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Iraque: diferenças entre revisões

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O Iraque moderno nasceu em [[1920]], quando o [[Império Otomano]] depois de muitos conflitos com os [[Império Mongol|Mongóis]] foi desmembrado, depois da [[Primeira Guerra Mundial]]. Uma decisão da [[Liga das Nações]] pôs o novo país sob a tutela do [[Reino Unido]], o que faz eclodir uma rebelião independentista. Os iraquianos são [[árabe]]s em sua maioria, e no norte há uma importante minoria curda (15%). A religião mais professada é a [[Islão|islâmica]], e a maioria dos muçulmanos [[Xiismo|xiitas]] (60% da população) habita o sul do país. No centro, predominam os árabes [[sunita]]s, que são a segunda vertente da religião islâmica (os sunitas totalizam 20% da população). A [[língua árabe]] é oficial e predominante; já no [[Curdistão]], o árabe é ensinado como segunda língua depois da [[língua curda]]. Entre os partidos políticos do Iraque estão o [[Partido Baath]] Árabe e Socialista, no governo de 1968 a 2004, o [[Partido Democrático do Curdistão]], e a [[União Patriótica do Curdistão]]. A [[Federação Geral dos Sindicatos]] é a única central operária do país.
O Iraque moderno nasceu em [[1920]], quando o [[Império Otomano]] depois de muitos conflitos com os [[Império Mongol|Mongóis]] foi desmembrado, depois da [[Primeira Guerra Mundial]]. Uma decisão da [[Liga das Nações]] pôs o novo país sob a tutela do [[Reino Unido]], o que faz eclodir uma rebelião independentista. Os iraquianos são [[árabe]]s em sua maioria, e no norte há uma importante minoria curda (15%). A religião mais professada é a [[Islão|islâmica]], e a maioria dos muçulmanos [[Xiismo|xiitas]] (60% da população) habita o sul do país. No centro, predominam os árabes [[sunita]]s, que são a segunda vertente da religião islâmica (os sunitas totalizam 20% da população). A [[língua árabe]] é oficial e predominante; já no [[Curdistão]], o árabe é ensinado como segunda língua depois da [[língua curda]]. Entre os partidos políticos do Iraque estão o [[Partido Baath]] Árabe e Socialista, no governo de 1968 a 2004, o [[Partido Democrático do Curdistão]], e a [[União Patriótica do Curdistão]]. A [[Federação Geral dos Sindicatos]] é a única central operária do país.


=== Invasão americana ===
=== Invasão ianque ===
{{Artigos principais|[[Invasão do Iraque]] e [[Guerra do Iraque]].}}
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[[Imagem:BaghdadSign.jpg|thumb|Monumento a [[Saddam Hussein]] no centro de [[Bagdá]] vandalizado por iraquianos pouco depois da invasão das forças de coalizão em Abril de 2003.]]
[[Imagem:BaghdadSign.jpg|thumb|Monumento a [[Saddam Hussein]] no centro de [[Bagdá]] vandalizado por iraquianos pouco depois da invasão das forças de coalizão em Abril de 2003.]]

Revisão das 23h20min de 18 de agosto de 2009


جمهوريّة العراق (árabe)
(Al-Jumhuriyah Al-Iraqiyah)
كۆماری عێراق (curdo)
(Komarê Iraq)
República do Iraque
Bandeira do Iraque
Bandeira do Iraque
Brasão de armas do Iraque
Brasão de armas do Iraque
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: Mawtini
Gentílico: Iraquiano(a)

Localização Iraque
Localização Iraque

Capital Bagdad (Bagdá)
33°20'N 44°26'E
Cidade mais populosa Bagdad
Língua oficial árabe, curdo
Governo República parlamentar
• Presidente Jalal Talabani
• Primeiro-Ministro Nouri al-Maliki
Independência 3 de Outubro de 1932
Área
  • Total 438,317 km² (58.º)
 • Água (%) 1.1
População
 • Estimativa para 2006 27.783.383 hab. (40.º)
 • Densidade 66 hab./km² (125.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2006
 • Total US$ 89,8 bilhões USD(61.º)
 • Per capita US$ 2.900USD (130.º)
Moeda Dinar iraquiano (IQD)
Fuso horário AST (UTC+3)
 • Verão (DST) ADT (UTC+4)
Cód. ISO IRQ
Cód. Internet .iq
Cód. telef. +964

O Iraque (em árabe العراق, transl. al-Irāq, em curdo Îraq) é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Turquia, a leste pelo Irão, a sul pelo Golfo Pérsico, pelo Kuwait e pela Arábia Saudita e a oeste pela Jordânia e pela Síria. Sua capital é a cidade de Bagdá (Bagdad), no centro do país, às margens do rio Tigre.

História

Ver artigo principal: História do Iraque

Iraque Sumério-Acádiano

Ver artigo principal: Mesopotâmia

O território do atual Iraque foi o berço da civilização suméria (a civilização mais antiga do mundo) por volta de 4000 a.C. No ano de 2550 a.C., ocorreu a unificação da Suméria com a Acádia feita pelo patesi Sargão. Séculos mais tarde o Império de Sargão desmorona: ocorrem revoltas internas e os povos nômades vindos dos Montes Zagros (os povos guti) conquistam o Império. No ano de 1950 a.C. eles conquistam o Império definitivamente depois de diversos ataques dos elamitas e dos Amoritas. Tal motivo de tantos combates seria das terras férteis localizado do rio Nilo até os Planaltos Iranianos.

Iraque Amorita, Elamita, Mitanni, Egipcio e Hitita

Os Elamitas tomaram o extremo Norte do atual Estado do Iraque (do Império de Sargão), enquanto os Amoritas que formavam o I Império Babilônico ocupavam o Centro-Sul. Os Mitanni (Cassitas e Hurritas) que dominavam o norte iraquiano acabaram sendo conquistado pelos Egipcios e pelos Hititas. Os Egipcios e os Hititas que estavam dominando o antigo Império Mitanni, acabaram sendo dominados pelos Amoritas, e os Amoritas acabaram sendo dominados pelos Cassitas, reconquistando o império, logo o II Império Mitanni acabou desmoronando nas mãos dos Elamitas.

Iraque Aquemênida, Assírio e Caldeu

Ver artigo principal: Amoritas e Império Babilônico
A parte superior da estela do código de leis deHamurabi.

Os Amoritas que formaram o I Império Babilônico acabaram sendo conquistados pelos Assírios por causa da morte do Rei Hamurabi. Ciáxares, rei da Média, com aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio. Por causa da indepêndencia do Egito, ocrreram diversas manífestações na Fenícia e no Elam. Os Persas se aproveitando disso,conquistaram os Elamitas no ano de 539 a.C. durante a Dinastia Aquemênida Persa. O II Império Baibilônico formado pelos Caldeus acabou sendo dominado também pelos Persas. Após a tentativa frustrada de Dario (Rei Persa) de conquistar a Grécia, o império aquemênida começou a declinar. Décadas de golpes, revoltas e assassinatos enfraqueceram o poder dos aquemênidas. Em 333 a.C., os persas já não tinham mais força para suportar a avalanche de ataques de Alexandre, o Grande, e em 330 a.C., o último rei Aquemênida, Dario III, foi assassinado por seu sátrapa Bessus, e o primeiro Império Persa caiu em mãos dos gregos e macedônios.

Iraque Selêucida, Arsácido e Sassânido

O Império de Alexandre, o Grande.

O Império Selêucida foi um estado político helenista que existiu após a morte de Alexandre III da Macedónia, cujos generais entraram em conflito pela divisão de seu império. A Dinastia Arsácida (ou Parta) foi o mais duradouro dos impérios do antigo Oriente Médio. Nômades partos, de origem iraniana, instalaram-se no Planalto Iraniano e estabeleceram um pequeno reino independente. Sob a liderança do Rei Mitrídates, o Grande (171 a.C.-138 a.C.), o reino parto tornou-se dominante na região, submetendo a Média, a Mesopotâmia e a Assíria. O Império Parto ocupava todo o território do atual Irã, bem como os modernos Iraque, Azerbaijão, Armênia, Geórgia, o leste da Turquia, o leste da Síria, Turcomenistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Paquistão, Kuwait e a costa do Golfo Pérsico da Arábia Saudita, Bareine e Emirados Árabes Unidos. O império chegou ao fim em 224 d.C., quando o último rei parto foi derrotado por um de seus vassalos, Ardacher dos persas, da dinastia sassânida. As freqüentes guerras com os romanos levaram à exaustão e à destruição do Império Sassânida. Com Constantinopla sitiada, o Imperador bizantino Heráclio flanqueou os persas pelo mar na Ásia Menor e atacou-os pela retaguarda, o que resultou numa derrota decisiva em 627 para os sassânidas na Mesopotâmia setentrional. Estes viram-se obrigados a abandonar todos os territórios conquistados e recuar, seguindo-se o caos interno e a guerra civil. Após 14 anos e sete reis diferentes, o Império Persa foi subjugado pelos árabes muçulmanos; com o assassinato, em 651 do último governante sassânida, Yezdegerd III, seu território foi absorvido pelo Califado.

Iraque Omíada e Abássida

O Império islâmico e os califados durante sua maios extensão.
  Sob o profeta Muhammad, 622-632
  Sob o Califado Patriarcal, 632-661
  Sob o Califado Umayyad, 661-750

Conquistada por persas e gregos, a Mesopotâmia se torna o centro de um vasto império árabe no século VII(primeira dinastia de califas do profeta Maomé: a Dinastia Omíada dos descendentes de Mecca). Um século depois, a "Dinastia dos Abbas" decidiu mudar a capital de Damasco para o leste, e o califa Mansur construiu a nova capital, Bagdá, nas margens do rio Tigre. Durante três séculos, a cidade das "Mil e uma Noites" foi o centro de uma nova cultura.

Iraque na Idade Contemporânea

O Iraque moderno nasceu em 1920, quando o Império Otomano depois de muitos conflitos com os Mongóis foi desmembrado, depois da Primeira Guerra Mundial. Uma decisão da Liga das Nações pôs o novo país sob a tutela do Reino Unido, o que faz eclodir uma rebelião independentista. Os iraquianos são árabes em sua maioria, e no norte há uma importante minoria curda (15%). A religião mais professada é a islâmica, e a maioria dos muçulmanos xiitas (60% da população) habita o sul do país. No centro, predominam os árabes sunitas, que são a segunda vertente da religião islâmica (os sunitas totalizam 20% da população). A língua árabe é oficial e predominante; já no Curdistão, o árabe é ensinado como segunda língua depois da língua curda. Entre os partidos políticos do Iraque estão o Partido Baath Árabe e Socialista, no governo de 1968 a 2004, o Partido Democrático do Curdistão, e a União Patriótica do Curdistão. A Federação Geral dos Sindicatos é a única central operária do país.

Invasão ianque

Ver artigo principal: Invasão do Iraque e Guerra do Iraque.
Monumento a Saddam Hussein no centro de Bagdá vandalizado por iraquianos pouco depois da invasão das forças de coalizão em Abril de 2003.

Em 20 de março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque, com o motivo declarado de ter o Iraque falhado no abandono de suas armas químicas e nucleares, em violação ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, resolução 687. Os Estados Unidos afirmaram que devido o Iraque estar violando as normas da resolução 687, a autorização para o uso de forças armadas dessa resolução foi reavivado. Os Estados Unidos ainda justificam a invasão, afirmando que o Iraque tinha ou estava a desenvolver armas de destruição em massa e declarando o desejo de remover um ditador do poder opressivo e levar a democracia ao Iraque. No seu discurso sobre o "Estado da União" de 29 de janeiro de 2002, o Presidente George W. Bush declarou que o Iraque era um membro do "Eixo do Mal", e que, tal como a Coreia do Norte e o Irão, o Iraque tentava adquirir armas de destruição em massa, resultando numa séria ameaça à segurança nacional dos E.U.A., Bush disse ainda:

Contudo, de acordo com um relatório mais abrangente do próprio governo dos E.U.A., nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada desde a invasão[2] . E mesmo notícias atuais contradizem o Governo Americano[3]

Pós-Invasão

Após a invasão, os estadunidenses e aliados impuseram ao Iraque as 100 Resoluções de Remer[4], que inclui os seguintes artigos[5]

  • Artigo 17, que garante aos empreiteiros estrangeiros, incluindo empresas de segurança privadas, imunidade legal;
  • Artigo 39, que permite a remessa de mercadorias isentas de impostos sobre lucros;
  • Artigos 57 e 77, que asseguram a execução das ordens dos EUA, colocando inspector geral e auditores nomeados pelos E.U. em cada ministério público, com duração de cinco anos, e autoridade sobre contratos, programas, funcionários e regulamentos; (1)
  • Artigo 81: Nos termos desta resolução, os agricultores comerciais do Iraque devem agora comprar "sementes registradas".

Estas sementes são normalmente importadas pela Monsanto, Cargill e pela World Wide Companhia Trigo. Infelizmente, essas sementes, conhecidas como "terminator", são estéreis. Isso significa que não podem ser replantadas e exigem uma total dependência por sementes externas.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia do Iraque

A maior parte do país é desértica, porém as regiões dos rios Tigre e Eufrates são férteis, propiciando a agricultura. A capital Bagdá situa-se no centro do país às margens do Tigre.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia do Iraque

A segunda maior cidade do Iraque é Baçorá.

Política

Bandeira

Ver artigo principal: Bandeira do Iraque

A bandeira nacional do Iraque segue o modelo tricolor das bandeiras da Revolta Árabe. Após a ocupação norte-americana, tentou-se criar um desenho fora desse contexto, o qual foi, no entanto, rejeitado. Uma nova bandeira foi adotada em Janeiro de 2008, tendo sido retiradas as três estrelas verdes associadas ao partido Ba'ath, que significavam unidade, liberdade e socialismo. Manteve-se no entanto o lema Allah-u-Akbar (Deus é grande)[6].

Brasão de armas

Ver artigo principal: Brasão de armas do Iraque

O brasão de armas do [Iraque contém a águia dourada de Saladino associada ao pan-arabismo do século XX, com um escudo da bandeira iraquiana, e segurando um pergaminho com as suas garras contendo as palavras الجمهورية العراقية (em árabe: al-Jumhuriya al-Iraqiya ou República Iraquiana).

O Brasão de armas em 1965, não tinha a escrita kufi entre as estrelas da bandeira e foi colocado verticalmente. Esta versão permaneceu em uso até ser substituída pela actual versão, em 2004. Continua controvérsia sobre a bandeira do Iraque resultante do governo interino, que adopta uma bandeira sem retirado as estrelas, mas mantendo a escrita kufi.

Hino nacional

Ver artigo principal: Hino nacional do Iraque

"Mawtini" (Em árabe: موطني, "Minha Pátria"), é um poema popular escrito pelo poeta palestino Ibrahim Touqan por volta de 1934 na Palestina, que veio a ser o hino nacional de facto da Autoridade Nacional Palestina. A melodia original foi composta por Muhammad Fuliefil, e ao longo dos anos foi se tornando popular no mundo árabe.

Recentemente, foi adaptada para ser o hino nacional do Iraque, substituindo o antigo hino "Ardulfurataini Watan".

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões do Iraque

A política de subdivisões do Iraque consiste em províncias, que totalizam vinte e uma.

Economia

Ver artigo principal: Economia do Iraque
Ficheiro:Iraq 50 dinars Rewers.JPG
Uma nota antiga de 50 dinar.

Dois dos principais produtos exportados são o petróleo e as tâmaras. Mas após os atentados de 11 de setembro de 2001, o país deixou de exportar 80% de sua produção de tâmara devido ao bloqueio econômico internacional. A economia do Iraque ficou arruinada por uma década de sanções econômicas internacionais. Estima-se que a recuperação da indústria de petróleo do Iraque, que está em frangalhos, levará três anos, a um custo mínimo de 5.000 milhões de dólares. A maioria da população depende totalmente das cestas básicas distribuídas pelo governo. A ONU calcula que a guerra criou quase 1 milhão de refugiados, que precisaram de ser abrigados e alimentados pelos exércitos de ocupação.

Referências

  1. The President's State of Union Address, January 29, 2002,Washington, D.C.
  2. Borger, Julian (7 de outubro de 2004). «There were no weapons of mass destruction in Iraq». guardian.co.uk. Guardian Media Group. Consultado em 28 de abril de 2008 
  3. Newsmax
  4. http://www.washingtonpost.com/ac2/wp-dyn/A8665-2004Jun26 U.S. Edicts Curb Power Of Iraq's Leadership, 27 de Junho, 2004
  5. CamarAzevedo, Felipe (30 de outubro de 2008). «Loose Change 9/11». www.loosechange911.com. Loose Change (9/11. Consultado em 30 de outubro de 2008 
  6. [1]

Ver também

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