Prêmio Nobel da Paz: diferenças entre revisões
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De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz". |
De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz". |
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Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica. É, portanto, um prémio Nobel com características próprias. |
Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica. É, portanto, um prémio Nobel com características próprias. No entanto, tem sido criticado por adquerir feições de "arma política". |
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==2011== |
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Revisão das 22h56min de 4 de abril de 2011
Nobel da Paz | |
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Descrição | Pessoas que contribuíram com a manutenção na Paz no mundo. |
Local | Oslo |
País | Noruega |
Primeira cerimónia | 1901 |
Última cerimónia | 2010 |
Detentor atual | Liu Xiaobo |
Apresentação | Comité Nobel norueguês |
O Nobel da Paz é um dos cinco Prémios Nobel, legado pelo inventor da dinamite, o sueco Alfred Nobel. Os prémios de Física, Química, Fisiologia/Medicina e Literatura são entregues anualmente em Estocolmo, sendo o Nobel da Paz atribuído em Oslo. O Comité Nobel norueguês, cujos membros são nomeados pelo Parlamento norueguês, tem a função de escolher o laureado pelo prémio, que é entregue pelo seu presidente actualmente o ex-primeiro-ministro, ex-ministro dos negócios estrangeiros, ex-presidente do Stortinget (parlamento) e actual Secretário-Geral do Conselho da Europa Sr. Thorbjørn Jagland.
Actualmente há um sexto prémio: o Nobel da Economia também atribuído pela Academia Real das Ciências Sueca. Este prémio instituído em 1968, comemorando o 3º centenário do Banco Central da Suécia (Sveriges Riksbank) é oficialmente designado “Pris i ekonomisk vetenskap till Alfred Nobels Minne (Prémio em ciência económica à memória de Alfred Nobel).
Na altura da morte de Alfred Nobel, a Suécia e a Noruega estavam em União desde 14 de janeiro de 1814, pela qual o parlamento sueco ficava responsável pela política internacional, estando o Stortinget (Parlamento norueguês) apenas encarregado da política interna norueguesa. (A União desfez-se de uma forma pacífica a 13 de Agosto de 1905). Alfred Nobel decidiu, assim, que fosse a Noruega a decidir o laureado pelo Nobel da Paz, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel.
De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".
Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica. É, portanto, um prémio Nobel com características próprias. No entanto, tem sido criticado por adquerir feições de "arma política".
2011
Em 2011 há 241 candidatos ao Nobel da Paz, um número recorde na história do galardão centenário.
Dos indicados, 188 correspondem a pessoas individuais e 53 a colectivos ou organizações.
Laureados
Segue-se a lista dos laureados com o Nobel da Paz:
1901 — 1925
1926 — 1950
1951 — 1975
Ano | Nº | Imagem | Laureado | Nacionalidade | Função |
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1951 | 50 | Léon Jouhaux | França | Presidente do Comité Internacional do Conselho Europeu, vice-presidente da Confederação Internacional de Sindicatos Livres, vice-presidente da Federação Mundial de Sindicatos, membro do conselho da Organização Internacional do Trabalho, delegado junto das Nações Unidas | |
1952 | 51 | Albert Schweitzer | Por fundar o Hospital de Lambaréne no Gabão | ||
1953 | 52 | George Marshall | Estados Unidos | Pelo Plano Marshall | |
1954 | 53 | Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados | Suíça | ||
1955 | Não atribuído | ||||
1956 | |||||
1957 | 54 | Lester Bowles Pearson | Canadá | Presidente da 7ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, por iniciar os esforços pela pacificação da Crise do Suez | |
1958 | 55 | Dominique Pire | Bélgica | Líder da Europa do Coração, uma organização de relevo de ajuda a refugiados | |
1959 | 56 | Philip Noel-Baker | Reino Unido | Pelo empenho de toda uma vida na paz e cooperação internacional | |
1960 | 57 | Albert Lutuli | África do Sul | Presidente do ANC (Congresso Nacional Africano) | |
1961 | 58 | Ficheiro:Dag Hammarskjold.jpg | Dag Hammarskjöld | Suécia | Secretário-geral das Nações Unidas (Hammarskjöld já era candidato ao Nobel da Paz quando morreu e foi premiado a título póstumo. Após a atribuição deste prémio houve alteração das regras de atribuição no sentido de posteriormente não permitir atribuições do Nobel a título póstumo) |
1962 | 59 | Linus Pauling | Estados Unidos | Pela sua campanha contra os testes de armamento nuclear | |
1963 | 60 | Comitê Internacional da Cruz Vermelha | Suíça | ||
61 | Liga Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha | ||||
1964 | 62 | Martin Luther King Jr. | Estados Unidos | Activista dos direitos humanos | |
1965 | 63 | Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) | Estados Unidos | ||
1966 | Não atribuído | ||||
1967 | |||||
1968 | 64 | René Cassin | França | Presidente do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos | |
1969 | 65 | Organização Internacional do Trabalho | Suíça | ||
1970 | 66 | Norman Borlaug | Estados Unidos | Pela suas pesquisas no Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo | |
1971 | 67 | Willy Brandt | Alemanha | Por colocar em prática a Ostpolitik, na República Federal da Alemanha, que estabeleceu uma nova atitude em relação aos países de leste e, em especial, à República Democrática Alemã | |
1972 | Não atribuído | ||||
1973 | 68 | Henry Kissinger | Estados Unidos | Pelo acordo de paz no Vietname | |
69 | Lê Đức Thọ (recusou o prémio) | Vietname | |||
1974 | 70 | Seán MacBride | Irlanda | Presidente do Comité Executivo Internacional da Amnistia Internacional e da Comissão das Nações Unidas para a Namíbia | |
71 | Eisaku Sato | Japão | |||
1975 | 72 | Andrei Sakharov | União Soviética | Pela sua campanha em favor dos Direitos Humanos |
1976 — 2000
Ano | Nº | Imagem | Laureado | Nacionalidade | Função |
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1976 | 73 | Betty Williams | Reino Unido | Fundadoras do Movimento das Mulheres para a Paz na Irlanda do Norte, mais tarde chamado de Peace People (Gente de Paz) | |
74 | Mairead Corrigan | ||||
1977 | 75 | Ficheiro:Amnesty International (logo).jpg | Anistia Internacional | Pela sua campanha contra a tortura | |
1978 | 76 | Anwar Al Sadat | Egito | Por negociarem a paz entre Egipto e Israel | |
77 | Menachem Begin | Israel | |||
1979 | 78 | Madre Teresa de Calcutá | Albânia | Pela luta contra a pobreza na Índia | |
1980 | 79 | Adolfo Pérez Esquivel | Argentina | Activista dos direitos humanos | |
1981 | 80 | Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados | Suíça | ||
1982 | 81 | Alva Reimer Myrdal | Suécia | Delegados na Assembléia Geral de Desarmamento, das Nações Unidas | |
82 | Alfonso García Robles | México | |||
1983 | 83 | Lech Wałęsa | Polónia | Fundador do Solidarność, activista dos direitos humanos e primeiro presidente da Polónia, após a queda do Comunismo | |
1984 | 84 | Desmond Tutu | África do Sul | Pelo seu trabalho contra o apartheid | |
1985 | 85 | Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear | Estados Unidos | ||
1986 | 86 | Elie Wiesel | Escritor, sobrevivente do Holocausto | ||
1987 | 87 | Óscar Arias | Costa Rica | Por iniciar processos de paz na América Central | |
1988 | 88 | Forças de manutenção da paz das Nações Unidas | Estados Unidos | Pelos seus esforços a serviço da preservação da paz | |
1989 | 89 | Ficheiro:Tenzin Gyatzo foto 1.jpg | Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama | Tibete | |
1990 | 90 | Mikhail Gorbachev | União Soviética | Pela sua contribuição para o fim da Guerra Fria | |
1991 | 91 | Ficheiro:Burma 3 150.jpg | Aung San Suu Kyi | Myanmar | Líder da oposição, activista dos direitos humanos |
1992 | 92 | Rigoberta Menchú Tum | Guatemala | Pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas | |
1993 | 93 | Nelson Mandela | África do Sul | Por seu trabalho pelo fim pacífico do regime do apartheid e por estabelecer os princípios para uma nova África do Sul democrática | |
94 | Frederik Willem de Klerk | ||||
1994 | 95 | Yasser Arafat | Palestina | Por concluírem os Acordos de Paz de Oslo | |
96 | Shimon Peres | Israel | |||
97 | Yitzhak Rabin | ||||
1995 | 98 | Joseph Rotblat | Polónia/ Reino Unido | Pelos seus esforços contra o armamento nuclear | |
99 | Conferências Pugwash sobre Ciência e Negócios Mundiais | Canadá | |||
1996 | 100 | Carlos Filipe Ximenes Belo | Timor-Leste | Pelo seu trabalho conducente a uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste | |
101 | José Ramos-Horta | ||||
1997 | 102 | Campanha Internacional para a Eliminação de Minas | Estados Unidos | Pelo seu trabalho pela proibição do uso de minas antipessoais e sua remoção | |
103 | Jody Williams | ||||
1998 | 104 | John Hume | Reino Unido | Pelos seus esforços no sentido de uma solução pacífica para o Conflito na Irlanda do Norte | |
105 | David Trimble | ||||
1999 | 106 | Médicos sem Fronteiras | França | Reconhecimento de seu pioneiro trabalho humanitário em diversos continentes | |
2000 | 107 | Kim Dae-Jung | Coreia do Sul | Pelo seu trabalho pela democracia e direitos humanos, em especial pela paz e reconciliação com a Coreia do Norte |
2001 — 2010
Ano | N.º | Imagem | Laureado | Nacionalidade | Função |
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2001 | 108 | Organização das Nações Unidas | Estados Unidos | Pela dedicação a um mundo melhor organizado e mais pacífico | |
109 | Kofi Annan | Gana | |||
2002 | 110 | Jimmy Carter | Estados Unidos | Por décadas de esforços incansáveis para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, em prol da democracia e direitos humanos, e pela promoção do desenvolvimento económico e social | |
2003 | 111 | Shirin Ebadi | Irão | Activista dos direitos humanos iraniana, defensora da implantação da democracia no seu país | |
2004 | 112 | Wangari Maathai | Quênia | Ambientalista e activista dos direitos humanos queniana | |
2005 | 113 | Agência Internacional de Energia Atómica | Áustria | Pelos seus esforços em combater o uso militar da energia nuclear e assegurar que sua utilização com fins pacíficos seja a mais segura possível | |
114 | Mohamed ElBaradei | Egito | |||
2006 | 115 | Muhammad Yunus | Bangladesh | Por seus esforços em promover o desenvolvimento econômico e social das classes desfavorecidas | |
116 | Grameen Bank | ||||
2007 | 117 | Al Gore | Estados Unidos | Por seus esforços na obtenção e disseminação de importantes conclusões sobre as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos, e por estabelecerem procedimentos necessários para reagir sobre tais mudanças | |
118 | Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas | Suíça | |||
2008 | 119 | Martti Ahtisaari | Finlândia | Por sua fundamental contribuição para a solução de conflitos internacionais em diversos continentes, durante mais de três décadas | |
2009 | 120 | Barack Obama | Estados Unidos | Pelas ideias de "boas intenções" para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos.[1] | |
2010 | 121 | Ficheiro:VOA CHINESE liuxiaobo.jpg | Liu Xiaobo | China | "Pela sua longa e não-violenta luta pelos direitos humanos fundamentais na China".[2] |
Ver também
Referências
- ↑ público.pt. «Nobel da Paz para Barack Obama». Consultado em 9 de outubro de 2009
- ↑ nobelprize.org. «The Nobel Peace Prize 2010». Consultado em 8 de outubro de 2010