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Revisão das 18h50min de 3 de maio de 2016

Rafael Greca
Ficheiro:Rafael Valdomiro Greca de Macedo.jpg
Rafael Greca
Ministro do Esporte e Turismo do Brasil Brasil
Período 1 de janeiro de 1999
até 9 de maio de 2000
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) José Botafogo Gonçalves
Sucessor(a) Carlos Melles
77.º Prefeito de Curitiba
Período 1 de janeiro de 1993
1 de janeiro de 1997
Antecessor(a) Jaime Lerner
Sucessor(a) Cassio Taniguchi
Deputado federal pelo Paraná Paraná
Período 1998 - 1999
Dados pessoais
Nascimento 17 de março de 1956 (68 anos)
Curitiba, PR
Cônjuge Margarita Sansone
Partido PDS (1982-1983)
PDT (1983-1987)
PFL (1987-2003)
PMDB (2003-2015)
PMN (desde 2015)

Rafael Valdomiro Greca de Macedo (Curitiba, 17 de março de 1956) é um economista, engenheiro, urbanista, escritor, poeta, editor, historiador e político brasileiro.

Já foi Vereador, Deputado Estadual Constituinte, Prefeito de Curitiba, Deputado Federal e Ministro de Estado do Esporte e Turismo.

Biografia

Rafael Greca é filho de Terezinha Greca de Macedo e do engenheiro Eurico Dacheux de Macedo e casado com a jornalista Margarita Sansone.

Vida pública

Rafael Greca foi prefeito de Curitiba de 1993 a 1997, e em 1998 foi eleito deputado federal, tendo sido o mais votado do Paraná com 226.554 votos. [1]

Foi ministro de Esporte e Turismo no segundo governo FHC, entre 1999 e 2000. Em 1999 o ministerio público federal entrou na Justiça com ação de improbidade administrativa contra o então ministro dos Esportes, seu ex-assessor e mais oito pessoas ligadas a casas de bingo do Distrito Federal. Greca e seu ex-assessor foram acusados de envolvimento com a máfia dos bingos e autorizar irregularmente a instalação de máquinas caça-níquel. Por esse motivo em maio de 2000 o Ministro Rafael Grecca de Macedo renuncia o ministério e é sucedido, por Carlos Carmo Melles (2000 a 2002).

Presidiu a comissão de Ministros de Estado do Brasil e de Portugal que conduziu a celebração dos 500 anos do descobrimento do Brasil.

Em 2002 elegeu-se com 51.921 votos deputado estadual no Paraná. Buscou a reeleição em 2006, obtendo apenas 34.736 votos, entrando no quadro de suplentes do legislativo estadual paranaense pelo PMDB.

Em 1 de fevereiro de 2007 tomou posse como presidente da Companhia de Habitação do Paraná.

Em 2012, Greca foi inocentado de todas as acusações de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. [2][3]

Foi conferencista do Convênio Internacional sobre Urbanismo Social, realizado em Nápoles, na Itália, promovido pelo UniCredit e presidido pelo Ministro do Interior da Itália, Guiliano Amato.

Iniciou sua vida política em 1982, filiando-se ao PDS. Em 1983 ingressou no Partido Democrático Trabalhista (PDT), partido que deixou em 1987, juntamente com Jaime Lerner e Cássio Taniguchi. No mesmo ano após a saída do PDT, Greca, Lerner e Taniguchi ingressaram no Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2003 deixou o PFL e filiou-se ao PMDB onde permaneceu até 2015. Em setembro de 2015, Greca confirmou sua saída dos quadros peemedebistas e seu ingresso no Partido da Mobilização Nacional (PMN), visando as eleições municipais de Curitiba em 2016.[4][5][6]

Vida profissional

É membro concursado do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba.

Vida acadêmica

É formado em Economia pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná (FESP) em 1977, e em Engenharia Civil, com especialização em Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná em 1978.

É escritor, poeta, editor e pesquisador de história. É membro da Academia Paranaense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. Ajudou na publicação das seguintes obras:

  • Jovens Escritores
  • Cada um cai do bonde como pode
  • Boletins da Casa Romário Martins
  • Os Caminhos da Pavimentação em Curitiba
  • Romário Martins - Um Punhado de Terra Natal
  • Freguês de caderno
  • Memórias da sorte & do azar - histórias e estórias do Cassino Ahú em Curitiba
  • Memória de vida, Lineu Ferreira do Amaral
  • Memórias de vida, Francisco Accioly Filho
  • Ruínas de São Francisco
  • Vila São Pedro: o bairro na história da cidade
  • Carnaval de Curitiba em 1884
  • 7 quedas de Canendiyu
  • Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
  • O Parque Inglez
  • Igreja da Ordem - restauro e história
  • Pilarzinho: o bairro na história da cidade
  • Portão: o bairro na história da cidade
  • Leiteria Schaffer
  • A estrada do Mato Grosso
  • Dom Jerônimo Mazzarotto
  • Rua da Liberdade
  • Bosque João Paulo II - Memorial da Imigração Polonesa
  • Memória de vida, Mário Braga de Abreu
  • Despoluição visual de Curitiba
  • Memória de Vida, Tadeusz Morozowicz
  • Cabral e Juvevê: o bairro na história da cidade
  • Memória de Vida de Lysandro Santos Lima (1906-1982)
  • Campo Comprido - subsídios para história do Rio Barigüi
  • Memória de Vida de Helene Garfunkel

Reconhecimento público

Rafael Greca recebeu inúmeras condecorações e prêmios internacionais. Entre os mais significativos está o Prêmio Mundial do Habitat 1996 ou World Habitat Award 1996, da Organização das Nações Unidas, pelo conjunto de sua obra humanitária.

  • Medalha Ulysses Guimarães
  • Pomba do COI - Comitê Olímpico Internacional
  • Prêmio Presidente da República da Itália pelos 500 anos do Brasil
  • Medalha de Cooperador da viagem do Papa João Paulo II ao Brasil em 1980
  • Vulto Emérito de Curitiba, 1998, concedido pela Câmara Municipal
  • Ordem do Rio Branco, na categoria de Grande Oficial
  • Ordem do Rio Branco, categoria Grã-Cruz
  • Grande Oficcialle
  • Grã Cruz
  • Grande Oficial
  • Mérito da Cidade de Jerusalém
  • Ordem do Castelo de Himeji
  • Cidadania Honorária de Himeji
  • Ordem José Cecílio Del Valle
  • Ordem de Maio ao Mérito
  • Ordem do Pinheiro
  • Ordem do Mérito Naval do Brasil
  • Ordem do Mérito da Bahia

Livros de Rafael Greca de Macedo

Da Favela ao Bairro Novo – Ecologia Humana: Livro publicado por Rafael Greca, em março de 2010, mostra a trajetória histórica entre a primeira favela do Brasil, formada há 113 anos e os Bairros Novos que têm surgido em nossas cidades, com urbanização, saneamento, energia elétrica, pavimentação, coleta de lixo, equipamentos sociais e regularização fundiária de antigas ocupações.

Presidente da Companhia de Habitação do Paraná entre 2007 a março 2010, Rafael Greca registra o esforço do Estado brasileiro desde o Estatuto das Cidades, aprovado pelo Congresso Nacional em 10 de julho de 2001, em intervir nas favelas do Brasil, local onde vivem mais de 52 milhões de brasileiros ou 30% da população do País. São famílias que vivem em áreas de risco, encostas de morros e pedreiras, fundos de vale, banhados, alagados, grotões e beiras de rios. Pessoas que moram em casas de um ou dois cômodos, muitas vezes sem banheiro.

Antes de 2001 a administração pública assistiu paralisada à multiplicação de favelas no Brasil sem intervir nestes locais, já que a legislação impedia a aplicação de recursos públicos em áreas consideradas de ocupação irregular. Ao mesmo tempo, mostra Rafael Greca, os programas de habitação popular não alcançavam esta faixa da população de menor renda no País.

O autor lembra a triste história do Banco Nacional de Habitação (BNH), criado no governo militar para financiar habitações populares, que acabou deixando uma dívida estimada em R$ 120 bilhões que, ainda hoje, está sendo paga pelo governo de vários estados do Brasil. Só o Paraná arca com mais de R$ 500 milhões, uma dívida saldada em prestações que hoje alcançam R$ 7 milhões ao mês. Greca, em seu livro, mostra as várias tentativas do Estado em criar uma política habitacional antes do BNH, muitas delas frustradas pelo forte oposição exercida pelas empreiteiras e construtoras da época que consideravam a ação do Estado uma invasão no mercado.

Com a aprovação do Estatuto das Cidades, finalmente, a administração pública brasileira pôde reconhecer a existência das "cidades informais". Isto significou o planejamento e execução de novas moradias e infraestrutura para estas áreas, em especial depois da posse, em 2003, de Lula na presidência da República e de Roberto Requião, no Paraná, com atuação marcada em favor dos mais pobres.

Esta é a experiência, com resultados práticos na Grande Curitiba, narrada por Rafael Greca. Bairros como a Vila Zumbi, em Colombo, Guarituba, em Piraquara, novas áreas em Campo Magro e Pinhais, contam a história de ex - favelados e a incrível tarefa de construir um bairro onde antes existia apenas miséria.

Antes do Estatuto das Cidades, Rafael Greca, em seu livro, lembra de seu trabalho como prefeito de Curitiba entre 1993 a 1996, quando criou um Bairro Novo na cidade. No lugar, formado por antigas chácaras e sítios com baixo nível habitacional, foram criados lotes financiados exclusivamente para famílias de menor renda, sem acesso aos programas convencionais de financiamento de habitação. No Bairro Novo de Curitiba, hoje, vivem mais de 40 mil pessoas, que, além de infraestrutura, contam com o único hospital público municipal feito por um prefeito na história da Prefeitura de Curitiba. O Hospital recebeu o título do Ministério da Saúde como Hospital Amigo da Criança por ser uma referência em atendimento hospitalar.

Finalmente, Greca relata a importância do desenvolvimento urbano em áreas de favelas com a consciência da Ecologia Humana. Segundo Rafael Greca, Ecologia Humana é um instrumento e um recurso entre duas realidades diversas: a da preservação ambiental e as ocupações irregulares. Faz uma crítica aos que veem o pássaro e esquecem das pessoas, como se fosse impossível a coexistência. Ecologia Humana, segundo Rafael Greca, é a ponte. Para ele, "o futuro pede mais. Chega de favelas. Urge tornar as favelas apenas a lembrança histórica de um passado que superamos".

Referências

Ligações externas


Precedido por
Jaime Lerner
Prefeito de Curitiba
1993 — 1997
Sucedido por
Cassio Taniguchi
Precedido por
José Botafogo Gonçalves
Ministro do Turismo do Brasil
1999 — 2000
Sucedido por
Carlos Melles
Precedido por
Pelé
Ministro do Esporte e Turismo do Brasil
1999 — 2000
Sucedido por
Carlos Melles


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