Bertholletia excelsa: diferenças entre revisões

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''Barthollesia excelsa'' Silva Manso
''Barthollesia excelsa'' Silva Manso
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A '''''Bertholletia excelsa''''', popularmente conhecida como '''castanha-do-Pará''',<ref name=":0">{{citar web | url=http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/47749/1/folder-castanhadobrasil.pdf | título=Nomes comuns: castanha-do-brasil, castanha-do-pará ou castanha-da-amazônia }} - Folder Embrapa</ref><ref name=":1">COSTA, J. R. (et. all.).[http://www.scielo.br/pdf/aa/v39n4/v39n4a13.pdf Uma das espécies nativas mais valiosas da floresta amazônica de terra firme é a castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia (''Bertholletia excelsa''),] - Acta Amazônica vol. 39(4) 2009: 843 - 850</ref> '''castanha-da-amazônia''',<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=TvIrAAAAYAAJ&q=%22a%20%C3%BAnica%20conhecida%20fora%22|título=O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta|ultimo=Filho|primeiro=João Carlos Meireles|data=2004|editora=Ediouro|isbn=9788500013577}}</ref> '''castanha-do-acre''',<ref>{{citar web | url=http://www.ambiente.sp.gov.br/wp-content/uploads/cea/wwf_1.pdf | título=Negócios para Amazônia sustentável }} - Ministério do Meio Ambiente. Rio de Janeiro, 2003. p. 50.</ref> '''castanha-do-Brasil''', '''noz amazônica''', '''noz boliviana''', '''tocari''' ou '''tururi''', é uma [[árvore]] de grande porte, muito abundante no [[norte do Brasil]] e na [[Bolívia]], cujo fruto contém a castanha, que é sua [[semente]].<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p.365">FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.365</ref> É uma [[árvore]] da [[família (biologia)|família botânica]] ''[[Lecythidaceae]]'', endêmica da [[Floresta Amazônica]].{{Título em itálico|force=true}}
A '''''Bertholletia excelsa''''', popularmente conhecida como '''castanha-do-brasil''',<ref name=":0">{{citar web | url=http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/47749/1/folder-castanhadobrasil.pdf | título=Nomes comuns: castanha-do-brasil, castanha-do-pará ou castanha-da-amazônia }} - Folder Embrapa</ref><ref name=":1">COSTA, J. R. (et. all.).[http://www.scielo.br/pdf/aa/v39n4/v39n4a13.pdf Uma das espécies nativas mais valiosas da floresta amazônica de terra firme é a castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia (''Bertholletia excelsa''),] - Acta Amazônica vol. 39(4) 2009: 843 - 850</ref> '''castanha-da-amazônia''',<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=TvIrAAAAYAAJ&q=%22a%20%C3%BAnica%20conhecida%20fora%22|título=O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta|ultimo=Filho|primeiro=João Carlos Meireles|data=2004|editora=Ediouro|isbn=9788500013577}}</ref> '''castanha-do-acre''',<ref>{{citar web | url=http://www.ambiente.sp.gov.br/wp-content/uploads/cea/wwf_1.pdf | título=Negócios para Amazônia sustentável }} - Ministério do Meio Ambiente. Rio de Janeiro, 2003. p. 50.</ref> '''castanha-do-pará''', '''noz amazônica''', '''noz boliviana''', '''tocari''' ou '''tururi''', é uma [[árvore]] de grande porte, muito abundante no [[norte do Brasil]] e na [[Bolívia]], cujo fruto contém a castanha, que é sua [[semente]].<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p.365">FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.365</ref> É uma [[árvore]] da [[família (biologia)|família botânica]] ''[[Lecythidaceae]]'', endêmica da [[Floresta Amazônica]].{{Título em itálico|force=true}}


== Etimologia e nomes ==
== Etimologia e nomes ==
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A castanha contem 70 a 72% de óleo doce, de perfume agradável e com gosto semelhante ao óleo de oliveira da Europa. O óleo quando envelhece tem uma cor amarelo-escuro e um cheiro desagradável de ranço.<ref>PESCE, Celestino. Oleaginosas da Amazônia. 2 ed., ver, e atual.\ - Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Atual Rural, 2009.</ref> O óleo de castanha é altamente nutritvo, contendo 75% acidos graxos insaturados compostos principalmente por ácido palmítico, olêico e linolêico, além de fitoesteróides sistosterol e as vitaminas lipossolúveis A e E. Extraído da primeira prensagem, pode se obter um azeite extra-virgem podendo substituir o azeite da oliva por seu sabor suave e agradável.<ref>SUN, S.S. et. al.: Properties, biosynthesis and processing of a sulfur-rich protein in Brazil nut (''Bertholletia excelsa'' H.B.K.). 1987, Eur J Biochem. 162(3):477-83.</ref>
A castanha contem 70 a 72% de óleo doce, de perfume agradável e com gosto semelhante ao óleo de oliveira da Europa. O óleo quando envelhece tem uma cor amarelo-escuro e um cheiro desagradável de ranço.<ref>PESCE, Celestino. Oleaginosas da Amazônia. 2 ed., ver, e atual.\ - Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Atual Rural, 2009.</ref> O óleo de castanha é altamente nutritvo, contendo 75% acidos graxos insaturados compostos principalmente por ácido palmítico, olêico e linolêico, além de fitoesteróides sistosterol e as vitaminas lipossolúveis A e E. Extraído da primeira prensagem, pode se obter um azeite extra-virgem podendo substituir o azeite da oliva por seu sabor suave e agradável.<ref>SUN, S.S. et. al.: Properties, biosynthesis and processing of a sulfur-rich protein in Brazil nut (''Bertholletia excelsa'' H.B.K.). 1987, Eur J Biochem. 162(3):477-83.</ref>
A castanha é uma rica fonte de magnesio, tiamina e possui as mais altas concentrações conhecidas de selênio (126 ppm²), com propriedades antioxidantes. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com a redução do risco de câncer de próstata e recomendam o consumo da ''Bertholletia excelsa'' como uma medida preventiva..<ref name="CHUNHIENG, T 2004">CHUNHIENG, T. et. al.: Study of selenium distribution in the protein fractions of the Brazil nut, Bertholletia excels; 2004, J Agric Food Chem. 52(13):4318-22..</ref>
A castanha é uma rica fonte de magnesio, tiamina e possui as mais altas concentrações conhecidas de selênio (126 ppm²), com propriedades antioxidantes. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com a redução do risco de câncer de próstata e recomendam o consumo da ''Bertholletia excelsa'' como uma medida preventiva..<ref name="CHUNHIENG, T 2004">CHUNHIENG, T. et. al.: Study of selenium distribution in the protein fractions of the Brazil nut, Bertholletia excels; 2004, J Agric Food Chem. 52(13):4318-22..</ref>
As proteínas encontradas na castanha-do-Pará são muito ricas em aminoacidos sulfurados como a cisteína (8%) e a metionina (18%). A presença desses aminoacidos (methionine) melhora a adsorbção de seleninum e outros minerais..<ref name="CHUNHIENG, T 2004"/>
As proteínas encontradas na castanha-do-brasil são muito ricas em aminoacidos sulfurados como a cisteína (8%) e a metionina (18%). A presença desses aminoacidos (methionine) melhora a adsorbção de seleninum e outros minerais..<ref name="CHUNHIENG, T 2004"/>
O óleo de ''Bertholletia excelsa'' é extraído das sementes secas, geralmente por prensagem à frio. O óleo de ''Bertholletia excelsa'' prensado a frio tem um odor agradável, amarelo. A composição de [[ácido graxos]] é constituído por [[ácido palmítico]] (14-16%), [[ácido esteárico]] (6-10%), [[ácido oleico]] (29-48%), [[ácido linoleico]] (30 - 47). As características físicas são [[densidade]] (0,914-0,917), [[ponto de fusão]] (0-4&nbsp;°C), o valor de [[saponificação]] (193-202), o valor de [[iodo]] (94-106) e [[insaponificável]] (0,5 a 1%).<ref>{{citar web|url=https://de.wikipedia.org/w/index.php?title=Paranussbaum&oldid=142961703#Paranuss.C3.B6l|título=Paranussöl}} - Paranussbaum - Deutschsprachige Wikipedia</ref>
O óleo de ''Bertholletia excelsa'' é extraído das sementes secas, geralmente por prensagem à frio. O óleo de ''Bertholletia excelsa'' prensado a frio tem um odor agradável, amarelo. A composição de [[ácido graxos]] é constituído por [[ácido palmítico]] (14-16%), [[ácido esteárico]] (6-10%), [[ácido oleico]] (29-48%), [[ácido linoleico]] (30 - 47). As características físicas são [[densidade]] (0,914-0,917), [[ponto de fusão]] (0-4&nbsp;°C), o valor de [[saponificação]] (193-202), o valor de [[iodo]] (94-106) e [[insaponificável]] (0,5 a 1%).<ref>{{citar web|url=https://de.wikipedia.org/w/index.php?title=Paranussbaum&oldid=142961703#Paranuss.C3.B6l|título=Paranussöl}} - Paranussbaum - Deutschsprachige Wikipedia</ref>


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[[Imagem:Castanha-copl6.JPG|thumb|Óleo virgem da castanha-do-Pará]]
[[Imagem:Castanha-copl6.JPG|thumb|Óleo virgem da castanha-do-brasil]]


==== Composição dos ácidos graxos ====
==== Composição dos ácidos graxos ====
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=== Uso cosméticos e alimenticios ===
=== Uso cosméticos e alimenticios ===
O óleo da sementes são muito ricos em [[proteínas]] por isso constitui um produto de grande valor alimentício.
O óleo da sementes são muito ricos em [[proteínas]] por isso constitui um produto de grande valor alimentício.
Além disso, o óleo da castanha-do-Pará também é usado para a confecção de [[cosméticos]] como shampoos, sabonetes e condicionador de cabelo porque seu uso proporciona maciez, brilho e sedosidade. É usado também como creme de pele que lubrifica e hidrata, deixando a pele macia.<ref>Taylor, Leslie. The healing power of rainforest herbs: a guide to understanding and using herbal medicinals. 2005.</ref>
Além disso, o óleo da castanha-do-brasil também é usado para a confecção de [[cosméticos]] como shampoos, sabonetes e condicionador de cabelo porque seu uso proporciona maciez, brilho e sedosidade. É usado também como creme de pele que lubrifica e hidrata, deixando a pele macia.<ref>Taylor, Leslie. The healing power of rainforest herbs: a guide to understanding and using herbal medicinals. 2005.</ref>
=== Outros usos ===
=== Outros usos ===
Assim como no uso alimentar, o óleo extraído da ''Bertholletia excelsa'' também é usado como [[lubrificante]] em [[relógio]]s, para se fazer [[tinta]]s para [[Artes plásticas|artistas plásticos]] e na indústria de [[cosméticos]].
Assim como no uso alimentar, o óleo extraído da ''Bertholletia excelsa'' também é usado como [[lubrificante]] em [[relógio]]s, para se fazer [[tinta]]s para [[Artes plásticas|artistas plásticos]] e na indústria de [[cosméticos]].
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A madeira das ''Bertholletia excelsa'' é de excelente qualidade, porém a sua extração está proibida por lei nos três países produtores (Brasil, Bolívia e Peru). A extração ilegal de madeira e a abertura de clareiras representa uma ameaça contínua.<ref>{{citar web|url=http://www.greenpeace.org/international/news/activists-trapped-by-loggers071018|obra=Greenpeace|título=Activists Trapped by Loggers in Amazon|data= 18 Outubro 2007}}</ref>
A madeira das ''Bertholletia excelsa'' é de excelente qualidade, porém a sua extração está proibida por lei nos três países produtores (Brasil, Bolívia e Peru). A extração ilegal de madeira e a abertura de clareiras representa uma ameaça contínua.<ref>{{citar web|url=http://www.greenpeace.org/international/news/activists-trapped-by-loggers071018|obra=Greenpeace|título=Activists Trapped by Loggers in Amazon|data= 18 Outubro 2007}}</ref>


O efeito castanha-do-Pará, no qual itens maiores misturados em um mesmo recipiente com itens menores (por exemplo, ''Bertholletia excelsa'' misturadas com [[Amendoim|amendoins]]) tendem a subir ao topo, recebeu o nome desta espécie.
O [[efeito castanha-do-brasil]], no qual itens maiores misturados em um mesmo recipiente com itens menores (por exemplo, ''Bertholletia excelsa'' misturadas com [[Amendoim|amendoins]]) tendem a subir ao topo, recebeu o nome desta espécie.


== Radioactividade ==
== Radioactividade ==

Revisão das 03h35min de 27 de janeiro de 2022

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBertholletia excelsa
Descrição da castanha-do-brasil em Scientific American Supplement, No. 598, junho 18, 1887
Descrição da castanha-do-brasil em Scientific American Supplement, No. 598, junho 18, 1887
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Lecythidaceae
Género: Bertholetia
Espécie: B. excelsa
Nome binomial
Bertholletia excelsa
Humb. & Bonpl.
Sinónimos
B. nobilis Miers

Barthollesia excelsa Silva Manso

Castanha-do-brasil, seca, não beneficiada, com casca
Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia 2743 kJ (660 kcal)
Carboidratos
Carboidratos totais 12.27 g
 • Amido 0.25 g
 • Açúcares 2.33 g
 • Fibra dietética 7.5 g
Gorduras
Gorduras totais 66.43 g
 • saturada 15.137 g
 • monoinsaturada 24.548 g
 • poli-insaturada 20.577 g
Proteínas
Proteínas totais 14.32 g
 • Triptófano 0.141 g
 • Treonina 0.362 g
 • Isoleucina 0.516 g
 • Leucina 1.155 g
 • Lisina 0.492 g
 • Metionina 1.008 g
 • Cistina 0.367 g
 • Fenilalanina 0.630 g
 • Tirosina 0.420 g
 • Valina 0.756 g
 • Arginina 2.148 g
 • Histidina 0.386 g
 • Alanina 0.577 g
 • Ácido aspártico 1.346 g
 • Ácido glutâmico 3.147 g
 • Glicina 0.718 g
 • Prolina 0.657 g
 • Serina 0.683 g
Água 3.48 g
Vitaminas
Tiamina (vit. B1) 0.617 mg (54%)
Riboflavina (vit. B2) 0.035 mg (3%)
Niacina (vit. B3) 0.295 mg (2%)
Vitamina B6 0.101 mg (8%)
Ácido fólico (vit. B9) 22 µg (6%)
Vitamina C 0.7 mg (1%)
Vitamina E 5.73 mg (38%)
Minerais
Cálcio 160 mg (16%)
Ferro 2.43 mg (19%)
Magnésio 376 mg (106%)
Manganês 1.223 mg (58%)
Fósforo 725 mg (104%)
Potássio 659 mg (14%)
Sódio 3 mg (0%)
Zinco 4.06 mg (43%)
Selenium 1917 μg
Link to USDA Database entry
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos.
Fonte: USDA Nutrient Database

A Bertholletia excelsa, popularmente conhecida como castanha-do-brasil,[1][2] castanha-da-amazônia,[3] castanha-do-acre,[4] castanha-do-pará, noz amazônica, noz boliviana, tocari ou tururi, é uma árvore de grande porte, muito abundante no norte do Brasil e na Bolívia, cujo fruto contém a castanha, que é sua semente.[5] É uma árvore da família botânica Lecythidaceae, endêmica da Floresta Amazônica.

Etimologia e nomes

"Castanha" vem do grego kástanon, por meio do latim castanea.[5] "Tocari" vem do caribe.[6] "Tururi" vem do termo tupi turu'ri.[7]

Nomenclatura

Apesar do seu nome em inglês ("Brazil nut"), o maior exportador da Bertholletia excelsa não é o Brasil, mas sim a Bolívia, onde são chamadas de almendras, ou ainda nuez amazónica e nuez boliviana. Isto se deve à drástica diminuição da espécie no Brasil, devida ao desmatamento. O nome "castanha-do-pará" se refere ao Pará, cuja extensão no período colonial incluía toda a Amazônia brasileira. Muitos acreanos - por serem os maiores produtores nacionais de castanha - referem-se a elas como "castanhas-do-acre". Alguns nomes indígenas são juvia, na região do Rio Orinoco e em outras regiões do Brasil. Como as castanhas são encontrados em todos os estados amazônicos brasileiros - e não apenas estes, mas também nos demais países amazônicos, como a Bolívia, maior produtora mundial -, a espécie também é chamada castanha-da-amazônia.[8]

Embora seja classificada pelos cozinheiros como uma castanha, os botanistas consideram a Bertholletia excelsa como uma semente, e não uma castanha, já que, nas castanhas e nozes, a casca se divide em duas metades, com a carne separando-se da casca.

Descrição

Castanha com casca

É um fruto com alto teor calórico e proteico, além disso contém o elemento selênio que combate os radicais livres e muitos estudos o recomendam para a prevenção do câncer.

É a única espécie do gênero Bertholletia. Nativa das Guianas, Venezuela, Brasil (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Rondônia), leste da Colômbia, leste do Peru e leste da Bolívia, ela ocorre em árvores espalhadas pelas grandes florestas às margens do Rio Amazonas, Rio Negro,Rio Orinoco, Rio Araguaia e Rio Tocantins. O gênero foi batizado em homenagem ao químico francês Claude Louis Berthollet.

Atualmente, é abundante apenas no Estado do Acre, no norte da Bolívia e no Suriname. Incluída na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais como vulnerável, o desmatamento é a ameaça a sua populações. Nas margens do Tocantins, foi derrubada para a construção de estradas e de uma barragem. No sul do Pará, por assentamentos de sem-terra. No Acre e no Pará, a criação de gado provoca sua morte, e a caça das cutias, que são os dispersores naturais de suas sementes, ameaça a formação de novos indivíduos.[9]

É altamente consumida pela população local in natura, torrada, ou na forma de farinhas, doces e sorvetes. Sua casca é muito resistente e requer grande esforço para ser extraída manualmente.

Características morfológicas

A Bertholletia excelsa é uma grande árvore, chegando a medir entre 30 e 50 metros de altura e 1 ou 2 metros de diâmetro no tronco; está entre as maiores árvores da Amazônia. Há registros de exemplares com mais de 50 metros de altura e diâmetro maior que 5 metros, no Pará.[10] Pode viver mais de 500 anos, e, de acordo com algumas autoridades frequentemente chega a viver 1.000 [11] ou 1.600 anos.[10]

Castanheira nas redondezas de Marabá.

Seu tronco é reto e permanece sem galhos por mais da metade do comprimento da árvore, com uma grande coroa emergindo sobre a folhagem das árvores vizinhas. Sua casca é acinzentada e suave.

A árvore é caducifólia, suas folhas, que medem de 20 centímetros a 35 cm de comprimento e 10 cm a 15 cm de largura, caem na estação seca.

Suas flores são pequenas, de uma coloração verde-esbranquiçada, em panículas de 5 centímetros a 10 cm de comprimento; cada flor tem um cálice caducifólio dividido em duas partes, com seis pétalas desiguais e diversos estames reunidos numa massa ampla em forma de capuz.

Fenologia

Floresce na passagem da estação seca para a chuvosa, o que no leste da Bacia Amazônica ocorre de setembro a fevereiro, com pico de outubro a dezembro. Perto de julho suas folhas caem, algumas ficam completamente sem folhas na estação seca. As flores são em grande número, e duram apenas um dia. Os frutos demoram de 12 a 15 meses para amadurecer, e caem principalmente em janeiro e fevereiro. As sementes, quando não tratadas, demoram de 12 a 18 meses para germinar, devido a sua casca espessa.[12]

Reprodução

A Bertholletia excelsa produz fruto exclusivamente em matas virgens, já que florestas "não virgens" quase sempre carecem de orquidáceas, que são, indiretamente, responsáveis pela polinização das suas flores.[carece de fontes?] A Bertholletia excelsa têm sido colhidas em plantações (na Malásia e em Gana), porém a sua produção é baixa e, atualmente, não são viáveis economicamente.[13][14][15]

As flores amarelas da Bertholletia excelsa só podem ser polinizadas por um inseto suficientemente forte para levantar o "capuz" da flor e que tenha uma língua comprida o bastante para passar pela complexa espiral da flor, como é o caso das abelhas dos gêneros Bombus, Centris, Epicharis, Eulaema e Xylocopa. As orquídeas produzem um odor que atrai pequenas abelhas-da-orquídea (espécie Euglossa), de língua muito comprida, já que as abelhas-macho desta espécie precisam deste odor para atrair as fêmeas. A grande abelha-da-orquídea fêmea poliniza a Bertholletia excelsa. Sem a orquídea, as abelhas não cruzariam, e portanto a falta de abelhas significa que o fruto não é polinizado.

Fruto

Se tanto as orquídeas como as abelhas estiverem presentes, o fruto leva 14 meses para amadurecer após a polinização das flores. O fruto em si é uma grande cápsula de 10 centímetros a 15 centímetros de diâmetro que se assemelha ao endocarpo do côco no tamanho e pesa até dois quilogramas. Possui uma casca dura, semelhante à madeira, com uma espessura de 8 milímetros a 12 milímetros, e dentro estão de 8 a 24 sementes com cerca de cinco centímetros de comprimento dispostas como os gomos de uma laranja; não é, portanto, uma castanha no sentido biológico da palavra.

A cápsula contém um pequeno buraco em uma das pontas, que permite a grandes roedores como a cutia e, com menos frequência, os esquilos, roerem até abrir a cápsula. Eles comem, então, algumas das castanhas que encontram ali dentro e enterram as outras para uso posterior; algumas destas que foram enterradas acabam por germinar e produzem novas Bertholletia excelsa.

Fruto aberto

A maioria das sementes são "plantadas" pelas cutias em lugares escuros, e as jovens árvores acabam esperando por anos, em estado de hibernação, até que alguma árvore caia e a luz do sol possa alcançá-las. Micos já foram vistos abrindo os frutos da Bertholletia excelsa utilizando-se de uma pedra como uma bigorna.

Ecologia

Vive preferencialmente nas florestas de terra firme, e cresce apenas onde a estação seca é de 3 a 5 meses.

A densidade da espécie varia muito ao longo de toda a Amazônia, indo de 26 árvores reprodutivas por hectare a apenas um exemplar em 100 hectares. Cogita-se que alguns grupos de árvores devam sua existência a indígenas pré-colombianos.[16]

Produção

Cerca de 20 000 toneladas de Bertholletia excelsa são colhidas a cada ano, da qual a Bolívia responde por 50 por cento, o Brasil por 40 por cento e o Peru por 10 por cento (estimativas do ano 2000).[17] Em 1980, a produção anual era de cerca de 40 000 toneladas por ano somente no Brasil e, em 1970, o país registrou uma colheita de 104 487 toneladas de Bertholletia excelsa.[18]

A produção brasileira caiu a menos da metade entre 1970 e 1980, devido ao desmatamento da Amazônia.

Produção mundial

País Produção em 2018
(toneladas anuais)
 Brasil 36923
 Bolívia 31045
Costa do Marfim 20224
 Peru 6245
Total mundial 94437
Fonte: Food and Agriculture Organization[19]

Efeitos da colheita

As Bertholletia excelsa destinadas ao comércio internacional vêm inteiramente da colheita selvagem, e não de plantações. Este modelo vem sendo estimulado como uma maneira de se gerar renda a partir de uma floresta tropical sem destruí-la. As castanhas são colhidas por trabalhadores migrantes conhecidos como "castanheiros".

A análise da idade das árvores nas áreas onde houve extração mostram que a colheita de moderada a intensa coleta tantas sementes que não resta um número suficiente para substituir as árvores mais antigas à medida que elas morrem. Sítios com menos atividades de colheita possuem mais árvores jovens, enquanto sítios com atividade intensa de colheita praticamente não as possuem.[20]

Experimentos estatísticos foram feitos para se determinar quais fatores ambientais podem estar contribuindo para a falta de árvores mais jovens. O fator mais consistente foi o nível de atividade de colheita em determinado sítio. Uma simulação por computador que previa o tamanho das árvores em que pessoas pegavam todas as castanhas coincidiu com o tamanho das árvores encontradas nos sítios onde havia uma colheita intensa das castanhas.

Iniciativas de preservação

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, a preservação em áreas protegidas, governamentais ou corporativas, é insuficiente, e a tentativa de estabelecer populações novas tem fracassado.

As atividades mais bem sucedidas são as empreendidas por populações nativas, nas reservas extrativistas.[carece de fontes?]

Usos

Alimentação

Semente da Bertholletia excelsa após a remoção da casca

As Bertholletia excelsa possuem 18% de proteína, 13% de carboidratos e 69% de gordura. A proporção de gorduras é de, aproximadamente, 25% de gorduras saturadas, 41% de monoinsaturadas e 34% de poliinsaturadas.[21] Possuem um gosto um tanto terroso, muito apreciado em vários países. O conteúdo de gordura saturada das Bertholletia excelsa está entre o mais alto de todas as castanhas e nozes, superando até mesmo o da macadâmia. Devido ao gosto forte resultante, as Bertholletia excelsa podem subtituir frequentemente macadâmias ou mesmo o coco em receitas. Bertholletia excelsa retiradas de suas cascas tornam-se rançosas rapidamente. As castanhas também podem ser esmagadas para se obter óleo.

Nutricionalmente, as Bertholletia excelsa são ricas em selênio, embora a quantidade de selênio varie consideravelmente.[22] São também uma boa fonte de magnésio e tiamina. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com uma redução no risco de câncer de próstata.[23] Isto levou alguns analistas a recomendarem o consumo de Bertholletia excelsa como uma medida preventiva.[24] Estudos subsequentes sobre o efeito do selênio no câncer de próstata foram inconclusivos.[25]

Óleo da Castanha

A castanha contem 70 a 72% de óleo doce, de perfume agradável e com gosto semelhante ao óleo de oliveira da Europa. O óleo quando envelhece tem uma cor amarelo-escuro e um cheiro desagradável de ranço.[26] O óleo de castanha é altamente nutritvo, contendo 75% acidos graxos insaturados compostos principalmente por ácido palmítico, olêico e linolêico, além de fitoesteróides sistosterol e as vitaminas lipossolúveis A e E. Extraído da primeira prensagem, pode se obter um azeite extra-virgem podendo substituir o azeite da oliva por seu sabor suave e agradável.[27] A castanha é uma rica fonte de magnesio, tiamina e possui as mais altas concentrações conhecidas de selênio (126 ppm²), com propriedades antioxidantes. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com a redução do risco de câncer de próstata e recomendam o consumo da Bertholletia excelsa como uma medida preventiva..[28] As proteínas encontradas na castanha-do-brasil são muito ricas em aminoacidos sulfurados como a cisteína (8%) e a metionina (18%). A presença desses aminoacidos (methionine) melhora a adsorbção de seleninum e outros minerais..[28] O óleo de Bertholletia excelsa é extraído das sementes secas, geralmente por prensagem à frio. O óleo de Bertholletia excelsa prensado a frio tem um odor agradável, amarelo. A composição de ácido graxos é constituído por ácido palmítico (14-16%), ácido esteárico (6-10%), ácido oleico (29-48%), ácido linoleico (30 - 47). As características físicas são densidade (0,914-0,917), ponto de fusão (0-4 °C), o valor de saponificação (193-202), o valor de iodo (94-106) e insaponificável (0,5 a 1%).[29]

Composição fisico-quimico do óleo virgem

Característica Unidade Apresentação
Aparência --- Líquido
Cor --- Amarelo translucido
Odor --- característico
Índice de acidez mgKOH/g < 20,0
Índice de peróxido 10 meq O2/kg < 10,0
Índice de Iodo gI2/100g 90 - 110
Indice de saponificação mgKOH/g 180 - 210
Densidade 25 °C g/ml 0,910 - 0,925
Indice de refração (40 °C) --- 1,4600 - 1,4800
Ponto de fusão °C 4
Óleo virgem da castanha-do-brasil

Composição dos ácidos graxos

Ácido palmitico % Peso 16,00 - 20,2
Ácido palmitoléico % Peso 0,5 - 1,2
Ácido esteárico % Peso 9 - 13,0
Ácido oléico (cis 9) % Peso 36 - 45,0
Ácido linoléico % Peso 33,0 - 38,0
Saturado % 25
Insaturado % 75

Medicinal

O chá da casca da Bertholletia excelsa é usado na Amazônia para tratamento do fígado, e a infusão de suas sementes para problemas estomacais.

Por seu conteúdo em selênio, a castanha é antioxidante.

Seu óleo é usado como umidificador da pele.[30]

Uso cosméticos e alimenticios

O óleo da sementes são muito ricos em proteínas por isso constitui um produto de grande valor alimentício. Além disso, o óleo da castanha-do-brasil também é usado para a confecção de cosméticos como shampoos, sabonetes e condicionador de cabelo porque seu uso proporciona maciez, brilho e sedosidade. É usado também como creme de pele que lubrifica e hidrata, deixando a pele macia.[31]

Outros usos

Assim como no uso alimentar, o óleo extraído da Bertholletia excelsa também é usado como lubrificante em relógios, para se fazer tintas para artistas plásticos e na indústria de cosméticos.

A indústria cosmética emprega o óleo de castanha por suas propriedades anti-radicais livres , antioxidantes e hidratantes nas formulações anti-aging prevenindo o envelhecimento cutâneo e é considerado um dos melhores condicionadores para cabelos danificados e desidratados.[32]

A madeira das Bertholletia excelsa é de excelente qualidade, porém a sua extração está proibida por lei nos três países produtores (Brasil, Bolívia e Peru). A extração ilegal de madeira e a abertura de clareiras representa uma ameaça contínua.[33]

O efeito castanha-do-brasil, no qual itens maiores misturados em um mesmo recipiente com itens menores (por exemplo, Bertholletia excelsa misturadas com amendoins) tendem a subir ao topo, recebeu o nome desta espécie.

Radioactividade

As Bertholletia excelsa podem conter pequenas quantidades de rádio, um material radioativo. Embora a quantidade seja muito pequena, cerca de 1–7 pCi/g (40–260 Bq/kg), e a maior parte não fique retida no corpo, ela é mil vezes mais alta do que em outros alimentos. De acordo com as Universidades Associadas de Oak Ridge, isto não se deve a níveis elevados de rádio no solo, mas sim ao extremamente extenso sistema de raízes da árvore.[34]

Referências

  1. «Nomes comuns: castanha-do-brasil, castanha-do-pará ou castanha-da-amazônia» (PDF)  - Folder Embrapa
  2. COSTA, J. R. (et. all.).Uma das espécies nativas mais valiosas da floresta amazônica de terra firme é a castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia (Bertholletia excelsa), - Acta Amazônica vol. 39(4) 2009: 843 - 850
  3. Filho, João Carlos Meireles (2004). O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta. [S.l.]: Ediouro. ISBN 9788500013577 
  4. «Negócios para Amazônia sustentável» (PDF)  - Ministério do Meio Ambiente. Rio de Janeiro, 2003. p. 50.
  5. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.365
  6. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 685
  7. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 729
  8. Al, Luis Fernando Minasi Et (31 de outubro de 2007). Leituras De Paulo Freire. [S.l.]: Clube de Autores 
  9. IUCN Red List
  10. a b Árvores Gigantescas da Terra e as Maiores Assinaladas no Brasil
  11. «Harvesting nuts, improving lives in Brazil»  Bruno Taitson, WWF, 18 Jan 2007
  12. New York Botanical Garden: The Lecythidaceae Pages
  13. Brazil Nut Plantations
  14. The Brazil Nut (Bertholletia excelsa)
  15. The Brazil Nut Tree: More than just nuts
  16. New York Botanical Garden: The lecythidaceae Pages
  17. «Economic Viability of Brazil Nut Trading in Peru» (PDF)  Chris Collinson et al, University of Greenwich
  18. «The Brazil Nut Industry — Past, Present, and Future»  Scott A. Mori, The New York Botanical Garden
  19. fao.org (FAOSTAT). «Brazil nuts production in 2018, Crops/World regions/Production quantity (from pick lists)». Consultado em 29 de agosto de 2020 
  20. Sustainability in a nut shell (abstract), Jonathan Silvertown, Department of Biological Sciences, The Open University
  21. Smith, N. et al 1992. Tropical forests and their crops. Comstock Publishing, NY. (citado em Lorenzi, Harri e Matos, Francisco José de Abreu, Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas, Nova Odessa, SP: Insituto Plantarum, 2002. ISBN 85-86174-18-6)
  22. Chang, Jacqueline C.; Walter H. Gutenmann, Charlotte M. Reid, Donald J. Lisk (1995). «Selenium content of Brazil nuts from two geographic locations in Brazil». Chemosphere. 30 (4): 801-802. 0045-6535 
  23. Klein EA, Thompson IM, Lippman SM, Goodman PJ, Albanes D, Taylor PR, Coltman C., "SELECT: the next prostate cancer prevention trial. Selenum and Vitamin E Cancer Prevention Trial.", J Urol. 2001 Oct;166(4):1311-5. [PMID 11547064]
  24. Cancer Decisions Newsletter Archive, Selenium, Brazil Nuts and Prostate Cancer, [1] last accessed 8 March 2007
  25. Peters U, Foster CB, Chatterjee N, Schatzkin A, Reding D, Andriole GL, Crawford ED, Sturup S, Chanock SJ, Hayes RB. "Serum selenium and risk of prostate cancer-a nested case-control study." Am J Clin Nutr. 2007 Jan;85(1):209-17. [PMID 17209198]
  26. PESCE, Celestino. Oleaginosas da Amazônia. 2 ed., ver, e atual.\ - Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Atual Rural, 2009.
  27. SUN, S.S. et. al.: Properties, biosynthesis and processing of a sulfur-rich protein in Brazil nut (Bertholletia excelsa H.B.K.). 1987, Eur J Biochem. 162(3):477-83.
  28. a b CHUNHIENG, T. et. al.: Study of selenium distribution in the protein fractions of the Brazil nut, Bertholletia excels; 2004, J Agric Food Chem. 52(13):4318-22..
  29. «Paranussöl»  - Paranussbaum - Deutschsprachige Wikipedia
  30. Lorenzi, Harri e Matos, Francisco José de Abreu, Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas, Nova Odessa, SP: Insituto Plantarum, 2002. ISBN 85-86174-18-6
  31. Taylor, Leslie. The healing power of rainforest herbs: a guide to understanding and using herbal medicinals. 2005.
  32. [2], Comunicado Técnico, 11 Setembro 2014
  33. «Activists Trapped by Loggers in Amazon». Greenpeace. 18 Outubro 2007 
  34. Radioactivity of Brazil nuts. http://www.orau.org/PTP/collection/consumer%20products/brazilnuts.htm

Fontes

Ligações externas

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