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Parque Nacional de Aparados da Serra | |
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |
Cachoeira do Cânion do Itaimbezinho, com araucárias centenárias na beira de seus paredões | |
Localização | Serra Geral, na fronteira RS/SC |
Dados | |
Área | 13 141,05 ha[1] |
Criação | 17 de dezembro de 1959 |
Visitantes | 41 444[2] (em 2007) |
Gestão | ICMBio |
Sítio oficial | PARNA Aparados da Serra |
Coordenadas | |
O parque nacional de Aparados da Serra é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na Serra Geral, encampando os desfiladeiros na fronteira natural entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.[1][3]
História
A unidade foi criada através do Decreto Nº 47.446, de 17 de dezembro de 1959, com uma área estimada de 13 000 ha (130 km²).[4][5] O Decreto Nº 70.296, emitido em 17 de março de 1972, alterou os artigos 1º e 2º do Decreto Nº 47.446, reduzindo a sua área estimada para 10 250 ha (102,5 km²), em consequência de uma revisão dos limites.[6] O parque tem como objetivo básico a preservação dos ecossistemas da Mata Atlântica, das florestas de araucária e do pampa gaúcho, de grande beleza cênica, possibilitando desta maneira a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.[1][3][5]
A administração da unidade cabe atualmente ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com plano de manejo aprovado pela Portaria nº 46/04N, de 30 de abril de 2004, e conselho gestor, criado por Portaria Nº 115/2011, de 27 de dezembro de 2011.[3] O parque é o único na região sul do Brasil a participar do Programa de Turismo nos Parques.[2][3][7]
Caracterização da área
Inserido na região natural denominada comumente de Aparados da Serra, o parque tem 13 141,05 ha[1] de área e perímetro de 63,00 km, fazendo fronteira tanto ao sul quanto ao norte ao Parque Nacional da Serra Geral, que também é administrado pelo ICMBio. Juntos, os dois parques abrangem uma área de aproximadamente 30 443,01 ha.
O relevo da região é bastante particular, sendo caracterizado principalmente por desfiladeiros com paredões verticais de até 700 m de altura, onde abruptamente terminam os campos suavemente ondulados do planalto, como se estes tivessem sido "aparados".[8]
Localização e acesso
Está localizado na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o extremo sul do estado de Santa Catarina, na borda da na formação Geológica Serra Geral. O acesso ao parque dá-se tanto através da rodovia RS-020 como da rodovia BR-101, passando por Praia Grande/SC via Serra do Faxinal. As cidades mais próximas à unidade são Cambará do Sul e Praia Grande. Cambara do Sul fica a cerca de 190 km de distância da capital gaúcha, Porto Alegre, enquanto Praia Grande está a 294 km da capital catarinense, Florianópolis. A entrada no parque é feita nos Postos de Informações e Controle, que ficam em Praia Grande e Cambará do Sul.
Fauna e flora
A área do parque engloba uma região na qual estão presentes os biomas da mata atlântica, das florestas de araucária e do pampa gaúcho, com campos e penhascos.
O parque protege diversas espécies animais, como papagaios-de-peito-roxo (Amazona vinacea), lobos-guará (Chrysocyon brachyurus),[9] jaguatiricas (Leopardus pardalis ou Felis pardalis), guaxinims (Procyon lotor) e até mesmo do leão-baio (Felis concolor).
Clima
O clima é temperado, com temperatura média anual de 16°C, sendo que o mês mais quente é janeiro e os mais frios são junho e julho. A precipitação acumulada anual média varia entre 1500 e 2250mm.
Atrações
A principal atração do parque é o famoso e impressionante Cânion do Itaimbezinho (do Tupi-Guarani Ita [pedra] e Aí'be [afiado]). Com uma extensão de 5,8 km, largura máxima de 600 m e altura máxima de cerca de 720 m, o desfiladeiro é percorrido pelo arroio Perdizes. No parque existem três trilhas abertas ao público. As trilhas do Vértice e do Cotovelo são, junto do Cânion do Itaimbezinho, as principais atrações do parque. A Trilha do Rio do Boi permite acessar o interior do cânion.
Visitação
O parque é aberto à visitação, com entrada permitida até às 17 horas e permanência até as 18 horas. Durante a vigência do horário de verão, a entrada e a permanência na área estratégica Fortaleza e nas trilhas Borda do Fortaleza, Mirante e Pedra do Segredo, são permitidas, respectivamente, até as 18 e até as 20 horas. A visibilidade dos cânions, no verão, principalmente no período vespertino, pode ser dificultada pelo fenômeno da viração.[3] É proibido pernoitar e/ou acampar no interior do parque. Uma taxa de visitação é cobrada de cada visitante.[8]
Galeria de Fotos
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Cânion do Itaimbezinho em um raro dia de céu azul
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Cachoeira Andorinhas (Cânion do Itaimbezinho)
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Cânion do Itaimbezinho
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Cânion do Itaimbezinho
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Mata nebular superior
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Bracatinga (Mimosa scabrella) no parque
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Cânion do Itaimbezinho
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Região alagada do parque em épocas chuvosas
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Cânion do Itaimbezinho
Ver também
- Ambientalismo no Rio Grande do Sul
- Lista de unidades de conservação com ocorrência do lobo-guará no Brasil
Referências
- ↑ a b c d «Parna de Aparados da Serra». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 24 de novembro de 2012
- ↑ a b «Programa de Turismo nos Parques» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2008. Consultado em 24 de novembro de 2012
- ↑ a b c d e Parque Nacional de Aparados da Serra. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente. Página visitada em 24 de dezembro de 2011.
- ↑ «Artigos 1º e 2º do Decreto Nº 47.446, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1959». Presidência da República - Casa Civil- Subchefia para Assuntos Jurídicos. 17 de dezembro de 1959. Consultado em 24 de novembro de 2012
- ↑ a b «DECRETO No 47.446, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1959». Presidência da República - Casa Civil- Subchefia para Assuntos Jurídicos. 17 de dezembro de 1959. Consultado em 24 de dezembro de 2011
- ↑ «DECRETO No 70.296, DE 17 DE MARÇO DE 1972». Presidência da República - Casa Civil- Subchefia para Assuntos Jurídicos. 17 de março de 1972. Consultado em 24 de dezembro de 2011
- ↑ «Turismo nos parques». Ministério do Turismo. 20 de maio de 2010. Consultado em 24 de dezembro de 2011
- ↑ a b «Parque Nacional de Aparados da Serra - Visitação». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 24 de dezembro de 2011
- ↑ «Lobo-guará - Chrysocyon brachyurus». Lista de espécies ameaçadas. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 29 de novembro de 2012