Montanha (Revolução Francesa): diferenças entre revisões

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* Jeanne Grall, ''Girondins et Montagnards : les dessous d'une insurrection : 1793'', Éditions Ouest-France, Rennes, 1989 p.{{ISBN|2737302439}}
* Jeanne Grall, ''Girondins et Montagnards : les dessous d'une insurrection : 1793'', Éditions Ouest-France, Rennes, 1989 p.{{ISBN|2737302439}}


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Revisão das 13h21min de 5 de fevereiro de 2020

Na história da Revolução Francesa, A Montanha (em francês: La Montagne) foi um grupo político na Convenção Nacional. Seus membros eram chamados Montanheses (em francês: les Montagnards).

Durante a Revolução, os deputados da Assembléia Legislativa de 1791 que ocupavam os bancos mais elevados da Assembléia – "a Montanha" – tomaram o nome de montanheses, enquanto os deputados dos bancos mais baixos – "a Planície" – receberam o nome de marais.

Favoráveis à República, dominados por Georges Danton, Jean-Paul Marat e Maximilien de Robespierre, os Montanheses conheceram seu apogeu na primavera de 1793, com 300 deputados na Assembléia Nacional, na maior parte eleitos pelo departamento do Sena e de grandes cidades. Hostis à Monarquia, favoráveis a uma democracia centralizada, os Montanheses, próximos à pequena burguesia, apoiavam-se nos sans-culottes e combatiam os girondinos, representantes da burguesia abastada, que conseguiram derrubar do poder em 2 de Junho de 1793.

Dominando a Convenção e o Comitê de Salvação Pública, impuseram uma política de Terror. Os Montanheses cindiram-se, então, entre os partidários de uma aliança com o povo e de medidas sociais, liderados por Maximilien de Robespierre e os partidários de um "Terror pontual", liderados por Danton.

Danton, Ministro da Justiça em 7 de Setembro de 1792.

Muitos deputados montanheses eram próximos aos enragés, de Jacques Roux, ou aos hebertistas, de Jacques Hébert.

Com os hebertistas clamando por uma nova insurreição e tendo fracassado qualquer tentativa de apaziguamento, o governo revolucionário faz prender, na noite de 3 de março de 1794 (13-14 Ventoso do Ano II), Hérbert e as principais figuras do Clube dos Cordeliers. Todos são condenados à morte e executados vinte dias depois, em 24 de março de 1794. Na sequência, foi a vez dos "indulgentes" – que faziam campanha para derrubar o governo, acabar com o Terror e negociar uma paz rápida com a coalizão de monarquias – serem eliminados. Presos, são condenados à morte em 5 de abril de 1794 (4 Germinal do Ano II) e guilhotinados.

Após a queda de Maximilien de Robespierre e seus partidários em 27 de julho de 1794, os montanheses (que se costumou qualificar de "montanheses do Ano III", em contraposição aos "montanheses dantonistas", que se tinham aliado aos moderados do marais), cada vez menos numerosos, tentaram opor-se à Convenção Thermidoriana, mas em vão. Foram em grande parte eliminados, após as insurreições do 12 Germinal do Ano III e a insurreição do 1º Pradial do Ano III.

Sob a Segunda República, os deputados da extrema esquerda (Armand Barbès, Alexandre-Auguste Ledru-Rollin) retomaram o nome de Montanha para designar seu grupo político, enquanto que os realistas legitimistas mais exaltados, partidários de "um apelo ao povo" e convencidos de que o sufrágio universal terminaria por restabelecer a monarquia, adotou o nome de "Montanha Branca"[1].

Bibliografia

  • Alphonse Esquiros, Histoire des Montagnards, Librairie de la Renaissance, Paris, 1875 (edição de), 543 p.
  • Albert Mathiez, Girondins et Montagnards, 1ª edição : Firmin-Didot, Paris, 1930, VII-305 p. –  Réédition en fac-simile : Éditions de la Passion, Montreuil, 1988, VII-305 p. ISBN 2-906229-04-0
  • Jeanne Grall, Girondins et Montagnards : les dessous d'une insurrection : 1793, Éditions Ouest-France, Rennes, 1989 p.ISBN 2737302439



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  1. Stéphane Rials, Révolution et contre-révolution au XIXe siècle, DUC/Albatros, Paris, 1987, p. 155, e R. Huard, "Montagne rouge et Montagne blanche en Languedoc-Roussillon sous la Seconde République", em Droite et gauche de 1789 à nos jours, publicações da Universidade Paul-Valéry, Montpellier III, 1975, pp. 139-160.