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Pink Floyd: diferenças entre revisões

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{{mais notas|data=dezembro de 2011| arte=| Brasil=| ciência=| geografia=| música=| Portugal=| sociedade=|1=Este artigo ou se(c)ção|2=|3=|4=|5=|6=}}
{{Info/Música/artista
{{Info/Música/artista
| alt = A black-and-white photo of five men standing in front of a brick wall.
|nome = Pink Floyd
| website = {{URL|pinkfloyd.com}}
|imagem = [[Imagem:Pink Floyd, 1971.jpg|300px]]
|imagem_legenda = Integrantes do Pink Floyd, da esquerda para direita<br />[[Roger Waters]], [[Nick Mason]], [[David Gilmour]] e [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]]
|fundo = grupo_ou_banda
|origem = [[Londres]]
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|período = [[1965 na música|1965]]–[[1995 na música|1995]] {{·}} [[2005 na música|2005]] {{·}} [[2012 na música|2012]]–[[2014 na música|2014]]
|gênero = [[Rock progressivo]] {{·}} [[rock psicodélico]]
|gravadora = EMI Columbia {{·}} Tower {{·}} [[Harvest Records|Harvest]] {{·}} [[Capitol Records|Capitol]] {{·}} [[Columbia Records|Columbia]] {{·}} [[Sony Music]] {{·}} [[EMI]] {{·}} [[Parlophone]]
|exintegrantes = [[Nick Mason]] <br>[[Roger Waters]] <br>[[Bob Klose]] <br>[[Richard Wright]] <br>[[Syd Barrett]] <br>[[David Gilmour]]
|site = [https://thelateryears.pinkfloyd.com/ pinkfloyd.com]
}}
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'''Pink Floyd''' foi uma [[banda musical|banda]] britânica de [[rock]], formada em Londres em [[1965 na música|1965]], que atingiu sucesso internacional. Seu trabalho foi marcado pelo uso de letras filosóficas, experimentações musicais, [[encarte de álbum|encartes]] de álbuns inovadoras e [[Turnês de Pink Floyd|shows elaborados]]. O Pink Floyd é um dos grupos de rock mais influentes e [[Lista de recordistas de vendas de discos|comercialmente bem-sucedidos]] da história.
'''Pink Floyd''' foi uma banda de [[rock]] inglesa formada em [[Londres]] em 1965. Ganhando seguidores como um grupo de [[rock psicodélico]], eles se destacaram por suas composições estendidas, experimentação sonora, letras filosóficas e elaboradas apresentações ao vivo e se tornaram uma banda líder do gênero de [[rock progressivo]] . Eles são uma das bandas [[Lista de músicos recordistas de vendas|mais bem-sucedidas comercialmente]] e influentes história da música popular.


Pink Floyd foi fundada pelos estudantes [[Syd Barrett]] como guitarrista e vocalista —, [[Nick Mason]] — como baterista —, [[Roger Waters]] como baixista e vocalista — e [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]] — como tecladista e vocalista. Fundado em 1965, eles, inicialmente, tornaram-se populares tocando no cenário ''[[underground]]'' londrino, no fim dos [[anos 1960|anos 60]]. Sob a liderança de Barrett, lançaram dois singles de sucesso e um bem-sucedido álbum de estreia, ''[[The Piper at the Gates of Dawn]]'', de 1967. [[David Gilmour]] foi integrado como o quinto membro em dezembro de 1967, enquanto Barrett saiu, em abril de 1968, por uma deterioração mental de motivos, até hoje, controversos. A partir deste período, a banda se readaptou, com a crescente ascensão de Waters como letrista e autor por trás dos conceitos de álbuns os quais tornaram-se notórios por parte do público e crítica, como ''[[The Dark Side of the Moon]]'' (1973), ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]'' (1975), ''[[Animals (álbum)|Animals]]'' (1977) e ''[[The Wall]]'' (1979).
O Pink Floyd foi fundado pelos estudantes [[Syd Barrett]] (guitarra, vocal), [[Nick Mason]] (bateria), [[Roger Waters]] (baixo, voz) e [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]] (teclados, voz). Sob a liderança de Barrett, eles lançaram dois ''singles'' e um álbum de estreia de sucesso, ''[[The Piper at the Gates of Dawn]]'' (1967). O guitarrista e vocalista [[David Gilmour]] entrou em dezembro de 1967; Barrett saiu em abril de 1968 devido à deterioração de sua [[saúde mental]] . Waters se tornou o principal letrista e líder temático, desenvolvendo os [[Álbum conceptual|conceitos]] por trás dos álbuns ''[[The Dark Side of the Moon]]'' (1973), ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Was Here]]'' (1975), ''[[Animals (álbum)|Animals]]'' (1977), ''[[The Wall]]'' (1979) e ''[[The Final Cut (álbum)|The Final Cut]]'' (1983). A banda também compôs várias trilhas sonoras.


Wright foi expulso em 1979, e Waters anunciou sua saída em 1985, afirmando que o grupo era uma "força criativa gasta". No entanto, Gilmour e Mason decidiram seguir em atividade, trazendo Richard como músico contratado, e posteriormente, integrante. Os três produziram juntos ''[[A Momentary Lapse of Reason]]'' (1987) e ''[[The Division Bell]]'' (1994). Apesar dos discos terem recebido críticas mistas, as turnês que as acompanharam foram extremamente populares. Depois de mais de duas décadas, a formação clássica se reuniu em 2005, no evento beneficente [[Live 8]]. Barrett morreu em 2006, e Wright em 2008, o que descartou as possibilidades de uma nova reunião. O último álbum do Pink Floyd foi lançado em novembro de 2014, sob a produção de Gilmour e Mason. ''[[The Endless River]]'' foi um tributo póstumo ao tecladista do grupo, com predominantes composições do músico gravadas durante sessões ocorridas em 1993–94.
Após tensões pessoais, Wright deixou o Pink Floyd em 1979, seguido por Waters em 1985. Gilmour e Mason continuaram como Pink Floyd, reunidos mais tarde por Wright. Os três produziram mais dois álbuns - ''[[A Momentary Lapse of Reason]]'' (1987) e ''[[The Division Bell]]'' (1994) - e participaram de outros dois álbuns antes de entrar em um longo período de inatividade. Em 2005, todos, exceto Barrett, se reuniram para uma apresentação única no evento de conscientização global [[Live 8]]. Barrett morreu em 2006 e Wright em 2008. O último álbum de estúdio do Pink Floyd, ''[[The Endless River]]'' (2014), foi baseado em material inédito das sessões de gravação da ''Division Bell''.


O Pink Floyd foi um dos primeiros grupos psicodélicos britânicos e é creditado com gêneros influentes, como rock progressivo e [[música ambiente]]. Quatro álbuns chegaram ao topo das [[Parada musical|paradas]] estadunidenses ou britânicas; as músicas "[[See Emily Play]]" (1967) e "[[Another Brick in the Wall|Another Brick in the Wall, Part 2]]" (1979) foram seus únicos dez primeiros ''singles'' em ambos os territórios. A banda foi introduzida no [[Rock and Roll Hall of Fame|Hall da Fama do Rock and Roll dos EUA]] em 1996. Em 2013, eles haviam vendido mais de 250 milhões de discos em todo o mundo, com ''The Dark Side of the Moon'' e ''The Wall'' sendo dois dos [[Álbuns mais vendidos do mundo|álbuns mais vendidos de todos os tempos]].
O Pink Floyd entrou no [[Rock and Roll Hall of Fame]] dos [[Estados Unidos]] em [[1996 na música|1996]] e no [[Rock and Roll Hall of Fame]] do [[Reino Unido]] em [[2005 na música|2005]].<ref>{{citar web|título=Pink Floyd|url=http://rockhall.com/inductees/pink-floyd/|acessodata=22 de junho de 2013|língua=Inglês}}</ref><ref>{{citar web|título=PINK FLOYD - 2005 UK MUSIC HALL OF FAME REPORT|url=http://www.brain-damage.co.uk/hall-of-fame-induction-reports/pink-floyd-2005-uk-music-hall-of-fame-induction-r.html|acessodata=22 de junho de 2013|língua=inglês}}</ref> Em 2013, a banda somava mais de 250 milhões de álbuns vendidos ao redor do mundo.<ref>{{citar web|título=Pink Floyd Reunion Tops Fans' Wish List in Music Choice Survey|url=http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aOmothQgn6l4&refer=muse|acessodata=22 de junho de 2013|língua=Inglês|publicado=Bloomberg}}</ref> Uma nova espécie de [[camarão]], descrita em [[2017]], foi batizada ''[[Synalpheus pinkfloydi]]'' em homenagem à banda.<ref>[http://www.telegraph.co.uk/news/2017/04/11/rocknroll-shrimp-named-pink-floyd-deafening-vocal-ability/ The Telegraph - "''Rock'n'roll shrimp named after Pink Floyd because of its deafening vocal ability.''"] 12 de Abril de 2017, {{en}} Acessado em 13/04/2017.</ref>


== História ==
== História ==
=== Era Syd Barrett ([[1964]]–[[1968]]) ===
O Pink Floyd surgiu de uma banda de rock formada em [[1964]] que teve vários nomes - [[Sigma 6]], [[The Meggadeaths]], [[T-Set|Tea Set]] e [[The Abdabs]], [[The Screaming Abdabs]], [[The Architectural Abdabs]].<ref name="origem nome">{{citar web|título=Pink Floyd|url=http://paginas.fe.up.pt/~gei05040/pag%20pink%20floyd.htm|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref> Quando a banda se separou, alguns membros---os guitarristas [[Bob Klose|Rado "Bob" Klose]] e [[Roger Waters]], o baterista [[Nick Mason]] e o instrumentista de sopro, [[Richard William Wright|Rick Wright]]---formaram uma nova banda, chamada "Tea Set". Depois de um pequeno período com o vocalista Chris Dennis, o guitarrista e vocalista [[Syd Barrett]] se juntou a banda, com Waters mudando para o [[baixo]].


=== 1963-1967: Primeiros anos ===
Quando os Tea Set descobriram que outra banda tinha esse mesmo nome, Barrett deu a ideia de um nome alternativo, ''The Pink Floyd Sound,'' em homenagem aos músicos de [[blues]] [[Pink Anderson]] e [[Floyd Council]].<ref name="100respostas">{{citar livro|título=[[Mundo Estranho]] apresenta Rock!|ano=2004|editora=[[Editora Abril]]|local=São Paulo|editor=Gabriel Pillar Rossi|acessodata=14 de julho de 2016|página=57|capítulo=Rock Progressivo}}</ref> Por um tempo a banda oscilou entre os dois nomes, até se decidirem pelo segundo. O "Sound" foi deixado de lado rapidamente, mas o "The" continuou sendo usado regularmente até [[1968]].<ref name="origem nome" /> Os primeiros lançamentos no [[Reino Unido]] da banda, durante a era do Syd Barrett, vinham creditados como The Pink Floyd, assim como em seus dois primeiros singles nos [[Estados Unidos]]. Sabe-se que David Gilmour tenha se referido ao grupo como The Pink Floyd até [[1984]].


==== Formação ====
[[Ficheiro:Syd barrett.jpg|thumb|213px|direita|Desenho de Syd Barrett [[Fanart|feito por um fã]].]]
[[Roger Waters]] e [[Nick Mason|Nick Mason se]] conheceram enquanto estudavam arquitetura no [[Universidade de Westminster|Politécnico de Londres,]] na [[Regent Street]].<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=37–38}}: Mason meeting Waters while studying architecture at the London Polytechnic; {{Harvnb|Fitch|2005|p=335}}: Waters meeting Mason while studying architecture at the London Polytechnic.</ref> Eles tocaram música juntos em um grupo formado por Keith Noble e Clive Metcalfe com a irmã de Noble, Sheilagh. [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]], um colega arquitetura,{{Refn|Wright studied architecture until 1963, when he began studying music at London's [[Royal College of Music]].{{sfn|Blake|2008|pp=39–40}}|grupo=nb}} juntou-se mais tarde naquele ano e o grupo tornou-se um sexteto, o Sigma 6. Waters tocava guitarra, Mason bateria e Wright guitarra rítmica (já que raramente havia um teclado disponível).<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=39–40}}: Wright was also an architecture student when he joined Sigma 6; {{Harvnb|Povey|2008|pp=13–14}}: The formation of Sigma 6; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=27}}: Instrumental line-up of Sigma 6: Waters (lead guitar), Wright (rhythm guitar) and Mason (drums).</ref> A banda se apresentou em eventos particulares e ensaiou em uma [[Mongyo-tei|sala de chá]] no porão da Regent Street Polytechnic. Eles tocaram músicas dos [[The Searchers (banda)|The Searchers]] e material escrito por seu gerente, compositor e colega Ken Chapman.{{HarvRef|Blake|2008|pp=38–39}}


Em setembro de 1963, Waters e Mason se mudaram para um apartamento em 39 Stanhope Gardens, perto de Crouch End, em Londres, de propriedade de Mike Leonard, professor em meio período na Hornsey College of Art e na Regent Street Polytechnic.{{HarvRef|Mason|2005|pp=24–26}}{{Refn|Leonard designed light machines, which used electric motors to spin perforated discs, casting patterns of lights on the walls. These would be demonstrated in an early edition of ''[[Tomorrow's World]]''. For a brief time, Leonard played keyboard with them using the front room of his flat for rehearsals.{{sfn|Mason|2005|pp=24–26}}|grupo=nb}} Mason se mudou depois do ano acadêmico de 1964 e o guitarrista [[Bob Klose]] se mudou durante setembro de 1964, levando Waters a mudar para o baixo.{{HarvRef|Povey|2008|p=14}}{{Refn|Wright also briefly lived at Leonard's.{{sfn|Povey|2008|p=14}}|grupo=nb}} Sigma 6 passou por vários nomes, incluindo Meggadeaths, Abdabs e Screaming Abdabs, Leonard's Lodgers e Spectrum Five, antes de escolher Tea Set.{{HarvRef|Povey|2008|pp=13–18}}{{Refn|Povey spelled it Meggadeaths but Blake spelled it Megadeaths.<ref>{{harvnb|Blake|2008|p=39}}: Megadeaths; {{harvnb|Povey|2008|p=13}}: Meggadeaths.</ref> Architectural Abdabs is sometimes suggested as another variation; Povey dismisses it as a misreading of a headline about the Abdabs in the Polytechnic's student newspaper.{{sfn|Povey|2008|pp=14–15}} Povey used the Tea Set throughout whereas Blake's claim of the alternative spelling, the T-Set, remains unsubstantiated.<ref>{{harvnb|Blake|2008|pp=43–44}}: The T-Set as an alternate spelling; {{harvnb|Povey|2008|pp=28–29}}: The Tea Set used throughout.</ref>|grupo=nb}} Em 1964, quando Metcalfe e Noble saíram para formar sua própria banda, o guitarrista [[Syd Barrett]] se juntou a Klose e Waters em Stanhope Gardens.{{HarvRef|Blake|2008|p=41}} Barrett, dois anos mais jovem, havia se mudado para Londres em 1962 para estudar na Camberwell College of Arts.{{HarvRef|Povey|2008|p=13}} Waters e Barrett eram amigos de infância; Waters costumava visitar Barrett e o assistia tocar violão na casa da mãe de Barrett.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=22–23}} Mason disse sobre Barrett: "Em um período em que todo mundo estava sendo legal de uma maneira muito adolescente e autoconsciente, Syd estava fora de moda para mim." {{HarvRef|Mason|2005|p=27}}
[[Bob Klose|Klose]] - que era bastante influenciado pelo [[jazz]], saiu depois de ter gravado somente uma demo, deixando uma formação diferente com [[Syd Barrett|Barrett]] na [[guitarra]] e [[Vocal|vocais principais]], [[Roger Waters|Waters]] no baixo e [[Vocal de apoio|vocais de apoio]], [[Nick Mason|Mason]] na [[bateria (instrumento musical)|bateria]] e [[percussão]], e [[Richard William Wright|Wright]] revezando nos [[teclados]] e [[Vocal de apoio|vocais de apoio]]. Barrett logo começou a escrever suas próprias composições, influenciado pelo [[rock psicodélico]] [[Estados Unidos|norte-americano]] e britânico (também pelo ''[[surf music]]''), com extravagância e humor. O Pink Floyd se tornou favorito no movimento underground, tocando em casas como [[UFO Club]], the ''Marquee Club'' e ''The Roundhouse''.
No fim de [[1966]], a banda foi convidada para contribuir com canções no documentário "''[[Tonite Let's All Make Love in London]]''", de [[Peter Whitehead]]. Eles foram filmados tocando duas faixas, ("''[[Interstellar Overdrive]]''" e "''Nick's Boogie''") em janeiro de [[1967]]. Apesar de que quase nenhuma dessas canções tenham participado do filme, elas acabaram sendo lançadas como "[[London 1966/1967]]" em [[2005]].


Noble e Metcalfe deixaram o Tea Set no final de 1963 e Klose apresentou a banda ao cantor Chris Dennis, um técnico da [[Força Aérea Real|Royal Air Force]] (RAF).{{HarvRef|Blake|2008|pp=42–44}} Em dezembro de 1964, eles garantiram sua primeira gravação, em um estúdio em West Hampstead, através de um dos amigos de Wright, que os deixou usar algum tempo livre. Wright, que estava dando um tempo nos estudos, não participou da sessão.{{HarvRef|Mason|2005|pp=29–30}}{{Refn|The four-song session became the band's first demo and included the R&B classic "[[I'm a King Bee]]" (original of bluesman [[Slime Harpo]], and three Syd Barrett originals, "Butterfly", "Lucy Leave" and "Double O Bo", a song Mason described as "Bo Diddley meets the 007 theme".{{sfn|Mason|2005|pp=29–30}}|grupo=nb}} Quando a RAF designou um cargo para Dennis no [[Bahrein]] no início de 1965, Barrett se tornou o líder da banda.{{HarvRef|Povey|2008|p=19}}{{Refn|According to Povey, by 1964 the group began calling itself the Abdabs.{{sfn|Povey|2008|p=14}}|grupo=nb}} Mais tarde naquele ano, eles se tornaram a banda residente no Countdown Club, perto da Kensington High Street, em Londres, onde de tarde da noite até o início da manhã tocavam três sets de 90 minutos cada. Durante esse período, estimulada pela necessidade do grupo de estender seus sets para minimizar a repetição de músicas, a banda percebeu que "as músicas podiam ser estendidas com longos solos", escreveu Mason.{{HarvRef|Mason|2005|p=30}} Depois da pressão de seus pais e conselhos de seus tutores universitários, Klose deixou a banda em meados de 1965 e Barrett assumiu guitarra.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=44–45}}: Klose quit the band in mid 1965 and Barrett took over on lead guitar (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|p=32}}: Klose quit the band in mid 1965 (primary source).</ref> O grupo se referiu a si mesmo como o Pink Floyd Sound no final de 1965. Barrett criou o nome no momento em que descobriu que outra banda, também chamada de Tea Set, se apresentaria em uma de suas apresentações.{{HarvRef|Povey|2008|pp=18–19}} O nome deriva dos nomes dados de dois músicos de [[blues]] cujos registros do [[Piedmont blues]] Barrett tinha em sua coleção, [[Pink Anderson]] e [[Floyd Council]].<ref>{{Harvnb|Mason|2005|pp=33–37}}: The origin of the band name Pink Floyd (primary source); {{Harvnb|Povey|2008|pp=18–19}}: The origin of the band name Pink Floyd (secondary source).</ref>
Conforme a popularidade da banda crescia, os membros formaram a ''Blackhill Enterprises'' em outubro de [[1966]], uma sociedade a seis, com seus agentes [[Peter Jenner]] e Andrew King, lançando os singles, ''"[[Arnold Layne]]"'', em março de [[1967]] e, ''"[[See Emily Play]]"''. em junho de 1967. ''"Arnold Layne"'' alcançou o número 20 das paradas britânicas, e ''"See Emily Play"'' alcançou número 6, o que garantiu à banda a primeira participação em cadeia nacional no programa de TV [[Top of the Pops]] em julho de 1967. Anteriormente, eles haviam aparecido tocando "Interstellar Overdrive" no UFO Club, em um curto documentário, ''"It's So Far Out It's Straight Down"''. Isso foi ao ar em Março de 1967, mas apenas transmitido à região de [[Granada (país)|Granada]] do Reino Unido.


Em 1966, o repertório do grupo consistia principalmente em canções de [[Rhythm and blues|''rhythm and blues'']] e eles começaram a receber reservas pagas, incluindo uma apresentação no [[Marquee Club]] em dezembro de 1966, onde Peter Jenner, professor da [[London School of Economics]], os notou. Jenner ficou impressionado com os efeitos sonoros criados por Barrett e Wright, e com seu parceiro de negócios e amigo Andrew King se tornou o gerente deles.<ref>{{Harvnb|Mason|2005|pp=33–37}}: Jenner was impressed by Barrett and Wright; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=17}}: Jenner and King became Pink Floyd's business managers.</ref> A dupla tinha pouca experiência na [[indústria da música]] e usou a herança de King para montar a Blackhill Enterprises, adquirindo cerca de 1.000 libras em novos instrumentos e equipamentos para a banda.{{Refn|Soon after, someone stole the equipment, and the group resorted to purchasing new gear on a payment plan.{{sfn|Schaffner|1991|p=32}}|grupo=nb}} Foi nessa época que Jenner sugeriu que eles abandonassem a parte "Sound" do nome da banda, tornando-se o Pink Floyd.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=32–33}} Sob a orientação de Jenner e King, o grupo tornou-se parte da cena de [[música underground]] de Londres, tocando em locais como o All Saints Hall e o Marquee.{{HarvRef|Mason|2005|pp=50–51}} Enquanto se apresentavam no Countdown Club, a banda havia experimentado longas excursões instrumentais e eles começaram a expandi-las com apresentações de luzes rudimentares, mas eficazes, projetadas por slides coloridos e luzes domésticas.<ref>{{Harvnb|Mason|2005|pp=46–49}}: (primary source); {{Harvnb|Schaffner|1991|p=34}}: (secondary source).</ref> As conexões sociais de Jenner e King ajudaram a banda a ganhar uma cobertura proeminente no ''[[Financial Times]]'' e um artigo no ''[[The Sunday Times|Sunday Times]]'' que dizia: "No lançamento da nova revista de ''IT,'' na outra noite, um grupo pop chamado Pink Floyd tocou música latejante enquanto uma série de formas coloridas bizarras brilhou em uma tela enorme atrás deles &nbsp; ... aparentemente muito psicodélico."<ref>{{Harvnb|Mason|2005|pp=52–53}}: Jenner and King's connections helped gain the band important coverage; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=44}}: "apparently very psychedelic"</ref>
Lançado em Agosto de 1967, o primeiro [[álbum]] da banda, ''[[The Piper at the Gates of Dawn]]'', é atualmente considerado um ótimo exemplo da música psicodélica britânica, e foi bem recebido pelos críticos da época. Atualmente, é visto como o melhor primeiro álbum por muitos críticos. As faixas, predominantemente escritas por Barrett, mostram letras poéticas e uma mistura eclética de música, desde a faixa de vanguarda com livre-forma, "''[[Interstellar Overdrive]]''", até canções "assobiáveis" como ''"[[The Scarecrow (música)|The Scarecrow]]"'', inspirada nas ''Fenlands'', uma região rural ao norte de [[Cambridge]] (cidade de [[Syd Barrett|Barrett]], [[Roger Waters|Waters]] e [[David Gilmour|Gilmour]]). As letras eram inteiramente surreais, às vezes fazendo referência ao folclore, como em "[[The Gnome]]". A canção refletia novas tecnologias de eletrônicos, com o uso constante de espaçamento no [[estéreo]], edição de fita, efeitos de eco, e [[teclados]]. O álbum foi um hit no [[Reino Unido]], onde alcançou a 6ª posição das paradas, mas não foi muito bem na América do Norte, alcançando a posição número 31 nas paradas dos [[Estados Unidos]]. Durante esse período, a banda excursionou com [[Jimi Hendrix]], o que ajudou a aumentar sua popularidade. Um fato notável sobre o disco é que ele foi gravado simultaneamente ao aclamado [[Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band]] dos [[Beatles]], no estúdio da Abbey Road, e os integrantes das bandas frequentemente se encontravam no corredor e conversavam sobre influencias musicais. Ambos álbuns são hoje citados como o início do rock progressivo.


Em 1966, a banda fortaleceu seu relacionamento comercial com a Blackhill Enterprises, tornando-se parceiros iguais de Jenner e King, sendo que cada um dos membros da banda ficou com um sexto do total.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=32–33}} No final de 1966, seu set incluía menos padrões de R&B e mais originais de Barrett, muitos dos quais seriam incluídos em seu primeiro álbum.{{HarvRef|Mason|2005|p=49}} Embora eles tivessem aumentado significativamente a frequência de suas apresentações, a banda ainda não era amplamente aceita. Após uma apresentação em um clube juvenil católico, o proprietário se recusou a pagá-los, alegando que a apresentação não era música.{{HarvRef|Mason|2005|p=54}} Quando a administração deles entrou com uma ação em um tribunal de pequenas causas contra o proprietário da organização juvenil, um magistrado local confirmou a decisão do proprietário. A banda foi muito melhor recebida no [[UFO Club|UFO Club,]] em Londres, onde eles começaram a construir uma base de fãs.{{HarvRef|Mason|2005|pp=54–58}} As apresentações de Barrett eram entusiasmadas "pulando ao redor ... loucura ... improvisação ... [inspirado] para superar suas limitações e entrar em áreas que eram &nbsp; ... muito interessante. O que nenhum dos outros poderia fazer", escreveu o biógrafo Nicholas Schaffner.{{HarvRef|Schaffner|1991|p=49}}
==== Declínio de Barrett ====


==== Assinatura com a EMI ====
Enquanto a banda se tornava mais popular, o stress da vida na estrada e o consumo relevante de drogas de Syd Barrett deteriorou sua saúde mental. O comportamento de Barrett foi se tornando cada vez mais imprevisível e estranho, fato atribuído ao constante uso de [[LSD]]. Conta-se que às vezes ele ficava encarando algum ponto, enquanto a banda tocava; durante algumas apresentações, ele somente tocaria um [[acorde]] o [[concerto]] inteiro, ou aleatoriamente desafinava sua guitarra.
Em 1967, o Pink Floyd começou a atrair a atenção da indústria da música.<ref>{{Harvnb|di Perna|2002|p=29}}: Pink Floyd as a spack rock band; {{Harvnb|Povey|2008|p=37}}: The music industry began to take notice of Pink Floyd.</ref>{{Refn|They dropped the definite article from the band's name at some point in early 1967.{{sfn|Blake|2008|p=79}}|grupo=nb}} Enquanto estava em negociações com gravadoras, o co-fundador de ''TI'' e gerente do UFO Club, [[Joe Boyd]], e o agente de reservas do Pink Floyd, Bryan Morrison, organizaram e financiaram uma sessão de gravação no Sound Techniques em West Hampstead. Três dias depois, o Pink Floyd assinou com a EMI, recebendo um adiantamento de 5.000 libras esterlinas (em valores da época). A EMI lançou o primeiro single da banda, "[[Arnold Layne]]", com o lado B "Candy and a Currant Bun", em 10 de março de 1967, pela gravadora Columbia.<ref>{{Harvnb|Povey|2008|p=342}}: Release date for "Arnold Layne"; {{Harvnb|Schaffner|1991|pp=54–55}}: Signing with EMI.</ref>{{Refn|Schaffner described the £5,000 advance as generous; however, Povey suggested it was an inadequate agreement which required that the money be disbursed over five years.{{sfn|Povey|2008|p=37}}|grupo=nb}} Ambas as faixas foram gravadas em 29 de janeiro de 1967.{{HarvRef|Povey|2008|p=37}}{{Refn|Previous to this session, on 11 and 12 January, they recorded a long take of "[[Interstellar Overdrive]]".{{sfn|Povey|2008|p=37}} Sometime around the sessions on 29 January, they produced a short music film for "Arnold Layne" in Sussex.{{sfn|Mason|2005|pp=59–63}}|grupo=nb}} As referências de "Arnold Layne" ao [[Cross-dressing|''crossdressing'']] levaram à sua proibição de várias estações de rádio; no entanto, a manipulação criativa dos varejistas que forneceram números de vendas ao mercado da música fez com que o single atingisse o pico no Reino Unido no número 20 das paradas.{{HarvRef|Mason|2005|pp=84–85}}


A EMI-Columbia lançou o segundo single do Pink Floyd, "[[See Emily Play]]", em 16 de junho de 1967. Foi um pouco melhor que "Arnold Layne", chegando ao número &nbsp;6 no Reino Unido.{{HarvRef|Povey|2008|p=342}} A banda se apresentou no ''Look of the Week'' da [[BBC]], onde Waters e Barrett, eruditos e envolventes, enfrentaram perguntas difíceis de Hans Keller.{{HarvRef|Blake|2008|pp=86–87}} Eles apareceram no ''[[Top of the Pops|Top of the Pops da BBC]]'', um programa popular que exigia que os artistas convidados imitassem seus cantos.{{HarvRef|Mason|2005|pp=86–87}} Embora o Pink Floyd tenha retornado para mais duas apresentações, no terceiro, Barrett começou a se revelar e foi nessa época que a banda notou pela primeira vez mudanças significativas em seu comportamento.{{HarvRef|Povey|2008|p=43}} No início de 1967, ele usava [[LSD]] regularmente e Mason o descreveu como "completamente distanciado de tudo o que estava acontecendo".<ref>{{Harvnb|Mason|2005|p=82}}: Barrett was "completely distanced from everything going on"; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=51}}: Barrett's increasing LSD use starting early 1967.</ref>
Chegou um momento em que os outros membros da banda decidiram por simplesmente não levar mais Syd para os shows. Chamaram então o guitarrista [[David Gilmour]], já conhecido de Barrett e Waters. Apesar de [[Jeff Beck]] ter sido considerado. Inicialmente, esperava-se que Barrett fizesse composições enquanto Gilmour tocaria nos shows. Mas composições como ''"[[Have You Got It Yet]]"'', com progressões de acordes e melodias diferentes a cada take, fez com que o resto da banda desistisse dessa ideia. O último show da banda com Barrett foi em [[20 de janeiro]] de [[1968]], em Hastings Pier, mas a saída de Barrett só foi formalizada em abril de 1968. Os produtores Jenner e King, decidiram continuar com Syd, o que pos fim à sociedade Blackhill Enterprises e fez a banda escolher [[Steve O'Rourke]] como empresário, que permaneceu com eles até sua morte em 2003.


==== ''The Piper at the Gates of Dawn'' ====
Depois de gravar dois álbuns solo (''[[The Madcap Laughs]]'' e ''[[Barrett (álbum)|Barrett]]'') em 1970 (co-produzido por, e às vezes com participações de Gilmour, Waters e Wright) com sucesso razoável, Barrett então foi para reclusão, ideia muitas vezes rebatida por sua família, que disse não ter sido exatamente assim. Novamente chamado pelo nome oficial, Roger Keith "Syd" Barrett, viveu uma vida pacata em sua cidade natal, Cambridge, até sua morte em 7 de Julho de 2006.
Morrison e o produtor da EMI, [[Norman Smith (produtor musical)|Norman Smith,]] negociaram o primeiro contrato de gravação do Pink Floyd e, como parte do acordo, a banda concordou em gravar seu primeiro álbum no [[Abbey Road Studios|EMI Studios,]] em Londres.<ref>{{Harvnb|Mason|2005|pp=87–88}}: Smith negotiated Pink Floyd's first record contract; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=55}}: Morrison negotiated Pink Floyd's first contract and in it they agreed to record their first album at EMI Studios.</ref>{{Refn|At EMI, Pink Floyd experimented with [[musique concrète]] and watched [[the Beatles]] record "[[Lovely Rita]]".{{sfn|Blake|2008|p=85}}|grupo=nb}} Mason lembrou que as sessões eram livres de problemas. Smith discordou, afirmando que Barrett não respondeu a suas sugestões e críticas construtivas.{{HarvRef|Mason|2005|pp=92–93}} A EMI-Columbia lançou ''[[The Piper at the Gates of Dawn|The Piper no Gates of Dawn]]'' em agosto de 1967. O álbum alcançou o número 6, passando 14 semanas nas paradas britânicas.{{HarvRef|Roberts|2005|p=391}} Um mês depois, foi lançado sob o selo Tower Records.<ref>{{Citar livro|título=The Piper at the Gates of Dawn|ultimo=Cavanagh|primeiro=John|ano=2003|localização=New York [u.a.]|páginas=55–56|isbn=978-0-8264-1497-7|publicação=Continuum}}</ref> Pink Floyd continuou a atrair grandes multidões no UFO Club; no entanto, o colapso mental de Barrett estava causando séria preocupação. O grupo inicialmente esperava que seu comportamento irregular fosse uma fase passageira, mas alguns eram menos otimistas, incluindo Jenner e sua assistente, [[Marc Bolan|June Child]], que comentaram: "Encontrei [Barrett] no camarim e ele estava tão ... ele se foi. Roger Waters e eu o colocamos de pé e nós o colocamos no palco &nbsp;... A banda começou a tocar e Syd ficou lá. Ele tinha o violão no pescoço e os braços pendurados".<ref>{{Harvnb|Mason|2005|p=95}}: "The band started to play and Syd just stood there"; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=36}}: June Child was Blackhill's assistant and secretary.</ref>


Forçado a cancelar a aparição do Pink Floyd no prestigiado Festival Nacional de Jazz e Blues, além de vários outros shows, King informou à imprensa que Barrett estava sofrendo de exaustão nervosa.{{HarvRef|Povey|2008|p=67}} Waters marcou uma reunião com o psiquiatra [[Ronald Laing|R. D. Laing]] e, embora Waters tenha levado Barrett pessoalmente à consulta, Barrett se recusou a sair do carro.{{HarvRef|Blake|2008|p=123}} Uma estadia em [[Formentera]] com Sam Hutt, um médico bem estabelecido no cenário da música underground, não levou a melhorias visíveis. A banda acompanhou algumas datas de apresentações na Europa durante setembro, com sua primeira turnê pelos Estados Unidos em outubro.{{HarvRef|Povey|2008|pp=67–71}}{{Refn|Blackhill's late application for work permits forced Pink Floyd to cancel several of the US dates.{{sfn|Povey|2008|p=69}}|grupo=nb}} Quando a turnê nos Estados Unidos prosseguiu, a condição de Barrett ficou cada vez pior.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=88–90}} Durante as aparições nos shows de [[Dick Clark]] e [[Pat Boone]] em novembro, Barrett confundiu seus anfitriões por não responder às perguntas e olhar para o nada. Ele se recusou a mexer os lábios quando chegou a hora de [[Sincronia labial|imitar]] "See Emily Play" no programa de Boone. Após esses episódios embaraçosos, King terminou sua visita aos Estados Unidos e os enviou imediatamente para casa em Londres.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=91–92}}{{Refn|Pink Floyd released the single "[[Apples and Oranges (song)|Apples and Oranges]]" in November 1967 in the UK.{{sfn|Povey|2008|p=72}}|grupo=nb}} Logo após seu retorno, eles apoiaram [[Jimi Hendrix]] durante uma turnê pela Inglaterra; no entanto, a depressão de Barrett piorou com a turnê, chegando a um ponto de crise em dezembro, quando a banda respondeu adicionando um novo membro à sua formação.<ref>{{Harvnb|Mason|2005|pp=95–105}}: Barrett's mental deterioration and Pink Floyd's first US tour (primary source); {{Harvnb|Schaffner|1991|pp=91–94}}: Barrett's mental deterioration and Pink Floyd's first US tour (secondary source).</ref> {{Refn|Barrett's absence on more than one occasion forced the band to book [[David O'List]] as his replacement.{{sfn|Fitch|2005|p=224}} Wynne-Willson left his position as lighting director and assisted the guitarist with his daily activities.{{sfn|Blake|2008|p=102}}|grupo=nb}}
=== Procurando novos caminhos: 1968-1970 ===


=== 1967-1978: Transição e sucesso internacional ===
[[Imagem:Pink Floyd at the Paradiso.png|thumb|280px|direita|Apresentação da banda, em [[Amsterdã]] a 23 de maio de 1968, na [[casa de espetáculos]] ''[[Paradiso (Amsterdã)|Paradiso]]''.]]


==== 1967: Substituição de Barrett por Gilmour ====
Esse foi um período de experimentações musicais da banda. Cada um dos integrantes do Pink Floyd - Gilmour, Waters e Wright - contribuía com canções que tinham sua própria sonoridade e voz, o que resultava num material menos consistente e coeso que o da era Barrett, quando o som era mais trabalhado. Se anteriormente Barrett era a voz e o compositor principal, agora Gilmour, Waters e Wright dividem composições de letras e vozes principais. Geralmente, Waters escrevia canções mais lentas, com melodias de Jazz, linhas de baixos complexas e dominantes, e letras simbólicas; Gilmour focava-se em jams de blues levadas pela guitarra; e Wright preferia melodias pesadas psicodélicas de teclado. Diferente de Waters, Gilmour e Wright preferiam faixas que tinham letras simples ou que fossem puramente instrumentais. Alguns números musicais mais experimentais da banda são desse período, como "[[A Saucerful of Secrets]]", contendo bastante barulhos, feedback (realimentação), percussões, osciladores, loops; e "Careful with That Axe, Eugene" (que foi chamada por vários outros nomes também), uma faixa levada por Waters, com baixo e um pesado improviso de teclado, culminando em uma bateria forte, e gritos de Waters.
Em dezembro de 1967, o grupo adicionou o guitarrista [[David Gilmour]] como o quinto membro do Pink Floyd.{{HarvRef|Povey|2008|p=47}}{{Refn|In late 1967, Barrett suggested adding four new members; in the words of Waters: "two freaks he'd met somewhere. One of them played the banjo, the other the saxophone&nbsp;... [and] a couple of chick singers".{{sfn|Blake|2008|p=110}}|grupo=nb}} Gilmour já conhecia Barrett, tendo estudado com ele na Cambridge Tech no início dos anos 1960.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=22–23}} Os dois haviam tocado juntos durante o almoço com guitarras e harmônicas e mais tarde de carona pelo sul da França.{{HarvRef|Mason|2005|p=28}} Em 1965, enquanto membro do Wild Joker, Gilmour assistiu ao Tea Set.{{HarvRef|Mason|2005|p=34}} O assistente de Morrison, Steve O'Rourke, instalou Gilmour em um quarto na casa de O'Rourke com um salário de 30 libras esterlinas por semana e em janeiro de 1968, a Blackhill Enterprises anunciou Gilmour como o mais novo membro da banda; com o segundo guitarrista e seu quinto membro, a banda pretendia manter Barrett como compositor não-produtivo.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=110–111}}: "the band intending to continue with Barrett"; {{Harvnb|Mason|2005|pp=109–111}}: O'Rourke set Gilmour up in O'Rourke's home; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=104}}: Gilmour was officially announced as a new member of Pink Floyd.</ref> Jenner comentou: "A ideia era que Dave &nbsp; ... encobrisse as excentricidades de [Barrett] e, quando isso não fosse viável, Syd iria compor. Apenas para tentar mantê-lo envolvido".{{HarvRef|Schaffner|1991|p=107}}{{Refn|One of Gilmour's first tasks was to mime Barrett's guitar playing on an "Apples and Oranges" promotional film.{{sfn|Schaffner|1991|p=104}}|grupo=nb}} Em uma expressão de sua frustração, Barrett, que deveria escrever ''singles'' de sucesso adicionais para acompanhar "Arnold Layne" e "See Emily Play", apresentou "Have You Got It Yet" para a banda, alterando intencionalmente a estrutura de cada apresentação, de modo a tornar impossível acompanhar e aprender a música.{{HarvRef|Povey|2008|p=47}} Em uma sessão de fotos da banda em janeiro de 1968, as fotografias mostram Barrett parecendo distanciado dos outros, olhando para o horizonte.{{HarvRef|Palacios|2010|p=317}}


Trabalhar com Barrett acabou se revelando muito difícil e eles chegaram a uma conclusão em janeiro, no caminho para uma apresentação em [[Southampton|Southampton,]] quando um membro da banda perguntou se eles deveriam pegar Barrett. Segundo Gilmour, a resposta foi "Nah, não vamos incomodar", sinalizando o fim do mandato de Barrett no Pink Floyd.{{HarvRef|Povey|2008|p=78}}{{Refn|Mason is unsure which member of Pink Floyd said "let's not bother".{{sfn|Mason|2005|p=111}}|grupo=nb}} Waters mais tarde admitiu: "Ele era nosso amigo, mas na maioria das vezes agora queríamos estrangulá-lo".{{HarvRef|Blake|2008|p=112}} No início de março de 1968, o Pink Floyd se reuniu com os parceiros de negócios Jenner e King para discutir o futuro da banda; Barrett concordou em sair.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=90–113}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|pp=78–105}}: (primary source).</ref>
Enquanto Barrett escreveu praticamente todo o primeiro álbum, nesse álbum ele participa das composições com ''"Jugband Blues"''. Barrett também tocou nas faixas ''"[[Remember A Day]]"'' (gravada durante as sessões do ''The Piper'') e ''"[[Set the Controls for the Heart of the Sun]]"'' (a única faixa que apresenta Barrett e Gilmour dividindo as guitarras). ''"[[A Saucerful of Secrets]]"'' foi lançado em junho de [[1968]], alcançando número 9 das paradas do Reino Unido e se tornando o único álbum do Pink Floyd que não apareceu nas paradas dos Estados Unidos. De algum jeito, apesar da saída de Barrett, o álbum ainda contém bastante da sonoridade psicodélica combinada com mais música experimental que seria amplamente mostrada em ''[[Ummagumma]]''. A faixa principal, A Saucerful of Secrets, com doze minutos de duração, chegou ao estilo épico de duração que composições futuras chegariam. Se o álbum foi mal recebido pelos críticos da época, muitos críticos de hoje tendem a ser mais leves nas críticas dentro do contexto da carreira do Pink Floyd.


Jenner e King acreditavam que Barrett era o gênio criativo da banda e decidiram representá-lo e terminar seu relacionamento com o Pink Floyd.{{HarvRef|Povey|2008|pp=78–80}} Morrison então vendeu seus negócios para a [[Brian Epstein|NEMS Enterprises]] e O'Rourke se tornou o gerente pessoal da banda.{{HarvRef|Mason|2005|pp=112–114, 127–131: On O'Rourke becoming the band's manager}} Blackhill anunciou a partida de Barrett em 6 de abril de 1968.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=107–108}}{{Refn|For a short period after, Barrett turned up at occasional performances, apparently confused about his standing with the band.{{sfn|Blake|2008|pp=112–114}}|grupo=nb}} Após a saída de Barrett, o ônus da composição lírica e da direção criativa caiu principalmente em Waters.{{HarvRef|Blake|2008|pp=3, 9, 113, 156, 242, 279, 320, 398: After Barrett's departure, the burden of lyrical composition and creative direction fell mostly on Waters}} Inicialmente, Gilmour imitou a voz de Barrett nas aparições do grupo na TV europeia; no entanto, enquanto tocavam no circuito universitário, eles evitaram músicas de Barrett em favor das de Waters e Wright, como "It Would Be So Nice" e "Careful with That Axe, Eugene".{{HarvRef|di Perna|2002|p=13}}
Os integrantes do Pink Floyd foram recrutados pelo diretor [[Barbet Schroeder]] para produzir uma trilha sonora para um filme seu, ''"More"'', que estreou em maio de [[1969]]. A obra foi lançada como um álbum do Floyd em seu próprio direito, ''[[Music From the Film More]]'' (também chamado simplesmente como ''"More"''), alcançando o nono lugar das paradas do Reino Unido e chegando ao 153º lugar das paradas dos Estados Unidos em 1969. Críticos tendem a achar o conjunto da música para o filme como remendada e desigual. A banda usaria isso e sessões de trilha sonoras futuras para produzir trabalhos que não se encaixavam na ideia do que deveria aparecer em um álbum do Pink Floyd; a maioria das faixas do ''"More"'' foram canções ''folk'', acústicas. Duas dessas canções, "[[Green Is the Colour]]" e "[[Cymbaline]]", se tornaram comuns em repertórios da banda por um tempo e também parte do suite "[[The Man & The Journey]]", como pode ser ouvido em muitas gravações de ''[[bootleg]]s'' desse período. "Cymbaline" também foi a primeira canção do Pink Floyd a lidar com a atitude cínica de Waters contra a indústria fonográfica explicitamente. O resto do álbum consiste em canções incidentais de vanguarda da trilha (algumas dessas também fizeram parte do concerto The Man/The Journey) e algumas faixas de rock mais pesadas jogadas no meio, como ''"[[The Nile Song]]"''.


==== ''A Saucerful of Secrets'' (1968) ====
O próximo álbum, o quadruplo ''[[Ummagumma]]'', foi uma mistura de gravações [[ao vivo]] e [[Música experimental|experimentações de estúdio]] dos membros, em que cada um gravou metade do lado do vinil como um projeto solo (a noiva de Mason da época faz uma contribuição não-creditada como flautista). Apesar do álbum ter as gravações solo e ao vivo, era esperado originalmente que fosse uma mistura de [[vanguarda]], de sons de instrumentos "achados". As conseqüentes dificuldades de gravação e falta de organização em grupo levou ao fechamento desse projeto. O título é uma gíria sexual de Cambridge e reflete a atitude da banda naquela época. A banda foi amplamente [[Música experimental|experimental]] no álbum de estúdio, que contém a [[Composição musical|composição]] puramente folk de Waters "[[Grantchester Meadows]]", uma peça de piano dissonante, "[[Sysyphus]]", uma composição com uma [[Textura (música)|textura]] mais progressiva, ''"[[The Narrow Way]]"'', e um grande solo de percussão, ''"[[The Grand Vizier's Garden Party]]"''. ''"[[Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict]]"'' é uma canção de 5 minutos, composta inteiramente pela voz de Roger Waters tocada em diferentes velocidades, resultando em barulhos que lembram roedores e pássaros. Grande parte do álbum de estúdio já era tocado ao vivo no concerto conceitual ''"[[The Man & The Journey]]"''. O álbum ao vivo apresenta aclamadas performances de algumas das mais populares canções da era psicodélica deles, fazendo com que o álbum fosse mais bem recebido pelos críticos do que os dois álbuns anteriores. A obra foi o trabalho mais popular até essa época, alcançando 5ª posição no Reino Unido e 74º lugar nos Estados Unidos.
[[File:Saucerful_of_secrets2.jpg|alt=A psychedelic album cover with mostly greenish blues tones.|miniaturadaimagem| A obra de arte psicodélica de ''[[A Saucerful of Secrets]]'' foi a primeira de muitas capas do Pink Floyd desenhadas pelo [[Hipgnosis]] ]]
Em 1968, o Pink Floyd retornou ao Abbey Road Studios para gravar seu segundo álbum, ''[[A Saucerful of Secrets]]''. O álbum incluiu a contribuição final de Barrett para sua discografia, "[[Jugband Blues]]". Waters começou a desenvolver sua própria composição, contribuindo com " [[Set the Controls for the Heart of the Sun|Ser the Controls for the Heart of the Sun]]", "Let There More More Light" e "Corporal Clegg". Wright compôs "See-Saw" e "Remember a Day". Norman Smith os incentivou a produzir suas músicas e eles gravaram demos do novo material em suas casas. Com as instruções de Smith na Abbey Road, eles aprenderam a usar o estúdio de gravação para realizar sua visão artística. No entanto, Smith não ficou convencido com a música deles e, quando Mason se esforçou para tocar sua bateria em "Remember a Day", Smith entrou em cena como seu substituto.{{HarvRef|Blake|2008|pp=116–117}} Wright lembrou a atitude de Smith sobre as sessões: "Norman desistiu do segundo álbum &nbsp; ... ele estava sempre dizendo coisas como 'Você não pode fazer vinte minutos desse barulho ridículo'."{{HarvRef|Blake|2008|p=117}} Como nem Waters nem Mason podiam ler música, para ilustrar a estrutura da faixa-título do álbum eles inventaram a sua mais tarde, Gilmour descreveu seu método como "parecido com um diagrama arquitetônico".{{HarvRef|Blake|2008|p=118}}


Lançado em junho de 1968, o álbum apresentava uma capa [[Psicodelia|psicodélica]] desenhada por [[Storm Thorgerson]] e Aubrey Powell, do [[Hipgnosis]] . A primeira de várias capas de álbuns do Pink Floyd projetadas pelo Hipgnosis, foi a segunda vez que a EMI permitiu que um de seus grupos contratasse designers para uma capa do álbum.<ref>{{Citar periódico|primeiro6=James|titulo=Hipgnotic Suggestion|url=http://www.frieze.com/issue/article/hipgnotic-suggestion/|jornal=[[Frieze (magazine)|Frieze]]|arquivodata=3 November 2013|citação=Throughout the 70s many of the more successful rock bands adopted similarly abstract imagery, in particular Led Zeppelin (the album IV, 1971, dispensed with their name and the title of the record entirely) and Pink Floyd, who, following the Beatles, were only the second band to be allowed by EMI to use an outside designer.|last=Roberts}}</ref> O lançamento atingiu o número 9, passando 11 semanas nas paradas britânicas.{{HarvRef|Roberts|2005|p=391}} ''[[Record Mirror]]'' deu ao álbum uma crítica geral favorável, mas instou os ouvintes a "esquecê-lo como música de fundo para uma festa".{{HarvRef|Blake|2008|p=118}} [[John Peel]] descreveu uma apresentação ao vivo da faixa-título como "como uma experiência religiosa", enquanto a ''[[NME]]'' descreveu a música como "longa e chata &nbsp; ... [com] pouco para justificar sua direção monótona".{{HarvRef|Blake|2008|p=117}}{{Refn|Thorgerson had attended [[Cambridgeshire High School for Boys]] with Waters and Barrett.{{sfn|Fitch|2005|p=311}}|grupo=nb}} No dia seguinte ao lançamento do álbum no Reino Unido, o Pink Floyd se apresentou no primeiro show gratuito no [[Hyde Park]].{{HarvRef|Povey|2008|p=84}} Em julho de 1968, eles voltaram para os Estados Unidos para uma segunda visita. Acompanhados pelo [[Soft Machine]] e pelo [[The Who]], a ocasião foi a primeira turnê significativa do Pink Floyd.{{HarvRef|Mason|2005|pp=127–131}} Em dezembro daquele ano, eles lançaram "Point Me at the Sky"; não mais bem sucedido do que os dois ''singles'' que lançaram desde "See Emily Play", seria o último da banda até o lançamento em 1973, " [[Money (canção de Pink Floyd)|Money]]".<ref>{{Harvnb|Harris|2005|p=168}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|pp=133–135}}: (primary source).</ref>
[[Ficheiro:Roger waters leeds 1970.jpg|thumb|199px|direita|Roger Waters numa apresentação do Pink Floyd na [[Universidade de Leeds]] em 1970.]]


==== ''Ummagumma'' (1969), ''Atom Heart Mother'' (1970) e ''Meddle'' (1971) ====
''[[Atom Heart Mother]]'', de [[1970]], foi a primeira gravação da banda com uma [[orquestra]], com colaboração do compositor de vanguarda [[Ron Geesin]]. Um lado do álbum consistia na faixa-título de quase 24 minutos de duração, uma longa suite de [[orquestração]] de rock. O segundo lado apresentava uma canção de cada membro da banda, até então vocalistas (''"[[If (canção de Pink Floyd)|If]]"'', a canção ''folk-rock'' de Roger Waters; a levada de blues ''"[[Fat Old Sun]]"'' de David Gilmour; e a nostálgica ''"[[Summer '68]]"'', de Rick Wright). Outra faixa longa, a ''"[[Alan's Psychedelic Breakfast]]"'' foi uma colagem de som, de um homem cozinhando e comendo um café-da-manhã e seus pensamentos, ligados com instrumentais. O uso de barulhos, efeitos sonoros incidentais e samplers de voz seria, no futuro, uma parte importante do som da banda. ''"Atom Heart Mother"'' possui uma das mais enigmáticas capas de álbuns até hoje, estampando a "Lullubelle III", foto retirada no interior inglês. Este foi também o primeiro álbum da banda com grande propaganda. Apesar de ''"Atom Heart Mother"'' ter sido considerado um grande passo para trás pela banda na época, é até hoje considerado pelos fãs como um dos mais inacessíveis álbuns. Ele teve a melhor performance da banda nas paradas até então, alcançando o 1º lugar no Reino Unido e o 55º, nos Estados Unidos. Tem sido descrito tanto como "um monte de besteira" por Gilmour, quanto "jogue-o na gaveta e nunca mais o ouça" por Waters. O álbum foi um componente desta fase transitória do grupo, explorando diferentes territórios musicais. A popularidade do álbum permitiu que o Pink Floyd embarcasse em sua primeira turnê completa pelos Estados Unidos.
[[Ficheiro:Roger_waters_leeds_1970.jpg|alt=A monochrome image of Waters playing bass guitar. He has shoulder-length hair, black attire, and is standing in front of a microphone.|esquerda|miniaturadaimagem| Waters se apresentando com Pink Floyd na [[Universidade de Leeds]] em 1970 ]]
''Ummagumma'' representou um afastamento do trabalho anterior. Lançado como um LP duplo pela gravadora [[Harvest Records|Harvest]] da EMI, os dois primeiros lados continham performances ao vivo gravadas no [[Universidade Metropolitana de Manchester|Manchester College of Commerce]] e no [[Mothers Club|Mothers]], um clube em Birmingham. O segundo LP continha uma única contribuição experimental de cada membro da banda.{{HarvRef|Povey|2008|pp=87–89}} ''Ummagumma'' foi lançado em novembro de 1969 e recebeu críticas positivas.{{HarvRef|Povey|2008|pp=135–136}} O álbum alcançou o número 5, passando 21 semanas na parada britânica.{{HarvRef|Roberts|2005|p=391}}


Em outubro de 1970, o Pink Floyd lançou o ''Atom Heart Mother''.{{HarvRef|Povey|2008|p=344}}{{Refn|The band recorded their previous LPs using a [[Multitrack recording|four-track]] system; ''Atom Heart Mother'' was their first album recorded on an eight-track machine.{{sfn|Schaffner|1991|p=154}}|grupo=nb}} Uma versão inicial estreou na França em janeiro, mas as divergências sobre o mix levaram à contratação de [[Ron Geesin]] para resolver os problemas de som. Geesin trabalhou para melhorar a situação, mas com pouca contribuição criativa da banda, a produção foi problemática. Geesin finalmente concluiu o projeto com a ajuda de [[John Alldis]], que foi o diretor do coral contratado para atuar no disco. Smith ganhou crédito de produtor executivo e o álbum marcou sua última contribuição oficial à discografia da banda. Gilmour disse que era "uma maneira elegante de dizer que ele não &nbsp; ... fez qualquer coisa".{{HarvRef|Blake|2008|p=148}} Waters criticou ''Atom Heart Mother'', alegando que ele preferiria que fosse "jogado no caixote do lixo e nunca mais fosse ouvido por ninguém".{{HarvRef|Schaffner|1991|p=144}} Gilmour também rejeitava e descreveu-o como "um monte de lixo", afirmando: "Acho que estávamos raspando um pouco o barril naquele período".{{HarvRef|Schaffner|1991|p=144}} O primeiro álbum número 1 do Pink Floyd, ''Atom Heart Mother,'' teve um enorme sucesso na Grã-Bretanha, ficando 18 semanas nas paradas britânicas.{{HarvRef|Roberts|2005|p=391}} Ele estreou no Bath Festival em 27 de junho de 1970.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=140–147}}
Antes do lançamento do seu próximo álbum original, a banda lançou uma coletânea chamada ''"[[Relics]]"'', que continha vários singles do começo da carreira e B-sides, além de uma canção original (estilo Jazz por Waters, ''"[[Biding My Time]]"'', parte do concerto ''"The Man/The Journey"'', gravada durante as sessões do ''''[[Ummagumma]]'''). Eles também contribuíram para a trilha sonora do filme ''"[[Zabriskie Point]]"'', apesar de muitas contribuições deles terem sido descartadas pelo diretor [[Michelangelo Antonioni]].


O Pink Floyd viajou extensivamente pela América e Europa em 1970.{{HarvRef|Povey|2008|pp=128–140}}{{Refn|A theft of the band's equipment, worth about $40,000, after a May 1970 show at the Warehouse in New Orleans, nearly crippled their finances. However, hours after the band notified the [[Federal Bureau of Investigation|FBI]] they had recovered most of the stolen equipment.|grupo=nb}} Em 1971, o Pink Floyd ficou em segundo lugar na pesquisa de um leitor, na ''Melody Maker'', e pela primeira vez estava lucrando. Mason e Wright tornaram-se pais e compraram casas em Londres, enquanto Gilmour, ainda solteiro, se mudou para uma fazenda do século XIX em Essex. Waters instalou um estúdio de gravação em sua casa em Islington, em um depósito de ferramentas na parte de trás de seu jardim.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=150–151}} Em janeiro de 1971, ao retornar da turnê ''Atom Heart Mother'', o Pink Floyd começou a trabalhar em um novo material.{{HarvRef|Povey|2008|p=122}} Com a falta de um tema central, eles tentaram várias experiências improdutivas; o engenheiro John Leckie descreveu as sessões, que frequentemente começavam à tarde e terminavam no início da manhã, como um período "durante o qual nada seria alcançado. Não havia nenhum contato com a gravadora, exceto quando o gerente de gravadoras aparecia de vez em quando com duas garrafas de vinho e dois baseados".<ref>{{Harvnb|Harris|2005|p=71}}: "a couple of bottles of wine and a couple of joints"; {{Harvnb|Mason|2005|p=153: Lacking a central theme they experimented.}}</ref> A banda passou longos períodos trabalhando em sons básicos, ou um riff de guitarra. Eles também passaram vários dias no Air Studios, tentando criar música usando uma variedade de objetos domésticos, um projeto que seria revisitado entre ''The Dark Side of the Moon'' e ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]''.{{HarvRef|Harris|2005|p=72}}
=== Era do Estouro 1971-1975 ===


Lançado em outubro de 1971, "''Meddle'' não apenas confirma o surgimento do guitarrista David Gilmour como uma verdadeira força modeladora no grupo, mas afirma com força e precisão que o grupo está novamente no caminho do crescimento", escreveu Jean-Charles Costa, da ''[[Rolling Stone]]''.<ref>For "''Meddle'' not only confirms lead guitarist David Gilmour's emergence" see: {{Citar web|last=Costa|primeiro3=Jean-Charles|titulo=Pink Floyd: Meddle|url=https://www.rollingstone.com/artists/pinkfloyd/albums/album/235970/review/6067420/meddle|obra=Rolling Stone}}; {{Harvnb|Povey|2008|p=150}}: The release dates for ''Meddle''.</ref>{{Refn|Povey states that the UK release date was 5 November, but Pink Floyd's official website states 13 November. All sources agree on the US release date of 30 October.<ref>{{harvnb|Povey|2008|p=150}}: A 5 November UK release date for ''Meddle''; For a 13 November UK release date for ''Meddle'' see: {{cite web|title=Pink Floyd&nbsp;– Echoes (click Echoes image link)|url=http://www.pinkfloyd.com/|publisher=pinkfloyd.com|accessdate=22 August 2009|archive-url=https://web.archive.org/web/20090828101353/http://www.pinkfloyd.com/|archive-date=28 August 2009|url-status=live}}</ref>|grupo=nb}}{{Refn|''Meddle''{{'}}s production consisted of sessions spread over several months; the band recorded in the first half of April, but in the latter half played at Doncaster and Norwich before returning to record at the end of the month. In May, they split their time between sessions at Abbey Road, rehearsals and concerts across Great Britain. They spent June and July performing at venues across Europe, and August in the far east and Australia, returning to Europe in September.<ref>{{harvnb|Mason|2005|p=157}}: (primary source); {{harvnb|Povey|2008|pp=142–144}}: (secondary source)</ref> In October, they made the [[concert film]] ''[[Pink Floyd: Live at Pompeii]]'', before touring the US in November.{{sfn|Povey|2008|pp=155: Touring the US in November; 174: Pink Floyd: Live at Pompeii}}|grupo=nb}} A ''NME'' chamou ''Meddle de'' "um álbum excepcionalmente bom", destacando "[[Echoes]]" como o "zênite pelo qual o Floyd tem se esforçado".{{HarvRef|Schaffner|1991|p=155}} No entanto, Michael Watts, do ''Melody Maker,'' considerou o álbum como nada assombroso, chamando-o de "trilha sonora de um filme inexistente" e ignorando o Pink Floyd como "som e fúria, sem significado".{{HarvRef|Watts|1996|pp=56–57}} ''Meddle'' é um álbum de transição entre o grupo influenciado por Barrett no final dos anos 1960 e o emergente Pink Floyd.<ref>{{Citar web|url=https://www.bbc.co.uk/music/reviews/wnbd|titulo=Review of Pink Floyd&nbsp;– Meddle|publicação=BBC Music|archiveurl=https://web.archive.org/web/20120816063435/http://www.bbc.co.uk/music/reviews/wnbd|archivedate=16 August 2012}}</ref> O LP alcançou o número 3 entre os mais ouvidos, passando 82 semanas nas paradas britânicas.{{HarvRef|Roberts|2005|p=391}}
[[Imagem:El lado oscuro de la luna - The dark side of the moon - Pink Floyd - Vinyl.jpg|thumb|250px|direita|[[Disco de vinil]] de ''The Dark Side of the Moon''.]]


==== ''The Dark Side of the Moon'' (1973) ====
Durante esse período, o Pink Floyd se distanciou da cena psicodélica e se tornou uma banda distinta, até difícil de se classificar. Os estilos divergentes dos principais compositores - Gilmour, Waters e Wright - se amalgamaram em uma sonoridade única. Essa era contém o que muitos consideram serem dois álbuns [[obra-prima|obras-primas]] da carreira da banda, ''[[The Dark Side of the Moon]]'' e ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]''. O som se tornou mais trabalhado e com colaboração de todos, incluindo letras filosóficas e linhas de baixos mais aparentes de Waters, estilo único de guitarra de blues de Gilmour e assustadoras melodias de teclados e texturas harmônicas de Wright. Gilmour foi o vocalista dominante desse período, e contribuições de corais femininos e o saxofone de [[Dick Parry]] se tornaram parte do estilo da banda.
[[File:Dark_Side_of_the_Moon.png|alt=Original album artwork featuring an almost black cover with a triangular prism in the middle. A ray of white light enters the prism from the left and is refracted into colours as it comes out the right side.|direita|miniaturadaimagem| A obra de arte icônica de ''[[The Dark Side of the Moon|O Lado Escuro da Lua]]'' foi desenhada por Hipgnosis e [[George Hardie]] . ]]
O Pink Floyd gravou ''The Dark Side of the Moon'' entre maio de 1972 e janeiro de 1973 com o engenheiro da equipe da EMI, [[Alan Parsons]], em Abbey Road. O título é uma alusão à loucura e não à astronomia.<ref>{{Harvnb|Harris|2005|pp=103–104}}: Recording schedule for ''Dark Side''; {{Harvnb|Harris|2005|p=104}}: Alan Parsons as an engineer on ''Dark Side''; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=159}}: ''The Dark Side of the Moon'' as an allusion to lunacy, rather than astronomy.</ref> A banda havia composto e refinado o material durante uma turnê pelo Reino Unido, Japão, América do Norte e Europa.{{HarvRef|Povey|2008|pp=164–173}} O produtor Chris Thomas ajudou Parsons.<ref>{{Harvnb|Harris|2005|pp=140–141}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|p=177}}: (primary source).</ref> O Hipgnosis projetou a capa, que incluía o icônico design de [[Prisma (óptica)|prisma]] refratário de [[George Hardie]] na capa.{{HarvRef|Harris|2005|p=151}} A capa de Thorgerson apresenta um feixe de luz branca, representando a unidade, passando por um prisma, que representa a sociedade. O feixe refratado de luz colorida simboliza a unidade difratada, deixando uma ausência de unidade.{{HarvRef|Weinstein|2007|p=86}} Waters é o único autor da letra.{{HarvRef|Harris|2005|pp=12–13, 88–89}}
[[Ficheiro:ROCK_CONCERT._(FROM_THE_SITES_EXHIBITION._FOR_OTHER_IMAGES_IN_THIS_ASSIGNMENT,_SEE_FICHE_NUMBERS_42,_97.)_-_NARA_-_553890.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Pink Floyd se apresentando em sua turnê nos Estados Unidos em 1973, pouco antes do lançamento de ''The Dark Side of the Moon'' ]]
Lançado em março de 1973, o LP se tornou um sucesso instantâneo nas paradas no Reino Unido e em toda a Europa Ocidental, recebendo uma resposta entusiasmada dos críticos.{{HarvRef|Schaffner|1991|p=166}} Cada membro do Pink Floyd, exceto Wright, boicotou o comunicado de imprensa de ''The Dark Side of the Moon'' porque uma mixagem quadrafônica ainda não havia sido concluída e eles acharam que apresentar o álbum através de um sistema de som estéreo de baixa qualidade era insuficiente.{{HarvRef|Povey|2008|p=160}} Roy Hollingworth, do ''[[Melody Maker]]'', descreveu o lado um como "totalmente confuso". &nbsp; ... [e] difícil de seguir ", mas elogiou o segundo lado, escrevendo: "As músicas, os sons &nbsp; ... [e] os ritmos eram sólidos &nbsp; ... [o] saxofone atingiu o ar, a banda balançou e rolou".<ref>{{Citar web|titulo=Historical info&nbsp;– 1973 review, Melody Maker|url=http://pinkfloyd.com/history/timeline_1973.php|last=Hollingworth|primeiro3=Roy|publicação=pinkfloyd.com|ano=1973|archiveurl=https://web.archive.org/web/20110515095602/http://www.pinkfloyd.com/history/timeline_1973.php|archivedate=15 May 2011}}</ref> Loyd Grossman, da ''Rolling Stone'', descreveu-o como "um belo álbum com uma riqueza textural e conceitual que não apenas convida, mas exige envolvimento".<ref name="RSReview">{{Citar web|last=Grossman|primeiro3=Lloyd|titulo=Dark Side of the Moon Review|obra=Rolling Stone|url=https://www.rollingstone.com/artists/pinkfloyd/albums/album/270102/review/6212432/dark_side_of_the_moon}}</ref>


==== ''Wish You Were Here'' (1975) ====
O som destonal e duro do começo da carreira da banda abriu caminho para um som bastante suave e calmo, que chegou ao máximo com "[[Echoes]]". Este álbum intitulado Meddle, que ilustrava a capa, um ouvido reverberando sons de ecos, continha ainda a clássica instrumental "One of These Days" que é tocado pela banda durante toda carreira e a famosa "Fearless" citada o trecho "You'll never walk alone" pela torcida do time de futebol inglês, Liverpool. Esse período marcou o fim da era verdadeiramente colaborativa da banda; depois de 1973, a influência de Waters se tornou cada vez mais dominante musicalmente e nas letras. A última composição creditada por Wright e última participação como vocal principal num álbum de estúdio até ''[[The Division Bell|Division Bell]]'', de 1994, é desse período ("[[Shine On You Crazy Diamond]]" e "[[Time (canção de Pink Floyd)|Time]]", respectivamente). Os créditos de letra de Gilmour também diminuiram gradualmente em frequência até a saída de Waters da banda em 1985, embora ele tenha continuado a fazer a voz principal e escrever canções durante o período. Os últimos laços com Barrett estão presentes em ''[[Wish You Were Here (canção de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]'', cuja canção principal, "[[Shine On You Crazy Diamond]]", foi escrita como tributo e elogio a Barrett.
Após uma turnê pelo Reino Unido tocando ''Dark Side'', o Pink Floyd voltou ao estúdio em janeiro de 1975 e começou a trabalhar em seu nono álbum, ''Wish You Were Here''.{{HarvRef|Povey|2008|p=184}} Parsons recusou uma oferta para continuar trabalhando com eles, tornando-se bem-sucedido por si só com o [[The Alan Parsons Project]] e, sendo assim, a banda se voltou para Brian Humphries.{{HarvRef|Mason|2005|pp=177: Parsons declined an offer to continue working with Pink Floyd, 200: Pink Floyd hired Humphries}} Inicialmente, eles acharam difícil compor o novo material; o sucesso de ''The Dark Side of the Moon'' havia deixado o Pink Floyd fisicamente e emocionalmente esgotado. Wright posteriormente descreveu essas primeiras sessões como "um período difícil" e Waters as considerou "tortuosas".{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=184–185}} Gilmour estava mais interessado em melhorar o material já existente da banda. O casamento fracassado de Mason o deixou em um mal-estar geral e com um senso de apatia, os quais interferiram em sua bateria.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=184–185}}


Apesar da falta de direção criativa, Waters começou a visualizar um novo conceito após várias semanas.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=184–185}} Durante 1974, o Pink Floyd esboçou três composições originais e as apresentou em uma série de apresentações na Europa.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=178–184}} Essas composições se tornaram o ponto de partida para um novo álbum cuja frase de guitarra de quatro notas de abertura, composta puramente por acaso por Gilmour, lembrou Waters de Barrett.<ref>{{Harvnb|Schaffner|1991|p=184}}: The motif reminded Waters of Barrett; {{Harvnb|Watkinson|Anderson|2001|p=119}}: Gilmour composed the motif entirely by accident.</ref> As músicas forneceram um resumo adequado da ascensão e queda de seu ex-companheiro de banda.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=185–186}} Waters comentou: "Porque eu queria me aproximar o máximo possível do que sentia &nbsp;... [aquela] melancolia indefinível e inevitável sobre o desaparecimento de Syd."{{HarvRef|Schaffner|1991|p=184}}
A sonoridade da banda foi consideradamente mais focalizada em ''[[Meddle]]'' (1971), com a canção épica de 23 minutos, "[[Echoes]]", tomando todo o lado B do álbum. "[[Echoes]]" é uma leve canção de [[rock progressivo]] com longos solos de guitarra e teclado, e uma longa seção intermediária consistindo praticamente só de música sintetizada produzida por guitarras, [[órgão (instrumento)|órgãos]] e sintetizadores, complementada por um pedal wah wah de guitarra ao contrário. Conseguiu-se, dessa forma, algo que soava como samplers de albatrozes, descrito por Waters como um "poema sônico". ''Meddle'' foi considerado por Nick Mason como "o primeiro álbum real do Pink Floyd. Ele introduziu a ideia de um tema a que o álbum pode ser voltado." O álbum teve som e estilo bem sucedidos na época em que foi lançado, mas não teve a presença da orquestra que foi notável em ''Atom Heart Mother''. ''Meddle'' também inclui a atmosférica "[[One of These Days]]", uma canção muito utilizada em concertos, apresentando uma única linha de voz de Nick Mason ("One of these days, I'm going to cut you into little pieces"), [[slide guitar]] distorcida e com estilo de blues, e uma melodia que, em certo ponto, se esvai em um pulso sintético, citando o tema de um clássico programa de TV, Doctor Who. O sentimento melancólico dos próximos três álbuns está bastante presente em "[[Fearless (canção de Pink Floyd)|Fearless]]". Essa faixa mostra influência de folk e contém uma substancial slide guitar em "[[A Pillow of Winds]]", uma das únicas canções acústicas do Floyd que lidam com amor. O papel de Waters como escritor começa a tomar forma com sua "[[San Tropez]]" em estilo de jazz, que ele trouxe praticamente completa para a banda. ''Meddle'' foi recebido entusiasticamente por críticos e fãs e alcançou 3º lugar no Reino Unido. Nos Estados Unidos não passou do 70º lugar. De acordo com Nick Mason, isso foi em parte porque a Capitol Records não promoveu o álbum com publicidade suficiente. Hoje, ''Meddle'' resiste como um dos mais aclamados trabalhos da banda.


Enquanto Pink Floyd estava trabalhando no álbum, Barrett fez uma visita inesperada ao estúdio. Thorgerson lembrou que "ele se sentou e conversou um pouco, mas não estava realmente lá".{{HarvRef|Watkinson|Anderson|2001|p=120}} Ele mudou significativamente na aparência, tanto que a banda não o reconheceu inicialmente. Waters teria ficado profundamente chateado com a experiência.{{HarvRef|Blake|2008|p=231}}{{Refn|Immediately after the session, Barrett attended a pre-party held for Gilmour's upcoming first wedding, but eventually left without saying goodbye and none of the band members ever saw him again, apart from a run-in between Waters and Barrett a couple of years later.{{sfn|Schaffner|1991|pp=189–190}} The inspiration behind the cover image, designed by Thorgerson, is the idea that people tend to conceal their true feelings for fear of "getting burned", wrote Pink Floyd biographer Glen Povey. Therefore, it features two businessmen shown shaking hands; one of them is on fire.{{sfn|Povey|2008|p=346}}|grupo=nb}} A maioria de ''Wish You Was Here'' estreou em 5 de julho de 1975, em um festival de música ao ar livre em Knebworth . Lançado em setembro, alcançou o número um no Reino Unido e nos Estados Unidos.{{HarvRef|Povey|2008|p=346}}
''[[Obscured By Clouds]]'' foi lançado em 1972 como trilha sonora para o filme "[[La Vallée (filme)|La Vallée]]", outro filme independente de Barbet Schroeder. Foi um dos álbuns da banda a chegar ao Top 50 nos Estados Unidos (onde alcançou 4º lugar) e chegou ao 1º lugar no Reino Unido. Embora Mason tenha descrito o álbum anos depois como "sensacional", ele foi pouco aclamado pelos críticos. As letras de "[[Free Four]]", a primeira canção do Pink Floyd a tocar razoavelmente nas rádios dos Estados Unidos, introduziram os pensamentos da morte do pai de Waters na [[Segunda Guerra Mundial]], o que se repetiria nos álbuns seguintes. Outras duas canções do álbum, "[[Wot's... Uh The Deal]]" e "[[Childhood's End (canção)|Childhood's End]]", também lidaram com temas que voltaram a ser usados em álbuns futuros (solidão e desespero), que se tornariam mais comuns na era liderada por Roger Waters; e temas que também seriam trabalhados bastante no próximo álbum, como fixação na vida, morte, e a passagem do tempo. "Childhood's End", inspirada no livro do Arthur C. Clarke de mesmo nome, foi a última contribuição de letra de Gilmour por 15 anos. O álbum foi, de modo geral, diferente em estilo de ''Meddle'', e às vezes até considerado como folk-rock, blues-rock e levada de piano soft-rock: "[[Burning Bridges (canção)|Burning Bridges]]", "[[The Gold It's in the...]]" and "[[Stay (canção de Pink Floyd)|Stay]]" são os melhores exemplos de cada estilo.


==== ''Animais'' (1977) ====
[[Ficheiro:DarkSideOfTheMoon1973.jpg|thumb|285px|direita|Pink Floyd tocando ''The Dark Side of the Moon'' num show na [[Earls Court]] (1973). A partir da esquerda: David Gilmour, Nick Mason, [[Dick Parry]] e Roger Waters.]]
[[Ficheiro:Battersea_Power_Station_in_London.jpg|alt=Colour picture of a power station factory with four tall white chimneys. The image was taken on a sunny day. The sky is blue and the building is brown.|esquerda|miniaturadaimagem| [[Usina Termelétrica de Battersea]] é destaque na imagem de capa para ''[[Animals (álbum)|Animals]]'' ]]
Em 1975, o Pink Floyd comprou um grupo de três andares de salas de igreja na 35 Britannia Row em Islington e começou a converter o prédio em um estúdio de gravação e espaço de armazenamento.{{HarvRef|Blake|2008|p=236}} Em 1976, eles gravaram seu décimo álbum, ''Animals'', em seu recém-terminado estúdio.{{HarvRef|Povey|2008|p=200}} O conceito de ''Animais se'' originou com Waters, vagamente baseado na fábula política de [[George Orwell]], ''[[Animal Farm]]'' . A letra do álbum descreveu diferentes classes da sociedade como cães, porcos e ovelhas.{{HarvRef|Blake|2008|pp=241–242}}{{Refn|Brian Humphries engineered the album, which was completed in December 1976.{{sfn|Mason|2005|pp=218–220}}|grupo=nb}} Hipgnosis recebeu crédito pela capa de ''Animals''; no entanto, Waters projetou o conceito final, escolhendo uma imagem da antiga [[Usina Termelétrica de Battersea|usina de Battersea]], sobre a qual sobrepôs a imagem de um porco.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=245–246}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|pp=223–225}}: (primary source).</ref>{{Refn|The band commissioned a {{convert|30|ft|m}} pig-shaped balloon and photography began on 2 December. Inclement weather delayed filming, and the balloon broke free of its moorings in strong winds. It eventually landed in [[Kent]], where a local farmer recovered it, reportedly furious that it had frightened his cows.{{sfn|Blake|2008|p=246}} The difficult shoot had resumed before they decided to superimpose the image of the pig onto the photograph of the power station.<ref>{{harvnb|Blake|2008|p=246}}: (secondary source); {{harvnb|Mason|2005|pp=223–225}}: (primary source).</ref>|grupo=nb}}


A divisão de ''royalties'' era uma fonte de conflito entre os membros da banda, que ganhavam ''royalties'' por música. Embora Gilmour tenha sido o grande responsável por "Dogs", que ocupou quase todo o primeiro lado do álbum, ele recebeu menos do que Waters, que contribuiu com o muito mais curto "Pigs on the Wing", em duas partes.{{HarvRef|Blake|2008|pp=242–245}} Wright comentou: "Em parte foi minha culpa, porque eu não empurrei meu material &nbsp; ... mas Dave ''tinha'' algo a oferecer e só conseguiu colocar algumas coisas lá."{{HarvRef|Blake|2008|p=242}} Mason lembrou: "Roger estava em pleno fluxo com as ideias, mas ele estava realmente mantendo Dave deliberadamente abatido e frustrado."{{HarvRef|Blake|2008|p=242}}{{Refn|"Pigs on the Wing" contained references to Waters' romantic relationship with Carolyne Anne Christie. Christie and [[Rock Scully]], manager of the Grateful Dead, were married at the time. Waters' marriage to Judy had produced no children, but he became a father with Christie in November 1976.{{sfn|Blake|2008|pp=244–245}}|grupo=nb}} Gilmour, distraído com o nascimento de seu primeiro filho, contribuiu pouco para o álbum. Da mesma forma, nem Mason nem Wright contribuíram muito com ''Animals'' ; Wright teve problemas conjugais e seu relacionamento com Waters também estava sofrendo.{{HarvRef|Blake|2008|pp=242–243}} ''Animals'' é o primeiro álbum do Pink Floyd que não inclui um crédito para Wright, que comentou: "''Animals'' ... &nbsp; não foi um disco divertido de fazer ... foi quando Roger ''realmente'' começou a acreditar que ele era o único compositor da banda ... foi só por causa dele que [nós] ainda estávamos tocando ... quando ele começou a desenvolver suas viagens de ego, a pessoa com quem ele teria conflitos seria eu."{{HarvRef|Blake|2008|pp=242–243}}
O lançamento com sucesso em massa de 1973, ''[[The Dark Side of the Moon]]'', foi o ápice de popularidade da banda. O Pink Floyd havia parado de lançar singles depois de "[[Point Me at the Sky]]" em 1968, e nunca havia sido uma banda levada pelos singles hits, mas ''The Dark Side of the Moon'' teve um single no Top 20 dos Estados Unidos com "[[Money (canção de Pink Floyd)|Money]]".


Lançado em janeiro de 1977, o álbum alcançou o número dois nas paradas britânicas e o número três nos Estados Unidos.{{HarvRef|Povey|2008|p=347}} A ''[[NME]]'' descreveu o álbum como "um dos pedaços iconoclásticos da música mais extremos, implacáveis, angustiantes e francos" e Karl Dallas, da ''Melody Maker'', o chamou de "[um] gosto desconfortável da realidade em um meio que se tornou últimos anos, cada vez mais soporíferos".{{HarvRef|Blake|2008|p=247}}
O álbum foi o primeiro a chegar ao 1º lugar das paradas dos Estados Unidos, e até dezembro de 2006 havia acumulado 15 milhões de unidades vendidas no mercado americano, tornando-se um dos álbuns com melhor desempenho comercial da história dos Estados Unidos. No mundo todo, Dark Side superou 40 milhões de cópias vendidas. O álbum ficou no Top 200 da Billboard por 1094 semanas (incluindo 591 semanas consecutivas, de 1976 até 1988), um feito sem precedentes que estabeleceu um record mundial. Ele também permaneceu 1301 semanas nas paradas do Reino Unido e, apesar de não ter passado da 2ª posição lá, foi extremamente bem recebido pelos críticos.O [[saxofone]] forma uma parte importante do som do álbum, expondo a influência de [[Jazz]] da banda (especialmente a de Rick Wright) e [[vocal de apoio|cantoras de apoio]], fazem uma parte principal em ajudar a diversificar a textura do álbum. Por exemplo, canções como "[[Money (canção de Pink Floyd)|Money]]" e "Time" são colocadas em ambos sons melancólicos de [[slide guitar]] (remanescente do ''Meddle'') em "[[Breathe (Reprise)]]", e levada, pelo canto feminino "[[The Great Gig in the Sky]]" (com Clare Torry nos vocais principais), enquanto a minimalista em instrumentos "[[On the Run]]" é tocada praticamente inteira em um único sintetizador. Efeitos sonoros incidentais e partes de entrevistas são apresentadas ao longo das canções, a maioria delas, gravadas em estúdio. As entrevistas de Waters começavam com perguntas como "Qual é sua cor favorita?" uma tentativa em deixar as pessoas mais confortáveis. Então ele perguntava "Quando foi a última vez que você foi violento? E você estava certo?" Outras perguntas também eram, "Você tem medo de morrer ?" As letras do álbum soam como tentativas de descrever as diferentes pressões que a vida no dia-a-dia atua no ser humano. Esse conceito (concebido por Waters em uma reunião da banda por perto da mesa da cozinha do Mason) provou ser poderoso com a banda, e juntos eles fizeram uma lista de temas, vários, os quais seriam re-utilizados em álbuns seguintes, como o uso de violência e a futilidade da guerra em "[[Us and Them (canção)|Us and Them]]", e temas como insanidade e neurose discutido em "[[Brain Damage]]", lembrando o estado insâno de Syd Barrett. As complicadas e precisas formas de engenheiro no som do álbum, com [[Alan Parsons]], ditaram novos parâmetros para fidelidade de som; o que virou um aspecto reconhecível da banda, e foi um forte forma no que diz a longa permanência nas paradas do álbum, enquanto audiófilos constantemente trocam suas cópias desgastadas.


Pink Floyd apresentou grande parte do material do álbum durante a turnê "In the Flesh". Foi a primeira experiência da banda tocando em grandes estádios, cujo tamanho causou desconforto para eles.{{HarvRef|Blake|2008|pp=252–253}} Waters começou a chegar a cada local sozinho, partindo imediatamente após a apresentação. Em uma ocasião, Wright voou de volta para a Inglaterra, ameaçando deixar a banda.{{HarvRef|Mason|2005|pp=235–236}} No [[Estádio Olímpico de Montreal|Estádio Olímpico de]] [[Montreal]], um grupo de fãs barulhentos e entusiasmados na primeira fila da plateia irritou tanto Waters que ele cuspiu em um deles.{{HarvRef|Povey|2008|p=207}}{{Refn|Waters was not the only person depressed by playing in large venues, as Gilmour refused to perform the band's usual encore that night.{{sfn|Mason|2005|pp=235–236}}|grupo=nb}} O final da turnê marcou um ponto baixo para Gilmour, que sentiu que a banda alcançou o sucesso que buscava, sem mais nada para realizar.{{HarvRef|Mason|2005|p=230}}
Procurando capitalizar a sua recém chegada fama, a banda também lançou uma coletânea chamada ''[[A Nice Pair]]'', o que foi uma junção dos dois primeiros álbuns, ''The Piper at the Gates of Dawn'' e ''A Saucerful of Secrets''. E também foi durante esse período que o diretor [[Adrian Maben]] lançou o primeiro filme concerto do Pink Floyd, o [[Live at Pompeii]]. O corte original para os cinemas, apresentava a banda tocando em 1971 num anfiteatro em [[Pompeia]] com nenhum plateia presente, exceto pela equipe de filmagem e equipe da banda. Maben também gravou entrevistas e os bastidores da banda durante as sessões de gravações do ''The Dark Side of the Moon'' nos estúdios [[Abbey Road]]; apesar da cronologia dos eventos indicar que as sessões de gravação podem ter acontecido depois da gravação, eles promoveram uma olhada no processo envolvido na produção do álbum. Essas filmagens foram incorporadas em futuros lançamentos de ''Live at Pompeii''.


=== 1978-1985: Era liderada por Waters ===
[[Ficheiro:RWHollywoodBowl1-cover.JPG|thumb|250px|direita|[[Prisma]] de ''The Dark Side,'' como objeto de cena em um show de Waters no [[Hollywood Bowl]].]]
Depois do sucesso do Dark Side, a banda não estava certa sobre sua direção futura e estava preocupada em como conseguiriam superar a enorme popularidade daquele álbum. Em retorno ao experimentalismo, eles começaram a trabalhar em um projeto chamado ''[[Household Objects]]'', que consistia em canções tocadas literalmente em objetos caseiros. No entanto o planejamento do álbum foi logo deixado de lado, depois que a banda decidiu que seria mais fácil e melhor tocar canções em instrumentos de verdade. Nenhuma gravação terminada dessas sessões existe, mas alguns efeitos gravados foram usados no próximo álbum.


==== ''The Wall'' (1979) ====
''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]'', lançado em 1975, carrega um tema abstrato de abstência de qualquer humanidade dentro da indústria fonográfica e, mais importante, a abstência de [[Syd Barrett]]. Bem conhecido por sua faixa-título, o álbum inclui o grande instrumental de nove partes "[[Shine On You Crazy Diamond]]", um tributo para Barrett em que as letras lidam explicitamente com seu declínio. A maioria das influências musicais do passado da banda foram juntadas - teclados atmosféricos, peças de guitarras de blues, solos de saxofone (por Dick Parry), fusão de Jazz com agressiva slide guitar - nas várias partes ligadas da suite, culminando numa marcha fúnebre, tocada por sintetizador, e terminando com uma citação musical do antigo single "[[See Emily Play]]" como final demonstração da liderança inicial de Barrett na banda. As demais faixas, "[[Welcome to the Machine]]" e "[[Have a Cigar]]", criticam duramente a indústria fonográfica e essa última foi cantada por cantor folk [[Roy Harper]]. Essa foi o terceiro álbum do Pink Floyd a chegar ao 1º lugar das paradas do Reino Unido e dos Estados Unidos, e os críticos o aclamam tão entusiasticamente quanto ''The Dark Side of the Moon''.
Em julho de 1978, em meio a uma crise financeira causada por investimentos negligentes, Waters apresentou duas ideias para o próximo álbum do Pink Floyd. A primeira foi uma demonstração de 90 minutos com o título de trabalho ''Bricks in the Wall;'' a outra mais tarde se tornou o primeiro álbum solo de Waters, ''[[The Pros and Cons of Hitch Hiking]]'' . Embora Mason e Gilmour tenham sido inicialmente cautelosos, eles escolheram a primeira.{{HarvRef|Blake|2008|pp=258–259}}{{Refn|In 1976, Pink Floyd had become involved with financial advisers Norton Warburg Group (NWG). NWG became the band's collecting agents and handled all financial planning, for an annual fee of about £300,000 ({{Inflation|UK|300000|1978|r=-2|fmt=eq|cursign=£}}{{Inflation-fn|UK|df=y}}). NWG invested between £1.6&nbsp;million and £3.3&nbsp;million of the band's money in high-risk venture capital schemes, primarily to reduce their exposure to UK taxes. It soon became apparent that the band were still losing money. Not only did NWG invest in failing businesses, they also left the band liable for tax bills as high as 83 per cent of their income. The band eventually terminated their relationship with NWG and demanded the return of any funds not yet invested, which at that time amounted to £860,000; they received only £740,000.{{sfn|Schaffner|1991|pp=206–208}} Pink Floyd eventually sued NWG for £1M, accusing them of fraud and negligence. NWG collapsed in 1981: Andrew Warburg fled to Spain; Waterbrook purchased Norton Warburg Investments, and many of its holdings sold at a significant loss. Andrew Warburg began serving a three-year jail sentence upon his return to the UK in 1987.{{sfn|Schaffner|1991|pp=206–208}}|grupo=nb}} [[Bob Ezrin]] coproduziu e escreveu um roteiro de quarenta páginas para o novo álbum.{{HarvRef|Blake|2008|p=260}} Ezrin baseou a história na figura central de Pink - um personagem ''gestalt'' inspirado nas experiências de infância de Waters, a mais notável delas foi a morte de seu pai na [[Segunda Guerra Mundial]]. Esse primeiro "tijolo" metafórico levou a mais problemas; Pink se tornaria viciado em drogas e deprimido pela indústria da música, eventualmente se transformando em um megalomaníaco, um desenvolvimento inspirado em parte pelo declínio de Syd Barrett. No final do álbum, o público cada vez mais fascista assistia enquanto Pink derrubava a parede, tornando-se novamente uma pessoa comum e carinhosa.{{HarvRef|Blake|2008|pp=260–261}}{{Refn|[[James Guthrie (record producer)|James Guthrie]] replaced engineer Brian Humphries, emotionally drained by his five years with the band, for the recording of the album.{{sfn|Mason|2005|p=238}} In March 1979, the band's dire financial situation demanded that they leave the UK for a year, or more and recording moved to the Super Bear Studios near [[Nice]].<ref>{{harvnb|Mason|2005|pp=240–242}}: (primary source); {{harvnb|Schaffner|1991|p=213}}: (secondary source).</ref>|grupo=nb}}


Durante a gravação de ''The Wall'', Waters, Gilmour e Mason ficaram insatisfeitos com a falta de contribuição de Wright e o demitiram.{{HarvRef|Simmons|1999|pp=76–95}} Gilmour disse que Wright "não havia contribuído com nada de qualquer valor para o álbum - ele fez muito, muito pouco" e foi por isso que ele "conseguiu levar um pontapé".<ref>{{Harvnb|Schaffner|1991|p=219}}: That's why Wright "got the boot"; {{Harvnb|Simmons|1999|pp=86–88}}: Wright, "hadn't contributed anything of any value".</ref> Segundo Mason, "a contribuição de Rick foi aparecer e participar das sessões sem fazer nada, apenas 'ser um produtor'".{{HarvRef|Mason|2005|p=246}} Waters comentou: "[Wright] não estava preparado para cooperar na gravação do disco &nbsp; ... [e] foi acordado por todos &nbsp; ... ou [ele] pode ter uma longa batalha ou [ele] pode concordar em &nbsp;... terminar de fazer o álbum, mantenha a parte dele &nbsp; ... mas no final [ele] sairia em silêncio. Rick concordou."{{HarvRef|Simmons|1999|p=88}}{{Refn|Although Wright's name did not appear anywhere on the finished album, Pink Floyd employed him as a paid musician on their subsequent ''The Wall'' tour.{{sfn|Blake|2008|pp=269: Wright's name did not appear on the album, 285–286: Wright as a paid musician during the tour}} Towards the end of ''The Wall'' sessions, Mason left the final mix to Waters, Gilmour, Ezrin and Guthrie, travelling to New York to record his debut solo album, ''[[Nick Mason's Fictitious Sports]]''.{{sfn|Mason|2005|p=249}}|grupo=nb}}
Em uma história conhecida, um homem obeso, com cabeça e [[sobrancelha]]s inteiramente raspadas, andou pelo estúdio enquanto a banda mixava "[[Shine On You Crazy Diamond]]". A banda não o reconheceu por um tempo, quando de repente um deles percebeu que ele era Syd Barrett. Quando perguntado como ele chegou àquele peso, ele respondeu "Eu tenho uma frigideira grande na cozinha e eu estive comendo bastante carne de porco". Em uma entrevista em 2001 no documentário da BBC "Syd Barrett: Crazy Diamond" (lançado posteriormente em DVD como "The Pink Floyd Story and Syd Barrett Story"), a história é contada por inteira. Rick Wright disse sobre a sessão, dizendo "Uma coisa que fica na minha mente, que eu nunca esquecerei; eu estava indo para as sessões de Shine On. Eu fui ao estúdio e eu vi esse cara sentado no fundo do estúdio, ele estava distante, do mesmo jeito que eu de você. E eu não o reconheci. Eu disse -quem é aquele cara atrás de você?- -"Aquele é o Syd". Eu não acreditei… ele havia raspado todo seu cabelo… digo, suas [[sobrancelha]]s, tudo… ele estava pulando para cima e para baixo escovando seu dente, aquilo foi horrível. E ah, eu estava, quer dizer, Roger estava em prantos, eu acho que ele estava; nós estávamos em prantos. Aquilo foi realmente chocante… sete anos sem contato algum e de repente ele aparece enquanto estávamos fazendo aquela faixa. Eu não sei - coincidência, carma, destino, quem sabe? Mas aquilo foi, muito, muito poderoso". No mesmo documentário, Nick Mason disse: "Quando eu penso sobre isso, eu ainda posso ver seus olhos, mas… foi o resto que estava diferente". Na mesma entrevista Roger Waters disse: "Eu não tive ideia de quem ele foi por um bom tempo". David Gilmour contou: "Nenhum de nós reconheceu ele. Raspado… raspado careca e bem gordo". Na versão definitiva de 2006 do documentário, as entrevistas com os ex-parceiros de banda de Barrett estão inclusas sem edição, com bem mais detalhes dos sentimentos e ações deles, durante o trágico esgotamento e a saída de Barrett da banda.


O álbum foi apoiado por "[[Another Brick in the Wall|Another Brick in the Wall (Part II)]]", que liderou as paradas nos Estados Unidos e no Reino Unido; foi o primeiro single do Pink Floyd desde "Money".<ref>{{Harvnb|Bronson|1992|p=523}}: Peak US chart position for "Another Brick in the Wall (Part II)"; {{Harvnb|Roberts|2005|p=391}}: Peak UK chart position for "Another Brick in the Wall (Part II)".</ref> ''The Wall'' foi lançado em 30 de novembro de 1979 e liderou a parada da ''Billboard'' nos Estados Unidos por quinze semanas, chegando ao número três no Reino Unido.<ref>{{Harvnb|Roberts|2005|p=391}}: Peak UK chart position for ''The Wall''; {{Harvnb|Rosen|1996|p=246}}: Peak US chart position for ''The Wall''.</ref> ''The Wall'' ocupa o terceiro lugar na lista da [[Recording Industry Association of America|RIAA]] dos 100 melhores álbuns de todos os tempos, com 23 milhões de unidades certificadas vendidas nos EUA.<ref>{{Citar web|url=https://www.riaa.com/goldandplatinum.php?content_selector=top-100-albums|titulo=RIAA's Top 100 Albums.|publicação=[[Recording Industry Association of America]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20140924083914/http://www.riaa.com/goldandplatinum.php?content_selector=top-100-albums|archivedate=24 September 2014}}</ref> A capa, com uma parede de tijolos e o nome da banda, foi a primeira capa do Pink Floyd desde ''The Piper no Gates of Dawn'' que não foi desenhada por Hipgnosis.{{HarvRef|Blake|2008|p=279}}
=== Era Roger Waters 1976-1985 ===


''O'' conceito de ''The Wall'' também gerou um filme, cuja ideia original era uma combinação de cenas de concertos ao vivo e cenas animadas. No entanto, as filmagens do show se mostraram impraticáveis de serem feitas. [[Alan Parker]] concordou em dirigir e adotou uma abordagem diferente. As sequências animadas permaneceriam, mas as cenas seriam representadas por atores profissionais sem diálogo. Waters foi testado na tela, mas rapidamente descartado e eles pediram a [[Bob Geldof]] para aceitar o papel de Pink. Geldof foi inicialmente indiferente, condenando o enredo ''The Wall'' {{'}} como 'besteira'.{{HarvRef|Blake|2008|p=289}} Eventualmente vencido pela perspectiva de participação em um filme significativo e de receber um grande pagamento por seu trabalho, Geldof concordou.{{HarvRef|Blake|2008|pp=288–292}}{{Refn|Waters took a six-week leave during filming and returned to find that Parker had used his artistic license to modify parts of the film to his liking. Waters became incensed; the two fought, and Parker threatened to walk out. Gilmour urged Waters to reconsider his stance, reminding the bassist that he and the other band members were shareholders and directors and could outvote him on such decisions.{{sfn|Blake|2008|pp=288–292}}|grupo=nb}} Exibido no [[Festival de Cannes]] em maio de 1982, o ''[[Pink Floyd – The Wall|Pink Floyd - The Wall]]'' estreou no Reino Unido em julho de 1982.{{HarvRef|Povey|2008|p=229}} {{Refn|Pink Floyd created a modified soundtrack for some of the film's songs.{{sfn|Blake|2008|pp=288–292}}|grupo=nb}}
Durante essa era, Waters tomou cada vez mais e mais controle do trabalho do Pink Floyd. Waters demitiu Wright depois que o ''The Wall'' foi terminado, argumentando que Wright não estava contribuindo muito. Waters declarou que Gilmour e Mason apoiaram a decisão para demiti-lo, mas em 2000 Gilmour declarou que ele e Mason foram contra a demissão. Nick Mason disse que Wright foi demitido por causa da Columbia Records que ofereceu a Waters um substancial bônus, para finalizar o álbum a tempo para um lançamento em 1979. Desde que Wright recusou voltar mais cedo de suas férias de verão, Waters queria demiti-lo. Wright foi demitido da banda, mas continuou para terminar o álbum e tocar na turnê como um músico pago.


==== ''The Final Cut'' (1982) ====
A maioria das músicas desse período são consideradas secundárias em relação às letras, nas quais Waters explora os sentimentos sobre a morte de seu pai na [[Segunda Guerra Mundial]] e sua crescente atitude de cinismo contra figuras políticas como [[Margaret Thatcher]] e [[Mary Whitehouse]]. A música cresceu mais orientada pela guitarra com teclados e saxofones, que se tornaram uma grande parte da textura do contexto da música, junto com efeitos sonoros obrigatórios. Uma orquestra completa (ainda maior do que a de metais em ''Atom Heart Mother'') faz um papel significante em ''[[The Wall]]'' e especialmente em ''[[The Final Cut (álbum)|The Final Cut]]''. Por volta de janeiro de 1977, e pelo lançamento do ''[[Animals]]'' (chegando ao 1º lugar no Reino Unido e 1º nos Estados Unidos), a música da banda veio sob uma crescente crítica da atmosfera do punk rock, dizendo que eles eram muito pretensiosos, e perderam o caminho da simplicidade que era o rock and roll.
Em 1982, Waters sugeriu um novo projeto musical com o título de trabalho ''Spare Bricks'', originalmente concebido como o álbum da trilha sonora de ''Pink Floyd - The Wall.'' Com o início da [[Guerra das Malvinas]], Waters mudou de direção e começou a escrever o novo material. Ele viu a resposta de [[Margaret Thatcher]] à invasão das Malvinas como [[Jingoísmo|jingoística]] e desnecessária e dedicou o álbum ao seu falecido pai. Imediatamente surgiram discussões entre Waters e Gilmour, que acharam que o álbum deveria incluir todo o material novo, em vez de reciclar músicas passadas para o ''The Wall'' . Waters sentiu que Gilmour havia contribuído pouco para o repertório lírico da banda.{{HarvRef|Blake|2008|pp=294–295}} [[Michael Kamen]], um contribuinte para os arranjos orquestrais de ''The Wall,'' mediada entre os dois, também desempenhou o papel tradicionalmente ocupado pelo então ausente Wright. {{HarvRef|Blake|2008|pp=296–298}}{{Refn|Recording took place in eight studios, including Gilmour's home studio at [[Outside Studios|Hookend Manor]] and Waters' home studio at [[East Sheen]].<ref>{{harvnb|Blake|2008|pp=296–298}}: (secondary source); {{harvnb|Mason|2005|p=268}}: (primary source)</ref>|grupo=nb}} A tensão dentro da banda aumentou. Waters e Gilmour trabalharam independentemente; no entanto, Gilmour começou a sentir a tensão, às vezes mal mantendo a compostura. Após um confronto final, o nome de Gilmour desapareceu da lista de créditos, refletindo o que Waters sentia por sua falta de contribuições para composição.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=295–298}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|p=268}}: (primary source)</ref>{{Refn|During the sessions, Waters lost his temper and began ranting at Kamen who, out of frustration during one recording session, had started repeatedly writing "I Must Not Fuck Sheep" on a notepad in the studio's control room.{{sfn|Blake|2008|pp=296–298}}|grupo=nb}}


Embora as contribuições musicais de Mason fossem mínimas, ele ficou ocupado gravando efeitos sonoros para um sistema holofônico experimental a ser usado no álbum. Com seus próprios problemas conjugais, ele permaneceu uma figura distante. Pink Floyd não usou Thorgerson para o ''design'' da capa, Waters optando por projetar a capa.{{HarvRef|Blake|2008|p=299}}{{Refn|Waters commissioned his brother-in-law, Willie Christie, to take photographs for the album cover.{{sfn|Blake|2008|p=299}}|grupo=nb}} Lançado em março de 1983, ''[[The Final Cut (álbum)|The Final Cut]]'' foi direto para o número um no Reino Unido e o número seis nos Estados Unidos.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|p=300}}: Peak US chart position for ''The Final Cut''; {{Harvnb|Roberts|2005|p=391}}: Peak UK chart position for ''The Final Cut''.</ref> Waters escreveu todas as letras, bem como todas as músicas do álbum.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|p=294}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|p=265}}: (primary source).</ref> Gilmour não tinha nenhum material pronto para o álbum e pediu a Waters que atrasasse a gravação até que ele pudesse escrever algumas músicas, mas Waters recusou.{{HarvRef|Blake|2008|p=295}} Gilmour comentou mais tarde: "Certamente sou culpado às vezes por ser preguiçoso &nbsp; ... mas ele não estava certo em querer colocar algumas faixas roubadas no ''The Final Cut''."{{HarvRef|Blake|2008|p=295}}{{Refn|Though Gilmour's name did not appear on the production credits, he retained his pay as musician and producer.<ref>{{harvnb|Blake|2008|pp=294–300}}: (secondary source); {{harvnb|Mason|2005|pp=269–270}}: (primary source).</ref>|grupo=nb}} ''A'' revista ''Rolling Stone'' deu ao álbum cinco estrelas, com Kurt Loder chamando de "uma conquista superlativa ... a principal obra-prima do art rock".{{HarvRef|Schaffner|1991|p=243}}{{Refn|Released as a single, "[[Not Now John]]", with its chorus of "Fuck all that" bowdlerised to "Stuff all that"; ''Melody Maker'' declared it "a milestone in the history of awfulness".{{sfn|Blake|2008|p=300}}|grupo=nb}} Loder viu ''The Final Cut'' como "essencialmente um álbum solo de Roger Waters".<ref>{{Citar web|last=Loder|primeiro3=Kurt|titulo=Pink Floyd&nbsp;– The Final Cut|url=https://www.rollingstone.com/music/albumreviews/the-final-cut-19830414|obra=[[Rolling Stone]]}}</ref>
[[Ficheiro:Battersea Power Station in London.jpg|thumb|250px|direita|A ''Battersea Power Station'' ([[Usina Termelétrica de Battersea]]) em Londres, que serviu de inspiração para a capa do [[Disco de vinil|disco]] ''Animals.'']]
''Animals'', no entanto, foi considerado mais orientado pela guitarra do que os álbuns anteriores, tanto pela influência do movimento [[punk rock]] quanto pelo fato de que o álbum foi gravado pelo novo (e por algum acaso, incompleto) estúdio Britannia Row. O álbum foi o primeiro a não ter uma composição feita por Wright. ''Animals'', de novo, contém canções longas, ligadas por um tema, desta vez, tirado em parte do livro ''[[Animal Farm]]'' (''O Triunfo dos Porcos'' em [[Portugal]] e ''A Revolução dos Bichos'' no [[Brasil]]) de [[George Orwell]], em que usou "[[Pigs]]" (Porcos), "[[Sheep]]" (Ovelhas) e "[[Dogs]]" (Cachorros) como metáforas dos membros da sociedade contemporânea. Apesar da relevante guitarra, sintetizadores ainda fazem uma importante parte em ''Animals'', mas é carente do trabalho de saxofone e vocais femininos, utilizados nos últimos dois anteriores álbuns. O resultado no geral é um trabalho mais hard-rock, ligados por duas partes de uma peça acústica. Muitos críticos não receberam muito bem o álbum, considerando-o tedioso e vazado; apesar de outros críticos falarem bem dele, praticamente por causa dessas razões. Para a capa do encarte, um porco inflável gigante foi considerado para voar entre as torres da Estação de Energia Battersea (''Battersea Power Station''). No entanto o vento fez com o que fosse difícil de controlar o balão de porco, e no final foi necessário inserir a foto do porco na imagem. O porco foi criado pelo designer industrial e artista Theo Botschuijver. O porco no entanto se tornou um dos mais memoráveis símbolos do Pink Floyd e porcos infláveis são utilizados em concertos do Pink Floyd desde então.


==== "Uma força gasta", partida de Waters e batalhas legais ====
[[Imagem:Another brick in the wall - Pink Floyd - Vinyl.JPG|thumb|180px|esquerda|[[Disco de vinil]] [[compacto duplo]] de [[Another Brick in the Wall]].]]
Gilmour gravou seu segundo álbum solo, ''[[About Face]]'', em 1984 e usou-o para expressar seus sentimentos sobre uma variedade de tópicos, desde o assassinato de [[John Lennon]] até seu relacionamento com Waters. Mais tarde, ele afirmou que usou o álbum para se distanciar do Pink Floyd. Logo depois, Waters começou a turnê de seu primeiro álbum solo, ''[[The Pros and Cons of Hitch Hiking]]''.{{HarvRef|Blake|2008|pp=302–309}} Wright formou Zee com Dave Harris e gravou ''[[Identity (álbum)|Identity]]'', que passou quase despercebido após seu lançamento.{{HarvRef|Blake|2008|pp=309–311}}{{Refn|Wright was also in the midst of a difficult divorce and later said that the album was, "made at a time in my life when I was lost."{{sfn|Blake|2008|pp=309–311}}|grupo=nb}} Mason lançou seu segundo álbum solo, ''[[Profiles]]'', em agosto de 1985.{{HarvRef|Blake|2008|pp=311–313}}


Após o lançamento de ''The Pros and Cons of Hitch Hiking'', Waters insistiu publicamente que o Pink Floyd não iria se reunir. Ele entrou em contato com O'Rourke para discutir a liquidação de futuros pagamentos de ''royalties''. O'Rourke sentiu-se na obrigação de informar Mason e Gilmour, o que irritou Waters, que queria dispensá-lo como gerente da banda. Ele rescindiu seu contrato de gestão com O'Rourke e contratou Peter Rudge para administrar seus negócios.{{HarvRef|Blake|2008|pp=311–313}}{{Refn|Waters went on to record the soundtrack for ''[[When the Wind Blows (1986 film)|When the Wind Blows]]'', as well as his second solo album, ''[[Radio K.A.O.S.]]''.{{sfn|Schaffner|1991|pp=263–266}}|grupo=nb}} Waters escreveu para a [[EMI]] e a [[Columbia Records|Columbia]] anunciando que ele havia deixado a banda e pediu que o libertassem de suas obrigações contratuais. Gilmour acreditava que Waters partia para acelerar o fim do Pink Floyd. Waters afirmou mais tarde que, ao não fazer novos álbuns, o Pink Floyd violaria o contrato - o que sugeriria que os pagamentos de ''royalties'' seriam suspensos - e que os outros membros da banda o haviam forçado a sair do grupo, ameaçando processá-lo. Ele foi a [[Alta Corte de Justiça]] em um esforço para dissolver a banda e impedir o uso do nome Pink Floyd, declarando Pink Floyd como "uma força gasta de forma criativa".<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=311–313}}: O'Rourke's involvement in the settlement; {{Harvnb|Povey|2008|p=240}}: "a spent force".</ref>
A [[ópera rock]] de 1979, ''[[The Wall]]'', concebida por Waters, lida com temas como solidão e falha de comunicação, que foram expressos pela metáfora de um muro construído entre um artista de rock e sua audiência. O momento decisivo para o concebimento do ''The Wall'' foi durante um concerto em [[Montreal]] no [[Canadá]], no qual Roger Waters cuspiu num membro da plateia enquanto este tentava subir para o palco - esse foi o ponto onde Waters sentiu a alienação entre a plateia e a banda.
O álbum deu críticas renomadas ao Pink Floyd e teve um único single, "[[Another Brick in the Wall|Another Brick in the Wall (Part 2)]]", que alcançou o topo das paradas. ''The Wall'' também contém faixas que seriam comuns em concertos posteriormente, como "[[Comfortably Numb]]" e "[[Run Like Hell]]", que são duas das mais conhecidas canções do grupo.


Quando os advogados de Waters descobriram que a parceria nunca havia sido formalmente confirmada, Waters voltou a Alta Corte na tentativa de obter um veto sobre o uso adicional do nome da banda. Gilmour respondeu com um comunicado de imprensa afirmando que o Pink Floyd continuaria a existir. Ele mais tarde disse ao ''Sunday Times'' : "Roger é um cachorro na manjedoura e eu vou lutar com ele".{{HarvRef|Schaffner|1991|p=271}} Em 2013, Waters disse que não havia percebido que o nome do Pink Floyd tinha valor comercial independente dos membros da banda e estava errado ao tentar impedir os outros de usá-lo.<ref>{{Citar web|url=https://www.bbc.com/news/entertainment-arts-24160584|titulo=Pink Floyd star Roger Waters regrets suing band|publicação=BBC News|archiveurl=https://web.archive.org/web/20160228034159/http://www.bbc.com/news/entertainment-arts-24160584|archivedate=28 February 2016}}</ref>
O álbum foi co-produzido por [[Bob Ezrin]], um amigo de Waters que divide com ele os créditos em "The Trial". Ainda mais do que as sessões do ''Animals'', Waters estava certo sobre sua influência artística e liderança sobre a banda, usando a boa situação financeira da banda a seu favor, o que trouxe conflito com os outros integrantes. A música se tornou distintivamente mais hard rock, apesar de grandes orquestrações em algumas faixas lembram um período passado e têm-se algumas composições mais calmas também, como "[[Goodbye Blue Sky]]", "[[Nobody Home]]", e "Vera". A influência de Wright foi completamente minimizada e ele foi demitido da banda durante as gravações, somente retornando com um salário fixo, para tocar nos concertos. Ironicamente, Wright foi o único membro do Pink Floyd que ganhou algum dinheiro dos shows da turnê do ''The Wall'', os quais passaram por várias cidades - incluindo Dortmund, [[Londres]], [[Los Angeles]], [[Nova Iorque]] - durante várias noites, e o resto teve que bancar o custo alto dos mais espetaculares concertos até então.
Em 1989, depois do [[Muro de Berlin]] cair na [[Alemanha]], Roger Waters concordou em tocar o ''The Wall'' ao vivo onde ficava originalmente o muro.


=== 1985–1994: era liderada por Gilmour ===
''The Wall'' ficou 15 semanas no topo das paradas dos Estados Unidos em 1980. Críticos o receberam bem, e ele chegou aos 23 álbuns de platina pela RIAA pelas vendas de 11,5 milhões de cópias do álbum duplo somente nos Estados Unidos. O enorme sucesso comercial do ''The Wall'' fez do Pink Floyd os únicos artistas desde os [[Beatles]] a terem os álbuns mais vendidos de dois anos (1973 e 1980) em menos de uma década.


==== ''Um lapso momentâneo da razão'' (1987) ====
[[Ficheiro:The wall 1990 schoolmaster puppet.jpg|thumb|200px|direita|Boneco gigante do autoritário professor de ''Pink,'' o [[protagonista]] de ''The Wall.'' Show acontecido em [[Berlim]], [[1990]].]]
[[Ficheiro:Astoria_(Péniche).jpg|alt=A colour image Gilmour's houseboat and studio the Astoria, anchored in a river. The background is green forest and it is a bright sunny day.|direita|miniaturadaimagem| O estúdio de gravação ''Astoria'' ]]
Um filme intitulado ''[[Pink Floyd The Wall]]'' foi lançado em 1982, incorporando praticamente toda a música do álbum. O filme, escrito por Waters e dirigido por [[Alan Parker]], estrelou o fundador do [[The Boomtown Rats]], [[Bob Geldof]], o qual regravou a maioria dos vocais, e ainda apresenta animação pelo notável artista e cartunista britânico, [[Gerald Scarfe]]. Leonard Maltin, um crítico de cinema, se refere ao filme como "o maior video de rock do mundo, e certamente o mais depressivo", mas o filme arrecadou mais de quatorze milhões nas bilheterias norte-americanas. Uma canção que apareceu no filme "[[When the Tigers Broke Free]]", foi lançada como single. A canção foi lançada depois na coletânea ''[[Echoes: The Best of Pink Floyd]]'' e no re-relançamento do ''The Final Cut''. Também no filme, há a canção "[[What Shall We Do Now]]?", que foi cortada do álbum original devido a duração do vinil. As únicas canções do álbum que não foram usadas foram "[[Hey You (canção de Pink Floyd)|Hey You]]" e "[[The Show Must Go On]]".
Em 1986, Gilmour começou a recrutar músicos para o que seria o primeiro álbum do Pink Floyd sem Waters, ''[[A Momentary Lapse of Reason]]''.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=264–268}}{{Refn|Artists such as [[Jon Carin]] and [[Phil Manzanera]] worked on the album, joined by Bob Ezrin.{{sfn|Schaffner|1991|pp=264–268}}|grupo=nb}} Havia obstáculos legais à re-admissão de Wright na banda, mas após uma reunião em Hampstead, o Pink Floyd convidou Wright para participar das próximas sessões.{{HarvRef|Blake|2008|pp=316–317}} Gilmour afirmou mais tarde que a presença de Wright "nos tornaria mais fortes legalmente e musicalmente" e o Pink Floyd o empregou como músico com ganhos semanais de 11.000 dólares (em valores da época).<ref>{{Harvnb|Manning|2006|p=134}}: Pink Floyd employed Wright as a paid musician with weekly earnings of $11,000; {{Harvnb|Schaffner|1991|p=269}}: "would make us stronger legally and musically".</ref> As sessões de gravação começaram no barco de Gilmour, o ''Astoria'', atracado ao longo do [[Rio Tâmisa|rio Tamisa]].{{HarvRef|Blake|2008|p=318}}{{Refn|[[Andrew Jackson (recording engineer)|Andy Jackson]] engineered the album.{{sfn|Fitch|2005|p=158}}|grupo=nb}} Gilmour trabalhou com vários compositores, incluindo [[Eric Stewart]] e Roger McGough, eventualmente escolhendo Anthony Moore para escrever as letras do álbum.{{HarvRef|Mason|2005|pp=284–285}} Gilmour disse mais tarde que o projeto era difícil sem a direção criativa de Waters.{{HarvRef|Blake|2008|p=320}} Mason, preocupado com o fato de estar muito fora de prática para se apresentar no álbum, usou músicos de sessão para completar muitas partes da bateria e, em vez disso, trabalhou em efeitos sonoros.{{HarvRef|Mason|2005|p=287}}{{Refn|In a departure from previous Pink Floyd albums, they recorded ''A Momentary Lapse of Reason'' using a 32-channel Mitsubishi digital recorder using [[MIDI]] synchronisation with the aid of an [[Macintosh|Apple Macintosh]] computer.<ref>{{harvnb|Mason|2005|p=287}}: (primary sources); {{harvnb|Schaffner|1991|pp=268–269}}: (secondary source).</ref> Recording later moved to [[Mayfair Studios]] and then to Los Angeles.{{sfn|Blake|2008|p=321}}|grupo=nb}}


''A Momentary Lapse of Reason'' foi lançada em setembro de 1987. Storm Thorgerson, cuja participação criativa estava ausente de ''The Wall'' e ''The Final Cut'', desenhou a capa do álbum.{{HarvRef|Schaffner|1991|p=273}} Para voltar para casa que Waters havia deixado a banda, eles incluíram uma fotografia de grupo na capa interna, a primeira desde ''Meddle''.{{HarvRef|Blake|2008|p=166}}{{Refn|Wright's name appears only on the credit list.{{sfn|Blake|2008|p=366}}|grupo=nb}} O álbum foi direto para o número três no Reino Unido e nos Estados Unidos.{{HarvRef|Povey|2008|p=349}} Waters comentou: "Eu acho fácil, mas uma falsificação bastante inteligente &nbsp; ... As músicas são ruins em geral &nbsp; ... [e] as letras de Gilmour são de terceira categoria."{{HarvRef|Blake|2008|p=328}} Embora Gilmour inicialmente tenha visto o álbum como um retorno à melhor forma da banda, Wright discordou, afirmando: "As críticas de Roger são justas. Não é um álbum da banda."{{HarvRef|Blake|2008|p=327}} A ''Q Magazine'' descreveu o álbum como essencialmente um álbum solo de Gilmour.{{HarvRef|Blake|2008|pp=326–327}}
O álbum ''[[The Final Cut (álbum)|The Final Cut]]'' de 1983 foi dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Ainda mais sombrio em sonoridade que o ''The Wall'', esse álbum re-examinou vários temas anteriormente discutidos, mas se dirigindo a fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da [[Inglaterra]] na [[Guerra das Malvinas]], a culpa que ele colocou nos líderes políticos ("[[The Fletcher Memorial Home]]"). E conclui com uma visão cínica de uma possível guerra nuclear ("[[Two Suns in the Sunset]]"). [[Michael Kamen]] e Andy Bown contribuíram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard Wright (que não foi formalmente anunciada antes do lançamento do álbum). Em ''The Final Cut'' foi empregado o método de gravação [[binaural]].<ref>{{pt}} [http://www.estacaosonica.com.br/binaural-muito-alem-do-5-1/ Estação Sônica] {{Wayback|url=http://www.estacaosonica.com.br/binaural-muito-alem-do-5-1/ |date=20150916102131 }} Binaural: muito além do 5.1. Acessado em [[16 de Outubro]] de [[2011]].</ref><ref>{{pt}} [http://www.tecmundo.com.br/fone-de-ouvido/11683-audio-binaural-efeito-3d-em-fones-de-ouvido-estereo.htm Tecmundo] Áudio binaural: efeito 3D em fones de ouvido estéreo. Acessado em [[8 de Abril]] de [[2014]].</ref>


Waters tentou subverter a turnê ''Momentary Lapse of Reason'' entrando em contato com os promotores nos Estados Unidos e ameaçando processá-los se eles usassem o nome Pink Floyd. Gilmour e Mason financiaram os custos iniciais com Mason usando seu [[Ferrari 250 GTO]] como garantia.{{HarvRef|Blake|2008|p=322}} Os primeiros ensaios para a próxima turnê foram caóticos, com Mason e Wright completamente fora de prática. Percebendo que ele havia trabalhado muito, Gilmour pediu a Ezrin para ajudá-los. Enquanto o Pink Floyd viajava pela América do Norte, a turnê do Waters, ''Radio KAOS,'' acontecia por perto, embora em locais muito menores do que aqueles que apresentavam as performances de sua banda anterior. Waters emitiu um mandado de segurança por direitos autorais pelo uso do porco voador pela banda. O Pink Floyd respondeu colocando um grande conjunto de órgãos genitais masculinos na parte inferior para distingui-lo do design de Waters.{{HarvRef|Schaffner|1991|p=277}} As partes chegaram a um acordo legal em 23 de dezembro; Mason e Gilmour mantiveram o direito de usar o nome Pink Floyd perpetuamente e Waters recebeu direitos exclusivos, entre outras coisas, de ''The Wall''.{{HarvRef|Blake|2008|pp=329–335}}
Apesar de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito no encarte do LP, somente atrás aparece: ''"The Final Cut - Um réquiem para o sonho do pós-guerra por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David GIlmour e Nick Mason"''. Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo do som que ele faria em próximos álbuns em sua carreira solo. Waters disse que ele sugeriu lançar o álbum como um álbum solo, mas o resto da banda rejeitou a ideia. No entanto, no seu livro ''Inside Out'', Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi negado. O tom da canção é bastante similar ao do ''The Wall'' mas também mais quieto e suave, lembrando canções como "[[Nobody Home]]" mais do que "[[Another Brick in the Wall|Another Brick in the Wall (Part 2)]]", por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem repetidamente pelo álbum. Teve somente sucesso moderado com os fãs (atingindo 1º lugar no Reino Unido e nos Estados Unidos), mas recebeu ótimos elogios do críticos. O álbum teve um pequeno hit, "[[Not Now John]]", a única faixa hard-rock do álbum (e a única em particular em ter Gilmour cantando). As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins que eles supostamente não eram vistos gravando no mesmo estúdio simultaneamente. Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade, e sentiu que Waters estava construindo sequências de peças de canções meramente como um veículo para suas letras críticas sociais. Waters diz que seus companheiros de banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que ele fazia. Pelo fim da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do álbum (apesar de ele ter recebido os direitos autorais). Não houve turnê para esse álbum, apesar de as canções do álbum terem sido apresentadas por Waters em suas futuras turnês solo. Depois do ''Final Cut'', a Capitol Records lançou a coletânea ''[[Works (álbum de Pink Floyd)|Works]]'', que fez com que a faixa de Waters de 1970, "[[Embryo]]" estivesse disponível pela primeira vez em um álbum do Pink Floyd.


==== ''The Division Bell'' (1994) ====
Os membros da banda foram para caminhos separados e gastaram tempo trabalhando em projetos individuais. Gilmour foi o primeiro a lançar seu álbum solo ''[[About Face]]'' em Março de 1984. Wright juntou forças com Dave Harris para formar uma banda nova, [[Zee]], a qual lançou o álbum experimental ''[[Identity]]'' um mês depois do projeto de Gilmour. Em Maio de 1984, Waters lançou ''[[The Pros and Cons of Hitch Hiking]]'', um álbum conceitual que já havia sido proposto para a banda. Waters o havia escrito ao mesmo tempo que ''The Wall'', e quando propôs ambos projetos para a banda, decidiu-se por ''The Wall''. Um ano depois dos projetos dos companheiros de banda, Mason lançou o álbum ''[[Profiles]]'', em conjunto com Rick Fenn, o qual teve participações de Gilmour e o tecladista Danny Peyronel.
[[File:Pink_Floyd_-_Division_Bell.jpg|alt=A colour photograph of two large silver-grey iron sculptures of opposing silhouetted faces. The sculptures are standing in a brown wheat field with a blue sky behind them.|miniaturadaimagem| A arte do álbum de ''[[The Division Bell]]'', projetada por [[Storm Thorgerson]], pretendia representar a ausência de Barrett e Waters da banda. ]]
Por vários anos, o Pink Floyd se ocupou de atividades pessoais, como filmar e competir na [[La Carrera Panamericana]] e gravar uma trilha sonora de um filme baseado no evento.{{HarvRef|Mason|2005|pp=311–313}}{{Refn|Gilmour divorced his wife Ginger and Mason married actress Annette Lynton.{{sfn|Blake|2008|p=352}}|grupo=nb}} Em janeiro de 1993, eles começaram a trabalhar em um novo álbum, retornando aos Britannia Row Studios, onde por vários dias Gilmour, Mason e Wright trabalharam em colaboração, improvisando material. Após cerca de duas semanas, a banda teve ideias suficientes para começar a criar músicas. Ezrin voltou a coproduzir o álbum e a produção mudou-se para o ''Astoria'', onde de fevereiro a maio de 1993, eles trabalharam em cerca de 25 ideias.{{HarvRef|Mason|2005|pp=314–321}}


Contratualmente, Wright não era membro da banda e disse: "Chegou perto de um ponto em que eu não faria o álbum".{{HarvRef|Blake|2008|p=355}} No entanto, ele ganhou cinco créditos coescritos, o primeiro em um álbum do Pink Floyd desde 1975, ''Wish You Were Here''.{{HarvRef|Blake|2008|p=355}} Outro compositor creditado no álbum foi a futura esposa de Gilmour, [[Polly Samson]]. Ela o ajudou a escrever várias faixas, incluindo "[[High Hopes (canção de Pink Floyd)|High Hopes]]", um arranjo colaborativo que, embora inicialmente tenso, "juntou todo o álbum", segundo Ezrin.{{HarvRef|Blake|2008|p=356}} Eles contrataram Michael Kamen para organizar as partes orquestrais do álbum; [[Dick Parry]] e Chris Thomas também retornaram.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=356–357}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|pp=314–321}}: (primary source).</ref> O compositor [[Douglas Adams]] forneceu o título do álbum e Thorgerson a capa.{{HarvRef|Blake|2008|p=359}}{{Refn|Thorgerson also provided six new pieces of film for the upcoming tour.{{sfn|Mason|2005|p=322}}|grupo=nb}} Thorgerson se inspirou para a capa do álbum dos monólitos [[Moai]] da [[Ilha de Páscoa]]; dois rostos opostos formando um terceiro rosto implícito sobre o qual ele comentou: "o rosto ausente - o fantasma do passado do Pink Floyd, Syd e Roger".{{HarvRef|Blake|2008|pp=357–358}} Ansioso para evitar competir contra outros lançamentos de álbuns, como aconteceu com ''A Momentary Lapse'', o Pink Floyd estabeleceu um prazo final para abril de 1994, quando retomariam a turnê.{{HarvRef|Mason|2005|p=319}} O álbum alcançou o número 1 no Reino Unido e nos EUA.{{HarvRef|Povey|2008|p=345}} Passou 51 semanas na parada britânica.{{HarvRef|Roberts|2005|p=391}}
=== Era David Gilmour: 1987-1995 ===


O Pink Floyd passou mais de duas semanas ensaiando em um hangar na Base Aérea de Norton, em [[San Bernardino (Califórnia)|San Bernardino, Califórnia]], antes de abrir em 29 de março de 1994, em Miami, com uma equipe quase idêntica à usada na turnê ''Momentary Lapse of Reason''.<ref>{{Harvnb|Mason|2005|p=330: ''Momentary Lapse of Reason'' tour crew was almost identical to the ''Division Bell'' tour crew}}; {{Harvnb|Povey|2008|p=270}}: Rehearsing for over two weeks at Norton Air Force Base before opening in Miami.</ref> Eles tocaram uma variedade de músicas da banda e depois mudaram seu ''setlist'' para incluir ''The Dark Side of the Moon'' na sua totalidade.{{HarvRef|Blake|2008|pp=363–367}}{{Refn|Waters declined their invitation to join them as the tour reached Europe.{{sfn|Blake|2008|p=367}}|grupo=nb}} A turnê, a última do Pink Floyd, terminou em 29 de outubro de 1994.{{HarvRef|Blake|2008|p=367}}{{Refn|In 1995, Pink Floyd released the live album, ''[[Pulse (Pink Floyd album)|Pulse]]'', and an accompanying [[Pulse (1995 film)|concert video]].{{sfn|Povey|2008|pp=264, 285, 351–352: ''Pulse''}}|grupo=nb}}
Em Dezembro de 1985 Waters anunciou que estava saindo do Pink Floyd e descreveu a banda como "uma força criativa desgastada", embora em 1986 Gilmour e Mason começassem a gravar um novo álbum para o Pink Floyd. Ao mesmo tempo, Roger Waters estava trabalhando em seu outro álbum solo, chamado ''[[Radio K.A.O.S.]]'' (1987). Uma disputa legal foi iniciada por Waters, reivindicando que o nome "Pink Floyd" deveria ser colocado de lado, mas Gilmour e Mason seguraram sua convicção que eles tinham direitos legais para continuar com o "Pink Floyd". O processo acabou se acertando por um acordo fora dos tribunais.


=== 2005–2016: reunião, mortes e ''The Endless River'' ===
[[Ficheiro:Pink floyd momentary lapse tour montage.jpg|thumb|290px|direita|[[Fotomontagem]], feita com imagens do [[palco]] da [[turnê]] de ''A Momentary Lapse of Reason,'' do período [[1987]]- [[1990|90]].]]
Depois de considerar e rejeitar muitos títulos, o novo álbum foi lançado como ''[[A Momentary Lapse of Reason]]'' (que alcançou 1º lugar no Reino Unido e nos Estados Unidos). Sem Waters, que foi dominantemente o letrista da banda por uma década, a banda recebeu ajuda de escritores de fora. Como o Pink Floyd nunca havia feito isso antes (exceto pelas contribuições orquestrais com Geesin e Ezrin), essa atitude recebeu muitas críticas. Ezrin, que renovou a sua amizade com Gilmour em 1983 quando Ezrin co-produziu o álbum About Face, tanto co-produziu como foi um dos escritores, além de [[Jon Carin]], que escreveu a canção "[[Learning to Fly (canção de Pink Floyd)|Learning to Fly]]" e tocou bastante dos teclados do álbum. Wright também retornou, e inicialmente foi colocado como um músico assalariado durante as finalizações das gravações, se juntando oficialmente à banda em sua nova turnê.


==== Reunião no Live 8 ====
Mais tarde, Gilmour admitiu que Mason e Wright tiveram pouca participação no álbum. Por causa das poucas contribuições de Mason e Wright, alguns críticos dizem que ''A Momentary Lapse of Reason'' deveria ser considerado como um trabalho solo de Gilmour, da mesma forma que ''The Final Cut'' seria um trabalho solo de Waters.
[[Ficheiro:Pink_floyd_live_8_london.jpg|alt=A concert stage lit by purple lighting. Four men are performing on the stage as a crowd stands in front of it. Behind the men are video screens displaying images of vinyl records.|miniaturadaimagem| Waters (à direita) juntou-se a seus ex-colegas de banda no [[Live 8]] . ]]
Em 2 de julho de 2005, Waters, Gilmour, Mason e Wright se apresentaram juntos como Pink Floyd pela primeira vez em mais de 24 anos no show [[Live 8]] em [[Hyde Park]], Londres.<ref>{{Harvnb|Mason|2005|p=342}}: (primary source); {{Harvnb|Povey|2008|p=237}}: (secondary source).</ref> A reunião foi arranjada pelo organizador do Live 8, [[Bob Geldof]]; depois que Gilmour recusou a oferta, Geldof perguntou a Mason, que contatou Waters. Cerca de duas semanas depois, Waters ligou para Gilmour, a primeira conversa entre os dois em dois anos e no dia seguinte Gilmour concordou. Em comunicado à imprensa, a banda enfatizou a falta de importância de seus problemas no contexto do evento Live 8.{{HarvRef|Povey|2008|p=160}}


Eles planejaram seu ''setlist'' no Connaught Hotel em Londres, seguidos por três dias de ensaios no Black Island Studios.{{HarvRef|Povey|2008|p=160}} As sessões foram problemáticas, com divergências sobre o estilo e o ritmo das músicas que eles estavam praticando; a ordem de execução foi decidida na véspera do evento.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|pp=380–384}}: (secondary source); {{Harvnb|Mason|2005|pp=335–339}}: (primary source).</ref> No início de sua apresentação de "Wish You Were Here", Waters disse à plateia: "É muito emocionante ficar de pé aqui com esses três caras depois de todos esses anos ... estamos fazendo isso para todos que não estão aqui, e particularmente para Syd."{{HarvRef|Povey|2008|p=287}} No final, Gilmour agradeceu à plateia e começou a sair do palco. Waters o chamou de volta e a banda compartilhou um abraço em grupo. As imagens do abraço foram as favoritas dos jornais de domingo após o Live 8.{{HarvRef|Blake|2008|p=386}}{{Refn|In the week following their performance, there was a resurgence of commercial interest in Pink Floyd's music, when according to [[HMV]], sales of ''Echoes: The Best of Pink Floyd'' rose more than one thousand per cent, while [[Amazon.com]] reported a significant increase in sales of ''The Wall''.<ref name="Live8">{{Cite news |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/4651309.stm |title=Donate Live 8 profit says Gilmour |date=5 July 2005 |publisher=BBC News |accessdate=2 August 2012 |archive-url=https://web.archive.org/web/20111103043430/http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/4651309.stm |archive-date=3 November 2011 |url-status=live }}</ref> Gilmour subsequently declared that he would give his share of profits from this sales boost to charity, urging other associated artists and [[Music industry|record companies]] to do the same.<ref name="Live8" />|grupo=nb}} Waters disse sobre seus quase 20 anos de animosidade: "Não acho que nenhum de nós tenha saído dos anos 1985 com qualquer crédito ... Foi um momento ruim e negativo e lamento minha parte nessa negatividade."{{HarvRef|Blake|2008|p=395}}
Um ano depois, a banda lançou o álbum ao vivo ''[[Delicate Sound of Thunder]]'' (1988) e mais tarde gravou instrumentais para um filme clássico de corrida, chamado ''La Carrera Panamericana'', filmado no México e com Gilmour e Mason participando como motoristas. Durante a corrida, Gilmour e o agente [[Steve O'Rourke]] (como seu guia) bateram. O'Rourke teve sua perna quebrada, mas Gilmour saiu somente com alguns arranhões. Os instrumentais são notáveis por incluírem o primeiro material do Pink Floyd co-escrito por Wright desde 1975, tanto como o único material co-escrito por Mason desde ''The Dark Side of the Moon''.


Embora o Pink Floyd tenha recusado um contrato no valor de 136 milhões de libras esterlinas para uma turnê final, Waters não descartou mais apresentações, sugerindo que deveria ser apenas para um evento de caridade.{{HarvRef|Blake|2008|p=386}} No entanto, Gilmour disse à [[Associated Press]] que uma reunião não aconteceria: "Os ensaios do [Live 8] me convenceram [de] que não era algo que eu queria fazer muito ... Houve todos os tipos de momentos de despedida na vida e na carreira das pessoas que eles rescindiram, mas acho que posso dizer categoricamente que não haverá uma turnê ou um álbum novamente do qual participarei. Não tem a ver com animosidade ou algo assim. É apenas ... eu estive lá, eu fiz isso.<ref>{{Citar web|titulo=Gilmour says no Pink Floyd reunion|url=http://www.today.com/id/26628516/site/todayshow/ns/today-entertainment/t/gilmour-says-no-pink-floyd-reunion/#.UP3hhSc4t8E|publicação=NBC News|archiveurl=https://web.archive.org/web/20130501173223/http://www.today.com/id/26628516/site/todayshow/ns/today-entertainment/t/gilmour-says-no-pink-floyd-reunion/#.UP3hhSc4t8E|archivedate=1 May 2013}}</ref> Em fevereiro de 2006, Gilmour foi entrevistado pelo jornal italiano ''[[La Repubblica]]'', que declarou: "Paciência para os fãs de luto. A notícia é oficial. Pink Floyd, a marca, está dissolvida, finalizada, definitivamente falecida."<ref name="LR06">{{Citar web|url=http://www.repubblica.it/2006/b/sezioni/spettacoli_e_cultura/gilmo/gilmo/gilmo.html|last=Castaldo|primeiro3=Gino|lingua=Italian|obra=La Repubblica|titulo=The requiem of David Gilmour: Pink Floyd gone?|archiveurl=https://web.archive.org/web/20110522010708/http://www.repubblica.it/2006/b/sezioni/spettacoli_e_cultura/gilmo/gilmo/gilmo.html|archivedate=22 May 2011}}</ref> Questionado sobre o futuro do Pink Floyd, Gilmour respondeu: "Acabou ... eu já tive o suficiente. Tenho 60 anos &nbsp; ... é muito mais confortável trabalhar sozinho." Gilmour e Waters disseram repetidamente que não tinham planos de se reunir.<ref>{{Citar web|url=http://www.classicrockmagazine.com/news/pink-floyd-was-over-in-1985-says-waters/|titulo=Pink Floyd was over in 1985 says Waters|last=Kielty|primeiro3=Martin|publicação=Classic Rock Magazine}}; {{Citar web|url=http://www.torontosun.com/2011/09/28/pink-floyd-star-reunion-unlikely|titulo=Pink Floyd star: Reunion unlikely|obra=Toronto Sun|publicação=wenn.com|archiveurl=https://web.archive.org/web/20131203012113/http://www.torontosun.com/2011/09/28/pink-floyd-star-reunion-unlikely|archivedate=3 December 2013}}</ref>{{Refn|In 2006, Gilmour began a tour of small concert venues with contributions from Wright and other musicians from the post-Waters Pink Floyd tours. Gilmour, Wright, and Mason's encore performance of "Wish You Were Here" and "Comfortably Numb" marked the only appearance by Pink Floyd since Live 8 {{as of|2012|lc=y}}.{{sfn|Blake|2008|pp=387–389}}|grupo=nb}}
Em 1992, eles lançaram o box Shine On. O set de 9 CDs incluía relançamentos dos álbuns de estúdio, ''A Saucerful of Secrets'', ''Meddle'', ''The Dark Side of the Moon'', ''Wish You Were Here'', ''Animals'', ''The Wall'' e ''A Momentary Lapse of Reason''. Um disco bônus chamado ''[[The Early Singles]]'' também foi incluso. O encarte incluía caixa que permitia que os álbuns ficassem em pé juntos, formando a imagem da capa do ''The Dark Side of the Moon''. O texto circular de cada CD inclui as palavras praticamente ilegíveis "The Big Bong Theory". Nesse ano também ocorreu o lançamento do álbum solo Amused to Death, de Waters.
A próxima gravação da banda foi o ''[[The Division Bell]]'' de 1994, que contém muito mais trabalho em grupo do que o Momentary Lapse teve, com Wright reinstalado como um membro total do grupo. O álbum foi recebido mais favoravelmente pelos críticos e fãs do que o Momentary Lapse, mas foi intensamente criticado como cansativo e feito sob fórmulas. Este foi o segundo álbum a chegar ao 1º lugar em ambas paradas do Reino Unido e dos Estados Unidos.


==== Mortes de Barrett e Wright ====
[[Ficheiro:Expo Pink Floyd - Division Bell.jpg|thumb|280px|direita|As cabeças metálicas usadas para desenhar a capa do álbum ''The Divison Bell''. Podem ser interpretadas como um ou dois rostos divididos.]]
Barrett morreu em 7 de julho de 2006, em sua casa em Cambridge, &nbsp;aos 60 anos.<ref name="Pareles">{{Citar jornal|primeiro3=Jon|titulo=Syd Barrett, a Founder of Pink Floyd And Psychedelic Rock Pioneer, Dies at 60|url=https://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9F06E0D91130F931A25754C0A9609C8B63|jornal=The New York Times|arquivodata=5 March 2012}}</ref> Seu funeral foi realizado no Crematório de Cambridge em 18 de julho de 2006; nenhum membro do Pink Floyd compareceu. Wright disse: "A banda está naturalmente chateada e triste ao ouvir a morte de Syd Barrett. Syd foi a luz norteadora da formação inicial da banda e deixa um legado que continua a inspirar." Embora Barrett tenha desaparecido na obscuridade ao longo das décadas, a imprensa nacional o elogiou por suas contribuições à música.{{HarvRef|Blake|2008|pp=390–391}}{{Refn|Barrett left more than £1.25M in his will, to be divided among his immediate family, who then auctioned some of his possessions and artwork.{{sfn|Blake|2008|p=394}}|grupo=nb}} Em 10 de maio de 2007, Waters, Gilmour, Wright e Mason se apresentaram no concerto em homenagem a Barrett "Madcap's Last Laugh" no [[Barbican Centre]] em Londres. Gilmour, Wright e Mason tocaram as composições de Barrett "Bike" e "Arnold Layne" e Waters tocou uma versão solo de sua música "Flickering Flame".<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Ian|titulo=Floyd play at Barrett tribute gig|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/6643779.stm|arquivodata=11 August 2013|publicação=BBC News}}</ref>
''The Divison Bell'' foi outro álbum conceitual, de alguns jeitos representando a visão de Gilmour nos mesmos temas que Waters discutiu em The Wall. O título foi sugerido para Gilmour pelo seu amigo Douglas Adams. Várias das letras foram co-escritas pela namorada de Gilmour na época, [[Polly Samson]], com quem ele se casou logo depois do lançamento do álbum. Apesar de Samson, o álbum conteve a maioria dos músicos que participaram da turnê do Momentary Lapse. [[Anthony Moore]], que co-escreveu letras para várias canções do álbum anterior, divide composição com Wright, que teve sua primeira canção em que teve voz principal desde ''The Dark Side of The Moon'', em "[[Wearing the Inside Out]]". A escrita de Moore continuou em praticamente todas as canções do álbum solo de Wright, ''[[Broken China]]''.


Wright morreu de uma forma não revelada de câncer em 15 de setembro de 2008, com 65 anos de idade.<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Robert|titulo=Pink Floyd's Richard Wright dies|url=https://www.theguardian.com/music/2008/sep/16/pinkfloyd.popandrock|jornal=The Guardian|arquivodata=17 October 2013}}</ref> Seus ex-colegas de banda prestaram homenagens à sua vida e obra; Gilmour disse: "Na discussão de quem ou o que era o Pink Floyd, a enorme contribuição de Rick era frequentemente esquecida. Ele era gentil, despretensioso e privado, mas sua voz e toque com a alma eram componentes mágicos vitais do nosso som mais reconhecido do Pink Floyd."<ref>{{Citar jornal|titulo=Floyd Founder Wright dies at 65|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/7617363.stm|arquivodata=1 August 2012|publicação=BBC News}}</ref> Uma semana após a morte de Wright, Gilmour apresentou "Remember a Day" de ''A Saucerful of Secrets'', escrito e originalmente cantado por Wright, em homenagem a ele.<ref>{{Citar web|url=https://www.guitarworld.com/david-gilmour-performs-pink-floyds-remember-day-tribute-rick-wright-video/25470|titulo=David Gilmour Performs Pink Floyd's "Remember a Day" in Tribute to Rick Wright|formato=Video|archiveurl=https://web.archive.org/web/20160816013135/http://www.guitarworld.com/david-gilmour-performs-pink-floyds-remember-day-tribute-rick-wright-video/25470|archivedate=16 August 2016}}</ref> O tecladista [[Keith Emerson]] divulgou um comunicado elogiando Wright como a "espinha dorsal" do Pink Floyd.<ref>{{Citar web|url=http://www.keithemerson.com/MiscPages/RememberingRichardWright.html|titulo=Official Keith Emerson Website – Richard Wright Tribute by Keith Emerson|obra=www.keithemerson.com|archiveurl=https://web.archive.org/web/20161009062030/http://www.keithemerson.com/MiscPages/RememberingRichardWright.html|archivedate=9 October 2016}}</ref>
A banda lançou o álbum ao vivo ''[[Pulse (álbum de Pink Floyd)|Pulse]]'' em 1995. Ele chegou ao 1º lugar das paradas dos Estados Unidos e contém canções que foram gravadas da turnê do ''Division Bell'' no Earls Court em Londres. O concerto do ''Division Bell'' é uma mistura do clássico e do Pink Floyd moderno. O concerto em Earls Court marcaria a primeira vez que a banda tocou inteiramente o Dark Side of the Moon em duas décadas. Versões de VHS e Laserdisc do concerto de 20 de Outubro de 1994 também foram lançadas. Uma versão de DVD também foi lançada em 2006 e rapidamente caiu nas paradas. A caixa de cd de 1994 tinha um LED, o que fazia com que um ponto vermelho piscasse (pulsasse) uma vez por segundo, como uma batida de coração.
Mais tarde, em 1995, a banda recebeu seu primeiro e único prêmio [[Grammy]] para Melhor Performance de Instrumental de Rock com "[[Marooned (canção de Pink Floyd)|Marooned]]".


==== Outras performances e relançamentos ====
===Trabalho solo e mais: 1995-presente===
Em 10 de julho de 2010, Waters e Gilmour se apresentaram juntos em um evento de caridade para a Hoping Foundation. O evento, que arrecadou dinheiro para crianças palestinas, ocorreu no Kiddington Hall, em Oxfordshire, Inglaterra, com uma audiência de aproximadamente 200 pessoas.<ref>{{Citar web|url=https://www.nme.com/news/pink-floyd/52041|titulo=Pink Floyd's Roger Waters and David Gilmour reunite for charity gig: Duo play together for Hoping Foundation|obra=NME|last=Bychawski|primeiro3=Adam|archiveurl=https://web.archive.org/web/20120805034528/http://www.nme.com/news/pink-floyd/52041|archivedate=5 August 2012}}</ref> Em troca da aparição de Waters no evento, Gilmour tocou "Comfortably Numb" no [[The Wall Live]] de Waters<ref>{{Citar web|primeiro3=Chris|last=Barth|titulo=Roger Waters Reunites With David Gilmour for 'Wall' Tour|url=https://www.rollingstone.com/music/news/roger-waters-reunites-with-david-gilmour-for-wall-tour-20100715|obra=Rolling Stone|archiveurl=https://web.archive.org/web/20101219205344/http://www.rollingstone.com/music/news/roger-waters-reunites-with-david-gilmour-for-wall-tour-20100715|archivedate=19 December 2010}}</ref>{{Refn|On 4 January 2011, Pink Floyd signed a five-year record deal with EMI, ending the legal dispute regarding the distribution of their catalogue. They successfully defended their vision to support their albums as cohesive units versus individual tracks.<ref>{{Cite news|title=Pink Floyd end EMI legal dispute|date=4 January 2011|url=https://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-12112630|newspaper=BBC News|accessdate=5 January 2011|archive-url=https://web.archive.org/web/20110105090333/http://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-12112630|archive-date=5 January 2011|url-status=live}}</ref>|grupo=nb}} na [[The O2 Arena|O2 Arena]], em Londres, em 12 de maio de 2011, cantando os refrões e tocando os dois solos de guitarra. Mason também se juntou em "Outside the Wall", com Gilmour no bandolim.{{Refn|It was the first time since Live 8 that the three men shared a stage and the first time that the line-up from ''The Final Cut'' appeared in concert.<ref>{{cite web|title=Pink Floyd Reunite at Roger Waters Show in London|date=12 May 2011|url=https://www.rollingstone.com/music/news/pink-floyd-reunite-at-roger-waters-show-in-london-20110512|work=Rolling Stone|accessdate=12 May 2011|archive-url=https://web.archive.org/web/20110514170554/http://www.rollingstone.com/music/news/pink-floyd-reunite-at-roger-waters-show-in-london-20110512|archive-date=14 May 2011|url-status=live}}</ref>|grupo=nb}}
Em 17 de janeiro de 1996, a banda foi indicada ao [[Hall da Fama do Rock and Roll]] pelo líder da banda [[Smashing Pumpkins]], [[Billy Corgan]]. Roger Waters não compareceu, ainda sendo contra seus antigos parceiros de banda. No seu discurso de entrada, Gilmour disse "Eu terei que pegar um pouco mais desse para nossos dois integrantes que começaram a tocar em diferentes tons; Roger e Syd…" Apesar de Mason estar presente quando aceitaram o prêmio, ele não se juntou a Gilmour e Wright (e Billy Corgan) para sua performance acústica de "Wish You Were Here".


Em 26 de setembro de 2011, o Pink Floyd e a EMI lançaram uma campanha exaustiva de relançamento sob o título ''Why Pink Floyd ...?'', reemitindo o catálogo posterior em versões [[Masterização de áudio|remasterizadas]] recentemente, incluindo as edições em formato multi-disco "Experience" e "Immersion". Os álbuns foram remasterizados por [[James Guthrie (produtor musical)|James Guthrie]], coprodutor de ''The Wall''.<ref>{{Citar web|url=http://www.whypinkfloyd.com/|titulo=Why Pink Floyd?, Pink Floyd & EMI 2011 remastered campaign|publicação=Whypinkfloyd.com|ano=2011|archiveurl=https://web.archive.org/web/20110522045740/http://www.whypinkfloyd.com/|archivedate=22 May 2011}}</ref> Em novembro de 2015, o Pink Floyd lançou um EP de edição limitada, ''[[1965: Their First Recordings]]'', composto por seis músicas gravadas antes de ''The Piper no Gates of Dawn''.<ref>{{Citar web|titulo=Pink Floyd Release Rare '1965: Their First Recordings' EP|url=https://www.rollingstone.com/music/news/pink-floyd-release-rare-1965-their-first-recordings-ep-20151202|last=Kreps|primeiro3=Daniel|obra=Rolling Stone|archiveurl=https://web.archive.org/web/20151205235317/http://www.rollingstone.com/music/news/pink-floyd-release-rare-1965-their-first-recordings-ep-20151202|archivedate=5 December 2015}}</ref>
Uma gravação ao vivo do The Wall foi lançada em 2000, compilada em shows de Londers em 1980-1981, com o nome de ''[[Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81]]''. Ele chegou ao 1º lugar nas paradas dos Estados Unidos. Em 2001, um disco duplo com as canções mais conhecidas da banda, chamado de ''[[Echoes: The Best of Pink Floyd]]'', foi lançado. Gilmour, Mason, Waters e Wright colaboraram na edição, sequenciação e seleção das canções para as faixas. Pequenas controvérsias seriam que as canções não seguem uma ordem cronológica e apresentam material fora do contexto dos álbuns originais. Algumas das faixas, como "Echoes", "Shine On You Crazy Diamond", "Sheep", "Marooned", e "High Hopes" tiveram seções substancialmentes retiradas. O álbum chegou ao 1º lugar das paradas do Reino Unido e dos Estados Unidos.


==== ''The Endless River'' (2014) e Saucerful of Secrets de Nick Mason ====
Em 2003, um relançamento do ''The Dark Side of the Moon'' em SACD foi feito, com novo encarte e capa. Um relançamento do ''Wish You Were Here'' está sendo trabalhado, mas sem datas de lançamento anunciadas até agora. O livro de Nick Mason "''Inside Out: A Personal History of Pink Floyd''" foi publicado em [[2004]] na Europa e em 2005 nos Estados Unidos. Mason fez aparições públicas em promoção do livro em algumas cidades da Europa e dos Estados Unidos, dando entrevistas e autografando livros. Alguns fãs dizem que ele disse que preferia estar em turnê com a banda do que uma turnê com o livro.
[[File:The_Endless_River_Installation_@_Southbank.jpg|miniaturadaimagem| Publicidade para ''The Endless River'' em South Bank, Londres ]]
Em 2012, Gilmour e Mason decidiram revisitar as gravações feitas com Wright, principalmente durante as sessões do ''Division Bell'', para criar um novo álbum do Pink Floyd. Eles recrutaram músicos para ajudar a gravar novas partes e "geralmente aproveitar a tecnologia de estúdio".<ref>{{Citar web|url=https://music.yahoo.com/blogs/yahoo-music/pink-floyd-returns-with-first-new-song-from-final-album--the-endless-river-195800138.html|titulo=Pink Floyd Returns With First New Song From Final Album ''The Endless River''|publicação=Yahoo! Music|primeiro3=Craig|last=Roseb}}</ref> Waters não esteva envolvido.<ref>{{Citar web|url=https://www.billboard.com/articles/news/6150283/new-pink-floyd-album-endless-river-out-in-october|titulo=New Pink Floyd Album 'The Endless River' Out in October|last=Maloney|primeiro3=Devon|obra=Billboard|archiveurl=https://web.archive.org/web/20140708200942/http://www.billboard.com/articles/news/6150283/new-pink-floyd-album-endless-river-out-in-october|archivedate=8 July 2014}}</ref> Mason descreveu o álbum como um tributo a Wright: "Eu acho que este álbum é uma boa maneira de reconhecer muito do que ele faz e como sua música estava no coração do som do Pink Floyd. Ouvindo as sessões, realmente me trouxe o quão especial ele era."<ref name="latimesquote">{{Citar web|titulo=Pink Floyd offers release date, cover art for album 'The Endless River'|url=https://latimes.com/entertainment/music/posts/la-et-ms-pink-floyd-release-date-new-album-the-endless-river-20140922-story.html|obra=[[Los Angeles Times]]|publicação=[[Tribune Publishing]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20140922165253/http://www.latimes.com/entertainment/music/posts/la-et-ms-pink-floyd-release-date-new-album-the-endless-river-20140922-story.html|archivedate=22 September 2014}}</ref>


''[[The Endless River]]'' <span>foi lançado em 7 de novembro de 2014, o segundo álbum do Pink Floyd distribuído pela</span> [[Parlophone]] <span>após o lançamento das edições de 20 anos do</span> ''The Division Bell'' <span>no início de 2014.</span><ref name="amazon-gb">{{Citar web|titulo=The Endless River: Amazon.co.uk: Music|url=https://www.amazon.co.uk/dp/B00NPZI1ZS|obra=[[Amazon.com|Amazon.co.uk]]}}</ref> Embora tenha <span>recebido críticas mistas,</span><ref name="MC">{{Citar web|url=https://metacritic.com/music/the-endless-river/pink-floyd|titulo=Reviews for The Endless River by Pink Floyd|obra=[[Metacritic]]|publicação=[[CBS Interactive]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141108134751/http://www.metacritic.com/music/the-endless-river/pink-floyd|archivedate=8 November 2014}}</ref> <span>tornou-se o álbum mais pré-encomendado de todos os tempos na</span> [[Amazon|Amazon UK]]<ref name="cnbc">{{Citar web|titulo=Pink Floyd album becomes most pre-ordered on Amazon|url=https://www.cnbc.com/id/102168695#.|obra=CNBC|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141129061722/http://www.cnbc.com/id/102168695#.|archivedate=29 November 2014}}</ref> <span>e estreou no número um em vários países.</span><ref name="officialcharts3">{{Citar web|titulo=Pink Floyd score first Number 1 album in nearly 20 years!|url=http://www.officialcharts.com/chart-news/pink-floyd-score-first-number-1-album-in-nearly-20-years-3290/|publicação=[[Official Charts Company]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141120062753/http://www.officialcharts.com/chart-news/pink-floyd-score-first-number-1-album-in-nearly-20-years-3290/|archivedate=20 November 2014}}</ref><ref name="officialcharts2">{{Citar web|titulo=Pink Floyd score first Number 1 album in nearly 20 years!|url=http://www.localuknews.co.uk/othernews/music/localnews/official-charts-analysis-wake-me-up-returns-to-singles-summit-as-children-in-need-charity-track|obra=localuknews.co.uk}}</ref> <span>A edição em vinil foi o lançamento de vinil mais vendido no Reino Unido em 2014 e o mais vendido desde 1997.</span><ref>{{Citar jornal|primeiro3=Dave|titulo=Vinyl record sales hit 18-year high|url=https://www.bbc.co.uk/news/technology-30216638|jornal=BBC News|arquivodata=27 November 2014}}</ref> Gilmour afirmou que ''The Endless River'' é o último álbum do Pink Floyd, dizendo: "Eu acho que conseguimos com sucesso o melhor do que existe... É uma pena, mas este é o fim." <ref name="bbcend">{{Citar web|url=https://www.bbc.co.uk/programmes/p0288yhn|titulo=Shaun Keaveny, with a Pink Floyd Exclusive, Pink Floyd Talk to 6 Music's Matt Everitt|publicação=[[BBC]]|last=Everitt|primeiro3=Matt|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141111133444/http://www.bbc.co.uk/programmes/p0288yhn|archivedate=11 November 2014}}</ref> Não <span>houve turnê de apoio, pois Gilmour achava isto impossível sem Wright.</span><ref>{{Citar web|url=https://www.rollingstone.com/music/features/david-gilmour-theres-no-room-in-my-life-for-pink-floyd-20141029|titulo=David Gilmour: There's No Room in My Life for Pink Floyd|last=Greene|primeiro3=Andy|obra=[[Rolling Stone]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141108190911/http://www.rollingstone.com/music/features/david-gilmour-theres-no-room-in-my-life-for-pink-floyd-20141029|archivedate=8 November 2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.neptunepinkfloyd.co.uk/david-gilmours-new-album-coming-along-very-well-in-2015|titulo=David Gilmour's New Album "Coming Along Very Well..." in 2015|obra=Neptune Pink Floyd|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141109154915/http://www.neptunepinkfloyd.co.uk/david-gilmours-new-album-coming-along-very-well-in-2015|archivedate=9 November 2014}}</ref> Em agosto de 2015, Gilmour reiterou que o Pink Floyd estava "pronto" e que se reunir sem Wright "seria errado".<ref>{{Citar jornal|titulo=Pink Floyd are 'done', says Dave Gilmour|url=https://www.theguardian.com/music/2015/aug/14/pink-floyd-are-done-says-dave-gilmour|jornal=The Guardian|arquivodata=18 October 2016}}</ref>
O agente do Pink Floyd de longa data, Steve O'Rourke morreu em 30 de Outubro de 2003. Gilmour, Mason e Wright se reuniram no seu funeral e tocaram "[[Fat Old Sun]]" e "[[The Great Gig in the Sky]]" na Catedral de Chichester, como homenagem. Dois anos depois, em 2 de Julho de 2005, a banda se reuniu uma vez de novo, em uma performance em [[Londres]] no [[Live 8]]. Desta vez, no entanto, eles se juntaram com Waters - a primeira vez que todos os quatro integrantes estiveram num palco em 24 anos. A banda tocou um set de quatro canções consistindo em "[[Speak to Me]]/[[Breathe (canção de Pink Floyd)|Breathe]]/[[Breathe (Reprise)]]", "[[Money (canção de Pink Floyd)|Money]]", "[[Wish You Were Here (canção de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]" e "[[Comfortably Numb]]", com Gilmour e Waters dividindo os vocais. No final da performance Gilmour agradeceu "muito obrigado, boa noite" e começou a sair do palco. Waters chamou ele de volta, e então a banda deu uma abraço coletivo, que se tornou uma das imagens mais famosas do Live 8.


Em novembro de 2016, o Pink Floyd lançou um boxset, ''The Early Years 1965-1972'', que incluía ''outtakes'', gravações ao vivo, remixes e filmes desde o início de sua carreira.<ref name="EY-RS">{{Citar web|url=https://www.rollingstone.com/music/news/pink-floyd-detail-massive-27-disc-early-years-box-set-w431264|titulo=Pink Floyd Detail Massive 27-Disc 'Early Years' Box Set|obra=[[Rolling Stone]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170911183747/http://www.rollingstone.com/music/news/pink-floyd-detail-massive-27-disc-early-years-box-set-w431264|archivedate=11 September 2017}}</ref> Isso foi seguido em dezembro de 2019 pelo ''The Later Years'', compilando o trabalho do Pink Floyd após a partida de Waters. O conjunto inclui uma versão remixada de ''A Momentary Lapse of Reason,'' com mais contribuições de Wright e Mason, e uma reedição expandida do álbum ao vivo ''Delicate Sound of Thunder''.<ref>{{Citar web|url=https://www.rollingstone.com/music/music-news/pink-floyd-the-later-year-box-set-pulse-877966/|titulo=Pink Floyd Ready Massive ‘The Later Years’ Box Set|last=Kreps|primeiro3=Daniel|obra=[[Rolling Stone]]|lingua=en-US|archiveurl=|archivedate=}}</ref>
[[Ficheiro:Pink floyd live 8 london.jpg|thumb|290px|direita|<center>Show do Pink Floyd no Live 8.<center>]]


Em 2018, Mason formou uma nova banda, Saucerful of Secrets, de Nick Mason, para apresentar o material inicial do Pink Floyd. A banda inclui [[Gary Kemp|Gary Kemp,]] do [[Spandau Ballet|Spandau Ballet,]] e o colaborador de longa data do Pink Floyd, [[Guy Pratt]].<ref>{{Citar jornal|titulo=Pink Floyd Co-Founder Forms New Act To Play The Band's Earliest Songs|url=https://www.huffingtonpost.co.uk/entry/pink-floyd-nick-mason-new-band_us_5b0b69b9e4b0802d69cc74e7|jornal=HuffPost UK|arquivodata=12 June 2018}}</ref> Eles visitaram a Europa em setembro de 2018<ref>{{Citar jornal|titulo=Nick Mason's Pink Floyd Supergroup Announces Debut Tour|url=http://ultimateclassicrock.com/saucerful-of-secrets-2018-tour/|jornal=Ultimate Classic Rock|arquivodata=29 May 2018}}</ref> e a América do Norte em 2019.<ref>{{Citar jornal|titulo=Pink Floyd's Nick Mason to Play Pre-'Dark Side of the Moon' Songs on U.S. Tour|url=https://www.rollingstone.com/music/music-news/nick-mason-pink-floyd-tour-saucerful-secrets-749931/|jornal=Rolling Stone}}</ref> Waters se juntou à banda no Beacon Theatre, em Nova York, para apresentar os vocais para "[[Set the Controls for the Heart of the Sun]]".<ref>{{Citar jornal|titulo=See Roger Waters, Nick Mason Reunite to Play 'Set the Controls for the Heart of the Sun'|url=https://www.rollingstone.com/music/music-news/see-roger-waters-nick-mason-reunite-new-york-beacon-824633/|jornal=Rolling Stones}}</ref>
Na semana depois do Live 8, houve um renascimento em interesse sobre o Pink Floyd. De acordo com a cadeia de empresas HMV, as vendas de ''Echoes: The Best of Pink Floyd'' aumentaram em 1343%, enquanto [[Amazon.com]] constatou aumento das vendas do ''The Wall'' em 3600%, ''Wish You Were Here'' em 2000%, ''The Dark Side of the Moon'' em 1400% e ''Animals'' em 1000%. Subsequentemente David Gilmour declarou que ele doaria a sua parte dos lucros desse aumento para caridade, e incentivou todos os outros artistas e gravadoras que se envolveram com o Live 8 a fazerem o mesmo.


== Musicalidade ==
Em 16 de Novembro de 2005, o Pink Floyd foi indicado no Hall da Fama da Música do Reino Unido por Pete Townshend. Gilmour e Mason compareceram em pessoa, explicando que Wright estava num hospital devido a uma cirurgia no olho e Waters apareceu numa transmissão via satélite, de Roma.


=== Gêneros ===
David Gilmour lançou seu terceiro álbum solo, ''[[On an Island]]'', em 6 de Março de 2006 e começou uma turnê de pequenos shows na Europa, Canadá e Estados Unidos. Com a banda estavam juntos Richard Wright e, durante muitas vezes para o bis, Nick Mason. Durante a turnê, ele tocou o primeiro single do Pink Floyd, "Arnold Layne". Waters foi convidado para se juntar a ele em Londres, mas os últimos ensaios para sua turnê de 2006 o fizeram recusar. Mason se juntou a Waters em 29 de Junho de 2006 na segunda metade do show em Cork na Irlanda, onde ele tocou todo o ''The Dark Side of the Moon''.
Considerado um dos primeiros grupos de [[Música psicadélica|música psicodélica]] do Reino Unido, o Pink Floyd começou sua carreira na vanguarda da cena [[Música underground|musical underground]] de Londres.{{HarvRef|Povey|2008|p=86}}{{Refn|In early 1965, Pink Floyd auditioned for [[ITV (TV channel)|ITV]]'s ''[[Ready Steady Go!]]'', which Mason described as "the definitive music show of the day".{{sfn|Mason|2005|p=31}} Despite sounding what Mason considered "too ''radical'' for the general viewer", they earned a callback for a second audition, with the caveat that they play material more familiar to the judges; they did not earn an appearance on the show.{{sfn|Mason|2005|pp=31–32}} Also in 1965, they auditioned for the ''[[Melody Maker]]'' Beat Contest, losing to the eventual national winners.{{sfn|Mason|2005|pp=31–32}}|grupo=nb}} De acordo com a ''Rolling Stone'': "Em 1967, eles haviam desenvolvido um som inconfundivelmente psicodélico, realizando composições longas e altas, semelhantes a que tocavam [[hard rock]], blues, [[Música country|country]], [[Música tradicional|folk]] e [[música eletrônica]]".{{HarvRef|George-Warren|2001|p=761}} Lançada em 1968, a música "Careful with That Axe, Eugene" ajudou a galvanizar sua reputação como um grupo de [[art rock]].{{HarvRef|di Perna|2002|p=13}} Outros gêneros atribuídos à banda são [[Space rock|rock espacial]],{{HarvRef|di Perna|2002|p=29}} rock experimental,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=ELeaCwAAQBAJ|título=Rock, Counterculture and the Avant-Garde, 1966–1970: How the Beatles, Frank Zappa and the Velvet Underground Defined an Era|ultimo=Greene|primeiro=Doyle|ano=2016|isbn=978-1-4766-2403-7|ref=harv|arquivourl=11 February 2017|arquivodata=https://web.archive.org/web/20170211001234/https://books.google.com/books?id=ELeaCwAAQBAJ|publicação=McFarland}}</ref> [[Acid rock|rock ácido]], {{HarvRef|George-Warren|2001|p=760}}<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=G9RWAAAAMAAJ|título=Ramparts|ano=1971|citação=Pink Floyd was one of the original English acid-rock bands, and probably the acidiest of them all.|publicação=Noah's Ark, Incorporated}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=IP1DAQAAIAAJ|título=Sixties rock, a listener's guide|ultimo=Santelli|primeiro=Robert|data=June 1985|isbn=978-0-8092-5439-2|citação=Of all the major bands to emerge in Britain in the late sixties, none was more wildly experimental and more closely tied to the atmospheric qualities of acid rock than Pink Floyd.|publicação=Contemporary Books}}</ref> proto-prog,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=ELeaCwAAQBAJ|título=Rock, Counterculture and the Avant-Garde, 1966–1970: How the Beatles, Frank Zappa and the Velvet Underground Defined an Era|ultimo=Greene|primeiro=Doyle|ano=2016|isbn=978-1-4766-2403-7|ref=harv|arquivourl=11 February 2017|arquivodata=https://web.archive.org/web/20170211001234/https://books.google.com/books?id=ELeaCwAAQBAJ|publicação=McFarland}}</ref> pop experimental (sob Barrett),{{HarvRef|Chapman|2012|p=113}} [[pop psicodélico]]{{HarvRef|DeRogatis|2006|p=xvi}} e [[rock psicodélico]].<ref>{{Citar livro|título=The Hutchinson Softback Encyclopedia|ano=1993|isbn=978-0091771348|publicação=Helicon}}</ref> O'Neill Surber comenta a música do Pink Floyd: <blockquote> Raramente você encontrará Floyd tocando ganchos cativantes, músicas suficientemente curtas para tocar no ar ou progressões previsíveis de blues com três acordes; e você nunca os encontrará gastando muito tempo no habitual álbum pop de romance, festa ou auto-exaltação. O universo sonoro deles é expansivo, intenso e desafiador ... Onde a maioria das outras bandas encaixa perfeitamente os sons na música, sendo que os dois formam uma espécie de todo autônomo e sem costura completo com ganchos memoráveis, o Pink Floyd tende a definir as letras em uma paisagem sonora mais ampla que geralmente parece ter vida própria ... O Pink Floyd emprega instrumentais estendidos e independentes que nunca são meros veículos para se mostrar virtuosos, mas são partes planejadas e integrantes da performance.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|pp=192–199}} </blockquote> Durante o final dos anos 1960, a imprensa rotulou sua música como pop psicodélico,{{HarvRef|Palacios|2010}} pop progressivo{{HarvRef|Povey|Russell|1997|p=97}} e [[rock progressivo]].{{HarvRef|Povey|2008|p=85}} Em 1968, Wright comentou a reputação sônica do Pink Floyd: "É difícil ver por que fomos escolhidos como o primeiro grupo psicodélico britânico. Nunca nos vimos assim ... percebemos que estávamos tocando apenas por diversão ... ligados a nenhuma forma específica de música, poderíamos fazer o que quiséssemos ... a ênfase ... [está] firmemente na espontaneidade e na improvisação."{{HarvRef|Fitch|2001|p=45}} Waters fez uma avaliação menos entusiasmada do som inicial da banda: "Não havia nada de 'grandioso' nisso. Nós éramos risíveis. Nós éramos inúteis. Não podíamos tocar, então tivemos que fazer algo estúpido e 'experimental' ... &nbsp; Syd era um gênio, mas eu não gostaria de voltar a tocar "[[Interstellar Overdrive|Overdrive Interstellar]]" por horas e horas."{{HarvRef|Hibbert|1996|p=147}} Restritos pelos formatos pop convencionais, o Pink Floyd foi inovador do rock progressivo na década de 1970 e da [[música ambiente]] durante a década de 1980.{{HarvRef|George-Warren|2001|pp=760–761}}


=== O trabalho de guitarra de Gilmour ===
Waters e Wright trabalharam ambos em álbuns solo, e existem rumores que Waters estaria fazendo uma versão musical da Broadway de The Wall, com canções extras escritas por ele. Waters também embarcou em sua turnê mundial "The Dark Side of the Moon Live Tour", e o repertório consistiu no ''The Dark Side of the Moon'' inteiro, junto com algumas seleções de canções do Pink Floyd e algumas poucas canções solo da carreira do Waters. Waters também contribuiu com a canção "[[Hello (I Love You)]]", co-escrita por Howard Shore, para o filme de 2007, "A Chave do Universo" (The Last Minzy). Waters teve a sua ópera "Ça Ira" executada no Brasil durante o 12º Festival de Ópera de Manaus, com espectáculos nos dias 15, 22 e 24 de Abril de 2008. Durante o espectáculo do dia 15, Waters esteve presente.
{{Caixa de citação|citação="Enquanto Waters era o letrista e conceitualista de Floyd, Gilmour era a voz da banda e seu principal foco instrumental."{{sfn|di Perna|2006|p=59}}|fonte=—Alan di Perna, in ''Guitar World'', May 2006|align=right|estilo=padding:8px;}} ''O'' crítico ''da Rolling Stone'', Alan di Perna, elogiou o trabalho de guitarra de Gilmour como parte integrante do som do Pink Floyd{{HarvRef|di Perna|2006|p=59}} e o descreveu como o guitarrista mais importante da década de 1970, "o elo perdido entre Hendrix e [[Eddie Van Halen|Van Halen]]". A ''Rolling Stone'' o nomeou o 14º maior guitarrista de todos os tempos. Em 2006, Gilmour disse sobre sua técnica: "[Meus] dedos produzem um som distinto ... [eles] não são muito rápidos, mas acho que sou instantaneamente reconhecível ... A maneira como toco melodias está ligada a coisas como [[Hank Marvin]] e [[The Shadows]]."{{HarvRef|di Perna|2006|pp=58–59}} A capacidade de Gilmour de usar menos notas do que a maioria para se expressar sem sacrificar a força ou a beleza fez uma comparação favorável ao trompetista de [[jazz]] [[Miles Davis]].{{HarvRef|Brown|2006|p=62}}


Em 2006, o escritor ''do Guitar World'', Jimmy Brown, descreveu o estilo de guitarra de Gilmour como "caracterizado por riffs simples e com um som enorme; solos ousados e de bom ritmo; e texturas cordiais ricas e ambiente".{{HarvRef|Brown|2006|p=62}} De acordo com Brown, os solos de Gilmour em "Money", "[[Time (canção de Pink Floyd)|Time]]" e "[[Comfortably Numb]]" "cortam a mistura como um raio laser na neblina".{{HarvRef|Brown|2006|p=62}} Brown descreveu o solo de "Time" como "uma obra-prima do fraseado e do desenvolvimento motivacional ..."{{HarvRef|Brown|2006|p=66}} Brown descreveu o fraseado de Gilmour como intuitivo e talvez o seu melhor trunfo como um guitarrista. Gilmour explicou como ele conseguiu seu tom de assinatura:. "Eu costumo usar uma caixa de fuzz, um atraso e um cenário brilhante EQ &nbsp; ... [para] cantar de maneira sustentada &nbsp; ... você precisa tocar alto - no limite ou próximo ao ''feedback''. É muito mais divertido de tocar ... quando as notas dobradas cortam você como uma lâmina de barbear."{{HarvRef|Brown|2006|p=62}}
O tecladista e membro fundador do Pink Floyd, Richard Wright, morreu segunda-feira, 15 de Setembro de 2008, aos 65 anos após uma curta batalha contra o câncer, conforme anunciou seu assessor.


=== Últimos anos ===
=== Experimentação sônica ===
Ao longo de sua carreira, o Pink Floyd experimentou com seu som. Seu segundo ''single'', "See Emily Play" estreou no Queen Elizabeth Hall, em Londres, em 12 de maio de 1967. Durante a apresentação, o grupo usou pela primeira vez um [[Quadrifônico|dispositivo quadrafônico]] antigo chamado Coordenador de Azimute.{{HarvRef|Blake|2008|p=86}} O dispositivo permitiu ao controlador, geralmente Wright, manipular o som amplificado da banda, combinado com fitas gravadas, projetando os sons em 270 graus em torno de um local, obtendo um efeito de turbilhão sônico.{{HarvRef|Blake|2008|p=134}} Em 1972, eles compraram um PA personalizado que apresentava um sistema atualizado de quatro canais e 360 graus.{{HarvRef|Blake|2008|p=178}}


Waters experimentou o sintetizador VCS 3 em peças do Pink Floyd, como "[[On the Run]]", "[[Welcome to the Machine]]" e "In the Flesh?".<ref>{{Harvnb|Mason|2005|p=169}}: Synthesiser use in "On the Run"; {{Harvnb|Fitch|2005|p=324}}: Synthesiser use on "Welcome to the Machine"; {{Harvnb|Fitch|Mahon|2006|p=71}}: Synthesiser use on "In the Flesh?".</ref> Ele usou o efeitode ''delay'' do binson echorec 2 em sua faixa de baixo para "[[One of These Days]]".{{HarvRef|Mabbett|1995|p=39}}
[[Ficheiro:Rick Wright (cropped).JPG|thumb|180px|direita|[[Richard William Wright|Richard Wright]] em Julho de 2006.]]


O Pink Floyd usou efeitos sonoros inovadores e tecnologia de gravação de áudio de ponta durante a gravação do ''The Final Cut''. As contribuições de Mason para o álbum foram quase inteiramente limitadas ao trabalho com o sistema holofônico experimental, uma técnica de processamento de áudio usada para simular um efeito tridimensional. O sistema usou uma fita estéreo convencional para produzir um efeito que parecia mover o som ao redor da cabeça do ouvinte quando eles usavam fones de ouvido. O processo permitiu que um engenheiro simulasse a movimentação do som para trás, acima ou ao lado dos ouvidos do ouvinte.{{HarvRef|Blake|2008|pp=297–298}}
[[Ficheiro:Nick Mason cropped.jpg|thumb|180px|direita|[[Nick Mason]] dando [[autógrafo]]s em [[28 de Outubro]] de [[2004]]. Neste ano foi publicado ''[[Inside Out: A Personal History of Pink Floyd]],''<ref>''Inside out: a personal history of Pink Floyd.'' Nick Mason & Philip Dodd, Chronicle Books, [[2005]]. ISBN 0811848248</ref> [[livro]] de sua autoria sobre a história da banda.]]


=== Trechos de filmes ===
Muitos fãs expressaram esperança de que a apresentação do Live 8 os levariam a uma turnê de reunião, e uma oferta que bateu recordes, de US$ 250 milhões, foi oferecida para uma turnê mundial, mas a banda deixou claro que não existem planos para tal. Nas semanas depois do show, no entanto, as rixas entre os membros pareciam ter se acertado. Gilmour confirmou que ele e Waters estavam em "termos amigáveis", mas Waters tem apresentado comentários conflitantes desde então, com afirmações que variam de "Eu posso rolar por um show, mas eu não poderia rolar por uma grande turnê" e "Eu espero que nós o façamos de novo". Recentemente suas afirmações indicam seu desejo por tocar de novo, não por uma turnê, mas por um evento similar ao Live 8.
O Pink Floyd também compôs várias trilhas para filmes, começando em 1968, com ''The Committee''.{{HarvRef|Mason|2005|pp=133–135}} Em 1969, eles gravaram a trilha sonora do filme de [[Barbet Schroeder]], ''More''. A trilha sonora mostrou-se benéfica: não apenas pagava bem, mas, juntamente com ''A Saucerful of Secrets'', o material que eles criaram se tornou parte de seus shows ao vivo algum tempo depois.{{HarvRef|Schaffner|1991|p=128}} Ao compor a trilha sonora do filme ''[[Zabriskie Point (filme)|Zabriskie Point]]'', do diretor [[Michelangelo Antonioni]], a banda ficou em um hotel de luxo em Roma por quase um mês. Waters alegou que, sem as constantes mudanças de Antonioni na música, eles teriam concluído o trabalho em menos de uma semana. Eventualmente, ele usou apenas três de suas gravações. Uma das peças recusadas por Antonioni, chamada "The Violent Sequence", mais tarde se tornou "Us and Them", incluída no ''The Dark Side of the Moon de'' 1973.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=135–136}} Em 1971, a banda novamente trabalhou com Schroeder no filme ''[[La Vallée (filme)|La Vallée]]'', para o qual eles lançaram um álbum da trilha sonora chamado ''[[Obscured by Clouds]]''. Eles compuseram o material em cerca de uma semana no Château d'Hérouville, perto de Paris e, após seu lançamento, tornou-se o primeiro álbum do Pink Floyd a entrar no topo. &nbsp; 50 da ''Billboard'' dos Estados Unidos.{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=156–157}}


=== Performances ao vivo ===
Em 31 de Janeiro de 2006, David Gilmour apresentou uma afirmação em nome do grupo dizendo que não existem planos para uma reunião, indo contra os rumores que a mídia fizera. Gilmour, mais tarde, afirmou numa entrevista ao La Repubblica que ele terminou com o Pink Floyd e espera se focar em seus projetos a solo e sua família. Ele menciona que concordou em tocar no Live 8 com Waters para apoiar a causa, para fazer as pazes com Waters e sabendo que ele se arrependeria se não o fizesse. No entanto, ele afirma que o Pink Floyd estaria ansioso para tocar em um concerto "que apoiasse os acordos de paz de Israel e Palestina". Então falando com a Billboard, Gilmour mudou seu sentimento "terminou com Pink Floyd" para "quem sabe". Uma apresentação surpresa, pela formação do Pink Floyd pós-Waters, com David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason ocorreu na última apresentação de Gilmour no Royal Albert Hall em 31 de Maio de 2006, enquanto os 3 tocaram "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb".
[[Ficheiro:DarkSideOfTheMoon1973.jpg|alt=A monochrome image of members of the band. The photograph is taken from a distance, and is bisected horizontally by the forward edge of the stage. Each band member and his equipment is illuminated from above by bright spotlights, also visible. A long-haired man holds a guitar and sings into a microphone on the left of the image. Central, another man is seated behind a large drumkit. Two men on the right of the image hold a saxophone or a bass guitar and appear to be looking in each other's general direction. In the foreground, silhouetted, are the heads of the audience.|direita|miniaturadaimagem| Uma apresentação ao vivo de ''The Dark Side of the Moon'' em [[Earls Court Exhibition Centre|Earls Court]], logo após seu lançamento em 1973: Gilmour, Mason, [[Dick Parry]] e Waters. ]]
Considerado pioneiro na performance de música ao vivo e conhecido por seus luxuosos espetáculos de palco, o Pink Floyd também estabeleceu altos padrões de qualidade de som, fazendo uso de efeitos sonoros inovadores e sistemas de alto-falantes quadrafônicos.<ref>{{Citar periódico|primeiro6=Michael|titulo=12&nbsp;May&nbsp;1967: Pink Floyd Astounds With 'Sound in the Round'|url=https://www.wired.com/thisdayintech/2009/05/dayintech_0512/|jornal=Wired|arquivodata=25 August 2011|last=Calore}}</ref> Desde seus primeiros dias, eles empregaram efeitos visuais para acompanhar seu rock psicodélico enquanto se apresentavam em locais como o UFO Club em Londres.{{HarvRef|Mason|2005|pp=54–58}} O show de slides e luzes foi um dos primeiros do rock britânico e os ajudou a se tornar popular entre a cena underground de Londres.{{HarvRef|George-Warren|2001|p=761}}


Para comemorar o lançamento da revista ''International Times'' da London Free School, em 1966, eles se apresentaram na frente de 2.000 pessoas na abertura do Roundhouse, com a presença de celebridades como [[Paul McCartney]] e [[Marianne Faithfull]].{{HarvRef|Schaffner|1991|pp=42–43}} Em meados de 1966, o gerente de estrada Peter Wynne-Willson juntou-se à sua equipe e atualizou o equipamento de iluminação da banda com algumas ideias inovadoras, incluindo o uso de [[Filtro polarizador|polarizadores]], espelhos e [[Preservativo|preservativos]] esticados.<ref>{{Harvnb|Fitch|2005|pp=359–360}}: Peter Wynne-Willson; {{Harvnb|Mason|2005|pp=78–79}}: Wynne-Willson updated the band's lighting rig with some innovative ideas.</ref> Após o contrato com a EMI, o Pink Floyd comprou uma van [[Ford Transit]], então considerada um transporte de banda extravagante.{{HarvRef|Mason|2005|p=70}} Em 29 de abril de 1967, eles encabeçaram um evento noturno chamado ''The 14 Hour Technicolor Dream'' no [[Alexandra Palace]], em Londres. O Pink Floyd chegou ao festival por volta das três horas da manhã, após uma longa viagem de van e balsa a partir dos Países Baixos, subindo ao palco no exato momento em que o sol estava começando a nascer.{{HarvRef|Povey|2008|p=58}}{{Refn|Road manager [[Peter Watts (road manager)|Peter Watts]] joined them before touring Europe in 1968.{{sfn|Mason|2005|pp=115–119}}|grupo=nb}} Em julho de 1969, precipitados por suas músicas e letras relacionadas ao espaço, eles participaram da cobertura televisiva ao vivo da BBC do pouso na Lua pela [[Apollo 11]], apresentando uma peça instrumental que eles chamaram de "Moonhead".{{HarvRef|Povey|2008|pp=87: The television audience, 111: Pink Floyd performed a piece titled "Moonhead"}}
[[Ficheiro:David Gilmour - live 8 - edited.jpg|thumb|180px|esquerda|[[David Gilmour]] no [[Live 8]].]]


Em novembro de 1974, eles empregaram pela primeira vez a grande tela circular que se tornaria uma marca de seus shows ao vivo.{{HarvRef|Povey|2008|p=183}} Em 1977, eles empregaram o uso de um grande porco flutuante inflável chamado "Algie". Cheio de hélio e propano, Algie, enquanto flutuava acima da plateia, explodiria com um barulho alto durante a turnê In the Flesh Tour.{{HarvRef|Fitch|2005|p=241}} O comportamento do público durante a turnê, bem como o grande tamanho dos locais, provou uma forte influência em seu álbum conceitual ''[[The Wall]]''. O The Wall Tour subsequente contou com um muro alto de 12 metros, construído com tijolos de papelão entre a banda e o público. Eles projetaram animações no muro, enquanto as lacunas permitiram ao público ver várias cenas da história. Eles também encomendaram a criação de vários infláveis gigantes para representar os personagens da história.{{HarvRef|Blake|2008|pp=280–282}} Uma característica marcante da turnê foi a performance de "Comfortably Numb". Enquanto Waters cantava seu verso de abertura, na escuridão, Gilmour esperava sua sugestão no topo do muro. Quando chegasse, luzes azuis e brancas brilhantes o revelariam repentinamente. Gilmour estava em uma mala de viagem, uma instalação insegura apoiada por trás por um técnico. Uma grande plataforma hidráulica suportava Gilmour e o equipamento.{{HarvRef|Blake|2008|pp=284–285}}
[[Ficheiro:Roger Waters en el Palau Sant Jordi de Barcelona (The Wall Live) - 03.jpg|thumb|180px|esquerda|[[Roger Waters]] apresentando-se em [[Barcelona]] ([[29 de Março]] de [[2011]]).]]


Durante a Division Bell Tour, uma pessoa desconhecida usando o nome Publius postou uma mensagem em um grupo de notícias da Internet convidando os fãs a resolver um enigma supostamente oculto no novo álbum. Luzes brancas em frente ao palco no show do Pink Floyd em [[East Rutherford (Nova Jérsei)|East Rutherford]] soletraram as palavras "Enigma Publius". Durante um concerto televisionado em Earls Court, em 20 de outubro de 1994, alguém projetou a palavra "enigma" em grandes letras no fundo do palco. Mais tarde, Mason reconheceu que a gravadora havia instigado o mistério do Publius Enigma, em vez da banda.{{HarvRef|Blake|2008|pp=363–367}}
2007 foi o aniversário de 40 anos em que o Pink Floyd assinou com a EMI, e o aniversário de 40 anos do lançamento dos 3 primeiros singles "[[Arnold Layne]]", "[[See Emily Play]]" e "[[Apples and Oranges]]" e do seu primeiro álbum ''[[The Piper at the Gates of Dawn]]''. Isso foi marcado pelo lançamento de uma edição limitada contendo mixagens estéreo e mono do álbum, além de faixas dos singles e gravações raras.


== Temas líricos ==
Em 10 de Maio de 2007, Roger Waters tocou em um concerto em homenagem ao Syd Barrett no Centro Barbican em Londres. Isso foi seguido de uma apresentação surpresa pelo Pink Floyd pós-Waters, com David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason de "Arnold Layne" para um estrondoso aplauso e uma ovação em pé. Mas esperanças de um próximo show de reunião com a formação clássica foi descartada quando Waters não tocou com o grupo. Roger Waters subiu ao palco aos gritos de "Pink Floyd!" ao qual ele respondeu "Mais tarde". Gilmour, Mason e Wright subiram ao palco aos gritos de "Roger Waters!" ao qual Gilmour respondeu educadamente, "Yeah, ele esteve aqui também, agora o resto de nós."
Marcada pelas letras filosóficas de Waters, a ''Rolling Stone'' descreveu o Pink Floyd como "fornecedores de uma visão distintamente sombria".{{HarvRef|George-Warren|2001|p=760}} O autor Jere O'Neill Surber escreveu: "seus interesses são verdade e ilusão, vida e morte, tempo e espaço, causalidade e chance, compaixão e indiferença".{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=192}} Waters identificou a [[empatia]] como um tema central nas letras do Pink Floyd.{{HarvRef|Croskery|2007|p=36}} O autor George Reisch descreveu a obra psicodélica de ''Meddle'', "Echoes", como "construída em torno da ideia central de comunicação genuína, [[simpatia]] e ''colaboração'' com os outros".{{HarvRef|Reisch|2007|p=268}} Apesar de ter sido rotulado como "o homem mais sombrio do rock", a autora Deena Weinstein descreveu Waters como [[Existencialismo|existencialista]], descartando o apelido desfavorável como resultado da má interpretação dos críticos de música.{{HarvRef|Weinstein|2007|pp=81–82}}


=== Desilusão, ausência e não-ser ===
Mais recentemente, Waters se tornou mais e mais aberto para uma reunião com o Pink Floyd. Em uma entrevista em 2007 ele disse "Eu não teria nenhuma problema se o resto deles quisesse se juntar de novo. E isso nem precisaria acontecer para salvar o mundo. Isso poderia acontecer somente por ser divertido. E as pessoas o adorariam."
A letra de Waters para "[[Have a Cigar]]", do álbum ''Wish You Were Here,'' lida com a percepção de falta de sinceridade por parte de representantes da indústria da música.{{HarvRef|Fitch|2005|p=133}} A música ilustra uma dinâmica disfuncional entre a banda e um executivo da gravadora que parabeniza o grupo pelo sucesso atual de vendas, o que implica que eles estão no mesmo time e revelam que ele erroneamente acredita que "Pink" é o nome de um dos membros do grupo.{{HarvRef|Detmer|2007|p=77}} Segundo o autor David Detmer, as letras do álbum tratam dos "aspectos desumanos do mundo do comércio", uma situação que o artista deve suportar para alcançar seu público.{{HarvRef|Detmer|2007|p=75}}


A ausência como tema lírico é comum na música do Pink Floyd. Exemplos incluem a ausência de Barrett depois de 1968 e a do pai de Waters, que morreu durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. As letras de Waters também exploravam objetivos políticos não realizados e empreendimentos sem sucesso. Sua trilha sonora, ''Obscured by Clouds'', lida com a perda da exuberância juvenil que às vezes acompanha o envelhecimento.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=197}} O designer de capa do álbum do Pink Floyd, Storm Thorgerson, descreveu a letra de ''Wish You Were Here'' : "A ideia de presença retida, das maneiras que as pessoas fingem estar presentes enquanto suas mentes estão realmente em outro lugar e os dispositivos e motivações empregado psicologicamente pelas pessoas para suprimir toda a força de sua presença, acabou se resumindo a um único tema, ausência: a ausência de uma pessoa, a ausência de um sentimento".<ref>{{Citar livro|título=The Work of Hipgnosis&nbsp;– Walk Away Reneé|ultimo=Thorgerson|primeiro=Storm|ano=1978|isbn=978-0-89104-105-4|publicação=A & W}}</ref>{{Refn|Thorgerson's design for ''Wish You Were Here''{{'s}} cover included four sides, counting the inner jacket, which represented four absences related to the classical [[Classical element|categories of substance]]: earth, air, fire and water. His ''Dark Side'' album cover features a beam of white light, representing unity, passing through a prism, which represents society. The resulting refracted beam of coloured light symbolises unity diffracted, leaving an absence of unity.{{sfn|Weinstein|2007|p=86}} Absence is a key element in the existentialism of [[Albert Camus]], who defined absurdity as the absence of a response to the individual's need for unity.{{sfn|Weinstein|2007|p=86}}|grupo=nb}} Waters comentou: "é sobre nenhum de nós estar realmente lá &nbsp; ... [deveria] ter sido chamado de ''desejo que estávamos aqui''".{{HarvRef|Weinstein|2007|p=90}}
Em 24 de Setembro de 2007, Gilmour afirmou sobre uma reunião futura do Pink Floyd, de qualquer jeito, sendo ela com Roger Waters ou não; "Eu não sei porque eu gostaria de voltar atrás para aquela coisa antiga. É bastante retrogressivo. Eu quero olhar para frente, e olhando para trás não é minha alegria."


O'Neill Surber explorou as letras do Pink Floyd e declarou a questão do [[O Ser e o Nada|não-ser]] um tema comum em suas músicas.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=192}}{{Refn|Philosophy originated from the Greek poet, [[Parmenides]], who wrote a poem in which the protagonist takes a cosmic chariot ride guided by a goddess who shows him that there are only two paths in life, being, which leads to truth, and non-being, which leads to confusion and discontent. The goddess also told Parmenides: "thought and being are one".{{sfn|O'Neill Surber|2007|p=191}}|grupo=nb}} Waters invocou o não-ser ou a não-existência em ''The Wall'', com a letra de "Comfortably Numb": "Captei um vislumbre fugaz, pelo canto do olho. Virei-me para olhar, mas se foi, não posso colocar meu dedo agora, a criança está crescida, o sonho se foi." {{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=197}} Barrett se referiu ao não-ser em sua contribuição final ao catálogo da banda, "Jugband Blues": "Sou muito grato a você por deixar claro que não estou aqui".{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=197}}
Em 10 de Dezembro (Reino Unido) e 11 de Dezembro (Estados Unidos), o Pink Floyd lançou um novo box, ''Oh, By the Way'' contendo todos os 14 álbuns de estúdio com suas respectivas atuais remasterizações, encarte original de vinil, mais encarte por Storm Thorgenson.


=== Exploração e opressão ===
No dia [[21 de Maio]] de [[2008]], O Pink Floyd recebeu o prêmio Polar na cidade de [[Estocolmo]], [[Suécia]]. O júri declarou que sua decisão foi baseada na importância do Pink Floyd para a evolução da [[música popular]], por uni-la à arte, em sua proposta experimental, e por seu sucesso "capturar e formar reflexões e atitudes para toda uma geração". O júri declarou ainda que a banda "inspirou e marcou o caminho para o desenvolvimento do [[rock progressivo]]".
O autor Patrick Croskery descreveu ''Animals'' como uma mistura única dos "sons poderosos e temas sugestivos" de ''Dark Side'' com o retrato de alienação artística de ''The Wall.''{{HarvRef|Croskery|2007|p=35}} Ele traçou um paralelo entre os temas políticos do álbum e o de ''Animal Farm,'' de Orwell.{{HarvRef|Croskery|2007|p=35}} ''Animals'' começa com um experimento mental, que pergunta: "Se você não se importava com o que aconteceu comigo. E eu não me importava com você" e então desenvolve uma fábula de animais baseada em personagens antropomorfizados, usando a música para refletir os estados de espírito individuais de cada um. A letra finalmente mostra um retrato da [[distopia]], o resultado inevitável de um mundo desprovido de empatia e compaixão, respondendo à pergunta colocada nas linhas de abertura.{{HarvRef|Croskery|2007|pp=35–36}}


Os personagens do álbum incluem os "Cães", representando capitalistas fervorosos, os "Porcos", simbolizando a corrupção política, e as "Ovelhas", que representam os explorados.{{HarvRef|Croskery|2007|pp=37–40}} Croskery descreveu as "Ovelhas" como estando em um "estado de ilusão criado por uma identidade cultural enganosa", uma falsa consciência.{{HarvRef|Croskery|2007|p=40}} O "Cão", em sua incansável busca do interesse e do sucesso, acaba deprimido e sozinho, sem ninguém em quem confiar, totalmente sem satisfação emocional após uma vida de exploração.{{HarvRef|Croskery|2007|pp=37–38}} Waters usou [[Mary Whitehouse]] como exemplo de um "porco"; sendo alguém que, em sua opinião, usava o poder do governo para impor seus valores à sociedade.{{HarvRef|Croskery|2007|p=39}} Na conclusão do álbum, Waters volta à empatia com a afirmação lírica: "Você sabe que eu me importo com o que acontece com você. E eu sei que você também se importa comigo".{{HarvRef|Croskery|2007|p=41}} No entanto, ele também reconhece que os "Porcos" são uma ameaça contínua e revela que ele é um "Cão" que exige abrigo, sugerindo a necessidade de um equilíbrio entre estado, comércio e comunidade, versus uma batalha em andamento entre eles.{{HarvRef|Croskery|2007|pp=41–42}}
Em julho de 2014, foi anunciado que os membros do Pink Floyd iriam editar em outubro de 2014 um novo álbum "Endless River", o primeiro dos últimos 20 anos. O novo trabalho tem como base material inédito registrado em 1994, durante as sessões de gravação de "Division Bell".<ref>{{citar web|url=http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=4011739|título=Pink Floyd editam novo álbum em outubro|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>


=== Alienação, guerra e insanidade ===
== Legado ==
{{Caixa de citação|"Quando digo: "Vejo você no lado escuro da lua" ... o que eu quero dizer [é] ... Se você sente que é o único ... que parece louco [porque] você acha que tudo está louco, você não está sozinho."{{sfn|Harris|2005|p=89}}|fonte=—Waters, 2005|align=right|estilo=padding:8px;}} O'Neill Surber comparou a letra de "[[Brain Damage]]", do álbum ''Dark Side of the Moon,'' com a teoria de [[Alienação|auto-alienação]] de Karl Marx; "tem alguém na minha cabeça, mas não sou eu."{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=195}}{{Refn|Marx considered insanity the ultimate form of self-alienation.{{sfn|O'Neill Surber|2007|p=195}}|grupo=nb}} A letra de "Welcome to the Machine", de ''Wish You Were Here'', sugerem o que Marx chamou de [[Alienação (marxismo)|alienação da coisa]]; o protagonista da música preocupou-se com os bens materiais a ponto de se afastar de si e dos outros.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=195}} Alusões à [[Alienação (marxismo)|alienação das espécies humanas]] podem ser encontradas em ''Animals'' ; o "cão" reduzido a viver instintivamente como um não humano.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=196}} Os "cães" ficam alienados de si mesmos na medida em que justificam sua falta de integridade como uma posição "necessária e defensável" em "um mundo cruel, sem espaço para empatia ou princípios morais", escreveu Detmer.{{HarvRef|Detmer|2007|p=73}} A [[Alienação (marxismo)|alienação dos outros]] é um tema consistente nas letras do Pink Floyd e é um elemento central do ''The Wall''.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|p=195}}


A guerra, vista como a conseqüência mais grave da manifestação de alienação de outras pessoas, também é um elemento central do ''The Wall'' e um tema recorrente na música da banda.{{HarvRef|O'Neill Surber|2007|pp=195–196}} O pai de Waters morreu em combate durante a Segunda Guerra Mundial e suas letras frequentemente aludiam ao custo da guerra, incluindo as de "Corporal Clegg" (1968), "[[Free Four]]" (1972), "[[Us and Them (canção)|Us and Them]]" (1973), "[[When the Tigers Broke Free]]" e "The Fletcher Memorial Home" de ''[[The Final Cut (álbum)|The Final Cut]]'' (1983), um álbum dedicado a seu falecido pai e com o subtítulo ''A Requiem for the Postwar Dream''.<ref>{{Harvnb|Blake|2008|p=294}}: ''The Final Cut'' dedicated to Waters' late father; {{Harvnb|George-Warren|2001|p=761}}: ''A Requiem for the Postwar Dream''.</ref> Os temas e a composição de ''The Wall'' expressam a educação de Waters em uma sociedade inglesa esgotada de homens após a Segunda Guerra Mundial, uma condição que afetou negativamente seus relacionamentos pessoais com as mulheres.{{HarvRef|Blake|2008|pp=294–295: The influence of WWII on ''The Wall'', 351: An English society depleted of men after WWII}}
===Influências===


As letras de Waters para ''The Dark Side of the Moon'' lidavam com as pressões da vida moderna e como essas pressões às vezes podem causar insanidade.{{HarvRef|Blake|2008|pp=194–195}} Ele viu a explicação do álbum sobre a doença mental como iluminando uma condição universal.{{HarvRef|Weinstein|2007|p=85}} No entanto, Waters também queria que o álbum comunicasse positividade, chamando-o de "uma exortação ... abraçar o positivo e rejeitar o negativo."{{HarvRef|Harris|2005|p=81}} Reisch descreveu ''The Wall'' como" menos sobre a experiência da loucura do que os hábitos, instituições e estruturas sociais que ''criam'' ou ''causam'' loucura."{{HarvRef|Reisch|2007|p=257}} O protagonista de ''The Wall'', Pink, é incapaz de lidar com as circunstâncias de sua vida, e dominado por sentimentos de culpa, lentamente se fecha do mundo exterior dentro de uma barreira de sua própria autoria. Depois de completar seu afastamento do mundo, Pink percebe que ele é "louco, além do arco-íris".{{HarvRef|Reisch|2007|p=263}} Ele então considera a possibilidade de que sua condição seja sua própria culpa: "eu fui culpado esse tempo todo?"{{HarvRef|Reisch|2007|p=263}} Percebendo seu maior medo, Pink acredita que ele decepcionou a todos, sua mãe autoritária sabiamente escolheu sufocá-lo, os professores criticaram corretamente suas aspirações poéticas e sua esposa justificou-se em deixá-lo. Ele então é julgado por "mostrar sentimentos de natureza quase humana", exacerbando ainda mais sua alienação.{{HarvRef|Reisch|2007|pp=263–264}} Como nos escritos do filósofo [[Michel Foucault]], as letras de Waters sugerem que a loucura de Pink é um produto da vida moderna, cujos elementos "costumes, codependências e psicopatologias" contribuem para sua angústia, segundo Reisch.{{HarvRef|Reisch|2007|pp=258–264}}
Vários artistas foram influenciados pelo trabalho do Pink Floyd: [[David Bowie]] cita [[Syd Barrett]] como a sua maior inspiração, o guitarrista [[Steve Rothery]] da banda [[Marillion]] cita o álbum ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]'' como sua maior inspiração; os [[Pet Shop Boys]] prestou homenagem ao ''The Wall'' durante uma apresentação em Boston; e várias outras bandas foram influenciadas pelo Pink Floyd como o [[Queen]], [[Korn]], [[Nine Inch Nails]], [[Pearl Jam]], [[Radiohead]], [[Dream Theater]], [[Porcupine Tree]], [[The Mars Volta]], [[Tool]], [[Queensryche]], [[30 Seconds to Mars]], [[Scissor Sisters]], [[Rush]], [[Gorillaz]], [[Mudvayne]], [[Primus (banda)|Primus]] e muitas outras bandas.


== Legado ==
Há também inúmeras bandas que fizeram um tributo ao Pink Floyd. Em 11 de outubro de 2005, a banda de metal progressivo [[Dream Theater]] tocou o álbum ''[[The Dark Side of the Moon]]'' inteiro em [[Amsterdã]] e, duas semanas depois, em [[Londres]].
[[Ficheiro:Pink_Floyd_The_Wall_-_Rock_and_Roll_Hall_of_Fame_(2014-12-30_15.20.43_by_Sam_Howzit).jpg|miniaturadaimagem| Exposição ''The'' Pink Floyd no ''The Wall'' no [[Rock and Roll Hall of Fame]]. ]]
O Pink Floyd é uma das bandas de rock de [[Lista de músicos recordistas de vendas|maior sucesso comercial]] e influência de todos os tempos.<ref>{{Citar web|url=http://rockhall.com/inductees/pink-floyd/bio/|titulo=Rock & Roll Hall of Fame: Pink Floyd biography|publicação=Rock and Roll Hall of Fame|archiveurl=https://www.webcitation.org/6HFbepLc7?url=http://rockhall.com/inductees/pink-floyd/bio/|archivedate=9 June 2013}}</ref> Eles venderam mais de 250 milhões de discos em todo o mundo, incluindo 75 milhões de unidades certificadas e 37,9 milhões de álbuns vendidos nos Estados Unidos desde 1993.<ref>For 250&nbsp;million records sold see: {{Citar web|titulo=Pink Floyd Reunion Tops Fans' Wish List in Music Choice Survey|url=https://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aOmothQgn6l4&refer=muse|publicação=[[Bloomberg Television]]}}; For 75 million RIAA-certified units sold see: {{Citar web|titulo=Top Selling Artists|publicação=Recording Industry Association of America|url=https://www.riaa.com/goldandplatinum.php?content_selector=top-selling-artists|archiveurl=https://web.archive.org/web/20120719114528/http://riaa.com/goldandplatinum.php?content_selector=top-selling-artists|archivedate=19 July 2012}}; For 37.9&nbsp;million albums sold since 1993 see: {{Citar web|url=http://www.businesswire.com/news/home/20130104005149/en/Nielsen-Company-Billboard%E2%80%99s-2012-Music-Industry-Report|titulo=The Nielsen Company & Billboard's 2012 Music Industry Report|publicação=[[Business Wire]]|archiveurl=https://archive.is/20130112121109/http://www.businesswire.com/news/home/20130104005149/en/Nielsen-Company-Billboard%E2%80%99s-2012-Music-Industry-Report|archivedate=12 January 2013}}</ref> O ''[[Lista dos Ricos do Jornal Sunday Times|Sunday Times Rich List]]'', Music Millionaires 2013 (UK), classificou Waters no número 12 com uma fortuna estimada em 150 milhões de libras esterlinas, Gilmour no número 27 com 85 milhões de libras e Mason no número 37 com 50 &nbsp; milhões de libras.<ref>{{Citar web|titulo=Sunday Times Rich List 2013: Music Millionaires|url=http://www.frostmagazine.com/2013/04/sunday-times-rich-list-2013-who-made-the-list/|ano=2013|archiveurl=https://web.archive.org/web/20131128024916/http://www.frostmagazine.com/2013/04/sunday-times-rich-list-2013-who-made-the-list/|archivedate=28 November 2013}}</ref>


Em 2004, o [[MSNBC]] classificou o Pink Floyd como o número 8 em sua lista das "10 melhores bandas de rock de todos os tempos".<ref>{{Citar web|url=http://www.today.com/id/4595384/site/todayshow/ns/today-entertainment/t/best-rock-bands-ever/|titulo=The 10 best rock bands ever: A purely subjective list of the groups that changed music forever|last=Olsen|primeiro3=Eric|obra=today.com|archiveurl=https://web.archive.org/web/20130927090954/http://www.today.com/id/4595384/site/todayshow/ns/today-entertainment/t/best-rock-bands-ever/|archivedate=27 September 2013}}</ref> No mesmo ano, a revista ''[[Q (revista)|Q]]'' nomeou o Pink Floyd como a maior banda de todos os tempos, de acordo com "um sistema de pontos que mede as vendas de seu maior álbum, a escala de seu maior show de destaque e o número total de semanas passadas na parada de álbuns do Reino Unido".<ref>{{Citar web|url=https://www.independent.co.uk/arts-entertainment/music/news/q-which-is-biggest-band-of-all-time-a-and-readers-say-6160587.html|titulo=Q: Which is biggest band of all time? A: And readers say ...|obra=The Independent|last=Barnes|primeiro3=Anthony|archiveurl=https://web.archive.org/web/20120804190837/http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/music/news/q-which-is-biggest-band-of-all-time-a-and-readers-say-6160587.html|archivedate=4 August 2012}}</ref> A ''Rolling Stone'' classificou a banda no número 51 na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos".<ref>{{Citar web|url=https://www.rollingstone.com/music/lists/100-greatest-artists-of-all-time-19691231/pink-floyd-20110426|titulo=100 Greatest Artists: 51) Pink Floyd|obra=Rolling Stone|archiveurl=https://www.webcitation.org/6HFbfw8Bk?url=http://www.rollingstone.com/music/lists/100-greatest-artists-of-all-time-19691231/pink-floyd-20110426|archivedate=9 June 2013}}</ref> [[VH1|O VH1]] classificou o grupo no número 18 na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos".<ref>For VH1's "100 Greatest Artists of All Time" see: {{Citar web|primeiro3=Rich|last=Juzwiak|titulo=Who Will Come Out on Top of VH1's 100 Greatest Artists of All Time?|url=http://blog.vh1.com/2010-08-25/who-will-come-out-on-top-of-vh1s-100-greatest-artists-of-all-time/|publicação=VH1|archiveurl=https://www.webcitation.org/61tw6Gbzm?url=http://blog.vh1.com/2010-08-25/who-will-come-out-on-top-of-vh1s-100-greatest-artists-of-all-time/|archivedate=23 September 2011}}</ref> [[Colin Larkin]] classificou o Pink Floyd como o número 3 em sua lista dos "50 melhores artistas de todos os tempos", um ''ranking'' baseado nos votos acumulados para os álbuns de cada artista incluídos em seus ''[[All Time Top 1000 Albums|1000 álbuns do All Time]]''.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/alltimetop1000al0000lark/page/281|título=All Time Top 1000 Albums: The World's Most Authoritative Guide to the Perfect Record Collection|ultimo=Larkin|primeiro=Colin|ano=1998|isbn=978-0-7535-0258-7|publicação=Virgin}}</ref> Em 2008, o crítico de rock e pop do ''[[The Guardian]]'', Alexis Petridis, escreveu que a banda ocupa um lugar único no rock progressivo, afirmando: "Trinta anos depois, prog ainda é persona non grata [. . . ] Apenas o Pink Floyd - que nunca foi realmente uma banda de prog, apesar de sua propensão a músicas longas e 'conceituais' - está nas listas de 100 melhores álbuns."<ref>{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/music/2008/nov/07/popandrock|titulo=Pop & rock review: Genesis, The Beginning 1970-1975|obra=The Guardian|primeiro3=Alexis|last=Petridis}}</ref>
Por sua parte, Easy Star All-Stars postou um tributo ao Dark Side, com influências de reggae e hip-hop, intitulado "Dub Side of the Moon", enquanto a banda de heavy metal [[Ministry]] seguiu o exemplo, nomeando ''Dark Side of the Spoon'' o seu disco de 1999.


O Pink Floyd ganhou vários prêmios. Em 1981, [[Engenheiro de som|o engenheiro de áudio]] [[James Guthrie (produtor musical)|James Guthrie]] ganhou o [[Grammy Award|Grammy]] de "Melhor álbum Não-Clássico" por ''The Wall'' e Roger Waters ganhou o prêmio da [[British Academy of Film and Television Arts|Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão]] por "Melhor Música Original Escrita para um Filme" em 1983 por "Another Brick in the Wall"do filme [[Pink Floyd – The Wall|''The Wall'']].<ref>{{Harvnb|Povey|2008|p=348}}: Grammy award for ''The Wall''; For the 1982 BAFTA awards see: {{Citar web|titulo=BAFTA: Awards Database|url=http://awards.bafta.org/explore?award=false&category=Film&pageNo=2&year=1982|ano=1982|publicação=BAFTA|archiveurl=https://web.archive.org/web/20130927025800/http://awards.bafta.org/explore?award=false&category=Film&pageNo=2&year=1982|archivedate=27 September 2013}}</ref> Em 1995, o Pink Floyd ganhou o Grammy de "Melhor Performance Instrumental de Rock" por "[[Marooned (canção de Pink Floyd)|Marooned]]".<ref>{{Citar jornal|titulo=And the Winners Are&nbsp;...|url=https://www.nytimes.com/1995/03/02/arts/and-the-winners-are.html|jornal=The New York Times|arquivodata=6 August 2012}}</ref> Em 2008, o [[Carlos XVI Gustavo da Suécia|rei Carlps XVI Gustavo,]] da Suécia, entregou ao Pink Floyd o [[Polar Music Prize]] por sua contribuição à música moderna; Waters e Mason participaram da cerimônia e aceitaram o prêmio.<ref>{{Citar web|url=http://usatoday30.usatoday.com/life/music/news/2008-05-21-polar-music-prize_N.htm|titulo=Pink Floyd wins Polar Music Prize|obra=USA Today|primeiro3=Louise|last=Nordstrom|archiveurl=https://web.archive.org/web/20121104070227/http://usatoday30.usatoday.com/life/music/news/2008-05-21-polar-music-prize_N.htm|archivedate=4 November 2012}}</ref> Eles foram introduzidos no [[Rock and Roll Hall of Fame]] em 1996.<ref>{{Harvnb|Povey|2008|p=286}}: Rock and Roll Hall of Fame induction; {{Harvnb|Povey|2008|p=287}}: The UK Hall of Fame induction; For the Hit Parade Hall of Fame induction see: {{Citar web|url=http://www.hitparadehalloffame.com/Inductees_all/PinkFloyd.html|titulo=Pink Floyd&nbsp;– 2010 Inductee|publicação=Hit Parade Hall of Fame}}</ref>
== Espectáculos ao vivo ==


A banda influenciou vários artistas. [[David Bowie]] chamou Barrett de uma inspiração significativa e [[The Edge]] do [[U2]] comprou seu primeiro [[Delay|pedal de delay]] depois de ouvir os acordes de guitarra de abertura para "Dogs" de ''Animals''.<ref>For Bowie naming Barrett an inspiration see: {{Citar web|titulo=David Bowie pays tribute to Syd Barrett|url=https://www.nme.com/news/pink-floyd/23574|last=Bychawski|primeiro3=Adam|obra=NME|archiveurl=https://www.webcitation.org/6HFbhKjCP?url=http://www.nme.com/news/pink-floyd/23574|archivedate=9 June 2013}}; For Edge buying his first delay pedal see: {{Citar livro|url=https://archive.org/details/u2byu200u2ne|título=U2 by U2|ano=2006|editor-sobrenome=McCormick|isbn=978-0-00-719668-5|publicação=HarperCollins}}</ref> Outras bandas e artistas que os citam como influência incluem [[Queen]], [[Tool]], [[Radiohead]], Steven Wilson, [[Kraftwerk]], [[Marillion]], [[Queensrÿche]], [[Nine Inch Nails]], [[The Orb|Orb]] e [[The Smashing Pumpkins|Smashing Pumpkins]].<ref>For Queen citing Pink Floyd as an influence see: {{Citar livro|título=Queen: The Ultimate Illustrated History of the Crown Kings of Rock|ultimo=Sutcillfe|primeiro=Phil|ano=2009|isbn=978-0-7603-3719-6|publicação=Voyageur Press}}; For Kraftwerk see: {{Citar jornal|primeiro3=Joe|titulo=Vorsprung durch Techno|url=https://www.theguardian.com/music/2008/feb/22/vinylword.joequeenan|jornal=The Guardian|arquivodata=11 January 2014}}; For Marillion see: {{Citar web|url=http://allaccessmagazine.com/vol7/issue12/steve-rothery.html|titulo=Steve Rothery Interview|last=Thore|primeiro3=Kim|publicação=All Access Magazine|archiveurl=https://web.archive.org/web/20140325022145/http://allaccessmagazine.com/vol7/issue12/steve-rothery.html|archivedate=25 March 2014}}; For Tool see: {{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=qK2SnZnMMaoC&pg=PA78&dq|título=The 50 Greatest Bands|data=February 2002|arquivourl=24 June 2016|arquivodata=https://web.archive.org/web/20160624202321/https://books.google.com/books?id=qK2SnZnMMaoC&pg=PA78&dq|publicação=Spin}}; {{Harvnb|Manning|2006|p=288}}: Queensryche, the Orb, Nemrud, the Smashing Pumpkins; 289: Radiohead; {{Harvnb|Kitts|Tolinski|2002|p=126}}: For Nine Inch Nails see the back cover; For Steven Wilson, see: {{Citar jornal|titulo=Genesis honoured at Progressive Music awards|url=https://www.bbc.com/news/entertainment-arts-19492677|jornal=BBC News|arquivodata=13 January 2018|publicação=BBC}}</ref> O Pink Floyd foi uma influência no subgênero do [[Rock neoprogressivo|rock neo-progressivo]] que surgiu na década de 1980.<ref>{{Citar web|url=https://www.allmusic.com/subgenre/neo-prog-ma0000012218|titulo=Pop/Rock " Art-Rock/Experimental " Neo-Prog|publicação=[[AllMusic]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20150904053727/http://www.allmusic.com/subgenre/neo-prog-ma0000012218|archivedate=4 September 2015}}</ref> A banda de rock inglesa Mostly Autumn "funde as músicas de [[Genesis]] e Pink Floyd" em seu som.<ref>{{Citar web|url=http://www.bbc.co.uk/gloucestershire/content/articles/2005/08/03/prog_feature.shtml|titulo=New Prog Rock festival hits Gloucester|primeiro3=Stephen|last=Lambe|publicação=BBC|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170501132528/http://www.bbc.co.uk/gloucestershire/content/articles/2005/08/03/prog_feature.shtml|archivedate=1 May 2017}}</ref>
[[Ficheiro:HollywoodBowlPig.JPG|thumb|right|250px|Suíno gigante flutuando durante concerto de [[Roger Waters]], tal qual na época do Pink Floyd.]]
O Pink Floyd são reconhecidos pelos seus prodigiosos espectáculos ao vivo, que combinam as mais modernas experiências visuais com a sua música para criar um espectáculo onde os próprios artistas são quase secundários. Os Pink Floyd, nos seus primeiros tempos, foram das primeiras bandas a usar jogos de luzes próprios nos seus espectáculos, projectavam ''slides'' e filmes e formas psicodélicas numa grande tela circular. Mais tarde foram adicionados aos espectáculos efeitos especiais, incluindo [[laser]]s, [[pirotecnia]] e balões gigantes (um suíno gigante flutuava sobre a audiência durante a actuação de "Pigs" do álbum ''Animals'' sendo a obra de George Orwell [[Animal Farm]] como inspiração).


Pink Floyd era admirador do grupo de comédia [[Monty Python]] e ajudou a financiar seu filme de 1975, ''[[Monty Python and the Holy Grail|Monty Python e o Santo Graal]]''. <ref>{{Citar web|url=http://articles.chicagotribune.com/2009-05-06/entertainment/0905050391_1_holy-grail-monty-python-john-goldstone|titulo=Cue the coconuts: 'Holy Grail' gallops on|last=Johnson|primeiro3=Steve|obra=[[Chicago Tribune]]|archiveurl=https://web.archive.org/web/20141205050545/http://articles.chicagotribune.com/2009-05-06/entertainment/0905050391_1_holy-grail-monty-python-john-goldstone|archivedate=5 December 2014}}</ref> Em maio de 2017, para marcar o 50º aniversário do primeiro ''single'' da banda, uma exposição audiovisual, ''Their Mortal Remains'', foi inaugurada no [[Victoria and Albert Museum|Victoria and Albert Museum,]] em Londres.<ref>{{Citar jornal|titulo=Pink Floyd exhibition announced for Victoria and Albert Museum|url=https://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-37228496|jornal=BBC News|arquivodata=28 November 2017}}</ref> A exposição apresentava análise da arte de capas de álbuns da banda, adereços conceituais dos espetáculos e fotografias do arquivo pessoal de Mason.<ref>{{Citar web|url=https://www.vam.ac.uk/exhibitions/pink-floyd|titulo=V&A – Pink Floyd: Their Mortal Remains|obra=Victoria and Albert Museum|archiveurl=https://web.archive.org/web/20171022195904/https://www.vam.ac.uk/exhibitions/pink-floyd|archivedate=22 October 2017}}</ref><ref>{{Citar jornal|titulo=Ambitious, fascinating and faceless – just like Pink Floyd themselves: Their Mortal Remains, V&A, review|url=https://www.telegraph.co.uk/art/what-to-see/ambitious-fascinating-faceless-just-like-pink-floyd-mortal/|jornal=The Daily Telegraph|arquivodata=9 October 2017}}</ref> A exposição foi prorrogada por duas semanas após a data prevista para o fechamento.<ref>{{Citar jornal|titulo=Pink Floyd exhibition set to become V&A's most visited music show|url=https://www.theguardian.com/artanddesign/2017/aug/30/pink-floyd-exhibition-v-and-a-most-visited-music-show|jornal=The Guardian|arquivodata=7 October 2017}}</ref>
O espectáculo mais elaborado que os Floyd montaram foi o da [[digressão]] de ''The Wall'', no qual um grupo de músicos contratados tocava a primeira canção usando máscaras de borracha (provando assim que os membros da banda não eram reconhecidos pelas suas personalidades individuais). Depois, um gigantesco muro era erguido, separando a banda da audiência e que no final do espectáculo era demolido por explosões. Este espectáculo foi recriado por Roger Waters em [[The Wall Live in Berlin|1990]]<nowiki/> no meio das ruínas do [[Muro de Berlim]], convidando para o efeito músicos conhecidos como [[Bryan Adams]], [[Van Morrison]], [[Scorpions]], [[The Band]], [[Joni Mitchell]], [[Cyndi Lauper]] e [[Sinéad O'Connor]].


== Membros da banda ==
Os prodigiosos espectáculos ao vivo serviram também de base ao grupo de rock ficcionário [[Disaster Area]] de [[Douglas Adams]] (criadores do maior barulho do Universo, que usavam chamas solares nas suas actuações) na série ''[[The Hitchhiker's Guide to the Galaxy]]''. Douglas Adams era amigo pessoal de Gilmour e tocou guitarra em um dos últimos concertos da tournée de "The Division Bell", sendo que em uma das datas era seu 42º aniversário.


* [[Syd Barrett]] - guitarras principais e rítmicas, vocais (1965–1968)
Em um dos concertos aconteceu um fato curioso: durante a performance que encerrou o Festival de Artes e Música Coachella Valley, realizado em 27 de abril de 2008, no deserto a leste de Los Angeles, o porco insuflável gigante, marca registrada do ex-líder do Pink Floyd, Roger Waters e que integrava as apresentações do Pink Floyd desde 1977, soltou-se das amarras e saiu voando sobre o público do festival, perdendo-se. Os organizadores ofereceram na época uma recompensa de [[US$]] 10 mil dólares e quatro ingressos vitalícios para quem o encontrasse e devolvesse.<ref>[http://www.reuters.com/article/us-pinkfloyd-pig-idUSN2934219420080430 Pink Floyd's missing giant pig has landed] Reuters 30/04/2008 Consultado em 12/03/2016</ref>
* [[Nick Mason]] - bateria, percussão, vocais (1965–1995, 2005, 2012–2014)
* [[Bob Klose]] - guitarra principal (1965)
* [[Roger Waters]] - baixo, voz, guitarra rítmica (1965–1985, 2005)
* [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]] - teclados, piano, órgão, voz (1965–1979, 1990–1995, 2005) (membro da turnê / sessão de 1979–1981 e 1986–1990)
* [[David Gilmour]] - guitarras, vocais, baixo, teclados (1967–1995, 2005, 2012–2014)


== Discografia ==
== Pink Floyd nos países lusófonos ==
=== Em Portugal ===
[[Ficheiro:Roger Waters in Rock in Rio Lisboa 2006.jpg|thumb|right|300px|Roger Waters em concerto no [[Rock in Rio]] de Lisboa em [[2006]].]]
A [[22 de Julho|22]] e [[23 de Julho]] de [[1994]], o Pink Floyd tocou pela primeira vez em [[Portugal]], no antigo [[Alvalade XXI|Estádio José Alvalade]], no qual estiveram presentes 120 mil pagantes (60 mil em cada um dos espectáculos, que é a lotação esgotada do estádio). Nesta digressão europeia, Portugal foi escolhido para o primeiro espectáculo.


* ''[[The Piper at the Gates of Dawn|O flautista nos portões do amanhecer]]'' (1967)
=== No Brasil ===
* ''[[A Saucerful of Secrets|Um Saucerful of Secrets]]'' (1968)

* ''[[More (trilha sonora)|Mais]]'' (1969)
Pink Floyd jamais se apresentou no Brasil. Roger Waters, em turnê solo, fez duas apresentações, a primeira ocorreu em março de 2002.<ref>[http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,roger-waters-encerra-turne-no-brasil-com-show-memoravel,20020316p3276 Roger Waters encerra turne no Brasil com show memorável] Estadão 16/02/2002 Consultado em 12/03/2016</ref>
* ''[[Ummagumma]]'' (1969)

* ''[[Atom Heart Mother|Mãe do Coração do Átomo]]'' (1970)
Roger Waters voltou ao Brasil em 23 de março de 2007, apresentando-se na Praça da Apoteose no Rio de Janeiro, e em 24 de março no estádio do Morumbi em São Paulo. Roger abriu o show com a tradicional "In the Flesh?" (The Wall) acompanhado de fogos de artifício e um show de iluminação.
* ''[[Meddle]]'' (1971)

* ''[[Obscured by Clouds|Obscurecido por nuvens]]'' (1972)
Após clássicos como "Shine On You Crazy Diamond" e "Wish You Were Here", ele toca "Sheep" e um porco voador rodeia o estádio e é solto no céu noturno. Depois do intervalo de dez minutos, Roger volta para tocar o álbum ''The Dark Side of the Moon''.
* ''[[The Dark Side of the Moon|O Lado Escuro da Lua]]'' (1973)

* ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Queria que você estivesse aqui]]'' (1975)
Em 2012 [[Roger Waters]] esteve no [[Brasil]] com a turnê "[[The Wall]]", fazendo três shows, o primeiro show foi em [[Porto Alegre]] no Estádio Beira-Rio no dia 25 de março, depois o músico seguiu para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] (Estádio Olímpico João Havelange) onde se apresentou no dia 29 de março em seguida apresentou-se em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] (Estádio do Morumbi) nos dias 1º e 3 de abril. [[Roger Waters]] dedicou os três shows que fez ao brasileiro [[Jean Charles]], morto por policiais britânicos em Londres no ano de 2005 ao ser confundido com terrorista. "Gostaria de dedicar este concerto a Jean Charles, sua família e sua luta por verdade e justiça."<ref>[http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/musica/com-homenagem-a-jean-charles-roger-waters-abre-turne-brasileira/n1597709672600.html Em Porto Alegre, Roger Waters dedica show "The Wall" a Jean Charles] Último Segundo 25/03/2012 Consultado em 12/03/2016</ref>
* ''[[Animals (álbum)|Animais]]'' (1977)
Em 2012 Houve o concerto no encerramento das Olimpíadas em Londres.
* ''[[The Wall|O Muro]]'' (1979)

* ''[[The Final Cut (álbum)|O Corte Final]]'' (1983)
No dia 3 de setembro de 2015, [[David Gilmour|Gilmour]] anunciou em sua página no [[Facebook]] três shows no Brasil para o mês de dezembro, nos dias 12, 14 e 16, respectivamente em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Os shows tinham como objetivo a divulgação do novo trabalho, seu quarto álbum solo [[Rattle That Lock]], e reuniram juntos mais de 100 mil pessoas.
* ''[[A Momentary Lapse of Reason|Um lapso momentâneo da razão]]'' (1987)

* ''[[The Division Bell|A Divisão Bell]]'' (1994)
Em maio de 2017, o álbum ''[[The Dark Side of the Moon]]'' serviu de inspiração para nomear a espécie de anuro ''[[Brachycephalus darkside]]'', encontrada em [[Ervália]] por pesquisadores da [[Universidade Federal de Viçosa]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/nova-especie-de-sapo-e-nomeada-com-homenagem-a-pink-floyd-por-pesquisadores-da-ufv.ghtml|título=Nova espécie de sapo é nomeada com homenagem a Pink Floyd por pesquisadores da UFV|publicado=G1|acessodata=25 de maio de 2017}}</ref>
* ''[[The Endless River|O rio sem fim]]'' (2014)

Em Outubro de 2018, Roger Waters levou a turnê Us + Them para São Paulo (''[[Allianz Parque]]''), Brasília (''[[Estádio Mané Garrincha]]''), Salvador (''[[Itaipava Arena Fonte Nova]]''), Belo Horizonte (''[[Mineirão]]''), Rio de Janeiro (''[[Maracanã]]''), Curitiba (''[[Estádio Couto Pereira]]'') e Porto Alegre (''[[Estádio Beira Rio]]''). Esta passagem no Brasil ficou marcada pela reafirmação das posições políticas do Pink Floyd e de Roger Waters. No show em São Paulo, citou o então candidato Jair Bolsonaro e o presidente Donald Trump numa lista que os classificava como "neofascistas", tendo sido vaiado por parte do público e ovacionado por outra parte <ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/10/roger-waters-exibe-elenao-no-telao-e-e-vaiado-e-xingado-em-sao-paulo.shtml|titulo= Título ainda não informado (favor adicionar) |data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>.

== Integrantes ==
* [[Roger Waters]] — vocal, baixo, guitarra, percussão, programação <small>(1965—1985)</small>
* [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]] — teclado, vocal, órgão Hammond, piano, sintetizador, mellotron<small> (1965—1981; 1987-1994; 2005)</small>
* [[Nick Mason]] — bateria, percussão, programação <small>(1965—1994; 2005; 2013-2014)</small>
* [[David Gilmour]] — vocal, guitarra, baixo, teclado, efeitos especiais <small>(1967—1994; 2005; 2013-2014)</small>
* [[Syd Barrett]] — vocal, guitarra <small> (1965—1968)</small>
* [[Bob Klose]] — guitarra <small>(1965)</small>

===Linha do Tempo===
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=== Ex-Integrantes ===
*[[Roger Waters]] - [[baixo]] e vocal

=== Músicos convidados ===

Os músicos abaixo não são ou foram membros oficiais do Pink Floyd, mas contribuíram significativamente com a banda em estúdio ou apresentações ao vivo:

* {{ENGb}} [[Roger Waters - Live Aid 2005]] - [[baixo]] e vocal
* {{ENGb}} [[Guy Pratt]] - [[baixo]] e vocal
* {{USAb}} [[Jon Carin]] - [[Teclado (música)|teclado]] e [[vocal]]
* {{ENGb}} [[Sam Brown]] - [[vocal]] de fundo
* {{CANb}} [[Bob Ezrin]] - produção, teclado e composição
* {{SCOb}} [[Ron Geesin]] - [[orquestração]] e composição
* {{ENGb}} [[Roy Harper (músico)|Roy Harper]] - vocal
*
* {{USAb}} [[Scott Page]] - [[saxofone]]
* {{USAb}} [[Michael Kamen]] - orquestração e teclado
* {{ENGb}} [[Carol Kenyon]] - vocal de fundo
* {{ENGb}} [[Dick Parry]] - [[saxofone]]
* {{ENGb}} [[Tim Renwick]] - [[guitarra]]
* {{ENGb}} [[Clare Torry]] - vocal e vocal de fundo
* {{ENGb}} [[Gary Wallis]] - [[percussão]]
* {{ENGb}} [[Snowy White]] - guitarra
* {{ENGb}} [[Phil Manzanera]] - guitarra

== Discografia ==
{{Artigo principal|[[Discografia de Pink Floyd|Discografia]] e [[Lista de canções gravadas por Pink Floyd|Canções de Pink Floyd]]}}


== Turnês ==
; Álbuns de estúdio
* ''[[The Piper at the Gates of Dawn]]'' (1967)
* ''[[A Saucerful of Secrets]]'' (1968)
* ''[[More (trilha sonora)|More]]'' (1969)
* ''[[Ummagumma]]'' (1969)
* ''[[Atom Heart Mother]]'' (1970)
* ''[[Meddle]]'' (1971)
* ''[[Obscured by Clouds]]'' (1972)
* ''[[The Dark Side of the Moon]]'' (1973)
* ''[[Wish You Were Here (álbum de Pink Floyd)|Wish You Were Here]]'' (1975)
* ''[[Animals (álbum)|Animals]]'' (1977)
* ''[[The Wall]]'' (1979)
* ''[[The Final Cut (álbum)|The Final Cut]]'' (1983)
* ''[[A Momentary Lapse of Reason]]'' (1987)
* ''[[The Division Bell]]'' (1994)
* ''[[The Endless River]]'' (2014)


* Turnê Mundial do Pink Floyd (1968)
== Videografia ==
* O Homem e a Jornada (1969)
* Turnê Mundial Mãe do Coração Atom (1970–71)
* Meddle Tour (1971)
* Excursão Lado Negro da Lua (1972–73)
* Excursão francesa de verão (1974)
* Tour de Inverno Britânico (1974)
* Desejo que você estivesse aqui (1975)
* Na turnê de carne (1977)
* The Wall Tour (1980–81)
* Um lapso momentâneo da razão (1987–89)
* A Divisão Bell Tour (1994)


== Notas ==
* ''[[Live at Pompeii]]'' ([[1972]])
{{Referências|30em|grupo="nb"}}
* ''[[The Wall (filme)|The Wall]]'' ([[1982]])
* ''[[Delicate Sound of Thunder]]'' ([[1988]])
* ''[[The Wall Live in Berlin]]'' ([[1990]])
* ''[[La Carrera Panamericana]]'' ([[1992]])
* ''[[Pulse (álbum de Pink Floyd)|Pulse]]'' ([[1994]])
* ''[[London '66-'67]]'' (1995)
* ''[[Live at Pompeii|Live at Pompeii: Directors Cut]]'' ([[2003]])
* ''[[Classic Albuns: The Dark Side of the Moon]]'' (2003)


=== Outros ===
== Fontes ==
 


== Leitura adicional ==
=== [[1969]] - ''[[The Man & The Journey]]'' ===
'''Livros'''


* {{Citar livro|título=Pink Floyd's The Wall: In the Studio, on Stage and on Screen|ultimo=Bench|primeiro=Jeff|ultimo2=O'Brien|primeiro2=Daniel|ano=2004|isbn=978-1-903111-82-6|publicação=Reynolds and Hearn|edition=First UK paperback}}
== Ver também ==
* {{Citar livro|título=Pink Floyd|ultimo=Hearn|primeiro=Marcus|ano=2012|isbn=978-0-85768-664-0|publicação=Titan Books}}
* [[Contracultura da década de 1960]]
* {{Citar livro|título=Another Brick in the Wall: The Stories Behind Every Pink Floyd Song|ultimo=Jones|primeiro=Cliff|ano=1996|isbn=978-0-553-06733-0}}
* [[Invasão Britânica]]
* {{Citar livro|título=Pink Floyd: The Music and the Mystery|ultimo=Mabbett|primeiro=Andy|ano=2010|isbn=978-1-84938-370-7|publicação=Omnibus Press}}
* [[19367 Pink Floyd]]
* {{Citar livro|título=Pink Floyd: 25th Anniversary Edition (Visual Documentary)|ultimo=Mabbett|primeiro=Andy|ultimo2=Miles|ano=1988|isbn=978-0-7119-4109-0}}
* [[Lista de músicos recordistas de vendas em Portugal]]
* {{Citar livro|título=Pink Floyd|ultimo=Miles|primeiro=Barry|ano=2007|isbn=978-1-84609-444-6|publicação=Omnibus Press}}
* [[Lista de recordistas de vendas de discos]]
* {{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=vu-aAwAAQBAJ&pg=PT135|título=Pink Floyd: The Early Years|ultimo=Miles|primeiro=Barry|ano=2011|isbn=978-0-85712-740-2|ref=harv|publicação=Omnibus Press}}
* [[Rock britânico]]
* {{Citar livro|título=Lost in the Woods: Syd Barrett and the Pink Floyd|ultimo=Palacios|primeiro=Julian|ano=2001|isbn=978-0-7522-2328-5}}
*[https://pinkfloyd.com.br/ Pink Floyd Brasil]
* {{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=KrOPQni4yTsC&dq|título=Pink Floyd: In the Flesh: The Complete Performance History|ultimo=Povey|primeiro=Glen|ultimo2=Russell|primeiro2=Ian|ano=1997|isbn=978-0-9554624-0-5|publicação=St. Martin's Press|edition=1st US paperback}}
* {{Citar livro|título=Speak to Me|ultimo=Reising|primeiro=Russell|ano=2005|isbn=978-0-7546-4019-6|publicação=Ashgate Publishing, Ltd}}
* {{Citar livro|url=https://archive.org/details/breakingrecords100ruhl|título=Breaking Records|ultimo=Ruhlmann|primeiro=William|ano=2004|isbn=978-0-415-94305-5|publicação=Routledge}}
* {{Citar livro|título=Pink Floyd|ultimo=Ruhlmann|primeiro=William|ano=1993|isbn=978-0-8317-6912-3|publicação=Smithmark}}
* {{Citar livro|título=The Strawberry Bricks Guide to Progressive Rock|ultimo=Snider|primeiro=Charles|ano=2008|isbn=978-0-615-17566-9|publicação=Strawberry Bricks}}


'''Documentários'''
== Bibliografia ==
*{{citar livro|sobrenome=Blake|nome=Mark|título=Nos bastidores do Pink Floyd|local=Londres|editora=Digitaliza Conteudo|ano=2015|isbn=8563993828}}
*{{citar livro|sobrenome=Harris|nome=John|título=The dark side of the moon: Os bastidores da obra-prima do Pink Floyd|editora=Zahar|ano=2006|isbn=8537807036}}
*{{citar livro|sobrenome=Povey|nome=Glenn|título=Echoes: The Complete History of Pink Floyd|local=Londres|editora=Mind Head Publishing|ano=2007|isbn=0955462401}}
*{{citar livro|sobrenome=Mabbett|nome=Andy|título=The Complete Guide to the Music of Pink Floyd|editora=Omnibus Press|ano=1995|isbn=9780711943018}}


* CreateSpace (2009). Pink Floyd: Meddle (Streaming video). Sexy Intellectual. ASIN B002J4V9RI.
{{Referências}}
* John Edginton (Director) (2012). Pink Floyd: The Story of Wish You Were Here (Colour, NTSC, DVD). Eagle Rock Entertainment. ASIN B007X6ZRMA.
* Matthew Longfellow (Director) (2003). Classic Albums: The Making of The Dark Side of the Moon (Colour, Dolby, NTSC, DVD). Eagle Rock Entertainment. ASIN B0000AOV85.
* Pink Floyd (2007). Pink Floyd – Then and Now (Colour, NTSC DVD). Pride. ASIN B007EQQX04.
* Pink Floyd (2010). Pink Floyd – Whatever Happened to Pink Floyd? (Colour, NTSC, DVD). Sexy Intellectual. ASIN B004D0AMN8.


== links externos ==
{{Pink Floyd}}
{{Portal3|Pink Floyd|Arte|Música|Reino Unido}}
{{Controle de autoridade}}


* {{Website oficial}}
[[Categoria:Bandas da Inglaterra]]
* {{Dmoz|Arts/Music/Bands_and_Artists/P/Pink_Floyd/}}
[[Categoria:Bandas de rock progressivo]]
* {{Imdb nome}}
[[Categoria:Bandas de rock psicodélico]]
* Pink Floyd companies grouped at OpenCorporates
* Pink Floyd at Rolling Stone
* Pink Floyd tour dates at Songkick
[[Categoria:David Gilmour]]
[[Categoria:Vencedores do Grammy Awards]]
[[Categoria:Artistas da Capitol Records]]
[[Categoria:Bandas de rock experimental]]
[[Categoria:Bandas de rock experimental]]
[[Categoria:Bandas vencedoras do MTV Video Music Awards]]
[[Categoria:Bandas de space rock]]
[[Categoria:Bandas extintas em 1995]]
[[Categoria:Bandas formadas em 1965]]
[[Categoria:Bandas formadas em 1965]]
[[Categoria:Bandas vencedoras do Grammy]]
[[Categoria:Pink Floyd]]
[[Categoria:!Todos os artigos contendo afirmações potencialmente datadas]]
[[Categoria:Pink Floyd| ]]
[[Categoria:Recordistas de vendas de discos]]
[[Categoria:Recordistas de vendas de discos nos Estados Unidos]]
[[Categoria:Bandas extintas em 2014]]
[[Categoria:Induzidos ao Rock and Roll Hall of Fame]]
[[Categoria:Prémio de Música Polar]]

Revisão das 23h50min de 8 de março de 2020

Pink Floyd
Informação geral
Página oficial pinkfloyd.com

Pink Floyd foi uma banda de rock inglesa formada em Londres em 1965. Ganhando seguidores como um grupo de rock psicodélico, eles se destacaram por suas composições estendidas, experimentação sonora, letras filosóficas e elaboradas apresentações ao vivo e se tornaram uma banda líder do gênero de rock progressivo . Eles são uma das bandas mais bem-sucedidas comercialmente e influentes história da música popular.

O Pink Floyd foi fundado pelos estudantes Syd Barrett (guitarra, vocal), Nick Mason (bateria), Roger Waters (baixo, voz) e Richard Wright (teclados, voz). Sob a liderança de Barrett, eles lançaram dois singles e um álbum de estreia de sucesso, The Piper at the Gates of Dawn (1967). O guitarrista e vocalista David Gilmour entrou em dezembro de 1967; Barrett saiu em abril de 1968 devido à deterioração de sua saúde mental . Waters se tornou o principal letrista e líder temático, desenvolvendo os conceitos por trás dos álbuns The Dark Side of the Moon (1973), Wish You Was Here (1975), Animals (1977), The Wall (1979) e The Final Cut (1983). A banda também compôs várias trilhas sonoras.

Após tensões pessoais, Wright deixou o Pink Floyd em 1979, seguido por Waters em 1985. Gilmour e Mason continuaram como Pink Floyd, reunidos mais tarde por Wright. Os três produziram mais dois álbuns - A Momentary Lapse of Reason (1987) e The Division Bell (1994) - e participaram de outros dois álbuns antes de entrar em um longo período de inatividade. Em 2005, todos, exceto Barrett, se reuniram para uma apresentação única no evento de conscientização global Live 8. Barrett morreu em 2006 e Wright em 2008. O último álbum de estúdio do Pink Floyd, The Endless River (2014), foi baseado em material inédito das sessões de gravação da Division Bell.

O Pink Floyd foi um dos primeiros grupos psicodélicos britânicos e é creditado com gêneros influentes, como rock progressivo e música ambiente. Quatro álbuns chegaram ao topo das paradas estadunidenses ou britânicas; as músicas "See Emily Play" (1967) e "Another Brick in the Wall, Part 2" (1979) foram seus únicos dez primeiros singles em ambos os territórios. A banda foi introduzida no Hall da Fama do Rock and Roll dos EUA em 1996. Em 2013, eles haviam vendido mais de 250 milhões de discos em todo o mundo, com The Dark Side of the Moon e The Wall sendo dois dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.

História

1963-1967: Primeiros anos

Formação

Roger Waters e Nick Mason se conheceram enquanto estudavam arquitetura no Politécnico de Londres, na Regent Street.[1] Eles tocaram música juntos em um grupo formado por Keith Noble e Clive Metcalfe com a irmã de Noble, Sheilagh. Richard Wright, um colega arquitetura,[3] juntou-se mais tarde naquele ano e o grupo tornou-se um sexteto, o Sigma 6. Waters tocava guitarra, Mason bateria e Wright guitarra rítmica (já que raramente havia um teclado disponível).[4] A banda se apresentou em eventos particulares e ensaiou em uma sala de chá no porão da Regent Street Polytechnic. Eles tocaram músicas dos The Searchers e material escrito por seu gerente, compositor e colega Ken Chapman.[5]

Em setembro de 1963, Waters e Mason se mudaram para um apartamento em 39 Stanhope Gardens, perto de Crouch End, em Londres, de propriedade de Mike Leonard, professor em meio período na Hornsey College of Art e na Regent Street Polytechnic.[6][7] Mason se mudou depois do ano acadêmico de 1964 e o guitarrista Bob Klose se mudou durante setembro de 1964, levando Waters a mudar para o baixo.[8][9] Sigma 6 passou por vários nomes, incluindo Meggadeaths, Abdabs e Screaming Abdabs, Leonard's Lodgers e Spectrum Five, antes de escolher Tea Set.[10][14] Em 1964, quando Metcalfe e Noble saíram para formar sua própria banda, o guitarrista Syd Barrett se juntou a Klose e Waters em Stanhope Gardens.[15] Barrett, dois anos mais jovem, havia se mudado para Londres em 1962 para estudar na Camberwell College of Arts.[16] Waters e Barrett eram amigos de infância; Waters costumava visitar Barrett e o assistia tocar violão na casa da mãe de Barrett.[17] Mason disse sobre Barrett: "Em um período em que todo mundo estava sendo legal de uma maneira muito adolescente e autoconsciente, Syd estava fora de moda para mim." [18]

Noble e Metcalfe deixaram o Tea Set no final de 1963 e Klose apresentou a banda ao cantor Chris Dennis, um técnico da Royal Air Force (RAF).[19] Em dezembro de 1964, eles garantiram sua primeira gravação, em um estúdio em West Hampstead, através de um dos amigos de Wright, que os deixou usar algum tempo livre. Wright, que estava dando um tempo nos estudos, não participou da sessão.[20][21] Quando a RAF designou um cargo para Dennis no Bahrein no início de 1965, Barrett se tornou o líder da banda.[22][23] Mais tarde naquele ano, eles se tornaram a banda residente no Countdown Club, perto da Kensington High Street, em Londres, onde de tarde da noite até o início da manhã tocavam três sets de 90 minutos cada. Durante esse período, estimulada pela necessidade do grupo de estender seus sets para minimizar a repetição de músicas, a banda percebeu que "as músicas podiam ser estendidas com longos solos", escreveu Mason.[24] Depois da pressão de seus pais e conselhos de seus tutores universitários, Klose deixou a banda em meados de 1965 e Barrett assumiu guitarra.[25] O grupo se referiu a si mesmo como o Pink Floyd Sound no final de 1965. Barrett criou o nome no momento em que descobriu que outra banda, também chamada de Tea Set, se apresentaria em uma de suas apresentações.[26] O nome deriva dos nomes dados de dois músicos de blues cujos registros do Piedmont blues Barrett tinha em sua coleção, Pink Anderson e Floyd Council.[27]

Em 1966, o repertório do grupo consistia principalmente em canções de rhythm and blues e eles começaram a receber reservas pagas, incluindo uma apresentação no Marquee Club em dezembro de 1966, onde Peter Jenner, professor da London School of Economics, os notou. Jenner ficou impressionado com os efeitos sonoros criados por Barrett e Wright, e com seu parceiro de negócios e amigo Andrew King se tornou o gerente deles.[28] A dupla tinha pouca experiência na indústria da música e usou a herança de King para montar a Blackhill Enterprises, adquirindo cerca de 1.000 libras em novos instrumentos e equipamentos para a banda.[30] Foi nessa época que Jenner sugeriu que eles abandonassem a parte "Sound" do nome da banda, tornando-se o Pink Floyd.[31] Sob a orientação de Jenner e King, o grupo tornou-se parte da cena de música underground de Londres, tocando em locais como o All Saints Hall e o Marquee.[32] Enquanto se apresentavam no Countdown Club, a banda havia experimentado longas excursões instrumentais e eles começaram a expandi-las com apresentações de luzes rudimentares, mas eficazes, projetadas por slides coloridos e luzes domésticas.[33] As conexões sociais de Jenner e King ajudaram a banda a ganhar uma cobertura proeminente no Financial Times e um artigo no Sunday Times que dizia: "No lançamento da nova revista de IT, na outra noite, um grupo pop chamado Pink Floyd tocou música latejante enquanto uma série de formas coloridas bizarras brilhou em uma tela enorme atrás deles   ... aparentemente muito psicodélico."[34]

Em 1966, a banda fortaleceu seu relacionamento comercial com a Blackhill Enterprises, tornando-se parceiros iguais de Jenner e King, sendo que cada um dos membros da banda ficou com um sexto do total.[31] No final de 1966, seu set incluía menos padrões de R&B e mais originais de Barrett, muitos dos quais seriam incluídos em seu primeiro álbum.[35] Embora eles tivessem aumentado significativamente a frequência de suas apresentações, a banda ainda não era amplamente aceita. Após uma apresentação em um clube juvenil católico, o proprietário se recusou a pagá-los, alegando que a apresentação não era música.[36] Quando a administração deles entrou com uma ação em um tribunal de pequenas causas contra o proprietário da organização juvenil, um magistrado local confirmou a decisão do proprietário. A banda foi muito melhor recebida no UFO Club, em Londres, onde eles começaram a construir uma base de fãs.[37] As apresentações de Barrett eram entusiasmadas "pulando ao redor ... loucura ... improvisação ... [inspirado] para superar suas limitações e entrar em áreas que eram   ... muito interessante. O que nenhum dos outros poderia fazer", escreveu o biógrafo Nicholas Schaffner.[38]

Assinatura com a EMI

Em 1967, o Pink Floyd começou a atrair a atenção da indústria da música.[39][41] Enquanto estava em negociações com gravadoras, o co-fundador de TI e gerente do UFO Club, Joe Boyd, e o agente de reservas do Pink Floyd, Bryan Morrison, organizaram e financiaram uma sessão de gravação no Sound Techniques em West Hampstead. Três dias depois, o Pink Floyd assinou com a EMI, recebendo um adiantamento de 5.000 libras esterlinas (em valores da época). A EMI lançou o primeiro single da banda, "Arnold Layne", com o lado B "Candy and a Currant Bun", em 10 de março de 1967, pela gravadora Columbia.[42][44] Ambas as faixas foram gravadas em 29 de janeiro de 1967.[43][46] As referências de "Arnold Layne" ao crossdressing levaram à sua proibição de várias estações de rádio; no entanto, a manipulação criativa dos varejistas que forneceram números de vendas ao mercado da música fez com que o single atingisse o pico no Reino Unido no número 20 das paradas.[47]

A EMI-Columbia lançou o segundo single do Pink Floyd, "See Emily Play", em 16 de junho de 1967. Foi um pouco melhor que "Arnold Layne", chegando ao número  6 no Reino Unido.[48] A banda se apresentou no Look of the Week da BBC, onde Waters e Barrett, eruditos e envolventes, enfrentaram perguntas difíceis de Hans Keller.[49] Eles apareceram no Top of the Pops da BBC, um programa popular que exigia que os artistas convidados imitassem seus cantos.[50] Embora o Pink Floyd tenha retornado para mais duas apresentações, no terceiro, Barrett começou a se revelar e foi nessa época que a banda notou pela primeira vez mudanças significativas em seu comportamento.[51] No início de 1967, ele usava LSD regularmente e Mason o descreveu como "completamente distanciado de tudo o que estava acontecendo".[52]

The Piper at the Gates of Dawn

Morrison e o produtor da EMI, Norman Smith, negociaram o primeiro contrato de gravação do Pink Floyd e, como parte do acordo, a banda concordou em gravar seu primeiro álbum no EMI Studios, em Londres.[53][55] Mason lembrou que as sessões eram livres de problemas. Smith discordou, afirmando que Barrett não respondeu a suas sugestões e críticas construtivas.[56] A EMI-Columbia lançou The Piper no Gates of Dawn em agosto de 1967. O álbum alcançou o número 6, passando 14 semanas nas paradas britânicas.[57] Um mês depois, foi lançado sob o selo Tower Records.[58] Pink Floyd continuou a atrair grandes multidões no UFO Club; no entanto, o colapso mental de Barrett estava causando séria preocupação. O grupo inicialmente esperava que seu comportamento irregular fosse uma fase passageira, mas alguns eram menos otimistas, incluindo Jenner e sua assistente, June Child, que comentaram: "Encontrei [Barrett] no camarim e ele estava tão ... ele se foi. Roger Waters e eu o colocamos de pé e nós o colocamos no palco  ... A banda começou a tocar e Syd ficou lá. Ele tinha o violão no pescoço e os braços pendurados".[59]

Forçado a cancelar a aparição do Pink Floyd no prestigiado Festival Nacional de Jazz e Blues, além de vários outros shows, King informou à imprensa que Barrett estava sofrendo de exaustão nervosa.[60] Waters marcou uma reunião com o psiquiatra R. D. Laing e, embora Waters tenha levado Barrett pessoalmente à consulta, Barrett se recusou a sair do carro.[61] Uma estadia em Formentera com Sam Hutt, um médico bem estabelecido no cenário da música underground, não levou a melhorias visíveis. A banda acompanhou algumas datas de apresentações na Europa durante setembro, com sua primeira turnê pelos Estados Unidos em outubro.[62][64] Quando a turnê nos Estados Unidos prosseguiu, a condição de Barrett ficou cada vez pior.[65] Durante as aparições nos shows de Dick Clark e Pat Boone em novembro, Barrett confundiu seus anfitriões por não responder às perguntas e olhar para o nada. Ele se recusou a mexer os lábios quando chegou a hora de imitar "See Emily Play" no programa de Boone. Após esses episódios embaraçosos, King terminou sua visita aos Estados Unidos e os enviou imediatamente para casa em Londres.[66][68] Logo após seu retorno, eles apoiaram Jimi Hendrix durante uma turnê pela Inglaterra; no entanto, a depressão de Barrett piorou com a turnê, chegando a um ponto de crise em dezembro, quando a banda respondeu adicionando um novo membro à sua formação.[69] [72]

1967-1978: Transição e sucesso internacional

1967: Substituição de Barrett por Gilmour

Em dezembro de 1967, o grupo adicionou o guitarrista David Gilmour como o quinto membro do Pink Floyd.[73][75] Gilmour já conhecia Barrett, tendo estudado com ele na Cambridge Tech no início dos anos 1960.[17] Os dois haviam tocado juntos durante o almoço com guitarras e harmônicas e mais tarde de carona pelo sul da França.[76] Em 1965, enquanto membro do Wild Joker, Gilmour assistiu ao Tea Set.[77] O assistente de Morrison, Steve O'Rourke, instalou Gilmour em um quarto na casa de O'Rourke com um salário de 30 libras esterlinas por semana e em janeiro de 1968, a Blackhill Enterprises anunciou Gilmour como o mais novo membro da banda; com o segundo guitarrista e seu quinto membro, a banda pretendia manter Barrett como compositor não-produtivo.[78] Jenner comentou: "A ideia era que Dave   ... encobrisse as excentricidades de [Barrett] e, quando isso não fosse viável, Syd iria compor. Apenas para tentar mantê-lo envolvido".[79][81] Em uma expressão de sua frustração, Barrett, que deveria escrever singles de sucesso adicionais para acompanhar "Arnold Layne" e "See Emily Play", apresentou "Have You Got It Yet" para a banda, alterando intencionalmente a estrutura de cada apresentação, de modo a tornar impossível acompanhar e aprender a música.[73] Em uma sessão de fotos da banda em janeiro de 1968, as fotografias mostram Barrett parecendo distanciado dos outros, olhando para o horizonte.[82]

Trabalhar com Barrett acabou se revelando muito difícil e eles chegaram a uma conclusão em janeiro, no caminho para uma apresentação em Southampton, quando um membro da banda perguntou se eles deveriam pegar Barrett. Segundo Gilmour, a resposta foi "Nah, não vamos incomodar", sinalizando o fim do mandato de Barrett no Pink Floyd.[83][85] Waters mais tarde admitiu: "Ele era nosso amigo, mas na maioria das vezes agora queríamos estrangulá-lo".[86] No início de março de 1968, o Pink Floyd se reuniu com os parceiros de negócios Jenner e King para discutir o futuro da banda; Barrett concordou em sair.[87]

Jenner e King acreditavam que Barrett era o gênio criativo da banda e decidiram representá-lo e terminar seu relacionamento com o Pink Floyd.[88] Morrison então vendeu seus negócios para a NEMS Enterprises e O'Rourke se tornou o gerente pessoal da banda.[89] Blackhill anunciou a partida de Barrett em 6 de abril de 1968.[90][92] Após a saída de Barrett, o ônus da composição lírica e da direção criativa caiu principalmente em Waters.[93] Inicialmente, Gilmour imitou a voz de Barrett nas aparições do grupo na TV europeia; no entanto, enquanto tocavam no circuito universitário, eles evitaram músicas de Barrett em favor das de Waters e Wright, como "It Would Be So Nice" e "Careful with That Axe, Eugene".[94]

A Saucerful of Secrets (1968)

A psychedelic album cover with mostly greenish blues tones.
A obra de arte psicodélica de A Saucerful of Secrets foi a primeira de muitas capas do Pink Floyd desenhadas pelo Hipgnosis

Em 1968, o Pink Floyd retornou ao Abbey Road Studios para gravar seu segundo álbum, A Saucerful of Secrets. O álbum incluiu a contribuição final de Barrett para sua discografia, "Jugband Blues". Waters começou a desenvolver sua própria composição, contribuindo com " Ser the Controls for the Heart of the Sun", "Let There More More Light" e "Corporal Clegg". Wright compôs "See-Saw" e "Remember a Day". Norman Smith os incentivou a produzir suas músicas e eles gravaram demos do novo material em suas casas. Com as instruções de Smith na Abbey Road, eles aprenderam a usar o estúdio de gravação para realizar sua visão artística. No entanto, Smith não ficou convencido com a música deles e, quando Mason se esforçou para tocar sua bateria em "Remember a Day", Smith entrou em cena como seu substituto.[95] Wright lembrou a atitude de Smith sobre as sessões: "Norman desistiu do segundo álbum   ... ele estava sempre dizendo coisas como 'Você não pode fazer vinte minutos desse barulho ridículo'."[96] Como nem Waters nem Mason podiam ler música, para ilustrar a estrutura da faixa-título do álbum eles inventaram a sua mais tarde, Gilmour descreveu seu método como "parecido com um diagrama arquitetônico".[97]

Lançado em junho de 1968, o álbum apresentava uma capa psicodélica desenhada por Storm Thorgerson e Aubrey Powell, do Hipgnosis . A primeira de várias capas de álbuns do Pink Floyd projetadas pelo Hipgnosis, foi a segunda vez que a EMI permitiu que um de seus grupos contratasse designers para uma capa do álbum.[98] O lançamento atingiu o número 9, passando 11 semanas nas paradas britânicas.[57] Record Mirror deu ao álbum uma crítica geral favorável, mas instou os ouvintes a "esquecê-lo como música de fundo para uma festa".[97] John Peel descreveu uma apresentação ao vivo da faixa-título como "como uma experiência religiosa", enquanto a NME descreveu a música como "longa e chata   ... [com] pouco para justificar sua direção monótona".[96][100] No dia seguinte ao lançamento do álbum no Reino Unido, o Pink Floyd se apresentou no primeiro show gratuito no Hyde Park.[101] Em julho de 1968, eles voltaram para os Estados Unidos para uma segunda visita. Acompanhados pelo Soft Machine e pelo The Who, a ocasião foi a primeira turnê significativa do Pink Floyd.[102] Em dezembro daquele ano, eles lançaram "Point Me at the Sky"; não mais bem sucedido do que os dois singles que lançaram desde "See Emily Play", seria o último da banda até o lançamento em 1973, " Money".[103]

Ummagumma (1969), Atom Heart Mother (1970) e Meddle (1971)

A monochrome image of Waters playing bass guitar. He has shoulder-length hair, black attire, and is standing in front of a microphone.
Waters se apresentando com Pink Floyd na Universidade de Leeds em 1970

Ummagumma representou um afastamento do trabalho anterior. Lançado como um LP duplo pela gravadora Harvest da EMI, os dois primeiros lados continham performances ao vivo gravadas no Manchester College of Commerce e no Mothers, um clube em Birmingham. O segundo LP continha uma única contribuição experimental de cada membro da banda.[104] Ummagumma foi lançado em novembro de 1969 e recebeu críticas positivas.[105] O álbum alcançou o número 5, passando 21 semanas na parada britânica.[57]

Em outubro de 1970, o Pink Floyd lançou o Atom Heart Mother.[106][108] Uma versão inicial estreou na França em janeiro, mas as divergências sobre o mix levaram à contratação de Ron Geesin para resolver os problemas de som. Geesin trabalhou para melhorar a situação, mas com pouca contribuição criativa da banda, a produção foi problemática. Geesin finalmente concluiu o projeto com a ajuda de John Alldis, que foi o diretor do coral contratado para atuar no disco. Smith ganhou crédito de produtor executivo e o álbum marcou sua última contribuição oficial à discografia da banda. Gilmour disse que era "uma maneira elegante de dizer que ele não   ... fez qualquer coisa".[109] Waters criticou Atom Heart Mother, alegando que ele preferiria que fosse "jogado no caixote do lixo e nunca mais fosse ouvido por ninguém".[110] Gilmour também rejeitava e descreveu-o como "um monte de lixo", afirmando: "Acho que estávamos raspando um pouco o barril naquele período".[110] O primeiro álbum número 1 do Pink Floyd, Atom Heart Mother, teve um enorme sucesso na Grã-Bretanha, ficando 18 semanas nas paradas britânicas.[57] Ele estreou no Bath Festival em 27 de junho de 1970.[111]

O Pink Floyd viajou extensivamente pela América e Europa em 1970.[112][113] Em 1971, o Pink Floyd ficou em segundo lugar na pesquisa de um leitor, na Melody Maker, e pela primeira vez estava lucrando. Mason e Wright tornaram-se pais e compraram casas em Londres, enquanto Gilmour, ainda solteiro, se mudou para uma fazenda do século XIX em Essex. Waters instalou um estúdio de gravação em sua casa em Islington, em um depósito de ferramentas na parte de trás de seu jardim.[114] Em janeiro de 1971, ao retornar da turnê Atom Heart Mother, o Pink Floyd começou a trabalhar em um novo material.[115] Com a falta de um tema central, eles tentaram várias experiências improdutivas; o engenheiro John Leckie descreveu as sessões, que frequentemente começavam à tarde e terminavam no início da manhã, como um período "durante o qual nada seria alcançado. Não havia nenhum contato com a gravadora, exceto quando o gerente de gravadoras aparecia de vez em quando com duas garrafas de vinho e dois baseados".[116] A banda passou longos períodos trabalhando em sons básicos, ou um riff de guitarra. Eles também passaram vários dias no Air Studios, tentando criar música usando uma variedade de objetos domésticos, um projeto que seria revisitado entre The Dark Side of the Moon e Wish You Were Here.[117]

Lançado em outubro de 1971, "Meddle não apenas confirma o surgimento do guitarrista David Gilmour como uma verdadeira força modeladora no grupo, mas afirma com força e precisão que o grupo está novamente no caminho do crescimento", escreveu Jean-Charles Costa, da Rolling Stone.[118][120][123] A NME chamou Meddle de "um álbum excepcionalmente bom", destacando "Echoes" como o "zênite pelo qual o Floyd tem se esforçado".[124] No entanto, Michael Watts, do Melody Maker, considerou o álbum como nada assombroso, chamando-o de "trilha sonora de um filme inexistente" e ignorando o Pink Floyd como "som e fúria, sem significado".[125] Meddle é um álbum de transição entre o grupo influenciado por Barrett no final dos anos 1960 e o emergente Pink Floyd.[126] O LP alcançou o número 3 entre os mais ouvidos, passando 82 semanas nas paradas britânicas.[57]

The Dark Side of the Moon (1973)

Original album artwork featuring an almost black cover with a triangular prism in the middle. A ray of white light enters the prism from the left and is refracted into colours as it comes out the right side.
A obra de arte icônica de O Lado Escuro da Lua foi desenhada por Hipgnosis e George Hardie .

O Pink Floyd gravou The Dark Side of the Moon entre maio de 1972 e janeiro de 1973 com o engenheiro da equipe da EMI, Alan Parsons, em Abbey Road. O título é uma alusão à loucura e não à astronomia.[127] A banda havia composto e refinado o material durante uma turnê pelo Reino Unido, Japão, América do Norte e Europa.[128] O produtor Chris Thomas ajudou Parsons.[129] O Hipgnosis projetou a capa, que incluía o icônico design de prisma refratário de George Hardie na capa.[130] A capa de Thorgerson apresenta um feixe de luz branca, representando a unidade, passando por um prisma, que representa a sociedade. O feixe refratado de luz colorida simboliza a unidade difratada, deixando uma ausência de unidade.[131] Waters é o único autor da letra.[132]

Pink Floyd se apresentando em sua turnê nos Estados Unidos em 1973, pouco antes do lançamento de The Dark Side of the Moon

Lançado em março de 1973, o LP se tornou um sucesso instantâneo nas paradas no Reino Unido e em toda a Europa Ocidental, recebendo uma resposta entusiasmada dos críticos.[133] Cada membro do Pink Floyd, exceto Wright, boicotou o comunicado de imprensa de The Dark Side of the Moon porque uma mixagem quadrafônica ainda não havia sido concluída e eles acharam que apresentar o álbum através de um sistema de som estéreo de baixa qualidade era insuficiente.[134] Roy Hollingworth, do Melody Maker, descreveu o lado um como "totalmente confuso".   ... [e] difícil de seguir ", mas elogiou o segundo lado, escrevendo: "As músicas, os sons   ... [e] os ritmos eram sólidos   ... [o] saxofone atingiu o ar, a banda balançou e rolou".[135] Loyd Grossman, da Rolling Stone, descreveu-o como "um belo álbum com uma riqueza textural e conceitual que não apenas convida, mas exige envolvimento".[136]

Wish You Were Here (1975)

Após uma turnê pelo Reino Unido tocando Dark Side, o Pink Floyd voltou ao estúdio em janeiro de 1975 e começou a trabalhar em seu nono álbum, Wish You Were Here.[137] Parsons recusou uma oferta para continuar trabalhando com eles, tornando-se bem-sucedido por si só com o The Alan Parsons Project e, sendo assim, a banda se voltou para Brian Humphries.[138] Inicialmente, eles acharam difícil compor o novo material; o sucesso de The Dark Side of the Moon havia deixado o Pink Floyd fisicamente e emocionalmente esgotado. Wright posteriormente descreveu essas primeiras sessões como "um período difícil" e Waters as considerou "tortuosas".[139] Gilmour estava mais interessado em melhorar o material já existente da banda. O casamento fracassado de Mason o deixou em um mal-estar geral e com um senso de apatia, os quais interferiram em sua bateria.[139]

Apesar da falta de direção criativa, Waters começou a visualizar um novo conceito após várias semanas.[139] Durante 1974, o Pink Floyd esboçou três composições originais e as apresentou em uma série de apresentações na Europa.[140] Essas composições se tornaram o ponto de partida para um novo álbum cuja frase de guitarra de quatro notas de abertura, composta puramente por acaso por Gilmour, lembrou Waters de Barrett.[141] As músicas forneceram um resumo adequado da ascensão e queda de seu ex-companheiro de banda.[142] Waters comentou: "Porque eu queria me aproximar o máximo possível do que sentia  ... [aquela] melancolia indefinível e inevitável sobre o desaparecimento de Syd."[143]

Enquanto Pink Floyd estava trabalhando no álbum, Barrett fez uma visita inesperada ao estúdio. Thorgerson lembrou que "ele se sentou e conversou um pouco, mas não estava realmente lá".[144] Ele mudou significativamente na aparência, tanto que a banda não o reconheceu inicialmente. Waters teria ficado profundamente chateado com a experiência.[145][148] A maioria de Wish You Was Here estreou em 5 de julho de 1975, em um festival de música ao ar livre em Knebworth . Lançado em setembro, alcançou o número um no Reino Unido e nos Estados Unidos.[147]

Animais (1977)

Colour picture of a power station factory with four tall white chimneys. The image was taken on a sunny day. The sky is blue and the building is brown.
Usina Termelétrica de Battersea é destaque na imagem de capa para Animals

Em 1975, o Pink Floyd comprou um grupo de três andares de salas de igreja na 35 Britannia Row em Islington e começou a converter o prédio em um estúdio de gravação e espaço de armazenamento.[149] Em 1976, eles gravaram seu décimo álbum, Animals, em seu recém-terminado estúdio.[150] O conceito de Animais se originou com Waters, vagamente baseado na fábula política de George Orwell, Animal Farm . A letra do álbum descreveu diferentes classes da sociedade como cães, porcos e ovelhas.[151][153] Hipgnosis recebeu crédito pela capa de Animals; no entanto, Waters projetou o conceito final, escolhendo uma imagem da antiga usina de Battersea, sobre a qual sobrepôs a imagem de um porco.[154][157]

A divisão de royalties era uma fonte de conflito entre os membros da banda, que ganhavam royalties por música. Embora Gilmour tenha sido o grande responsável por "Dogs", que ocupou quase todo o primeiro lado do álbum, ele recebeu menos do que Waters, que contribuiu com o muito mais curto "Pigs on the Wing", em duas partes.[158] Wright comentou: "Em parte foi minha culpa, porque eu não empurrei meu material   ... mas Dave tinha algo a oferecer e só conseguiu colocar algumas coisas lá."[159] Mason lembrou: "Roger estava em pleno fluxo com as ideias, mas ele estava realmente mantendo Dave deliberadamente abatido e frustrado."[159][161] Gilmour, distraído com o nascimento de seu primeiro filho, contribuiu pouco para o álbum. Da mesma forma, nem Mason nem Wright contribuíram muito com Animals ; Wright teve problemas conjugais e seu relacionamento com Waters também estava sofrendo.[162] Animals é o primeiro álbum do Pink Floyd que não inclui um crédito para Wright, que comentou: "Animals ...   não foi um disco divertido de fazer ... foi quando Roger realmente começou a acreditar que ele era o único compositor da banda ... foi só por causa dele que [nós] ainda estávamos tocando ... quando ele começou a desenvolver suas viagens de ego, a pessoa com quem ele teria conflitos seria eu."[162]

Lançado em janeiro de 1977, o álbum alcançou o número dois nas paradas britânicas e o número três nos Estados Unidos.[163] A NME descreveu o álbum como "um dos pedaços iconoclásticos da música mais extremos, implacáveis, angustiantes e francos" e Karl Dallas, da Melody Maker, o chamou de "[um] gosto desconfortável da realidade em um meio que se tornou últimos anos, cada vez mais soporíferos".[164]

Pink Floyd apresentou grande parte do material do álbum durante a turnê "In the Flesh". Foi a primeira experiência da banda tocando em grandes estádios, cujo tamanho causou desconforto para eles.[165] Waters começou a chegar a cada local sozinho, partindo imediatamente após a apresentação. Em uma ocasião, Wright voou de volta para a Inglaterra, ameaçando deixar a banda.[166] No Estádio Olímpico de Montreal, um grupo de fãs barulhentos e entusiasmados na primeira fila da plateia irritou tanto Waters que ele cuspiu em um deles.[167][168] O final da turnê marcou um ponto baixo para Gilmour, que sentiu que a banda alcançou o sucesso que buscava, sem mais nada para realizar.[169]

1978-1985: Era liderada por Waters

The Wall (1979)

Em julho de 1978, em meio a uma crise financeira causada por investimentos negligentes, Waters apresentou duas ideias para o próximo álbum do Pink Floyd. A primeira foi uma demonstração de 90 minutos com o título de trabalho Bricks in the Wall; a outra mais tarde se tornou o primeiro álbum solo de Waters, The Pros and Cons of Hitch Hiking . Embora Mason e Gilmour tenham sido inicialmente cautelosos, eles escolheram a primeira.[170][172] Bob Ezrin coproduziu e escreveu um roteiro de quarenta páginas para o novo álbum.[173] Ezrin baseou a história na figura central de Pink - um personagem gestalt inspirado nas experiências de infância de Waters, a mais notável delas foi a morte de seu pai na Segunda Guerra Mundial. Esse primeiro "tijolo" metafórico levou a mais problemas; Pink se tornaria viciado em drogas e deprimido pela indústria da música, eventualmente se transformando em um megalomaníaco, um desenvolvimento inspirado em parte pelo declínio de Syd Barrett. No final do álbum, o público cada vez mais fascista assistia enquanto Pink derrubava a parede, tornando-se novamente uma pessoa comum e carinhosa.[174][177]

Durante a gravação de The Wall, Waters, Gilmour e Mason ficaram insatisfeitos com a falta de contribuição de Wright e o demitiram.[178] Gilmour disse que Wright "não havia contribuído com nada de qualquer valor para o álbum - ele fez muito, muito pouco" e foi por isso que ele "conseguiu levar um pontapé".[179] Segundo Mason, "a contribuição de Rick foi aparecer e participar das sessões sem fazer nada, apenas 'ser um produtor'".[180] Waters comentou: "[Wright] não estava preparado para cooperar na gravação do disco   ... [e] foi acordado por todos   ... ou [ele] pode ter uma longa batalha ou [ele] pode concordar em  ... terminar de fazer o álbum, mantenha a parte dele   ... mas no final [ele] sairia em silêncio. Rick concordou."[181][184]

O álbum foi apoiado por "Another Brick in the Wall (Part II)", que liderou as paradas nos Estados Unidos e no Reino Unido; foi o primeiro single do Pink Floyd desde "Money".[185] The Wall foi lançado em 30 de novembro de 1979 e liderou a parada da Billboard nos Estados Unidos por quinze semanas, chegando ao número três no Reino Unido.[186] The Wall ocupa o terceiro lugar na lista da RIAA dos 100 melhores álbuns de todos os tempos, com 23 milhões de unidades certificadas vendidas nos EUA.[187] A capa, com uma parede de tijolos e o nome da banda, foi a primeira capa do Pink Floyd desde The Piper no Gates of Dawn que não foi desenhada por Hipgnosis.[188]

O conceito de The Wall também gerou um filme, cuja ideia original era uma combinação de cenas de concertos ao vivo e cenas animadas. No entanto, as filmagens do show se mostraram impraticáveis de serem feitas. Alan Parker concordou em dirigir e adotou uma abordagem diferente. As sequências animadas permaneceriam, mas as cenas seriam representadas por atores profissionais sem diálogo. Waters foi testado na tela, mas rapidamente descartado e eles pediram a Bob Geldof para aceitar o papel de Pink. Geldof foi inicialmente indiferente, condenando o enredo The Wall ' como 'besteira'.[189] Eventualmente vencido pela perspectiva de participação em um filme significativo e de receber um grande pagamento por seu trabalho, Geldof concordou.[190][191] Exibido no Festival de Cannes em maio de 1982, o Pink Floyd - The Wall estreou no Reino Unido em julho de 1982.[192] [193]

The Final Cut (1982)

Em 1982, Waters sugeriu um novo projeto musical com o título de trabalho Spare Bricks, originalmente concebido como o álbum da trilha sonora de Pink Floyd - The Wall. Com o início da Guerra das Malvinas, Waters mudou de direção e começou a escrever o novo material. Ele viu a resposta de Margaret Thatcher à invasão das Malvinas como jingoística e desnecessária e dedicou o álbum ao seu falecido pai. Imediatamente surgiram discussões entre Waters e Gilmour, que acharam que o álbum deveria incluir todo o material novo, em vez de reciclar músicas passadas para o The Wall . Waters sentiu que Gilmour havia contribuído pouco para o repertório lírico da banda.[194] Michael Kamen, um contribuinte para os arranjos orquestrais de The Wall, mediada entre os dois, também desempenhou o papel tradicionalmente ocupado pelo então ausente Wright. [195][197] A tensão dentro da banda aumentou. Waters e Gilmour trabalharam independentemente; no entanto, Gilmour começou a sentir a tensão, às vezes mal mantendo a compostura. Após um confronto final, o nome de Gilmour desapareceu da lista de créditos, refletindo o que Waters sentia por sua falta de contribuições para composição.[198][199]

Embora as contribuições musicais de Mason fossem mínimas, ele ficou ocupado gravando efeitos sonoros para um sistema holofônico experimental a ser usado no álbum. Com seus próprios problemas conjugais, ele permaneceu uma figura distante. Pink Floyd não usou Thorgerson para o design da capa, Waters optando por projetar a capa.[200][201] Lançado em março de 1983, The Final Cut foi direto para o número um no Reino Unido e o número seis nos Estados Unidos.[202] Waters escreveu todas as letras, bem como todas as músicas do álbum.[203] Gilmour não tinha nenhum material pronto para o álbum e pediu a Waters que atrasasse a gravação até que ele pudesse escrever algumas músicas, mas Waters recusou.[204] Gilmour comentou mais tarde: "Certamente sou culpado às vezes por ser preguiçoso   ... mas ele não estava certo em querer colocar algumas faixas roubadas no The Final Cut."[204][206] A revista Rolling Stone deu ao álbum cinco estrelas, com Kurt Loder chamando de "uma conquista superlativa ... a principal obra-prima do art rock".[207][209] Loder viu The Final Cut como "essencialmente um álbum solo de Roger Waters".[210]

"Uma força gasta", partida de Waters e batalhas legais

Gilmour gravou seu segundo álbum solo, About Face, em 1984 e usou-o para expressar seus sentimentos sobre uma variedade de tópicos, desde o assassinato de John Lennon até seu relacionamento com Waters. Mais tarde, ele afirmou que usou o álbum para se distanciar do Pink Floyd. Logo depois, Waters começou a turnê de seu primeiro álbum solo, The Pros and Cons of Hitch Hiking.[211] Wright formou Zee com Dave Harris e gravou Identity, que passou quase despercebido após seu lançamento.[212][213] Mason lançou seu segundo álbum solo, Profiles, em agosto de 1985.[214]

Após o lançamento de The Pros and Cons of Hitch Hiking, Waters insistiu publicamente que o Pink Floyd não iria se reunir. Ele entrou em contato com O'Rourke para discutir a liquidação de futuros pagamentos de royalties. O'Rourke sentiu-se na obrigação de informar Mason e Gilmour, o que irritou Waters, que queria dispensá-lo como gerente da banda. Ele rescindiu seu contrato de gestão com O'Rourke e contratou Peter Rudge para administrar seus negócios.[214][216] Waters escreveu para a EMI e a Columbia anunciando que ele havia deixado a banda e pediu que o libertassem de suas obrigações contratuais. Gilmour acreditava que Waters partia para acelerar o fim do Pink Floyd. Waters afirmou mais tarde que, ao não fazer novos álbuns, o Pink Floyd violaria o contrato - o que sugeriria que os pagamentos de royalties seriam suspensos - e que os outros membros da banda o haviam forçado a sair do grupo, ameaçando processá-lo. Ele foi a Alta Corte de Justiça em um esforço para dissolver a banda e impedir o uso do nome Pink Floyd, declarando Pink Floyd como "uma força gasta de forma criativa".[217]

Quando os advogados de Waters descobriram que a parceria nunca havia sido formalmente confirmada, Waters voltou a Alta Corte na tentativa de obter um veto sobre o uso adicional do nome da banda. Gilmour respondeu com um comunicado de imprensa afirmando que o Pink Floyd continuaria a existir. Ele mais tarde disse ao Sunday Times : "Roger é um cachorro na manjedoura e eu vou lutar com ele".[218] Em 2013, Waters disse que não havia percebido que o nome do Pink Floyd tinha valor comercial independente dos membros da banda e estava errado ao tentar impedir os outros de usá-lo.[219]

1985–1994: era liderada por Gilmour

Um lapso momentâneo da razão (1987)

A colour image Gilmour's houseboat and studio the Astoria, anchored in a river. The background is green forest and it is a bright sunny day.
O estúdio de gravação Astoria

Em 1986, Gilmour começou a recrutar músicos para o que seria o primeiro álbum do Pink Floyd sem Waters, A Momentary Lapse of Reason.[220][221] Havia obstáculos legais à re-admissão de Wright na banda, mas após uma reunião em Hampstead, o Pink Floyd convidou Wright para participar das próximas sessões.[222] Gilmour afirmou mais tarde que a presença de Wright "nos tornaria mais fortes legalmente e musicalmente" e o Pink Floyd o empregou como músico com ganhos semanais de 11.000 dólares (em valores da época).[223] As sessões de gravação começaram no barco de Gilmour, o Astoria, atracado ao longo do rio Tamisa.[224][226] Gilmour trabalhou com vários compositores, incluindo Eric Stewart e Roger McGough, eventualmente escolhendo Anthony Moore para escrever as letras do álbum.[227] Gilmour disse mais tarde que o projeto era difícil sem a direção criativa de Waters.[228] Mason, preocupado com o fato de estar muito fora de prática para se apresentar no álbum, usou músicos de sessão para completar muitas partes da bateria e, em vez disso, trabalhou em efeitos sonoros.[229][232]

A Momentary Lapse of Reason foi lançada em setembro de 1987. Storm Thorgerson, cuja participação criativa estava ausente de The Wall e The Final Cut, desenhou a capa do álbum.[233] Para voltar para casa que Waters havia deixado a banda, eles incluíram uma fotografia de grupo na capa interna, a primeira desde Meddle.[234][236] O álbum foi direto para o número três no Reino Unido e nos Estados Unidos.[237] Waters comentou: "Eu acho fácil, mas uma falsificação bastante inteligente   ... As músicas são ruins em geral   ... [e] as letras de Gilmour são de terceira categoria."[238] Embora Gilmour inicialmente tenha visto o álbum como um retorno à melhor forma da banda, Wright discordou, afirmando: "As críticas de Roger são justas. Não é um álbum da banda."[239] A Q Magazine descreveu o álbum como essencialmente um álbum solo de Gilmour.[240]

Waters tentou subverter a turnê Momentary Lapse of Reason entrando em contato com os promotores nos Estados Unidos e ameaçando processá-los se eles usassem o nome Pink Floyd. Gilmour e Mason financiaram os custos iniciais com Mason usando seu Ferrari 250 GTO como garantia.[241] Os primeiros ensaios para a próxima turnê foram caóticos, com Mason e Wright completamente fora de prática. Percebendo que ele havia trabalhado muito, Gilmour pediu a Ezrin para ajudá-los. Enquanto o Pink Floyd viajava pela América do Norte, a turnê do Waters, Radio KAOS, acontecia por perto, embora em locais muito menores do que aqueles que apresentavam as performances de sua banda anterior. Waters emitiu um mandado de segurança por direitos autorais pelo uso do porco voador pela banda. O Pink Floyd respondeu colocando um grande conjunto de órgãos genitais masculinos na parte inferior para distingui-lo do design de Waters.[242] As partes chegaram a um acordo legal em 23 de dezembro; Mason e Gilmour mantiveram o direito de usar o nome Pink Floyd perpetuamente e Waters recebeu direitos exclusivos, entre outras coisas, de The Wall.[243]

The Division Bell (1994)

A colour photograph of two large silver-grey iron sculptures of opposing silhouetted faces. The sculptures are standing in a brown wheat field with a blue sky behind them.
A arte do álbum de The Division Bell, projetada por Storm Thorgerson, pretendia representar a ausência de Barrett e Waters da banda.

Por vários anos, o Pink Floyd se ocupou de atividades pessoais, como filmar e competir na La Carrera Panamericana e gravar uma trilha sonora de um filme baseado no evento.[244][246] Em janeiro de 1993, eles começaram a trabalhar em um novo álbum, retornando aos Britannia Row Studios, onde por vários dias Gilmour, Mason e Wright trabalharam em colaboração, improvisando material. Após cerca de duas semanas, a banda teve ideias suficientes para começar a criar músicas. Ezrin voltou a coproduzir o álbum e a produção mudou-se para o Astoria, onde de fevereiro a maio de 1993, eles trabalharam em cerca de 25 ideias.[247]

Contratualmente, Wright não era membro da banda e disse: "Chegou perto de um ponto em que eu não faria o álbum".[248] No entanto, ele ganhou cinco créditos coescritos, o primeiro em um álbum do Pink Floyd desde 1975, Wish You Were Here.[248] Outro compositor creditado no álbum foi a futura esposa de Gilmour, Polly Samson. Ela o ajudou a escrever várias faixas, incluindo "High Hopes", um arranjo colaborativo que, embora inicialmente tenso, "juntou todo o álbum", segundo Ezrin.[249] Eles contrataram Michael Kamen para organizar as partes orquestrais do álbum; Dick Parry e Chris Thomas também retornaram.[250] O compositor Douglas Adams forneceu o título do álbum e Thorgerson a capa.[251][253] Thorgerson se inspirou para a capa do álbum dos monólitos Moai da Ilha de Páscoa; dois rostos opostos formando um terceiro rosto implícito sobre o qual ele comentou: "o rosto ausente - o fantasma do passado do Pink Floyd, Syd e Roger".[254] Ansioso para evitar competir contra outros lançamentos de álbuns, como aconteceu com A Momentary Lapse, o Pink Floyd estabeleceu um prazo final para abril de 1994, quando retomariam a turnê.[255] O álbum alcançou o número 1 no Reino Unido e nos EUA.[256] Passou 51 semanas na parada britânica.[57]

O Pink Floyd passou mais de duas semanas ensaiando em um hangar na Base Aérea de Norton, em San Bernardino, Califórnia, antes de abrir em 29 de março de 1994, em Miami, com uma equipe quase idêntica à usada na turnê Momentary Lapse of Reason.[257] Eles tocaram uma variedade de músicas da banda e depois mudaram seu setlist para incluir The Dark Side of the Moon na sua totalidade.[258][260] A turnê, a última do Pink Floyd, terminou em 29 de outubro de 1994.[259][262]

2005–2016: reunião, mortes e The Endless River

Reunião no Live 8

A concert stage lit by purple lighting. Four men are performing on the stage as a crowd stands in front of it. Behind the men are video screens displaying images of vinyl records.
Waters (à direita) juntou-se a seus ex-colegas de banda no Live 8 .

Em 2 de julho de 2005, Waters, Gilmour, Mason e Wright se apresentaram juntos como Pink Floyd pela primeira vez em mais de 24 anos no show Live 8 em Hyde Park, Londres.[263] A reunião foi arranjada pelo organizador do Live 8, Bob Geldof; depois que Gilmour recusou a oferta, Geldof perguntou a Mason, que contatou Waters. Cerca de duas semanas depois, Waters ligou para Gilmour, a primeira conversa entre os dois em dois anos e no dia seguinte Gilmour concordou. Em comunicado à imprensa, a banda enfatizou a falta de importância de seus problemas no contexto do evento Live 8.[134]

Eles planejaram seu setlist no Connaught Hotel em Londres, seguidos por três dias de ensaios no Black Island Studios.[134] As sessões foram problemáticas, com divergências sobre o estilo e o ritmo das músicas que eles estavam praticando; a ordem de execução foi decidida na véspera do evento.[264] No início de sua apresentação de "Wish You Were Here", Waters disse à plateia: "É muito emocionante ficar de pé aqui com esses três caras depois de todos esses anos ... estamos fazendo isso para todos que não estão aqui, e particularmente para Syd."[265] No final, Gilmour agradeceu à plateia e começou a sair do palco. Waters o chamou de volta e a banda compartilhou um abraço em grupo. As imagens do abraço foram as favoritas dos jornais de domingo após o Live 8.[266][268] Waters disse sobre seus quase 20 anos de animosidade: "Não acho que nenhum de nós tenha saído dos anos 1985 com qualquer crédito ... Foi um momento ruim e negativo e lamento minha parte nessa negatividade."[269]

Embora o Pink Floyd tenha recusado um contrato no valor de 136 milhões de libras esterlinas para uma turnê final, Waters não descartou mais apresentações, sugerindo que deveria ser apenas para um evento de caridade.[266] No entanto, Gilmour disse à Associated Press que uma reunião não aconteceria: "Os ensaios do [Live 8] me convenceram [de] que não era algo que eu queria fazer muito ... Houve todos os tipos de momentos de despedida na vida e na carreira das pessoas que eles rescindiram, mas acho que posso dizer categoricamente que não haverá uma turnê ou um álbum novamente do qual participarei. Não tem a ver com animosidade ou algo assim. É apenas ... eu estive lá, eu fiz isso.[270] Em fevereiro de 2006, Gilmour foi entrevistado pelo jornal italiano La Repubblica, que declarou: "Paciência para os fãs de luto. A notícia é oficial. Pink Floyd, a marca, está dissolvida, finalizada, definitivamente falecida."[271] Questionado sobre o futuro do Pink Floyd, Gilmour respondeu: "Acabou ... eu já tive o suficiente. Tenho 60 anos   ... é muito mais confortável trabalhar sozinho." Gilmour e Waters disseram repetidamente que não tinham planos de se reunir.[272][274]

Mortes de Barrett e Wright

Barrett morreu em 7 de julho de 2006, em sua casa em Cambridge,  aos 60 anos.[275] Seu funeral foi realizado no Crematório de Cambridge em 18 de julho de 2006; nenhum membro do Pink Floyd compareceu. Wright disse: "A banda está naturalmente chateada e triste ao ouvir a morte de Syd Barrett. Syd foi a luz norteadora da formação inicial da banda e deixa um legado que continua a inspirar." Embora Barrett tenha desaparecido na obscuridade ao longo das décadas, a imprensa nacional o elogiou por suas contribuições à música.[276][278] Em 10 de maio de 2007, Waters, Gilmour, Wright e Mason se apresentaram no concerto em homenagem a Barrett "Madcap's Last Laugh" no Barbican Centre em Londres. Gilmour, Wright e Mason tocaram as composições de Barrett "Bike" e "Arnold Layne" e Waters tocou uma versão solo de sua música "Flickering Flame".[279]

Wright morreu de uma forma não revelada de câncer em 15 de setembro de 2008, com 65 anos de idade.[280] Seus ex-colegas de banda prestaram homenagens à sua vida e obra; Gilmour disse: "Na discussão de quem ou o que era o Pink Floyd, a enorme contribuição de Rick era frequentemente esquecida. Ele era gentil, despretensioso e privado, mas sua voz e toque com a alma eram componentes mágicos vitais do nosso som mais reconhecido do Pink Floyd."[281] Uma semana após a morte de Wright, Gilmour apresentou "Remember a Day" de A Saucerful of Secrets, escrito e originalmente cantado por Wright, em homenagem a ele.[282] O tecladista Keith Emerson divulgou um comunicado elogiando Wright como a "espinha dorsal" do Pink Floyd.[283]

Outras performances e relançamentos

Em 10 de julho de 2010, Waters e Gilmour se apresentaram juntos em um evento de caridade para a Hoping Foundation. O evento, que arrecadou dinheiro para crianças palestinas, ocorreu no Kiddington Hall, em Oxfordshire, Inglaterra, com uma audiência de aproximadamente 200 pessoas.[284] Em troca da aparição de Waters no evento, Gilmour tocou "Comfortably Numb" no The Wall Live de Waters[285][287] na O2 Arena, em Londres, em 12 de maio de 2011, cantando os refrões e tocando os dois solos de guitarra. Mason também se juntou em "Outside the Wall", com Gilmour no bandolim.[289]

Em 26 de setembro de 2011, o Pink Floyd e a EMI lançaram uma campanha exaustiva de relançamento sob o título Why Pink Floyd ...?, reemitindo o catálogo posterior em versões remasterizadas recentemente, incluindo as edições em formato multi-disco "Experience" e "Immersion". Os álbuns foram remasterizados por James Guthrie, coprodutor de The Wall.[290] Em novembro de 2015, o Pink Floyd lançou um EP de edição limitada, 1965: Their First Recordings, composto por seis músicas gravadas antes de The Piper no Gates of Dawn.[291]

The Endless River (2014) e Saucerful of Secrets de Nick Mason

Ficheiro:The Endless River Installation @ Southbank.jpg
Publicidade para The Endless River em South Bank, Londres

Em 2012, Gilmour e Mason decidiram revisitar as gravações feitas com Wright, principalmente durante as sessões do Division Bell, para criar um novo álbum do Pink Floyd. Eles recrutaram músicos para ajudar a gravar novas partes e "geralmente aproveitar a tecnologia de estúdio".[292] Waters não esteva envolvido.[293] Mason descreveu o álbum como um tributo a Wright: "Eu acho que este álbum é uma boa maneira de reconhecer muito do que ele faz e como sua música estava no coração do som do Pink Floyd. Ouvindo as sessões, realmente me trouxe o quão especial ele era."[294]

The Endless River foi lançado em 7 de novembro de 2014, o segundo álbum do Pink Floyd distribuído pela Parlophone após o lançamento das edições de 20 anos do The Division Bell no início de 2014.[295] Embora tenha recebido críticas mistas,[296] tornou-se o álbum mais pré-encomendado de todos os tempos na Amazon UK[297] e estreou no número um em vários países.[298][299] A edição em vinil foi o lançamento de vinil mais vendido no Reino Unido em 2014 e o mais vendido desde 1997.[300] Gilmour afirmou que The Endless River é o último álbum do Pink Floyd, dizendo: "Eu acho que conseguimos com sucesso o melhor do que existe... É uma pena, mas este é o fim." [301] Não houve turnê de apoio, pois Gilmour achava isto impossível sem Wright.[302][303] Em agosto de 2015, Gilmour reiterou que o Pink Floyd estava "pronto" e que se reunir sem Wright "seria errado".[304]

Em novembro de 2016, o Pink Floyd lançou um boxset, The Early Years 1965-1972, que incluía outtakes, gravações ao vivo, remixes e filmes desde o início de sua carreira.[305] Isso foi seguido em dezembro de 2019 pelo The Later Years, compilando o trabalho do Pink Floyd após a partida de Waters. O conjunto inclui uma versão remixada de A Momentary Lapse of Reason, com mais contribuições de Wright e Mason, e uma reedição expandida do álbum ao vivo Delicate Sound of Thunder.[306]

Em 2018, Mason formou uma nova banda, Saucerful of Secrets, de Nick Mason, para apresentar o material inicial do Pink Floyd. A banda inclui Gary Kemp, do Spandau Ballet, e o colaborador de longa data do Pink Floyd, Guy Pratt.[307] Eles visitaram a Europa em setembro de 2018[308] e a América do Norte em 2019.[309] Waters se juntou à banda no Beacon Theatre, em Nova York, para apresentar os vocais para "Set the Controls for the Heart of the Sun".[310]

Musicalidade

Gêneros

Considerado um dos primeiros grupos de música psicodélica do Reino Unido, o Pink Floyd começou sua carreira na vanguarda da cena musical underground de Londres.[311][314] De acordo com a Rolling Stone: "Em 1967, eles haviam desenvolvido um som inconfundivelmente psicodélico, realizando composições longas e altas, semelhantes a que tocavam hard rock, blues, country, folk e música eletrônica".[315] Lançada em 1968, a música "Careful with That Axe, Eugene" ajudou a galvanizar sua reputação como um grupo de art rock.[94] Outros gêneros atribuídos à banda são rock espacial,[316] rock experimental,[317] rock ácido, [318][319][320] proto-prog,[321] pop experimental (sob Barrett),[322] pop psicodélico[323] e rock psicodélico.[324] O'Neill Surber comenta a música do Pink Floyd:

Raramente você encontrará Floyd tocando ganchos cativantes, músicas suficientemente curtas para tocar no ar ou progressões previsíveis de blues com três acordes; e você nunca os encontrará gastando muito tempo no habitual álbum pop de romance, festa ou auto-exaltação. O universo sonoro deles é expansivo, intenso e desafiador ... Onde a maioria das outras bandas encaixa perfeitamente os sons na música, sendo que os dois formam uma espécie de todo autônomo e sem costura completo com ganchos memoráveis, o Pink Floyd tende a definir as letras em uma paisagem sonora mais ampla que geralmente parece ter vida própria ... O Pink Floyd emprega instrumentais estendidos e independentes que nunca são meros veículos para se mostrar virtuosos, mas são partes planejadas e integrantes da performance.[325]

Durante o final dos anos 1960, a imprensa rotulou sua música como pop psicodélico,[326] pop progressivo[327] e rock progressivo.[328] Em 1968, Wright comentou a reputação sônica do Pink Floyd: "É difícil ver por que fomos escolhidos como o primeiro grupo psicodélico britânico. Nunca nos vimos assim ... percebemos que estávamos tocando apenas por diversão ... ligados a nenhuma forma específica de música, poderíamos fazer o que quiséssemos ... a ênfase ... [está] firmemente na espontaneidade e na improvisação."[329] Waters fez uma avaliação menos entusiasmada do som inicial da banda: "Não havia nada de 'grandioso' nisso. Nós éramos risíveis. Nós éramos inúteis. Não podíamos tocar, então tivemos que fazer algo estúpido e 'experimental' ...   Syd era um gênio, mas eu não gostaria de voltar a tocar "Overdrive Interstellar" por horas e horas."[330] Restritos pelos formatos pop convencionais, o Pink Floyd foi inovador do rock progressivo na década de 1970 e da música ambiente durante a década de 1980.[331]

O trabalho de guitarra de Gilmour

"Enquanto Waters era o letrista e conceitualista de Floyd, Gilmour era a voz da banda e seu principal foco instrumental."[332]

—Alan di Perna, in Guitar World, May 2006

O crítico da Rolling Stone, Alan di Perna, elogiou o trabalho de guitarra de Gilmour como parte integrante do som do Pink Floyd[332] e o descreveu como o guitarrista mais importante da década de 1970, "o elo perdido entre Hendrix e Van Halen". A Rolling Stone o nomeou o 14º maior guitarrista de todos os tempos. Em 2006, Gilmour disse sobre sua técnica: "[Meus] dedos produzem um som distinto ... [eles] não são muito rápidos, mas acho que sou instantaneamente reconhecível ... A maneira como toco melodias está ligada a coisas como Hank Marvin e The Shadows."[333] A capacidade de Gilmour de usar menos notas do que a maioria para se expressar sem sacrificar a força ou a beleza fez uma comparação favorável ao trompetista de jazz Miles Davis.[334]

Em 2006, o escritor do Guitar World, Jimmy Brown, descreveu o estilo de guitarra de Gilmour como "caracterizado por riffs simples e com um som enorme; solos ousados e de bom ritmo; e texturas cordiais ricas e ambiente".[334] De acordo com Brown, os solos de Gilmour em "Money", "Time" e "Comfortably Numb" "cortam a mistura como um raio laser na neblina".[334] Brown descreveu o solo de "Time" como "uma obra-prima do fraseado e do desenvolvimento motivacional ..."[335] Brown descreveu o fraseado de Gilmour como intuitivo e talvez o seu melhor trunfo como um guitarrista. Gilmour explicou como ele conseguiu seu tom de assinatura:. "Eu costumo usar uma caixa de fuzz, um atraso e um cenário brilhante EQ   ... [para] cantar de maneira sustentada   ... você precisa tocar alto - no limite ou próximo ao feedback. É muito mais divertido de tocar ... quando as notas dobradas cortam você como uma lâmina de barbear."[334]

Experimentação sônica

Ao longo de sua carreira, o Pink Floyd experimentou com seu som. Seu segundo single, "See Emily Play" estreou no Queen Elizabeth Hall, em Londres, em 12 de maio de 1967. Durante a apresentação, o grupo usou pela primeira vez um dispositivo quadrafônico antigo chamado Coordenador de Azimute.[336] O dispositivo permitiu ao controlador, geralmente Wright, manipular o som amplificado da banda, combinado com fitas gravadas, projetando os sons em 270 graus em torno de um local, obtendo um efeito de turbilhão sônico.[337] Em 1972, eles compraram um PA personalizado que apresentava um sistema atualizado de quatro canais e 360 graus.[338]

Waters experimentou o sintetizador VCS 3 em peças do Pink Floyd, como "On the Run", "Welcome to the Machine" e "In the Flesh?".[339] Ele usou o efeitode delay do binson echorec 2 em sua faixa de baixo para "One of These Days".[340]

O Pink Floyd usou efeitos sonoros inovadores e tecnologia de gravação de áudio de ponta durante a gravação do The Final Cut. As contribuições de Mason para o álbum foram quase inteiramente limitadas ao trabalho com o sistema holofônico experimental, uma técnica de processamento de áudio usada para simular um efeito tridimensional. O sistema usou uma fita estéreo convencional para produzir um efeito que parecia mover o som ao redor da cabeça do ouvinte quando eles usavam fones de ouvido. O processo permitiu que um engenheiro simulasse a movimentação do som para trás, acima ou ao lado dos ouvidos do ouvinte.[341]

Trechos de filmes

O Pink Floyd também compôs várias trilhas para filmes, começando em 1968, com The Committee.[342] Em 1969, eles gravaram a trilha sonora do filme de Barbet Schroeder, More. A trilha sonora mostrou-se benéfica: não apenas pagava bem, mas, juntamente com A Saucerful of Secrets, o material que eles criaram se tornou parte de seus shows ao vivo algum tempo depois.[343] Ao compor a trilha sonora do filme Zabriskie Point, do diretor Michelangelo Antonioni, a banda ficou em um hotel de luxo em Roma por quase um mês. Waters alegou que, sem as constantes mudanças de Antonioni na música, eles teriam concluído o trabalho em menos de uma semana. Eventualmente, ele usou apenas três de suas gravações. Uma das peças recusadas por Antonioni, chamada "The Violent Sequence", mais tarde se tornou "Us and Them", incluída no The Dark Side of the Moon de 1973.[344] Em 1971, a banda novamente trabalhou com Schroeder no filme La Vallée, para o qual eles lançaram um álbum da trilha sonora chamado Obscured by Clouds. Eles compuseram o material em cerca de uma semana no Château d'Hérouville, perto de Paris e, após seu lançamento, tornou-se o primeiro álbum do Pink Floyd a entrar no topo.   50 da Billboard dos Estados Unidos.[345]

Performances ao vivo

A monochrome image of members of the band. The photograph is taken from a distance, and is bisected horizontally by the forward edge of the stage. Each band member and his equipment is illuminated from above by bright spotlights, also visible. A long-haired man holds a guitar and sings into a microphone on the left of the image. Central, another man is seated behind a large drumkit. Two men on the right of the image hold a saxophone or a bass guitar and appear to be looking in each other's general direction. In the foreground, silhouetted, are the heads of the audience.
Uma apresentação ao vivo de The Dark Side of the Moon em Earls Court, logo após seu lançamento em 1973: Gilmour, Mason, Dick Parry e Waters.

Considerado pioneiro na performance de música ao vivo e conhecido por seus luxuosos espetáculos de palco, o Pink Floyd também estabeleceu altos padrões de qualidade de som, fazendo uso de efeitos sonoros inovadores e sistemas de alto-falantes quadrafônicos.[346] Desde seus primeiros dias, eles empregaram efeitos visuais para acompanhar seu rock psicodélico enquanto se apresentavam em locais como o UFO Club em Londres.[37] O show de slides e luzes foi um dos primeiros do rock britânico e os ajudou a se tornar popular entre a cena underground de Londres.[315]

Para comemorar o lançamento da revista International Times da London Free School, em 1966, eles se apresentaram na frente de 2.000 pessoas na abertura do Roundhouse, com a presença de celebridades como Paul McCartney e Marianne Faithfull.[347] Em meados de 1966, o gerente de estrada Peter Wynne-Willson juntou-se à sua equipe e atualizou o equipamento de iluminação da banda com algumas ideias inovadoras, incluindo o uso de polarizadores, espelhos e preservativos esticados.[348] Após o contrato com a EMI, o Pink Floyd comprou uma van Ford Transit, então considerada um transporte de banda extravagante.[349] Em 29 de abril de 1967, eles encabeçaram um evento noturno chamado The 14 Hour Technicolor Dream no Alexandra Palace, em Londres. O Pink Floyd chegou ao festival por volta das três horas da manhã, após uma longa viagem de van e balsa a partir dos Países Baixos, subindo ao palco no exato momento em que o sol estava começando a nascer.[350][352] Em julho de 1969, precipitados por suas músicas e letras relacionadas ao espaço, eles participaram da cobertura televisiva ao vivo da BBC do pouso na Lua pela Apollo 11, apresentando uma peça instrumental que eles chamaram de "Moonhead".[353]

Em novembro de 1974, eles empregaram pela primeira vez a grande tela circular que se tornaria uma marca de seus shows ao vivo.[354] Em 1977, eles empregaram o uso de um grande porco flutuante inflável chamado "Algie". Cheio de hélio e propano, Algie, enquanto flutuava acima da plateia, explodiria com um barulho alto durante a turnê In the Flesh Tour.[355] O comportamento do público durante a turnê, bem como o grande tamanho dos locais, provou uma forte influência em seu álbum conceitual The Wall. O The Wall Tour subsequente contou com um muro alto de 12 metros, construído com tijolos de papelão entre a banda e o público. Eles projetaram animações no muro, enquanto as lacunas permitiram ao público ver várias cenas da história. Eles também encomendaram a criação de vários infláveis gigantes para representar os personagens da história.[356] Uma característica marcante da turnê foi a performance de "Comfortably Numb". Enquanto Waters cantava seu verso de abertura, na escuridão, Gilmour esperava sua sugestão no topo do muro. Quando chegasse, luzes azuis e brancas brilhantes o revelariam repentinamente. Gilmour estava em uma mala de viagem, uma instalação insegura apoiada por trás por um técnico. Uma grande plataforma hidráulica suportava Gilmour e o equipamento.[357]

Durante a Division Bell Tour, uma pessoa desconhecida usando o nome Publius postou uma mensagem em um grupo de notícias da Internet convidando os fãs a resolver um enigma supostamente oculto no novo álbum. Luzes brancas em frente ao palco no show do Pink Floyd em East Rutherford soletraram as palavras "Enigma Publius". Durante um concerto televisionado em Earls Court, em 20 de outubro de 1994, alguém projetou a palavra "enigma" em grandes letras no fundo do palco. Mais tarde, Mason reconheceu que a gravadora havia instigado o mistério do Publius Enigma, em vez da banda.[258]

Temas líricos

Marcada pelas letras filosóficas de Waters, a Rolling Stone descreveu o Pink Floyd como "fornecedores de uma visão distintamente sombria".[318] O autor Jere O'Neill Surber escreveu: "seus interesses são verdade e ilusão, vida e morte, tempo e espaço, causalidade e chance, compaixão e indiferença".[358] Waters identificou a empatia como um tema central nas letras do Pink Floyd.[359] O autor George Reisch descreveu a obra psicodélica de Meddle, "Echoes", como "construída em torno da ideia central de comunicação genuína, simpatia e colaboração com os outros".[360] Apesar de ter sido rotulado como "o homem mais sombrio do rock", a autora Deena Weinstein descreveu Waters como existencialista, descartando o apelido desfavorável como resultado da má interpretação dos críticos de música.[361]

Desilusão, ausência e não-ser

A letra de Waters para "Have a Cigar", do álbum Wish You Were Here, lida com a percepção de falta de sinceridade por parte de representantes da indústria da música.[362] A música ilustra uma dinâmica disfuncional entre a banda e um executivo da gravadora que parabeniza o grupo pelo sucesso atual de vendas, o que implica que eles estão no mesmo time e revelam que ele erroneamente acredita que "Pink" é o nome de um dos membros do grupo.[363] Segundo o autor David Detmer, as letras do álbum tratam dos "aspectos desumanos do mundo do comércio", uma situação que o artista deve suportar para alcançar seu público.[364]

A ausência como tema lírico é comum na música do Pink Floyd. Exemplos incluem a ausência de Barrett depois de 1968 e a do pai de Waters, que morreu durante a Segunda Guerra Mundial. As letras de Waters também exploravam objetivos políticos não realizados e empreendimentos sem sucesso. Sua trilha sonora, Obscured by Clouds, lida com a perda da exuberância juvenil que às vezes acompanha o envelhecimento.[365] O designer de capa do álbum do Pink Floyd, Storm Thorgerson, descreveu a letra de Wish You Were Here : "A ideia de presença retida, das maneiras que as pessoas fingem estar presentes enquanto suas mentes estão realmente em outro lugar e os dispositivos e motivações empregado psicologicamente pelas pessoas para suprimir toda a força de sua presença, acabou se resumindo a um único tema, ausência: a ausência de uma pessoa, a ausência de um sentimento".[366][367] Waters comentou: "é sobre nenhum de nós estar realmente lá   ... [deveria] ter sido chamado de desejo que estávamos aqui".[368]

O'Neill Surber explorou as letras do Pink Floyd e declarou a questão do não-ser um tema comum em suas músicas.[358][370] Waters invocou o não-ser ou a não-existência em The Wall, com a letra de "Comfortably Numb": "Captei um vislumbre fugaz, pelo canto do olho. Virei-me para olhar, mas se foi, não posso colocar meu dedo agora, a criança está crescida, o sonho se foi." [365] Barrett se referiu ao não-ser em sua contribuição final ao catálogo da banda, "Jugband Blues": "Sou muito grato a você por deixar claro que não estou aqui".[365]

Exploração e opressão

O autor Patrick Croskery descreveu Animals como uma mistura única dos "sons poderosos e temas sugestivos" de Dark Side com o retrato de alienação artística de The Wall.[371] Ele traçou um paralelo entre os temas políticos do álbum e o de Animal Farm, de Orwell.[371] Animals começa com um experimento mental, que pergunta: "Se você não se importava com o que aconteceu comigo. E eu não me importava com você" e então desenvolve uma fábula de animais baseada em personagens antropomorfizados, usando a música para refletir os estados de espírito individuais de cada um. A letra finalmente mostra um retrato da distopia, o resultado inevitável de um mundo desprovido de empatia e compaixão, respondendo à pergunta colocada nas linhas de abertura.[372]

Os personagens do álbum incluem os "Cães", representando capitalistas fervorosos, os "Porcos", simbolizando a corrupção política, e as "Ovelhas", que representam os explorados.[373] Croskery descreveu as "Ovelhas" como estando em um "estado de ilusão criado por uma identidade cultural enganosa", uma falsa consciência.[374] O "Cão", em sua incansável busca do interesse e do sucesso, acaba deprimido e sozinho, sem ninguém em quem confiar, totalmente sem satisfação emocional após uma vida de exploração.[375] Waters usou Mary Whitehouse como exemplo de um "porco"; sendo alguém que, em sua opinião, usava o poder do governo para impor seus valores à sociedade.[376] Na conclusão do álbum, Waters volta à empatia com a afirmação lírica: "Você sabe que eu me importo com o que acontece com você. E eu sei que você também se importa comigo".[377] No entanto, ele também reconhece que os "Porcos" são uma ameaça contínua e revela que ele é um "Cão" que exige abrigo, sugerindo a necessidade de um equilíbrio entre estado, comércio e comunidade, versus uma batalha em andamento entre eles.[378]

Alienação, guerra e insanidade

"Quando digo: "Vejo você no lado escuro da lua" ... o que eu quero dizer [é] ... Se você sente que é o único ... que parece louco [porque] você acha que tudo está louco, você não está sozinho."[379]

—Waters, 2005

O'Neill Surber comparou a letra de "Brain Damage", do álbum Dark Side of the Moon, com a teoria de auto-alienação de Karl Marx; "tem alguém na minha cabeça, mas não sou eu."[380][381] A letra de "Welcome to the Machine", de Wish You Were Here, sugerem o que Marx chamou de alienação da coisa; o protagonista da música preocupou-se com os bens materiais a ponto de se afastar de si e dos outros.[380] Alusões à alienação das espécies humanas podem ser encontradas em Animals ; o "cão" reduzido a viver instintivamente como um não humano.[382] Os "cães" ficam alienados de si mesmos na medida em que justificam sua falta de integridade como uma posição "necessária e defensável" em "um mundo cruel, sem espaço para empatia ou princípios morais", escreveu Detmer.[383] A alienação dos outros é um tema consistente nas letras do Pink Floyd e é um elemento central do The Wall.[380]

A guerra, vista como a conseqüência mais grave da manifestação de alienação de outras pessoas, também é um elemento central do The Wall e um tema recorrente na música da banda.[384] O pai de Waters morreu em combate durante a Segunda Guerra Mundial e suas letras frequentemente aludiam ao custo da guerra, incluindo as de "Corporal Clegg" (1968), "Free Four" (1972), "Us and Them" (1973), "When the Tigers Broke Free" e "The Fletcher Memorial Home" de The Final Cut (1983), um álbum dedicado a seu falecido pai e com o subtítulo A Requiem for the Postwar Dream.[385] Os temas e a composição de The Wall expressam a educação de Waters em uma sociedade inglesa esgotada de homens após a Segunda Guerra Mundial, uma condição que afetou negativamente seus relacionamentos pessoais com as mulheres.[386]

As letras de Waters para The Dark Side of the Moon lidavam com as pressões da vida moderna e como essas pressões às vezes podem causar insanidade.[387] Ele viu a explicação do álbum sobre a doença mental como iluminando uma condição universal.[388] No entanto, Waters também queria que o álbum comunicasse positividade, chamando-o de "uma exortação ... abraçar o positivo e rejeitar o negativo."[389] Reisch descreveu The Wall como" menos sobre a experiência da loucura do que os hábitos, instituições e estruturas sociais que criam ou causam loucura."[390] O protagonista de The Wall, Pink, é incapaz de lidar com as circunstâncias de sua vida, e dominado por sentimentos de culpa, lentamente se fecha do mundo exterior dentro de uma barreira de sua própria autoria. Depois de completar seu afastamento do mundo, Pink percebe que ele é "louco, além do arco-íris".[391] Ele então considera a possibilidade de que sua condição seja sua própria culpa: "eu fui culpado esse tempo todo?"[391] Percebendo seu maior medo, Pink acredita que ele decepcionou a todos, sua mãe autoritária sabiamente escolheu sufocá-lo, os professores criticaram corretamente suas aspirações poéticas e sua esposa justificou-se em deixá-lo. Ele então é julgado por "mostrar sentimentos de natureza quase humana", exacerbando ainda mais sua alienação.[392] Como nos escritos do filósofo Michel Foucault, as letras de Waters sugerem que a loucura de Pink é um produto da vida moderna, cujos elementos "costumes, codependências e psicopatologias" contribuem para sua angústia, segundo Reisch.[393]

Legado

Exposição The Pink Floyd no The Wall no Rock and Roll Hall of Fame.

O Pink Floyd é uma das bandas de rock de maior sucesso comercial e influência de todos os tempos.[394] Eles venderam mais de 250 milhões de discos em todo o mundo, incluindo 75 milhões de unidades certificadas e 37,9 milhões de álbuns vendidos nos Estados Unidos desde 1993.[395] O Sunday Times Rich List, Music Millionaires 2013 (UK), classificou Waters no número 12 com uma fortuna estimada em 150 milhões de libras esterlinas, Gilmour no número 27 com 85 milhões de libras e Mason no número 37 com 50   milhões de libras.[396]

Em 2004, o MSNBC classificou o Pink Floyd como o número 8 em sua lista das "10 melhores bandas de rock de todos os tempos".[397] No mesmo ano, a revista Q nomeou o Pink Floyd como a maior banda de todos os tempos, de acordo com "um sistema de pontos que mede as vendas de seu maior álbum, a escala de seu maior show de destaque e o número total de semanas passadas na parada de álbuns do Reino Unido".[398] A Rolling Stone classificou a banda no número 51 na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos".[399] O VH1 classificou o grupo no número 18 na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos".[400] Colin Larkin classificou o Pink Floyd como o número 3 em sua lista dos "50 melhores artistas de todos os tempos", um ranking baseado nos votos acumulados para os álbuns de cada artista incluídos em seus 1000 álbuns do All Time.[401] Em 2008, o crítico de rock e pop do The Guardian, Alexis Petridis, escreveu que a banda ocupa um lugar único no rock progressivo, afirmando: "Trinta anos depois, prog ainda é persona non grata [. . . ] Apenas o Pink Floyd - que nunca foi realmente uma banda de prog, apesar de sua propensão a músicas longas e 'conceituais' - está nas listas de 100 melhores álbuns."[402]

O Pink Floyd ganhou vários prêmios. Em 1981, o engenheiro de áudio James Guthrie ganhou o Grammy de "Melhor álbum Não-Clássico" por The Wall e Roger Waters ganhou o prêmio da Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão por "Melhor Música Original Escrita para um Filme" em 1983 por "Another Brick in the Wall"do filme The Wall.[403] Em 1995, o Pink Floyd ganhou o Grammy de "Melhor Performance Instrumental de Rock" por "Marooned".[404] Em 2008, o rei Carlps XVI Gustavo, da Suécia, entregou ao Pink Floyd o Polar Music Prize por sua contribuição à música moderna; Waters e Mason participaram da cerimônia e aceitaram o prêmio.[405] Eles foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame em 1996.[406]

A banda influenciou vários artistas. David Bowie chamou Barrett de uma inspiração significativa e The Edge do U2 comprou seu primeiro pedal de delay depois de ouvir os acordes de guitarra de abertura para "Dogs" de Animals.[407] Outras bandas e artistas que os citam como influência incluem Queen, Tool, Radiohead, Steven Wilson, Kraftwerk, Marillion, Queensrÿche, Nine Inch Nails, Orb e Smashing Pumpkins.[408] O Pink Floyd foi uma influência no subgênero do rock neo-progressivo que surgiu na década de 1980.[409] A banda de rock inglesa Mostly Autumn "funde as músicas de Genesis e Pink Floyd" em seu som.[410]

Pink Floyd era admirador do grupo de comédia Monty Python e ajudou a financiar seu filme de 1975, Monty Python e o Santo Graal. [411] Em maio de 2017, para marcar o 50º aniversário do primeiro single da banda, uma exposição audiovisual, Their Mortal Remains, foi inaugurada no Victoria and Albert Museum, em Londres.[412] A exposição apresentava análise da arte de capas de álbuns da banda, adereços conceituais dos espetáculos e fotografias do arquivo pessoal de Mason.[413][414] A exposição foi prorrogada por duas semanas após a data prevista para o fechamento.[415]

Membros da banda

  • Syd Barrett - guitarras principais e rítmicas, vocais (1965–1968)
  • Nick Mason - bateria, percussão, vocais (1965–1995, 2005, 2012–2014)
  • Bob Klose - guitarra principal (1965)
  • Roger Waters - baixo, voz, guitarra rítmica (1965–1985, 2005)
  • Richard Wright - teclados, piano, órgão, voz (1965–1979, 1990–1995, 2005) (membro da turnê / sessão de 1979–1981 e 1986–1990)
  • David Gilmour - guitarras, vocais, baixo, teclados (1967–1995, 2005, 2012–2014)

Discografia

Turnês

  • Turnê Mundial do Pink Floyd (1968)
  • O Homem e a Jornada (1969)
  • Turnê Mundial Mãe do Coração Atom (1970–71)
  • Meddle Tour (1971)
  • Excursão Lado Negro da Lua (1972–73)
  • Excursão francesa de verão (1974)
  • Tour de Inverno Britânico (1974)
  • Desejo que você estivesse aqui (1975)
  • Na turnê de carne (1977)
  • The Wall Tour (1980–81)
  • Um lapso momentâneo da razão (1987–89)
  • A Divisão Bell Tour (1994)

Notas

30em

Fontes

 

Leitura adicional

Livros

Documentários

  • CreateSpace (2009). Pink Floyd: Meddle (Streaming video). Sexy Intellectual. ASIN B002J4V9RI.
  • John Edginton (Director) (2012). Pink Floyd: The Story of Wish You Were Here (Colour, NTSC, DVD). Eagle Rock Entertainment. ASIN B007X6ZRMA.
  • Matthew Longfellow (Director) (2003). Classic Albums: The Making of The Dark Side of the Moon (Colour, Dolby, NTSC, DVD). Eagle Rock Entertainment. ASIN B0000AOV85.
  • Pink Floyd (2007). Pink Floyd – Then and Now (Colour, NTSC DVD). Pride. ASIN B007EQQX04.
  • Pink Floyd (2010). Pink Floyd – Whatever Happened to Pink Floyd? (Colour, NTSC, DVD). Sexy Intellectual. ASIN B004D0AMN8.
  1. Blake 2008, pp. 37–38: Mason meeting Waters while studying architecture at the London Polytechnic; Fitch 2005, p. 335: Waters meeting Mason while studying architecture at the London Polytechnic.
  2. Blake 2008, pp. 39–40.
  3. Wright studied architecture until 1963, when he began studying music at London's Royal College of Music.[2]
  4. Blake 2008, pp. 39–40: Wright was also an architecture student when he joined Sigma 6; Povey 2008, pp. 13–14: The formation of Sigma 6; Schaffner 1991, p. 27: Instrumental line-up of Sigma 6: Waters (lead guitar), Wright (rhythm guitar) and Mason (drums).
  5. Blake 2008, pp. 38–39.
  6. a b Mason 2005, pp. 24–26.
  7. Leonard designed light machines, which used electric motors to spin perforated discs, casting patterns of lights on the walls. These would be demonstrated in an early edition of Tomorrow's World. For a brief time, Leonard played keyboard with them using the front room of his flat for rehearsals.[6]
  8. a b c Povey 2008, p. 14.
  9. Wright also briefly lived at Leonard's.[8]
  10. Povey 2008, pp. 13–18.
  11. Blake 2008, p. 39: Megadeaths; Povey 2008, p. 13: Meggadeaths.
  12. Povey 2008, pp. 14–15.
  13. Blake 2008, pp. 43–44: The T-Set as an alternate spelling; Povey 2008, pp. 28–29: The Tea Set used throughout.
  14. Povey spelled it Meggadeaths but Blake spelled it Megadeaths.[11] Architectural Abdabs is sometimes suggested as another variation; Povey dismisses it as a misreading of a headline about the Abdabs in the Polytechnic's student newspaper.[12] Povey used the Tea Set throughout whereas Blake's claim of the alternative spelling, the T-Set, remains unsubstantiated.[13]
  15. Blake 2008, p. 41.
  16. Povey 2008, p. 13.
  17. a b Schaffner 1991, pp. 22–23.
  18. Mason 2005, p. 27.
  19. Blake 2008, pp. 42–44.
  20. a b Mason 2005, pp. 29–30.
  21. The four-song session became the band's first demo and included the R&B classic "I'm a King Bee" (original of bluesman Slime Harpo, and three Syd Barrett originals, "Butterfly", "Lucy Leave" and "Double O Bo", a song Mason described as "Bo Diddley meets the 007 theme".[20]
  22. Povey 2008, p. 19.
  23. According to Povey, by 1964 the group began calling itself the Abdabs.[8]
  24. Mason 2005, p. 30.
  25. Blake 2008, pp. 44–45: Klose quit the band in mid 1965 and Barrett took over on lead guitar (secondary source); Mason 2005, p. 32: Klose quit the band in mid 1965 (primary source).
  26. Povey 2008, pp. 18–19.
  27. Mason 2005, pp. 33–37: The origin of the band name Pink Floyd (primary source); Povey 2008, pp. 18–19: The origin of the band name Pink Floyd (secondary source).
  28. Mason 2005, pp. 33–37: Jenner was impressed by Barrett and Wright; Schaffner 1991, p. 17: Jenner and King became Pink Floyd's business managers.
  29. Schaffner 1991, p. 32.
  30. Soon after, someone stole the equipment, and the group resorted to purchasing new gear on a payment plan.[29]
  31. a b Schaffner 1991, pp. 32–33.
  32. Mason 2005, pp. 50–51.
  33. Mason 2005, pp. 46–49: (primary source); Schaffner 1991, p. 34: (secondary source).
  34. Mason 2005, pp. 52–53: Jenner and King's connections helped gain the band important coverage; Schaffner 1991, p. 44: "apparently very psychedelic"
  35. Mason 2005, p. 49.
  36. Mason 2005, p. 54.
  37. a b Mason 2005, pp. 54–58.
  38. Schaffner 1991, p. 49.
  39. di Perna 2002, p. 29: Pink Floyd as a spack rock band; Povey 2008, p. 37: The music industry began to take notice of Pink Floyd.
  40. Blake 2008, p. 79.
  41. They dropped the definite article from the band's name at some point in early 1967.[40]
  42. Povey 2008, p. 342: Release date for "Arnold Layne"; Schaffner 1991, pp. 54–55: Signing with EMI.
  43. a b c Povey 2008, p. 37.
  44. Schaffner described the £5,000 advance as generous; however, Povey suggested it was an inadequate agreement which required that the money be disbursed over five years.[43]
  45. Mason 2005, pp. 59–63.
  46. Previous to this session, on 11 and 12 January, they recorded a long take of "Interstellar Overdrive".[43] Sometime around the sessions on 29 January, they produced a short music film for "Arnold Layne" in Sussex.[45]
  47. Mason 2005, pp. 84–85.
  48. Povey 2008, p. 342.
  49. Blake 2008, pp. 86–87.
  50. Mason 2005, pp. 86–87.
  51. Povey 2008, p. 43.
  52. Mason 2005, p. 82: Barrett was "completely distanced from everything going on"; Schaffner 1991, p. 51: Barrett's increasing LSD use starting early 1967.
  53. Mason 2005, pp. 87–88: Smith negotiated Pink Floyd's first record contract; Schaffner 1991, p. 55: Morrison negotiated Pink Floyd's first contract and in it they agreed to record their first album at EMI Studios.
  54. Blake 2008, p. 85.
  55. At EMI, Pink Floyd experimented with musique concrète and watched the Beatles record "Lovely Rita".[54]
  56. Mason 2005, pp. 92–93.
  57. a b c d e f Roberts 2005, p. 391.
  58. Cavanagh, John (2003). The Piper at the Gates of Dawn. Continuum. New York [u.a.]: [s.n.] pp. 55–56. ISBN 978-0-8264-1497-7 
  59. Mason 2005, p. 95: "The band started to play and Syd just stood there"; Schaffner 1991, p. 36: June Child was Blackhill's assistant and secretary.
  60. Povey 2008, p. 67.
  61. Blake 2008, p. 123.
  62. Povey 2008, pp. 67–71.
  63. Povey 2008, p. 69.
  64. Blackhill's late application for work permits forced Pink Floyd to cancel several of the US dates.[63]
  65. Schaffner 1991, pp. 88–90.
  66. Schaffner 1991, pp. 91–92.
  67. Povey 2008, p. 72.
  68. Pink Floyd released the single "Apples and Oranges" in November 1967 in the UK.[67]
  69. Mason 2005, pp. 95–105: Barrett's mental deterioration and Pink Floyd's first US tour (primary source); Schaffner 1991, pp. 91–94: Barrett's mental deterioration and Pink Floyd's first US tour (secondary source).
  70. Fitch 2005, p. 224.
  71. Blake 2008, p. 102.
  72. Barrett's absence on more than one occasion forced the band to book David O'List as his replacement.[70] Wynne-Willson left his position as lighting director and assisted the guitarist with his daily activities.[71]
  73. a b Povey 2008, p. 47.
  74. Blake 2008, p. 110.
  75. In late 1967, Barrett suggested adding four new members; in the words of Waters: "two freaks he'd met somewhere. One of them played the banjo, the other the saxophone ... [and] a couple of chick singers".[74]
  76. Mason 2005, p. 28.
  77. Mason 2005, p. 34.
  78. Blake 2008, pp. 110–111: "the band intending to continue with Barrett"; Mason 2005, pp. 109–111: O'Rourke set Gilmour up in O'Rourke's home; Schaffner 1991, p. 104: Gilmour was officially announced as a new member of Pink Floyd.
  79. Schaffner 1991, p. 107.
  80. Schaffner 1991, p. 104.
  81. One of Gilmour's first tasks was to mime Barrett's guitar playing on an "Apples and Oranges" promotional film.[80]
  82. Palacios 2010, p. 317.
  83. Povey 2008, p. 78.
  84. Mason 2005, p. 111.
  85. Mason is unsure which member of Pink Floyd said "let's not bother".[84]
  86. Blake 2008, p. 112.
  87. Blake 2008, pp. 90–113: (secondary source); Mason 2005, pp. 78–105: (primary source).
  88. Povey 2008, pp. 78–80.
  89. Mason 2005, pp. 112–114, 127–131: On O'Rourke becoming the band's manager.
  90. Schaffner 1991, pp. 107–108.
  91. Blake 2008, pp. 112–114.
  92. For a short period after, Barrett turned up at occasional performances, apparently confused about his standing with the band.[91]
  93. Blake 2008, pp. 3, 9, 113, 156, 242, 279, 320, 398: After Barrett's departure, the burden of lyrical composition and creative direction fell mostly on Waters.
  94. a b di Perna 2002, p. 13.
  95. Blake 2008, pp. 116–117.
  96. a b Blake 2008, p. 117.
  97. a b Blake 2008, p. 118.
  98. Roberts. «Hipgnotic Suggestion». Frieze. Throughout the 70s many of the more successful rock bands adopted similarly abstract imagery, in particular Led Zeppelin (the album IV, 1971, dispensed with their name and the title of the record entirely) and Pink Floyd, who, following the Beatles, were only the second band to be allowed by EMI to use an outside designer.  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  99. Fitch 2005, p. 311.
  100. Thorgerson had attended Cambridgeshire High School for Boys with Waters and Barrett.[99]
  101. Povey 2008, p. 84.
  102. Mason 2005, pp. 127–131.
  103. Harris 2005, p. 168: (secondary source); Mason 2005, pp. 133–135: (primary source).
  104. Povey 2008, pp. 87–89.
  105. Povey 2008, pp. 135–136.
  106. Povey 2008, p. 344.
  107. Schaffner 1991, p. 154.
  108. The band recorded their previous LPs using a four-track system; Atom Heart Mother was their first album recorded on an eight-track machine.[107]
  109. Blake 2008, p. 148.
  110. a b Schaffner 1991, p. 144.
  111. Schaffner 1991, pp. 140–147.
  112. Povey 2008, pp. 128–140.
  113. A theft of the band's equipment, worth about $40,000, after a May 1970 show at the Warehouse in New Orleans, nearly crippled their finances. However, hours after the band notified the FBI they had recovered most of the stolen equipment.
  114. Schaffner 1991, pp. 150–151.
  115. Povey 2008, p. 122.
  116. Harris 2005, p. 71: "a couple of bottles of wine and a couple of joints"; Mason 2005, p. 153: Lacking a central theme they experimented.
  117. Harris 2005, p. 72.
  118. For "Meddle not only confirms lead guitarist David Gilmour's emergence" see: Costa. «Pink Floyd: Meddle». Rolling Stone  |nome3= sem |sobrenome3= em Authors list (ajuda); Povey 2008, p. 150: The release dates for Meddle.
  119. Povey 2008, p. 150: A 5 November UK release date for Meddle; For a 13 November UK release date for Meddle see: «Pink Floyd – Echoes (click Echoes image link)». pinkfloyd.com. Consultado em 22 August 2009. Cópia arquivada em 28 August 2009  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  120. Povey states that the UK release date was 5 November, but Pink Floyd's official website states 13 November. All sources agree on the US release date of 30 October.[119]
  121. Mason 2005, p. 157: (primary source); Povey 2008, pp. 142–144: (secondary source)
  122. Povey 2008, pp. 155: Touring the US in November; 174: Pink Floyd: Live at Pompeii.
  123. Meddle's production consisted of sessions spread over several months; the band recorded in the first half of April, but in the latter half played at Doncaster and Norwich before returning to record at the end of the month. In May, they split their time between sessions at Abbey Road, rehearsals and concerts across Great Britain. They spent June and July performing at venues across Europe, and August in the far east and Australia, returning to Europe in September.[121] In October, they made the concert film Pink Floyd: Live at Pompeii, before touring the US in November.[122]
  124. Schaffner 1991, p. 155.
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  127. Harris 2005, pp. 103–104: Recording schedule for Dark Side; Harris 2005, p. 104: Alan Parsons as an engineer on Dark Side; Schaffner 1991, p. 159: The Dark Side of the Moon as an allusion to lunacy, rather than astronomy.
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  137. Povey 2008, p. 184.
  138. Mason 2005, pp. 177: Parsons declined an offer to continue working with Pink Floyd, 200: Pink Floyd hired Humphries.
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  141. Schaffner 1991, p. 184: The motif reminded Waters of Barrett; Watkinson & Anderson 2001, p. 119: Gilmour composed the motif entirely by accident.
  142. Schaffner 1991, pp. 185–186.
  143. Schaffner 1991, p. 184.
  144. Watkinson & Anderson 2001, p. 120.
  145. Blake 2008, p. 231.
  146. Schaffner 1991, pp. 189–190.
  147. a b Povey 2008, p. 346.
  148. Immediately after the session, Barrett attended a pre-party held for Gilmour's upcoming first wedding, but eventually left without saying goodbye and none of the band members ever saw him again, apart from a run-in between Waters and Barrett a couple of years later.[146] The inspiration behind the cover image, designed by Thorgerson, is the idea that people tend to conceal their true feelings for fear of "getting burned", wrote Pink Floyd biographer Glen Povey. Therefore, it features two businessmen shown shaking hands; one of them is on fire.[147]
  149. Blake 2008, p. 236.
  150. Povey 2008, p. 200.
  151. Blake 2008, pp. 241–242.
  152. Mason 2005, pp. 218–220.
  153. Brian Humphries engineered the album, which was completed in December 1976.[152]
  154. Blake 2008, pp. 245–246: (secondary source); Mason 2005, pp. 223–225: (primary source).
  155. Blake 2008, p. 246.
  156. Blake 2008, p. 246: (secondary source); Mason 2005, pp. 223–225: (primary source).
  157. The band commissioned a 30 pés (9,1 m) pig-shaped balloon and photography began on 2 December. Inclement weather delayed filming, and the balloon broke free of its moorings in strong winds. It eventually landed in Kent, where a local farmer recovered it, reportedly furious that it had frightened his cows.[155] The difficult shoot had resumed before they decided to superimpose the image of the pig onto the photograph of the power station.[156]
  158. Blake 2008, pp. 242–245.
  159. a b Blake 2008, p. 242.
  160. Blake 2008, pp. 244–245.
  161. "Pigs on the Wing" contained references to Waters' romantic relationship with Carolyne Anne Christie. Christie and Rock Scully, manager of the Grateful Dead, were married at the time. Waters' marriage to Judy had produced no children, but he became a father with Christie in November 1976.[160]
  162. a b Blake 2008, pp. 242–243.
  163. Povey 2008, p. 347.
  164. Blake 2008, p. 247.
  165. Blake 2008, pp. 252–253.
  166. a b Mason 2005, pp. 235–236.
  167. Povey 2008, p. 207.
  168. Waters was not the only person depressed by playing in large venues, as Gilmour refused to perform the band's usual encore that night.[166]
  169. Mason 2005, p. 230.
  170. Blake 2008, pp. 258–259.
  171. a b Schaffner 1991, pp. 206–208.
  172. In 1976, Pink Floyd had become involved with financial advisers Norton Warburg Group (NWG). NWG became the band's collecting agents and handled all financial planning, for an annual fee of about £300,000 (Error when using {{Inflation}}:
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    Predefinição:Inflation-fn). NWG invested between £1.6 million and £3.3 million of the band's money in high-risk venture capital schemes, primarily to reduce their exposure to UK taxes. It soon became apparent that the band were still losing money. Not only did NWG invest in failing businesses, they also left the band liable for tax bills as high as 83 per cent of their income. The band eventually terminated their relationship with NWG and demanded the return of any funds not yet invested, which at that time amounted to £860,000; they received only £740,000.[171] Pink Floyd eventually sued NWG for £1M, accusing them of fraud and negligence. NWG collapsed in 1981: Andrew Warburg fled to Spain; Waterbrook purchased Norton Warburg Investments, and many of its holdings sold at a significant loss. Andrew Warburg began serving a three-year jail sentence upon his return to the UK in 1987.[171]
  173. Blake 2008, p. 260.
  174. Blake 2008, pp. 260–261.
  175. Mason 2005, p. 238.
  176. Mason 2005, pp. 240–242: (primary source); Schaffner 1991, p. 213: (secondary source).
  177. James Guthrie replaced engineer Brian Humphries, emotionally drained by his five years with the band, for the recording of the album.[175] In March 1979, the band's dire financial situation demanded that they leave the UK for a year, or more and recording moved to the Super Bear Studios near Nice.[176]
  178. Simmons 1999, pp. 76–95.
  179. Schaffner 1991, p. 219: That's why Wright "got the boot"; Simmons 1999, pp. 86–88: Wright, "hadn't contributed anything of any value".
  180. Mason 2005, p. 246.
  181. Simmons 1999, p. 88.
  182. Blake 2008, pp. 269: Wright's name did not appear on the album, 285–286: Wright as a paid musician during the tour.
  183. Mason 2005, p. 249.
  184. Although Wright's name did not appear anywhere on the finished album, Pink Floyd employed him as a paid musician on their subsequent The Wall tour.[182] Towards the end of The Wall sessions, Mason left the final mix to Waters, Gilmour, Ezrin and Guthrie, travelling to New York to record his debut solo album, Nick Mason's Fictitious Sports.[183]
  185. Bronson 1992, p. 523: Peak US chart position for "Another Brick in the Wall (Part II)"; Roberts 2005, p. 391: Peak UK chart position for "Another Brick in the Wall (Part II)".
  186. Roberts 2005, p. 391: Peak UK chart position for The Wall; Rosen 1996, p. 246: Peak US chart position for The Wall.
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  188. Blake 2008, p. 279.
  189. Blake 2008, p. 289.
  190. a b c Blake 2008, pp. 288–292.
  191. Waters took a six-week leave during filming and returned to find that Parker had used his artistic license to modify parts of the film to his liking. Waters became incensed; the two fought, and Parker threatened to walk out. Gilmour urged Waters to reconsider his stance, reminding the bassist that he and the other band members were shareholders and directors and could outvote him on such decisions.[190]
  192. Povey 2008, p. 229.
  193. Pink Floyd created a modified soundtrack for some of the film's songs.[190]
  194. Blake 2008, pp. 294–295.
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  196. Blake 2008, pp. 296–298: (secondary source); Mason 2005, p. 268: (primary source)
  197. Recording took place in eight studios, including Gilmour's home studio at Hookend Manor and Waters' home studio at East Sheen.[196]
  198. Blake 2008, pp. 295–298: (secondary source); Mason 2005, p. 268: (primary source)
  199. During the sessions, Waters lost his temper and began ranting at Kamen who, out of frustration during one recording session, had started repeatedly writing "I Must Not Fuck Sheep" on a notepad in the studio's control room.[195]
  200. a b Blake 2008, p. 299.
  201. Waters commissioned his brother-in-law, Willie Christie, to take photographs for the album cover.[200]
  202. Blake 2008, p. 300: Peak US chart position for The Final Cut; Roberts 2005, p. 391: Peak UK chart position for The Final Cut.
  203. Blake 2008, p. 294: (secondary source); Mason 2005, p. 265: (primary source).
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  205. Blake 2008, pp. 294–300: (secondary source); Mason 2005, pp. 269–270: (primary source).
  206. Though Gilmour's name did not appear on the production credits, he retained his pay as musician and producer.[205]
  207. Schaffner 1991, p. 243.
  208. Blake 2008, p. 300.
  209. Released as a single, "Not Now John", with its chorus of "Fuck all that" bowdlerised to "Stuff all that"; Melody Maker declared it "a milestone in the history of awfulness".[208]
  210. Loder. «Pink Floyd – The Final Cut». Rolling Stone  |nome3= sem |sobrenome3= em Authors list (ajuda)
  211. Blake 2008, pp. 302–309.
  212. a b Blake 2008, pp. 309–311.
  213. Wright was also in the midst of a difficult divorce and later said that the album was, "made at a time in my life when I was lost."[212]
  214. a b Blake 2008, pp. 311–313.
  215. Schaffner 1991, pp. 263–266.
  216. Waters went on to record the soundtrack for When the Wind Blows, as well as his second solo album, Radio K.A.O.S..[215]
  217. Blake 2008, pp. 311–313: O'Rourke's involvement in the settlement; Povey 2008, p. 240: "a spent force".
  218. Schaffner 1991, p. 271.
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  220. a b Schaffner 1991, pp. 264–268.
  221. Artists such as Jon Carin and Phil Manzanera worked on the album, joined by Bob Ezrin.[220]
  222. Blake 2008, pp. 316–317.
  223. Manning 2006, p. 134: Pink Floyd employed Wright as a paid musician with weekly earnings of $11,000; Schaffner 1991, p. 269: "would make us stronger legally and musically".
  224. Blake 2008, p. 318.
  225. Fitch 2005, p. 158.
  226. Andy Jackson engineered the album.[225]
  227. Mason 2005, pp. 284–285.
  228. Blake 2008, p. 320.
  229. Mason 2005, p. 287.
  230. Mason 2005, p. 287: (primary sources); Schaffner 1991, pp. 268–269: (secondary source).
  231. Blake 2008, p. 321.
  232. In a departure from previous Pink Floyd albums, they recorded A Momentary Lapse of Reason using a 32-channel Mitsubishi digital recorder using MIDI synchronisation with the aid of an Apple Macintosh computer.[230] Recording later moved to Mayfair Studios and then to Los Angeles.[231]
  233. Schaffner 1991, p. 273.
  234. Blake 2008, p. 166.
  235. Blake 2008, p. 366.
  236. Wright's name appears only on the credit list.[235]
  237. Povey 2008, p. 349.
  238. Blake 2008, p. 328.
  239. Blake 2008, p. 327.
  240. Blake 2008, pp. 326–327.
  241. Blake 2008, p. 322.
  242. Schaffner 1991, p. 277.
  243. Blake 2008, pp. 329–335.
  244. Mason 2005, pp. 311–313.
  245. Blake 2008, p. 352.
  246. Gilmour divorced his wife Ginger and Mason married actress Annette Lynton.[245]
  247. Mason 2005, pp. 314–321.
  248. a b Blake 2008, p. 355.
  249. Blake 2008, p. 356.
  250. Blake 2008, pp. 356–357: (secondary source); Mason 2005, pp. 314–321: (primary source).
  251. Blake 2008, p. 359.
  252. Mason 2005, p. 322.
  253. Thorgerson also provided six new pieces of film for the upcoming tour.[252]
  254. Blake 2008, pp. 357–358.
  255. Mason 2005, p. 319.
  256. Povey 2008, p. 345.
  257. Mason 2005, p. 330: Momentary Lapse of Reason tour crew was almost identical to the Division Bell tour crew; Povey 2008, p. 270: Rehearsing for over two weeks at Norton Air Force Base before opening in Miami.
  258. a b Blake 2008, pp. 363–367.
  259. a b Blake 2008, p. 367.
  260. Waters declined their invitation to join them as the tour reached Europe.[259]
  261. Povey 2008, pp. 264, 285, 351–352: Pulse.
  262. In 1995, Pink Floyd released the live album, Pulse, and an accompanying concert video.[261]
  263. Mason 2005, p. 342: (primary source); Povey 2008, p. 237: (secondary source).
  264. Blake 2008, pp. 380–384: (secondary source); Mason 2005, pp. 335–339: (primary source).
  265. Povey 2008, p. 287.
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  268. In the week following their performance, there was a resurgence of commercial interest in Pink Floyd's music, when according to HMV, sales of Echoes: The Best of Pink Floyd rose more than one thousand per cent, while Amazon.com reported a significant increase in sales of The Wall.[267] Gilmour subsequently declared that he would give his share of profits from this sales boost to charity, urging other associated artists and record companies to do the same.[267]
  269. Blake 2008, p. 395.
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  273. Blake 2008, pp. 387–389.
  274. In 2006, Gilmour began a tour of small concert venues with contributions from Wright and other musicians from the post-Waters Pink Floyd tours. Gilmour, Wright, and Mason's encore performance of "Wish You Were Here" and "Comfortably Numb" marked the only appearance by Pink Floyd since Live 8 Desde 2012.[273]
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  276. Blake 2008, pp. 390–391.
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  278. Barrett left more than £1.25M in his will, to be divided among his immediate family, who then auctioned some of his possessions and artwork.[277]
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  287. On 4 January 2011, Pink Floyd signed a five-year record deal with EMI, ending the legal dispute regarding the distribution of their catalogue. They successfully defended their vision to support their albums as cohesive units versus individual tracks.[286]
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  289. It was the first time since Live 8 that the three men shared a stage and the first time that the line-up from The Final Cut appeared in concert.[288]
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  367. Thorgerson's design for Wish You Were Here's cover included four sides, counting the inner jacket, which represented four absences related to the classical categories of substance: earth, air, fire and water. His Dark Side album cover features a beam of white light, representing unity, passing through a prism, which represents society. The resulting refracted beam of coloured light symbolises unity diffracted, leaving an absence of unity.[131] Absence is a key element in the existentialism of Albert Camus, who defined absurdity as the absence of a response to the individual's need for unity.[131]
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