000-The Circle | |
Outros prêmios | |
Leopardo de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Locarno 1997 Tulipa Dourada |
Jafar Panahi (em pársi: جعفر پناهی ; Minaeh, Azerbaijão Oriental, 11 de julho de 1960) é um diretor de cinema e roteirista iraniano, de etnia azeri.
Estudou Cinema na Universidade de Cinema e Televisão de Teerã.[1]
Recebeu o prêmio da Câmera de Ouro do Festival de Cannes, por seu filme de 1995 O Balão Branco, que narra as desventuras de uma menina que tenta comprar peixinhos dourados para o Ano Novo, conforme a tradição. O espelho, de 1997, recebeu o Leopardo de Ouro do Festival de Locarno. Em 2000, obteve o Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza, por O Círculo, que trata das dificuldades de mulheres diante das restrições impostas pelo Estado islâmico.[2]
Em 2015, Panahi dirigiu o filme Taxi que estreou no 65º Festival de Cinema de Berlim. Ele recebeu um prêmio Urso de Ouro por este filme.[3]
Prisão e julgamento
[editar | editar código-fonte]Panahi desagradou às autoridades iranianas ao apoiar Mir Hussein Mussavi, o candidato oposicionista, na eleição presidencial de junho de 2009. Posteriormente, sua casa foi invadida, e a sua coleção de filmes, tachada de "obscena", foi apreendida. O cineasta foi preso em março de 2010 e, durante seus 88 dias de detenção, fez greve de fome. Mais tarde foi impedido de comparecer ao Festival de Cinema de Veneza, em setembro. Na ocasião, várias personalidades do cinema - como Steven Spielberg e Juliette Binoche - manifestaram apoio a ele. "Não compreendo a acusação de obscenidade dirigida contra clássicos da história do cinema, nem compreendo o crime do qual sou acusado", declarou o cineasta iraniano à corte.[carece de fontes]
O cineasta foi condenado a seis anos de prisão e proibido de filmar por 20 anos.[4] Mesmo assim, Panahi já dirigiu três filmes após a condenação. Em 16 de novembro de 2010, Panahi foi a julgamento, acusado de fazer um filme sem autorização e de incitar protestos oposicionistas.[5]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Título original | Notes |
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1995 | Badkonake Sefid | بادکنک سفيد | co-escrito com Abbas Kiarostami |
1997 | The Mirror | آینه | |
2000 | The Circle | دایره | co-escrito com Kambuzia Partovi, banido no Irã antes do lançamento |
2003 | Crimson Gold | طلای سرخ | co-escrito com Abbas Kiarostami, banido no Irã antes do lançamento |
2006 | Offside | آفساید | co-escrito com Shadmehr Rastin, banido no Irã antes do lançamento |
2011 | Isto não É um Filme | این فیلم نیست | co-directed by Mojtaba Mirtahmasb, feito ilegalmente |
2013 | Closed Curtain | پرده | co-dirigido por Kambuzia Partovi, feito ilegalmente |
2015 | Taxi | تاکسی | Feito ilegalmente |
2018 | 3 Faces | سه رخ | |
2021 | The Year of the Everlasting Storm | Filme antológico; segmento: "Life" | |
2022 | No Bears | خرس نیست | Feito ilegalmente |
2025 | Un Simple Accident | یک تصادف ساده |
Referências
- ↑ «28ª Mostra BR de Cinema - Jafar Panahi». Uol. 2004. Consultado em 23 de novembro de 2009
- ↑ Relação completa dos prêmios concedidos a Jafar Panahi, no site do IMDb.
- ↑ Connolly, Kate. «Banned Iranian director Jafar Panahi wins Berlin film festival's Golden Bear». Consultado em 17 de fevereiro de 2015
- ↑ «Diretor iraniano condenado à prisão se liberta em filme». Consultado em 14 de Junho de 2016
- ↑ Cineasta iraniano vai a julgamento e rejeita acusações. O Globo