Fundação Fernando Henrique Cardoso

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Fundação Fernando Henrique Cardoso
(Fundação FHC)
Fundação Fernando Henrique Cardoso
Logotipo da Fundação Fernando Henrique Cardoso
Tipo Fundação Privada
Fundação 22 de maio de 2004 (19 anos)
Estado legal Ativa
Propósito Preservar e disponibilizar os arquivos[1] e acervos de Ruth e Fernando Henrique Cardoso e produzir e disseminar conhecimento sobre os desafios do desenvolvimento e da democracia no Brasil, em sua relação com o mundo.[2]
Sede São Paulo (Cidade)
Línguas oficiais Português, Inglês e Espanhol
CEO Fernando Henrique Cardoso
Fundador(a) FHC
Sítio oficial http://www.fundacaofhc.org.br/
Um dos objetivos da entidade é guardar e dispor os acervos ao público como manda a Lei Brasileira dos Acervos Presidenciais

A Fundação Fernando Henrique Cardoso, anteriormente chamada de Instituto Fernando Henrique Cardoso, é uma fundação brasileira com objetivo histórico de preservar documentação relativa ao Governo Fernando Henrique Cardoso. Foi inaugurada em 2004. Nos últimos anos, tem aparecido sistematicamente na lista dos mais destacados Think Tanks do Brasil, da América do Sul e do mundo, segundo o ranking do programa de avaliação de Think Tanks da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.[3]

A Fundação FHC ocupa a sede do antigo Automóvel Clube de São Paulo, no tradicional edifício CBI Esplanada, projetado pelo arquiteto polonês, Lucjan Korngold,[4] no Vale do Anhangabaú, na Zona Central de São Paulo.

Objetivos[editar | editar código-fonte]

Documento papal conferido a FHC, uma das peças do acervo da instituição.

Sem fins lucrativos e declaradamente apartidária, a organização tem um duplo propósito:

  • preservar e disponibilizar, nos termos da Lei Brasileira dos Acervos Presidenciais, os arquivos e acervos de Ruth e Fernando Henrique Cardoso, contribuindo, assim, para a documentação de parte da história da vida política e intelectual brasileira
  • produzir e disseminar conhecimento sobre os desafios do desenvolvimento e da democracia no Brasil, em sua relação com o mundo.

Para tanto, realiza exposições, eventos educativos, debates interdisciplinares, estudos e produz publicações.

Entre os palestrantes, estão:

A instituição já publicou mais de 30 livros e de 50 documentos,[5] entre artigos acadêmicos e estudos.

Organização[editar | editar código-fonte]

As atividades da Fundação FHC contam com a participação de alunos de ensino médio, de graduação e pós-graduação; de professores e pesquisadores; de intelectuais e formadores de opinião; empresários, membros de governos, políticos e líderes da sociedade civil.

Administrativamente, a Fundação FHC compreende:

  1. um conselho curador, que determina suas linhas de atuação
  2. um conselho fiscal, que supervisiona a gestão dos recursos econômicos
  3. uma diretoria, responsável por supervisionar suas atividades diárias
  4. uma equipe executiva.

O custeio de suas atividades e das despesas correntes da Fundação se dá por meio dos rendimentos financeiros do fundo de dotação ou de doações e patrocínios feitos por instituições privadas e, no caso da documentação dos arquivos de Ruth e Fernando Henrique Cardoso, de captação de recursos federais através da Lei Rouanet[carece de fontes?].

Histórico[editar | editar código-fonte]

A organização foi lançada em novembro de 2002, ao fim do governo presidencial de Fernando Henrique, em jantar no Palácio da Alvorada.[6][7] Na ocasião, foram arrecadados com empresários um total de 7 milhões de reais.[6] Oficialmente, o Instituto Fernando Henrique Cardoso foi fundado em 2004.

Inicialmente, constituiu-se como sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos. Em 2010, tornou-se uma Fundação. Com isso, passou à supervisão da Curadoria de Fundações do Ministério Público. Desde sua inauguração, a Fundação FHC já realizou mais de 200 seminários. As gravações da maioria deles encontram-se disponíveis no site da instituição.

Em 2007, a Fundação FHC inaugurou o programa Diálogos com um Presidente,[8] no qual alunos do segundo e do terceiro anos do ensino médio de escolas públicas e privadas – selecionadas de acordo com sua classificação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – visitam as instalações da Fundação e participam de uma conversa com Fernando Henrique Cardoso. No mesmo ano, foi lançado o projeto Plataforma Democrática,[9] cujo objetivo é fortalecer uma cultura democrática na América Latina e a capacidade de compreensão dos fenômenos políticos atuais no subcontinente.

No biênio 2008-2009, destacaram-se a ampliação do projeto Plataforma Democrática e o lançamento do programa História Oral,[10] que visa a registrar, em depoimentos, a experiência de pessoas que desempenharam funções importantes nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso ou estiveram associadas à sua trajetória intelectual.

Em 2010, a instituição inaugurou a exposição Um plano real: a história da estabilização do Brasil a qual – tendo como fio condutor os sucessivos planos contra a inflação até a criação do real, reconstitui a história econômica e política recente do país, desde o movimento das Diretas Já até o final do último mandato de Fernando Henrique Cardoso.

Além disso, A Fundação FHC organizou, com o apoio do Instituto Sergio Motta, um novo banco de documentos sobre o processo de privatização das telecomunicações.[11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. LEI No 8.394, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991. Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República e dá outras providências. Palácio do Planalto. Acesso em 26 de maio de 2017.
  2. Missão. [1]. Fundação FHC.
  3. 2011 Global Go To Think Tanks Index Report. "Top Thirty Think Tanks in Central and South America", p. 45. Por James G. McGann. University of Pennsylvania, 12 de janeiro de 2011.
  4. [Prédios de São Paulo: C.B.I. Esplanada]. Estadão, São Paulo, 2014.
  5. Apresentação Site da Fundação FHC
  6. a b Jornal do Brasil (12 de junho de 2015). «Com valor corrigido, doações a Instituto FHC chegam a R$ 16,3 milhões». Consultado em 15 de setembro de 2016 
  7. Folha/Uol. «FHC pede a empresários ajuda para ONG». Consultado em 15 de setembro de 2016 
  8. Diálogos com um Presidente Site da Fundação FHC
  9. Plataforma Democrática Site da Fundação FHC
  10. História Oral Site da Fundação FHC
  11. Memória das Telecomunicações:1995-1998 Arquivado em 27 de novembro de 2012, no Wayback Machine. Site da Fundação FHC
  12. A INSTITUIÇÃO[ligação inativa]. www.mrpitamarfranco.com.br. Acesso em 13 de abril de 2017.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]