Jive Records

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Jive Records
Jive Records
Empresa detentora Sony Music Entertainment
Fundação 1981[1]
Fechamento 7 de outubro de 2011
Fundador(es) Clive Calder
Distribuidor(es) Legacy Recordings (relançamentos)
Gênero(s) Diversos
País de origem Estados Unidos
Localização Nova Iorque
Página oficial www.jiverecords.com

Jive Records foi uma gravadora estadunidense formada em 1981 e que atualmente é propriedade da Sony Music Entertainment. Anteriormente sediada na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, a Jive tornou-se mais conhecida por sua sequência de êxitos comerciais através de artistas de hip hop nas décadas de 1980 e 1990, e também com artistas de teen pop no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. A partir de 2011, a gravadora foi extinta e suas operações passaram a ser absorvidas pela RCA Records.  

História[editar | editar código-fonte]

Década de 1970: Início[editar | editar código-fonte]

Em 1971, os músicos sul-africanos Clive Calder e Ralph Simon iniciaram um negócio próprio, que consistiu de uma editora e uma empresa de gestão. A mesma recebeu o nome de Zomba Records e mudou-se para Londres, Inglaterra, quatro anos depois; seu primeiro cliente foi o então jovem produtor musical Robert "Mutt" Lange. A Zomba originalmente queria evitar as gravadoras, optando por se concentrar em seus compositores e produtores, enquanto permitia que outras gravadoras estabelecidas lançassem o material de seus clientes.[2] Mais tarde naquela década, a empresa abriu escritórios nos Estados Unidos, onde Calder iniciou um relacionamento comercial com Clive Davis, dessa forma, a gravadora Arista Records começou a lançar material de artistas de Zomba.

Década de 1980: Formação da Jive e distribuição inicial pela Arista e RCA[editar | editar código-fonte]

Em 1981, a Zomba formou a Jive Records, cujas operações começaram com o lançamento de música dance e pop britânica de artistas como Q-Feel, A Flock of Seagulls e Tight Fit.[1] Seu nome foi inspirado do Township Jive, um tipo de música originária na África do Sul.[3] Davis esperava que a conexão entre a Zomba com Mutt Lange, ajudasse a aliviar as dificuldades que a Arista estava enfrentando para encontrar bandas de rock potencialmente bem-sucedidas.

Em 1982, Calder foi apresentado a Barry Weiss, um jovem universitário que o levou a clubes de hip-hop na cidade de Nova Iorque para sua entrevista de emprego com a Zomba. Juntos, eles começaram a preparar músicos para o que viria a ser o grupo de hip-hop Whodini. Depois de dois dias, o grupo criou e gravou seu single de sucesso "Magic's Wand". Embora o grupo eventualmente deixasse a Jive, o seu sucesso inicial permitiu que a gravadora se concentrasse em artistas de hip-hop ao longo da década de 1980.[1] Em 1987, a Jive cortou os laços de distribuição com a Arista, separando-os efetivamente da autoridade de Davis, que evitava o hip hop. Quando a década de 1980 chegou ao fim, a gravadora firmou um contrato de distribuição com a gravadora irmã da Arista, a RCA Records, e continuou a assinar com atos de hip hop, incluindo DJ Jazzy Jeff & The Fresh Prince, Too $ hort, Schoolly D e até Kid Rock.

Década de 1990: Êxito comercial com o hip hop e o teen-pop[editar | editar código-fonte]

Em 1991, o acordo de distribuição da Jive com a RCA expirou. Nessa época, o Bertelsmann Music Group adquiriu uma participação minoritária do selo e passou a distribuir seus álbuns diretamente. Ainda no início da década de 1990, a Jive abriu escritórios em Chicago e também tornou-se uma gravadora de primeira linha nos gêneros hip hop e R&B com o sucesso de artistas como D-Nice, E-40, A Tribe Called Quest, Hi-Five, KRS-One / Boogie Down Productions, R. Kelly e Aaliyah.

Em 1991, Weiss se tornou o CEO e presidente da Jive Records.

No fim dos anos 90, a Jive começou a assinar com artistas pop como Backstreet Boys, 'N Sync e Britney Spears. Todos os três alcançaram grande sucesso no início dos anos 2000, tornando-se os três artistas mais vendidos da história da gravadora.

Década de 2000: Aquisição pela BMG e Sony[editar | editar código-fonte]

Em 2003, a BMG adquiriu o restante da Zomba, controladora da Jive, por US$ 2,74 bilhões, o que na época foi a maior aquisição de uma gravadora independente com distribuição de grandes gravadoras. No ano seguinte, a BMG se fundiu com a Sony Music Entertainment para formar a Sony BMG. Durante esse tempo, o gerenciamento e a distribuição da Jive foram brevemente configuradas sob o recém-formado Zomba Label Group. O Zomba Label Group, junto com a Jive, seria posteriormente absorvido pelo RCA Music Group. Em 2008, Sony e BMG dissolveram sua fusão, com a primeira comprando ações da segunda. Como resultado da compra da Sony, a Jive (junto com suas irmãs BMG, RCA e Arista) tornou-se uma unidade de propriedade da renovada Sony Music Entertainment. O selo foi posteriormente reorganizado com alguns artistas mudando para uma Epic Records já reestruturada, enquanto outros permaneceram com a Jive no RCA Music Group.[4][5]

Década de 2010: Saída de Weiss e desativação[editar | editar código-fonte]

Em março de 2011, Weiss deixou a Jive após duas décadas, para ingressar na Universal Music Group.[6] Em 7 de outubro do mesmo ano, foi anunciado que a Jive, junto com a Arista e a J Records, seriam extintas para atualizar e renomear a RCA Records, não confundindo ou diluindo-a com outras gravadoras.[7] Todos os artistas contratados por essas gravadoras foram transferidos para a RCA.[8]

A marca Jive passou ainda a ser utilizada na França pela divisão Sony Music France, sob o nome de Jive Epic, até o ano de 2019, quando foi absorvida pela RCA Records France.[9] A distribuição de seu catálogo é gerenciado atualmente pela Legacy Recordings da Sony Music.

No Brasil a Jive foi distribuída pela BMG Ariola de 1987 a 1995, pela Virgin Records (selo da EMI) de 1996 a 2000 e pela Som Livre de 2000 a 2003, através do selo Globo/Jive. Em 2003, a distribuição mudou para a BMG novamente até se tornar Sony BMG e depois Sony Music.

Ex-artistas[editar | editar código-fonte]

Lista de ex-artistas notáveis:

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]