TV Cidade Verde Cuiabá

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TV Cidade Verde Cuiabá
Televisão Cidade Verde S/A
TV Cidade Verde Cuiabá
Tipo Comercial
Cidade de concessão Cuiabá, MT
Canais Digital: 41 UHF
Virtual: 12 PSIP
Outros canais ver mais
Analógico:
12 VHF (1991-2018)
Sede Cuiabá, MT
Rede Rede Cidade Verde
Rede(s) anterior(es) SBT (1991-2009)
Rede Bandeirantes (2009-2019)
Pertence a Grupo Cidade Verde de Comunicação
Proprietário(s) Luiz Carlos Beccari
Presidente Michelle Carvalho
Fundação 12 de setembro de 1991 (32 anos)
Prefixo ZYQ 721
Nome(s) anterior(es) Band Mato Grosso (2013-2017)
Emissora(s) irmã(s)
  • TV Gazeta MT
  • Band FM Cuiabá
Cobertura Grande Cuiabá
Potência 1 KW
Agência reguladora ANATEL
Informação de licença
CDB
PDF
Página oficial https://www.tvcidadeverde.com.br

TV Cidade Verde é uma emissora de televisão brasileira, com sede em Cuiabá, Capital do estado Mato Grosso. Opera no canal 12 (41 UHF digital), sendo a geradora da Rede Cidade Verde com maior abrangência no estado e está presente em 80% do Estado, cobrindo os 101 municípios e os 5 distritos mato-grossenses.

A emissora foi afiliada ao SBT durante 18 anos, de 1991 até dia 16 de maio de 2009, quando o dono da rede, Luiz Carlos Beccari, anunciou no dia 15 de maio, a afiliação com a Rede Bandeirantes. Em 1.º de setembro de 2019 a emissora deixou de ser afiliada a Rede Bandeirantes para operar com programação independente.

História[editar | editar código-fonte]

SBT (1991-2009)[editar | editar código-fonte]

A emissora foi inaugurada em 12 de setembro de 1991, como afiliada do SBT. Nos anos 1990, a emissora dividia a vice-liderança com a TV Rondon que retransmitia a Manchete, embora enfrentasse a concorrência com outras emissoras, consolidando a vice-liderança no final da década e metade da década de 2000. Ao mesmo tempo, instala emissoras no interior, passando cobrir 40% do estado na época.

Em 2006, a emissora faz cobertura sobre o Escândalo das Ambulâncias, que mais tarde passa ser conhecida como Escândalo dos Sanguessugas, gerando matérias diárias para os telejornais do SBT como o Jornal do SBT Manhã, SBT Brasil e o Jornal do SBT.

Rompimento com o SBT e afiliação com a Rede Bandeirantes (2009-2019)[editar | editar código-fonte]

Desde 2004, a emissora cuiabana tentava formar a Rede Cidade Verde com as emissoras de Beccari no estado, mas a resistência de afiliadas à rede no interior matogrossense e problemas com a rede por causa disso, criaram empecilhos para a sua formação.

Em 15 de maio de 2009, em entrevista ao blog RD News, o proprietário da emissora anunciou o rompimento do contrato da afiliação de 18 anos com Sistema Brasileiro de Televisão, após a rede se recusar, durante cinco anos, a formar uma rede regional que transmitiria com exclusividade o sinal do SBT no Mato Grosso.[1] O empresário criticou o tratamento que o apresentador Silvio Santos, proprietário do SBT, dá às suas afiliadas além da programação instável e sujeitas a modificações constantes, ao contrário das outras redes:[1] “No SBT fiquei cinco anos tentando construir uma rede e não consegui, porque não há uma política da empresa que priorize esse tipo de projeto. Nós temos nove emissoras no interior, e agora chegaremos com o novo canal às 101 cidades do Estado.”, explicou o empresário.[1] A emissora acaba assinando com a Rede Bandeirantes, que era retransmitida pela TV Brasil Oeste desde 1980. A Cidade Verde negociava secretamente com a rede havia três meses. Com a mudança, a Brasil Oeste se afiliou à Rede 21, que estava arrendada à Igreja Mundial do Poder de Deus.

No dia seguinte, a emissora troca o SBT pela Band. A última exibição das imagens do SBT em Cuiabá foi após o término da sessão de filmes Tela de Sucessos, quando passa a ser exibido o Jornal da Noite. Com a mudança de rede, a Cidade Verde de Cuiabá se alinhou com suas outras emissoras no interior do estado.[1]

No dia 19 de maio, o SBT divulgou nota em que admite que a emissora deixou a rede:

A mudança de bandeira causou muita repercussão pelo país, pois o SBT simplesmente saiu fora do ar, já que após o rompimento da TV Cidade Verde tornou-se a única capital brasileira sem nenhuma afiliada da rede, limitando-se apenas a TV por assinatura local e nacional ou por antenas parabólicas.[2]

Na manhã do dia 22 de setembro de 2009, a sede da emissora foi invadida por dois criminosos após assaltarem várias pessoas e trocarem tiros com a polícia. Os criminosos tentaram adentrar a emissora após serem perseguidos pela polícia, que também invadiram a emissora e houve nova troca de tiros e prender os criminosos. Toda ação foi flagrada pelo circuito interno da entrada e saída de veículos da emissora e foi exibida reportagem tanto pela emissora quanto pela rede nacional.[3]

Após implantar seu canal digital por definitivo em 2013 a TV Cidade Verde Cuiabá foi nomeada como Band Mato Grosso, o mesmo nome adotada pela antiga afiliada TV Brasil Oeste entre 2005 a 2009. O nome da emissora permanece até 2017.

Na madrugada de segunda-feira do dia 4 de agosto de 2014 morreu aos 59 anos de idade, o empresário e dono da emissora Luiz Carlos Saraiva Beccari em São Paulo, onde passava por um tratamento de saúde. Beccari era empresário do ramo de comunicação em Mato Grosso e proprietário do Grupo Cidade Verde, que tinha como uma das empresas a afiliada da Rede Bandeirantes no estado. Beccari estava internado no Hospital São José, em São Paulo, em um tratamento contra a leucemia. Ele deixou esposa e quatro filhas.

Em 2018, o ministro Antonio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decide que a médica Michelle Carvalho Beccari (viúva de Luiz Carlos Beccari) fosse incluída no rol de herdeiros do marido que morreu em 2014. A decisão aconteceu no dia 17 de abril, mas foi divulgada em 20 de abril. Com a determinação, ficou cassada a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) de 2016, que havia incluído apenas as duas filhas menores da médica como herdeiras. A decisão do STJ não especifica o percentual a que a médica terá direito mas, segundo a advogada Maria da Glória, que a defende, a determinação garante que Michelle tenha direito a 25% da herança. Somando com os 18,75% de cada uma das filhas, segundo ela, a médica passará a gerir 62,58% dos bens. Além delas, também são herdeiras outras duas filhas maiores de idade de Luiz Beccari, de outro casamento, que atualmente controlam o grupo empresarial, que estão com apenas 37,42% dos bens citados.[4][5]

Programação independente (2019-presente)[editar | editar código-fonte]

Desde o dia 1º de setembro de 2019, a emissora deixou de retransmitir a Rede Bandeirantes após 10 anos de afiliação, passando a se tornar independente, apostando em produções regionais e na expansão de sinal para todo o território do Mato Grosso. Um dos principais motivos para o fim da parceria é a crise financeira que o canal paulista anda passando desde 2014, culminando em atrasos no pagamento de repasses do uso do sinal a rede mato-grossense, chegando até mesmo a uma tentativa de acordo, mas sem sucesso.[6][7][8][9]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]