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Aliança (Pernambuco)

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 Nota: Para outros significados, veja Aliança.
Aliança
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Aliança
[[1]]
Brasão de armas de Aliança
[de armas]
Hino
Lema Berço Imortal do Maracatu
Gentílico aliancense
Localização
Localização de Aliança em Pernambuco
Localização de Aliança em Pernambuco
Localização de Aliança em Pernambuco
Aliança está localizado em: Brasil
Aliança
Localização de Aliança no Brasil
Mapa
Mapa de Aliança
Coordenadas 7° 36' 10" S 35° 13' 51" O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes Norte: Ferreiros e Itambé; Sul: Nazaré da Mata e Tracunhaém; Leste: Condado; e Oeste: Vicência e Timbaúba.
Distância até a capital 81,4 km
História
Fundação 1 de janeiro de 1929
Administração
Prefeito(a) Azoka José Maciel Gouveia (PT, 2009–2012)
Características geográficas
Área total [1] 272,728 km²
População total (IBGE/2011[2]) 37 432 hab.
Densidade 137,3 hab./km²
Clima Tropical chuvoso com verão seco (As')
Altitude 123 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,578 baixo
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 138 995,620 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 921,33

Aliança é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 07º36'12" sul e a uma longitude 35º13'51" oeste, estando a uma altitude de 123 metros. Sua população estimada em 2010 estar 37 432 habitantes, segundo o IBGE.

História

O povoamento iniciou-se no século XIX por três irmãos muito unidos. A construção de uma capela de taipa aglutinou a população no povoado. Em 1862, o frei capuchinho Caetano de Rossina estabelecou-se no local. O frei observou o espírito de solidariedade presente no povoado, participando de atividades de ajuda mútua e na restauração da capela. O religioso sugeriu o topônimo de Aliança para o povoado nascente.

Pelo Decreto Estadual 142 de 30 de maio de 1891, o Distrito de Paz de Aliança se uniu aos de Angélicas e Vicência, e, sob esta denominação, foi elevada à condição de Vila.[5]

A Lei Estadual 72 de 16 de maio de 1895 revogou o Decreto Estadual 142, voltando Aliança à condição de Distrito.[5]

O município foi criado pela Lei Estadual 1931 de 11 de setembro de 1928, iniciando suas atividades administrativas próprias em 1 de janeiro de 1929.[5]

Os dados contidos em livros históricos da biblioteca municipal do Recife, contam que o território do município de Aliança desenvolveu-se por si só, e não foi desmembrado dos municípios de Goiana e Nazaré da Mata.

Prefeitos e suas Profissões

Nome Profissão
Dr. Walfredo Pessoa de Melo † Advogado e Empresário
Sr. Gustavo Veloso Borba † Adm. de Engenho
Sr. Antonio de Albuquerque Queiroz † Adm. de Engenho
Sr. Joaquim Alexandre Silva † Adm. de Engenho
Dr. José Oliveira Pessoa † Engenheiro
Dr. José Antônio de Andrade Luna † Advogado
Dr. Genésio Gomes de Morais † Médico
Dr. Manuel Gomes Maranhão † Advogado
Dr. Aurélio Guilherme de Araújo † Advogado
Sr. Lourival da Silva Pereira Marques † Adm. de Engenho
Dr. José Gomes Maranhão † Advogado
Dr. Arquimedes Pessoa Rodrigues † Advogado
Dr. Zilde de Enoc Maranhão † Advogado
Dr. João Borba Maranhão † Advogado
Sr. Luiz da Mota e Silva † Funcionário público federal
Sr. João Gomes de Oliveira † Funcionário público municipal
Sr. Eusébio David da Silva † Funcionário público municipal
Dr. João Ferreira Lima Filho † Médico
Dr. José Frederico Pereira de Lira Advogado/Farmacêutico
Dr. Ernandes José de Melo † Advogado
Dr. José Frederico Pereira de Lira Advogado/Farmacêutico
Sr. Carlos José de Almeida Freitas Funcionário público municipal
Dr. Cláudio Gonçalves Viana Médico
Sr. Carlos José de Almeida Freitas Funcionário público municipal
Dr. Elane Vieira da Silva Médico Veterinário
Sr. Carlos José de Almeida Freitas Funcionário público municipal
Sr. Assuero Vasconcelos de Arruda Professor e Historiador
Sr. Cláudio Fernando Guedes Bezerra Empresário
Sr. Azoka José Maciel Gouveia Empresário
Sr. Azoka José Maciel Gouveia Empresário

OBSERVAÇÃO: O conteúdo acima é de importância histórica e política, por tanto deve haver imparcialidade nas informações adicionadas. Cometários das gestões dos prefeitos devem ser feitas para todos, caso não seja possível, não adicione a nenhum prefeito selecionado. Independente do momento histórico, o nome dos prefeitos estão na lista porque foram devidamente diplomados pela Justiça Eleitoral. Mantenha o Princípio da Isonomia.

Geografia

O município da Aliança está localizado na mesorregião Mata e na Microrregião Mata Setentrional do Estado de Pernambuco, limitando-se a norte com Ferreiros e Itambé, a sul com Nazaré da Mata, a leste com Condado, e a oeste com Timbaúba e Vicência. A área municipal ocupa 266,46 km² e representa 0,27 % do Estado de Pernambuco. Está inserido na Folha SUDENE de Limoeiro na escala 1:100.000.

Tem como distritos Macujê, Tupaóca, Upatininga, Caueiras e Chã do Esconso. O acesso é feito pela PE-005, BR-408, e PE-062.

O município de Aliança está localizado no Planalto da Borborema, sendo considerada uma das cidades mais altas do Estado, a cidade é formada por maciços e outeiros altos (650 a 1.000 metros). O relevo é movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Os solos variam com as altitudes:

  • Nas superfícies suave onduladas a onduladas: observa-se tanto os Planossolos, medianamente profundos, fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e fertilidade natural média, quanto os Podzólicos, que são profundos, textura argilosa, e fertilidade natural média a alta.
  • Nas Elevacões: observa-se os solos Litólicos, rasos, textura argilosa e fertilidade natural média.
  • Nos Vales dos rios e riachos: verifica-se a ocorrência de Planossolos, medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura média/argilosa, moderadamente ácidos, fertilidade natural alta e problemas de sais.

Observam-se ainda afloramentos de rochas.

A vegetação nativa é própria do agreste nordestino, composta por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica.

O município de Aliança encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Goiana, mas a cidade é cortada pelo Rio Siriji que nasce na cidade de São Vicente Férrer no Agreste pernambucano.

Filhos ilustres

Entre as personalidades públicas que nasceram em Aliança destacam-se:

Títulos

Berço imortal do Maracatu, título concedido pela ALEPE.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Art. 1º Fica declarado o município de Aliança como o “Berço Imortal do Maracatu” no âmbito do Estado de Pernambuco.

Art. 2º Esta Lei Entra em Vigor na data de sua publicação

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Justificativa

O século XIX foi o momento da invenção das nações e dos Estados contemporâneos e também das tradições que passaram a significar os povos que se reconheciam. Também o Brasil se definia como Estado, e o seu povo criou tradições que o tornaram reconhecíveis a si mesmo e às demais nações. País continente, o Brasil foi se reconhecendo nas múltiplas tradições que o compõem: tradições trazidas pelos portugueses encontraram e fecundaram com as tradições dos primeiros habitantes e com as tradições dos povos africanos. Em Pernambuco, região de mais antiga ocupação européia foi o local de nascimento de muitas tradições, na dança, na música, no teatro popular, na poesia de cordel e, como não podia deixar de ser nas artes ditas maiores, como a literatura poética e prosaica, na pintura, na escultura. Contudo, outra tradição nascia na região da Zona da Mata Norte, produtora de cana de açúcar, de engenhos onde trabalharam, primeiro como escravos e depois como homens livres, negros, índios que, junto a mestiços e a brancos pobres, foram criadores de novas expressões culturais, sendo o Maracatu de Baque Solto a mais eloqüente e popular dessas tradições.

O Maracatu de Baque Solto, nascido dos canaviais das cidades da Zona da Mata Norte, especialmente em Aliança, conquistaram a Capital e hoje já são vistos como uma das mais genuínas criações culturais de Pernambuco. Os Caboclos de Lança, com a sua dança guerreira são, hoje, os guardiões da cultura Pernambucana.

O Maracatu de Baque Solto, também conhecido como Maracatu de Orquestra ou Maracatu Rural, é um misto de dança e de teatro que conta a saga dos homens e mulheres plantadores de cana de açúcar. Inicialmente eram homens que saiam isoladamente, vestidos de uma roupa de chita colorida, rostos escurecidos com carvão, cabeças cobertas com um chapéu em forma de funil, um chocalho preso às costas e uma lança na mão. Eram caboclos, assim chamavam os que viviam distante dos centros urbanos e que descendiam dos índios. Apareceram como testemunhas históricas do passado. Eram guerreiros que haviam perdido seus líderes. Inicialmente não eram aceitos nas comunidades e foram reprimidos. Com o tempo começaram a sair em conjunto lembrando uma tribo, com nomes que demonstravam a coragem, por isso são tantos os que se chamam de Leões, ou tribos com o nome dos peixes que tiravam dos rios, como a Cabinda ou Piaba. Negociaram a sua sobrevivência e adotaram uma corte real. Seus caboclos foram se tornando mais atrativos, suas vestes mais coloridas, sem abandonar a Burrinha, o Caçador, o Mateus e sua companheira Catirina – também chamada de Catita – que saiam em busca de comida para a tribo que se desloca de um povoado a outro, de uma cidade a outra. No município de Aliança um dos principais grupos é o Maracatu Estrela de Ouro, que foi criado pelo Mestre Severino Batista, mais conhecido como Mestre Batista, no ano de 1966. A sede do Estrela de Ouro é em Chã de Camará, um sítio na zona rural de Aliança. Nela funciona o Ponto de Cultura Estrela de Ouro. Considerando como plenamente justificado o pleito contido nesta proposição, tendo em vista a sua relevância, só nos resta solicitar dos nossos ilustres pares nesta Casa Legislativa, sua necessária aprovação, no intuito do seu atendimento.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Estimativa Populacional 2011» (PDF). Censo Populacional 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Julho de 2011. Consultado em 29 de outubro de 2011 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. a b c * CEHM-FIAM. Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios do Interior de Pernambuco. Recife: Centro de Estudos de História Municipal,1994.

Ligações externas

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