Constante cosmológica: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Foram revertidas as edições de Troneokk por adição de informação suspeita sem fontes (usando Huggle) (3.4.10)
Etiquetas: Huggle Reversão manual
GKNishimoto (discussão | contribs)
Alinhamento com a versão na enwiki. Artigo sendo editado através de dispositivo móvel (smartphone), em partes. Paciência ...
Linha 1: Linha 1:
{{Descrição curta|Constante que representa a densidade de tensão-energia do vácuo}}
{{Além do modelo padrão}}
A '''constante cosmológica''' (geralmente denotada por [[lambda]] maiúsculo <math>\Lambda</math>) foi proposta por [[Albert Einstein]] como uma modificação da teoria original da [[relatividade geral]] ao concluir um [[universo estacionário]]. Após a descoberta do [[Lei de Hubble-Homason|deslocamento para o vermelho de Hubble]] e introdução do [[Big Bang|paradigma do universo em expansão]], Einstein abandonou esse conceito. Entretanto, a descoberta de que a expansão do universo ainda está acelerando na [[década de 1990]] renovou o interesse pela constante cosmológica.<ref>{{harvp|Peebles|Ratra|2003|p=1}}</ref><ref>{{harvp|Caldwell|2002|p=2}}</ref>


[[File:CMB Timeline300 no WMAP.jpg|thumb|400px|Esboço (em inglês) da [[Cronologia da formação do universo|linha do tempo do Universo]] no [[Modelo Lambda-CDM|modelo de matéria escura fria ''Λ'' (M.E.F.''Λ'')]]{{Nre|nome=Λcdm|do inglês ''Λ-C.D.M. – '''c'''old '''d'''ark '''m'''atter''}}. A expansão acelerada no último terço da linha do tempo representa a [[Fator de escala (cosmologia)|era dominada pela energia escura]].]]
A constante cosmológica <math>\Lambda</math> aparece nas [[equações de campo de Einstein|equações de campo modificadas de Einstein]] na forma


{{Cosmologia}}
:<math>R_{\mu \nu} - {\textstyle 1 \over 2}R\,g_{\mu \nu} + \Lambda\,g_{\mu \nu} = {8 \pi G \over c^4} T_{\mu \nu}</math>


Na [[Cosmologia física|cosmologia]], a '''constante cosmológica''' (geralmente denotada pela letra maiúscula grega [[Λ|lambda: ''Λ'']]), alternativamente chamada de '''constante cosmológica de Einstein''', é o coeficiente constante de um termo que [[Albert Einstein]] adicionou temporariamente às suas [[Teoria clássica de campos|equações de campo]] da [[relatividade geral]]. Mais tarde, ele o removeu. Muito mais tarde, foi revivido e reinterpretado como a densidade de energia do espaço, ou [[energia do vácuo]], que surge na [[mecânica quântica]]. Está intimamente associado ao conceito de [[energia escura]].<ref name="C.C. definition"/>
onde [[tensor de Ricci|R]] e [[tensor métrico (relatividade geral)|g]] pertencem à estrutura do [[espaço-tempo]], [[tensor de energia-impulso|T]] pertence à matéria, e [[constante gravitacional|G]] e [[velocidade da luz|c]] são fatores de conversão com o qual surge do uso tradicional de unidades de medida. Quando <math>\Lambda</math> é zero, ela se reduz à equação de campo original da relatividade. Quando <math>T</math> é zero, a equação de campo descreve um espaço vazio (o [[vácuo]]). As unidades de <math>\Lambda</math> são [[segundo]]<sup>-2</sup>.


Einstein originalmente introduziu a constante em 1917<ref>{{Harvp|Einstein|1917}}</ref> para contrabalançar o efeito da gravidade e alcançar um [[universo estático]], uma noção que era a visão aceita na época. A constante cosmológica de Einstein foi abandonada após a confirmação de [[Edwin Powell Hubble|Edwin Hubble]] de que o universo estava se expandindo.<ref name="Rugh 2001 3"/> Da década de 1930 até o final da década de 1990, a maioria dos físicos concordou com a escolha de Einstein de definir a constante cosmológica como zero.<ref name="Λ = 0?"/> Isso mudou com a descoberta em 1998 de que a [[Expansão acelerada do universo|expansão do universo está se acelerando]], o que implica que a constante cosmológica pode ter um valor positivo.<ref name="1998 discovery"/>
A constante cosmológica possui o mesmo efeito de uma [[densidade de energia]] intrínseca do vácuo, <math>\rho_{vac}</math>. Neste contexto, é comumente definida como fator proporcional a <math>8\pi</math>: <math>\Lambda = 8\pi\rho_{vac}</math>, onde conversões modernas da relatividade geral já estão inseridas (do contrário, os fatores <math>G</math> e <math>c</math> também apareceriam).


Desde a década de 1990, estudos têm mostrado que, assumindo o [[princípio cosmológico]], cerca de 68% da densidade de massa – energia do universo pode ser atribuída à chamada energia escura.<ref name="Ellis 2009">{{Cite journal |last=Ellis |first=G. F. R. |title=''Dark energy and inhomogeneity'' |journal=Journal of physics: Conference series |volume=189 |doi=10.1088/1742-6596/189/1/012011 |year=2009 |issue=1 |page=012011 |bibcode=2009JPhCS.189a2011E |s2cid=250670331 |doi-access=free |language=en }}</ref><ref name="Colin et al.">{{Cite journal |title=''Evidence for anisotropy of cosmic acceleration'' |author1=Jacques Colin |author2=Roya Mohayaee |author3=Mohamed Rameez |author4=Subir Sarkar |journal=Astronomy and astrophysics |volume=631 |doi=10.1051/0004-6361/201936373 |arxiv=1808.04597 |date=20-11-2019 |pages=L13 |bibcode=2019A&A...631L..13C |s2cid=208175643 |access-date=25-03-2022 |url=https://www.aanda.org/articles/aa/full_html/2019/11/aa36373-19/aa36373-19.html |language=en }}</ref><ref>{{Harvp|Redd|2013}}</ref> A constante cosmológica {{Math|Λ}} é a explicação mais simples possível para a energia escura e é usada no atual modelo padrão de cosmologia conhecido como [[Modelo Lambda-CDM|modelo de matéria escura fria ''Λ'' (M.E.F.''Λ'')]]{{Nre|nome=Λcdm}}.
== Relatividade geral ==
A constante cosmológica foi introduzida por Einstein nas equações relativísticas para que estas conduzissem a um universo estático (eterno e imutável). Entretanto, com a descoberta da [[expansão do universo]] através de uma hipótese teórica do astrônomo [[Países Baixos|neerlandês]] [[Willem de Sitter]] utilizando das equações da [[Relatividade Geral]] em 1917, ideia esta que fora depois reforçada em 1929 pelo astrônomo americano [[Edwin Powell Hubble|Edwin Hubble]] com a observação do afastamento de galáxias através do Desvio para o Vermelho "''redshift''" (que obedece à [[Lei de Hubble-Homason]]), ela acabou sendo descartada. A constante cosmológica é um termo que equilibra a força de atração da [[gravidade]]. Toma a forma de uma força gravitacional repulsiva e foi adicionada quase como uma 'constante de integração' às equações de Einstein. Ao contrário do resto da [[relatividade geral]], esta nova constante não se justificava para nada no modelo atual da gravidade, e foi introduzida exclusivamente para obter o resultado que na época se pensava fosse apropriado.


De acordo com a [[Teoria quântica de campos|teoria quântica de campos (T.Q.C.)]]{{Nre|do inglês ''Q.F.T. – '''q'''uantum '''f'''ield '''t'''heory''}}, que fundamenta a [[física de partículas]] moderna, o espaço vazio é definido pelo [[Vácuo quântico|estado de vácuo]], que é composto por uma coleção de [[Teoria quântica de campos|campos quânticos]]. Todos esses campos quânticos exibem flutuações em seu [[estado fundamental]] (menor densidade de energia) decorrentes da [[Energia de ponto zero|energia do ponto zero]] presente em todo o espaço. Essas flutuações do ponto zero deveriam atuar como uma contribuição para a constante cosmológica {{Math|Λ}}, mas quando os cálculos são realizados, essas flutuações dão origem a uma enorme energia de vácuo.<ref>{{Harvp|Rugh|Zinkernagel|2001|p=1}}</ref> A discrepância entre a energia de vácuo teorizada da teoria quântica de campos e a energia de vácuo observada da cosmologia é uma fonte de grande controvérsia, com os valores previstos excedendo a observação em cerca de 120 ordens de magnitude, uma discrepância que foi chamada de "a pior previsão teórica da história da física!".<ref name="C.C. problem"/> Esta questão é chamada de [[Catástrofe do vácuo|problema da constante cosmológica]] e é um dos maiores mistérios da ciência, com muitos físicos acreditando que "o vácuo contém a chave para uma compreensão completa da natureza".<ref name="C.C. problem 3"/>
De fato, Einstein teria declarado que ela foi o pior erro de sua carreira. Ironicamente, a constante retornou à corrente principal da cosmologia devido a medições que indicam uma expansão acelerada do universo, o que implica um valor de Λ diferente de zero.


== História ==
{{referências}}


[[Albert Einstein|Einstein]] incluiu a constante cosmológica como um termo em suas [[Equações de campo de Einstein|equações de campo]] para a [[relatividade geral]] porque estava insatisfeito com o fato de que, caso contrário, suas equações não permitiriam um [[universo estático]]: a gravidade faria com que um universo que inicialmente não estava em expansão se contraísse. Para neutralizar essa possibilidade, Einstein adicionou a constante cosmológica.<ref name="Rugh 2001 3"/> No entanto, logo depois que Einstein desenvolveu sua teoria estática, as observações de [[Edwin Powell Hubble|Edwin Hubble]] indicaram que o universo parece estar se expandindo; isso era consistente com uma solução cosmológica para as equações ''originais'' da relatividade geral que haviam sido encontradas pelo matemático [[Alexander Friedmann|Friedmann]], trabalhando nas equações de Einstein da relatividade geral. Einstein teria se referido ao seu fracasso em aceitar a validação de suas equações – quando elas haviam previsto a expansão do universo em teoria, antes de ser demonstrada na observação do [[desvio para o vermelho]] cosmológico – como seu "maior erro".<ref name="Biggest blunder"/>
== Bibliografia ==
{{dividir em colunas}}
{{refbegin|30em}}
* {{cite journal |last1=Baker |first1=J. C. |last2=Grainge |first2=K. |last3=Hobson|first3=M.P. |last4=Jones |first4=M.E. |last5=Kneissl |first5=R. |last6=Lasenby |first6=A.N. |last7=O'Sullivan |first7=C.M. M.|last8=Pooley |first8=G. |last9=Rocha |first9=G. |last10=Saunders |first10=R. |last11=Scott |first11=P.F. |last12=Waldram |first12=E.M. |title=Detection of cosmic microwave background structure in a second field with the Cosmic Anisotropy Telescope |journal=Monthly Notices of the Royal Astronomical Society |volume=308 |issue=4 |year=1999 |pages=1173–1178 |issn=0035-8711 |doi=10.1046/j.1365-8711.1999.02829.x |arxiv=astro-ph/9904415 |bibcode = 1999MNRAS.308.1173B |display-authors=etal |ref={{harvid|Baker et al.|1999}} }}
* {{cite journal |last1=Dyson |first1=L. |last2=Kleban |first2=M. |last3=Susskind |first3=L. |title=Disturbing Implications of a Cosmological Constant |journal=Journal of High Energy Physics |volume=2002 |issue=10 |year=2002 |pages=011 |issn=1029-8479 |doi=10.1088/1126-6708/2002/10/011 |bibcode=2002JHEP...10..011D |arxiv=hep-th/0208013 |ref=harv}}
* {{cite journal |last1=Einstein |first1=A. |authorlink1=Albert Einstein |title=Kosmologische Betrachtungen zur allgemeinen Relativitätstheorie |year=1917 |url=http://einstein-annalen.mpiwg-berlin.mpg.de/related_texts/sitzungsberichte |journal=[[Prussian Academy of Sciences|Sitzungsberichte der Königlich Preußischen Akademie der Wissenschaften]] |volume=part 1 |pages=142–152 |location=Berlin, DE |bibcode=1917SPAW.......142E |ref=harv}}
* {{cite journal |last1=Gamow |first1=G. |authorlink1=George Gamow |title=The evolutionary universe |journal=Scientific American |year=1956 |volume=195 |issue=3 |pages=136–156 |jstor=24941749 |ref=harv|doi=10.1038/scientificamerican0956-136 |bibcode=1956SciAm.195c.136G }}
* {{cite book |last1=Gamow |first1=G. |authorlink1=George Gamow |title=My World Line: An informal autobiography |year=1970 |publisher=Viking Press |location=New York, NY |isbn=978-0-670-50376-6 |lccn=79094855 |oclc=70097 |ref=harv}}
* {{cite journal |last1=Perlmutter |first1=S. |last2=Aldering |first2=G. |last3=Valle |first3=M. Della |last4=Deustua |first4=S. |last5=Ellis |first5=R.S. |last6=Fabbro |first6=S. |last7=Fruchter |first7=A. |last8=Goldhaber |first8=G. |last9=Groom |first9=D.E. |last10=Hook |first10=I.M. |last11=Kim |first11=A.G. |last12=Kim |first12=M.Y. |last13=Knop |first13=R. A. |last14=Lidman |first14=C. |last15=McMahon |first15=R.G. |last16=Nugent |first16=P. |last17=Pain |first17=R. |last18=Panagia |first18=N. |last19=Pennypacker |first19=C. R. |last20=Ruiz-Lapuente |first20=P. |last21=Schaefer |first21=B. |last22=Walton |first22=N. |title=Discovery of a supernova explosion at half the age of the Universe |journal=Nature |volume=391 |issue=6662 |year=1998 |pages=51–54 |issn=0028-0836|doi=10.1038/34124 |bibcode=1998Natur.391...51P |arxiv=astro-ph/9712212 |ref={{harvid|Perlmutter et al.|1998}} }}
* {{cite journal |last1=Perlmutter |first1=S. |last2=Aldering |first2=G. |last3=Goldhaber |first3=G. |last4=Knop |first4=R.A. |last5=Nugent |first5=P. |last6=Castro |first6=P.G. |last7=Deustua |first7=S. |last8=Fabbro|first8=S. |last9=Goobar|first9=A. |last10=Groom |first10=D.E. |last11=Hook |first11=I.M. |last12=Kim |first12=A.G. |last13=Kim |first13=M.Y. |last14=Lee |first14=J.C. |last15=Nunes |first15=N.J. |last16=Pain |first16=R. |last17=Pennypacker |first17=C.R. |last18=Quimby |first18=R. |last19=Lidman |first19=C. |last20=Ellis |first20=R.S. |last21=Irwin |first21=M. |last22=McMahon |first22=R.G. |last23=Ruiz‐Lapuente |first23=P. |last24=Walton |first24=N. |last25=Schaefer |first25=B. |last26=Boyle |first26=B.J. |last27=Filippenko |first27=A.V. |last28=Matheson |first28=T. |last29=Fruchter |first29=A.S. |last30=Panagia |first30=N. |last31=Newberg |first31=H.J.M. |last32=Couch |first32=W.J. |author33=The Supernova Cosmology Project |title=Measurements of Ω and Λ from 42&nbsp;high-redshift supernovae |journal=The Astrophysical Journal |volume=517 |issue=2 |year=1999 |pages=565–586 |issn=0004-637X |doi=10.1086/307221 |bibcode=1999ApJ...517..565P |arxiv=astro-ph/9812133 |ref={{harvid|Perlmutter et al.|1999}} }}
* {{cite journal |last1=Riess |first1=A.G. |last2=Filippenko |first2=A.V. |last3=Challis |first3=P. |last4=Clocchiatti |first4=A. |last5=Diercks |first5=A. |last6=Garnavich |first6=P.M. |last7=Gilliland |first7=R.L. |last8=Hogan|first8=C.J. |last9=Jha|first9=S. |last10=Kirshner |first10=R.P. |last11=Leibundgut|first11=B. |last12=Phillips |first12=M.M. |last13=Reiss |first13=D. |last14=Schmidt |first14=B.P. |last15=Schommer |first15=R.A. |last16=Smith |first16=R.C. |last17=Spyromilio |first17=J. |last18=Stubbs |first18=C. |last19=Suntzeff |first19=N.B. |last20=Tonry |first20=J. |title=Observational Evidence from Supernovae for an Accelerating Universe and a Cosmological Constant |journal=The Astronomical Journal |volume=116 |issue=3 |year=1998 |pages=1009–1038 |issn=0004-6256 |doi=10.1086/300499|bibcode=1998AJ....116.1009R |arxiv=astro-ph/9805201 |ref={{harvid|Riess et al.|1998}} }}
* {{cite journal |last1=Schmidt |first1=B.P. |last2=Suntzeff |first2=N.B. |last3=Phillips |first3=M.M. |last4=Schommer |first4=R.A. |last5=Clocchiatti |first5=A. |last6=Kirshner |first6=R.P. |last7=Garnavich |first7=P. |last8=Challis|first8=P. |last9=Leibundgut |first9=B. |last10=Spyromilio |first10=J. |last11=Riess |first11=A.G. |last12=Filippenko |first12=A.V. |last13=Hamuy |first13=M. |last14=Smith |first14=R. C. |last15=Hogan |first15=C. |last16=Stubbs |first16=C. |last17=Diercks |first17=A.|last18=Reiss |first18=D. |last19=Gilliland |first19=R. |last20=Tonry |first20=J. |last21=Maza |first21=J. |last22=Dressler |first22=A. |last23=Walsh |first23=J. |last24=Ciardullo |first24=R. |title=The High-Z Supernova Search: Measuring Cosmic Deceleration and Global Curvature of the Universe Using Type Ia Supernovae |journal=The Astrophysical Journal |volume=507 |issue=1 |year=1998 |pages=46–63 |issn=0004-637X |doi=10.1086/306308|bibcode=1998ApJ...507...46S |arxiv=astro-ph/9805200 |ref={{harvid|Schmidt et al.|1998}} }}
* {{cite journal |author1=The Planck Collaboration |title=Planck 2015 results I. Overview of products and scientific results |journal=Astronomy & Astrophysics |date=2016|volume=594 |pages=A1 |doi=10.1051/0004-6361/201527101 |arxiv=1502.01582 |bibcode=2016A&A...594A...1P |ref={{harvid|The Planck Collaboration|2015a}} }}
* {{cite journal |author1=Planck Collaboration |title=Planck 2015 results. XIII. Cosmological parameters |journal=Astronomy & Astrophysics |volume=594 |year=2016 |pages=A13 |issn=0004-6361 |doi=10.1051/0004-6361/201525830|bibcode=2016A&A...594A..13P|arxiv=1502.01589 |ref={{harvid|The Planck Collaboration|2015b}} }}
*{{cite journal |author1=The Planck Collaboration |title=Planck 2018 results. VI. Cosmological parameters |date=2018 |arxiv=1807.06209 |bibcode=2018arXiv180706209P|ref=harv}}
* {{cite journal |last=Weinberg |first=S. |title=Anthropic Bound on the Cosmological Constant |journal=Phys. Rev. Lett. |volume=59 |pages=2607–2610 |bibcode=1987PhRvL..59.2607W |doi=10.1103/PhysRevLett.59.2607 |year=1987 |pmid=10035596 |issue=22 |ref=harv}}
{{refend}}
{{dividir em colunas fim}}


Descobriu-se que adicionar a constante cosmológica às equações de Einstein não leva a um universo estático em equilíbrio porque o [[Equilíbrio (equação diferencial)|equilíbrio]] é instável: se o universo se expande ligeiramente, a expansão libera [[Energia do vácuo|energia de vácuo]], que causa ainda mais expansão. Da mesma forma, um universo que se contrai levemente continuará se contraindo.<ref>{{Harvp|Ryden|2003|p=59}}</ref>
==Ligações externas==

*[http://www.portaldoastronomo.org/tema_pag.php?id=25&pag=2 Os problemas da constante cosmológica e da coincidência cósmica de www.portaldoastronomo.org]
No entanto, a constante cosmológica permaneceu um assunto de interesse teórico e empírico. Empiricamente, os dados cosmológicos das últimas décadas sugerem fortemente que nosso universo tem uma constante cosmológica positiva.<ref name="1998 discovery"/> A explicação desse valor pequeno, mas positivo, é um desafio teórico remanescente, o chamado [[Catástrofe do vácuo|problema da constante cosmológica]].
*[http://www.fis.ufba.br/dfg/pice/ff/ff-07.htm O Problema da Constante Cosmológica de www.fis.ufba.br]

Algumas generalizações iniciais da teoria gravitacional de Einstein, conhecidas como {{Ill|en|teorias clássicas de campo unificado|Classical unified field theories|nlk=true}}, introduziram uma constante cosmológica em bases teóricas ou descobriram que ela surgiu naturalmente da matemática. Por exemplo, ''Sir'' [[Arthur Stanley Eddington]] afirmou que a versão cosmológica constante da equação do campo de vácuo expressava a propriedade "[[Epistemologia|epistemológica]]" de que o universo é "auto[[Teoria de gauge|medido]]", e a teoria puramente [[Conexão afim|afim]] de [[Erwin Schrödinger]] usando um {{Ill|en|princípio variacional|History of variational principles in physics|nlk=true}} simples produziu a equação de campo com um termo cosmológico.

== Sequência de eventos 1915–1998 ==

* Em 1915, Einstein publica suas equações da [[relatividade geral]], sem uma constante cosmológica {{Math|Λ}}.
* * Em 1917, Einstein acrescenta o parâmetro {{Math|Λ}} às suas equações quando percebe que sua teoria implica um universo dinâmico para o qual o espaço é função do tempo. Ele então dá a essa constante um valor que faz com que seu modelo de Universo permaneça estático e eterno (universo estático de Einstein).
* Em 1922, o físico russo [[Alexander Friedmann]] mostra matematicamente que as equações de Einstein (qualquer que seja {{Math|Λ}}) permanecem válidas em um universo dinâmico.
* Em 1927, o astrofísico belga [[Georges Lemaître]] mostra que o Universo está se expandindo combinando a relatividade geral com observações astronômicas, as de Hubble em particular.
* Em 1931, Einstein aceita a teoria de um universo em expansão e propõe, em 1932 com o físico e astrônomo holandês [[Willem de Sitter]], um modelo de um Universo em expansão contínua com constante cosmológica zero (espaço-tempo de Einstein – de Sitter).
* Em 1998, duas equipes de astrofísicos, uma liderada por [[Saul Perlmutter]], a outra liderada por [[Brian Schmidt]] e [[Adam Riess]], realizaram medições em supernovas distantes que mostraram que a velocidade da recessão das galáxias em relação à [[Via Láctea]] aumenta com o tempo. O universo está em expansão acelerada, o que requer um valor de {{Math|Λ}} estritamente positivo. O universo conteria uma misteriosa [[energia escura]] produzindo uma força repulsiva que contrabalança a frenagem gravitacional produzida pela matéria contida no universo (ver [[[[Modelo Lambda-CDM|''Modelo cosmológico padrão'']]).
:Por este trabalho, Perlmutter, Schmidt e Riess receberam, em conjunto, o Prêmio Nobel de física em 2011.

== Equação ==

[[File:080998 Universe Content 240 after Planck.jpg|thumb|right|250px|Proporções estimadas (em inglês) de [[matéria escura]] e energia escura (que pode ser a constante cosmológica<ref name="C.C. definition"/>) no universo. De acordo com as teorias atuais da física, a energia escura agora domina como a maior fonte de energia do universo, em contraste com épocas anteriores, quando era insignificante.]]

A constante cosmológica {{Math|Λ}} aparece nas [[equações de campo de Einstein]] na forma

:<math>R_{\mu \nu} - \tfrac{1}{2} R\, g_{\mu \nu} + \Lambda g_{\mu \nu} = \kappa T_{\mu \nu} ,</math>

onde o [[Tensor de curvatura de Ricci|tensor de Ricci]] {{Math|''R<sub>μν</sub>''}}, a escalar de Ricci {{Math|''R''}} e o {{Ill|en|tensor métrico|Metric tensor (general relativity)|nlk=true}} {{Math|''g<sub>μν</sub>''}} descrevem a estrutura do [[espaço-tempo]], o [[Tensor de energia-momento|tensor de tensão–energia]] {{Math|''T<sub>μν</sub>''}} descreve a densidade de energia, densidade de momento e tensão naquele ponto no espaço-tempo, e {{Math|1=''κ'' = 8''πG''/''c''{{Sup|4}}}}. A [[Constante gravitacional universal|constante gravitacional]] {{Mvar|G}} e a [[velocidade da luz]] {{Mvar|c}} são constantes universais. Quando {{Math|Λ}} é zero, isso se reduz à equação de campo da relatividade geral geralmente usada no século XX. Quando {{Math|''T<sub>μν</sub>''}{é zero, a equação de campo descreve o espaço vazio (um [[vácuo]]).

A constante cosmológica tem o mesmo efeito que uma [[densidade de energia]] intrínseca do vácuo, {{Mvar|ρ}}{{Subscrito|vac}} (e uma [[pressão]] associada). Nesse contexto, é comumente movido para o lado direito da equação usando {{Math|1=Λ = ''κ''{{Subscrito|ρvac}}}}. É comum citar valores de densidade de energia diretamente, embora ainda usando o nome "constante cosmológica". A dimensão de {{Math|Λ}} é geralmente entendida como comprimento{{Sup|−2}}.

Usando os valores conhecidos em 2018 e as unidades de Planck para {{Math|Ω{{Subscrito|Λ}}}} = <!-- {{Val|0.6889|0.0056}} -->0,6889±0,0056 e a [[Lei de Hubble|constante de Hubble}} {{Mvar|H<sub>0</sub>}} = <!-- {{Val|67.66|0.42|u=(km/s)/Mpc}} -->67,66±0,42 (km/s)/Mpc = <!-- {{Val|2.1927664|0.0136|e=−18|u=s−1}} -->(2,1927664±0,0136)×10<sup>−18</sup> s−1, {{Math|Λ}} tem o valor de

:<math>\begin{align}
\Lambda = 3\, \left( \frac{\,H_0\,}{c} \right)^2 \Omega_\Lambda &= 1,1056 \times 10^{-52}\ \text{m}^{-2} \\
&= 2,888 \times 10^{-122} \,l_{\text{P}}^{-2}
\end{align}</math>

onde <math>l_{\text{P}}</math> é o [[comprimento de Planck]]. Uma densidade de energia de vácuo positiva resultante de uma constante cosmológica implica uma pressão negativa e vice-versa. Se a densidade de energia for positiva, a pressão negativa associada conduzirá a uma expansão acelerada do universo, conforme observado. (Veja ''[[energia escura]]'' e ''[[inflação cósmica]]'' para mais detalhes.)

== Referências ==

=== Notas de rodapé ===

<references group="lower-alpha"/>

{{Reflist|30em|refs=
<ref name="C.C. definition">Pode ser que a [[energia escura]] seja explicada por uma constante cosmológica estática, ou que essa energia misteriosa não seja constante e tenha mudado com o tempo, como no caso de [[Quintessência cosmológica|quintessência]], veja por exemplo:
* "A física convida à ideia de que o espaço contém energia cujo efeito gravitacional se aproxima da constante cosmológica de Einstein, ''Λ''; hoje em dia o conceito é denominado energia escura ou quintessência."{{Harvp|Peebles|Ratra|2003|p=1}}
* "Parece então que o fluido cosmológico é dominado por algum tipo de densidade de energia fantástica, que tem pressão negativa e apenas começou a desempenhar um papel importante hoje. Nenhuma teoria convincente foi construída para explicar esse estado de coisas, embora modelos cosmológicos baseados em um componente de energia escura, como a constante cosmológica ({{Math|Λ}}) ou a quintessência (Q), sejam os principais candidatos."{{Harvp|Caldwell|2002|p=2}}
</ref>
<ref name="Rugh 2001 3">{{Harvp|Rugh|Zinkernagel|2001|p=3}}</ref>
<ref name="Λ = 0?">Sobre a constante cosmológica sendo considerada como tendo valor zero, veja por exemplo:
* "Uma vez que o limite superior cosmológico em {{Abs|{{Parêntesis angular|''ρ''}} + ''λ''/8''πG''}} era muito menor do que qualquer valor esperado da teoria de partículas, a maioria das partículas os teóricos simplesmente assumiram que, por alguma razão desconhecida, essa quantidade era zero."{{Harvp|Weinberg|1989|p=3}}
* "Uma descoberta astronômica de época seria estabelecer por observação convincente que ''Λ'' é diferente de zero."{{Harvp|Carroll|Press|Turner|1992|p=500}}
* "Antes de 1998, não havia evidência astronômica direta para Λ e o limite superior observacional era tão forte (Λ&nbsp;<&nbsp;10<sup>−120</sup>&nbsp;unidades de Planck) que muitos físicos de partículas suspeitavam que algum princípio fundamental deveria forçar seu valor a ser precisamente zero."{{Harvp|Barrow|Shaw|2011|p=1}}
* "O único outro valor natural é ''Λ''&nbsp;=&nbsp;0. Se ''Λ'' é realmente minúsculo, mas não zero, ele acrescenta uma pista muito estimulante, embora enigmática, para a física a ser descoberta."{{Harvp|Peebles|Ratra|2003|p=333}}
</ref>
<ref name="1998 discovery">Veja por exemplo:
* "Este é o resultado independente de duas equipes. A do [[Supernova Cosmology Project|''Supernova cosmology project'']] ({{Harvp|Perlmutter et al.|1999}}; também veja {{Harvp|Perlmutter et al.|1998}}) e a da {{Ill|en|High-Z supernova search team|High-Z Supernova Search Team|nlk=true}} ({{Harvp|Riess et al.|1998}}; também veja {{Harvp|Schmidt et al.|1998}})"{{Harvp|Weinberg|2015|p=376}}
</ref>
<ref name="Biggest blunder">Há algum debate sobre se Einstein rotulou a constante cosmológica de seu "maior erro", com todas as referências sendo rastreadas até uma única pessoa: [[George Gamow]]. (Veja {{Harvard citations|txt|last1=Gamow|year1=1956|year2=1970}}.) Por exemplo:
* "O astrofísico e autor Mario Livio não consegue encontrar nenhuma documentação que coloque essas palavras na boca de Einstein (ou, nesse caso, em sua caneta). Em vez disso, todas as referências eventualmente levam de volta a um homem - o físico George Gamow - que relatou o uso da frase por Einstein em duas fontes: sua autobiografia publicada postumamente "''My world line''" (1970) e um artigo na "''Scientific American''" de setembro de 1956."{{Harvp|Rosen|2013}}
* "Também achamos bastante plausível que Einstein tenha feito tal declaração a Gamow em particular. Concluímos que há pouca dúvida de que Einstein passou a ver a introdução da constante cosmológica como um erro grave e que é muito plausível que ele tenha rotulado o termo como seu "maior erro" em pelo menos uma ocasião".{{Harvp|O'Raifeartaigh|Mitton|2018|p=1}}
</ref>
<ref name="C.C. problem">See for example:
* "Veja por exemplo:
* "Isso dá uma resposta cerca de 120 ordens de magnitude acima dos limites superiores de Λ definidos por observações cosmológicas. Esta é provavelmente a pior previsão teórica da história da física!"{{Harvp|Hobson|Efstathiou|Lasenby|2006|p=187}}
* "Isso, como veremos mais adiante, é aproximadamente 120 ordens de grandeza maior do que o permitido pela observação." {{Harvp|Carroll|Press|Turner|1992|p=503}}
* "As expectativas teóricas para a constante cosmológica excedem os limites observacionais em cerca de 120 ordens de magnitude." {{Harvp|Weinberg|1989|p=1}}</ref>
<ref name="C.C. problem 3">See for example:
* "Veja por exemplo:
* "o vácuo contém a chave para uma compreensão completa da natureza" {{Harvp|Davies|1985|p=104}}
* "O problema teórico de explicar a constante cosmológica é um dos maiores desafios da física teórica. É mais provável que exijamos uma teoria totalmente desenvolvida da gravidade quântica (talvez a teoria das supercordas) antes de podermos entender ''Λ''."{{Harvp|Hobson|Efstathiou|Lasenby|2006|p=188}}</ref>
}}

=== Bibliografia ===
==== Kiteratura primária ====
{{Refbegin|30em}}
* {{Cite journal |last1=Baker |first1=J. C. |last2=Grainge |first2=K. |last3=Hobson|first3=M.P. |last4=Jones |first4=M.E. |last5=Kneissl |first5=R. |last6=Lasenby |first6=A.N. |last7=O'Sullivan |first7=C.M. M.|last8=Pooley |first8=G. |last9=Rocha |first9=G. |last10=Saunders |first10=R. |last11=Scott |first11=P.F. |last12=Waldram |first12=E.M. |title=''Detection of cosmic microwave background structure in a second field with the cosmic anisotropy telescope'' |journal=Monthly notices of the Royal astronomical society |volume=308 |issue=4 |year=1999 |pages=1173 – 1178 |issn=0035-8711 |doi=10.1046/j.1365-8711.1999.02829.x |arxiv=astro-ph/9904415 |bibcode=1999MNRAS.308.1173B |s2cid=10867413 |display-authors=et al. |ref={{Harvid|Baker et al.|1999}} |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Dyson |first1=L. |last2=Kleban |first2=M. |last3=Susskind |first3=L. |title=''Disturbing implications of a cosmological constant'' |journal=Journal of high energy physics'' |volume=2002 |issue=10 |year=2002 |pages=011 |issn=1029-8479 |doi=10.1088/1126-6708/2002/10/011 |bibcode=2002JHEP...10..011D |arxiv=hep-th/0208013 |s2cid=2344440 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Einstein |first1=A. |author-link1=Albert Einstein |title=''Kosmologische betrachtungen zur allgemeinen relativitätstheorie'' |year=1917 |url=http://einstein-annalen.mpiwg-berlin.mpg.de/related_texts/sitzungsberichte |journal=[[Academia de Ciências da Prússia|Sitzungsberichte der Königlich Preußischen akademie der wissenschaften]] |volume=parte 1 |pages=142 – 152 |location=Berlim, Alemanha |bibcode=1917SPAW.......142E |access-date=2014-11-15 |archive-url=https://web.archive.org/web/20190321062928/http://einstein-annalen.mpiwg-berlin.mpg.de/related_texts/sitzungsberichte |archive-date=2019-03-21 |urlmorta=sim }}
* {{Cite journal |last1=Gamow |first1=G. |author-link1=George Gamow |title=''The evolutionary universe'' |journal=Scientific american |year=1956 |volume=195 |issue=3 |pages=136–156 |jstor=24941749 |doi=10.1038/scientificamerican0956-136 |bibcode=1956SciAm.195c.136G |language=en }}
* {{Cite book |last1=Gamow |first1=G. |author-link1=George Gamow |title=My world line: An informal autobiography |year=1970 |publisher=''Viking press'' |location=Nova Iorque, NY |isbn=978-0-670-50376-6 |lccn=79094855 |oclc=70097 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Perlmutter |first1=S. |last2=Aldering |first2=G. |last3=Valle |first3=M. Della |last4=Deustua |first4=S. |last5=Ellis |first5=R.S. |last6=Fabbro |first6=S. |last7=Fruchter |first7=A. |last8=Goldhaber |first8=G. |last9=Groom |first9=D.E. |last10=Hook |first10=I.M. |last11=Kim |first11=A.G. |last12=Kim |first12=M.Y. |last13=Knop |first13=R. A. |last14=Lidman |first14=C. |last15=McMahon |first15=R.G. |last16=Nugent |first16=P. |last17=Pain |first17=R. |last18=Panagia |first18=N. |last19=Pennypacker |first19=C. R. |last20=Ruiz-Lapuente |first20=P. |last21=Schaefer |first21=B. |last22=Walton |first22=N. |title=''Discovery of a supernova explosion at half the age of the Universe'' |journal=Nature |volume=391 |issue=6662 |year=1998 |pages=51–54 |issn=0028-0836|doi=10.1038/34124 |bibcode=1998Natur.391...51P |arxiv=astro-ph/9712212 |s2cid=4329577 |ref={{Harvid|Perlmutter et al.|1998}} |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Perlmutter |first1=S. |last2=Aldering |first2=G. |last3=Goldhaber |first3=G. |last4=Knop |first4=R.A. |last5=Nugent |first5=P. |last6=Castro |first6=P.G. |last7=Deustua |first7=S. |last8=Fabbro|first8=S. |last9=Goobar|first9=A. |last10=Groom |first10=D.E. |last11=Hook |first11=I.M. |last12=Kim |first12=A.G. |last13=Kim |first13=M.Y. |last14=Lee |first14=J.C. |last15=Nunes |first15=N.J. |last16=Pain |first16=R. |last17=Pennypacker |first17=C.R. |last18=Quimby |first18=R. |last19=Lidman |first19=C. |last20=Ellis |first20=R.S. |last21=Irwin |first21=M. |last22=McMahon |first22=R.G. |last23=Ruiz-Lapuente |first23=P. |last24=Walton |first24=N. |last25=Schaefer |first25=B. |last26=Boyle |first26=B.J. |last27=Filippenko |first27=A.V. |last28=Matheson |first28=T. |last29=Fruchter |first29=A.S. |last30=Panagia |first30=N. |last31=Newberg |first31=H.J.M. |last32=Couch |first32=W.J. |author33=The supernova cosmology project |title=''Measurements of Ω and Λ from 42&nbsp;high-redshift supernovae'' |journal=The astrophysical journal |volume=517 |issue=2 |year=1999 |pages=565–586 |issn=0004-637X |doi=10.1086/307221 |bibcode=1999ApJ...517..565P |arxiv=astro-ph/9812133 |s2cid=118910636 |ref={{Harvid|Perlmutter et al.|1999}} |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Riess |first1=A.G. |last2=Filippenko |first2=A.V. |last3=Challis |first3=P. |last4=Clocchiatti |first4=A. |last5=Diercks |first5=A. |last6=Garnavich |first6=P.M. |last7=Gilliland |first7=R.L. |last8=Hogan|first8=C.J. |last9=Jha|first9=S. |last10=Kirshner |first10=R.P. |last11=Leibundgut|first11=B. |last12=Phillips |first12=M.M. |last13=Reiss |first13=D. |last14=Schmidt |first14=B.P. |last15=Schommer |first15=R.A. |last16=Smith |first16=R.C. |last17=Spyromilio |first17=J. |last18=Stubbs |first18=C. |last19=Suntzeff |first19=N.B. |last20=Tonry |first20=J. |title=''Observational evidence from supernovae for an accelerating universe and a cosmological constant'' |journal=The astronomical journal |volume=116 |issue=3 |year=1998 |pages=1009 – 1038 |issn=0004-6256 |doi=10.1086/300499|bibcode=1998AJ....116.1009R |arxiv=astro-ph/9805201 |s2cid=15640044 |ref={{Harvid|Riess et al.|1998}} |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Schmidt |first1=B.P. |last2=Suntzeff |first2=N.B. |last3=Phillips |first3=M.M. |last4=Schommer |first4=R.A. |last5=Clocchiatti |first5=A. |last6=Kirshner |first6=R.P. |last7=Garnavich |first7=P. |last8=Challis|first8=P. |last9=Leibundgut |first9=B. |last10=Spyromilio |first10=J. |last11=Riess |first11=A.G. |last12=Filippenko |first12=A.V. |last13=Hamuy |first13=M. |last14=Smith |first14=R. C. |last15=Hogan |first15=C. |last16=Stubbs |first16=C. |last17=Diercks |first17=A.|last18=Reiss |first18=D. |last19=Gilliland |first19=R. |last20=Tonry |first20=J. |last21=Maza |first21=J. |last22=Dressler |first22=A. |last23=Walsh |first23=J. |last24=Ciardullo |first24=R. |title=''The High-Z supernova search: Measuring cosmic deceleration and global curvature of the Universe using type Ia supernovae'' |journal=The astrophysical journal |volume=507 |issue=1 |year=1998 |pages=46 – 63 |issn=0004-637X |doi=10.1086/306308 |bibcode=1998ApJ...507...46S |arxiv=astro-ph/9805200 |s2cid=15762698 |ref={{Harvid|Schmidt et al.|1998}} |language=en }}
* {{Cite journal |author1=The Planck collaboration |title=''Planck 2015 results I. Overview of products and scientific results'' |journal=Astronomy & astrophysics |year=2016 |volume=594 |pages=A1 |doi=10.1051/0004-6361/201527101 |arxiv=1502.01582 |bibcode=2016A&A...594A...1P |s2cid=119213675 |ref={{Harvid|The Planck collaboration|2015a}} |language=en }}
* {{Cite journal |author1=Planck collaboration |title=''Planck 2015 results. XIII. Cosmological parameters'' |journal=Astronomy & astrophysics |volume=594 |year=2016 |pages=A13 |issn=0004-6361 |doi=10.1051/0004-6361/201525830|bibcode=2016A&A...594A..13P |arxiv=1502.01589 |s2cid=119262962 |ref={{Harvid|The Planck collaboration|2015b}} |language=en }}
* {{Cite journal |author1=The Planck collaboration |title=''Planck 2018 results. VI. Cosmological parameters'' |journal=Astronomy & astrophysics |year=2020 |volume=641 |pages=A6 |doi=10.1051/0004-6361/201833910 |arxiv=1807.06209 |bibcode=2020A&A...641A...6P |s2cid=119335614 |language=en }}
* {{Cite journal |last=Weinberg |first=S. |title=''Anthropic bound on the cosmological constant'' |journal=Physical review letters |volume=59 |pages=2607 – 2610 |bibcode=1987PhRvL..59.2607W |doi=10.1103/PhysRevLett.59.2607 |year=1987 |pmid=10035596 |issue=22 |language=en }}
{{Refend}}

==== Literatura secundária: notícias, artigos científicos populares e livros ====
{{Refbegin|30em}}
* {{Cite journal |last1=Abbott |first1=Larry |s2cid=30023659 <!-- |author-link1=:en:Larry Abbott -->|title=''The mystery of the cosmological constant'' |journal=Scientific American |volume=258 |issue=5 |year=1988 |pages=106 – 113 |issn=0036-8733 |doi=10.1038/scientificamerican0588-106 |bibcode=1988SciAm.258e.106A |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Barrow |first1=J. D. |last2=Webb |first2=J. K. |title=''Inconstant constants'' |journal=Scientific American |volume=292 |issue=6 |year=2005 |pages=56 – 63 |issn=0036-8733 |doi=10.1038/scientificamerican0605-56 |pmid=15934653 |bibcode=2005SciAm.292f..56B |url=http://phys.unsw.edu.au/~jkw/hons/barr_webb_sciam11.pdf |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/http://phys.unsw.edu.au/~jkw/hons/barr_webb_sciam11.pdf |archive-date=2022-10-09 <!-- |url-status=live -->|language=en }}
* {{Cite journal |last1=Brumfiel |first1=G. |title=''A constant problem'' |journal=Nature |volume=448 |issue=7151 |year=2007 |pages=245 – 248 |issn=0028-0836 |doi=10.1038/448245a |pmid=17637631 |bibcode=2007Natur.448..245B |s2cid=4428576 |url=http://hosting.astro.cornell.edu/academics/courses/astro1109/readings/AConstantProblem.pdf |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/http://hosting.astro.cornell.edu/academics/courses/astro1109/readings/AConstantProblem.pdf |archive-date=2022-10-09 <!-- |url-status=live -->|doi-access=free |language=en }}
* {{Cite book |last1=Davies |first1=P. C. W. |author-link1=Paul Davies |title=Superforce: The search for a grand unified theory of nature |year=1985|publisher=''Simon & Schuster'' |location=Nova Iorque |isbn=978-0-671-47685-4 |url=https://books.google.com/books?id=Bna5p4vJtucC |lccn=84005473 |oclc=12397205 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Hogan |first1=J. |title=''Welcome to the dark side'' |journal=Nature |volume=448 |issue=7151 |year=2007 |pages=240 – 245 |issn=0028-0836 |doi=10.1038/448240a |pmid=17637630 |url=http://pa.brown.edu/articles/Nature_Vol448_20070719_UnseenUniverse.pdf |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/http://pa.brown.edu/articles/Nature_Vol448_20070719_UnseenUniverse.pdf |archive-date=2022-10-09 <!-- |url-status=live -->|bibcode=2007Natur.448..240H |s2cid=4415960 |doi-access=free |language=en }}
* {{Cite journal |last1=O'Raifeartaigh |first1=C. |last2=Mitton |first2=S. |title=''Einstein's "biggest blunder" – interrogating the legend'' |journal=Physics in perspective |volume=20 |issue=4 |pages=318 – 341 |year=2018 |arxiv=1804.06768 |doi=10.1007/s00016-018-0228-9 |s2cid=119097586 |language=en }}
* {{Cite web |last1=Redd |first1=N. T. |title=''What is dark energy?'' |url=https://www.space.com/20929-dark-energy.html |website=space.com |archive-url=https://archive.today/20160519162257/http://www.space.com/20929-dark-energy.html |archive-date=2016-05-19 |year=2013 |access-date=28-10-2018 <!-- |url-status=live -->|language=en }}
* {{Cite web |last1=Rosen |first1=R. J. |title=''Einstein likely never said one of his most oft-quoted phrases'' |url=https://www.theatlantic.com/technology/archive/2013/08/einstein-likely-never-said-one-of-his-most-oft-quoted-phrases/278508/ |website=theatlantic.com |publisher=The Atlantic |archive-url=https://archive.today/20130810062508/http://www.theatlantic.com/technology/archive/2013/08/einstein-likely-never-said-one-of-his-most-oft-quoted-phrases/278508/ |archive-date=2013-08-10 |year=2013 |access-date=06-03-2017 <!-- |url-status=live -->|language=en }}
{{Refend}}

==== Literatura secundária: artigos de revisão, monografias e livros didáticos ====
{{Refbegin|30em}}
* {{Cite journal |last1=Barrow |first1=J. D. |last2=Shaw |first2=D. J. |title=''The value of the cosmological constant'' |journal=General relativity and gravitation |volume=43 |issue=10 |year=2011 |pages=2555 – 2560 |issn=0001-7701 |doi=10.1007/s10714-011-1199-1 |bibcode=2011GReGr..43.2555B |arxiv=1105.3105 |s2cid=55125081 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Caldwell |first1=R. R. |title=''A phantom menace? Cosmological consequences of a dark energy component with super-negative equation of state'' |journal=Physics letters B |volume=545 |issue=1 – 2 |year=2002 |pages=23 – 29 |issn=0370-2693 |doi=10.1016/S0370-2693(02)02589-3 |bibcode=2002PhLB..545...23C |arxiv=astro-ph/9908168 |s2cid=9820570 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Carroll |first1=S. M. |author-link1=Sean M. Carroll |last2=Press |first2=W. H. |author-link2=William H. Press |last3=Turner |first3=E. L. |title=''The cosmological constant'' |journal=Annual eeview of astronomy and astrophysics |volume=30 |issue=1 |year=1992 |pages=499 – 542 |issn=0066-4146 |doi=10.1146/annurev.aa.30.090192.002435 |pmid=28179856 |pmc=5256042 |bibcode=1992ARA&A..30..499C |url=https://preposterousuniverse.com/wp-content/uploads/cpt92.pdf |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/https://preposterousuniverse.com/wp-content/uploads/cpt92.pdf |archive-date=2022-10-09 <!-- |url-status=live -->|language=en }}
* {{Cite book |last1=Hobson |first1=M. P. |last2=Efstathiou |first2=G. P. |last3=Lasenby |first3=A. N. |title=General relativity: An introduction for physicists |year=2006 |publisher=''Cambridge university press'' |location=Cambridge |isbn=978-0-521-82951-9 |edition=2014 |url=https://books.google.com/books?id=5dryXCWR7EIC |oclc=903178203 |lccn=2006277059 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Joyce |first1=A. |last2=Jain |first2=B. |last3=Khoury |first3=J. |last4=Trodden |first4=M. |title=''Beyond the cosmological standard model'' |journal=Physics reports |volume=568 |year=2015 |pages=1 – 98 |issn=0370-1573 |doi=10.1016/j.physrep.2014.12.002 |bibcode=2015PhR...568....1J |arxiv=1407.0059 |s2cid=119187526 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Peebles |first1=P. J. E. |author-link1=James Peebles |last2=Ratra |first2=B. <!-- |author-link2=:en:Bharat Ratra -->|title=''The cosmological constant and dark energy'' |journal=Reviews of modern physics |volume=75 |issue=2 |year=2003 |pages=559 – 606 |issn=0034-6861 |doi=10.1103/RevModPhys.75.559 |bibcode=2003RvMP...75..559P |arxiv=astro-ph/0207347 |s2cid=118961123 |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Rugh |first1=S |title=''The quantum vacuum and the cosmological constant problem'' |journal=Studies in history and philosophy of modern physics |volume=33 |issue=4 |pages=663 – 705 |doi=10.1016/S1355-2198(02)00033-3 |year=2001 |last2=Zinkernagel |first2=H. |bibcode=2002SHPMP..33..663R |arxiv=hep-th/0012253 |s2cid=9007190 |language=en }}
* {{Cite book |last1=Ryden |first1=B. S. |title=Introduction to cosmology |year=2003 |publisher=''Addison – Wesley'' |location=San Francisco |isbn=978-0-8053-8912-8 |oclc=50478401 |lccn=2002013176 |language=en }}
* {{Cite book |last1=Vilenkin |first1=A. <!-- |author-link1=:en:Alexander Vilenkin -->|title=Many worlds in one: The search for other universes |year=2006 |publisher=''Hill and Wang'' |location=Nova Iorque |isbn=978-0-8090-9523-0 |oclc=799428013 |lccn=2005027057 <!-- |url-access=registration -->|url=https://archive.org/details/manyworldsinoneo00vile |language=en }}
* {{Cite journal |last1=Weinberg |first1=S. |author-link1=Steven Weinberg |title=''The cosmological constant problem'' |journal=Reviews of modern physics |volume=61 |issue=1 |year=1989 |pages=1 – 23 |issn=0034-6861 |doi=10.1103/RevModPhys.61.1 |bibcode=1989RvMP...61....1W |url=https://repositories.lib.utexas.edu/bitstream/2152/61094/1/Weinberg_1989.pdf |archive-url=https://ghostarchive.org/archive/20221009/https://repositories.lib.utexas.edu/bitstream/2152/61094/1/Weinberg_1989.pdf |archive-date=2022-10-09 <!-- |url-status=live -->|hdl=2152/61094 |s2cid=122259372 |hdl-access=free |language=en }}
* {{Cite book |last1=Weinberg |first1=S. |author-link1=Steven Weinberg |title=Dreams of a final theory: The scientist's search for the ultimate laws of nature. |year=1992 |publisher=''Pantheon books'' |location=Nova Iorque |isbn=978-0-679-74408-5 |lccn=93030534 |oclc=319776354 |language=en }}
* {{Cite book |last1=Weinberg |first1=S. |author-link1=Steven Weinberg |title=Lectures on quantum mechanics |year=2015 |publisher=''Cambridge university press'' |location=Cambridge |isbn=978-1-107-11166-0 |edition=2ª |lccn=2015021123 |oclc= 910664598 |language=en }}
{{Refend}}


{{Einstein}}
{{Einstein}}
<!-- {{Standard model of physics}} -->
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|Astronomia|Ciência|Estrelas|Exploração espacial|Física<!--|Outer space -->|Sistema Solar}}
{{Portal3|Física}}
{{Controle de autoridade}}
{{DEFAULTSORT:Constante cosmológica}}


[[Categoria:Albert Einstein]]
[[Categoria:Big Bang]]
[[Categoria:Cosmologia física]]
[[Categoria:Cosmologia física]]
[[Categoria:Relatividade]]
[[Categoria:Hipóteses astronômicas]]
[[Categoria:Relatividade geral]]
[[Categoria:Teorias da gravitação]]

<!-- [[:en:Category:Dark energy]] -->

Revisão das 18h03min de 25 de fevereiro de 2023

Esboço (em inglês) da linha do tempo do Universo no modelo de matéria escura fria Λ (M.E.F.Λ)[a]. A expansão acelerada no último terço da linha do tempo representa a era dominada pela energia escura.

Na cosmologia, a constante cosmológica (geralmente denotada pela letra maiúscula grega lambda: Λ), alternativamente chamada de constante cosmológica de Einstein, é o coeficiente constante de um termo que Albert Einstein adicionou temporariamente às suas equações de campo da relatividade geral. Mais tarde, ele o removeu. Muito mais tarde, foi revivido e reinterpretado como a densidade de energia do espaço, ou energia do vácuo, que surge na mecânica quântica. Está intimamente associado ao conceito de energia escura.[1]

Einstein originalmente introduziu a constante em 1917[2] para contrabalançar o efeito da gravidade e alcançar um universo estático, uma noção que era a visão aceita na época. A constante cosmológica de Einstein foi abandonada após a confirmação de Edwin Hubble de que o universo estava se expandindo.[3] Da década de 1930 até o final da década de 1990, a maioria dos físicos concordou com a escolha de Einstein de definir a constante cosmológica como zero.[4] Isso mudou com a descoberta em 1998 de que a expansão do universo está se acelerando, o que implica que a constante cosmológica pode ter um valor positivo.[5]

Desde a década de 1990, estudos têm mostrado que, assumindo o princípio cosmológico, cerca de 68% da densidade de massa – energia do universo pode ser atribuída à chamada energia escura.[6][7][8] A constante cosmológica Λ é a explicação mais simples possível para a energia escura e é usada no atual modelo padrão de cosmologia conhecido como modelo de matéria escura fria Λ (M.E.F.Λ)[a].

De acordo com a teoria quântica de campos (T.Q.C.)[b], que fundamenta a física de partículas moderna, o espaço vazio é definido pelo estado de vácuo, que é composto por uma coleção de campos quânticos. Todos esses campos quânticos exibem flutuações em seu estado fundamental (menor densidade de energia) decorrentes da energia do ponto zero presente em todo o espaço. Essas flutuações do ponto zero deveriam atuar como uma contribuição para a constante cosmológica Λ, mas quando os cálculos são realizados, essas flutuações dão origem a uma enorme energia de vácuo.[9] A discrepância entre a energia de vácuo teorizada da teoria quântica de campos e a energia de vácuo observada da cosmologia é uma fonte de grande controvérsia, com os valores previstos excedendo a observação em cerca de 120 ordens de magnitude, uma discrepância que foi chamada de "a pior previsão teórica da história da física!".[10] Esta questão é chamada de problema da constante cosmológica e é um dos maiores mistérios da ciência, com muitos físicos acreditando que "o vácuo contém a chave para uma compreensão completa da natureza".[11]

História

Einstein incluiu a constante cosmológica como um termo em suas equações de campo para a relatividade geral porque estava insatisfeito com o fato de que, caso contrário, suas equações não permitiriam um universo estático: a gravidade faria com que um universo que inicialmente não estava em expansão se contraísse. Para neutralizar essa possibilidade, Einstein adicionou a constante cosmológica.[3] No entanto, logo depois que Einstein desenvolveu sua teoria estática, as observações de Edwin Hubble indicaram que o universo parece estar se expandindo; isso era consistente com uma solução cosmológica para as equações originais da relatividade geral que haviam sido encontradas pelo matemático Friedmann, trabalhando nas equações de Einstein da relatividade geral. Einstein teria se referido ao seu fracasso em aceitar a validação de suas equações – quando elas haviam previsto a expansão do universo em teoria, antes de ser demonstrada na observação do desvio para o vermelho cosmológico – como seu "maior erro".[12]

Descobriu-se que adicionar a constante cosmológica às equações de Einstein não leva a um universo estático em equilíbrio porque o equilíbrio é instável: se o universo se expande ligeiramente, a expansão libera energia de vácuo, que causa ainda mais expansão. Da mesma forma, um universo que se contrai levemente continuará se contraindo.[13]

No entanto, a constante cosmológica permaneceu um assunto de interesse teórico e empírico. Empiricamente, os dados cosmológicos das últimas décadas sugerem fortemente que nosso universo tem uma constante cosmológica positiva.[5] A explicação desse valor pequeno, mas positivo, é um desafio teórico remanescente, o chamado problema da constante cosmológica.

Algumas generalizações iniciais da teoria gravitacional de Einstein, conhecidas como teorias clássicas de campo unificado [en], introduziram uma constante cosmológica em bases teóricas ou descobriram que ela surgiu naturalmente da matemática. Por exemplo, Sir Arthur Stanley Eddington afirmou que a versão cosmológica constante da equação do campo de vácuo expressava a propriedade "epistemológica" de que o universo é "automedido", e a teoria puramente afim de Erwin Schrödinger usando um princípio variacional simples produziu a equação de campo com um termo cosmológico.

Sequência de eventos 1915–1998

  • Em 1915, Einstein publica suas equações da relatividade geral, sem uma constante cosmológica Λ.
  • * Em 1917, Einstein acrescenta o parâmetro Λ às suas equações quando percebe que sua teoria implica um universo dinâmico para o qual o espaço é função do tempo. Ele então dá a essa constante um valor que faz com que seu modelo de Universo permaneça estático e eterno (universo estático de Einstein).
  • Em 1922, o físico russo Alexander Friedmann mostra matematicamente que as equações de Einstein (qualquer que seja Λ) permanecem válidas em um universo dinâmico.
  • Em 1927, o astrofísico belga Georges Lemaître mostra que o Universo está se expandindo combinando a relatividade geral com observações astronômicas, as de Hubble em particular.
  • Em 1931, Einstein aceita a teoria de um universo em expansão e propõe, em 1932 com o físico e astrônomo holandês Willem de Sitter, um modelo de um Universo em expansão contínua com constante cosmológica zero (espaço-tempo de Einstein – de Sitter).
  • Em 1998, duas equipes de astrofísicos, uma liderada por Saul Perlmutter, a outra liderada por Brian Schmidt e Adam Riess, realizaram medições em supernovas distantes que mostraram que a velocidade da recessão das galáxias em relação à Via Láctea aumenta com o tempo. O universo está em expansão acelerada, o que requer um valor de Λ estritamente positivo. O universo conteria uma misteriosa energia escura produzindo uma força repulsiva que contrabalança a frenagem gravitacional produzida pela matéria contida no universo (ver [[Modelo cosmológico padrão).
Por este trabalho, Perlmutter, Schmidt e Riess receberam, em conjunto, o Prêmio Nobel de física em 2011.

Equação

Proporções estimadas (em inglês) de matéria escura e energia escura (que pode ser a constante cosmológica[1]) no universo. De acordo com as teorias atuais da física, a energia escura agora domina como a maior fonte de energia do universo, em contraste com épocas anteriores, quando era insignificante.

A constante cosmológica Λ aparece nas equações de campo de Einstein na forma

onde o tensor de Ricci Rμν, a escalar de Ricci R e o tensor métrico gμν descrevem a estrutura do espaço-tempo, o tensor de tensão–energia Tμν descreve a densidade de energia, densidade de momento e tensão naquele ponto no espaço-tempo, e κ = 8πG/c4. A constante gravitacional G e a velocidade da luz c são constantes universais. Quando Λ é zero, isso se reduz à equação de campo da relatividade geral geralmente usada no século XX. Quando {{Math|Tμν}{é zero, a equação de campo descreve o espaço vazio (um vácuo).

A constante cosmológica tem o mesmo efeito que uma densidade de energia intrínseca do vácuo, ρvac (e uma pressão associada). Nesse contexto, é comumente movido para o lado direito da equação usando Λ = κρvac. É comum citar valores de densidade de energia diretamente, embora ainda usando o nome "constante cosmológica". A dimensão de Λ é geralmente entendida como comprimento−2.

Usando os valores conhecidos em 2018 e as unidades de Planck para ΩΛ = 0,6889±0,0056 e a [[Lei de Hubble|constante de Hubble}} H0 = 67,66±0,42 (km/s)/Mpc = (2,1927664±0,0136)×10−18 s−1, Λ tem o valor de

onde é o comprimento de Planck. Uma densidade de energia de vácuo positiva resultante de uma constante cosmológica implica uma pressão negativa e vice-versa. Se a densidade de energia for positiva, a pressão negativa associada conduzirá a uma expansão acelerada do universo, conforme observado. (Veja energia escura e inflação cósmica para mais detalhes.)

Referências

Notas de rodapé

  1. a b do inglês Λ-C.D.M. – cold dark matter
  2. do inglês Q.F.T. – quantum field theory
  1. a b Pode ser que a energia escura seja explicada por uma constante cosmológica estática, ou que essa energia misteriosa não seja constante e tenha mudado com o tempo, como no caso de quintessência, veja por exemplo:
    • "A física convida à ideia de que o espaço contém energia cujo efeito gravitacional se aproxima da constante cosmológica de Einstein, Λ; hoje em dia o conceito é denominado energia escura ou quintessência."(Peebles & Ratra 2003, p. 1)
    • "Parece então que o fluido cosmológico é dominado por algum tipo de densidade de energia fantástica, que tem pressão negativa e apenas começou a desempenhar um papel importante hoje. Nenhuma teoria convincente foi construída para explicar esse estado de coisas, embora modelos cosmológicos baseados em um componente de energia escura, como a constante cosmológica (Λ) ou a quintessência (Q), sejam os principais candidatos."(Caldwell 2002, p. 2)
  2. (Einstein 1917)
  3. a b (Rugh & Zinkernagel 2001, p. 3)
  4. Sobre a constante cosmológica sendo considerada como tendo valor zero, veja por exemplo:
    • "Uma vez que o limite superior cosmológico em |ρ⟩ + λ/8πG| era muito menor do que qualquer valor esperado da teoria de partículas, a maioria das partículas os teóricos simplesmente assumiram que, por alguma razão desconhecida, essa quantidade era zero."(Weinberg 1989, p. 3)
    • "Uma descoberta astronômica de época seria estabelecer por observação convincente que Λ é diferente de zero."(Carroll, Press & Turner 1992, p. 500)
    • "Antes de 1998, não havia evidência astronômica direta para Λ e o limite superior observacional era tão forte (Λ < 10−120 unidades de Planck) que muitos físicos de partículas suspeitavam que algum princípio fundamental deveria forçar seu valor a ser precisamente zero."(Barrow & Shaw 2011, p. 1)
    • "O único outro valor natural é Λ = 0. Se Λ é realmente minúsculo, mas não zero, ele acrescenta uma pista muito estimulante, embora enigmática, para a física a ser descoberta."(Peebles & Ratra 2003, p. 333)
  5. a b Veja por exemplo:
  6. Ellis, G. F. R. (2009). «Dark energy and inhomogeneity». Journal of physics: Conference series (em inglês). 189 (1): 012011. Bibcode:2009JPhCS.189a2011E. doi:10.1088/1742-6596/189/1/012011Acessível livremente 
  7. Jacques Colin; Roya Mohayaee; Mohamed Rameez; Subir Sarkar (20 de novembro de 2019). «Evidence for anisotropy of cosmic acceleration». Astronomy and astrophysics (em inglês). 631: L13. Bibcode:2019A&A...631L..13C. arXiv:1808.04597Acessível livremente. doi:10.1051/0004-6361/201936373. Consultado em 25 de março de 2022 
  8. (Redd 2013)
  9. (Rugh & Zinkernagel 2001, p. 1)
  10. See for example:
    • "Veja por exemplo:
    • "Isso dá uma resposta cerca de 120 ordens de magnitude acima dos limites superiores de Λ definidos por observações cosmológicas. Esta é provavelmente a pior previsão teórica da história da física!"(Hobson, Efstathiou & Lasenby 2006, p. 187)
    • "Isso, como veremos mais adiante, é aproximadamente 120 ordens de grandeza maior do que o permitido pela observação." (Carroll, Press & Turner 1992, p. 503)
    • "As expectativas teóricas para a constante cosmológica excedem os limites observacionais em cerca de 120 ordens de magnitude." (Weinberg 1989, p. 1)
  11. See for example:
    • "Veja por exemplo:
    • "o vácuo contém a chave para uma compreensão completa da natureza" (Davies 1985, p. 104)
    • "O problema teórico de explicar a constante cosmológica é um dos maiores desafios da física teórica. É mais provável que exijamos uma teoria totalmente desenvolvida da gravidade quântica (talvez a teoria das supercordas) antes de podermos entender Λ."(Hobson, Efstathiou & Lasenby 2006, p. 188)
  12. Há algum debate sobre se Einstein rotulou a constante cosmológica de seu "maior erro", com todas as referências sendo rastreadas até uma única pessoa: George Gamow. (Veja Gamow (1956, 1970).) Por exemplo:
    • "O astrofísico e autor Mario Livio não consegue encontrar nenhuma documentação que coloque essas palavras na boca de Einstein (ou, nesse caso, em sua caneta). Em vez disso, todas as referências eventualmente levam de volta a um homem - o físico George Gamow - que relatou o uso da frase por Einstein em duas fontes: sua autobiografia publicada postumamente "My world line" (1970) e um artigo na "Scientific American" de setembro de 1956."(Rosen 2013)
    • "Também achamos bastante plausível que Einstein tenha feito tal declaração a Gamow em particular. Concluímos que há pouca dúvida de que Einstein passou a ver a introdução da constante cosmológica como um erro grave e que é muito plausível que ele tenha rotulado o termo como seu "maior erro" em pelo menos uma ocasião".(O'Raifeartaigh & Mitton 2018, p. 1)
  13. (Ryden 2003, p. 59)

Bibliografia

Kiteratura primária

Literatura secundária: notícias, artigos científicos populares e livros

Literatura secundária: artigos de revisão, monografias e livros didáticos