Gymnospermae: diferenças entre revisões

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{{Distinguir|Gymnosperma|Gymnospermium}}
{{info/Taxonomia
{{Info/Taxonomia
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| nome = Gimnospermae<br><small>gimnospérmicas, gimnospermas</small>
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| imagem_legenda = Várias gimnospérmicas.
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[[Ginkgophyta]] - ''Ginkgo'' <br>
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| subdivisão_nome = [[Divisão (biologia)|Divisões]]
*[[Pinopsida]]
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}}
}}
[[Ficheiro:PinusSylvestris.jpg|thumb|280px|''[[Pinus sylvestris]]'', uma gimnospérmica.]]

[[File:Zamia integrifolia02.jpg|thumb|280px|''[[Zamia integrifolia]],'' uma cica nativa da Flórida.]]
[[Ficheiro:Encephalartos sclavoi reproductive cone.jpg|miniaturadaimagem| Cone de ''[[Encephalartos sclavoi]]'', com cerca de 30 cm de comprimento.]]
[[Ficheiro:Encephalartos sclavoi reproductive cone.jpg|thumb|280px|Cone de ''[[Encephalartos sclavoi]]'', com cerca de 30 cm de comprimento.]]
[[Ficheiro:Cicadacea.jpg|miniaturadaimagem|220px|Detalhe do cone masculino de uma Gimnosperma da família [[Cycadaceae]] (''Cycas circinalis'').]]
[[Ficheiro:Cicadacea.jpg|miniaturadaimagem|280px|Detalhe do cone masculino de uma gimnosperma da família [[Cycadaceae]] (''[[Cycas circinalis]]'').]]

[[File:Gymnosperm life cycle (en).png|thumb|280px|Cico de vida típico de uma Gymnospermae.]]
As '''gimnospérmicas''' ou '''gimnospermas''' (do [[Língua grega|grego]] γυμνός ''gimnós'' "nu", σπέρμα ''spérma'' "semente") são um grupo de [[Spermatophyta|plantas com sementes]] que não apresentam [[fruto]] que envolve a [[semente]], diferenciando-as assim das [[angiosperma]]s, que têm suas sementes envoltas por um fruto, gerado por um [[ovário]].<ref name="urlGymnosperms of Northeastern Wisconsin">{{citar web |url=http://www.uwgb.edu/BIODIVERSITY/herbarium/gymnosperms/gymno_intro.htm |publicado=Uwgb.edu |autor= |título=Gymnosperms of Northeastern Wisconsin |língua= |formato= |obra= |data= |acessodata=31 de maio de 2009}}</ref>
'''Gymnospermae''' (do [[Língua grega|grego]] γυμνός ''gimnós'' "nu", σπέρμα ''spérma'' "semente"), frequentemente aportuguesado para '''gimnospérmicas''' ou '''gimnospermas''', são um [[clado]] constituído por cerca de 1000 [[espécie]]s de [[Spermatophyta|plantas com sementes]] que não apresentam [[fruto]], característica que as diferencia das [[angiosperma]]s, plantas cujas sementes estão envoltas por um fruto gerado por um [[Ovário (botânica)|ovário]].<ref name="urlGymnosperms of Northeastern Wisconsin">{{citar web |url=http://www.uwgb.edu/BIODIVERSITY/herbarium/gymnosperms/gymno_intro.htm |publicado=Uwgb.edu |autor= |título=Gymnosperms of Northeastern Wisconsin |língua= |formato= |obra= |data= |acessodata=31 de maio de 2009}}</ref>

==Descrição==
As gimnospermas formam o clado '''Gymnospermae''', que inclui as [[Pinophyta|coníferas]], [[cicadófitas]], ''[[Ginkgo]]'', e as [[gnetófitas]]. O termo "gimnosperma" é frequentemente utilizado para se referir a vários grupos de plantas com sementes extintas que possuem uma relação incerta com as gimnospermas e angiospermas modernas. Nesse caso, para especificar o grupo moderno [[monofilético]] de gimnospermas, às vezes é usado o termo '''Acrogymnospermae'''.
O clado Gymnospermae inclui as [[Pinophyta|coníferas]], [[cicadófitas]], ''[[Ginkgo]]'', e as [[gnetófitas]]. O termo "gimnosperma" é frequentemente utilizado para se referir a vários grupos de plantas com sementes extintas que possuem uma relação incerta com as gimnospermas e angiospermas modernas. Nesse caso, para especificar o grupo moderno [[monofilético]] de gimnospermas, às vezes é usado o termo '''Acrogymnospermae'''.


Os ciclos de vida das gimnospermas envolvem [[alternância de gerações]], com uma fase dominante [[diplóide]], o [[esporófito]], e uma fase reduzida [[haplóide]], o [[gametófito]], que é dependente da fase esporofítica.
Os ciclos de vida das gimnospermas envolvem [[alternância de gerações]], com uma fase dominante [[diplóide]], o [[esporófito]], e uma fase reduzida [[haplóide]], o [[gametófito]], que é dependente da fase esporofítica.
===Diversidade===

As gimnospermas e as [[angiospermas]] compreendem as [[Spermatophyta|espermatófitas]] ou plantas com sementes. As gimnospermas são subdivididas em cinco [[clado]]s: [[Cycadophyta]], [[Ginkgophyta]], [[Gnetophyta]], [[Pinophyta]] (também conhecido como Coniferophyta) e [[Pteridospermatophyta]], estando este último extinto.<ref name="Raven">{{Citar livro|titulo=Biology of Plants|ultimo=Raven|primeiro=P.H.|editora=New York: W.H. Freeman and Co.|ano=2013}}</ref>
As gimnospermas e as [[angiospermas]] compreendem as [[Spermatophyta|espermatófitas]] ou plantas com sementes. As gimnospermas são subdivididas em cinco [[clado]]s: [[Cycadophyta]], [[Ginkgophyta]], [[Gnetophyta]], [[Pinophyta]] (também conhecido como Coniferophyta) e [[Pteridospermatophyta]], estando este último extinto.<ref name="Raven">{{Citar livro|titulo=Biology of Plants|ultimo=Raven|primeiro=P.H.|editora=New York: W.H. Freeman and Co.|ano=2013}}</ref>


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Alguns gêneros apresentam [[micorriza]]s, associações fúngicas em suas raízes (como em ''Pinus''), enquanto em alguns outros apresentam pequenas raízes especializadas chamadas raízes coralóides que estão associadas à fixação de nitrogênio [[cianobactérias]] (como em ''Cycas'').
Alguns gêneros apresentam [[micorriza]]s, associações fúngicas em suas raízes (como em ''Pinus''), enquanto em alguns outros apresentam pequenas raízes especializadas chamadas raízes coralóides que estão associadas à fixação de nitrogênio [[cianobactérias]] (como em ''Cycas'').


O primeiro [[genoma]] completo sequenciado publicado de uma gimnospérmica foi o genoma da ''[[Picea abies]]'' em 2013.<ref>{{cite journal | title = The Norway spruce genome sequence and conifer genome evolution | journal = Nature | volume = 497 | issue = 7451| pages = 579–584 | doi = 10.1038/nature12211 | pmid=23698360 | date=Maio 2013 | last1 = Nystedt | first1 = B | last2 = Street | first2 = NR | last3 = Wetterbom | first3 = A | display-authors = etal | bibcode = 2013Natur.497..579N | doi-access = free }}</ref>
==Classificação==
=== Características===
Sendo plantas [[Tracheophyta|traqueófitas]], as gimnospermas são vascularizadas, isto é, possuem tecidos especializados para o transporte de solutos, nomeadamente o [[xilema]] e o [[floema]]. O xilema das gimnospermas possui apenas [[traqueídeo]]s, com exceção da ordem [[Gnetales]] que, como a grande maioria das angiospermas, apresentam também [[elementos de vaso]].<ref name="Souza2010">Souza, V. C. Introdução: as gimnospermas do Brasil. In: Forzza, R. C., org., et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Catálogo de plantas e fungos do Brasi [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 75-77. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-0.</ref> Além disso, possuem parênquima lenhoso.

Suas sementes são formadas em estruturas denominadas [[estróbilo]], e são nuas, isto é, não são revestidas pelo [[fruto]]. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois esporos, um masculino e outro feminino.{{carece de fontes|data=maio de 2023}} São capazes de produzir pólen para a fecundação, e sua fecundação é sifonogâmica através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento.

A produção de [[resina]] é uma característica marcante principalmente em coníferas, que as protege do ataque de insetos e fungos.

==Taxonomia e filogenia==


Formalmente, as gimnospermas vivas têm sido classificadas em um clado chamado "Acrogymnospermae", que forma um [[grupo monofilético]] dentro das [[espermatófitas]].<ref name="Christenhusz2011" />
Formalmente, as gimnospermas vivas têm sido classificadas em um clado chamado "Acrogymnospermae", que forma um [[grupo monofilético]] dentro das [[espermatófitas]].<ref name="Christenhusz2011" />
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==Diversidade e origem==
==Diversidade e origem==
Há mais de 1000 espécies vivas de gimnospermas. Anteriormente, era amplamente aceito que as gimnospermas se originaram no período [[Carbonífero]] tardio, mas evidências filogenéticas mais recentes indicam que elas divergiram dos ancestrais de [[angiospermas]] no início do [[Carbonífero]].<ref>{{citar periódico|último1 =Li |primeiro1 =Hong-Tao |último2 =Yi |primeiro2 =Ting-Shuang |último3 =Gao |primeiro3 =Lian-Ming |último4 =Ma |primeiro4 =Peng-Fei |último5 =Zhang |primeiro5 =Ting |último6 =Yang |primeiro6 =Jun-Bo |último7 =Gitzendanner |primeiro7 =Matthew A. |último8 =Fritsch |primeiro8 =Peter W. |último9 =Cai |primeiro9 =Jie |último10 =Luo |primeiro10 =Yang |último11 =Wang |primeiro11 =Hong |data= 2019 |título=Origin of angiosperms and the puzzle of the Jurassic gap |periódico=Nature Plants |língua=en |volume=5 |número=5 |páginas=461–470 |doi=10.1038/s41477-019-0421-0|pmid=31061536 |s2cid=146118264 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Morris |primeiro1 =Jennifer L. |último2 =Puttick |primeiro2 =Mark N. |último3 =Clark |primeiro3 =James W. |último4 =Edwards |primeiro4 =Dianne |último5 =Kenrick |primeiro5 =Paul |último6 =Pressel |primeiro6 =Silvia |último7 =Wellman |primeiro7 =Charles H. |último8 =Yang |primeiro8 =Ziheng |último9 =Schneider |primeiro9 =Harald |último10 =Donoghue |primeiro10 =Philip C. J. |data=2018-03-06 |título=The timescale of early land plant evolution |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |volume=115 |número=10 |páginas=E2274–E2283 |doi=10.1073/pnas.1719588115 |pmc=5877938 |pmid=29463716|bibcode=2018PNAS..115E2274M |doi-access=free }}</ref> A radiação de gimnospermas durante o final do Carbonífero parece ter resultado de todo um evento de duplicação de genoma em torno de 319 ma.<ref name="Jiao2011a">{{citar periódico|último1 =Jiao |primeiro1 =Yuannian |último2 =Wickett |primeiro2 =Norman J. |último3 =Ayyampalayam |primeiro3 =Saravanaraj |último4 =Chanderbali |primeiro4 =André S. |último5 =Landherr |primeiro5 =Lena |último6 =Ralph |primeiro6 =Paula E. |último7 =Tomsho |primeiro7 =Lynn P. |último8 =Hu |primeiro8 =Yi |último9 =Liang |primeiro9 =Haiying |último10 =Soltis |primeiro10 =Pamela S. |último11 =Soltis |primeiro11 =Douglas E. |data=2011-04-10 |título=Ancestral polyploidy in seed plants and angiosperms |periódico=Nature |volume=473 |número=7345 |páginas=97–100 |doi=10.1038/nature09916 |pmid=21478875 |bibcode=2011Natur.473...97J |s2cid=4313258 }}</ref> As características iniciais das plantas com sementes são evidentes em fósseis [[progimnospermas]] do final do período [[Devoniano]] por volta de 383 milhões de anos atrás. Tem sido sugerido que durante a era Mesozóica, a polinização de alguns grupos extintos de gimnospermas foi realizada por espécies extintas de [[Mecoptera]], que provavelmente se envolveram em associações mutualísticas com as gimnospermas, muito antes da coevolução semelhante e independente de insetos que se alimentam de néctar em angiospermas.<ref>{{citar periódico|último1 = Ollerton |primeiro1 = J. |último2 = Coulthard |primeiro2 = E. |ano= 2009 |título= Evolution of Animal Pollination |periódico= Science | volume = 326 |número= 5954|páginas= 808–809 | doi = 10.1126/science.1181154 | pmid = 19892970 | bibcode = 2009Sci...326..808O | s2cid = 856038 }}</ref><ref name="Ren">{{citar periódico|último1 = Ren |primeiro1 = D |último2 = Labandeira |primeiro2 = CC |último3 = Santiago-Blay |primeiro3 = JA |último4 = Rasnitsyn |primeiro4 = A |último5 = Shih |primeiro5 = CK |último6 = Bashkuev |primeiro6 = A |último7 = Logan |primeiro7 = MA |último8 = Hotton |primeiro8 = CL |último9 = Dilcher |primeiro9 = D. |display-authors=4 |ano= 2009 |título= A Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies |periódico= Science | volume = 326 |número= 5954|páginas= 840–847 | doi = 10.1126/science.1178338 | pmid = 19892981 | pmc = 2944650 | bibcode = 2009Sci...326..840R }}</ref> Também foram encontradas evidências de que as gimnospermas mesozóicas foram polinizadas por [[Kalligrammatidae]], uma família agora extinta com membros que (em um exemplo de [[evolução convergente]]) se assemelhavam às borboletas que surgiram muito mais tarde.<ref>{{citar periódico|título=The evolutionary convergence of mid-Mesozoic lacewings and Cenozoic butterflies |periódico= Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences |último1 =Labandeira |primeiro1 =Conrad C. |último2 =Yang |primeiro2 =Qiang |último3 =Santiago-Blay |primeiro3 =Jorge A. |último4 =Hotton |primeiro4 =Carol L. |último5 =Monteiro |primeiro5 =Antónia |último6 =Wang |primeiro6 =Yong-Jie |último7 =Goreva |primeiro7 =Yulia |último8 =Shih |primeiro8 =ChungKun |último9 =Siljeström |primeiro9 =Sandra |último10 =Rose |primeiro10 =Tim R. |último11 =Dilcher |primeiro11 =David L. |último12 =Ren |primeiro12 =Dong | volume = 283 |número= 1824| doi=10.1098/rspb.2015.2893 |páginas=20152893 | pmid=26842570 | pmc=4760178|ano= 2016 }}</ref>
[[Ficheiro:PinusSylvestris.jpg|miniaturadaimagem|''[[Pinus sylvestris]]'', uma gimnospérmica.]]
Há mais de 1000 espécies vivas de gimnospermas. Anteriormente, era amplamente aceito que as gimnospermas se originaram no período [[Carbonífero]] tardio, mas evidências filogenéticas mais recentes indicam que elas divergiram dos ancestrais de [[angiospermas]] no início do [[Carbonífero]].<ref>{{citar periódico|último1 =Li |primeiro1 =Hong-Tao |último2 =Yi |primeiro2 =Ting-Shuang |último3 =Gao |primeiro3 =Lian-Ming |último4 =Ma |primeiro4 =Peng-Fei |último5 =Zhang |primeiro5 =Ting |último6 =Yang |primeiro6 =Jun-Bo |último7 =Gitzendanner |primeiro7 =Matthew A. |último8 =Fritsch |primeiro8 =Peter W. |último9 =Cai |primeiro9 =Jie |último10 =Luo |primeiro10 =Yang |último11 =Wang |primeiro11 =Hong |data= 2019 |título=Origin of angiosperms and the puzzle of the Jurassic gap |periódico=Nature Plants |língua=en |volume=5 |número=5 |páginas=461–470 |doi=10.1038/s41477-019-0421-0|pmid=31061536 |s2cid=146118264 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Morris |primeiro1 =Jennifer L. |último2 =Puttick |primeiro2 =Mark N. |último3 =Clark |primeiro3 =James W. |último4 =Edwards |primeiro4 =Dianne |último5 =Kenrick |primeiro5 =Paul |último6 =Pressel |primeiro6 =Silvia |último7 =Wellman |primeiro7 =Charles H. |último8 =Yang |primeiro8 =Ziheng |último9 =Schneider |primeiro9 =Harald |último10 =Donoghue |primeiro10 =Philip C. J. |data=2018-03-06 |título=The timescale of early land plant evolution |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |volume=115 |número=10 |páginas=E2274–E2283 |doi=10.1073/pnas.1719588115 |pmc=5877938 |pmid=29463716|bibcode=2018PNAS..115E2274M |doi-access=free }}</ref> A radiação de gimnospermas durante o final do Carbonífero parece ter resultado de todo um evento de duplicação de genoma em torno de 319 ma.<ref name="Jiao2011">{{citar periódico|último1 =Jiao |primeiro1 =Yuannian |último2 =Wickett |primeiro2 =Norman J. |último3 =Ayyampalayam |primeiro3 =Saravanaraj |último4 =Chanderbali |primeiro4 =André S. |último5 =Landherr |primeiro5 =Lena |último6 =Ralph |primeiro6 =Paula E. |último7 =Tomsho |primeiro7 =Lynn P. |último8 =Hu |primeiro8 =Yi |último9 =Liang |primeiro9 =Haiying |último10 =Soltis |primeiro10 =Pamela S. |último11 =Soltis |primeiro11 =Douglas E. |data=2011-04-10 |título=Ancestral polyploidy in seed plants and angiosperms |periódico=Nature |volume=473 |número=7345 |páginas=97–100 |doi=10.1038/nature09916 |pmid=21478875 |bibcode=2011Natur.473...97J |s2cid=4313258 }}</ref> As características iniciais das plantas com sementes são evidentes em fósseis [[progimnospermas]] do final do período [[Devoniano]] por volta de 383 milhões de anos atrás. Tem sido sugerido que durante a era Mesozóica, a polinização de alguns grupos extintos de gimnospermas foi realizada por espécies extintas de [[Mecoptera]], que provavelmente se envolveram em associações mutualísticas com as gimnospermas, muito antes da coevolução semelhante e independente de insetos que se alimentam de néctar em angiospermas.<ref>{{citar periódico|último1 = Ollerton |primeiro1 = J. |último2 = Coulthard |primeiro2 = E. |ano= 2009 |título= Evolution of Animal Pollination |periódico= Science | volume = 326 |número= 5954|páginas= 808–809 | doi = 10.1126/science.1181154 | pmid = 19892970 | bibcode = 2009Sci...326..808O | s2cid = 856038 }}</ref><ref name="Ren">{{citar periódico|último1 = Ren |primeiro1 = D |último2 = Labandeira |primeiro2 = CC |último3 = Santiago-Blay |primeiro3 = JA |último4 = Rasnitsyn |primeiro4 = A |último5 = Shih |primeiro5 = CK |último6 = Bashkuev |primeiro6 = A |último7 = Logan |primeiro7 = MA |último8 = Hotton |primeiro8 = CL |último9 = Dilcher |primeiro9 = D. |display-authors=4 |ano= 2009 |título= A Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies |periódico= Science | volume = 326 |número= 5954|páginas= 840–847 | doi = 10.1126/science.1178338 | pmid = 19892981 | pmc = 2944650 | bibcode = 2009Sci...326..840R }}</ref> Também foram encontradas evidências de que as gimnospermas mesozóicas foram polinizadas por [[Kalligrammatidae]], uma família agora extinta com membros que (em um exemplo de [[evolução convergente]]) se assemelhavam às borboletas que surgiram muito mais tarde.<ref>{{citar periódico|título=The evolutionary convergence of mid-Mesozoic lacewings and Cenozoic butterflies |periódico= Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences |último1 =Labandeira |primeiro1 =Conrad C. |último2 =Yang |primeiro2 =Qiang |último3 =Santiago-Blay |primeiro3 =Jorge A. |último4 =Hotton |primeiro4 =Carol L. |último5 =Monteiro |primeiro5 =Antónia |último6 =Wang |primeiro6 =Yong-Jie |último7 =Goreva |primeiro7 =Yulia |último8 =Shih |primeiro8 =ChungKun |último9 =Siljeström |primeiro9 =Sandra |último10 =Rose |primeiro10 =Tim R. |último11 =Dilcher |primeiro11 =David L. |último12 =Ren |primeiro12 =Dong | volume = 283 |número= 1824| doi=10.1098/rspb.2015.2893 |páginas=20152893 | pmid=26842570 | pmc=4760178|ano= 2016 }}</ref>


As [[conífera]]s são de longe o grupo mais abundante de gimnospermas com seis a oito famílias, com um total de 65 a 70 gêneros e 600 a 630 espécies (696 nomes aceitos).<ref name="Catalogue">[http://www.catalogueoflife.org/show_database_details.php?database_name=Conifer+Database Catalogue of Life: 2007 Annual checklist – Conifer database]</ref> As coníferas são lenhosas e a maioria é perene.<ref>Campbell, Reece, "Phylum Coniferophyta."Biology. 7th. 2005. Print. P.595</ref>
As [[conífera]]s são de longe o grupo mais abundante de gimnospermas com seis a oito famílias, com um total de 65 a 70 gêneros e 600 a 630 espécies (696 nomes aceitos).<ref name="Catalogue">[http://www.catalogueoflife.org/show_database_details.php?database_name=Conifer+Database Catalogue of Life: 2007 Annual checklist – Conifer database]</ref> As coníferas são lenhosas e a maioria é perene.<ref>Campbell, Reece, "Phylum Coniferophyta."Biology. 7th. 2005. Print. P.595</ref>
===Ciclo de vida===
As gimnospérmicas, como todas as [[plantas vasculares]], têm um [[ciclo de vida]] cuja fase dominante é o [[esporófito]], o que significa que passam a maior parte do seu ciclo de vida com células diplóides, enquanto o [[gametófito]] (fase de produção de [[gâmeta]]s) é relativamente curto. Como todas as [[plantas com sementes]], são [[heterosporia|heterospóricas]], tendo dois tipos de esporos, [[Micrósporo|micrósporos]] (masculino) e [[Megásporo|megásporos]] (feminino) que são tipicamente produzidos em cones de pólen ou cones ovulados, respetivamente.<ref name="Concepts of Biology">{{cite book |last1=Samantha |first1=Fowler |last2=Rebecca |first2=Roush |last3=James |first3=Wise |title=Concepts of Biology |date=2013 |publisher=OpenStax |location=Houston, Texas |url=https://openstax.org/books/concepts-biology/pages/14-3-seed-plants-gymnosperms |access-date=31 Março 2023 |chapter=14.3 Seed Plants: Gymnosperms}}</ref>


A exceção são as plantas femininas do género ''[[Cycas]]'', que formam uma estrutura solta, chamada [[megasporófilo]], em vez de cones.<ref>{{Cite journal|last1=Liu|first1=Yang|last2=Wang|first2=Sibo|last3=Li|first3=Linzhou|last4=Yang|first4=Ting|last5=Dong|first5=Shanshan|last6=Wei|first6=Tong|last7=Wu|first7=Shengdan|last8=Liu|first8=Yongbo|last9=Gong|first9=Yiqing|last10=Feng|first10=Xiuyan|last11=Ma|first11=Jianchao|last12=Chang|first12=Guanxiao|last13=Huang|first13=Jinling|last14=Yang|first14=Yong|last15=Wang|first15=Hongli|date=Abril 2022|title=The Cycas genome and the early evolution of seed plants|journal=Nature Plants|language=en|volume=8|issue=4|pages=389–401|doi=10.1038/s41477-022-01129-7|pmid=35437001 |pmc=9023351 |issn=2055-0278}}</ref> Como em todas as plantas heterosporadas, os gametófitos desenvolvem-se dentro da parede dos esporos. Os grãos de pólen (microgametófitos) amadurecem a partir dos micrósporos e, por fim, produzem espermatozóides.<ref name="Concepts of Biology" /> Os megagametófitos desenvolvem-se a partir de megásporos e são retidos dentro do óvulo. As gimnospermas produzem múltiplos [[arquegónios]], que produzem o gâmeta feminino.
== Características==
Sendo plantas [[Tracheophyta|traqueófitas]], as gimnospermas são vascularizadas, isto é, possuem tecidos especializados para o transporte de solutos, nomeadamente o [[xilema]] e o [[floema]]. O xilema das gimnospermas possui apenas [[traqueídeo]]s, com exceção da ordem [[Gnetales]] que, como a grande maioria das angiospermas, apresentam também [[elementos de vaso]].<ref name="Souza2010">Souza, V. C. Introdução: as gimnospermas do Brasil. In: Forzza, R. C., org., et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Catálogo de plantas e fungos do Brasi [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 75-77. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-0.</ref> Além disso, possuem parênquima lenhoso.


Durante a polinização, os grãos de pólen são transferidos fisicamente entre plantas, do cone de pólen para o óvulo. O pólen é normalmente transportado pelo vento ou por insectos. Os grãos inteiros entram em cada óvulo através de uma abertura microscópica no revestimento do óvulo ([[tegumento]]) chamada [[micrópila]]. Os grãos de pólen amadurecem no interior do óvulo e produzem espermatozóides. Dois modos principais de fertilização são encontrados nas gimnospermas: [[Cycadaceae]] e ''[[Ginkgo]]'' têm espermatozóides móveis [[flagelo|flagelados]]<ref name="AJB">{{cite journal |last1=Southworth |first1=Darlene |last2=Cresti |first2=Mauro |title=Comparison of flagellated and nonflagellated sperm in plants |url=https://bsapubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.2307/2446056 |journal=American Journal of Botany |access-date=26 Março 2022 |pages=1301–1311 |doi=10.2307/2446056 |date=September 1997|volume=84 |issue=9 |jstor=2446056 |pmid=21708687 }}</ref> que nadam diretamente para o ovo dentro do óvulo, enquanto que as coníferas e [[gnetófitas]] têm espermatozóides sem flagelos que são movidos ao longo de um [[tubo polínico]] para o óvulo. Após a [[Fertilização|singamia]] (união do espermatozoide e do óvulo), o zigoto desenvolve-se num embrião (esporófito jovem). Em cada semente de gimnosperma inicia-se normalmente mais do que um embrião. A semente madura compreende o embrião e os restos do [[gametófito]] feminino, que serve como fonte de alimento, e o [[revestimento da semente]].<ref name="Walters1996">{{Cite book| last = Walters | first = Dirk R Walters Bonnie By| year = 1996| title = Vascular plant taxonomy| page = [https://archive.org/details/vascularplanttax00walt/page/124 124]| url = https://archive.org/details/vascularplanttax00walt | quote = Gymnosperm seeds. | isbn = 978-0-7872-2108-9| publisher = Kendall/Hunt Pub. Co.| location = Dubuque, Iowa}}</ref>
Suas sementes são formadas em estruturas denominadas [[estróbilo]], e são nuas, isto é, não são revestidas pelo [[fruto]]. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois esporos, um masculino e outro feminino.{{carece de fontes|data=maio de 2023}} São capazes de produzir pólen para a fecundação, e sua fecundação é sifonogâmica através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento.


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A produção de [[resina]] é uma característica marcante principalmente em coníferas, que as protege do ataque de insetos e fungos.
The '''gymnosperms''' ({{IPAc-en|dZ|I|m|'|n|oU|s|p|@|r|m|z}}{{audio|en-us-gymnosperm.ogg|pronunciation}} [[Greek language|lit]]. revealed seeds) are a group of [[Spermatophyte|seed-producing plants]] that includes [[Pinophyta|conifers]], [[cycad]]s, ''[[Ginkgo]]'', and [[gnetophyta|gnetophyte]]s, forming the clade '''Gymnospermae'''. The term ''gymnosperm'' comes from the composite word in {{lang-el|γυμνόσπερμος}} ({{lang-el|γυμνός|translit=gymnos|lit=naked|label=none}} and {{lang-el|σπέρμα|translit=sperma|lit=seed|label=none}}), literally meaning 'naked seeds'. The name is based on the unenclosed condition of their seeds (called [[ovule]]s in their unfertilized state). The non-encased condition of their seeds contrasts with the seeds and ovules of flowering plants ([[angiosperms]]), which are enclosed within an [[Ovary (botany)|ovary]]. Gymnosperm seeds develop either on the surface of scales or [[Leaf|leaves]], which are often modified to form [[Conifer cone|cones]], or on their own as in [[Taxus|yew]], ''[[Torreya]]'', ''[[Ginkgo]]''.<ref name="TPL">{{cite web|url=http://www.theplantlist.org/browse/G/|title=Gymnosperms on The Plant List|publisher=Theplantlist.org|access-date=2013-07-24|archive-date=2013-08-24|archive-url=https://web.archive.org/web/20130824024109/http://www.theplantlist.org/browse/G/|url-status=dead}}</ref> Gymnosperm lifecycles involve [[alternation of generations]]. They have a dominant [[diploid]] [[sporophyte]] phase and a reduced [[haploid]] [[gametophyte]] phase which is dependent on the sporophytic phase. The term "gymnosperm" is often used in [[paleobotany]] to refer to (the [[paraphyletic]] group of) all non-angiosperm seed plants. In that case, to specify the modern [[monophyletic]] group of gymnosperms, the term '''Acrogymnospermae''' is sometimes used.


The gymnosperms and [[angiosperms]] together comprise the [[spermatophyte]]s or seed plants. The gymnosperms are subdivided into five [[Division (botany)|Divisions]], four of which, the [[Cycadophyta]], [[Ginkgophyta]], [[Gnetophyta]], and [[Pinophyta]] (also known as Coniferophyta) are still in existence while the [[Pteridospermatophyta]] are now extinct.<ref name="Raven-2013">{{Cite book|title=Biology of Plants|last=Raven|first=P.H.|publisher=New York: W.H. Freeman and Co.|year=2013}}</ref> Newer classification place the gnetophytes among the conifers.<ref>{{Cite journal|last1=Yang|first1=Yong|last2=Ferguson|first2=David Kay|last3=Liu|first3=Bing|last4=Mao|first4=Kang-Shan|last5=Gao|first5=Lian-Ming|last6=Zhang|first6=Shou-Zhou|last7=Wan|first7=Tao|last8=Rushforth|first8=Keith|last9=Zhang|first9=Zhi-Xiang|date=2022-07-01|title=Recent advances on phylogenomics of gymnosperms and a new classification|journal=Plant Diversity|language=en|volume=44|issue=4|pages=340–350|doi=10.1016/j.pld.2022.05.003|pmid=35967253 |pmc=9363647 |issn=2468-2659}}</ref>
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==Ciclo de vida==
By far the largest group of living gymnosperms are the conifers (pines, cypresses, and relatives), followed by cycads, gnetophytes (''[[Gnetum]]'', ''[[Ephedra (genus)|Ephedra]]'' and ''[[Welwitschia]]''), and ''[[Ginkgo biloba]]'' (a single living species). About 65% of gymnosperms are [[Dioecy|dioecious]],<ref>{{Cite journal|date=2018-09-01|title=Sexual systems in gymnosperms: A review|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1439179117304498|journal=Basic and Applied Ecology|language=en|volume=31|pages=1–9|doi=10.1016/j.baae.2018.05.009|issn=1439-1791|last1=Walas|first1=Łukasz|last2=Mandryk|first2=Wojciech|last3=Thomas|first3=Peter A.|last4=Tyrała-Wierucka|first4=Żanna|last5=Iszkuło|first5=Grzegorz|s2cid=90740232}}</ref> but conifers are almost all [[Monoecy|monoecious]].<ref name=Walasetal>{{cite journal| vauthors = Walas Ł, Mandryk W, Thomas PA, Tyrała-Wierucka Ż, Iszkuło G |date=2018|title=Sexual systems in gymnosperms: A review|journal=Basic and Applied Ecology|volume=31|pages=1–9|doi=10.1016/j.baae.2018.05.009 |s2cid=90740232|url=http://eprints.keele.ac.uk/4961/1/29052018_1-s2.0-S1439179117304498-main.pdf}}</ref>

Some genera have [[mycorrhiza]], fungal associations with roots (''Pinus''), while in some others (''Cycas'') small specialised roots called coralloid roots are associated with nitrogen-fixing [[cyanobacteria]].

==Diversity and origin==
Over 1000 living species of gymnosperm exist.<ref name="TPL" /> It was previously widely accepted that the gymnosperms originated in the [[Late Carboniferous]] period, replacing the [[Lycopodiophyta|lycopsid]] rainforests of the tropical region, but more recent phylogenetic evidence indicates that they diverged from the ancestors of [[Flowering plant|angiosperms]] during the [[Early Carboniferous]].<ref>{{Cite journal |last1=Li |first1=Hong-Tao |last2=Yi |first2=Ting-Shuang |last3=Gao |first3=Lian-Ming |last4=Ma |first4=Peng-Fei |last5=Zhang |first5=Ting |last6=Yang |first6=Jun-Bo |last7=Gitzendanner |first7=Matthew A. |last8=Fritsch |first8=Peter W. |last9=Cai |first9=Jie |last10=Luo |first10=Yang |last11=Wang |first11=Hong |date=May 2019 |title=Origin of angiosperms and the puzzle of the Jurassic gap |journal=Nature Plants |language=en |volume=5 |issue=5 |pages=461–470 |doi=10.1038/s41477-019-0421-0|pmid=31061536 |s2cid=146118264 }}</ref><ref>{{Cite journal |last1=Morris |first1=Jennifer L. |last2=Puttick |first2=Mark N. |last3=Clark |first3=James W. |last4=Edwards |first4=Dianne |last5=Kenrick |first5=Paul |last6=Pressel |first6=Silvia |last7=Wellman |first7=Charles H. |last8=Yang |first8=Ziheng |last9=Schneider |first9=Harald |last10=Donoghue |first10=Philip C. J. |date=2018-03-06 |title=The timescale of early land plant evolution |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |volume=115 |issue=10 |pages=E2274–E2283 |doi=10.1073/pnas.1719588115 |pmc=5877938 |pmid=29463716|bibcode=2018PNAS..115E2274M |doi-access=free }}</ref> The radiation of gymnosperms during the late Carboniferous appears to have resulted from a whole [[Gene duplication|genome duplication]] event around {{ma|319}}.<ref name="Jiao2011">{{Cite journal |last1=Jiao |first1=Yuannian |last2=Wickett |first2=Norman J. |last3=Ayyampalayam |first3=Saravanaraj |last4=Chanderbali |first4=André S. |last5=Landherr |first5=Lena |last6=Ralph |first6=Paula E. |last7=Tomsho |first7=Lynn P. |last8=Hu |first8=Yi |last9=Liang |first9=Haiying |last10=Soltis |first10=Pamela S. |last11=Soltis |first11=Douglas E. |date=2011-04-10 |title=Ancestral polyploidy in seed plants and angiosperms |journal=Nature |volume=473 |issue=7345 |pages=97–100 |doi=10.1038/nature09916 |pmid=21478875 |bibcode=2011Natur.473...97J |s2cid=4313258 |author-link10=Pamela S. Soltis |author-link11=Douglas E. Soltis}}</ref> Early characteristics of seed plants are evident in fossil [[progymnosperms]] of the late [[Devonian]] period around 383 million years ago. It has been suggested that during the mid-Mesozoic era, pollination of some extinct groups of gymnosperms was by extinct species of [[Mecoptera|scorpionflies]] that had specialized [[proboscis]] for feeding on pollination drops. The scorpionflies likely engaged in pollination mutualisms with gymnosperms, long before the similar and independent coevolution of nectar-feeding insects on angiosperms.<ref>{{cite journal | last1 = Ollerton | first1 = J. | last2 = Coulthard | first2 = E. | year = 2009 | title = Evolution of Animal Pollination | journal = Science | volume = 326 | issue = 5954| pages = 808–809 | doi = 10.1126/science.1181154 | pmid = 19892970 | bibcode = 2009Sci...326..808O | s2cid = 856038 }}</ref><ref name="Ren">{{cite journal | last1 = Ren | first1 = D | last2 = Labandeira | first2 = CC | last3 = Santiago-Blay | first3 = JA | last4 = Rasnitsyn | first4 = A | last5 = Shih | first5 = CK | last6 = Bashkuev | first6 = A | last7 = Logan | first7 = MA | last8 = Hotton | first8 = CL | last9 = Dilcher | first9 = D. |display-authors=4 | year = 2009 | title = A Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies | journal = Science | volume = 326 | issue = 5954| pages = 840–847 | doi = 10.1126/science.1178338 | pmid = 19892981 | pmc = 2944650 | bibcode = 2009Sci...326..840R }}</ref> Evidence has also been found that mid-Mesozoic gymnosperms were pollinated by [[Kalligrammatidae|Kalligrammatid lacewings]], a now-extinct family with members which (in an example of [[convergent evolution]]) resembled the modern butterflies that arose far later.<ref>{{cite journal | title=The evolutionary convergence of mid-Mesozoic lacewings and Cenozoic butterflies | journal = Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences | last1=Labandeira | first1=Conrad C. | last2=Yang | first2=Qiang | last3=Santiago-Blay | first3=Jorge A. | last4=Hotton | first4=Carol L. | last5=Monteiro | first5=Antónia | last6=Wang | first6=Yong-Jie | last7=Goreva | first7=Yulia | last8=Shih | first8=ChungKun | last9=Siljeström | first9=Sandra | last10=Rose | first10=Tim R. | last11=Dilcher | first11=David L. | last12=Ren | first12=Dong | volume = 283 | issue = 1824| doi=10.1098/rspb.2015.2893 | pages=20152893 | pmid=26842570 | pmc=4760178| year = 2016 }}</ref>

All gymnosperms are [[perennial]] [[woody plant]]s,<ref>{{Cite journal
| title= The tortoise and the hare: ecology of angiosperm dominance and gymnosperm persistence
| first= W. J.| last= Bond
| journal=Biological Journal of the Linnean Society|volume= 36|issue= 3|date= March 1989 |pages =227–249 |doi=10.1111/j.1095-8312.1989.tb00492.x
}}</ref> apart from the cycads. The soft and highly [[Ground tissue#Parenchyma|parenchymatous]] wood in cycads is poorly lignified,<ref>{{Cite journal|last1=Fisher|first1=Jack B.|last2=Lindström|first2=Anders|last3=Marler|first3=Thomas E.|date=2009-06-01|title=Tissue Responses and Solution Movement After Stem Wounding in Six Cycas Species|url=https://journals.ashs.org/hortsci/view/journals/hortsci/44/3/article-p848.xml|journal=HortScience|language=en-US|volume=44|issue=3|pages=848–851|doi=10.21273/HORTSCI.44.3.848|s2cid=83644706 |issn=0018-5345}}</ref> and their main structural support comes from an armor of sclerenchymatous leaf bases covering the stem,<ref>{{Cite book|last1=Bell|first1=Peter R.|url=https://books.google.com/books?id=HYkTvGq_RccC&q=armor%2520sclerenchymatous%2520leaf%2520bases&pg=PA247|title=Green Plants: Their Origin and Diversity|last2=Bell|first2=Peter R.|last3=Hemsley|first3=Alan R.|date=2000|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-64673-4|page=247}}</ref> with the exception of species with underground stems.<ref>{{Cite book|last1=Cleal|first1=Christopher J.|url=https://books.google.com/books?id=KDGdDwAAQBAJ&q=%2522exclusively%2520underground%2C%2520like%2520a%2520tuber%2520%28e.g.%2520some%2520Zamia%2520species%29%2522&pg=PA179|title=Introduction to Plant Fossils|last2=Thomas|first2=Barry A.|date=2019|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-1-108-48344-5|page=179}}</ref> There are no [[Herbaceous plant|herbaceous]] gymnosperms and compared to angiosperms they occupy fewer [[ecological niche]]s, but have evolved both parasites (''[[Parasitaxus]]''), [[epiphyte]]s (''[[Zamia pseudoparasitica]]'') and [[rheophyte]]s (''[[Retrophyllum minus]]'').<ref>{{Cite journal|last=Mill|first=R. R.|title=A Monographic Revision of Retrophyllum (Podocarpaceae) |date=2016-06-22|url=https://www.cambridge.org/core/journals/edinburgh-journal-of-botany/article/monographic-revision-of-retrophyllum-podocarpaceae/029F1D48E9AFB1134D527CFF639B7F2E|journal=Edinburgh Journal of Botany|language=en|volume=73|issue=2|pages=171–261|doi=10.1017/S0960428616000081|issn=1474-0036}}</ref>

[[Conifer]]s are by far the most abundant extant group of gymnosperms with six to eight families, with a total of 65–70 genera and 600–630 species (696 accepted names).<ref name="Catalogue">{{Cite web|url=http://www.catalogueoflife.org/show_database_details.php?database_name=Conifer+Database|archive-url=https://web.archive.org/web/20090115190412/http://www.catalogueoflife.org/show_database_details.php?database_name=Conifer+Database|url-status=dead|work=Catalogue of Life: 2008 Annual checklist |title= Conifer database|editor= A. Farjon | date=2006|archive-date=January 15, 2009}}</ref> Most conifers are [[Evergreen|evergreens]].<ref>Campbell, Reece, "Phylum Coniferophyta."Biology. 7th. 2005. Print. P.595</ref> The [[leaf|leaves]] of many conifers are long, thin and needle-like, while other species, including most [[Cupressaceae]] and some [[Podocarpaceae]], have flat, triangular scale-like leaves. ''[[Agathis]]'' in Araucariaceae and ''[[Nageia]]'' in Podocarpaceae have broad, flat strap-shaped leaves.

[[Cycad]]s are the next most abundant group of gymnosperms, with two or three families, 11 genera, and approximately 338 species. A majority of cycads are native to tropical climates and are most abundantly found in regions near the equator. The other extant groups are the 95–100 species of [[Gnetum|Gnetale]]s and one species of ''[[Ginkgo]]''.<ref name="Raven-2013" />

Today gymnosperms are the most threatened of all plant groups.<ref>{{Cite journal |last=Gilbert |first=Natasha |date=2010-09-28 |title=Threats to the world's plants assessed |url=https://www.nature.com/articles/news.2010.499 |journal=Nature |language=en |doi=10.1038/news.2010.499 |issn=1476-4687}}</ref>

==Classification==

{{cladogram|title=Phylogeny of Acrogymnospermae<ref>{{cite journal |last1=Leslie |first1=Andrew B. |last2=Beaulieu |first2=Jeremy |last3=Holman |first3=Garth |last4=Campbell |first4=Christopher S. |last5=Mei |first5=Wenbin |last6=Raubeson |first6=Linda R. |last7=Mathews |first7=Sarah |display-authors=et al. |year=2018 |title=An overview of extant conifer evolution from the perspective of the fossil record |journal=American Journal of Botany |url=https://doi.org/10.1002/ajb2.1143 |volume=105 |issue=9 |pages=1531–1544 | doi=10.1002/ajb2.1143 |pmid= 30157290|pmc= |bibcode= |s2cid=52120430 |doi-access=}}</ref><ref>{{cite journal |last1=Leslie |first1=Andrew B. |display-authors=et al. |year=2018 |title=ajb21143-sup-0004-AppendixS4 |journal=American Journal of Botany |volume=105 |issue=9 |pages=1531–1544 |doi=10.1002/ajb2.1143 |pmid=30157290 |s2cid=52120430 |url=https://bsapubs.onlinelibrary.wiley.com/action/downloadSupplement?doi=10.1002%2Fajb2.1143&file=ajb21143-sup-0004-AppendixS4.pdf |doi-access=}}</ref><ref>{{cite journal |last1=Stull |first1=Gregory W. |last2=Qu |first2=Xiao-Jian |last3=Parins-Fukuchi |first3=Caroline |last4=Yang |first4=Ying-Ying |last5=Yang |first5=Jun-Bo |last6=Yang |first6=Zhi-Yun |last7=Hu |first7=Yi |last8=Ma |first8=Hong |last9=Soltis |first9=Pamela S. |last10=Soltis |first10=Douglas E. |last11=Li |first11=De-Zhu |last12=Smith |first12=Stephen A. |last13=Yi |first13=Ting-Shuang |display-authors=et al. |year=2021 |title=Gene duplications and phylogenomic conflict underlie major pulses of phenotypic evolution in gymnosperms |journal=Nature Plants |url=https://www.nature.com/articles/s41477-021-00964-4 |volume=7 |issue= 8|pages=1015–1025 |doi=10.1038/s41477-021-00964-4|biorxiv=10.1101/2021.03.13.435279 |pmid= 34282286|pmc= |bibcode= |s2cid=232282918 |doi-access=}}</ref><ref>{{cite journal |last1=Stull |first1=Gregory W. |display-authors=et al. |year=2021 |title=main.dated.supermatrix.tree.T9.tre |publisher=Figshare |doi=10.6084/m9.figshare.14547354.v1 |url=https://figshare.com/articles/dataset/Gene_duplications_and_genomic_conflict_underlie_major_pulses_of_phenotypic_evolution_in_gymnosperms/14547354 |doi-access=}}</ref>|
{{clade|style=font-size:90%;line-height:80%;width:400px
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Uma classificação formal das gimnospérmicas vivas é "Acrogimnospérmicas", que formam um grupo monofilético dentro das espermatófitas. O grupo mais amplo "Gimnospérmicas" inclui gimnospérmicas extintas e acredita-se que seja parafilético. O registo fóssil das gimnospérmicas inclui muitos táxones distintos que não pertencem aos quatro grupos modernos, incluindo árvores produtoras de sementes que têm uma morfologia vegetativa um tanto semelhante a samambaias (as chamadas "samambaias produtoras de sementes" ou pteridospermas). Quando gimnospérmicas fósseis como essas, além de Bennettitales, glossopterídeas e Caytonia, são consideradas, fica claro que as angiospérmicas estão inseridas num clado maior de gimnospérmicas, embora o grupo de gimnospérmicas mais próximo das angiospérmicas permaneça incerto.

As gimnospérmicas vivas incluem 12 famílias principais e 83 géneros, que contêm mais de 1000 espécies conhecidas.

A formal classification of the living gymnosperms is the "Acrogymnospermae", which form a [[monophyletic group]] within the [[spermatophyte]]s.{{sfn|Cantino|2007}}<ref name="Christenhusz-2011">{{cite journal |last1=Christenhusz |first1=M.J.M. |last2=Reveal |first2=J.L. |last3=Farjon |first3=A. |last4=Gardner |first4=M.F. |last5=Mill|first5=R.R.|last6=Chase|first6=M.W.|year=2011|title=A new classification and linear sequence of extant gymnosperms|url=http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p070.pdf |journal=Phytotaxa|volume=19|pages=55–70|doi=10.11646/phytotaxa.19.1.3|s2cid=86797396 }}</ref> The wider "Gymnospermae" group includes extinct gymnosperms and is thought to be [[Paraphyly|paraphyletic]]. The fossil record of gymnosperms includes many distinctive [[taxa]] that do not belong to the four modern groups, including seed-bearing trees that have a somewhat [[fern]]-like vegetative morphology (the so-called "seed ferns" or [[pteridosperm]]s).<ref>{{Cite journal |last1=Hilton |first1=Jason |last2=Bateman |first2=Richard M. |date=January 2006 |title=Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny 1 |journal=The Journal of the Torrey Botanical Society |language=en |volume=133 |issue=1 |pages=119–168 |doi=10.3159/1095-5674(2006)133[119:PATBOS]2.0.CO;2|s2cid=86395036 }}</ref> When fossil gymnosperms such as these and the [[Bennettitales]], [[glossopterid]]s, and ''[[Caytonia]]'' are considered, it is clear that angiosperms are nested within a larger gymnospermae clade, although which group of gymnosperms is their closest relative remains unclear.

The extant gymnosperms include 12 main families and 83 genera which contain more than 1000 known species.<ref name="TPL" /><ref name="Christenhusz-2011" /><ref name="Christenhusz-Byng2016">{{cite journal |author1=Christenhusz, M. J. M. |author2=Byng, J. W. | year = 2016 | title = The number of known plants species in the world and its annual increase | journal = Phytotaxa | volume = 261 | pages = 201–217 | url = http://biotaxa.org/Phytotaxa/article/download/phytotaxa.261.3.1/20598 | doi = 10.11646/phytotaxa.261.3.1 | issue = 3 | doi-access = free }}</ref>

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**Family '''[[Taxaceae]]''': ''[[Austrotaxus]]'', ''[[Pseudotaxus]]'', ''[[Taxus]]'', ''[[Cephalotaxus]]'', ''[[Amentotaxus]]'', ''[[Torreya]]''

=== Extinct groupings ===
*Order [[Cordaitales]]
*Order [[Calamopityales]]
* Order [[Callistophytales]]
* Order [[Caytoniales]]
* Order [[Gigantopteridales]]
* Order [[Glossopteridales]]
* Order [[Lyginopteridales]]
* Order [[Medullosales]]
* Order [[Peltaspermales]]
* Order [[Umkomasiales]] (corystosperms)
* Order [[Czekanowskiales]]
* Order [[Bennettitales]] (cycadeoids''')'''
* Order [[Erdtmanithecales]]
*Order [[Pentoxylales]]
*Order [[Czekanowskiales]]
*Order [[Petriellales]]



--------------------------->
==Etnobotânica==
As gimnospérmicas têm utilizações económicas importantes. O pinheiro, o abeto e o cedro são exemplos de coníferas que são utilizadas para a produção de [[madeira]], papel e resina. Outras utilizações comuns das gimnospérmicas são o [[sabão]], o [[verniz]], o [[verniz das unhas]], os alimentos, as gomas e os [[perfumes]].<ref>{{cite book |last1=Biswas |first1=C. |last2=Johri |first2=B.M. |year=1997 |chapter=Economic Importance |title=The Gymnosperms |pages=440–456 |publisher=Springer, Berlin, Heidelberg |doi=10.1007/978-3-662-13164-0_23 |isbn=978-3-662-13166-4 |url=https://link.springer.com/content/pdf/10.1007%2F978-3-662-13164-0.pdf}}</ref>
== Referências ==
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<ref name="Phylogenomics of gymnosperms">{{cite journal|vauthors=Yang Y, Ferguson DK, Liu B, Mao KS, Gao LM, Zhang SZ, Wan T, Rushforth K, Zhang ZX|title=Recent advances on phylogenomics of gymnosperms and a new classification|journal=Plant Diversity|date=2020|volume=44|issue=4|pages=340–350|doi=10.1016/j.pld.2022.05.003|pmid=35967253 |pmc=9363647 |s2cid=249117306 |issn=2468-2659}}</ref>

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== Bibliografia ==
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* {{cite journal |last1=Cantino |first1=Philip D. |last2=Doyle |first2=James A. |last3=Graham |first3=Sean W. |last4=Judd |first4=Walter S. |last5=Olmstead |first5=Richard G. |last6=Soltis |first6=Douglas E. |last7=Soltis |first7=Pamela S. |last8=Donoghue |first8=Michael J. |title=Towards a phylogenetic nomenclature of Tracheophyta |journal=[[Taxon (journal)|Taxon]] |date=agosto 2007 |volume=56 |issue=3 |pages=822–846 |doi=10.2307/25065864|jstor=25065864 |ref={{harvid|Cantino|2007}}}}
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==Importância econômica==
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== Ver também ==
== Ver também ==
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Linha 103: Linha 549:
* [[Angiospermas]]
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* [[Polinização]]
* [[Polinização]]

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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
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*{{Cite EB1911|wstitle=Gymnosperms|author=Albert Seward|author-link=Albert Seward|short=x}}
* [http://www.ucmp.berkeley.edu/seedplants/seedplantssy.html Univ.California, Berkeley - Seed Plants] - em inglês
* [http://www.ucmp.berkeley.edu/seedplants/seedplantssy.html Univ.California, Berkeley - Seed Plants] - em inglês
*[http://www.conifers.org/ Gymnosperm Database]
*[https://web.archive.org/web/20080409044237/http://www.huh.harvard.edu/research/mathews-lab/atolHtmlSite/ Gymnosperms on the Tree of Life]


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Revisão das 19h48min de 7 de agosto de 2023

 Nota: Não confundir com Gymnosperma, nem com Gymnospermium.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaGimnospermae
gimnospérmicas, gimnospermas
Ocorrência: Carboníferopresente
Várias gimnospérmicas.
Várias gimnospérmicas.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Spermatophyta
(sem classif.) Gimnospermae
Ordens extantes[1]
Pinus sylvestris, uma gimnospérmica.
Zamia integrifolia, uma cica nativa da Flórida.
Cone de Encephalartos sclavoi, com cerca de 30 cm de comprimento.
Detalhe do cone masculino de uma gimnosperma da família Cycadaceae (Cycas circinalis).
Cico de vida típico de uma Gymnospermae.

Gymnospermae (do grego γυμνός gimnós "nu", σπέρμα spérma "semente"), frequentemente aportuguesado para gimnospérmicas ou gimnospermas, são um clado constituído por cerca de 1000 espécies de plantas com sementes que não apresentam fruto, característica que as diferencia das angiospermas, plantas cujas sementes estão envoltas por um fruto gerado por um ovário.[2]

Descrição

O clado Gymnospermae inclui as coníferas, cicadófitas, Ginkgo, e as gnetófitas. O termo "gimnosperma" é frequentemente utilizado para se referir a vários grupos de plantas com sementes extintas que possuem uma relação incerta com as gimnospermas e angiospermas modernas. Nesse caso, para especificar o grupo moderno monofilético de gimnospermas, às vezes é usado o termo Acrogymnospermae.

Os ciclos de vida das gimnospermas envolvem alternância de gerações, com uma fase dominante diplóide, o esporófito, e uma fase reduzida haplóide, o gametófito, que é dependente da fase esporofítica.

Diversidade

As gimnospermas e as angiospermas compreendem as espermatófitas ou plantas com sementes. As gimnospermas são subdivididas em cinco clados: Cycadophyta, Ginkgophyta, Gnetophyta, Pinophyta (também conhecido como Coniferophyta) e Pteridospermatophyta, estando este último extinto.[3]

De longe, o maior grupo de gimnospermas vivas são as coníferas (pinheiros, ciprestes e parentes), seguidos por cicadáceas, gnetófitas (Gnetum, Ephedra e Welwitschia), e Ginkgo biloba. No Brasil, destaca-se a espécie Araucaria angustifolia, da ordem Pinales, que constitui a mata araucária típica da região sul do país e que produz uma semente comestível, o pinhão.

Alguns gêneros apresentam micorrizas, associações fúngicas em suas raízes (como em Pinus), enquanto em alguns outros apresentam pequenas raízes especializadas chamadas raízes coralóides que estão associadas à fixação de nitrogênio cianobactérias (como em Cycas).

O primeiro genoma completo sequenciado publicado de uma gimnospérmica foi o genoma da Picea abies em 2013.[4]

Características

Sendo plantas traqueófitas, as gimnospermas são vascularizadas, isto é, possuem tecidos especializados para o transporte de solutos, nomeadamente o xilema e o floema. O xilema das gimnospermas possui apenas traqueídeos, com exceção da ordem Gnetales que, como a grande maioria das angiospermas, apresentam também elementos de vaso.[5] Além disso, possuem parênquima lenhoso.

Suas sementes são formadas em estruturas denominadas estróbilo, e são nuas, isto é, não são revestidas pelo fruto. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois esporos, um masculino e outro feminino.[carece de fontes?] São capazes de produzir pólen para a fecundação, e sua fecundação é sifonogâmica através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento.

A produção de resina é uma característica marcante principalmente em coníferas, que as protege do ataque de insetos e fungos.

Taxonomia e filogenia

Formalmente, as gimnospermas vivas têm sido classificadas em um clado chamado "Acrogymnospermae", que forma um grupo monofilético dentro das espermatófitas.[6]

O grupo "Gymnospermae" inclui gimnospérmicas extintas e é considerado parafilético. O registro fóssil de gimnospermas inclui muitos taxa distintos que não pertencem aos quatro grupos modernos, incluindo árvores portadoras de sementes que têm uma morfologia vegetativa semelhante a samambaias (as chamadas "samambaias de sementes" ou pteridospermas).[7] Quando as gimnospermas fósseis são consideradas, tais como Bennettitales, Caytonia e Glossopteridales, as angiospermas estão alojadas dentro um clado gimnospérmico mais alargado, apesar de permanecer pouco claro qual grupo de gimnospermas é o parente mais próximo.

As gimnospermas vivas incluem 12 famílias principais e 83 gêneros que contêm mais de 1000 espécies conhecidas.

Para a mais recente classificação relativa às gimnospermas extantes, lista-se de seguida a que foi elaborada por Christenhusz et al. (2011):[6]

Subclasse Cycadidae

Subclasse Ginkgoidae

Subclasse Gnetidae

Subclasse Pinidae

Agrupamentos extintos

Diversidade e origem

Há mais de 1000 espécies vivas de gimnospermas. Anteriormente, era amplamente aceito que as gimnospermas se originaram no período Carbonífero tardio, mas evidências filogenéticas mais recentes indicam que elas divergiram dos ancestrais de angiospermas no início do Carbonífero.[8][9] A radiação de gimnospermas durante o final do Carbonífero parece ter resultado de todo um evento de duplicação de genoma em torno de 319 ma.[10] As características iniciais das plantas com sementes são evidentes em fósseis progimnospermas do final do período Devoniano por volta de 383 milhões de anos atrás. Tem sido sugerido que durante a era Mesozóica, a polinização de alguns grupos extintos de gimnospermas foi realizada por espécies extintas de Mecoptera, que provavelmente se envolveram em associações mutualísticas com as gimnospermas, muito antes da coevolução semelhante e independente de insetos que se alimentam de néctar em angiospermas.[11][12] Também foram encontradas evidências de que as gimnospermas mesozóicas foram polinizadas por Kalligrammatidae, uma família agora extinta com membros que (em um exemplo de evolução convergente) se assemelhavam às borboletas que surgiram muito mais tarde.[13]

As coníferas são de longe o grupo mais abundante de gimnospermas com seis a oito famílias, com um total de 65 a 70 gêneros e 600 a 630 espécies (696 nomes aceitos).[14] As coníferas são lenhosas e a maioria é perene.[15]

Ciclo de vida

As gimnospérmicas, como todas as plantas vasculares, têm um ciclo de vida cuja fase dominante é o esporófito, o que significa que passam a maior parte do seu ciclo de vida com células diplóides, enquanto o gametófito (fase de produção de gâmetas) é relativamente curto. Como todas as plantas com sementes, são heterospóricas, tendo dois tipos de esporos, micrósporos (masculino) e megásporos (feminino) que são tipicamente produzidos em cones de pólen ou cones ovulados, respetivamente.[16]

A exceção são as plantas femininas do género Cycas, que formam uma estrutura solta, chamada megasporófilo, em vez de cones.[17] Como em todas as plantas heterosporadas, os gametófitos desenvolvem-se dentro da parede dos esporos. Os grãos de pólen (microgametófitos) amadurecem a partir dos micrósporos e, por fim, produzem espermatozóides.[16] Os megagametófitos desenvolvem-se a partir de megásporos e são retidos dentro do óvulo. As gimnospermas produzem múltiplos arquegónios, que produzem o gâmeta feminino.

Durante a polinização, os grãos de pólen são transferidos fisicamente entre plantas, do cone de pólen para o óvulo. O pólen é normalmente transportado pelo vento ou por insectos. Os grãos inteiros entram em cada óvulo através de uma abertura microscópica no revestimento do óvulo (tegumento) chamada micrópila. Os grãos de pólen amadurecem no interior do óvulo e produzem espermatozóides. Dois modos principais de fertilização são encontrados nas gimnospermas: Cycadaceae e Ginkgo têm espermatozóides móveis flagelados[18] que nadam diretamente para o ovo dentro do óvulo, enquanto que as coníferas e gnetófitas têm espermatozóides sem flagelos que são movidos ao longo de um tubo polínico para o óvulo. Após a singamia (união do espermatozoide e do óvulo), o zigoto desenvolve-se num embrião (esporófito jovem). Em cada semente de gimnosperma inicia-se normalmente mais do que um embrião. A semente madura compreende o embrião e os restos do gametófito feminino, que serve como fonte de alimento, e o revestimento da semente.[19]

Etnobotânica

As gimnospérmicas têm utilizações económicas importantes. O pinheiro, o abeto e o cedro são exemplos de coníferas que são utilizadas para a produção de madeira, papel e resina. Outras utilizações comuns das gimnospérmicas são o sabão, o verniz, o verniz das unhas, os alimentos, as gomas e os perfumes.[20]

Referências

  1. Yang Y, Ferguson DK, Liu B, Mao KS, Gao LM, Zhang SZ, Wan T, Rushforth K, Zhang ZX (2020). «Recent advances on phylogenomics of gymnosperms and a new classification». Plant Diversity. 44 (4): 340–350. ISSN 2468-2659. PMC 9363647Acessível livremente. PMID 35967253. doi:10.1016/j.pld.2022.05.003 
  2. «Gymnosperms of Northeastern Wisconsin». Uwgb.edu. Consultado em 31 de maio de 2009 
  3. Raven, P.H. (2013). Biology of Plants. [S.l.]: New York: W.H. Freeman and Co. 
  4. Nystedt, B; Street, NR; Wetterbom, A; et al. (Maio 2013). «The Norway spruce genome sequence and conifer genome evolution». Nature. 497 (7451): 579–584. Bibcode:2013Natur.497..579N. PMID 23698360. doi:10.1038/nature12211Acessível livremente 
  5. Souza, V. C. Introdução: as gimnospermas do Brasil. In: Forzza, R. C., org., et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Catálogo de plantas e fungos do Brasi [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 75-77. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-0.
  6. a b Christenhusz, M.J.M., J.L. Reveal, A. Farjon, M.F. Gardner, R.R. Mill, and M.W. Chase (2011). A new classification and linear sequence of extant gymnosperms. Phytotaxa 19:55-70. http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p070.pdf
  7. Hilton, Jason; Bateman, Richard M. (Janeiro de 2006). «Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny 1». The Journal of the Torrey Botanical Society (em inglês). 133 (1): 119–168. doi:10.3159/1095-5674(2006)133[119:PATBOS]2.0.CO;2 
  8. Li, Hong-Tao; Yi, Ting-Shuang; Gao, Lian-Ming; Ma, Peng-Fei; Zhang, Ting; Yang, Jun-Bo; Gitzendanner, Matthew A.; Fritsch, Peter W.; Cai, Jie; Luo, Yang; Wang, Hong (2019). «Origin of angiosperms and the puzzle of the Jurassic gap». Nature Plants (em inglês). 5 (5): 461–470. PMID 31061536. doi:10.1038/s41477-019-0421-0 
  9. Morris, Jennifer L.; Puttick, Mark N.; Clark, James W.; Edwards, Dianne; Kenrick, Paul; Pressel, Silvia; Wellman, Charles H.; Yang, Ziheng; Schneider, Harald; Donoghue, Philip C. J. (6 de março de 2018). «The timescale of early land plant evolution». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 115 (10): E2274–E2283. Bibcode:2018PNAS..115E2274M. PMC 5877938Acessível livremente. PMID 29463716. doi:10.1073/pnas.1719588115Acessível livremente 
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Bibliografia

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