Sarampo: diferenças entre revisões

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<!-- Definição e sintomas -->
'''Sarampo''' é o nome de uma [[doença]] [[vírus|viral]] e uma [[infecção]] do [[sistema respiratório]] causada por um [[paramixovírus]] do gênero ''[[Morbillivirus]]''. É altamente contagiosa e afeta principalmente [[criança]]s. É transmitida através de [[saliva|gotículas]] expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas. Os sintomas iniciais, que geralmente aparecem 8-12 dias após a infecção, incluem [[febre]] alta, [[coriza]], olhos vermelhos, e pequenas [[Mácula|manchas]] brancas na parte interna da boca. Vários dias depois, uma erupção se desenvolve, geralmente começando no pescoço e na face e gradualmente se espalhando pelo corpo.<ref name=OMS>[http://www.who.int/topics/measles/en/ Site da OMS]</ref>
'''Sarampo''' é uma doença altamente [[Infeção|contagiosa]] causada pelo [[vírus do sarampo]].<ref name=MM2014>{{cite web|title=Measles|work=Merck Manual Professional|publisher=Merck Sharp & Dohme Corp.|date=September 2013|accessdate=23 March 2014|url=http://www.merckmanuals.com/professional/pediatrics/miscellaneous_viral_infections_in_infants_and_children/measles.html|editor=Caserta, MT}}</ref><ref>{{cite web|title=Measles (Red Measles, Rubeola)|url=http://www.health.gov.sk.ca/red-measles|website=Dept of Health, Saskatchewan|accessdate=10 February 2015}}</ref> Os sinais e sintomas iniciais geralmente incluem [[febre]], muitas vezes superior a 40 ºC, [[tosse]], [[Rinite|corrimento nasal]] e [[Conjuntivite|olhos inflamados]].<ref name=MM2014/><ref name=CDC2014SS/> Dois ou três dias depois do início dos sintomas formam-se no interior da boca pequenos pontos brancos, denominados [[sinais de Koplik]]. Entre três a cinco dias depois do início dos sintomas aparece uma mancha vermelha e plana que geralmente tem início na face e daí se espalha para o resto do corpo.<ref name=CDC2014SS>{{cite web|title=Measles (Rubeola) Signs and Symptoms|url=http://www.cdc.gov/measles/about/signs-symptoms.html|website=cdc.gov|accessdate=5 February 2015|date=November 3, 2014}}</ref> Os sintomas manifestam-se entre dez a doze dias depois do contágio e duram entre sete a dez dias.<ref name=WHO2014/><ref name=Conn2014>{{cite book|title=Conn's Current Therapy 2015: Expert Consult - Online|date=2014|publisher=Elsevier Health Sciences|isbn=9780323319560|page=153|url=https://books.google.ca/books?id=Hv8fBQAAQBAJ&pg=PT189}}</ref> Em cerca de 30% dos casos ocorrem complicações, as quais podem incluir, entre outras, [[diarreia]], [[cegueira]], [[Encefalite|inflamação do cérebro]] e [[pneumonia]].<ref name=WHO2014/><ref name=CDC2012Pink/> A [[rubéola]] e a [[roséola]] são doenças diferentes.<ref>{{cite book|last1=Marx|first1=John A.|title=Rosen's emergency medicine : concepts and clinical practice|date=2010|publisher=Mosby/Elsevier|location=Philadelphia|isbn=9780323054720|pages=1541|edition=7th|url=https://books.google.ca/books?id=u7TNcpCeqx8C&pg=PA1541}}</ref>


<!-- Causa e diagnóstico -->
A maioria das pessoas se recuperam mesmo sem tratamento dentro de 2-3 semanas. Contudo, principalmente em crianças [[desnutrição|desnutridas]] e pessoas com [[imunidade]] reduzida, o sarampo pode causar complicações sérias, incluindo [[dor de cabeça]], [[cegueira]], [[diarreia]] grave, [[otite|infecção do ouvido]] e [[pneumonia]]. O sarampo pode ser prevenido através da [[vacina]]ção (com a vacina tetraviral e a vacina tríplice viral)<ref name=OMS />. O sarampo, embora seja uma doença viral, pode apresentar diversas complicações bacterianas, além dos riscos de uma mãe passar para o filho durante a gestação, fazendo assim que o feto se desenvolva já com problemas no crescimento e ainda depois no nascimento.
O sarampo transmite-se facilmente por via aérea através da [[tosse]] e [[espirro]]s de uma pessoa infetada. Pode também ser transmitida através do contacto com a [[saliva]] ou secreções nasais.<ref name=WHO2014/> Nove em cada dez pessoas que não são estão imunizadas e partilham um espaço com uma pessoa infetada contraem a doença. As pessoas infetadas podem infetar outras pessoas desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da mancha vermelha.<ref name=CDC2012Pink>{{cite book|last1=Atkinson|first1=William|title=Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases|date=2011|publisher=Public Health Foundation|isbn=9780983263135|pages=301–323|edition=12|url=http://www.cdc.gov/vaccines/pubs/pinkbook/meas.html|accessdate=5 February 2015}}</ref> As pessoas geralmente só contraem a doença uma única vez na vida.<ref name=WHO2014/> A confirmação do vírus em casos suspeitos através de exames é importante para a saúde pública.<ref name=CDC2012Pink/>


<!-- Prevenção e tratamento -->
== Causa ==
A [[vacina contra o sarampo]] é eficaz na prevenção da doença. Atualmente, cerca de 85% das crianças em todo o mundo são vacinadas. A [[vacinação]] diminuiu em 75% o número de mortes por sarampo entre 2000 e 2013.<ref name=WHO2014/> Não existe tratamento específico. Os cuidados de apoio podem melhorar o prognóstico.<ref name=WHO2014/> Entre estes cuidados estão a administração de [[Terapia de reidratação oral|solução de reidratação oral]] (líquidos ligeiramente adocicados e salgados), ingestão de alimentos saudáveis e medicamentos para controlar a febre.<ref name=WHO2014/><ref name=Conn2014/> No caso de ocorrer uma infeção bacteriana secundária, como a pneumonia, podem ser administrados [[antibiótico]]s. Em países desenvolvidos, recomenda-se também a suplementação com [[vitamina A]].<ref name=WHO2014>{{cite web|title=Measles Fact sheet N°286|url=http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs286/en/|website=who.int|accessdate=4 February 2015|date=November 2014}}</ref>
=== Vírus do sarampo ===
[[Imagem:Measles virus.JPG|thumb|Em 2008, ocorreram 164 000 mortes por sarampo no mundo, cerca de 450 mortes por dia ou 18 mortes a cada hora.<ref name=OMS />]]
[[Ficheiro:Morbillo.jpg|direita|thumb|Célula gigante sincicial resultante da fusão de células infectadas pelo vírus do Sarampo.]]
{{Artigo principal|[[Vírus do Sarampo]]}}
* Grupo: Grupo V ((-)ssRNA) [ou ARNcs(-)]
* Ordem: Mononegavirales
* Família: Paramyxoviridae
* Gênero: Morbillivirus
* Espécie: Vírus Paramyxoviridae


<!-- Epidemiologia e prognóstico-->
O vírus do sarampo é um vírus com [[genoma]] de [[ARN]] simples de sentido negativo (a sua cópia é que é [[DNA|ADN]] e serve para síntese proteica). É um vírus envelopado (com membrana lipídica externa) pleomórfico com cerca de 150-300 nanômetros.
O sarampo afeta anualmente cerca de 20 milhões de pessoas,<ref name=MM2014/> a maioria das quais nas regiões em desenvolvimento de África e da Ásia.<ref name=WHO2014/> É a doença que mais mortes causa entre as doenças evitáveis por vacina.<ref name=Kabra2013>{{cite journal|last1=Kabra|first1=SK|last2=Lodhra|first2=R|title=Antibiotics for preventing complications in children with measles|journal=Cochrane Database of Systematic Reviews|volume=8|issue=|pages=CD001477|date=14 August 2013|pmid=23943263|doi=10.1002/14651858.CD001477.pub4}}</ref> Em 2013 causou a morte a {{formatnum:96000}} pessoas, uma diminuição em relação às {{formatnum:545000}} em 1990.<ref name=GDB2013>{{cite journal|last1=GBD 2013 Mortality and Causes of Death|first1=Collaborators|title=Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.|journal=Lancet|date=17 December 2014|pmid=25530442|doi=10.1016/S0140-6736(14)61682-2|pmc=4340604|volume=385|pages=117–171}}</ref> Estima-se que em 1980 a doença tenha causado 2,6 milhões de mortes.<ref name=WHO2014/> A maior parte das mortes ocorre em crianças com menos de cinco anos de idade.<ref name=WHO2014/> O risco de morte entre os infetados é de cerca de 0,2%,<ref name=CDC2012Pink/> mas pode ascender aos 10% em pessoas [[Má-nutrição|mal nutridas]]. Acredita-se que não infete outros animais.<ref name=WHO2014/>

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Induz a fusão de células infectadas formando células gigantes, o que facilita a sua circulação e multiplicação sem ser reconhecido e inativado por [[anticorpo]]s circulantes, e é resistente ao [[complemento]]. Ele infecta as células fundindo a sua membrana (envelope) com a da célula após acoplagem da sua proteína envelopar, ocorrendo a fusão a receptor específico. Reproduz-se no [[citoplasma]] da célula. A sua multiplicação destrói as células exceto nos [[neurônio]]s. Os [[eritema]]s cutâneos são causados mais pela acção do [[sistema imunitário]] contra o vírus que por ele próprio. A resolução da doença dá imunidade para toda a vida.


== Sinais e sintomas ==
== Sinais e sintomas ==

'''Período Prodrômico''': corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas com base no qual o diagnóstico pode ser estabelecido, alguns dos sintomas possíveis são<ref name=sintomas>[http://sintomas.com.es/sarampion Sintomas]</ref>:
'''Período Prodrômico''': corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas com base no qual o diagnóstico pode ser estabelecido, alguns dos sintomas possíveis são<ref name=sintomas>[http://sintomas.com.es/sarampion Sintomas]</ref>:
*[[Coriza]],
*[[Coriza]],
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*raramente pode evoluir para a [[panencefalite esclerosante subaguda]]
*raramente pode evoluir para a [[panencefalite esclerosante subaguda]]


== Transmissão ==
== Causa ==
=== Vírus do sarampo ===
[[Imagem:Measles virus.JPG|thumb|Em 2008, ocorreram 164 000 mortes por sarampo no mundo, cerca de 450 mortes por dia ou 18 mortes a cada hora.<ref name=OMS>[http://www.who.int/topics/measles/en/ Site da OMS]</ref>]]
[[Ficheiro:Morbillo.jpg|direita|thumb|Célula gigante sincicial resultante da fusão de células infectadas pelo vírus do Sarampo.]]
{{Artigo principal|[[Vírus do Sarampo]]}}
* Grupo: Grupo V ((-)ssRNA) [ou ARNcs(-)]
* Ordem: Mononegavirales
* Família: Paramyxoviridae
* Gênero: Morbillivirus
* Espécie: Vírus Paramyxoviridae

O vírus do sarampo é um vírus com [[genoma]] de [[ARN]] simples de sentido negativo (a sua cópia é que é [[DNA|ADN]] e serve para síntese proteica). É um vírus envelopado (com membrana lipídica externa) pleomórfico com cerca de 150-300 nanômetros.

Induz a fusão de células infectadas formando células gigantes, o que facilita a sua circulação e multiplicação sem ser reconhecido e inativado por [[anticorpo]]s circulantes, e é resistente ao [[complemento]]. Ele infecta as células fundindo a sua membrana (envelope) com a da célula após acoplagem da sua proteína envelopar, ocorrendo a fusão a receptor específico. Reproduz-se no [[citoplasma]] da célula. A sua multiplicação destrói as células exceto nos [[neurônio]]s. Os [[eritema]]s cutâneos são causados mais pela acção do [[sistema imunitário]] contra o vírus que por ele próprio. A resolução da doença dá imunidade para toda a vida.

=== Transmissão ===
[[Imagem:Sneeze.JPG|thumb|A principal forma de contágio é através da saliva ou outra secreção contaminada.]]
[[Imagem:Sneeze.JPG|thumb|A principal forma de contágio é através da saliva ou outra secreção contaminada.]]


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Possíveis diagnósticos diferenciais incluem outras doenças exantemáticas febris agudas como [[rubéola]], [[exantema]] súbito, [[dengue]], [[enterite]]s virais, [[escabiose]] e [[sífilis]] secundária.
Possíveis diagnósticos diferenciais incluem outras doenças exantemáticas febris agudas como [[rubéola]], [[exantema]] súbito, [[dengue]], [[enterite]]s virais, [[escabiose]] e [[sífilis]] secundária.

== Epidemiologia ==
[[Imagem:Measles world map - DALY - WHO2002.svg|thumb|Áreas mais prejudicadas pelo sarampo em 2002 segundo a OMS. África e sudeste asiático são as áreas mais afetadas.]]

O sarampo é um dos cinco [[exantema]]s da infância clássicos, junto com a [[varicela]], [[rubéola]], [[eritema infeccioso]] e [[roséola]]. É altamente infeccioso e transmitido por secreções respiratórias como [[espirro]]s e [[tosse]]. Após o início de uso da vacina tornou-se raro nos países que a utilizam de forma eficaz, como Brasil e Europa. Contudo, ainda causa 40 milhões de casos e um a dois milhões de mortes por ano em países sem programas de vacinação eficientes. As epidemias tendem a ocorrer a cada dois ou três anos, necessitando do nascimento de novos bebês susceptíveis para se propagar.

=== Brasil ===
A circulação endêmica do vírus do sarampo está interrompida no [[Brasil]], conforme declarou, em julho de 2016, o Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo. O último caso da doença no país havia sido registrado doze meses antes.<ref name="G1-2016">{{citar web|autor=Redação do G1|url=http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/07/sarampo-esta-eliminado-do-brasil-segundo-comite-internacional.html|título=Sarampo está eliminado do Brasil, segundo comitê internacional|publicado=[[G1]]|data=26 de julho de 2016|acessodata=26 de julho de 2016}}</ref>

O [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministério da Saúde]] espera receber, da [[Organização Mundial da Saúde|OMS]], o certificado de eliminação do sarampo ainda em 2016.<ref name="G1-2016" />

=== Portugal ===
Os mais recentes casos de sarampo reportados e confirmados em Portugal são casos importados de outros países europeus (Reino Unido, França e Roménia), de África (Angola, África do Sul e Etiópia) ou Ásia (China).<ref>Descrição dos surtos e casos isolados registados em Portugal, 2004-2012. Direcao Geral de Saude 2013. Site: [http://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/sarampo-descricao-dos-casos-pdf.aspx]</ref> Desde 2004, Portugal reportou apenas 22 casos confirmados de sarampo. Culturas dos vírus isolados em 2005 e 2008 mostram pertencer ao mesmo genotipo D4. <ref>Gíria M, Rebelo-de-Andrade H, Fernandes T, Pedro S, Freitas G. Report on the measles situation in Portugal. Euro Surveill. 2008;13(42):pii=19010. Site: [http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId=19010]</ref>. A percentagem da população vacinada contra o sarampo em Portugal é ≥95% (desde 2006) mas ainda persistem regiões onde a população tem uma reduzida imunização (85-94%).<ref>Programa Nacional de Eliminação do Sarampo. Direção Geral de Saúde (2013). Site: [https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0062013-de-02042013-jpg.aspx]</ref>


== Prevenção ==
== Prevenção ==
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== Tratamento ==
== Tratamento ==
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A maioria das mortes relacionadas com o sarampo são causadas por complicações associadas com a doença. Muitas pessoas desenvolvem [[conjuntivite]], [[pneumonia]] e [[otite|infecções no ouvido]] em decorrência do sarampo. Complicações são mais comuns em crianças menores de cinco anos de idade, ou adultos com mais de 20 anos de idade.<ref name=OMS /> Indivíduos com [[sistema imunológico]] enfraquecido são especialmente vulneráveis a complicações.
A maioria das mortes relacionadas com o sarampo são causadas por complicações associadas com a doença. Muitas pessoas desenvolvem [[conjuntivite]], [[pneumonia]] e [[otite|infecções no ouvido]] em decorrência do sarampo. Complicações são mais comuns em crianças menores de cinco anos de idade, ou adultos com mais de 20 anos de idade.<ref name=OMS /> Indivíduos com [[sistema imunológico]] enfraquecido são especialmente vulneráveis a complicações.
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O consumo de [[vitamina A]] ajuda a proteger crianças com menos de dois anos de complicações nos olhos e diminui a mortalidade.<ref>Huiming Y, Chaomin W, Meng M (2005). Yang, Huiming. ed. "Vitamin A for treating measles in children". Cochrane Database Syst Rev (4): CD001479. doi:10.1002/14651858.CD001479.pub3. PMID 16235283.</ref> Beber [[soro fisiológico]] ajuda a prevenir [[desidratação]] causada pela diarreia e vômito.<ref name=OMS />
O consumo de [[vitamina A]] ajuda a proteger crianças com menos de dois anos de complicações nos olhos e diminui a mortalidade.<ref>Huiming Y, Chaomin W, Meng M (2005). Yang, Huiming. ed. "Vitamin A for treating measles in children". Cochrane Database Syst Rev (4): CD001479. doi:10.1002/14651858.CD001479.pub3. PMID 16235283.</ref> Beber [[soro fisiológico]] ajuda a prevenir [[desidratação]] causada pela diarreia e vômito.<ref name=OMS />

== Epidemiologia ==
[[Imagem:Measles world map - DALY - WHO2002.svg|thumb|Áreas mais prejudicadas pelo sarampo em 2002 segundo a OMS. África e sudeste asiático são as áreas mais afetadas.]]

O sarampo é um dos cinco [[exantema]]s da infância clássicos, junto com a [[varicela]], [[rubéola]], [[eritema infeccioso]] e [[roséola]]. É altamente infeccioso e transmitido por secreções respiratórias como [[espirro]]s e [[tosse]]. Após o início de uso da vacina tornou-se raro nos países que a utilizam de forma eficaz, como Brasil e Europa. Contudo, ainda causa 40 milhões de casos e um a dois milhões de mortes por ano em países sem programas de vacinação eficientes. As epidemias tendem a ocorrer a cada dois ou três anos, necessitando do nascimento de novos bebês susceptíveis para se propagar.

=== Brasil ===
A circulação endêmica do vírus do sarampo está interrompida no [[Brasil]], conforme declarou, em julho de 2016, o Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo. O último caso da doença no país havia sido registrado doze meses antes.<ref name="G1-2016">{{citar web|autor=Redação do G1|url=http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/07/sarampo-esta-eliminado-do-brasil-segundo-comite-internacional.html|título=Sarampo está eliminado do Brasil, segundo comitê internacional|publicado=[[G1]]|data=26 de julho de 2016|acessodata=26 de julho de 2016}}</ref>

O [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministério da Saúde]] espera receber, da [[Organização Mundial da Saúde|OMS]], o certificado de eliminação do sarampo ainda em 2016.<ref name="G1-2016" />

=== Portugal ===
Os mais recentes casos de sarampo reportados e confirmados em Portugal são casos importados de outros países europeus (Reino Unido, França e Roménia), de África (Angola, África do Sul e Etiópia) ou Ásia (China).<ref>Descrição dos surtos e casos isolados registados em Portugal, 2004-2012. Direcao Geral de Saude 2013. Site: [http://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/sarampo-descricao-dos-casos-pdf.aspx]</ref> Desde 2004, Portugal reportou apenas 22 casos confirmados de sarampo. Culturas dos vírus isolados em 2005 e 2008 mostram pertencer ao mesmo genotipo D4. <ref>Gíria M, Rebelo-de-Andrade H, Fernandes T, Pedro S, Freitas G. Report on the measles situation in Portugal. Euro Surveill. 2008;13(42):pii=19010. Site: [http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId=19010]</ref>. A percentagem da população vacinada contra o sarampo em Portugal é ≥95% (desde 2006) mas ainda persistem regiões onde a população tem uma reduzida imunização (85-94%).<ref>Programa Nacional de Eliminação do Sarampo. Direção Geral de Saúde (2013). Site: [https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0062013-de-02042013-jpg.aspx]</ref>


== História ==
== História ==

Revisão das 00h48min de 8 de agosto de 2016

Sarampo
Sarampo
Criança com sarampo
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B05.-
CID-9 055
CID-11 1826431497
DiseasesDB 7890
MedlinePlus 001569
eMedicine derm/259 emerg/389 ped/1388
MeSH D008457
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Sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo.[1][2] Os sinais e sintomas iniciais geralmente incluem febre, muitas vezes superior a 40 ºC, tosse, corrimento nasal e olhos inflamados.[1][3] Dois ou três dias depois do início dos sintomas formam-se no interior da boca pequenos pontos brancos, denominados sinais de Koplik. Entre três a cinco dias depois do início dos sintomas aparece uma mancha vermelha e plana que geralmente tem início na face e daí se espalha para o resto do corpo.[3] Os sintomas manifestam-se entre dez a doze dias depois do contágio e duram entre sete a dez dias.[4][5] Em cerca de 30% dos casos ocorrem complicações, as quais podem incluir, entre outras, diarreia, cegueira, inflamação do cérebro e pneumonia.[4][6] A rubéola e a roséola são doenças diferentes.[7]

O sarampo transmite-se facilmente por via aérea através da tosse e espirros de uma pessoa infetada. Pode também ser transmitida através do contacto com a saliva ou secreções nasais.[4] Nove em cada dez pessoas que não são estão imunizadas e partilham um espaço com uma pessoa infetada contraem a doença. As pessoas infetadas podem infetar outras pessoas desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da mancha vermelha.[6] As pessoas geralmente só contraem a doença uma única vez na vida.[4] A confirmação do vírus em casos suspeitos através de exames é importante para a saúde pública.[6]

A vacina contra o sarampo é eficaz na prevenção da doença. Atualmente, cerca de 85% das crianças em todo o mundo são vacinadas. A vacinação diminuiu em 75% o número de mortes por sarampo entre 2000 e 2013.[4] Não existe tratamento específico. Os cuidados de apoio podem melhorar o prognóstico.[4] Entre estes cuidados estão a administração de solução de reidratação oral (líquidos ligeiramente adocicados e salgados), ingestão de alimentos saudáveis e medicamentos para controlar a febre.[4][5] No caso de ocorrer uma infeção bacteriana secundária, como a pneumonia, podem ser administrados antibióticos. Em países desenvolvidos, recomenda-se também a suplementação com vitamina A.[4]

O sarampo afeta anualmente cerca de 20 milhões de pessoas,[1] a maioria das quais nas regiões em desenvolvimento de África e da Ásia.[4] É a doença que mais mortes causa entre as doenças evitáveis por vacina.[8] Em 2013 causou a morte a 96 000 pessoas, uma diminuição em relação às 545 000 em 1990.[9] Estima-se que em 1980 a doença tenha causado 2,6 milhões de mortes.[4] A maior parte das mortes ocorre em crianças com menos de cinco anos de idade.[4] O risco de morte entre os infetados é de cerca de 0,2%,[6] mas pode ascender aos 10% em pessoas mal nutridas. Acredita-se que não infete outros animais.[4]

Sinais e sintomas

Período Prodrômico: corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas com base no qual o diagnóstico pode ser estabelecido, alguns dos sintomas possíveis são[10]:

Período Exantemático: Ocorre piora dos sintomas do período prodrômico, e as complicações podem incluir:

Período descamativo: nesse período as manchas escurecem e surge a descamação fina, febre e tosse diminuem sensivelmente.

Possíveis complicações:

Causa

Vírus do sarampo

Em 2008, ocorreram 164 000 mortes por sarampo no mundo, cerca de 450 mortes por dia ou 18 mortes a cada hora.[11]
Célula gigante sincicial resultante da fusão de células infectadas pelo vírus do Sarampo.
Ver artigo principal: Vírus do Sarampo
  • Grupo: Grupo V ((-)ssRNA) [ou ARNcs(-)]
  • Ordem: Mononegavirales
  • Família: Paramyxoviridae
  • Gênero: Morbillivirus
  • Espécie: Vírus Paramyxoviridae

O vírus do sarampo é um vírus com genoma de ARN simples de sentido negativo (a sua cópia é que é ADN e serve para síntese proteica). É um vírus envelopado (com membrana lipídica externa) pleomórfico com cerca de 150-300 nanômetros.

Induz a fusão de células infectadas formando células gigantes, o que facilita a sua circulação e multiplicação sem ser reconhecido e inativado por anticorpos circulantes, e é resistente ao complemento. Ele infecta as células fundindo a sua membrana (envelope) com a da célula após acoplagem da sua proteína envelopar, ocorrendo a fusão a receptor específico. Reproduz-se no citoplasma da célula. A sua multiplicação destrói as células exceto nos neurônios. Os eritemas cutâneos são causados mais pela acção do sistema imunitário contra o vírus que por ele próprio. A resolução da doença dá imunidade para toda a vida.

Transmissão

A principal forma de contágio é através da saliva ou outra secreção contaminada.

É espalhada pela tosse, espirros, beijos, pelas gotículas que saem quando se fala e qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz de uma pessoa infectada e boca, diretamente ou através de objetos (como copos e talheres). É altamente contagiosa, 90% das pessoas que ainda não possuem imunidade são contaminadas caso compartilhem o mesmo ambiente com uma pessoa infectada por algumas horas por dia (casa, creche, escola, trabalho...). O período contagioso começa 2-4 dias antes do aparecimento das marquinhas pelo corpo e continua até 2-5 dias após o início delas (Infectividade de quatro a nove dias no total). Portanto, crianças com sarampo não devem ir a escola por 5 dias depois do aparecimento das erupções cutâneas e devem informar a escola quando elas aparecem para que as outras crianças sejam vacinadas.[10]

Mais de 95% das mortes por sarampo ocorrem em países subdesenvolvidos com sistemas de saúde deficientes, apesar da vacina ser barata, segura e muito eficaz. Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas foram contaminadas pelo sarampo em 2010.[11]

Diagnóstico

O diagnóstico é clinico devido às características muito típicas, especialmente as manchas de Koplik - manchas brancas na mucosa da boca-parte interna da bochecha. Pode ser feita dosagem de anticorpos em amostra de sangue. As técnicas utilizadas no diagnóstico laboratorial para a detecção são:

  • a) (EIE/ELISA) Ensaio imunoenzimático para dosagem de IgM e IgG;
  • b) (HI) Inibição da hemaglutinação para dosagem de Ac totais;
  • c) Imunofluorescência para dosagem de IgM e IgG;
  • d) Neutralização em placa.

No Brasil o mais usado é o ELISA.[12]

Possíveis diagnósticos diferenciais incluem outras doenças exantemáticas febris agudas como rubéola, exantema súbito, dengue, enterites virais, escabiose e sífilis secundária.

Prevenção

Imunização pela vacina no mundo.
A OMS fez um acordo com um grande número de países para reduzir o número de casos em 95% através da vacinação.

A prevenção é feita por vacinas. Geralmente a criança nasce com algumas células de defesa da mãe protegendo-a e toma a primeira dose de vacina entre o primeiro e o segundo ano de vida, e a segunda dose entre os quatro e os cinco anos. Caso alguma criança seja identificada com a doença é recomendado que todos indivíduos não vacinados da região tomem a vacina imediatamente e os indivíduos contaminados fiquem de repouso em casa longe dos que não tenham a imunidade.

Quando não ocorrem complicações, o doente fica curado em 15 dias, o risco de transmissão se torna nulo apenas depois de 10 dias. Antes disso é recomendado evitar aglomerações.

Graças a vacinação, em todo o mundo o número de casos de sarampo caiu 60% de uma estimativa de 873.000 mortes para 345.000 em 2005. As estimativas para 2008 indicam que o número de mortes caiu para 164.000, com 77% das mortes restantes por sarampo ocorrendo na região do Sudeste Asiático.[13]

Adultos que nunca tomaram a vacina também devem ser vacinados, desde que não tenham condições de risco (imunidade baixa, grávidas, lactantes...). Os riscos de desenvolver complicações e morrer são maiores após os 20 anos. O risco de mortalidade é de cerca de 10-15% para pessoas que desenvolvem complicações em países subdesenvolvidos.[11]

Em 2000, 72% crianças foram vacinadas. Em 2008 esse número já aumentou para 83%. A meta é que 95% delas sejam imunizadas até 2015.[11]

Já foi comprovado, mais de uma vez, que nem a vacina para sarampo, nem a para poliomielite e nem a para rubéola aumentam as chances de autismo ou qualquer transtorno semelhante.[14]

Tratamento

A maioria das mortes relacionadas com o sarampo são causadas por complicações associadas com a doença. Muitas pessoas desenvolvem conjuntivite, pneumonia e infecções no ouvido em decorrência do sarampo. Complicações são mais comuns em crianças menores de cinco anos de idade, ou adultos com mais de 20 anos de idade.[11] Indivíduos com sistema imunológico enfraquecido são especialmente vulneráveis a complicações.

Pacientes com sarampo devem descansar, beber bastante água e sucos, ter uma alimentação saudável rica em vitaminas, limpar os olhos com água morna, tomar antitérmicos caso tenham febre alta e evitar coçar as manchas para não deixar feridas e cicatrizes.[15] Pessoas não imunizadas devem passar um tempo

O consumo de vitamina A ajuda a proteger crianças com menos de dois anos de complicações nos olhos e diminui a mortalidade.[16] Beber soro fisiológico ajuda a prevenir desidratação causada pela diarreia e vômito.[11]

Epidemiologia

Áreas mais prejudicadas pelo sarampo em 2002 segundo a OMS. África e sudeste asiático são as áreas mais afetadas.

O sarampo é um dos cinco exantemas da infância clássicos, junto com a varicela, rubéola, eritema infeccioso e roséola. É altamente infeccioso e transmitido por secreções respiratórias como espirros e tosse. Após o início de uso da vacina tornou-se raro nos países que a utilizam de forma eficaz, como Brasil e Europa. Contudo, ainda causa 40 milhões de casos e um a dois milhões de mortes por ano em países sem programas de vacinação eficientes. As epidemias tendem a ocorrer a cada dois ou três anos, necessitando do nascimento de novos bebês susceptíveis para se propagar.

Brasil

A circulação endêmica do vírus do sarampo está interrompida no Brasil, conforme declarou, em julho de 2016, o Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo. O último caso da doença no país havia sido registrado doze meses antes.[17]

O Ministério da Saúde espera receber, da OMS, o certificado de eliminação do sarampo ainda em 2016.[17]

Portugal

Os mais recentes casos de sarampo reportados e confirmados em Portugal são casos importados de outros países europeus (Reino Unido, França e Roménia), de África (Angola, África do Sul e Etiópia) ou Ásia (China).[18] Desde 2004, Portugal reportou apenas 22 casos confirmados de sarampo. Culturas dos vírus isolados em 2005 e 2008 mostram pertencer ao mesmo genotipo D4. [19]. A percentagem da população vacinada contra o sarampo em Portugal é ≥95% (desde 2006) mas ainda persistem regiões onde a população tem uma reduzida imunização (85-94%).[20]

História

A vacina é feita em duas doses em meses diferentes, pois 15% das pessoas não desenvolve imunidade na primeira dose.

O sarampo hoje é uma doença de infância pouco perigosa, mas não foi sempre assim. A alta mortalidade que provocou nos ameríndios sem defesas imunológicas ou genéticas quando foi introduzido na América, logo após a descoberta de Colombo, indica que a sua introdução na Europa pode ter sido igualmente traumática, e teria provavelmente ocorrido nos últimos séculos da existência do Império Romano - em cujo declínio e queda as suas epidemias combinadas com as da varíola teriam sido fatores importantes.

A doença era desconhecida antes da era cristã; Hipócrates não descreve nada parecido. A epidemia pode ter surgido na Europa nos séculos II e III d.C., matando grande proporção da população totalmente não imune do Império Romano, como mais tarde faria na América, e sendo um fator principal do declínio dessa civilização. Segundo alguns autores conceituados (o historiador William McNeil entre outros) pode ter sido a queda da população de Roma e do seu império devido às doenças antes desconhecidas varíola, sarampo e varicela que diminuiu a população do império ao ponto de leis serem decretadas da hereditariedade das profissões, postos oficiais e redução à servidão dos agricultores antes livres, dando origem ao feudalismo.

Nesse caso de situação de debilidade, os povos germânicos e outros encontraram a oportunidade de se estabelecer nas terras quase vazias devido à epidemia no império, de início com a aquiescência dos oficiais romanos, desesperados com a queda dos rendimentos fiscais. Só depois desta época a varíola e o sarampo se tornaram frequentes na Europa, e naturalmente atingindo as crianças não imunes, ao contrário das epidemias raras, que matam os adultos. A infecção das crianças, com morte das suscetíveis mas imunidade para as sobreviventes, é menos danosa para uma civilização que a de adultos já formados e economicamente ativos - o que explica os graves problemas criados em Roma pela morte de adultos que não tinham encontrado a doença na infância.

Na China o panorama pode ter sido semelhante, e também aí caiu pela mesma altura o Império Han. Julga-se[quem?] que estas doenças foram importadas simultaneamente nessa altura da Índia para as duas grandes civilizações dos extremos da Eurásia, e talvez não por coincidência que foi precisamente nos século I e século II DC que as rotas comerciais para a Índia e a rota da seda para a China foram estabelecidas pela primeira vez, ligando as três regiões com grande débito de mercadorias e comerciantes.

O sarampo foi um dos principais responsáveis pela destruição das populações nativas da América após a sua importação da Europa com Colombo. Juntamente com a Varíola, Varicela e outras doenças, ela matou mais de 90% da população do continente, derrotando e destruindo as civilizações Asteca e Inca muito mais que Hernán Cortés e Francisco Pizarro alguma vez seriam capazes.

A primeira descrição reconhecível do sarampo é atribuída ao médico árabe Ibn Razi (860-932) (conhecido como Rhazes na Europa). O vírus foi isolado apenas em 1954, e a vacina foi desenvolvida em 1963.

Recentemente (2007 e 2011) ocorreram surtos por vários países da Europa, em Israel e no Canadá.[21] Religiosos que se recusaram a ser vacinados foram os mais afetados.[22]

Referências

  1. a b c Caserta, MT, ed. (September 2013). «Measles». Merck Manual Professional. Merck Sharp & Dohme Corp. Consultado em 23 March 2014  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  2. «Measles (Red Measles, Rubeola)». Dept of Health, Saskatchewan. Consultado em 10 February 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. a b «Measles (Rubeola) Signs and Symptoms». cdc.gov. November 3, 2014. Consultado em 5 February 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  4. a b c d e f g h i j k l «Measles Fact sheet N°286». who.int. November 2014. Consultado em 4 February 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. a b Conn's Current Therapy 2015: Expert Consult - Online. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. 2014. p. 153. ISBN 9780323319560 
  6. a b c d Atkinson, William (2011). Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases 12 ed. [S.l.]: Public Health Foundation. pp. 301–323. ISBN 9780983263135. Consultado em 5 February 2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. Marx, John A. (2010). Rosen's emergency medicine : concepts and clinical practice 7th ed. Philadelphia: Mosby/Elsevier. 1541 páginas. ISBN 9780323054720 
  8. Kabra, SK; Lodhra, R (14 August 2013). «Antibiotics for preventing complications in children with measles». Cochrane Database of Systematic Reviews. 8: CD001477. PMID 23943263. doi:10.1002/14651858.CD001477.pub4  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. GBD 2013 Mortality and Causes of Death, Collaborators (17 December 2014). «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 385: 117–171. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2  Verifique data em: |data= (ajuda)
  10. a b Sintomas Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "sintomas" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  11. a b c d e f Site da OMS
  12. http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=527
  13. WHO Weekly Epidemiology Record, 4th December 2009 WHO.int
  14. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ms000245.pdf
  15. http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/sarampo/
  16. Huiming Y, Chaomin W, Meng M (2005). Yang, Huiming. ed. "Vitamin A for treating measles in children". Cochrane Database Syst Rev (4): CD001479. doi:10.1002/14651858.CD001479.pub3. PMID 16235283.
  17. a b Redação do G1 (26 de julho de 2016). «Sarampo está eliminado do Brasil, segundo comitê internacional». G1. Consultado em 26 de julho de 2016 
  18. Descrição dos surtos e casos isolados registados em Portugal, 2004-2012. Direcao Geral de Saude 2013. Site: [1]
  19. Gíria M, Rebelo-de-Andrade H, Fernandes T, Pedro S, Freitas G. Report on the measles situation in Portugal. Euro Surveill. 2008;13(42):pii=19010. Site: [2]
  20. Programa Nacional de Eliminação do Sarampo. Direção Geral de Saúde (2013). Site: [3]
  21. http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0003/142176/WHO_EPI_Brief__May_2011e.pdf
  22. Rotem, Tamar (August 11, 2007). "Current measles outbreak hit ultra-Orthodox the hardest". Haaretz. Retrieved 2008-07-10.