Eleições estaduais no Ceará em 1978: diferenças entre revisões
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Revisão das 16h46min de 21 de maio de 2016
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1º de setembro de 1978 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1978 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Virgílio Távora
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Partido | ARENA
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Natural de | Jaguaribe, CE
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Vice | Manoel de Castro | |||
Votos | 308 | |||
Porcentagem | 98,40% | |||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais no Ceará em 1978 ocorreram em duas etapas conforme o Pacote de Abril: em 1º de setembro aconteceu a via indireta e nessa ocasião a ARENA elegeu o governador Virgílio Távora, o vice-governador Manoel de Castro e o senador César Cals. A fase seguinte aconteceu em 15 de novembro a exemplo dos outros estados brasileiros[nota 1] e nisso foi eleito o senador José Lins e quanto aos vinte deputados federais e quarenta e quatro estaduais que foram eleitos a ARENA conquistou a maioria das cadeiras.
Nascido em Jaguaribe o governador Virgílio Távora é sobrinho de Juarez Távora e por sua influência ingressou em 1938 na Escola Militar do Realengo com passagens pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e Escola Superior de Guerra alcançando a patente de coronel em 1960. Filiado à UDN foi eleito deputado federal em 1950 e 1954 e ocupou vagas na direção da Companhia Urbanizadora da Nova Capital e no conselho nacional do Serviço Social Rural durante o governo Juscelino Kubitschek. No gabinete parlamentarista de Tancredo Neves durante o governo João Goulart ocupou o Ministério dos Transportes, cargo que deixou para eleger-se governador do Ceará em 1962.[1] Com a adoção do bipartidarismo filiou-se à ARENA na qual conquistou os mandatos de deputado federal em 1966 e senador em 1970. Sua primeira vitória na disputa pelo Palácio Iracema foi resultado de uma coligação entre UDN e PSD chamada "União pelo Ceará" e nisso o diretório estadual da ARENA foi montado sob a força dos coronéis políticos Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals que alternaram-se no poder como governadores durante o Regime Militar de 1964.
Para senador venceu o engenheiro José Lins. Formado na Universidade Federal de Ouro Preto e professor da Universidade Federal do Ceará trabalhou em Minas Gerais e no Maranhão antes de voltar ao Ceará onde integrou o secretariado do primeiro governo Virgílio Távora e nos de Franklin Chaves e Plácido Castelo antes de assumir a direção do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, esta última durante o Governo Ernesto Geisel. A outra vaga no Senado Federal ficou com César Cals, entretanto o mesmo ocupou o Ministério de Minas e Energia no governo João Figueiredo e assim a cadeira foi dada a Almir Pinto sendo que estava em curso o mandato de Mauro Benevides (MDB).
Por conta da reorganização partidária do governo João Figueiredo os governistas do Ceará ingressaram no PDS enquanto a oposição dividiu-se entre o PMDB e o PT com vistas ao pleito de 1982 quando Virgílio Távora renunciou para candidatar-se a senador entregando o poder a Manoel de Castro no limiar de uma campanha onde a vitória foi da situação.
Os cearenses residentes no Distrito Federal escolheram seus representantes por força do Art. 17 da Lei nº 6.091 de 15 de agosto de 1974.[2]
Resultado da eleição para governador
O Colégio Eleitoral do Ceará era composto por 313 membros sendo dominado pela ARENA.[3] Por considerar-se impedido em virtude de ser candidato a vice-governador, Manoel de Castro absteve-se de votar havendo quatro ausências entre os delegados situacionistas.
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Virgílio Távora ARENA |
Manoel de Castro ARENA |
Resultado da eleição para senador
Mandato biônico de oito anos
A eleição para senador biônico levou à vitória de César Cals.[3][4] Quatro delegados se ausentaram.
Candidatos a senador da República |
Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
César Cals[nota 2] ARENA |
Almir Pinto[nota 2] ARENA |
Mandato direto de oito anos
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará houve 129.066 votos em branco (7,92%) e 45.495 votos nulos (3,00%) calculados sobre o comparecimento de 1.524.412 eleitores com os 1.349.851 votos nominais assim distribuídos:[3]
Candidatos a senador da República |
Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
José Lins ARENA |
n/d ARENA |
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Chagas Vasconcelos MDB |
Barros Pinho MDB |
Deputados federais eleitos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[5] Ressalte-se que os votos em branco eram considerados válidos para fins de cálculo do quociente eleitoral nas disputas proporcionais até 1997, quando essa anomalia foi banida de nossa legislação.[6]
Deputados estaduais eleitos
A Assembleia Legislativa do Ceará recebeu vinte e dois representantes da ARENA e onze do MDB.[3]
Notas
- ↑ No Distrito Federal havia seções especiais para captar o voto de quem estava fora do seu estado de origem e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima serviu apenas para a escolha de deputados federais.
- ↑ a b O senador César Cals serviu ao presidente João Figueiredo como ministro das Minas e Energia, transmitindo assim o exercício do mandato a seu suplente, Almir Pinto.
- ↑ Faleceu na capital cearense à 16/06/1961 e em seu lugar foi efetivado Alfredo Marques.
Referências
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Virgílio Távora». Consultado em 25 de julho de 2013
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 25 de julho de 2013
- ↑ a b c d «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará». Consultado em 25 de julho de 2013
- ↑ «Página oficial do Senado Federal do Brasil». Consultado em 25 de julho de 2013
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 12 de fevereiro de 2015
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 12 de fevereiro de 2015