Classe Renown

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Classe Renown

O Renown, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Fairfield Shipbuilding
John Brown & Company
Predecessora HMS Tiger
Sucessora Classe Courageous
Período de construção 1915–1916
Em serviço 1916–1945
Construídos 2
Características gerais (como construídos)
Tipo Cruzador de batalha
Deslocamento 32 740 t (carregado)
Comprimento 242 m
Boca 27,5 m
Calado 8,2 m
Propulsão 4 hélices
2 turbinas a vapor
42 caldeiras
Velocidade 32 nós (59 km/h)
Autonomia 4 000 milhas náuticas a 18 nós
(7 410 km a 33 km/h)
Armamento 6 canhões de 381 mm
17 canhões de 102 mm
2 canhões de 76 mm
2 tubos de torpedo de 533 mm
Blindagem Cinturão: 76 a 152 mm
Convés:25 a 64 mm
Anteparas: 76 a 102 mm
Torres de artilharia: 178 a 229 mm
Barbetas: 102 a 178 mm
Torre de comando: 254 mm
Tripulação 1 223

A Classe Renown foi uma classe de cruzadores de batalha operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS Renown e HMS Repulse. Suas construções começaram em 1915 nos estaleiros da Fairfield Shipbuilding e John Brown & Company, foram lançados ao mar em 1916 e comissionados ainda no mesmo ano.[1] Foram originalmente concebidos como couraçados da Classe Revenge, porém suas construções foram canceladas com o início da Primeira Guerra Mundial. O almirante John Fisher, o Primeiro Lorde do Mar, conseguiu aprovação para iniciar suas obras como cruzadores de batalha que poderiam ser construídos rapidamente com os materiais já encomendados.[2]

Os cruzadores de batalha da Classe Renown eram armados com uma bateria principal composta por seis canhões de 381 milímetros montados em três torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 242 metros, boca de 27 metros, calado de oito metros e um deslocamento carregado de mais de 32 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 42 caldeiras a óleo combustível que alimentavam dois conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 32 nós (59 quilômetros por hora). Os navios também eram protegidos por um cinturão principal de blindagem com 76 a 152 milímetros de espessura.[3]

O Repulse foi o único a entrar em ação na guerra, participando em 1917 da Segunda Batalha da Angra da Heligolândia. Eles continuaram servindo após a conflito e ocuparam-se principalmente de exercícios de rotina e viagens diplomáticas internacionais. O Renown muitas vezes transportou membros da família real britânica nessas viagens, enquanto o Repulse realizou uma viagem ao redor do mundo entre 1923 e 1924. Os dois passaram por duas grandes reconstruções, primeiro na década de 1920 e depois na década de 1930, que reforçaram suas blindagens e reformularam seus armamentos, dentre outras modificações. Entretanto, aquela feita no Renown foi muito mais ampla.

Ambos serviram na Segunda Guerra Mundial a partir de 1939, dando apoio em meados de 1940 para a Campanha da Noruega. O Repulse foi enviado no final de 1941 para o Sudeste Asiático, sendo afundado próximo da Malásia em dezembro por ataques aéreos japoneses. O Renown passou boa parte dos primeiros anos do conflito escoltando comboios no Mar Mediterrâneo, mas participou em 1940 da Batalha do Cabo Spartivento e em 1942 da invasão do Norte da África. Foi transferido em 1944 para o Oceano Índico, onde realizou várias operações contra forças japonesas. Voltou para casa em 1945 e foi descomissionado depois do fim da guerra, sendo desmontado em 1948.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Roberts 1997, pp. 63
  2. Roberts 1997, pp. 46–47, 59–50
  3. Roberts 1997, pp. 65, 76, 83, 113

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Roberts, John (1997). Battlecruisers. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-068-1 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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