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Gilberto Perin
Lucashempa/TestesGilbetoPerin
Gilberto Perin
Nome completo Gilberto Luís Perin
Nascimento 28 de dezembro de 1953 (70 anos)
Guaporé
Nacionalidade brasileiro
Ocupação fotógrafo
roteirista
diretor de Cena
ator
Atividade 1973 - presente
Outros prêmios
Prêmio ARI (Associação Riograndense de Imprensa)
1982 – 1º Lugar na Categoria Reportagem com Sonho, Enigma e Tragédia das Missões
1984 – 2º Lugar na Categoria Televisão com Quintana Anjo Poeta
Troféu Quero-Quero de Cinema
1991 - Categoria Cinema com Au Revoir Shirlei
Festival de Cinema de Gramado
2012 - Prêmio de reconhecimento profissional
Concurso Internacional Fondation Alliance Française
2016 - Categoria Fotografia de Esporte
Indicações
Prêmio Açorianos de Teatro
1981 – Melhor Ator em Love, Love, Love
1990 – Melhor Ator em Saladas de Amor
Troféu Scalp de Cinema
1991 - Categoria Cinema com Au Revoir Shirlei
Prêmio Açorianos de Artes Visuais
2015 - Destaque em Curadoria de Exposição por Fotografias para Imaginar

Gilberto Perin (Guaporé, 28 de dezembro de 1953) é um fotógrafo, roteirista, diretor de cena, ator brasileiro. É um homem de cultura e comunicação, atuante no mercado audiovisual nacional. Escolheu a fotografia como seu meio de expressão mais recente onde obteve reconhecimento por exposições fotográficas como Vestiário (2012), que recebeu mais de 300 mil visitantes durante cinco meses no Museu do Futebol de São Paulo e Sem Identificação (2019) apresentada em Lisboa, Portugal. Atualmente em paralelo à fotografia, atua na criação de roteiros para séries de ficção e documentários.

Iniciou sua carreira como ator no teatro amador na década de 1970 em apresentações para crianças e adultos no estado do Rio Grande do Sul. A partir dos anos 1980 já atuando profissionalmente no teatro e cinema recebeu indicações como melhor ator e atuou em peças premiadas como Love / Love / Love e O Senhor Galindez, além de longas-metragens, séries de tv e curtas.

Por 15 anos dirigiu Curtas Gaúchos, projeto do Núcleo de Especiais da RBS TV–RS, filiada à Rede Globo, responsável pela produção e exibição de cerca de 800 obras audiovisuais, sucesso de audiência e com importante participação na vida cultural e histórica do Sul do Brasil que recebeu premiações nacionais e internacionais.

Gilberto Perin tem fotografias publicadas em jornais e revistas brasileiras e do exterior, além de fotografias em capas de livros e obras em museus, entidades culturais e coleções particulares e publicou dois livros de fotografias, Camisa Brasileira (2011) e Fotografias para Imaginar (2015).


Biografia[editar | editar código-fonte]

Gilberto Perin em Guaporé-RS em 1969

A Infância[editar | editar código-fonte]

Ainda criança, Gilberto Perin teve suas primeiras experiências com o mundo artístico e audiovisual. Na década de 1960, ganhou sua primeira câmera, uma Flika, e a partir daí começou a retratar o mundo através de seu olhar. O contato com o teatro surgiu quando, junto a sua turma organizava pequenas peças teatrais na garagem da sua casa onde morava em Guaporé, RS. Perin ingressou no curso primário (1961) já alfabetizado e no final do ano letivo ganhou da sua professora uma adaptação infantil de Dom Quixote.[1]

O início da vida profissional[editar | editar código-fonte]

Adolescente, foi para Caxias do Sul[2] em 1969 onde estudou durante três anos e depois foi para a capital Porto Alegre. Chegando à capital em 1972 começou a trabalhar em um banco para manter seus estudos, ingressou na Faculdade de Matemática, o qual cursou por apenas um semestre. No mesmo ano, ao se envolver na criação de um jornal com alguns colegas de faculdade decidiu deixar o emprego no banco e a matemática. Em 1973 ingressou na Faculdade de Comunicação Social da PUC-RS e começou a fazer estágio no jornal Diário de Notícias, em Porto Alegre.[1]

Ainda em 1973, Perin teve sua primeira experiência com o teatro profissional, aos 19 anos participou do elenco da segunda montagem da peça de Transe, da Companhia de Teatro Novo dirigida por Ronald Radde.[3][4] Depois, ele seguiu em viagens com a Companhia de Teatro Novo pelo Rio Grande do Sul até 1975, atuando em 276 municípios.[5] Em 1976, já graduado em Comunicação Social, Perin atuava também em peças teatrais pela capital. Em 1978, foi convidado para trabalhar na então TV Gaúcha (atualmente RBS TV, emissora filiada à Rede Globo de Televisão) como produtor do programa Variedades. Na emissora passou a dirigir programas especiais e clipes e em 1983 recebeu o Prêmio Associação Riograndense de Imprensa pelo documentário Sonho, Enigma e Tragédia das Missões.[6] O trabalho na televisão sempre foi em paralelo com a atuação em teatro. No meado da década de 1980, saiu da emissora e trabalhou na área da publicidade como diretor exclusivo da Agência RS Escala durante cinco anos e depois foi contratado como diretor exclusivo da produtora de publicidade Zero512, durante três anos.[1]

Notoriedade profissional[editar | editar código-fonte]

Em 1999, retornou à RBS TV, para dessa vez criar o Núcleo de Programas Especiais, juntamente com Alice Urbim e Raul Costa Júnior, projeto com notoriedade no segmento audiovisual no Brasil e no exterior.[7]

O Núcleo de Especiais da RBS TV, coordenado e dirigido por Gilberto Perin, estreou o projeto Curtas Gaúchos,[8] que tinha como propósito produzir documentários e programas de ficção com foco na cultura local. Esse projeto foi responsável, durante 15 anos, pela projeção de atores, diretores, roteiristas, técnicos, figurinistas, diretores de arte, entre outros, no Rio Grande do Sul e no eixo Rio-São Paulo. Após 15 anos à frente do projeto Perin pede o desligamento da emissora para dedicar-se a projetos pessoais e profissionais.[9]

""Uma amiga minha me disse que sou renascentista, que essa é minha profissão: os renascentistas nunca faziam uma coisa só. Realmente, não me imagino em profissões mais burocráticas""

— Gilberto Perin em entrevista ao Coletiva Net em 24 de janeiro de 2014[1]

Em 2009, enquanto dirigia o Núcleo de Especiais da RBS TV, Perin deu início à carreira como fotógrafo, obtendo destaque desde suas primeiras exposições como Camisa Brasileira (2010),[10] em Porto Alegre e no exterior; e Vestiário (2012)[11] no Museu do Futebol em São Paulo que recebeu mais de 300 mil visitantes. Apresentou suas fotografias também em diversas exposições coletivas como a polêmica Queermuseu (2017 em Porto Alegre e 2018 no Rio de Janeiro),[12] além de individuais na Suíça e Portugal (2019).[13]

Desde 2018, simultâneamente com a fotografia Gilberto Perin atua na criação de roteiros para séries, filmes e documentários nacionais. Sendo corroterista na série Chuteira Preta/Dark Soccer,[14] na série documental Crítica[15] e no longa-metragem Distrito 666.[16]

Projetos audiovisuais[editar | editar código-fonte]

Os primeiros projetos audiovisuais dirigidos por Gilberto Perin foram realizados em super-8 na década de 1970. O curta-metragem Faces-1 de 1974, este em parceria com Ernani Ssó, foi exibido no Festival e Cinema de Vanguarda de Caracas, Venezuela; e na 1ª Mostra Livre do Filme Super-8 em Porto Alegre.[17] No verão de 1978, dirigiu o curta-metragem, Irmão José da Cruz, a Esperança de uma Tribo,[18] em parceria com Jussara Grüber e Ari Pedro Oro, rodado na tribo dos Tikuna no Alto Solimões, no Amazonas. O documentário concorreu na categoria super-8 no VII Festival de Cinema Brasileiro de Gramado.[19]

No final da década de 1970, Gilberto Perin teve sua primeira experiencia na televisão, começou como produtor, passou a diretor e chegou à gerência de produção na TV Gaúcha, que mais tarde, em 1983, mudou seu nome para RBS TV.[1]

Durante a década de 1980, como diretor do Núcleo de Especiais da emissora dirigiu programas especiais que abordavam a cultura gaúcha como Sonho, Enigma e Tragédia das Missões de 1980 que deu ao diretor o Prêmio Associação Riograndense de Jornalismo de 1982[6] e o documentário Quintana, Anjo Poeta de 1984 que foi selecionado para a mostra competitiva do 1º Festival Internacional de Cinema, TV e Vídeo do Rio de Janeiro do mesmo ano[20] e também conquistou o segundo lugar no Prêmio Associação Riograndense de Jornalismo na categoria Televisão em 1984.[21]

Outros destaques na década foram os especiais O Pensamento de Elis Regina (1982)[22] e Os Poemas de Mario Quintana (1982)[23] e o musical “Menina Veneno” (1983) do cantor Ritchie que foram transmitidos no bloco local de programação do Fantástico da Rede Globo, e também Apaixonadamente, Lupi (1984)[24] em homenagem aos 10 anos da morte do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues.

No final dos anos 1980, dirigiu A Música da Década, com apresentação da cantora e compositora Adriana Calcanhoto, com a trajetória da música no Rio Grande do Sul nos anos oitenta.[25]

No início da década de 1990, período em que havia saído da RBS TV, Gilberto Perin em paralelo a outros projetos pessoais dirigiu seu primeiro curta-metragem em 35 mm, Au Revoir Shirlei (1991). Protagonizado pela artista transsexual Rebecca McDonald, o curta logo ganhou notoriedade nacional e no exterior, participando de importantes festivais de cinema em todo Brasil e países como Itália, Estados Unidos, Austrália e França. O curta foi transmitido em rede nacional pela TV Manchete e TV Cultura.[26]

Em 1999, Gilberto Perin, Raul Costa Júnior e Alice Urbim iniciariam o Núcleo de Especiais da RBS TV com a produção de documentários e programas de ficção com o foco na cultura local, mas atentos às influências dos movimentos internacionais.[27]

Gilberto Perin assumiu a direção geral dos projetos realizados pelo Núcleo de Especiais da RBS TV durante 15 anos onde foram apresentadas mais 800 produções audiovisuais,[28] entre curtas, médias e longas. Foram produções de séries de ficção e documentários gravados em mais de 300 cidades do estado do Rio Grande do Sul, apresentadas no Brasil e em 115[29] países transmitidos pela Globo Internacional.[30] Perin era responsável por toda a cadeia de produção dos programas, desde a criação, desenvolvimento, realização e conceito artístico dos documentários e |ficções, junto aos diretores, roteiristas, técnicos, produtores e elenco.[28]

Bastidores de A Ferro e Fogo - Tempo de Solidão (2006)

A partir de 2001, o Núcleo de Especiais iniciou a produção de programas de ficção com duas temporadas da série Contos de Inverno,[31] em parceria com a Casa de Cinema de Porto Alegre, onde foram veiculados duas ficções com direção de Perin: Jogos do Amor e do Acaso[32] e A Coisa Certa.[33] Outros projetos dirigidos por Gilberto Perin integraram a programação do Curtas Gaúchos como a série de oito documentários Fabulas Modernas de 2003[34] e O Mistério dos Túneis de 2006;[35] a minissérie A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão,[36] uma adaptação da obra de Josué Guimarães; o especial Esses Moços de 2004,[37] uma homenagem a Lupicínio Rodrigues que completaria 90 anos; e Caminhos Cruzados de 2005,[38] baseado em uma obra do escritor Erico Verissimo; e A Visita em 2007,[39] baseado na obra de Caio Fernando Abreu, muitos destes apresentados em festivais nacionais e na América Latina.[40]

Dentre outros projetos coordenados sob a direção geral de Gilberto Perin se destacam 5 Vezes Erico, Quintana Anjo Poeta, Escritores, A Conquista do Oeste, Histórias Extraordinárias, Gre-Nal é Gre-Nal, Mulheres em Transe, Na Trilha dos Rios, Primeira Geração, Borghetti na Estrada, Filé de Borboleta e Outros Causos, Pé Na Porta, On Line e Aventuras da Família Brasil.[41]

Em 2012, Gilberto Perin e Alice Urbim foram homenageados durante o 40º Festival de Cinema de Gramado pelas suas trajetórias e contribuição para o crescimento do audiovisual riograndense. A placa foi entregue pelo presidente da Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul (APTC-RS), Alfredo Barros.[29] A iniciativa de exibir e incentivar o mercado audiovisual trouxe ao projeto realizado pelo Núcleo uma homenagem da Academia Brasileira de Cinema em 2002, além de inúmeras premiações nacionais e internacionais, menções, participações em seminários, palestras em universidades e festivais pelo mundo, além de livros, teses e artigos publicados. Após 15 anos à frente do Núcleo de Especiais, Perin pediu seu desligamento da RBS TV em 2014 para dedicar-se a projetos pessoais.[42]

Enquanto ainda estava à frente do Núcleo de Especiais da RBS TV, Gilberto Perin dirigiu o curta-metragem Sophia[43] com roteiro dele e de Angel Palomero, que apresenta a história de uma travesti, interpretada pela atriz Suzana Saldanha que, após uma cirurgia para mudança de sexo vê sua vida mudar drasticamente. O curta teve parte de suas cenas gravadas em Paris em 1993 e no Brasil após 10 anos. Foi exibido pelo Canal Brasil em 2003.[44]

Em 2018, Gilberto Perin e Emerson Souza assumiram a direção da série documental Acervo MARGS, projeto da Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMARGS) sobre artistas que fazem parte da reserva técnica do museu. Os documentários abordam a vida e a obra de artistas narradas por eles mesmos. Foram realizados três documentários: com o pintor Brito Velho, o fotógrafo Luiz Carlos Felizardo e a gravadora e desenhista Anico Herskovitz.[45][46]

Gilberto Perin atuou na direção de videoclipes musicais desde a década de 1980 onde dirigiu videoclipes como o do clássico Menina Veneno (1983) do cantor inglês Ritchie radicado no Brasil; The Man I Love (2012) e Do Samba e do Jazz (2017) da cantora e atriz Bia Sion, entre outros. Também coordenou a direção das gravações dos shows Chitãozinho & Xororó Ao Vivo em Garibaldi, DVD de 2003; e Casa da Bossa, Homenagem a Tom Jobim, em Canela com DVD lançado em 2006.[47][48][49]

Além de diretor de projetos audiovisuais, Perin dirigiu peças teatrais, tendo sua primeira atuação como diretor em 1994 com a peça Saudades do Futuro'. O espetáculo foi uma criação coletiva dirigida por Perin, também o responsável pelo texto final. A narrativa mostrava as perspectivas de cinco jovens no réveillon de 1999/2000.[50][51]

Em julho de 2013 a convite do grupo Teatro Novo, grupo pelo qual atuou na década de 1970, retorna à direção teatral com a nova montagem da peça Transe de 1970, do diretor e fundador do grupo Ronald Radde. A peça estreou durante o 8º Festival de Inverno de Porto Alegre, um dos principais eventos culturais da cidade.[4][52][53]

Direção geral na TV[editar | editar código-fonte]

  • Curtas Gaúchos (1999-2014)

Direção em curta-metragem[editar | editar código-fonte]

  • Faces-1 (1976)
  • Au Revoir Shirlei (1991)
  • Jogos do amor e do acaso (2001)
  • A Coisa Certa (2002)
  • Sophia (2004)
  • Caminhos Cruzados (2005)
  • A Visita (2007)

Direção de especiais para TV[editar | editar código-fonte]

  • Sonho, Enigma e Tragédia das Missões (1980)
  • O Pensamento de Elis Regina (1982)
  • Os Poemas de Mario Quintana (1982)
  • Quintana, Anjo Poeta (1984)
  • Apaixonadamente, Lupi (1984)
  • A Música da Década de 80 (1989)
  • Lupicínio - Esses moços (2004)

Direção em documentários[editar | editar código-fonte]

  • Irmão José da Cruz, a Esperança de uma Tribo (1978)
  • Fábulas Modernas (2003)
  • Origem - A conquista do Oeste (2004)
  • O Mistério dos Túneis (2006)
  • Britto Velho, o Pintor das Cores Impossíveis (2018)
  • Luiz Carlos Felizardo, um Fotógrafo na Estrada (2020)
  • Anico Herskovitz (2020)

Direção em minissérie[editar | editar código-fonte]

  • A Ferro e Fogo - Tempo de Solidão (2006)

Direção de teatro[editar | editar código-fonte]

  • Saudade do Futuro (1994)
  • Transe (2013)

Direção de show em DVD[editar | editar código-fonte]

  • Chitãozinho & Xororó – Ao vivo em Garibaldi (2003)
  • Casa da Bossa – Homenagem a Tom Jobim (2006)

Direção de videoclipes[editar | editar código-fonte]

  • Alfa, Beta, Ação (Ednardo) (1982)
  • Vira Virou (Eugénia Melo e Castro) (1982)
  • Hollywood (Lucinha Lins e Cláudio Tovar) (1982)
  • Trem do Além (Maurício) (1982)
  • Cavaleiros da Nova Era (Mauro Kwitko) (1982)
  • Os Homens de Preto (Grupo Caverá) (1982)
  • Jeito Todo Seu (Impacto) (1982)
  • With a Little Help from My Friends (Cia Terra de Dança) (1982)
  • Murunguê (Mario Augusto) (1982)
  • Não Pensa Muito que Dói (Flávio Bicca) (1982)
  • Menina Veneno (Ritchie) (1983)
  • Fechado pra Balanço (Cheiro de Vida) (1984)
  • Água (Loma) (1984)
  • Estrela Guria (Pery Souza) (1984)
  • Sambanerão (Renato Borghetti) (1986)
  • Nosotros (The Lovers Singers) (1995)
  • The Man I Love (Bia Sion) (2012)
  • Do Samba e do Jazz (Bia Sion) (2017)

Do teatro ao cinema[editar | editar código-fonte]

Gilberto Perin e Marcos Paulo - Em Teu Nome

O Teatro foi o primeiro meio artístico com que Gilberto Perin se envolveu profissionalmente. Em 1973, aos 19 anos, começou a atuar em suas primeiras peças integrando a Cia de Teatro Novo, fundada e dirigida por Ronald Radde. Sua estreia foi na remontagem da premiada peça, Transe de 1970.[54] Nos anos seguintes Perin dedicou-se a carreira teatral na Cia de Teatro Novo, onde atuou em peças infantis como Chapeuzinho Vermelho[55] de 1974 e A Menina das Estrelas[56] que saiu em turnê pelo Rio Grande do Sul em 1975 sendo apresentada em 276 municípios.[57]

Ainda nos anos 1970, atuou em O Noviço de 1975,[58][59] com direção de Haydée Porto; e Pequenas Histórias do Bicho Homem, em 1978[60][61] dirigida por Beto Ruas, ambas pelo Grupo de Teatro Província. Atuou também na peça infantil Há Algo de Novo no Reino do Galinheiro, em 1975;[62] Qorpo Santo um Século Depois, em 1976;[63] A Farsa da Esposa Perfeita, em 1977;[64] e O Senhor Galindez em 1979, peça do psicanalista e dramaturgo argentino Eduardo Pavlovsky que foi vencedora do Prêmio Açorianos na categoria Melhor Espetáculo daquele ano.[65][66][67]

Em 1981 Perin teve sua primeira indicação ao Prêmio Açorianos de Teatro na categoria Melhor Ator pela sua atuação em Love / Love / Love. A peça dirigida Luiz Arthur Nunes recebeu três Prêmios Açorianos em 1981, dentre eles o de Melhor Espetáculo do Ano.[68][69][70]

Nos anos 80 também participou da montagem das peças Afinal, Uma Mulher de Negócios,[71] de Rainer Werner Fassbinder, em 1982; e Reunião em Família,[72] adaptação de Caio Fernando Abreu para o romance de Lya Luft, dirigida por Luciano Alabarse, em 1984.[73]

Foi em 1986, em que Gilberto Perin teve sua primeira experiência como ator no cinema, quando participou do curta-metragem Hemisfério de Sombras ao lado de Ana Maria Magalhães, dirigido por Mariangela Grando.[74][75]

Em 1990, foi indicado novamente ao Prêmio Açorianos de Teatro na categoria Melhor Ator pela atuação na peça Saladas de Amor, de Luiz Arthur Nunes.[76][77]

No início dos anos 2000, Gilberto Perin teve suas primeiras atuações em filmes longas-metragens, participou do elenco de Tolerância,[78] de 2000, e Netto Perde Sua Alma de 2001.[79] Em 2009, atuou no longa Em Teu Nome do diretor Paulo Nascimento, filme vencedor de 3 prêmios no 37º Festival de Gramado e que participou da seleção oficial do Raindance Film Festival na Inglaterra e do Festival Internacional de Cinema de Chicago.[80]

Em 2011, atuou em A Casa Elétrica de Gustavo Fogaça, filme baseado em fatos reais sobre a história de Savério Leonetti e a primeira fábrica de gramofones da América Latina, em Porto Alegre no começo do século XX. O longa foi vencedor do prêmio Dellart Cine Rivaton no 7º Festival Cine Música de Conservatória no Rio de Janeiro em 2013.[81][82]

Em sua primeira experiência com ator para televisão, Gilberto Perin atuou na série Animal, exibida em 13 episódios, pelo canal GNT de agosto a outubro de 2014. A série dirigida por Paulo Nascimento, tinha em seu elenco entre outros, Edson Celulari, Cristiana Oliveira, Fernanda Moro e Leonardo Machado. Em 2015, a série foi adaptada para o filme homônimo e exibido pela Rede Globo de Televisão.[83][84]

Atuação no teatro[editar | editar código-fonte]

  • Transe (1973)
  • Chapeuzinho Vermelho (1974)
  • A Menina das Estrelas (1975)
  • Há Algo de Novo no Reino do Galinheiro (1975)
  • O Noviço (1975)
  • Qorpo Santo um Século Depois (1976)
  • A Farsa da Esposa Perfeita (1977)
  • Pequenas Histórias do Bicho Homem (1978)
  • O Senhor Galindez (1979)
  • Love / Love / Love (1981)
  • Afinal, uma Mulher de Negócios (1982)
  • Reunião de Família (1984)
  • Saladas do Amor (1990)

Atuação em curta-metragem[editar | editar código-fonte]

  • Hemisfério de Sombras (1986)

Atuação em longa-metragem[editar | editar código-fonte]

Atuação em seriado[editar | editar código-fonte]

  • Animal (2014)

A vida como Fotógrafo[editar | editar código-fonte]

Série Camisa Brasileira - foto Gilberto Perin

Como fotógrafo, Gilberto Perin desenvolveu um projeto que obteve expressão internacional ao longo dos anos. Uma das principais temáticas de suas obras é apresentar a riqueza dos bastidores da vida através do seu olhar. Ainda estudante, em 1971, em Caxias do Sul, foi o responsável pelo setor fotográfico do jornal do Grêmio Estudantil do Colégio do Carmo.[85]

Conexões Infinitas, sua primeira exposição individual, realizada no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo em Porto Alegre (RS), de 04 de agosto a 19 de setembro de 2009,[86] teve grande visitação e gerou um convite para ele participar de uma mostra na Galerie d'Art François Mansart, no Marais, em Paris, durante o mês da fotografia na capital francesa em novembro do mesmo ano.[87]

Fotografias de Gilberto Perin na exposição Queer Museu 2017 - foto Gilberto Perin

Inspirado nas coberturas fotográficas esportivas das décadas de 1950 e 1960, Gilberto Perin apresentou em 2010 a exposição individual Camisa Brasileira que o projetou nacionalmente. A exposição realizada no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, com curadoria de Alfredo Aquino, apresentou a intimidade e emoções dos jogadores de futebol em um espaço inatingível para torcedores e imprensa, o vestiário. Durante quatro meses Perin, fotografou momentos de tensão, preparação e alegria dos jogadores nos vestiários do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas (RS), na época na segunda divisão do Campeonato Gaúcho de 2010.[88]

A exposição percorreu o Brasil sendo exibida por oito anos e teve parte exposta na França em 2011 e Itália em 2014 e também na coletiva The Beautiful Game: O Reino da Camisa Canarinho, realizada no Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, em Porto Alegre, nos meses de junho e de julho de 2014,[89] durante a Copa do Mundo de Futebol que acontecia no Brasil.[90]

Em 2011, Camisa Brasileira ganhou uma versão em livro, apresentando 110 fotografias da série, lançamento da editora Ardotempo que ocorreu no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu em São Paulo e, posteriormente, em Porto Alegre, ambos com a presença do escritor Aldyr Garcia Schlee, criador da camisa da seleção brasileira de futebol.[91]

Em fevereiro de 2012, a série Camisa Brasileira, com curadoria Leonel Kaz, integrou a exposição Vestiário, no Museu do Futebol em São Paulo junto com o artista plástico Felipe Barbosa e o criador de mapping VJ Speto.[92] A exposição recebeu mais de 300 mil visitantes ao longo dos cinco meses e teve repercussão na mídia nacional e internacional.[93][94][95]

Série Fotografias para Imaginar - foto Gilberto Perin

Em julho de 2011, apresentou a exposição a Atrás da Cortina Vermelha, retratando a preparação do grupo teatral circense antes de entrar em cena. A exposição com 15 fotos foi exibida no Theatro São Pedro de Porto Alegre junto ao espetáculo do grupo.[96]

Em 2012, apresentou a primeira versão de Fotografias para Imaginar, na Galeria de Arte do Instituto de Arquitetos do Brasil em Porto Alegre.[97] Em 2015 a exposição ganhou uma nova versão na Pinacoteca Aldo Locatelli na Prefeitura Municipal de Porto Alegre em que Perin convidou 16 escritores e 16 artistas visuais, para criarem uma nova obra visual a partir de suas fotografias. As fotografias de Gilberto Perin, os textos e os trabalhos visuais criados fizeram parte do livro Fotografias para Imaginar, lançado na noite de abertura da nova exposição.[98] Participaram desse projeto os escritores Aldyr Garcia Schlee, Ana Mariano, Carlos Gerbase, Carlos Urbim, Charles Kiefer, Cíntia Moscovich, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Antonio de Assis Brasil, Luiz Arthur Nunes, Luiz Ruffato, Martha Medeiros, Paulo Scott, Pedro Gonzaga, Pena Cabreira, Ricardo Silvestrin e Tailor Diniz e também os artistas visuais Alfredo Aquino, André Venzon, Bebeto Alves, Brito Velho, Carlos Ferreira, Chico Baldini, Denis Siminovich, Eduardo Haesbaert, Felipe Barbosa, Fernando Baril, José Francisco Alves, Mário Röhnelt, Régis Duarte, Sandro Ka, Walmor Corrêa e Zoravia Bettiol.[99]

Em 2016, Perin foi selecionado na 6ª edição do Concurso Internacional de Fotografia da Fondation Alliance Française que mobilizou 103 Alianças Francesas de 50 países diferentes. As fotografias escolhidas de vários países fizeram parte da coletiva Objectif Sport apresentada em diversos países e estados do Brasil, em 2016 e 2017.[100][101]

Em 2017, Perin, participou na polêmica exposição Queermuseu, no Santander Cultural em Porto Alegre junto a outros artistas como Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Cândido Portinari, Fernando Baril, Flávio Cerqueira, Lygia Clark. A exposição trouxe a proposta inédita à museus da América Latina de apresentar a diversidade de expressão de gênero e a diferença na arte e na cultura foi encerrada antes do previsto ao sofrer críticas e atos de vandalismo por grupos conservadores que questionavam o caráter das obras nela apresentada. O ocorrido repercutiu na imprensa internacional e quase um ano após seu fechamento em Porto Alegre, a Queermuseu foi apresentada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro de 18 de agosto a 16 de setembro 2018.[102][103]

Série Sem Identificação - foto Gilberto Perin

Dentre setembro e novembro de 2018, Gilberto Perin apresentou as inéditas séries fotográficas Linha d’Água e Sem Identificação, nas Salas Negras do MARGS. Linha d’Água, através de 25 fotografias, propunha a identificação de vivências reais ou fictícias e Sem Identificação retratava modelos nus, em fotografias irônicas e reflexivas. Ambas com o ponto em comum de propor ao espectador o exercício da autoficção nas imagens a partir de associações à infância, vida adulta ou velhice.[104][105]

Em 2019 realizou duas exposições na Europa. O projeto inédito Fake Photos retratou o conceito da “traição das imagens” de 23 de janeiro a 28 de fevereiro no Centro de Artes da Ecole Internationale de Genève – Ecolint em Genebra, na Suíça e a série Sem Identificação esteve de 07 de fevereiro a 08 de março n’A Pequena Galeria, em Lisboa, Portugal.[106]

No segundo semestre de 2019 Gilberto Perin, ao lado de Dulce Helfer apresentou a exposição Esconderijos do Tempo na comemoração aos 29 anos da Casa de Cultura Mario Quintana em Porto Alegre, retratando os espaços e as atividades do centro cultural.[107]

Dentre março e abril de 2021, apresentou a exposição Retratos na Galeria Escadaria, no Viaduto Otávio Rocha, no centro histórico de Porto Alegre. A exposição a céu aberto apresentou através de 14 grandes painéis 32 imagens de sua autoria, onde ganharam destaque imagens de escritores, atrizes, atores, artistas visuais, músicos, amigos e desconhecidos, jornalistas, modelos, cineastas, indígenas, além de um autorretrato.[108][109]

Desde 2009 atuando como fotógrafo profissional Perin tem mais de 100 exposições coletivas importantes no Brasil e exterior. Além das já citadas, outros destaques são: Cromomuseu (2012), De Humani Corporis Fabrica (2013), Conexión Arte Melo no Uruguai (2014), Manifesto: Poder, Desejo, Intervenção (2014), Vestígios do Corpo (2015), A Fonte de Duchamp, 100 Anos de Arte Contemporânea (2017) e Street Expo Photo (2019).[107]

Perin tem fotografias publicadas em jornais e revistas brasileiras e do exterior, além de fotos em capas de livros e obras em museus, entidades culturais e coleções particulares.[110]

Exposições nacionais[editar | editar código-fonte]

  • Conexões Infinitas (2009)
  • Camisa Brasileira (2010/ 2011/ 2012/ 2013/ 2014/ 2017/ 2018)
  • Atrás da Cortina Vermelha (2011/ 2012)
  • Vestiário (2012)
  • Fotografias para Imaginar (2012/ 2015/ 2017)
  • Zoravia – A construção da Poesia (2016)
  • Linha d'Água (2018)
  • Sem Identificação (2018 e 2020)
  • Esconderijos do Tempo (2019)
  • Fake Photos (2020)
  • Retratos (2021)

Exposições internacionais[editar | editar código-fonte]

  • 11 Photographes Brésiliens (2009)
  • Camisa Brasileira (França 2011)
  • Camisa Brasileira (Itália 2014)
  • Sem Identificação (Portugal 2019)
  • Fake Photos (Suíça 2019)

Exposições coletivas[editar | editar código-fonte]

  • 20x20 Múltiplas Expressões (2010)
  • Arte + Arte: Ensaios Contemporâneos (2010)
  • 50 Anos do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre (2011)
  • 16º Intercâmbio Internacional Miniarte Argentina (2012)
  • Expressões de uma Década (2012)
  • Águas em Movimento (2012)
  • Economia da Montagem (2012)
  • Mulheres do Centro Histórico (2012)
  • Cromomuseu (2012)
  • De Humani Corporis Fabrica - Anatomia das Relações entre Arte e Medicina (2013)
  • The Beautiful Game - O Reino da Camisa Canarinho (2014)
  • O Cânone Pobre (2014)
  • Deus e sua obra no Sul da América do Sul (2014)
  • Neblina (2014)
  • Katakata (2014)
  • Futebol, a Paixão do Brasil (2014)
  • Palacinho, Contando a História (2014)
  • Conexión Arte Melo/Uruguai (2014)
  • Manifesto: Poder, Desejo, Intervenção (2014)
  • Estação das Águas (2014)
  • Expo Bike Fotografias (2014)
  • Manifesto: Poder, Desejo, Intervenção (2014)
  • Vestígios do Corpo (2015)
  • Caro, Cara (2015)
  • Mostra do Núcleo de Jornalistas de Imagens (2015)
  • 1º Encontro França-Brasil (2015)
  • Recorte do Acervo – Preto e Branco (2015)
  • Cidade Paixão (2015)
  • Paralelos Urbanos (2015)
  • Vestígios do Corpo (2015)
  • Lugar Dizer (2015)
  • Objectif Sport (2016)
  • A Fonte de Duchamp (2016)
  • Agapan – 45 Anos (2016)
  • Arte x Publicidade (2016)
  • Brasilien – Calendário Alemão (2016)
  • XXxXX3 e Outros Formatos (2016)
  • Eu Ilustro Urbim (2016)
  • A Fonte de Duchamp, 100 Anos de Arte Contemporânea (2017)
  • Queermuseu (2017/2018)
  • L’Ivresse du Mouvement La Photografie de Sport (2017)
  • Direitos Humanos e Direito à Saúde (2017)
  • KataKata (2017)
  • Caixa Preta (2018)
  • Fotográfica (2018)
  • Mestres Reinventados (2018)
  • Fragmentos de uma Cidade Invisível (2018)
  • In-Finito (2018)
  • Travessia (2018)
  • Uma Terra Só (2019)
  • Conexões Contemporâneas no Aberto (2019)
  • Street Expo Photo (2019)

Livros de fotografia publicados[editar | editar código-fonte]

  • Camisa Brasileira (2011)
  • Fotografias para Imaginar (2015)

Fotografias para capas de livros[editar | editar código-fonte]

  • Os Limites do Impossível – Contos Gardelianos (Aldyr Garcia Schlee) (2009)
  • Don Frutos (Aldyr Garcia Schlee) (2010)
  • Os Televisionários (Walmor Bergesch) (2010)
  • Função Elvis (Laure Limongi) (2010)
  • Contos de Futebol (Aldyr Garcia Schlee) (2011)
  • Contos de Verdades (Aldyr Garcia Schlee) (2011)
  • Movido à Paixão (Zé Adão Barbosa) (2011)
  • Um Homem do Pampa (Carlos Nejar) (2012)
  • Contos da Vida Difícil (Aldyr Garcia Schlee) (2013)
  • Contos de Sempre (Aldyr Garcia Schlee) (2013)
  • Os 20 Melhores Contos de Aldyr Garcia Schlee (Aldyr Garcia Schlee) (2014)
  • Linha Divisória (Aldyr Garcia Schlee) (2015)
  • O Desvario do Pólen (Maria Carpi) (2016)
  • O Cego e a Natureza Morta (Maria Carpi) (2016)
  • Parque Farroupilha 2016 – Caderno de Restauro (José Francisco Alves) (2016)
  • Em Outros Tantos Quartos da Terra (Pedro Gonzaga) (2017)
  • O Outro Lado - Noveleta Pueblera (Aldyr Garcia Schlee) (2018)
  • Uma Casa no Pampa (Maria Carpi) (2018)
  • Andar Térreo (Paulo Rosa) (2019)
  • Babel (Fábio Amaro) (2019)
  • Diário da Peste (Alfredo Aquino) (2020)
  • O Nome da Parte que Não Dorme (Pedro Gonzaga) (2020)
  • O Nome da Parte que Não Dorme (Pedro Gonzaga) (2020)
  • João aos Pedaços – Biografia de João Gilberto Noll” (Flavio Ilha) (2021)

Os Roteiros escritos[editar | editar código-fonte]

Em 2019, Gilberto Perin, Tailor Diniz e Paulo Nascimento foram responsáveis pelo roteiro da série Chuteira Preta/Dark Soccer, produção da Accorde Filmes, com direção de Paulo Nascimento, que estreou no Prime Box Brazil em 13 de julho de 2019. Os 13 episódios da trama protagonizada por Márcio Kieling e Nuno Leal Maia abordam o submundo do futebol e a crise existencial de um jovem jogador pobre que conquistou o mundo e vê sua carreira em declínio. No mesmo ano de seu lançamento, a série entrou para o catálogo do streaming Amazon Prime Video.[111][112][113]

Em setembro de 2020, a série de documentários Crítica, roteirizada por Gilberto Perin, Paulo Nascimento e Luiz Alberto Cassol, foi transmitida pelo Prime Box Brazil. A série apresenta em oito episódios o conceito e a influência de um artigo crítico na trajetória de um filme, a cobertura em festivais, a tendência de críticas em blogs, o espaço em veículos impressos e a relação de quem faz a crítica com quem realiza ou produz na área audiovisual. Crítica tem depoimentos de Jean-Claude Bernardet; Ivonete Pinto, presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), Patrícia Kogut, colunista de O Globo; críticos como Daniel Feix, Celso Sabadin, Roger Lerina e Marcos Santuario, entre outros.[114][115]

Roteiro para especiais da TV[editar | editar código-fonte]

  • Quintana, Anjo Poeta (1984)
  • O Mistério dos Túneis (2006)

Roteiro para série[editar | editar código-fonte]

  • Chuteira Preta/Dark Soccer (2019)
  • Chuteira Preta – Jogos Ilegais (2021)

Roteiro para documentário[editar | editar código-fonte]

  • Crítica (2020)

Roteiro para longa-metragem[editar | editar código-fonte]

  • Distrito 666 (2020)
  • Breathless (2021)

Os bastidores[editar | editar código-fonte]

O convívio com os bastidores é como uma tradição na vida de Gilberto Perin, que a mais de 40 anos atua como diretor, coordenando inúmeros projetos audiovisuais de grande expressão nacional nos mais diversos seguimentos.

No entretanto o contato com bastidores é retratado em outras formas de expressões ao longo de sua carreira. Como fotógrafo Perin apresentou os bastidores do esporte na série Camisa Brasileira de 2010, onde durante quatro meses fotografou o vestiário do clube Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas que jogava pela segunda divisão do Campeonato do Rio Grande do Sul. Em 2011 retratou os bastidores do Tholl grupo circense e teatral e realizou a exposição Atrás da Cortina Vermelha.[116] Em 2016, exibiu o trabalho de criação e pintura no atelier de Zoravia Bettiol na exposição Zoravia - A Construção da Poesia,[117] retratando, os pequenos movimentos, a sutileza do olhar, o tempo entre uma pincelada e outra.[118]

"Às vezes os bastidores são mais ricos do que aquilo que é exposto. No futebol é assim, por exemplo. Me atrai este outro lado mais humano. Mas não foi uma coisa premeditada, isso faz parte da minha vida."

— Gilberto Perin em entrevista ao Viajantes da Câmera em abril de 2014[2]

Como roteirista, Perin abordou o tema na série Chuteira Preta/Dark Soccer de 2019, que de forma fictícia apresentou os bastidores do submundo da indústria do futebol e a crise existencial de um jovem jogador que saiu da periferia e conquistou o mundo e vê sua carreira em declínio;[119] e também na série Crítica onde apresentou os depoimentos daqueles que atuam na crítica cinematográfica brasileira revelando o que existe por trás das análises, como elas são feitas e o universo que gira em torno do assunto.[120]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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