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Santa Rita Durão: diferenças entre revisões

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Quase a única obra restante escrita por Durão é seu poema épico de dez cantos, ''Caramuru'', o qual é extremamente preso ao modelo de [[Camões]]. Formado por oitavas rimadas e incluindo informação erudita sobre a flora e a fauna brasileiras e os Índios do país, ''Caramuru'' é um tributo à sua terra natal. Segundo a tradição, a reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.
Quase a única obra restante escrita por Durão é seu poema épico de dez cantos, ''Caramuru'', o qual é extremamente preso ao modelo de [[Camões]]. Formado por oitavas rimadas e incluindo informação erudita sobre a flora e a fauna brasileiras e os Índios do país, ''Caramuru'' é um tributo à sua terra natal. Segundo a tradição, a reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.


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==Lista de obras==
* ''Pro anmia studiorum instauratione oratio'' (1778)
* ''[[Caramuru (livro)|Caramuru]]'' (1781)


==Referências==
==Referências==

Revisão das 21h40min de 7 de novembro de 2011

Frei José de Santa Rita Durão (Cata Preta, 1722 — Lisboa, 1784) foi um religioso agostiniano brasileiro[1][2] do período colonial, orador e poeta. É também considerado um dos precursores do indianismo no Brasil. Seu poema épico Caramuru é a primeira obra narrativa escrita a ter, como tema, o habitante nativo do Brasil; foi escrita ao estilo de Luís de Camões, imitando um poeta clássico assim como faziam os outros neoclássicos (árcades).

Vida

Estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro até os dez anos, partindo no ano seguinte para a Europa, onde se tornaria padre agostiniano. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra e, em seguida, lá ocupou uma cátedra de Teologia.

Durante o governo de Pombal, foi perseguido e abandonou Portugal. Trabalhou em Roma como bibliotecário durante mais de vinte anos até a queda de seu grande inimigo, retornando então ao país luso. Esteve ainda na Espanha e na França. Voltando a Portugal com a "viradeira" (queda de Pombal e restauração da cultura passadista), a sua principal atividade passou a ser a redação de Caramuru, publicado em 1781. Morreu em Portugal em 24 de janeiro de 1784.

Obra

Quase a única obra restante escrita por Durão é seu poema épico de dez cantos, Caramuru, o qual é extremamente preso ao modelo de Camões. Formado por oitavas rimadas e incluindo informação erudita sobre a flora e a fauna brasileiras e os Índios do país, Caramuru é um tributo à sua terra natal. Segundo a tradição, a reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.

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Referências

  1. O termo brasileiro muito antes da independência já era o adjetivo pátrio dos naturais do "Estado do Brasil". Veja por exemplo carta régia dada em Lisboa aos 20 de outubro de 1798 que cria a Vila do Paracatu do Príncipe, ali se lê: ...em diante se denomina Villa de Paracatu do Principe; e que tenha e goze de todos os privilegios, Liberdades, franquezas, honras e isençoens de que gozão as outras Villas do mesmo Estado do Brasil... (Revista do Arquivo Público de Minas Gerais - ano I, fasc. II. Imprensa Oficial de Minas Gerais; Ouro Preto; 1896 - pg. 349.)
  2. Rapidamente, na colônia, o comércio do pau-brasil foi abandonado e substituído pela produção de cana-de-açúcar - surgiu o ciclo da cana-de-açúcar; que foi o que atraiu os neerlandeses com a sua Companhia das Índias Ocidentais e Maurício de Nassau (1580). No século XVII, já não se falava mais em comércio de pau-brasil mas em ouro e diamantes. Portanto, no século XVII, o comércio de pau-brasil já era praticamente inexistente. Por isto, o termo perdeu a conotação de profissão. Veja ainda sobre o assunto: Viagem pela História do Brasil; Jorge Caldeira; Cia. das Letras; São Paulo; 1997 - pg.34