Desigualdade econômica: diferenças entre revisões
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'''Desigualdade''' {{PBPE|econômica|económica}} (chamada imprecisamente de [[desigualdade social]],<ref name="Brasil Escola">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/sociologia/classes-sociais.htm|título=Desigualdade social|autor=Brasil Escola|data=|publicado=|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> que ela acaba por provocar) é um fenômeno que afeta atualmente a maioria dos países, mas principalmente os países menos desenvolvidos. Isso se dá principalmente pela [[distribuição de renda|distribuição desigual de renda]] de um país, mas também existem outros fatores, como a má formação educacional e o investimento ineficiente de um país em áreas sociais.<ref name="Superar a desigualdade" /> |
'''Desigualdade''' {{PBPE|econômica|económica}} (chamada imprecisamente de [[desigualdade social]],<ref name="Brasil Escola">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/sociologia/classes-sociais.htm|título=Desigualdade social|autor=Brasil Escola|data=|publicado=|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> que ela acaba por provocar) é um fenômeno que afeta atualmente a maioria dos países, mas principalmente os países menos desenvolvidos. Isso se dá principalmente pela [[distribuição de renda|distribuição desigual de renda]] de um país, mas também existem outros fatores, como a má formação educacional e o investimento ineficiente de um país em áreas sociais.<ref name="Superar a desigualdade">{{citar web|url=http://www.saomiguelbh.com.br/Ensno_Medio/atividade_arquivos/atividadesprofessores/william/3_ano/Perspectivas%20de%20futuro%20-%203o%20ano.pdf|data=|acessodata=16 de fevereiro de 2011|publicado=|autor=|título=Superar a desigualdade no Brasil: Perspectivas do futuro}}</ref> |
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Conforme alguns estudiosos, a desigualdade ficou mais evidente a partir do [[capitalismo]], pois a transição do [[feudalismo]] para o capitalismo no [[século XVI]] expulsou muitos [[camponês|camponeses]] de suas terras, que ofereciam os meios para sustentar sua família e por isso, precisaram de ajuda e caridade alheia.<ref name="Metodista">{{citar web|url=http://www.metodista.br/cidadania/numero-40/pobreza-e-desigualdade-tem-multiplas-causas/|título=Pobreza e desigualdade têm múltiplas causas|autor=Márcia Correia|data=|publicado=|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> |
Conforme alguns estudiosos, a desigualdade ficou mais evidente a partir do [[capitalismo]], pois a transição do [[feudalismo]] para o capitalismo no [[século XVI]] expulsou muitos [[camponês|camponeses]] de suas terras, que ofereciam os meios para sustentar sua família e por isso, precisaram de ajuda e caridade alheia.<ref name="Metodista">{{citar web|url=http://www.metodista.br/cidadania/numero-40/pobreza-e-desigualdade-tem-multiplas-causas/|título=Pobreza e desigualdade têm múltiplas causas|autor=Márcia Correia|data=|publicado=|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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Outros autores entendem a desigualdade como problema social,<ref name="Spirit Level">{{citar livro|título=[[The Spirit Level: Why More Equal Societies Almost Always Do Better]] |último =Wilkinson |primeiro =Richard |autorlink = |autor2 =Pickett, Kate |ano=2009 |publicado=Allen Lane |local= |isbn=978-1-84614-039-6 |página=352}}</ref> como algo destrutivo,<ref name="biu.ac.il">{{citar periódico|último1 = Easterly |primeiro1 = W |ano= 2007 |título= Inequality does cause underdevelopment: Insights from a new instrument | url = http://www.biu.ac.il/soc/ec/students/teach/509/data/EasterlyJDE2007.pdf |formato= PDF |periódico= Journal of Development Economics | volume = 84 |número= 2|páginas= 755–76 | doi=10.1016/j.jdeveco.2006.11.002}}</ref><ref name="Castells-Quintana">{{citar periódico|último =Castells-Quintana|primeiro =David|primeiro2 =Vicente |último2 = Royuela|título=Unemployment and long-run economic growth: The role of income inequality and urbanisation|periódico=Investigaciones Regionales|ano=2012|volume=12|número=24|páginas=153–73 |url=http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/33140/1/617293.pdf|acessodata=17 de outubro de 2013}}</ref> que pode retardar o crescimento econômico.<ref name="ilo.org">{{citar periódico|último1 = Stiglitz |primeiro1 = J |ano= 2009 |título= The global crisis, social protection and jobs | url = http://www.ilo.org/public/english/revue/download/pdf/s1_stiglitz2009_1_2.pdf |formato= PDF |periódico= International Labour Review | volume = 148 |número= |páginas= 1–2 | doi=10.1111/j.1564-913x.2009.00046.x}}</ref><ref name="The New Growth Evidence">{{citar periódico|último1 = Temple |primeiro1 = J |ano= 1999 |título= The New Growth Evidence | url = http://www.fadep.org/documentosfadep_archivos/D-65_THE_NEW_GROWTH_EVIDENCE.pdf |formato= PDF |periódico= Journal of Economic Literature | volume = 37 |número= 1|páginas= 112–56 | doi=10.1257/jel.37.1.112}}</ref><ref name="www-wds.worldbank.org">{{citar periódico|último1 = Clarke |primeiro1 = G |ano= 1995 |título= More evidence on income distribution and growth | url = http://www-wds.worldbank.org/servlet/WDSContentServer/IW3P/IB/1992/12/01/000009265_3961003191831/Rendered/PDF/multi0page.pdf |formato= PDF |periódico= Journal of Development Economics | volume = 47 |número= |páginas= 403–27 | doi=10.1016/0304-3878(94)00069-o}}</ref> Outros argumentam que igualdade demais também pode ser destrutivo na medida em que elimina a motivação para tomar riscos empreendendo e enriquecer.<ref name="Freeman2012">{{citar periódico|último =Freeman |primeiro =Richard B. |author-link1=Richard B. Freeman|data=2012-04-01 |título=Optimal inequality for economic growth, stability, and shared prosperity: the economics behind the Wall Street Occupiers Protest? |url=http://insights.unimelb.edu.au/vol11/01_Freeman.html |periódico=Insights |publicado= |volume=11 |número= |páginas=5–11 |doi= |acessodata=30 de janeiro de 2016}}</ref><ref name="Friedman2008">{{citar periódico|último =Friedman |primeiro =Mark |data=2008-03-01 |título=Living Wage and Optimal Inequality in a Sarkarian Framework |url= http://online.southcentral.edu/students/instructors/MFMyROSEarticle.pdf |periódico=Review of Social Economy |publicado=Taylor & Francis |volume=66 |número=1 |páginas=93–111 |doi=10.1080/00346760701668479 |acessodata=30 de janeiro de 2016}}</ref><ref name="Edsall2014">{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2014/03/05/opinion/edsall-just-right-inequality.html?_r=0 |título=Just Right Inequality |último1 =Edsall |primeiro1 =Thomas B.|data=2014-03-04 |website= |publicado=The New York Times |acessodata=2016-01-31}}</ref><ref name="becker">{{Citar web| url=http://www.american.com/archive/2007/may-june-magazine-contents/the-upside-of-income-inequality | último=Becker | primeiro=Gary S. |autor2 =Murphy, Kevin M. |título=The Upside of Income Inequality | publicado=The America |data=maio de 2007 |acessodata=8 de janeiro de 2014}}</ref> |
Outros autores entendem a desigualdade como problema social,<ref name="Spirit Level">{{citar livro|título=[[The Spirit Level: Why More Equal Societies Almost Always Do Better]] |último =Wilkinson |primeiro =Richard |autorlink = |autor2 =Pickett, Kate |ano=2009 |publicado=Allen Lane |local= |isbn=978-1-84614-039-6 |página=352}}</ref> como algo destrutivo,<ref name="biu.ac.il">{{citar periódico|último1 = Easterly |primeiro1 = W |ano= 2007 |título= Inequality does cause underdevelopment: Insights from a new instrument | url = http://www.biu.ac.il/soc/ec/students/teach/509/data/EasterlyJDE2007.pdf |formato= PDF |periódico= Journal of Development Economics | volume = 84 |número= 2|páginas= 755–76 | doi=10.1016/j.jdeveco.2006.11.002}}</ref><ref name="Castells-Quintana">{{citar periódico|último =Castells-Quintana|primeiro =David|primeiro2 =Vicente |último2 = Royuela|título=Unemployment and long-run economic growth: The role of income inequality and urbanisation|periódico=Investigaciones Regionales|ano=2012|volume=12|número=24|páginas=153–73 |url=http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/33140/1/617293.pdf|acessodata=17 de outubro de 2013}}</ref> que pode retardar o crescimento econômico.<ref name="ilo.org">{{citar periódico|último1 = Stiglitz |primeiro1 = J |ano= 2009 |título= The global crisis, social protection and jobs | url = http://www.ilo.org/public/english/revue/download/pdf/s1_stiglitz2009_1_2.pdf |formato= PDF |periódico= International Labour Review | volume = 148 |número= |páginas= 1–2 | doi=10.1111/j.1564-913x.2009.00046.x}}</ref><ref name="The New Growth Evidence">{{citar periódico|último1 = Temple |primeiro1 = J |ano= 1999 |título= The New Growth Evidence | url = http://www.fadep.org/documentosfadep_archivos/D-65_THE_NEW_GROWTH_EVIDENCE.pdf |formato= PDF |periódico= Journal of Economic Literature | volume = 37 |número= 1|páginas= 112–56 | doi=10.1257/jel.37.1.112}}</ref><ref name="www-wds.worldbank.org">{{citar periódico|último1 = Clarke |primeiro1 = G |ano= 1995 |título= More evidence on income distribution and growth | url = http://www-wds.worldbank.org/servlet/WDSContentServer/IW3P/IB/1992/12/01/000009265_3961003191831/Rendered/PDF/multi0page.pdf |formato= PDF |periódico= Journal of Development Economics | volume = 47 |número= |páginas= 403–27 | doi=10.1016/0304-3878(94)00069-o}}</ref> Outros argumentam que igualdade demais também pode ser destrutivo na medida em que elimina a motivação para tomar riscos empreendendo e enriquecer.<ref name="Freeman2012">{{citar periódico|último =Freeman |primeiro =Richard B. |author-link1=Richard B. Freeman|data=2012-04-01 |título=Optimal inequality for economic growth, stability, and shared prosperity: the economics behind the Wall Street Occupiers Protest? |url=http://insights.unimelb.edu.au/vol11/01_Freeman.html |periódico=Insights |publicado= |volume=11 |número= |páginas=5–11 |doi= |acessodata=30 de janeiro de 2016}}</ref><ref name="Friedman2008">{{citar periódico|último =Friedman |primeiro =Mark |data=2008-03-01 |título=Living Wage and Optimal Inequality in a Sarkarian Framework |url= http://online.southcentral.edu/students/instructors/MFMyROSEarticle.pdf |periódico=Review of Social Economy |publicado=Taylor & Francis |volume=66 |número=1 |páginas=93–111 |doi=10.1080/00346760701668479 |acessodata=30 de janeiro de 2016}}</ref><ref name="Edsall2014">{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2014/03/05/opinion/edsall-just-right-inequality.html?_r=0 |título=Just Right Inequality |último1 =Edsall |primeiro1 =Thomas B.|data=2014-03-04 |website= |publicado=The New York Times |acessodata=2016-01-31}}</ref><ref name="becker">{{Citar web| url=http://www.american.com/archive/2007/may-june-magazine-contents/the-upside-of-income-inequality | último=Becker | primeiro=Gary S. |autor2 =Murphy, Kevin M. |título=The Upside of Income Inequality | publicado=The America |data=maio de 2007 |acessodata=8 de janeiro de 2014}}</ref> |
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[[Imagem:2014 Gini Index World Map, income inequality distribution by country per World Bank.svg|miniatura|centro|450px|[[Desigualdade]] de [[renda]] no mundo medida pelo [[Coeficiente de Gini]] de acordo com dados do [[Banco Mundial]] (2014).<ref>Table 2.9 of [http://wdi.worldbank.org/table/2.9 World Development Indicators: Distribution of income or consumption] The World Bank</ref>]] |
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== Visões == |
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=== Rousseau === |
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[[Imagem:Jean-Jacques Rousseau (painted portrait).jpg|miniatura|150px|Jean-Jacques Rousseau]] |
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[[Jean-Jacques Rousseau|Rousseau]] acreditava que existiam dois tipos de desigualdade: a primeira, a desigualdade física ou natural, que é estabelecida pela força física, pela idade, [[saúde]] e até mesmo a qualidade do espírito; e a segunda, moral e política, que dependia de uma espécie de convenção e que era autorizada e consentida pela maioria dos homens.<ref name="Rousseau">{{citar web|url=http://www.arscientia.com.br/materia/ver_materia.php?id_materia=507|título=As desigualdades e Rousseau|autor=Maicol Martins de López Coelho|data=|publicado=26 de janeiro de 2009|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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No livro ''Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens'', ele se preocupa em mostrar a desigualdade moral e política, pois, para ele, é desnecessário se preocupar com a origem da desigualdade natural e física, pois a resposta é essa: é natural, e o que vem da natureza já está justificado.<ref name="Rousseau" /> Também fala que a desigualdade não pode ser estudada tendo como ponto de partida o momento então da humanidade. Também diz que para estudar a desigualdade moral e política, deve-se "ir até a essência do homem para julgar a sua condição atual" e deve-se fazer, sem atribuir ao homem primitivo, atributos do homem civilizado.Sem esse cuidado, a busca pela origem da desigualdade estaria distorcida.<ref name="Rousseau" /> |
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=== Liberais === |
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Os liberais acreditam que a desigualdade econômica é principalmente resultado de pouca liberdade econômica.<ref name="Constantino">{{citar web|url=http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2008/04/desigualdade-social.html|título=A Desigualdade Social|autor=Rodrigo Constantino}}</ref> Alguns defendem que a desigualdade em si não é o problema, e sim a existência da miséria. É preferido um país com maior desigualdade entre as classes sociais mas com baixíssima miséria, do que um país menos desigual com alto índice de miseráveis. A desigualdade econômica é um fato natural do mercado e das diferenças entre as pessoas e o curso de suas vidas. Sendo, para os liberais, a igualdade absoluta uma utopia, algo impraticável e até mesmo indesejável. |
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[[Ludwig von Mises]], [[economista]] defensor do [[livre mercado]], alega que o egoísmo e a desigualdade levam ao desenvolvimento. Conforme ele, essa desigualdade foi de enorme importância na História e por causa dessa desigualdade que foi produzida a denominada "civilização ocidental moderna", que só poderia existir em um lugar onde o ideal de igualdade de renda fosse muito fraco. A eliminação da desigualdade, para Mises, destruiria qualquer economia de mercado.<ref>{{citar web|URL=http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1301|título=A desigualdade e o egoísmo estimulam o desenvolvimento|autor=|data=|publicado=|acessodata=22 de março de 2013}}</ref> |
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=== Marxistas === |
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[[Imagem:Karl Marx.jpg|miniatura|229x229px|Karl Marx]] |
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[[Karl Marx]] acreditava que o ser humano (o trabalhador) era explorado pelo detentor da riqueza (o capitalista) que utiliza o seu trabalho sem o justo pagamento (o salário) transformando-o em um miserável (o pobre). A relação entre trabalhador (subalterno) e o capitalista (dominante) é a matriz das classes sociais. A miséria é utilizada em uma condição de manutenção das classes dominantes. Acreditava também que a desigualdade é causada pela divisão de classes, dentre aqueles que detêm os meios de produção, chamados de [[burgueses]], e aqueles que contam apenas com sua força de trabalho para garantir sua sobrevivência, chamados de [[proletário]]s.<ref name="Metodista" /> |
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Marxistas alegam que a [[desigualdade social]] é inevitavelmente produzida pelo [[capitalismo]] e não poderá ser alterada sem uma modificação no sistema capitalista. Alegam que os burgueses têm interesse em manter a desigualdade econômica, além de ser muito útil para que os assalariados possam se esforçar cada vez mais, principalmente em países desenvolvidos, fazendo com que trabalhem em um trabalho mais desagradável e pesado, para que possam alcançar um nível de consumo parecido com as classes altas, o que para os marxistas, é uma ilusão.<ref>{{citar web|URL=http://www.pm.al.gov.br/bpa/publicacoes/desigualdade.pdf|título=DESIGUALDADE E POBREZA: UMA TEORIA GEOGRÁFICO-MARXISTA|autor=Richard Peet |data=|publicado=|acessodata=22 de março de 2013}}</ref> |
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Conforme [[Karl Marx]], o socialismo seria uma forma de fazer uma luta contra as desigualdades. Acreditava que o socialismo apenas estaria em um país por meio de uma [[revolução proletária]] e que seria a fase de transição do [[capitalismo]] para o [[comunismo]],<ref>{{citar livro|autor=Karl Marx, Friedrich Engels|título=O Manifesto Comunista|editora=|ano=1848|páginas=|id=}}</ref> onde o comunismo que seria uma sociedade sem [[classes sociais]] em que as riquezas seriam divididas ao povo e que todos iriam contribuir com a sua força de trabalho.<ref>{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/historiag/comunismo.htm|título=Brasil Escola: Comunismo|autor=Rainer Sousa|data=|publicado=|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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=== Anarquistas === |
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{{Artigo principal|Anarquismo}} |
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O Anarquismo defende o fim de qualquer autoridade política, econômica e religiosa, ou seja, defende uma sociedade baseada na liberdade total, mas responsável.<ref name="Anarquismo UOL">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u28.jhtm|título=Anarquismo:Origens da ideologia anarquista|autor=Renato Cancian|data=|publicado=|acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref><ref name="Anarquismo Brasil Escola">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/sociologia/anarquismo.htm|título=Brasil Escola: Anarquismo|autor=Rainer Souza|data=|publicado=|acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref><ref name="Anarquismo Sua pesquisa">{{citar web|url=http://www.suapesquisa.com/o_que_e/anarquismo.htm|título=Sua pesquisa:Anarquismo|autor=|data=|publicado=|acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref> Também defende a igualdade entre todas as pessoas e o fim da propriedade privada, sendo assim uma forma de sair da exploração [[capitalismo|capitalista]].<ref>{{citar web|url=http://www.anarquismo.com.br/oque.html|título=O que é o Anarquismo|autor=|data=|publicado=|acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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Os principais teóricos que influenciaram o [[anarquismo]] foram [[William Godwin]], que publicou em 1973 o seu livro ''Indagação relativa à justiça política'', [[Pierre-Joseph Proudhon]], que em 1840 publicou o livro ''Que é a propriedade?'' e [[Max Stirner]], que publicou o livro ''O indivíduo e sua propriedade''.<ref name="Anarquismo UOL" /> |
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<nowiki>''sociedade sem leis''</nowiki> muitas vezes relacionada ao caos |
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== Consequências == |
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Geralmente, existem diversas consequências da desigualdade social e econômica. A [[marginalização]] de parte da sociedade, o retardamento no progresso da [[economia]] do [[país]], a [[pobreza]], a [[favelização]] e o crescimento da [[criminalidade]] e da [[violência]] são algumas das consequências.<ref name="Superar a desigualdade" /><ref>{{citar web|url=http://www.alunosonline.com.br/sociologia/desigualdade-social/|título=Alunos Online: Desigualdade social|autor=|data=|publicado=|acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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=== Concentração de renda === |
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'''Concentração de renda''' é o processo pelo qual a [[renda]], proveniente de [[lucro]], de [[salário]], de [[aluguel|aluguéis]] (''rent'' e ''quasi-rents'' — como os juros [[oligopólio|oligopolísticos]]) e de outros rendimentos, converge para uma mesma [[empresa]], região ou grupo privilegiado de pessoas.<ref name="Midias">[http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/a-incrivel-piramide-da-desigualdade-global/ Outras Mídias — "A incrível pirâmide da desigualdade global" (Julho 2013)]</ref> |
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Um dos métodos usados para se medir a concentração de renda é medir quanto o grupo formado pelos 10% mais ricos da população recebe em comparação ao grupo dos 10% mais pobres, conhecido como ''P90/P10'' ou ''10% mais ricos a 10% mais pobres''.<ref name="Midias" /> Outros índices muito conhecidos são o [[Coeficiente de Gini]] e o [[Índice de Theil]]. |
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Pelo critério ''P90/P10'', o país com a menor concentração de renda do mundo é o [[Japão]], a segunda maior potência econômica do planeta, com 4,23. O Japão tem um Coeficiente de Gini de 24,9 perdendo apenas para a [[Dinamarca]], cujo coeficiente é de 24,7. |
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Dentre os países desenvolvidos, a maior concentração de renda está nos [[EUA]] 15,57, seguido pela [[França]], com 9,1 (pelo critério ''P90/P10''). |
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No [[Brasil]] a concentração de renda é tão intensa que o índice ''P90/P10'' está em 68 (2001).<ref name="hdrstats.undp.org">[http://hdrstats.undp.org/countries/country_fact_sheets/cty_fs_BRA.html ''The Human Development Index - going beyond income.'' United Nations Development Program]</ref> Ou seja, para cada [[Dólar]] que os 10% mais pobres recebem, os 10% mais ricos recebem 68. O Brasil ganha apenas da [[Guatemala]], [[Suazilândia]], [[República Centro-Africana]], [[Serra Leoa]], [[Botsuana]], [[Lesoto]] e [[Namíbia]].<ref name="hdrstats.undp.org"/><ref>[[Lista de países por igualdade de riqueza]]</ref> |
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{{quote|Segundo dados do Human Development Report (HDR) – Organização das Nações Unidas (ONU), de 2004, o Brasil apresenta historicamente uma desigualdade extrema, com [[Coeficiente de Gini|índice de Gini]] próximo a 0,6. Este valor indica uma desigualdade brutal e rara no resto do mundo, já que poucos países apresentam índice de Gini superior a 0,5. {{ref|5}} Dos 127 países presentes no relatório, o Brasil apresenta o 8º pior índice de desigualdade do mundo, superando todos os países da América do Sul e ficando apenas à frente de sete países africanos.|<ref>[http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252006000400017&lng=pt&nrm=iso. MAIA, Alexandre Gori. ''Transformações no mercado de trabalho e desigualdade social no Brasil''. Cienc. Cult. <online>. out./dez. 2006, vol.58, no.4 - citado 16 Dezembro 2006 -, p.34-35. ISSN 0009-6725.]</ref>}} |
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No Brasil as classes dirigentes têm demonstrado não ser sensíveis às questões de distribuição de renda. Ainda não se deram conta dos graves prejuízos que a excessiva desigualdade na distribuição da renda nacional causa ao próprio desenvolvimento econômico de seu país, a longo prazo. Sobre esse tema já disse Florestan Fernandes: |
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{{quote|''No Brasil, sempre se seguiu a rotina de privilegiar os privilegiados, sem tentativas frutíferas de intervenção programada na distribuição da renda.''|<ref>[http://almanaque.folha.uol.com.br/florestan6.htm FERNANDES, Florestan. ''O roteiro da pobreza''. Folha de S.Paulo, Banco de Dados Folha, Acervo Online, 11/08/1995]</ref>}} |
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Muitos tentam colocar a questão em termos puramente [[ideologia|ideológicos]]. Na realidade a má distribuição de renda em um país é sobretudo um parametro [[economia|econômico]] e de sua melhoria - que é condição para se obter um mais acelerado [[crescimento econômico]], - deveriam se preocupar os [[economista]]s brasileiros de todos os matizes "ideológicos", da "extrema esquerda" à "extrema direita". |
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A melhor prova disso é que até o [[Banco Mundial]], órgão ligado ao [[FMI]], faz gestões para sensibilizar as elites governantes dos [[países subdesenvolvidos]] para tentar engajá-las num esforço para melhorar a distribuição de renda nos países que dirigem: |
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{{quote|Um comitê conjunto formado pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) conclamou os países em desenvolvimento, assim como os doadores, a acelerar os esforços com vistas a atingir as metas de redução de pobreza acordadas internacionalmente, até a data prevista de 2015.|<ref>[http://livrecomercio.embaixadaamericana.org.br/?action=artigo&idartigo=597 ''Grupo do Banco Mundial-FMI Pede Mais Esforços para Reduzir Pobreza''. Escritório de Programas de Informação Internacional do Departamento de Estado dos EUA (usinfo.state.gov)]</ref>}} |
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Pelo menos no que se refere ao Brasil, tudo indica que tais esforços meritórios do Banco Mundial ainda não surtiram quaisquer resultados práticos. |
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== Situação por país == |
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=== Brasil === |
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[[Imagem:Rocinha Favela Brazil Slums.jpg|miniatura|280px|[[Rocinha|Favela da Rocinha]], a maior [[favela]] do [[Brasil]], em contraste com os edifícios de [[São Conrado (bairro do Rio de Janeiro)|São Conrado]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].]] |
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A desigualdade social vem muito acentuada no [[Brasil]], que é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica no mundo, segundo dados da [[Organização das Nações Unidas|ONU]] de [[2005]].<ref name="Brasil Escola" /> |
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Um bom exemplo que pode ser dado da desigualdade do [[Brasil]] é o estado da miséria, a extrema condição de renda, os [[salário]]s baixos, a [[fome]], o [[desemprego]], a [[violência]], a [[marginalidade]], etc.<ref name="Cola da web">{{citar web|url=http://www.coladaweb.com/sociologia/desigualdades-sociais-e-as-classes|título=Desigualdades sociais e as classes|autor=|data=|publicado=|acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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Em relação à posição econômica entre [[negros]] e [[brancos]], pôde-se constatar que 60% dos pobres no [[Brasil]] são constituídos por negros e dentre as pessoas consideradas como indigentes, 70% são negros.<ref name="Superar a desigualdade">{{citar web|url=http://www.saomiguelbh.com.br/Ensno_Medio/atividade_arquivos/atividadesprofessores/william/3_ano/Perspectivas%20de%20futuro%20-%203o%20ano.pdf|título=Superar a desigualdade no Brasil: Perspectivas do futuro|autor=|data=|publicado=|acessodata=16 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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De um modo geral, de acordo com os dados da pesquisa, 50% das pessoas negras ou pardas são pobres, enquanto que apenas 25% dos brancos apresentam a mesma condição social.<ref name="Superar a desigualdade" /> |
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Devido à prosperidade econômica e às políticas de combate à desigualdade social promovidas pelo [[Governo do Brasil]] nos últimos anos, a desigualdade social no Brasil vem caindo, chegando em 2012 a níveis de 1960, embora o Brasil ainda esteja entre as nações mais desiguais do mundo. A Fundação [[FGV]] estima que a desigualdade no Brasil atinja 0,51407 em 2014.<ref name="Brasil atinge menor nível de desigualdade social desde 1960">{{citar web|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,brasil-atinge-menor-nivel-de-desigualdade-social-desde-1960,105210,0.htm|título=Brasil atinge menor nível de desigualdade social desde 1960|autor=|data=|publicado=|acessodata=21 de julho de 2012}}</ref> |
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Até [[1930]], a [[economia do Brasil]] era voltada para a [[produção agrária]], que coexistia com o esquema agro-exportado, sendo o Brasil um exportador de matéria-prima.<ref name="Cola da web" /> Na década de 1930, vieram as [[indústria]]s. As indústrias criaram condições para a acumulação capitalista, que era evidenciado pelo papel estatal quanto à interferência da [[economia]] (onde o [[governo]] passou a criar condições para a [[industrialização]]) e também pela implantação de indústrias, voltadas a produção de máquinas, equipamentos, etc.<ref name="Cola da web" /> A política econômica não se voltava para a criação, mas pelo desenvolvimento de setores de produção, que economizaram [[mão-de-obra]]. O resultado disso foi o [[desemprego]] que ocorreu.<ref name="Cola da web" /> |
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==== Classe social ==== |
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A classe social é medida no Brasil, seguindo o estabelecido pelo [[Critério Brasil]]. Esse critério define as classes sociais de acordo com o poder de [[compra]] e de [[consumo]] de alguns itens, como [[geladeira]], [[TV]] em cores, [[Radiodifusão|rádio]], [[banheiro]], [[automóvel]], [[empregada doméstica|empregada]] mensalista, [[aspirador de pó]], [[máquina de lavar roupa|máquina de lavar]], [[videocassete]]/[[DVD]] e [[freezer]] independente.<ref>{{citar web|url=http://www.logisticadescomplicada.com/as-classes-sociais-e-a-desigualdade-no-brasil/|título=As classes sociais e a desigualdade no Brasil|autor=Leandro Callegari Coelho, Ludmar Rodrigues Coelho|data=|publicado=Logística Descomplicada|acessodata=11 de maio de 2011}}</ref> |
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A desigualdade social do [[Brasil]] apresenta-se na [[classe social]], onde a maior parte da população(43%) é classe C ou [[classe média]].<ref name="Logística Descomplicada" /> Isso ocorreu graças à forte aceleração econômica que aconteceu a partir de 2006. Essa aceleração que ocorreu fez com que vinte milhões de pessoas passassem para a classe C.<ref>{{citar web|url=http://www.logisticadescomplicada.com/o-brasil-suas-classes-sociais-e-a-implicacao-na-economia/|título=O Brasil, suas classes sociais e a implicação na economia|autor=Ludmar Rodrigues Coelho|data=|publicado=Logística Descomplicada|acessodata=7 de maio de 2011}}</ref> |
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[[Imagem:Desigualdade de classe social(Brasil).png|direita|miniatura|250px|A classe social da população brasileira em %(por cento).]] |
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{| class="wikitable sortable" |
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! Classe social !! % da população do Brasil<ref name="Logística Descomplicada">{{citar web|url=http://www.logisticadescomplicada.com/a-ascencao-da-classe-c-classes-sociais-no-brasil/|título=A ascensão da Classe C – classes sociais no Brasil|autor=Leandro|data=|publicado=12 de outubro de 2010|acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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| A1|| 1% |
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| A2|| 4% |
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| B|| 24% |
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| C|| 43% |
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| D|| 25% |
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| E|| 3% |
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==== Desigualdade segundo o Coeficiente de Gini ==== |
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[[Imagem:Indice Gini Brasil.png|miniatura|direita|O [[Coeficiente de Gini]] do [[Brasil]] de 1976 a 2012 /indicadorview]] |
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O [[Coeficiente de Gini]] mede o grau da desigualdade de cada um dos países. No [[Brasil]], o coeficiente de Gini mostrou a desigualdade social, a piora no últimos 50 anos<ref name="Logística Descomplicada" /> e as recentes melhorias. |
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{| class="wikitable sortable" |
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! Ano!! Coeficiente de Gini<ref name="Logística Descomplicada" /><ref>[http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/indicadores/disoc_rdcg/indicadorview]</ref> |
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| 1960|| 0,5367 |
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|- |
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| 1976|| 0,6227 |
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| 1985|| 0,5976 |
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|- |
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| 1990|| 0,6138 |
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|- |
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| 1995|| 0,6005 |
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|- |
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| 1999|| 0,5939 |
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|- |
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| 2005|| 0,5694 |
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|- |
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| 2009|| 0,5427 |
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=== Portugal === |
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Em [[Portugal]], a desigualdade é uma das maiores, comparado a outros países da [[União Europeia]].<ref>{{citar web|url=http://www.presidencia.pt/?idc=24&idi=608|título=Desigualdade social, pobreza e exclusão|autor=|data=|publicado=|acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-e-dos-paises-europeus-com-mais-desigualdade-social_1469222|título=Portugal é dos países europeus com mais desigualdade social|autor=Jeniffer Lopes|data=|publicado=02 de dezembro de 2010|acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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==== Classe social ==== |
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{| class="wikitable sortable" |
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! Classe social !! % da população<ref>{{citar web|url=http://www.marktest.com/wap/a/n/id~d4.aspx|título=Classe Social Alta e Média Alta em Portugal |autor=|data=|publicado=|acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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| Alta e Média-alta|| 15,4% |
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| Média|| 27,5% |
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| Média Baixa|| 29,8% |
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| Baixa|| 27,3% |
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|} |
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==== Desigualdade segundo coeficiente de Gini ==== |
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{| class="wikitable" |
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! Ano !! Coeficiente de Gini<ref>{{citar web|url=http://www.scribd.com/doc/31814148/Desigualdade-Economica-em-Portugal|título=Desigualdade económica em Portugal|autor=Carlos Farinha Rodrigues|data=|publicado=|acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref> |
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|- |
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| 1994|| 0,349 |
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|- |
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| 2000|| 0,338 |
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|- |
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| 2005|| 0,351 |
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|} |
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== Ver também == |
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{{wikiquote|Desigualdade}} |
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{{div col}} |
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* [[Coeficiente de Gini]] |
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* [[Concentração de renda]] |
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* [[Crescimento econômico]] |
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* [[Desenvolvimentismo]] |
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* [[Distribuição de renda]] |
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* [[Estado de bem-estar social]] |
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* [[Exploração (socioeconomia)]] |
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* [[Lista de países por igualdade de riqueza]] |
|||
* [[Preconceito social]] |
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{{div col fim}} |
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{{Referências|col=2}} |
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== Ligações externas == |
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* [http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218709941G9oFF7ya2Ux18EW0.pdf BARROS, José D'Assunção. ''Igualdade, Desigualdade e Diferença - rediscutindo três noções''. Análise Social no. 175, 2005, p. 345-366] |
|||
* [http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/novo-desenvolvimentismo_jornal.pdf SICSU, João; PAULA, Luiz Fernando; e RENAULT, Michel. ''Por que um novo desenvolvimentismo ?''. Jornal dos Economistas no. 186, janeiro de 2005, p. 3-5] |
|||
* {{Link|en|2=http://www.globalpolicy.org/socecon/bwi-wto/stig.htm |3=STIGLITZ, Joseph E. ''More Instruments and Broader Goals: Moving Toward the Post-Washington Consensus''. The 1998 WIDER Annual Lecture. Helsinki, Finlândia, 07/1/1998.}} |
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{{Pobreza}} |
{{Pobreza}} |
Revisão das 19h21min de 19 de junho de 2017
Desigualdade econômica (português brasileiro) ou económica (português europeu) (chamada imprecisamente de desigualdade social,[1] que ela acaba por provocar) é um fenômeno que afeta atualmente a maioria dos países, mas principalmente os países menos desenvolvidos. Isso se dá principalmente pela distribuição desigual de renda de um país, mas também existem outros fatores, como a má formação educacional e o investimento ineficiente de um país em áreas sociais.[2]
Conforme alguns estudiosos, a desigualdade ficou mais evidente a partir do capitalismo, pois a transição do feudalismo para o capitalismo no século XVI expulsou muitos camponeses de suas terras, que ofereciam os meios para sustentar sua família e por isso, precisaram de ajuda e caridade alheia.[3]
Outros autores entendem a desigualdade como problema social,[4] como algo destrutivo,[5][6] que pode retardar o crescimento econômico.[7][8][9] Outros argumentam que igualdade demais também pode ser destrutivo na medida em que elimina a motivação para tomar riscos empreendendo e enriquecer.[10][11][12][13]
- ↑ Brasil Escola. «Desigualdade social». Consultado em 16 de fevereiro de 2011
- ↑ «Superar a desigualdade no Brasil: Perspectivas do futuro» (PDF). Consultado em 16 de fevereiro de 2011
- ↑ Márcia Correia. «Pobreza e desigualdade têm múltiplas causas». Consultado em 16 de fevereiro de 2011
- ↑ Wilkinson, Richard; Pickett, Kate (2009). The Spirit Level: Why More Equal Societies Almost Always Do Better. [S.l.]: Allen Lane. p. 352. ISBN 978-1-84614-039-6
- ↑ Easterly, W (2007). «Inequality does cause underdevelopment: Insights from a new instrument» (PDF). Journal of Development Economics. 84 (2): 755–76. doi:10.1016/j.jdeveco.2006.11.002
- ↑ Castells-Quintana, David; Royuela, Vicente (2012). «Unemployment and long-run economic growth: The role of income inequality and urbanisation» (PDF). Investigaciones Regionales. 12 (24): 153–73. Consultado em 17 de outubro de 2013
- ↑ Stiglitz, J (2009). «The global crisis, social protection and jobs» (PDF). International Labour Review. 148: 1–2. doi:10.1111/j.1564-913x.2009.00046.x
- ↑ Temple, J (1999). «The New Growth Evidence» (PDF). Journal of Economic Literature. 37 (1): 112–56. doi:10.1257/jel.37.1.112
- ↑ Clarke, G (1995). «More evidence on income distribution and growth» (PDF). Journal of Development Economics. 47: 403–27. doi:10.1016/0304-3878(94)00069-o
- ↑ Freeman, Richard B. (1 de abril de 2012). «Optimal inequality for economic growth, stability, and shared prosperity: the economics behind the Wall Street Occupiers Protest?». Insights. 11: 5–11. Consultado em 30 de janeiro de 2016
- ↑ Friedman, Mark (1 de março de 2008). «Living Wage and Optimal Inequality in a Sarkarian Framework» (PDF). Taylor & Francis. Review of Social Economy. 66 (1): 93–111. doi:10.1080/00346760701668479. Consultado em 30 de janeiro de 2016
- ↑ Edsall, Thomas B. (4 de março de 2014). «Just Right Inequality». The New York Times. Consultado em 31 de janeiro de 2016
- ↑ Becker, Gary S.; Murphy, Kevin M. (maio de 2007). «The Upside of Income Inequality». The America. Consultado em 8 de janeiro de 2014