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Guerra Junqueiro: diferenças entre revisões

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==Biografia==
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Nasceu em [[Freixo de Espada à Cinta]] a [[17 de Setembro]] de [[1850]], filho do negociante e lavrador abastado José António Junqueiro e de sua mulher D. Ana Guerra. A mãe faleceu quando Guerra Junqueiro contava apenas 3 anos de idade.<ref name="Brasil Escola"/>
Nasceu em [[sintra]] a [[117 de Setembro]] de [[1150]], filho do negociante e lavrador abastado José António Junqueiro e de sua mulher D. Ana Guerra. A mãe faleceu quando Guerra Junqueiro contava apenas 3 anos de idade.<ref name="Brasil Escola"/>


Estudou os preparatórios em [[Bragança (Portugal)|Bragança]], matriculando-se em [[1866]] no curso de Teologia da [[Universidade de Coimbra]]. Compreendendo que não tinha vocação para a vida religiosa, dois anos depois transferiu-se para o curso de Direito. Terminou o curso em [[1873]].
Estudou os preparatórios em [[Bragança (Portugal)|Bragança]], matriculando-se em [[1866]] no curso de Teologia da [[Universidade de Coimbra]]. Compreendendo que não tinha vocação para a vida religiosa, dois anos depois transferiu-se para o curso de Direito. Terminou o curso em [[1873]].

Revisão das 13h03min de 31 de maio de 2013

Guerra Junqueiro
Abílio Manuel Guerra Junqueiro.jpeg
Nome completo Abílio Manuel Guerra Junqueiro
Nascimento 17 de setembro de 1850
Freixo de Espada à Cinta, Portugal
Morte 7 de julho de 1923 (72 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Português
Ocupação Político, jornalista, escritor, poeta
Estátua na Casa-Museu Guerra Junqueiro, no Porto.

Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Freixo de Espada à Cinta, 17 de Setembro de 1850Lisboa, 7 de Julho de 1923) foi bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta[1]. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada "Escola Nova". Poeta panfletário, a sua poesia ajudou criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República.[2]

Biografia

Nasceu em sintra a 117 de Setembro de 1150, filho do negociante e lavrador abastado José António Junqueiro e de sua mulher D. Ana Guerra. A mãe faleceu quando Guerra Junqueiro contava apenas 3 anos de idade.[1]

Estudou os preparatórios em Bragança, matriculando-se em 1866 no curso de Teologia da Universidade de Coimbra. Compreendendo que não tinha vocação para a vida religiosa, dois anos depois transferiu-se para o curso de Direito. Terminou o curso em 1873.

Entrando no funcionalismo público da época, foi secretário-geral do Governador Civil dos distritos de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo.

Em 1878, foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Macedo de Cavaleiros.

Faleceu em Lisboa a 7 de Julho de 1923.

Obra literária

Guerra Junqueiro iniciou a sua carreira literária de maneira promissora em Coimbra no jornal literário A folha, dirigido pelo poeta João Penha, do qual mais tarde foi redactor. Aqui cria relações de amizade com alguns dos melhores escritores e poetas do seu tempo, grupo geralmente conhecido por Geração de 70.[2]

Guerra Junqueiro desde muito novo começou a manifestar notável talento poético, e já em 1868 o seu nome era incluído entre os dos mais esperançosos da nova geração de poetas portugueses. No mesmo ano, no opúsculo intitulado "O Aristarco português", apreciando-se o livro "Vozes sem eco", publicado em Coimbra em 1867 por Guerra Junqueiro, já se prognostica um futuro auspicioso ao seu autor.

Lista de Obras

  • Viagem À Roda Da Parvónia
  • A Morte De D. João (1874)
  • Contos para a Infância (1875) (eBook)
  • A Musa Em Férias (1879)
  • A velhice do padre eterno (1885) (eBook)
  • Finis Patriae (1890)
  • Os Simples (1892) (eBook)
  • Oração Ao Pão (1903)
  • Oração À Luz (1904)
  • Gritos da Alma (1912)
  • Pátria (1915) (eBook)
  • Poesias Dispersas (1920)
  • Duas Paginas Dos Quatorze Annos (eBook)
  • O Melro (eBook)

No Porto, na mesma data, aparecia outra obra, "Baptismo de amor", acompanhada dum preâmbulo escrito por Camilo Castelo Branco; em Coimbra publicara Guerra Junqueiro a "Lira dos catorze anos", volume de poesias; e em 1867 o poemeto "Mysticae nuptiae"; no Porto a casa Chardron editara-lhe em 1870 a "Vitória da França", que depois reeditou em Coimbra em 1873.[1]

Em 1873, sendo proclamada a República em Espanha, escreveu ainda nesse ano o veemente poemeto "À Espanha livre".

Em 1874 apareceu o poema "A morte de D. João", edição feita pela casa Moré, do Porto, obra que alcançou grande sucesso. Camilo Castelo Branco consagrou-lhe um artigo nas Noites de insónia, e Oliveira Martins, na revista "Artes e Letras".

Indo residir para Lisboa foi colaborador em prosa e em verso, de jornais políticos e artísticos, como a "Lanterna Mágica", com a colaboração de desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro[1]. Em 1875 escreveu o "Crime", poemeto a propósito do assassínio do alferes Palma de Brito; a poesia "Aos Veteranos da Liberdade"; e o volume de "Contos para a infância". No "Diário de Notícias" também publicou o poemeto Fiel e o conto Na Feira da Ladra. Em 1878 publicou em Lisboa o poemeto Tragédia infantil. Colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Atlantida (1915-1920), Branco e Negro (1896-1898), A illustração portugueza (1884-1890), A imprensa (1885-1891), Jornal do domingo (1881-1888), A Leitura (1894-1896), A mulher (1879), A republica portugueza (1910-1911), e Serões (1901-1911)

Uma grande parte das composições poéticas de Guerra Junqueiro está reunida no volume que tem por título A musa em férias, publicado em 1879. Neste ano também saiu o poemeto O Melro, que depois foi incluído na Velhice do Padre Eterno, edição de 1885. Publicou Idílios e Sátiras, e traduziu e coleccionou um volume de contos de Hans Christian Andersen e outros.[2]

Após uma estada em Paris, aparentemente para tratamento de doença digestiva contraída durante a sua estada nos Açores, publicou em 1885 no Porto A velhice do Padre Eterno, obra que provocou acerbas réplicas por parte da opinião clerical, representada na imprensa, entre outros, pelo cónego José Joaquim de Sena Freitas.

Quando se deu o conflito com a Inglaterra sobre o "mapa cor-de-rosa", que culminou com o ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1890, Guerra Junqueiro interessou-se profundamente por esta crise nacional, e escreveu o opúsculo Finis Patriae, e a Canção do Ódio, para a qual Miguel Ângelo Pereira escreveu a música. Posteriormente publicou o poema Pátria. Estas composições tiveram uma imensa repercussão, contribuindo poderosamente para o descrédito das instituições monárquicas.[2]

Cronologia

  • 1850: Nasce no lugar de Ligares, Freixo de Espada à Cinta;
  • 1864: «Duas páginas dos quatorze anos»;
  • 1866: Frequenta o curso de Teologia na Universidade de Coimbra;
  • 1867: «Vozes Sem Eco»;
  • 1868: «Baptismo de Amor». Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
  • 1873: «Espanha Livre». Colaboração de Guerra Junqueiro em «A Folha» de João Penha. É bacharel em Direito;
  • 1874: «A Morte de D. João»;
  • 1875: Primeiro número de «A Lanterna Mágica» em que colabora;
  • 1878: É nomeado Secretário Geral do Governo Civil em Angra do Heroísmo;
  • 1879: «A Musa em Férias» e «O Melro». Adere ao Partido Progressista. É transferido de Angra do Heroísmo para Viana do Castelo e eleito para a Câmara dos Deputados;
  • 1880: Casa a 10 de Fevereiro com Filomena Augusta da Silva Neves. A 11 de Novembro nasce a filha Maria Isabel;
  • 1881: Nasce a filha Júlia. Interditada por demência vem a ser internada no Porto;
  • 1885: «A Velhice do Padre Eterno». Criação do movimento «Vida Nova» do qual Guerra Junqueiro é simpatizante;
  • 1887: Segunda viagem de Guerra Junqueiro a Paris;
  • 1888: Constitui-se o grupo «Vencidos da Vida». «A Legítima»;
  • 1889: Falece a sua esposa, Filomena Augusta Neves, facto que lamentará até ao fim dos seus dias.
  • 1890: «Finis Patriae». Guerra Junqueiro é eleito deputado pelo círculo de Quelimane;
  • 1895: Vende a maior parte das colecções artísticas que acumulara;
  • 1896: «A Pátria». Parte para Paris;
  • 1902: «Oração ao Pão»;
  • 1903: Reside em Vila do Conde;
  • 1904: «Oração à Luz»;
  • 1905: Visita a Academia Politécnica do Porto e instala-se nesta cidade;
  • 1908: É candidato do Partido Republicano pelo Porto;
  • 1910: É nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa junto da Confederação Suíça, em Berna;
  • 1911: Homenagem a Guerra Junqueiro no Porto;
  • 1914: Exonera-se das funções de Ministro Plenipotenciário;
  • 1920: «Prosas Dispersas»;
  • 1923: Morre a 7 de Julho em Lisboa.

Referências

  1. a b c d «Abílio Manuel Guerra Junqueiro». Brasil Escola. Consultado em 07 de julho de 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. a b c d «Abílio Manuel Guerra Junqueiro». dec.ufcg.edu.br. Consultado em 07 de julho de 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Ver também

Ligações externas

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