Frederico, Príncipe de Gales
Frederico | |
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Príncipe de Gales e Duque de Rothesay | |
Nascimento | 1 de fevereiro de 1707 |
Hanôver, Sacro Império Romano-Germânico | |
Morte | 20 de março de 1751 (44 anos) |
Londres, Inglaterra | |
Sepultado em | 13 de abril de 1751, Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra |
Nome completo | Frederico Luís |
Esposa | Augusta de Saxe-Gota |
Descendência | Augusta da Grã-Bretanha Jorge III do Reino Unido Eduardo, Duque de Iorque e Albany Isabel da Grã-Bretanha Guilherme Henrique, Duque de Gloucester e Edimburgo Henrique, Duque de Cumberland e Strathearn Luísa de Gales Frederico da Grã-Bretanha Carolina Matilde da Grã-Bretanha |
Casa | Hanôver |
Pai | Jorge II da Grã-Bretanha |
Mãe | Carolina de Ansbach |
Frederico Luís (1 de fevereiro de 1707 - 31 de março de 1751) foi o filho mais velho e herdeiro aparente do rei Jorge II da Grã-Bretanha e sua esposa a princesa Carolina de Ansbach. Ele mudou-se para a Inglaterra após a acessão de seu pai e tornou-se Príncipe de Gales. No entanto, ele morreu antes de Jorge II, e o trono, com a morte do rei em 25 de Outubro de 1760, foi herdado por seu filho, o futuro Jorge III do Reino Unido, que reinou entre 1760 e 1820.
Vida familiar
O príncipe Frederico Luís, o neto do então Eleitor de Hanôver (mais tarde Jorge I da Grã-Bretanha) e de Sofia Doroteia de Celle, nasceu em Hanôver, Alemanha, titulado como Duque Frederico Luís de Hanôver. Seus pais, o príncipe Jorge (depois Jorge II) e a princesa Carolina de Ansbach receberam ordens para deixar o país quando o filho mais velho deles tinha apenas onze anos, e eles não se viram até que Frederico chegasse na Inglaterra em 1728, já homem. Até lá, Jorge e Carolina tiveram muitos filhos e rejeitaram Frederico como filho e pessoa, referindo-se a ele como uma criança enjeitada ou exposta e apelidando-o como "Griff", uma abreviação para Grifo, uma besta da mitologia grega. Frederico também ficou famoso na história por ter tido uma relação hostil com seus pais. Serviu como o décimo chanceler da Universidade de Dublin, de 1728 até 1751. Em 1726, seu avô o titulou Duque de Edimburgo.
Príncipe de Gales
Um dos motivos para a susceptibilidade doente entre Frederico e seus pais foi o fato de que ele havia sido elevado representante da Casa de Hanôver por seu avô, mesmo ainda criança. Frederico foi usado para presidir ocasiões oficiais na ausência de seus pais. Ele não estava permitido a viajar para a Inglaterra até que seu pai assumisse o trono como Jorge II em 11 de Junho de 1727. De fato, Frederico continuou a ser conhecido como Príncipe Frederico Luís de Hanôver (com o prefixo "Sua Alteza Real" em inglês), mesmo quando seu pai foi titulado Príncipe de Gales.
Frederico tinha uma vontade de ter e de patrocinar uma corte de políticos "opositores" em sua residência, Leicester House. Frederico e seu grupo ajudaram a Ópera da Nobreza em Lincoln's Inn Fields, que era rival da ópera de Händel, que tinha o patrocínio real em Theatre Royal, Drury Lane. Frederico era também um genuíno amante da música e tocava o violoncelo. Gostava das ciências naturais e das Artes e tornou-se uma aflição constante para seus pais, impedindo e frustrando todas as ambições deles e sempre contrariando eles em tudo, de acordo com o mexeriqueiro da corte Lorde Hervey. Na corte, o favorito era o irmão mais jovem de Frederico, o Príncipe Guilherme Augusto, Duque de Cumberland, sustentando boatos de que o rei estava tentando tirar Frederico da linha de sucessão.
Um permanente resultado do patrocínio de Frederico nas artes é o Rule, Britannia!, uma das mais conhecidas canções patriotas. Foi escrita pelo poeta e dramaturgo escocês James Thomson como parte de um entertenimento festivo da corte que foi executado em 1745 em Cliveden, a residência campestre do Príncipe e da Princesa de Gales.
A cidade de Fredericksburg, em Virgínia, é nomeada a partir de Frederico.
Patrono das artes
Diferente do rei, Frederico era um instruído amador da pintura, que patronizou artistas imigrantes como Jacopo Amigoni (ilustração acima à direita) e Jean-Baptiste van Loo. A lista de outros artistas que ele empregou - Philip Mercier, John Wootton e o francês Joseph Goupy - representa algumas das principais figuras do estilo rococó inglês.
Críquete
No tempo em que Frederico chegou à Grã-Bretanha, o críquete havia se tornado o esporte mais popular do país, e não demorou para envolver apostas nos jogos. Talvez porque ele queria se "inglesar", Frederico, tão ajustado na nova sociedade, desenvolveu um interesse acadêmico pelo críquete que logo se tornou uma entusiasmo genuíno. Ele começou a fazer paradas e apostas e então a patrocinar e a jogar o esporte, formando inclusive seu próprio time em muitas ocasiões.
Vida doméstica
Tendo rapidamente acumulado débitos, Frederico contou com uma receita de seu rico amigo, George Dodington, 1° Barão Melcombe. O pai do príncipe recusou-se a lhe dar uma pensão à qual Frederico achava que tinha direito, e o Parlamento foi obrigado a intervir, piorando ainda mais a relação entre ambos.
Em sua juventude, ele era insquestionavelmente perdulário e mulherengo, mas acalmou-se em 1736, quando desposou uma jovem de dezesseis anos, Augusta de Saxe-Ghota, e logo tornou-se um devotado homem de família, levando sua esposa e seus oito filhos (a última filha nasceria postumamente) para viverem em Cliveden, em Buckinghamshire, visto que ele havia sido banido da corte.
Vida posterior
As ambições políticas de Frederico continuaram incumpridas, porque ele morreu prematuramente aos quarenta e um anos. Apesar da causa da morte ter sido comumente atribuída a um abscesso resultante de uma pancada na cabeça, possivelmente provocada por uma bola de críquete ou por uma bola de tênis, essa história é apócrifa - de fato, o rompimento de um tumor no pulmão foi dado como causa da morte. Frederico morreu em Leicester House, em Londres, e seu corpo está enterrado na Abadia de Westminster.
Descendência
Ancestrais
Frederico, Príncipe de Gales Casa de Hanôver Ramo da Casa de Guelfo 1 de fevereiro de 1707 – 31 de março de 1751 | ||
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Precedido por Jorge II |
Príncipe de Gales 8 de janeiro de 1729 – 31 de março de 1751 |
Sucedido por Jorge III |
Duque de Rothesay e Cornualha 22 de junho de 1727 – 31 de março de 1751 |
Sucedido por Jorge IV |
- Nascidos em 1707
- Mortos em 1751
- Naturais de Hanôver
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- Herdeiros que nunca subiram ao trono
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