Grafite (futebolista): diferenças entre revisões
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Em [[2003]], não continuou no Grêmio, foi contratado pelo [[FC Seoul|Anyang Cheetahs]], da [[Coreia do Sul|Coreia do Sul,]] mas a saudade da cidade de Matão não saia de dentro de seu peito, e como dizia um grande goleiro, essa saudade DOI em seu peito. |
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Voltou para o [[Brasil]] no segundo semestre de [[2003]], para jogar no [[Goiás Esporte Clube|Goiás]], onde se destacou marcando muitos gols pelo clube no [[Campeonato Brasileiro de Futebol|Campeonato Brasileiro]] daquele ano, porém ainda não achava um companheiro tão bem entrosado como Tupãzinho nos auges de glória da Matonense. |
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Em [[2003]], Grafite foi contratado pelo [[São Paulo Futebol Clube|São Paulo]], onde logo foi titular, jogando no ataque ao lado de [[Luis Fabiano Clemente|Luis Fabiano]]. Após a saída do mesmo para a [[Europa]], Grafite se tornou o artilheiro do São Paulo na temporada, com vinte e seis gols. |
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Após dura jogada dividida com um jogador do [[Quilmes Atlético Club|Quilmes]], a bola saiu de campo. Desábato, que não participava da jogada, chegou gritando, tachando Grafite de ''"seu negro de m**da!"''. O atacante são-paulino declararia que não deu, naquele momento, maior atenção ao ofensor, embora tivesse-o empurrado na cara. Por conta do empurrão, foi expulso. O caso teria ganhado grandes proporções de forma alheia à vontade do jogador. Nas palavras do próprio: |
Após dura jogada dividida com um jogador do [[Quilmes Atlético Club|Quilmes]], a bola saiu de campo. Desábato, que não participava da jogada, chegou gritando, tachando Grafite de ''"seu negro de m**da!"''. O atacante são-paulino declararia que não deu, naquele momento, maior atenção ao ofensor, embora tivesse-o empurrado na cara. Por conta do empurrão, foi expulso. O caso teria ganhado grandes proporções de forma alheia à vontade do jogador. Nas palavras do próprio: |
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{{quote1|''Quando eu cheguei no vestiário (após ser expulso), o [[Juvenal Juvêncio|Juvenal (Juvêncio)]] me ligou e perguntou o que tinha acontecido. Ele me perguntou o que o Desábato tinha me dito e eu contei. "Então toma seu banho e esfria a cabeça." Quando acabou o primeiro tempo, o pessoal desceu, o [[Emerson Leão|Leão]] me perguntou se estava tudo bem e eu disse que sim. O que eu não sabia era do "auê" que o [[Galvão Bueno]] estava fazendo. Eu estava indo embora e me disseram que tinha de esperar até os 30 minutos do segundo tempo pelo sorteio do antidoping. (...) Esperei até os 35 minutos para ver o que acontecia e quando estava saindo do vestiário veio o Nico (Oswaldo Gonçalves, delegado da [[Polícia Federal]]) com mais dois homens. Ele me disse que ia prender o argentino e eu não entendi nada. (...) Não tinha a menor ideia de que ele seria preso.'' |
<nowiki>{{quote1|</nowiki>''Quando eu cheguei no vestiário (após ser expulso), o [[Juvenal Juvêncio|Juvenal (Juvêncio)]] me ligou e perguntou o que tinha acontecido. Ele me perguntou o que o Desábato tinha me dito e eu contei. "Então toma seu banho e esfria a cabeça." Quando acabou o primeiro tempo, o pessoal desceu, o [[Emerson Leão|Leão]] me perguntou se estava tudo bem e eu disse que sim. O que eu não sabia era do "auê" que o [[Galvão Bueno]] estava fazendo. Eu estava indo embora e me disseram que tinha de esperar até os 30 minutos do segundo tempo pelo sorteio do antidoping. (...) Esperei até os 35 minutos para ver o que acontecia e quando estava saindo do vestiário veio o Nico (Oswaldo Gonçalves, delegado da [[Polícia Federal]]) com mais dois homens. Ele me disse que ia prender o argentino e eu não entendi nada. (...) Não tinha a menor ideia de que ele seria preso.'' |
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O atacante foi então transformado, ainda que involuntariamente, em símbolo da luta contra o [[Racismo|racismo]]. Desábato ficou detido por dois dias antes de retornar à Argentina, sem antes assumir o compromisso de voltar ao [[Brasil]] para responder ao processo por ''injúria com agravante de racismo''. Todavia, Grafite preferiu não prestar queixa-crime contra o argentino no prazo. Justificou-se, afirmando que, embora inicialmente sentisse apoio de todos, foi começando a sentir-se solitário depois de um tempo quanto à situação. ''"Era mais lembrado por esse caso que pelo meu futebol. (...) Foi um episódio negativo na minha carreira e que não foi nada bom para a minha vida pessoal"''.<ref name="trivela" /> |
O atacante foi então transformado, ainda que involuntariamente, em símbolo da luta contra o [[Racismo|racismo]]. Desábato ficou detido por dois dias antes de retornar à Argentina, sem antes assumir o compromisso de voltar ao [[Brasil]] para responder ao processo por ''injúria com agravante de racismo''. Todavia, Grafite preferiu não prestar queixa-crime contra o argentino no prazo. Justificou-se, afirmando que, embora inicialmente sentisse apoio de todos, foi começando a sentir-se solitário depois de um tempo quanto à situação. ''"Era mais lembrado por esse caso que pelo meu futebol. (...) Foi um episódio negativo na minha carreira e que não foi nada bom para a minha vida pessoal"''.<ref name="trivela" /> |
Revisão das 20h56min de 17 de maio de 2016
Grafite | ||
Grafite atuando pelo Santa Cruz em 2015. | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Edinaldo Batista Libânio | |
Data de nascimento | 2 de abril de 1979 (45 anos) | |
Local de nascimento | Jundiaí, ![]() ![]() | |
Nacionalidade | brasileira | |
Altura | 1, 89 m | |
Pé | Ambidestro | |
Apelido | Grafite, G23, Dina, Grafa | |
Informações profissionais | ||
Período em atividade | 1999–presente (17 anos) | |
Clube atual | ![]() | |
Número | 23 | |
Posição | Atacante | |
Site oficial | www.graffa23.com | |
Clubes de juventude | ||
1998–1999[1] | ![]() | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1999–2001 2001 2001–2002 2002 2003 2003 2004–2006 2006–2007 2007–2011 2011–2014 2015 2015– |
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Seleção nacional | ||
2005–2010 | ![]() |
4 (1) |
Edinaldo Batista Libânio, mais conhecido como Grafite (Jundiaí, 2 de Abril de 1979), é um futebolista brasileiro que joga como atacante. Atualmente joga pelo Santa Cruz.
Carreira
Iniciou sua carreira na Matonense, um dos maiores times do interior do estado de São Paulo no final da década de 90, onde se destacou nacionalmente (quase chegando na Seleção Brasileira). Encantado com a incrível estrutura da cidade e também com a hospedabilidade que recebeu do povo Matonense, deixou grande saudade e grandes amigos. Em seguida foi para a Ferroviária, de Araraquara. Em 2001 jogou pelo Santa Cruz Futebol Clube, onde teve maior repercussão tanto por seus gols marcados quanto pelos gols perdidos.
Grêmio
Em 2002 foi parar no Grêmio, onde chegou a ser titular, porém não fez tanto sucesso quanto na incrível Matonense.
FC Seul
Em 2003, não continuou no Grêmio, foi contratado pelo Anyang Cheetahs, da Coreia do Sul, mas a saudade da cidade de Matão não saia de dentro de seu peito, e como dizia um grande goleiro, essa saudade DOI em seu peito.
Goiás
Voltou para o Brasil no segundo semestre de 2003, para jogar no Goiás, onde se destacou marcando muitos gols pelo clube no Campeonato Brasileiro daquele ano, porém ainda não achava um companheiro tão bem entrosado como Tupãzinho nos auges de glória da Matonense.
São Paulo
Em 2003, Grafite foi contratado pelo São Paulo, onde logo foi titular, jogando no ataque ao lado de Luis Fabiano. Após a saída do mesmo para a Europa, Grafite se tornou o artilheiro do São Paulo na temporada, com vinte e seis gols.
Após as grandes partidas de Grafite pelo São Paulo, Carlos Alberto Parreira convocou o atacante para a Seleção Brasileira para um amistoso contra a Guatemala, que marcou a despedida de Romário da Seleção. Marcou ainda um gol nesse jogo.
Seu nome repercutiu na imprensa mundial no dia 13 de Abril de 2005. Durante um jogo da Copa Libertadores, contra o Quilmes, da Argentina, em uma dividida, Grafite discutiu com o zagueiro do time adversário, Leandro Desábato, que o teria ofendido com expressões de cunho racista. Grafite foi expulso no lance junto com outro argentino. Desábato acabaria preso ao fim da partida.
Em Junho do mesmo ano, quando Grafite estava próximo de ser convocado novamente para defender o Brasil, desta vez na Copa das Confederações, contundiu-se e, como conseqüência, foi operado. Voltou a jogar somente no final do ano, perdendo assim o restante da disputa da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro em 2005, mas ainda em tempo de ajudar o São Paulo a se consagrar campeão do Mundial de Clubes da FIFA jogando o segundo tempo da semifinal e da final.
Le Mans
Em 2006, totalmente curado da lesão, Grafite fez ainda mais algumas partidas pelo São Paulo, mas acabou sendo contratado pelo Le Mans, da França.
Wolfsburg
Após uma temporada defendendo o Le Mans, Grafite foi contratado pelo Wolfsburg, da Alemanha. Logo em sua primeira temporada pelo clube alemão, Grafite foi um dos destaques, ajudando a equipe a conquistar uma inédita vaga na Copa da UEFA de 2009.
Em 2009, Grafite conquistou com o Wolfsburg, o inédito título do Campeonato Alemão, tendo ainda, terminado como artilheiro da competição com vinte e oito gols (igualando o recorde de Aílton, de estrangeiro com mais gols em uma única edição) e, juntamente com Džeko (vice-artilheiro do campeonato, com dois gols a menos), bateu o recorde de cinquenta e três gols marcados por Gerd Müller e Uli Hoeneß (atuando pelo Bayern München, na temporada 1972-73), marcando cinquenta e quatro.[3]
Na temporada seguinte, apesar do início apagado na Bundesliga, Grafite foi o responsável pela primeira vitória dos Wölfe na Liga dos Campeões da UEFA (é a primeira participação no clube no torneio). O triunfo aconteceu sobre o CSKA Moscou, da Rússia, tendo marcado um hat-trick na vitória por 3 a 1.[4]
Al-Sadd
Em 2015, acertou com o Al-Sadd por 6 meses e após o fim do contrato, outros clubes mostraram interesse em seu passe.
Volta ao Santa Cruz
No meio do ano de 2015 o Santa Cruz faz uma proposta ao atacante e depois de algumas negociações, ele assina com o clube em 30 de junho.[5]Ele pede para usar o número 23 o qual usa como marca própria.[6] Marca seu primeiro gol na reestreia com a camisa tricolor, com o Arruda lotado, na vitória por 1x0 do tricolor contra o Botafogo. Participou do elenco que levou o tricolor de volta a elite do futebol brasileiro, sendo um dos principais jogadores da equipe na competição. No dia 01 de maio de 2016 realiza seu sonho de conquistar um título pelo clube do coração e vence a Copa do Nordeste, sendo eleito também o melhor jogador da competição. Poucos dias depois, conquista o estadual pelo clube e também é eleito o craque da competição.
A polêmica racial com Desábato
Grafite ficou conhecido mundialmente neste incidente, embora não fosse essa a sua vontade, conforme já declarou:[7]
“ | Vou ser sincero: se dependesse de mim, nada daquilo teria acontecido. Se eu saio do Morumbi 30 minutos antes, nada daquilo teria acontecido. No jogo de ida foi muito pior. Cara cuspia, xingava, metia dedo aqui e ali, torcedor dando tapa na cabeça... Xingaram de tudo quanto é nome lá. E o mais curioso é que no jogo na Argentina eu troquei de camisa com o próprio Desábato. Até hoje minha sogra tem a camisa dele. Na semana antes do jogo do Morumbi saíram muitas matérias dizendo que tinha que ser um jogo sem racismo, coisa e tal.[8] | ” |
Após dura jogada dividida com um jogador do Quilmes, a bola saiu de campo. Desábato, que não participava da jogada, chegou gritando, tachando Grafite de "seu negro de m**da!". O atacante são-paulino declararia que não deu, naquele momento, maior atenção ao ofensor, embora tivesse-o empurrado na cara. Por conta do empurrão, foi expulso. O caso teria ganhado grandes proporções de forma alheia à vontade do jogador. Nas palavras do próprio:
{{quote1|Quando eu cheguei no vestiário (após ser expulso), o Juvenal (Juvêncio) me ligou e perguntou o que tinha acontecido. Ele me perguntou o que o Desábato tinha me dito e eu contei. "Então toma seu banho e esfria a cabeça." Quando acabou o primeiro tempo, o pessoal desceu, o Leão me perguntou se estava tudo bem e eu disse que sim. O que eu não sabia era do "auê" que o Galvão Bueno estava fazendo. Eu estava indo embora e me disseram que tinha de esperar até os 30 minutos do segundo tempo pelo sorteio do antidoping. (...) Esperei até os 35 minutos para ver o que acontecia e quando estava saindo do vestiário veio o Nico (Oswaldo Gonçalves, delegado da Polícia Federal) com mais dois homens. Ele me disse que ia prender o argentino e eu não entendi nada. (...) Não tinha a menor ideia de que ele seria preso.
O atacante foi então transformado, ainda que involuntariamente, em símbolo da luta contra o racismo. Desábato ficou detido por dois dias antes de retornar à Argentina, sem antes assumir o compromisso de voltar ao Brasil para responder ao processo por injúria com agravante de racismo. Todavia, Grafite preferiu não prestar queixa-crime contra o argentino no prazo. Justificou-se, afirmando que, embora inicialmente sentisse apoio de todos, foi começando a sentir-se solitário depois de um tempo quanto à situação. "Era mais lembrado por esse caso que pelo meu futebol. (...) Foi um episódio negativo na minha carreira e que não foi nada bom para a minha vida pessoal".[8]
Seleção Brasileira
Na temporada seguinte, apesar do início apagado na Bundesliga, Grafite foi o responsável pela primeira vitória dos Wölfe na Liga dos Campeões da UEFA (é a primeira participação no clube no torneio). O triunfo aconteceu sobre o CSKA Moscou, da Rússia, tendo marcado um hat-trick na vitória por 3 a 1.[9]
Títulos
- Copa do Presidente: 2012-13
- Campeonato Emiratense: 2013-14
- Liga do Golfo Árabe: 2013
- Supercopa do Emirados Árabes Unidos: 2011–12, 2013–14
Prêmios individuais
- Bola de Prata: 2003
- Seleção do Ano na Bundesliga: 2009
- Jogador do Ano na Bundesliga: 2009
- Futebolista Alemão do ano: 2009
- Time do ano pela ESM: 2008-09
- Premio Puskas: 08-09
- Craque da Copa do Nordeste: 2016
- Seleção da Copa do Nordeste: 2016[10]
- Melhor atacante do Campeonato Pernambucano: 2016[11]
- Craque do Campeonato Pernambucano: 2016[12]
Artilharia
- Bundesliga: 2008-09 (28 gols)
- Etisalat Emirates Cup: 2011-12 (14 gols)
Referências
- ↑ [1]
- ↑ http://www.ogol.com.br/player.php?id=5684 Números de Grafite
- ↑ «Grafite iguala recorde, Wolfsburg encerra fila de 64 anos e é campeão pela 1ª vez». Consultado em 23 de maio de 2009
- ↑ «Grafite: "Foi uma noite inesquecível"». Consultado em 15 de setembro de 2009
- ↑ «Depois de muita negociação, Grafite é anunciado como reforço do Santa Cruz». Consultado em 30 de junho de 2015
- ↑ «Grafite pede para vestir no Mais Querido a camisa 23 que o consagrou mundialmente». Consultado em 30 de junho de 2015
- ↑ CAMILLI, Eduardo (julho de 2009). Escrito na história. Trivela n. 40. Trivela Comunicações, pp. 18-23
- ↑ a b Erro de citação: Etiqueta
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inválida; não foi fornecido texto para as refs de nometrivela
- ↑ «Grafite: "Foi uma noite inesquecível"». Consultado em 15 de setembro de 2009
- ↑ Confira a seleção da Copa do Nordeste 2016
- ↑ Troféu Lance Final: confira a seleção do Campeonato Pernambucano 2016
- ↑ Dose dupla: Grafite leva troféus de Craque do Pernambucano e da Galera
Ligações externas
- Nascidos em 1979
- Naturais de Jundiaí
- Futebolistas de São Paulo
- Futebolistas afro-brasileiros
- Futebolistas da Sociedade Esportiva Matonense
- Futebolistas da Associação Ferroviária de Esportes
- Futebolistas do Santa Cruz Futebol Clube
- Futebolistas do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
- Futebolistas do FC Seoul
- Futebolistas do Goiás Esporte Clube
- Futebolistas do São Paulo Futebol Clube
- Futebolistas do Le Mans UC 72
- Futebolistas do Verein für Leibesübungen Wolfsburg
- Futebolistas do Al-Ahli Dubai
- Futebolistas do Al-Sadd Sports Club
- Jogadores de clubes campeões mundiais da FIFA
- Jogadores da Seleção Brasileira de Futebol
- Jogadores da Copa do Mundo FIFA de 2010