Wikipédia:Não chame o colega de vândalo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nem todos estão tentando destruir o artigo.
Vandalismo (s.) – destruição intencional de bens e propriedades alheios; defraudação.

O termo abrange jovens que quebram a janela de um edifício durante um protesto, mas não alguém que destrói uma casa para construir uma rodovia, independente de quão ruim é a ideia de construir a rodovia. Este mesmo conceito existe na Wikipédia: vandalismo é o ato de um editor que tenta comprometer a integridade do projeto só por diversão. Não é vândalo um editor que, por falta de orientação ou de conhecimento, altera uma página tentando genuinamente melhorá-la. Se você chama isto de "vandalismo", então é você que está mal orientado.

Uma lição bem objetiva[editar código-fonte]

Um dia, o Joãozinho estava no carro voltando do jardim da infância quando viu um homem pichando uma obscenidade numa placa de trânsito. Quando ele alertou sua mãe, ela ralhou: "Eu não suporto gente que faz isso. A polícia devia acabar logo com esses 'vândalos'!" O Joãozinho não entendeu a palavra "vândalo", mas estava determinado a fazê-lo. Na mesma noite, durante o jantar, começou uma discussão sobre política. A mãe, que defendia fortemente uma posição, novamente ralhou: "Eu não suporto políticos. Eles estão arruinando nosso país!". Imediatamente o Joãozinho pensou: "os políticos devem ser vândalos também! Afinal, ambos estão arruinando alguma coisa!"

É claro que o raciocínio do Joãozinho está incorreto. Em filosofia, este fenômeno é chamado de falácia do termo médio não distribuído. Na realidade, os políticos não estão "vandalizando" com suas leis e políticas, mesmo que a mãe de Joãozinho ache que eles estão atuando na direção errada ou no tema errado.

Na Wikipédia[editar código-fonte]

Infelizmente, editores frequentemente acusam de "vandalismo" quem fizer edições que eles não gostam, incluindo edições de boa-fé ou tendenciosas. Porém, nem edições de boa-fé e nem edições tendenciosas são vandalismo e somente o fato de alguém não concordar com você não implica que a pessoa esteja agindo de má-fé. É bastante frequente que novatos ou editores eventuais simplesmente desconheçam a diferença, mas para um editor experiente chamar incorretamente outro de "vândalo" diz mais sobre o acusador do que sobre o acusado. Eis uma lista curta:

  1. O acusador sente a necessidade de "punir" o adversário com ad hominems sendo mal-educado, seja por ter um temperamento explosivo ou por não entender que falta de educação não ajuda em nada a defender suas posições.
  2. O acusador está tentando introduzir um "nariz de palhaço" por que está preocupado que uma discussão legítima poderá terminar mal para o seu lado.
  3. O acusador não compreende a diferença entre edições de boa-fé e uma destruição propositada numa página.

Invariavelmente estes problemas revelam aspectos do comportamento frequente dos acusadores: eles desconsideram o argumento contrário ao seu, eles realizam guerras de edição excessivamente e geralmente são "densos" (em inglês).

Em resumo, se você está numa disputa editorial, não chame o colega de vândalo, pois é você que vai parecer estúpido.