Palácio Nacional de Sintra: diferenças entre revisões

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Aspecto característico deste palácio, rapidamente identificado pelos turistas, é o par de altas [[chaminé]]s [[cone|cónicas]]. O [[alçado]] principal está organizado em três corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos. Existe ainda no piso térreo uma [[arcaria]] com quatro [[arco quebrado|arcos quebrados]], encimada por cinco [[janela]]s [[mainel]]adas e emoludramento [[calcário]]. As outras frentes do edifício apresentam um complexa articulação de corpos salientes e reentrantes, destacando-se o volume cúbico da '''Sala dos Brasões'''.
Aspeto característico deste palácio, rapidamente identificado pelos turistas, é o par de altas [[chaminé]]s [[cone|cónicas]]. O [[alçado]] principal está organizado em três corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos. Existe ainda no piso térreo uma [[arcaria]] com quatro [[arco quebrado|arcos quebrados]], encimada por cinco [[janela]]s [[mainel]]adas e emoludramento [[calcário]]. As outras frentes do edifício apresentam um complexa articulação de corpos salientes e reentrantes, destacando-se o volume cúbico da '''Sala dos Brasões'''.


Os compartimentos internos reflectem-se em núcleos organizados em torno de pátios. Destacam-se os seguintes: a '''Sala dos Archeiros''', a '''Sala Moura''' (ou dos Árabes), a '''Sala das Pegas''', a '''Sala dos Cisnes''' e a '''Sala dos Brasões''' — que ostenta a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] —, a '''Sala das Sereias''' e a '''Sala da Audiência'''.
Os compartimentos internos reflectem-se em núcleos organizados em torno de pátios. Destacam-se os seguintes: a '''Sala dos Archeiros''', a '''Sala Moura''' (ou dos Árabes), a '''Sala das Pegas''', a '''Sala dos Cisnes''' e a '''Sala dos Brasões''' — que ostenta a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] —, a '''Sala das Sereias''' e a '''Sala da Audiência'''.

Revisão das 14h15min de 11 de março de 2018

Palácio Nacional de Sintra
Palácio Nacional de Sintra
Tipo palácio, património cultural
Administração
Proprietário(a) Portugal
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 38° 47' 52" N 9° 23' 27" O
Mapa
Localidade São Martinho
Localização Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) - Portugal
Patrimônio Monumento Nacional
Palácio Nacional de Sintra: panorâmica a partir do Castelo de Sintra.
Palácio Nacional de Sintra: fachada.
Palácio de Sintra: vista para o Pátio Central com azulejos.
 Nota: Se procura outros significados, veja Palácio da Vila.

O Palácio Nacional de Sintra, também conhecido como Palácio da Vila, localiza-se na freguesia de São Martinho, na vila de Sintra, Distrito de Lisboa, em Portugal.

Foi um dos Palácios Reais e hoje é propriedade do Estado Português, que o utiliza para fins turísticos e culturais. De implantação urbana, a sua construção iniciou-se no século XIII, embora tenha sido aproveitada uma antiga construção da época muçulmana.

Apresenta características de arquitectura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitectura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias.

O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910. Em 2008 foi o palácio mais visitado de Portugal com 408 712 visitantes.[1]

História

Palácio de Sintra por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509).

Remonta a um primitivo palácio que terá sido doado pelo rei João I de Portugal ao conde de Seia, em 1383, voltando para a posse real pouco depois.

O palácio foi reedificado no século XV, a partir de 1489, quando lhe foi iniciada uma campanha de obras que visaram aligeirar a massa da construção e enriquecer a decoração interior, aplicando-se-lhe azulejos andaluzes.

Entre 1505 e 1520 ergueu-se a chamada ala manuelina e, em 1508, teve início a construção da Sala dos Brasões.

Durante o reinado de D. João III edificou-se o espaço entre as alas joanina e manuelina. No século XVII, sob a orientação do conde de Soure, procedeu-se a obras de alteração e ampliação e, entre 1683 e 1706, sob o reinado de D. Pedro II, renovaram-se as pinturas dos tectos de alguns compartimentos.

Em 1755 foram realizadas importantes obras de restauro, no seguimento dos danos causados pelo terramoto, e edificada a ala que vai do Jardim da Preta ao Pátio dos Tanquinhos.

Nova campanha de decoração foi levada a cabo em 1863.

Nos últimos anos do regime monárquico foi a residência de verão da rainha-mãe D. Maria Pia, a última habitante régia do Paço da Vila de Sintra. Aqui tiveram lugar várias recepções oferecidas pela rainha-mãe aos estadistas que visitavam o seu filho, como o Imperador Guilherme II da Alemanha ou o Presidente de França, Émile Loubet, entre outros.

O palácio encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Entre 1904 e 1958 foi servido pelo Elétrico de Sintra, que tinha a sua paragem terminal na praça fronteira à entrada principal.

Características

Sala dos Brasões no Palácio Nacional de Sintra, cuja cúpula ostenta as armas de D. Manuel I, de seus filhos e de setenta e duas das mais importantes famílias da Nobreza. O revestimento das paredes data do século XVIII, obra de grandes mestres da azulejaria lisboeta da altura.

De planta complexa, organiza-se em "V" e apresenta volumetria escalonada, constituída sobretudo por paralelepípedos, sendo a cobertura efectuada por múltiplos telhados diferenciados a quatro águas.

Aspeto característico deste palácio, rapidamente identificado pelos turistas, é o par de altas chaminés cónicas. O alçado principal está organizado em três corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos. Existe ainda no piso térreo uma arcaria com quatro arcos quebrados, encimada por cinco janelas maineladas e emoludramento calcário. As outras frentes do edifício apresentam um complexa articulação de corpos salientes e reentrantes, destacando-se o volume cúbico da Sala dos Brasões.

Os compartimentos internos reflectem-se em núcleos organizados em torno de pátios. Destacam-se os seguintes: a Sala dos Archeiros, a Sala Moura (ou dos Árabes), a Sala das Pegas, a Sala dos Cisnes e a Sala dos Brasões — que ostenta a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de D. Manuel I —, a Sala das Sereias e a Sala da Audiência.

A capela, de planta rectangular e nave única, tem os muros revestidos por pintura ornamental e tecto de madeira. Na cozinha, são visíveis arranques octogonais das monumentais chaminés. Alguns compartimentos da chamada ala manuelina ostentam emolduramentos de vãos e lareiras em calcário, caracterizadas por decoração em relevo.

Ver também

Referências

Ligações externas

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