BRICS: diferenças entre revisões
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Por conta da popularidade da teoria do Goldman Sachs, acabaram sendo cogitadas outras siglas, como BRIMC ([[Brasil]], [[Rússia]], [[Índia]], [[México]] e [[China]]), BRICS ([[Brasil]], [[Rússia]], [[Índia]], [[China]] e [[África do Sul]]) e BRIIC ([[Brasil]], [[Rússia]], [[Índia]], [[Indonésia]] e [[China]]) incluindo [[México]], [[África do Sul]] e [[Indonésia]] como nações com igual potencial de crescimento nas próximas décadas. A inclusão da principal economia [[África|africana]] no grupo pode significar uma importante mudança na ordem mundial - possivelmente, uma ''outra'' [[globalização]]. |
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Revisão das 16h29min de 21 de março de 2011
Brasil, Rússia, Índia e China |
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BRIC
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Em economia, BRIC (normalmente traduzido como "os BRICs", "os países do BRIC" ou "os países BRIC") é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia e China, que se destacaram no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento. O acrônimo foi cunhado e proeminentemente usado pelo economista Jim O'Neill,[1] chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs,[2] em 2001.[3][4]
O México e a Coreia do Sul seriam os únicos países comparáveis com os países BRIC, de acordo com um artigo publicado em 2005, mas suas economias foram excluídas inicialmente porque já foram considerados mais desenvolvidas.[5] O Goldman Sachs argumenta que, uma vez que estão em rápido desenvolvimento, em 2050, o conjunto das economias dos BRICs pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo atual. Os quatro países, em conjunto, representam atualmente mais de um quarto da área terrestre do planeta e mais de 40% da população mundial.[6][7]
O Goldman Sachs não argumenta que os BRICs se organizam em um bloco econômico ou uma associação de comércio formal, como no caso da União Europeia.[8] No entanto, há fortes indícios de que "os quatro países do BRIC têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim convertendo "seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica."[9][10] Em 16 de junho de 2009, os líderes dos países do BRIC realizaram sua primeira reunião, em Ecaterimburgo, e emitiram uma declaração apelando para o estabelecimento de uma ordem mundial multipolar.[11]
Situação atual
Os BRIC, apesar de ainda não serem as maiores economias mundiais, estão em processo de desenvolvimento político-econômico e já fazem sentir sua influência - a exemplo do que ocorreu na reunião da OMC em 2005, quando os países em desenvolvimento, liderados por Brasil e Índia, juntaram-se aos países subdesenvolvidos para impor a retirada dos subsídios governamentais pela União Européia e pelos Estados Unidos, e a redução das tarifas de importação.
Mas há também muitas diferenças entre eles. Por exemplo: Rússia, Índia e China são grandes potências militares, ao contrário do Brasil, que nunca se engajou em uma corrida armamentista.
Dois membros do BRIC (Rússia e China) são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os outros dois membros do BRIC (Brasil e Índia), integram as Nações G4, cujo objetivo é ter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, conseguindo o apoio de alguns países-membros, mas não tendo o apoio dos países regionais, como o México e a Argentina (contrariando o Brasil) e o Paquistão (contrariando a Índia).
Perspectivas
Se considerado como um bloco econômico, em 2050, o grupo dos BRICs já poderá ter ultrapassado a União Europeia e os Estados Unidos. Entre os países do grupo haveria uma clara divisão de funções. O Brasil e a Rússia seriam os maiores fornecedores de matérias-primas - o Brasil como grande produtor de alimentos e petróleo e a Rússia, somente de petróleo - enquanto os serviços e produtos manufaturados seriam principalmente providos pela Índia e pela China, onde há grande concentração de mão de obra e tecnologia.
O Brasil desempenharia o papel de país exportador agropecuário, sendo que a sua produção de soja e de carne bovina seria suficiente para alimentar mais de 40% da população mundial. A cana-de-açúcar também desempenharia papel fundamental na produção de combustíveis renováveis e ambientalmente sustentáveis - como o álcool e o biodiesel.[12] Além disso, seria o fornecedor preferencial de matérias-primas essenciais aos países em desenvolvimento - como petróleo, aço e alumínio -, sobretudo na América Latina e particularmente na área do Mercosul (Argentina, Venezuela, Paraguai, Uruguai), fortemente influenciada pelo Brasil. No entanto, talvez o mais importante trunfo do Brasil esteja em suas reservas naturais de água, em sua fauna e em sua flora, ímpares em todo o mundo, que tendem a ocupar o lugar do petróleo na lista de desejos dos líderes políticos de todos os países. O Brasil ficaria em 4º lugar no ranking das maiores economias do mundo em 2050.
A Rússia desempenharia o papel de fornecedor de matérias-primas, notadamente hidrocarbonetos. Mas seria também de exportador de mão-de-obra altamente qualificada e de tecnologia, além de ser uma grande potência militar, característica herdada da Guerra Fria.[13]
A Índia deve ter a maior média de crescimento entre os BRICs. Estima-se que em 2050 esteja no 3.º lugar no ranking das economias mundiais, atrás apenas de China (em 1.º) e dos EUA (em 2.º). Além de potência militar, o país tem uma grande população, e tem realizado vultosos investimentos em tecnologia e qualificação da mão-de obra, o que a qualificaria a concentrar no setor de serviços especializados.[14]
A China deve ser, em 2050, a maior economia mundial, tendo como base seu acelerado crescimento econômico sustentado durante todo início do século XXI. Dada a sua população e a disponibilidade de tecnologia, sua economia deve basear-se na indústria. Grande potência militar, a China se encontra atualmente num processo de transição do capitalismo de Estado para o capitalismo de mercado, processo que já deverá estar completado em 2050.[15]
Nada se pode garantir sobre o futuro dos BRICs, pois todos os países estão vulneráveis a conflitos internos, governos corruptos e revoluções populares, mas, se nada de anormal acontecer, é possível prever uma economia mundial apolar, na qual a idéia de "norte rico, sul pobre" careceria de sentido.
Por conta da popularidade da teoria do Goldman Sachs, acabaram sendo cogitadas outras siglas, como BRIMC (Brasil, Rússia, Índia, México e China), BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e BRIIC (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia e China) incluindo México, África do Sul e Indonésia como nações com igual potencial de crescimento nas próximas décadas. A inclusão da principal economia africana no grupo pode significar uma importante mudança na ordem mundial - possivelmente, uma outra globalização. bando de noobs
Estatísticas
A The Economist publica uma tabela anual de estatísticas sociais e econômicas nacionais no seu Pocket World in Figures. Os dados da classificação mundial, edição de 2008, quando comparados as economias e países do BRIC fornecem um marco interessante em relação a bases econômicas da "tese BRIC". Ele também ilustra como, apesar de suas bases econômicas divergentes, os indicadores econômicos dos BRICs são notavelmente semelhantes no ranking global entre as diferentes economias. Eles também sugerem que, embora argumentos econômicos possam ser feitos para a inclusão do México na "tese BRIC", a possibilidade de inclusão da África do Sul parece consideravelmente mais fraca. Uma publicação da Goldman Sachs de Dezembro de 2005 explica o porquê do México não estar incluído no BRIC. De acordo com a publicação,[5] entre todos os países analisados, apenas o México e a Coreia do Sul talvez tenham algum potencial para rivalizar com as economias BRICs, mesmo assim, os analistas da Goldman Sachs resolveram excluir tais economias da "tese BRIC" por já considerá-las mais desenvolvidas. De acordo com a publicação de 2005, o México seria a quinta maior economia em 2050, à frente da Rússia.
Gigantes globais
Esta é uma tabela mostrando várias categorias de listas e rankings relacionadas à economia e política e as posições dos países BRIC em cada uma delas. O melhor colocado destacado em negrito.
Categoria | Brasil | Rússia | Índia | China |
---|---|---|---|---|
Área | 5º | 1º | 7º | 3º / 4º (disputado) |
População | 5º | 9º | 2º | 1º |
PIB nominal | 7º | 11º | 12º | 2º |
PIB (PPC) | 9º | 6º | 4º | 2º |
Exportações | 21º | 11º | 23º | 1º |
Importações | 27º | 17º | 16º | 3º |
Balança comercial | 47º | 5º | 169º | 1º |
Consumo de eletricidade | 10º | 3º | 7º | 2º |
Automóvel per capita | 63° | 65° | 111° | 115° |
Liberdade econômica | 31° | 122° | 121° | 111° |
Produção de petróleo | 17° | 2° | 23° | 6º |
Índice de Desenvolvimento Humano | 73º | 65º | 119º | 89º |
BRIC no futuro
As tabelas a seguir listam 22 países selecionados (BRICs, G7 e Próximos Onze), com seus PIBs nominais em 2006 e as estimativas até 2050.[16]
Posição | País | 2006 | 2010 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 | 2035 | 2040 | 2045 | 2050 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos | 13.245.000 | 14.535.000 | 16.194.000 | 17.978.000 | 20.087.000 | 22.817.000 | 26.097.000 | 29.823.000 | 33.904.000 | 38.514.000 |
2 | Japão | 4.336.000 | 4.604.000 | 4.861.000 | 5.224.000 | 5.570.000 | 5.814.000 | 5.886.000 | 6.042.000 | 6.300.000 | 6.677.000 |
3 | Alemanha | 2.851.000 | 3.083.000 | 3.326.000 | 3.519.000 | 3.631.000 | 3.761.000 | 4.048.000 | 4.388.000 | 4.714.000 | 5.024.000 |
4 | China | 2.682.000 | 4.667.000 | 8.133.000 | 12.630.000 | 18.437.000 | 25.610.000 | 34.348.000 | 45.022.000 | 57.310.000 | 70.710.000 |
5 | Reino Unido | 2.310.000 | 2.546.000 | 2.835.000 | 3.101.000 | 3.333.000 | 3.595.000 | 3.937.000 | 4.344.000 | 4.744.000 | 5.133.000 |
6 | França | 2.194.000 | 2.366.000 | 2.577.000 | 2.815.000 | 3.055.000 | 3.306.000 | 3.567.000 | 3.892.000 | 4.227.000 | 4,592,000 |
7 | Itália | 1.809.000 | 1.914.000 | 2.072.000 | 2.224.000 | 2.326.000 | 2.391.000 | 2.444.000 | 2.559.000 | 2.737.000 | 2.950.000 |
8 | Canadá | 1.260.000 | 1.389.000 | 1.549.000 | 1.700.000 | 1.856.000 | 2.061.000 | 2.302.000 | 2.569.000 | 2.849.000 | 3.149.000 |
9 | Brasil | 1.064.000 | 1.346.000 | 1.720.000 | 2.194.000 | 2.831.000 | 3.720.000 | 4.963.000 | 6.631.000 | 8.740.000 | 11.366.000 |
10 | Rússia | 982.000 | 1.371.000 | 1.900.000 | 2.554.000 | 3.341.000 | 4.265.000 | 5.265.000 | 6.320.000 | 7.420.000 | 8.580.000 |
11 | Índia | 909.000 | 1.256.000 | 1.900.000 | 2.848.000 | 4.316.000 | 6.683.000 | 10.514.000 | 16.510.000 | 25.278.000 | 37.668.000 |
12 | Coreia do Sul | 887.000 | 1.071.000 | 1.305.000 | 1.508.000 | 1.861.000 | 2.241.000 | 2.644.000 | 3.089.000 | 3.562.000 | 4.083.000 |
13 | México | 851.000 | 1.009.000 | 1.327.000 | 1.742.000 | 2.303.000 | 3.068.000 | 4.102.000 | 5.471.000 | 7.204.000 | 9.340.000 |
14 | Turquia | 390.000 | 440.000 | 572.000 | 740.000 | 965.000 | 1.279.000 | 1.716.000 | 2.300.000 | 3.033.000 | 3.943.000 |
15 | Indonésia | 350.000 | 419.000 | 562.000 | 752.000 | 1.033.000 | 1.479.000 | 2.192.000 | 3.286.000 | 4.846.000 | 7.010.000 |
16 | Irã | 245.000 | 312.000 | 415.000 | 544.000 | 716.000 | 953.000 | 1.273.000 | 1.673.000 | 2.133.000 | 2.663.000 |
17 | Paquistão | 129.000 | 161.000 | 206.000 | 268.000 | 359.000 | 497.000 | 709.000 | 1.026.000 | 1.472.000 | 2.085.000 |
18 | Nigéria | 121.000 | 158.000 | 218.000 | 306.000 | 445.000 | 680.000 | 1.083.000 | 1.765.000 | 2.870.000 | 4.640.000 |
19 | Filipinas | 117.000 | 162.000 | 215.000 | 289.000 | 400.000 | 582.000 | 882.000 | 1.353.000 | 2.040.000 | 3.010.000 |
20 | Egito | 101.000 | 129.000 | 171.000 | 229.000 | 318.000 | 467.000 | 718.000 | 1.124.000 | 1.728.000 | 2.602.000 |
21 | Bangladesh | 63.000 | 81.000 | 110.000 | 150.000 | 210.000 | 304.000 | 451.000 | 676.000 | 1.001.000 | 1.466.000 |
22 | Vietnã | 55.000 | 88.000 | 157.000 | 273.000 | 458.000 | 745.000 | 1.169.000 | 1.768.000 | 2.569.000 | 3.607.000 |
Posição | País | 2006 | 2010 | 2015 | 2020 | 2025 | 2030 | 2035 | 2040 | 2045 | 2050 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos | 44.379 | 47.014 | 50.200 | 53.502 | 57.446 | 62.717 | 69.019 | 76.044 | 83.489 | 91.683 |
2 | Reino Unido | 38.108 | 41.543 | 45.591 | 49.173 | 52.220 | 55.904 | 61.049 | 67.391 | 73.807 | 80.234 |
3 | Canadá | 38.071 | 40.541 | 43.449 | 45.961 | 48.621 | 52.663 | 57.728 | 63.464 | 69.531 | 76.002 |
4 | França | 36.045 | 38.380 | 41.332 | 44.811 | 48.429 | 52.327 | 56.562 | 62.136 | 68.252 | 75.253 |
5 | Alemanha | 34.588 | 37.474 | 40.589 | 43.223 | 45.033 | 47.263 | 51.710 | 57.118 | 62.658 | 68.253 |
6 | Japão | 34.021 | 36.194 | 38.650 | 42.385 | 46.419 | 49.975 | 52.345 | 55.756 | 60.492 | 66.846 |
7 | Itália | 31.123 | 32.948 | 35.908 | 38.990 | 41.358 | 43.195 | 44.948 | 48.070 | 52.760 | 58.545 |
8 | Coreia do Sul | 18.161 | 21.602 | 26.012 | 29.868 | 36.813 | 44.602 | 53.449 | 63.924 | 75.979 | 90.294 |
9 | México | 7.918 | 8.972 | 11.176 | 13.979 | 17.685 | 22.694 | 29.417 | 38.255 | 49.393 | 63.149 |
10 | Rússia | 6.909 | 9.833 | 13.971 | 19.311 | 26.061 | 34.368 | 43.800 | 54.221 | 65.708 | 78.576 |
11 | Brasil | 5.657 | 6.882 | 8.427 | 10.375 | 12.996 | 16.694 | 21.924 | 29.026 | 38.149 | 49.759 |
12 | Turquia | 5.545 | 6.005 | 7.460 | 9.291 | 11.743 | 15.188 | 20.046 | 26.602 | 34.971 | 45.595 |
13 | Irã | 3.768 | 4.652 | 5.888 | 7.345 | 9.328 | 12.139 | 15.979 | 20.746 | 26.231 | 32.676 |
14 | China | 2.041 | 3.463 | 5.837 | 8.829 | 12.688 | 17.522 | 23.511 | 30.951 | 39.719 | 49.650 |
15 | Indonésia | 1.508 | 1.724 | 2.197 | 2.813 | 3.711 | 5.123 | 7.365 | 10.784 | 15.642 | 22.395 |
16 | Filipinas | 1.312 | 1.688 | 2.075 | 2.591 | 3.372 | 4.635 | 6.678 | 9.815 | 14.260 | 20.388 |
17 | Egito | 1.281 | 1.531 | 1.880 | 2.352 | 3.080 | 4.287 | 6.287 | 9.443 | 14.025 | 20.500 |
18 | Nigéria | 919 | 1.087 | 1.332 | 1.665 | 2.161 | 2.944 | 4.191 | 6.117 | 8.934 | 13.014 |
19 | Índia | 817 | 1.061 | 1.492 | 2.091 | 2.979 | 4.360 | 6.524 | 9.802 | 14.446 | 20.836 |
20 | Paquistão | 778 | 897 | 1.050 | 1.260 | 1.568 | 2.035 | 2.744 | 3.775 | 5.183 | 7.066 |
21 | Vietnã | 655 | 1.001 | 1.707 | 2.834 | 4.583 | 7.245 | 11.148 | 16.623 | 23.932 | 33.472 |
22 | Bangladesh | 427 | 510 | 627 | 790 | 1.027 | 1.384 | 1.917 | 2.698 | 3.767 | 5.235 |
Encontros
Os países BRIC reuniram-se para a sua primeira cúpula oficial em 16 de Junho de 2009, em Ecaterimburgo, Rússia,[17] com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva, Dmitry Medvedev, Manmohan Singh, e Hu Jintao, respectivos líderes de Brasil, Rússia, Índia e China.[18] Durante a cúpula foram discutidos vários temas relacionados à crise econômica de 2008, tais como comércio internacional, o papel do dólar como moeda de reserva e sua possível substituição, a participação nos organismos internacionais, entre outros.
Os ministros de Relações Exteriores dos países BRIC já tinham se reunido anteriormente no dia 16 de Maio de 2008, também em Ecaterimburgo.[19]
Uma semana antes da cúpula, o Brasil ofereceu $ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional. Foi a primeira vez que o país fez um empréstimo desse tipo.[20] O Brasil já recebeu anteriormente empréstimo do FMI e este anúncio foi tratado como uma importante demonstração da mudança de posição econômica do Brasil. A China e a Rússia também fizeram anúncios de empréstimo ao FMI, de $ 50 bilhões e US $ 10 bilhões respectivamente.
A Segunda cúpula do BRIC aconteceu nos dias 15 e 16 de abril em Brasília.[21] Na reunião preparatória do dia 14, realizada no Rio de Janeiro, foram discutidos - pela primeira vez - oportunidades de negócios e investimentos para setores de energia, tecnologia da informação, infraestrutura e agronegócio. A África do Sul também foi uma das participantes. A Rússia anunciou demandas para investimentos em rodovias e aeroportos; e o Brasil, em ferrovias, aeroportos, hidrovias e estrutura urbana. A China sugeriu a troca de informações para a segurança alimentar, ou seja, a troca de informações para evitar grandes altas nos preços dos alimentos[22][23].
Data | País anfitrião | Líder anfitrião | Localização | |
---|---|---|---|---|
Primeira cúpula do BRIC | 16 de junho de 2009 | Rússia | Dmitry Medvedev | Ecaterimburgo |
Segunda cúpula do BRIC | 15 e 16 de abril de 2010 | Brasil | Luiz Inácio Lula da Silva | Brasília[24] |
Terceira cúpula do BRIC | 2011 | China | Hu Jintao | Pequim |
Variações no termo
Devido à popularidade do acrônimo, muitas variações foram criadas adicionando outros países e regiões. "BRICK"[25][26], "BRIMC"[27][28], "BRIMCK", "BRICS"[29] são as mais comuns, que adicionam a Coreia do Sul ou a Coreia unificada (representada pelo "K", do inglês South Korea ou Korea), o México (representado pelo "M") e a África do Sul (representada pelo "S", do inglês South Africa) ao quarteto. Para além dessas, em menor número, encontra-se "BRICA" ("A" representa os países árabes do Conselho de Cooperação do Golfo - Arábia Saudita, Catar, Quaite, Barém, Omã e Emirados Árabes Unidos)[30] e "BRICET" ("E" representa os países da Europa oriental e "T", a Turquia)[31].
Ver também
- Brasil como superpotência emergente
- China como superpotência emergente
- Índia como superpotência emergente
- Rússia como superpotência emergente
- Países recentemente industrializados
- Mercados emergentes
- G20
- Próximos onze
- Pacto do ABC
- Tigres Asiáticos
- Crescimento demográfico
- Organização Mundial do Comércio
- Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (IBAS)
- PIIGS
- BIPF
Referências
- ↑ ÉPOCA, 21 de maio de 2009. 21/05/2009 Entrevista com Jim O’Neill, por João Caminoto.
- ↑ Goldman Sachs. Global Economics Paper No. 99, Dreaming with BRICs.
- ↑ Specifically, Jim O'Neill, head of global economic research at Global Economics Paper No. 99, Dreaming with BRICs and Global Economics Paper 134, How Solid Are the BRICs?
- ↑ Economist's Another BRIC in the wall 2008 article
- ↑ a b «How Solid are the BRICs?» (PDF). Global Economics. Consultado em 18 de julho de 2008 Erro de citação: Código
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inválido; o nome "Ref-1" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ http://bricnation.com/?p=24
- ↑ http://www.investordaily.com/cps/rde/xchg/id/style/801.htm?rdeCOQ=SID-3F579BCE-819F182C
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- ↑ «Study: Energy-rich Arab countries are next emerging market». Thestar.com.my. 23 de fevereiro de 2007. Consultado em 15 de outubro de 2010
- ↑ Welcome to Huaye Iron&Steel Group[ligação inativa]
Ligações externas
- Dreaming With BRICs: The Path to 2050 (Em inglês - Arquivo PDF)
- BRIC Layers - Tech, happiness and infrastruture (Em inglês - Arquivo PDF)
- Blog de Mario Profaca no atual desenvolvimento dos BRICs (Em inglês - HTML)
- Artigo da Businessweek sobre as projeções da Goldman Sachs sobre os BRICs (Em inglês - HTML)
- Projeções da CIA (Em inglês - HTML)
- BRICS+G - Growth and Sustainability in Brazil, Russia, India, China, South Africa and Germany (Em inglês)
- «Líderes dos BRICs iniciam reunião na Rússia». no UOL Notícias.
- «Crise acelera predominância econômica dos países do BRIC»