Testosterona: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Reversão de uma ou mais edições de 83.246.129.250 para a versão 39688385 de 177.156.13.55, com Reversão e avisos.
recicl.
Linha 23: Linha 23:
| entalpia_de_combustão=−11080 kJ/mol
| entalpia_de_combustão=−11080 kJ/mol
}}
}}
'''Testosterona''' é uma [[hormona esteroide]] do grupo dos [[andrógeno]]s e encontrada em [[mamífero]]s, [[répteis]],<ref name="pmid16326949">{{cite journal | author = Cox RM, John-Alder HB | title = Testosterone has opposite effects on male growth in lizards (Sceloporus spp.) with opposite patterns of sexual size dimorphism | journal = J. Exp. Biol. | volume = 208 | issue = Pt 24 | pages = 4679–87 |date=December 2005 | pmid = 16326949 | doi = 10.1242/jeb.01948 | url = }}</ref> [[aves]],<ref name="pmid16671011">{{cite journal | author = Reed WL, Clark ME, Parker PG, Raouf SA, Arguedas N, Monk DS, Snajdr E, Nolan V, Ketterson ED | title = Physiological effects on demography: a long-term experimental study of testosterone's effects on fitness | journal = Am. Nat. | volume = 167 | issue = 5 | pages = 667–83 |date=May 2006 | pmid = 16671011 | doi = 10.1086/503054 | layurl = http://www.sciencedaily.com/releases/2006/05/060526083618.htm | laysource = ScienceDaily }}</ref> e outros [[vertebrado]]s. Em mamíferos, a testosterone é segregada principalmente pelos [[testículo]]s dos [[macho]] e pelos [[ovário]]s das [[fêmea]]s, embora seja também segregada em pequenas quantidades pelas [[Glândula suprarrenal|glândulas suprarrenais]]. A testosterona é a principal [[hormona]] sexual masculina e um [[esteroide anabolizante]].
'''Testosterona''' é uma [[hormona]] que causa certos efeitos tanto nos homens quanto nas mulheres. É produzida nos homens pelos [[testículo]]s (os quais também produzem [[espermatozóide]]s e uma série de outros hormônios que controlam o desenvolvimento normal e funcionamento do organismo) e nos indivíduos do sexo feminino pelos [[ovário]]s, e, em pequena quantidade em ambos, também pelas [[glândulas supra-renais]]. Vale ressaltar que a síntese da testosterona é inibida pela ação do LH ([[hormônio luteinizante]]), que por sua vez é produzido pela pituitária anterior (adenohipófise ou simplesmente [[hipófise]]).


Nos homens, a testosterona é fundamental para o desenvolvimento dos tecidos [[Sistema reprodutor|reprodutores]] masculinos, como os testículos ou a [[próstata]], e na promoção de características sexuais secundárias, como o aumento da [[Músculo|musculatura]], massa [[Osso|óssea]] e o crescimento de pêlos no corpo.<ref name="Mooradian_ 1987">{{cite journal | author = Mooradian AD, Morley JE, Korenman SG | title = Biological actions of androgens | journal = Endocr. Rev. | volume = 8 | issue = 1 | pages = 1–28 |date=February 1987 | pmid = 3549275 | doi = 10.1210/edrv-8-1-1 | url = }}</ref> A testosterona é ainda essencial para a saúde e bem-estar<ref name="pmid19707253">{{cite journal | author = Bassil N, Alkaade S, Morley JE | title = The benefits and risks of testosterone replacement therapy: a review | journal = Ther Clin Risk Manag | volume = 5 | issue = 3 | pages = 427–48 |date=June 2009 | pmid = 19707253 | pmc = 2701485 | doi = | url = }}</ref> e na prevenção de [[osteoporose]].<ref name="pmid19011293">{{cite journal | author = Tuck SP, Francis RM | title = Testosterone, bone and osteoporosis | journal = Front Horm Res | volume = 37 | issue = | pages = 123–32 | year = 2009 | pmid = 19011293 | doi = 10.1159/000176049 | series = Frontiers of Hormone Research | isbn = 978-3-8055-8622-1 }}</ref>
A testosterona é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais, sendo também importante para a função sexual normal e o desempenho sexual. Apesar de ser encontrada em ambos os sexos, em média, o organismo de um adulto do sexo masculino produz cerca de vinte a trinta vezes mais testosterona que o organismo de um adulto do sexo feminino,<ref>[http://www2.uol.com.br/vivermente/conteudo/noticia/noticia_88.html Revista Viver Mente de novembro de 2006]</ref> tendo assim um papel determinante na diferenciação dos sexos na espécie humana.

Em média, a quantidade de testosterona nos homens é entre sete a oito vezes superior do que em mulheres.<ref name="pmid14981046">{{cite journal | author = Torjesen PA, Sandnes L | title = Serum testosterone in women as measured by an automated immunoassay and a RIA | journal = Clin. Chem. | volume = 50 | issue = 3 | pages = 678; author reply 678–9 |date=March 2004 | pmid = 14981046 | doi = 10.1373/clinchem.2003.027565 }}</ref> Embora a produção diária da hormona seja vinte vezes superior nos homens, o consumo metabólico é igualmente superior.<ref name="pmid6025472">{{cite journal | author = Southren AL, Gordon GG, Tochimoto S, Pinzon G, Lane DR, Stypulkowski W | title = Mean plasma concentration, metabolic clearance and basal plasma production rates of testosterone in normal young men and women using a constant infusion procedure: effect of time of day and plasma concentration on the metabolic clearance rate of testosterone | journal = J. Clin. Endocrinol. Metab. | volume = 27 | issue = 5 | pages = 686–94 |date=May 1967 | pmid = 6025472 | doi = 10.1210/jcem-27-5-686 }}</ref><ref name="pmid5843701">{{cite journal | author = Southren AL, Tochimoto S, Carmody NC, Isurugi K | title = Plasma production rates of testosterone in normal adult men and women and in patients with the syndrome of feminizing testes | journal = J. Clin. Endocrinol. Metab. | volume = 25 | issue = 11 | pages = 1441–50 |date=November 1965 | pmid = 5843701 | doi = 10.1210/jcem-25-11-1441 }}</ref> As mulheres são também mais sensíveis à hormona.<ref name="isbn0-07-135739-4">{{cite book | author = Dabbs M, Dabbs JM | authorlink = | editor = | others = | title = Heroes, rogues, and lovers: testosterone and behavior | edition = | language = | publisher = McGraw-Hill | location = New York | year = 2000 | origyear = | pages = | quote = | isbn = 0-07-135739-4 | oclc = | doi = | url = | accessdate = }}</ref>

A testosterona pode ser observada na maior parte dos vertebrados. Os [[peixe]]s produzem uma forma ligeiramente diferente denominada [[11-Cetotestosterona]].<ref name="isbn0-87893-617-3">{{cite book | author = Nelson, Randy F. | authorlink = | editor = | others = | title = An introduction to behavioral endocrinology | edition = | language = | publisher = Sinauer Associates | location = Sunderland, Mass | year = 2005 | origyear = | page = 143 | quote = | isbn = 0-87893-617-3 | oclc = | doi = | url = | accessdate = }}</ref> A hormona equivalente nos [[inseto]]s é a [[ecdisona]].<ref name="De_Loof_2006">{{cite journal | author = De Loof A | title = Ecdysteroids: the overlooked sex steroids of insects? Males: the black box | journal = Insect Science |date=October 2006 | volume = 13 | issue = 5 | pages = 325–338 | doi = 10.1111/j.1744-7917.2006.00101.x }}</ref>


==Testosterona: libido e agressividade==
==Testosterona: libido e agressividade==

Revisão das 01h17min de 4 de agosto de 2014

Estrutura química de Testosterona
Testosterona
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
17b-hidróxi-4-androsten-3-um
Identificadores
CAS 58-22-0
ATC G03BA03
PubChem 6013
Informação química
Fórmula molecular C19H28O2 
Massa molar 288.43
Dados físicos
Ponto de ebulição 155-156 °C
Rotação específica +110,2°
Entalpia Comb. −11080 kJ/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Metabolismo Fígado, Testículo e Próstata
Meia-vida 1-12 dias
Excreção Urina
Considerações terapêuticas
Administração Injeção intramuscular, transdérmica (creme, gel ou patch), oral, sub-'Q' pellet
DL50 ?

Testosterona é uma hormona esteroide do grupo dos andrógenos e encontrada em mamíferos, répteis,[1] aves,[2] e outros vertebrados. Em mamíferos, a testosterone é segregada principalmente pelos testículos dos macho e pelos ovários das fêmeas, embora seja também segregada em pequenas quantidades pelas glândulas suprarrenais. A testosterona é a principal hormona sexual masculina e um esteroide anabolizante.

Nos homens, a testosterona é fundamental para o desenvolvimento dos tecidos reprodutores masculinos, como os testículos ou a próstata, e na promoção de características sexuais secundárias, como o aumento da musculatura, massa óssea e o crescimento de pêlos no corpo.[3] A testosterona é ainda essencial para a saúde e bem-estar[4] e na prevenção de osteoporose.[5]

Em média, a quantidade de testosterona nos homens é entre sete a oito vezes superior do que em mulheres.[6] Embora a produção diária da hormona seja vinte vezes superior nos homens, o consumo metabólico é igualmente superior.[7][8] As mulheres são também mais sensíveis à hormona.[9]

A testosterona pode ser observada na maior parte dos vertebrados. Os peixes produzem uma forma ligeiramente diferente denominada 11-Cetotestosterona.[10] A hormona equivalente nos insetos é a ecdisona.[11]

Testosterona: libido e agressividade

Altas taxas de testosterona podem aumentar o comportamento agressivo(?). Estudos feitos por Richard Udry com adolescentes mostraram que um alto nível do hormônio aumenta a predisposição a ter relações sexuais com mais desempenho. O mesmo acontece com adultos. Só que entre esses, o maior nível de testosterona costuma acarretar problemas no casamento(?). James Dabbs e Alan Booth analisaram as relações amorosas de 4.462 militares entre 30 e 40 anos e perceberam que os homens com testosterona alta eram menos propensos a se casar e se divorciavam mais facilmente(?). Além disso, os homens com níveis mais elevados de testosterona tinham o dobro de chances de ter relações extraconjugais do que os que apresentavam níveis mais baixos(?).

Já num estudo da Faculdade de Medicina de Yale, cientistas observaram que altos níveis testosterona, ainda que por períodos curtos de seis a doze horas, causaram morte em culturas de neurônios.[12](?)

A testosterona também é responsável pelo maior desenvolvimento da massa muscular nos homens, em relação às mulheres.

Bloqueio da testosterona pela finasterida e bromoprida

A finasterida, utilizada para combater a queda de cabelos, concorre com a testosterona em suas ligações e pode promover a sua redução gradual. Por outro lado, a bromoprida, utilizada para melhorar a digestão, promove a elevação da prolactina, que também bloqueia a testosterona, chegando perto de seu limite inferior, com consequências importantes no organismo masculino.[carece de fontes?] Nos Estados Unidos, onde o marketing direto de medicamentos é permitido ("Pergunte ao seu médico sobre nosso novo produto!") as drogas são promovidas nas mais variadas formas, de comprimidos e injeções à cremes e gel. Desde 2001, receitas de testosterona nos Estados Unidos para homens acima dos 40 anos mais do que triplicaram. Atualmente 1,7 milhão de homens são orientados a usar os suplementos hormonais. "A questão é: há realmente um problema a ser tratado?", indaga a médica Lisa Schwartz, do Dartmouth College. Conforme brinca o comediante Stephen Colbert, Baixa T é "uma condição de saúde identificada por uma fermacêutica que antigamente era conhecida como envelhecer". Médicos concordam que uma pequena proporção de homens (cerca de 0,5%) precisa de terapia com testosterona. Entre eles estão homens com doenças genéticas ou cujos testículos, onde a testosterona é produzida, não funcionam mais após tratamentos com quimioterapia. E foi para casos como esses que a Food and Drug Administration (FDA) autorizou a venda dos medicamentos nos Estados Unidos. Em homens o comportamento sexual é muito dependente da testosterona. Estudos indicam que ela é a responsável pelo aumento no desejo sexual.

Ver também

Referências

  1. Cox RM, John-Alder HB (December 2005). «Testosterone has opposite effects on male growth in lizards (Sceloporus spp.) with opposite patterns of sexual size dimorphism». J. Exp. Biol. 208 (Pt 24): 4679–87. PMID 16326949. doi:10.1242/jeb.01948  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. Reed WL, Clark ME, Parker PG, Raouf SA, Arguedas N, Monk DS, Snajdr E, Nolan V, Ketterson ED (May 2006). «Physiological effects on demography: a long-term experimental study of testosterone's effects on fitness». Am. Nat. 167 (5): 667–83. PMID 16671011. doi:10.1086/503054. Resumo divulgativoScienceDaily  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. Mooradian AD, Morley JE, Korenman SG (February 1987). «Biological actions of androgens». Endocr. Rev. 8 (1): 1–28. PMID 3549275. doi:10.1210/edrv-8-1-1  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. Bassil N, Alkaade S, Morley JE (June 2009). «The benefits and risks of testosterone replacement therapy: a review». Ther Clin Risk Manag. 5 (3): 427–48. PMC 2701485Acessível livremente. PMID 19707253  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Tuck SP, Francis RM (2009). «Testosterone, bone and osteoporosis». Front Horm Res. Frontiers of Hormone Research. 37: 123–32. ISBN 978-3-8055-8622-1. PMID 19011293. doi:10.1159/000176049 
  6. Torjesen PA, Sandnes L (March 2004). «Serum testosterone in women as measured by an automated immunoassay and a RIA». Clin. Chem. 50 (3): 678; author reply 678–9. PMID 14981046. doi:10.1373/clinchem.2003.027565  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. Southren AL, Gordon GG, Tochimoto S, Pinzon G, Lane DR, Stypulkowski W (May 1967). «Mean plasma concentration, metabolic clearance and basal plasma production rates of testosterone in normal young men and women using a constant infusion procedure: effect of time of day and plasma concentration on the metabolic clearance rate of testosterone». J. Clin. Endocrinol. Metab. 27 (5): 686–94. PMID 6025472. doi:10.1210/jcem-27-5-686  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. Southren AL, Tochimoto S, Carmody NC, Isurugi K (November 1965). «Plasma production rates of testosterone in normal adult men and women and in patients with the syndrome of feminizing testes». J. Clin. Endocrinol. Metab. 25 (11): 1441–50. PMID 5843701. doi:10.1210/jcem-25-11-1441  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. Dabbs M, Dabbs JM (2000). Heroes, rogues, and lovers: testosterone and behavior. New York: McGraw-Hill. ISBN 0-07-135739-4 
  10. Nelson, Randy F. (2005). An introduction to behavioral endocrinology. Sunderland, Mass: Sinauer Associates. p. 143. ISBN 0-87893-617-3 
  11. De Loof A (October 2006). «Ecdysteroids: the overlooked sex steroids of insects? Males: the black box». Insect Science. 13 (5): 325–338. doi:10.1111/j.1744-7917.2006.00101.x  Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. Williams textbook of endocrinology, Jean D. Wilson pp. 535, 887
Ícone de esboço Este artigo sobre Fisiologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.