Mariana Vitória de Bourbon: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Infanta Maríana Víctoría de España, Queen of Portugal and the Algarves.jpg|miniaturadaimagem|250x250px|D. Mariana Vitória logo após o casamento, como Princesa do Brasil.]] |
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Depois de casada, Mariana Vitória e o Príncipe do Brasil passariam ainda vinte e um anos como príncipes herdeiros, antes de subir ao trono em 1750. Durante esse período, e com o piorar da saúde de Filipe V, Bárbara e o marido tiveram que enfrentar a animosidade da rainha e madrasta do príncipe, [[Isabel Farnésio]], que queria manter o enteado longe da corte. Em 1733 foram aprovadas regras de conduta do príncipe herdeiro que eram, no dizer de um historiador, uma ''"especie de arresto domiciliario"'':<ref>VOLTES, Pedro: ''La vida y la época de Fernando VI'', pp. 39-45, 68.</ref> |
Depois de casada, Mariana Vitória e o Príncipe do Brasil passariam ainda vinte e um anos como príncipes herdeiros, antes de subir ao trono em 1750. Durante esse período, e com o piorar da saúde de Filipe V, Bárbara e o marido tiveram que enfrentar a animosidade da rainha e madrasta do príncipe, [[Isabel Farnésio]], que queria manter o enteado longe da corte. Em 1733 foram aprovadas regras de conduta do príncipe herdeiro que eram, no dizer de um historiador, uma ''"especie de arresto domiciliario"'':<ref>VOLTES, Pedro: ''La vida y la época de Fernando VI'', pp. 39-45, 68.</ref> |
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Revisão das 13h55min de 17 de julho de 2017
Mariana Vitória | |
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Infanta da Espanha | |
Retrato por Miguel António do Amaral, c. 1773. | |
Rainha Consorte de Portugal e Algarves | |
Reinado | 31 de julho de 1750 a 24 de fevereiro de 1777 |
Predecessora | Maria Ana da Áustria |
Sucessora | Carlota Joaquina da Espanha |
Nascimento | 31 de março de 1718 |
Real Alcázar de Madrid, Madrid, Espanha | |
Morte | 15 de janeiro de 1781 (62 anos) |
Real Barraca da Ajuda, Lisboa, Portugal | |
Sepultado em | 17 de janeiro de 1781, Igreja de São Francisco de Paula, Prazeres, Lisboa, Portugal |
Marido | José I de Portugal |
Descendência | Maria I de Portugal Maria Ana Francisca de Portugal Maria Doroteia de Portugal Maria Benedita de Portugal |
Casa | Bourbon (por nascimento) Bragança (por casamento) |
Pai | Filipe V da Espanha |
Mãe | Isabel Farnésio |
Mariana Vitória de Bourbon e Farnésio (em espanhol: Mariana Victoria de Borbón y Farnesio; Madrid, 31 de março de 1718 — Lisboa, 15 de janeiro de 1781) foi uma Infanta da Espanha por nascimento e mais tarde Rainha de Portugal como consorte do Rei José I. Era a filha mais velha de Filipe V da Espanha e Isabel Farnésio, ela foi noiva do jovem rei Luís XV de França, mas foi rejeitada devido à sua idade, que impossibilitaria a concisão de um herdeiro para o trono francês.
Em 1729 casou-se com o filho de João V de Portugal. Como mãe de Maria I de Portugal, também atuou como regente de Portugal durante os últimos meses da vida de seu marido e atuou como conselheira de sua filha em seu reinado.
Por influência da rainha, assinou-se em 1778 o tratado que estipulou dois casamentos: o do infante Gabriel, filho de Carlos III, com a sua neta D. Maria Ana Vitória, e o da infanta Carlota Joaquina, neta mais velha de Carlos III, com o infante D. João, futuro D. João VI.
D. Mariana Vitória teve um ataque de reumatismo e foi confinada a uma cadeira de rodas por algum tempo. Mariana Vitória morreu na Real Barraca da Ajuda.
Foi primeiramente sepultada na Igreja de São Francisco de Paula em Lisboa, a qual mandou restaurar. Foi depois trasladada para o Panteão Real da Dinastia de Bragança da Igreja de São Vicente de Fora também em Lisboa.
Início de vida
Nascimento
Mariana Vitória nasceu no dia 31 de março de 1718 no Real Alcázar, Madrid, era infanta espanhola por nascimento e segunda filha, primeira menina do rei Filipe V e de sua segunda esposa Isabel Farnésio. Foi batizada e foi lhe dado seu nome em homenagem a sua avó paterna, a princesa Mariana Vitória da Baviera. Seu pai era um neto de Luís XIV da França e tinha herdado o trono espanhol. Na época de seu nascimento, Mariana Vitória se encontrava na quinta posição na linha de sucessão ao trono da Espanha atrás de seus meio-irmãos, o príncipe das Astúrias, Luís, o infante Fernando, o infante Pedro e de seu irmão o infante Carlos, futuro Carlos III. Contudo a infanta foi retirada da linha sucessória após a implantação da lei sálica.
Noivado com Luís XV
Após a Guerra da Quádrupla Aliança, França e Espanha decidiram reconciliar-se concretizando o casamento da infanta Mariana Vitória com seu primo Luís XV da França, que estava sob regência de Filipe II, Duque de Orleães. Saint-Simon, o embaixador francês, pediu sua mão, no dia 25 de novembro de 1721. A troca da jovem infanta teve seu lugar na Ilha dos Faisões, local onde os seus antepassados Luís XIV da França e Maria Teresa da Espanha tinham-se encontrado pela primeira vez antes do matrimônio. Mariana Vitória chegou a Paris no dia 2 de março de 1721, houve celebração e a mesma se dirigiu-se para o Palais du Louvre.
De acordo com a mãe do regente, Isabel Carlota do Palatinado, Mariana Vitória era a "coisa mais doce e mais bonita" e tinha grande inteligência para sua idade. Sua educação foi confiada aos cuidados de Maria Ana de Bourbon, uma filha legitimada de Luís XIV e Louise de La Vallière.
Sob a influência do primeiro ministro Luís Henrique, Duque de Bourbon e sua amante Madame de Prie, foi decidido enviar a menina de sete anos novamente para a Espanha em 11 de março de 1725. O duque de Bourbon queria manter sua influência sobre o jovem Luís XV e ofereceu sua irmã Henriqueta Luisa de Bourbon como uma esposa em potencial, que ao contrário da infanta Mariana Vitória tinha idade suficiente para conceber um herdeiro ao trono francês.
Em 1725, manifestou seu pai, Filipe V, o desejo de estabelecer uma aliança entre as coroas de Espanha e Portugal, a que estaria ligado o casamento de sua filha com D. José, herdeiro do trono português. Para tratar do assunto em Madrid, D. João V nomeou José da Cunha Brochado, que também foi incumbido resolver questões pendentes entre os dois países. Mariana Vitória então deixou Versalhes e seguiu seu retorno para a Espanha.Luís XV casou-se posteriormente com Maria Leszczyńska, uma princesa polaca filha do rei deposto Estanislau I da Polônia. Sua irmã, a infanta Maria Teresa Rafaela se casou com o filho de Luís XV, Luís, Delfim da França, em 1745 para tranquilizar a corte espanhola insultada.
Casamento
Nova crise diplomática
Na sequência da curta, mas para a Espanha desastrada guerra contra as quatro potências em 1718-1720, o rei de Espanha tinha ainda prometido uma filha ― a infanta Mariana Vitória ― a Luís XV da França, para também tentar melhorar as relações com esse reino. Com menos de quatro anos de idade foi a pequena princesa por isso enviada além-Pirenéus. Mas o rei francês entretanto não quis esperar que a pequena princesa crescesse, e acabou por optar por outra esposa. Em março de 1725, a pequena princesa, agora com sete anos, regressou a Espanha.
Entretanto, novos conflitos tinham surgido entre Portugal e a Espanha, por causa da fundação pelos portugueses de Montevidéu, no Rio da Prata, a 22 de novembro de 1723. Isto era uma zona que os portugueses consideravam ser o limite meridional natural do Brasil, enquanto os espanhóis de Buenos Aires queriam controlar todo o estuário do Rio da Prata.[1]
Os portugueses tinham desde 1680 a Colónia do Sacramento na região, que fora ocupada pelos espanhóis durante a Guerra da Sucessão Espanhola, mas devolvida pelo tratado de paz de 1715. No entanto, o tratado nada dizia sobre novas fundações na zona. Exatamente três meses após a fundação de Montevidéu, a 22 de Fevereiro de 1724, os espanhóis de Buenos Aires julgaram-se por isso justificados em ocupar a praça. Apenas um ano após o contrato de casamento entre Maria Bárbara e o Príncipe das Astúrias, estes acontecimentos, nesta remota parte dos respetivos impérios, causaram assim novos atritos diplomáticos entre as coroas ibéricas..[2]
A Troca das Princesas
Para evitar novas controvérsias e fortalecer ainda mais a aliança que se pretendia, a diplomacia espanhola propôs então um duplo matrimónio: para além do casamento entre o príncipe herdeiro espanhol e Maria Bárbara, o príncipe herdeiro português poderia casar com a regressada Mariana Vitória. João V aceitou a proposta, e dois anos mais tarde, tendo os príncipes e infantas chegado a idade um pouco mais crescida, firmaram-se então os acordos pré-nupciais: o Príncipe do Brasil e Mariana Vitória a 27 de dezembro de 1727, e o Príncipe das Astúrias e Maria Bárbara de Portugal a 11 de janeiro de 1728.[3]
Por fim, após demorada preparação, a Troca das Princesas realizou-se a 19 de Janeiro de 1729. A troca foi feita no Rio Caia, que faz fronteira entre Elvas no Alentejo, em Portugal, e Badajoz na Extremadura, em Espanha. A cerimónia fez-se literalmente a meio do rio, numa grande ponte-palácio de madeira ricamente decorada construida para a ocasião, com vários pavilhões em ambas as margens também. Praticamente toda a Corte participou, tendo todas as vilas e lugares entre Lisboa e Elvas sido enfeitadas com arte efémera, tal como arcos triunfais, jardins artificiais, fontes, etc., para receber os imensos cortejos na ida e na volta da fronteira. As preparações para a troca das princesas foram de tal modo detalhadas que já em Janeiro de 1727 a Coroa colocava encomendas de berlindas em Paris,[4] e pedia contribuições extraordinárias dos quatro cantos do império para financiar todo o esplendor desejado ― incluindo da Capitania de Minas Gerais no Brasil.[5]
De notar que todo este panorama de arte efémera se voltou a registar meio século mais tarde, aquando do novo consórcio duplo entre Portugal e a Espanha em 1785, com os casamentos do então apenas João e da irmã, a Maria Ana Vitória, e foi descrito recentemente em pormenor.[6]
Princesa do Brasil
Depois de casada, Mariana Vitória e o Príncipe do Brasil passariam ainda vinte e um anos como príncipes herdeiros, antes de subir ao trono em 1750. Durante esse período, e com o piorar da saúde de Filipe V, Bárbara e o marido tiveram que enfrentar a animosidade da rainha e madrasta do príncipe, Isabel Farnésio, que queria manter o enteado longe da corte. Em 1733 foram aprovadas regras de conduta do príncipe herdeiro que eram, no dizer de um historiador, uma "especie de arresto domiciliario":[7]
Pouco depois deu-se ainda o chamado Incidente das Embaixadas em 1735, e apesar da troca das princesas as relações entre Portugal e a Espanha deterioraram-se ao ponto do monarca português enviar uma forte esquadra ao Rio da Prata, e de passar a existir de facto um estado de guerra entre as duas coroas, apenas solucionado em 1737 (ver João V).[8]
Ainda assim, durante todo este período, e durante todo o posterior reinado, a princesa teve o conforto da companhia de Domenico Scarlatti, o seu velho mestre de música em Lisboa, que seguiu com a sua aluna para Espanha, onde permaneceria o resto da vida. Aqui, o cravista napolitano compôs mais de quinhentas sonatas, muitas delas dedicadas a Bárbara, que passava grande parte do seu tempo a tocar composições do seu antigo professor.
Rainha consorte e regente de Portugal
Reinado do marido
Vinte anos mais tarde, falecia D. João V, e o marido de D. Mariana Vitória subia ao trono. A rainha tinha então trinta e dois anos e D. José I, trinta e seis anos.
O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu secretário de Estado, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesa, transformando Portugal num país moderno.
Quando subiu ao trono, José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
Diogo de Mendonça Corte-Real, Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
O terramoto de Lisboa
O desastre abateu-se sobre Portugal na manhã do dia 1 de novembro (dia de Todos os Santos) de 1755. Nesta data, Lisboa foi abalada por um violento tremor de terra, com uma amplitude que em tempos actuais é estimada em cerca de nove pontos na escala de Richter. A cidade foi devastada pelo tremor de terra, pelo maremoto e ainda pelos incêndios que se seguiram.
Sebastião de Carvalho sobreviveu por sorte, mas não se impressionou. Imediatamente tratou da reconstrução da cidade, de acordo com a famosa frase: "E agora? Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos". Apesar da calamidade, Lisboa não foi afectada por epidemias e menos de um ano depois já se encontrava parcialmente reconstruída.
A baixa da cidade foi redesenhada por um grupo de arquitectos, com a orientação expressa de resistir a terramotos subsequentes. Foram construídos modelos para testes, nos quais os terramotos foram simulados pelo marchar de tropas. Nesta altura, e pela orientação do Marquês do Pombal, teve início o modelo de construção de edifícios denominado "Gaiola", em que todas as obras eram edificadas a partir de uma estrutura de madeira, semelhante a uma gaiola. A partir deste período, todos os edifícios eram obrigados a respeitar esta norma, com o fim de tornar as construções resistentes aos terramotos, devido à sua flexibilidade.[9]
Surgiram também os primeiros edifícios dotados de saneamento próprio, através de condutas ligadas diretamente ao rio, e as ruas adquiriram dimensões em torno dos 20 metros de largura - para as estradas principais - uma característica nunca antes vista.[10]
Os edifícios e praças da Baixa Pombalina de Lisboa ainda prevalecem, sendo uma das atracções turísticas de Lisboa, construídos sob a assinatura do Marquês de Pombal.
Sebastião de Melo fez também uma importante contribuição para a sismologia: elaborou um inquérito enviado a todas as paróquias do país. Exemplos de questões aí incluídas: os cães e outros animais comportaram-se de forma estranha antes do evento?; O nível da água dos poços subiu ou desceu?; Quantos edifícios foram destruídos? Estas questões permitiram aos cientistas portugueses a reconstrução do evento e marcaram o nascimento da sismologia enquanto ciência.
O processo dos Távoras
Na sequência do terramoto ficou só menos de dois anos mais como Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. O rei D. José I deu ao seu primeiro-ministro poderes acrescidos, tornando-o numa espécie de ditador, e fê-lo Conselheiro de Estado e Comendador de Santa Marinha da Mata de Lobos e de São Miguel das Três Minas, ambas na Ordem de Cristo. À medida que o seu poder cresceu, os seus inimigos aumentaram e as disputas com a alta nobreza tornaram-se frequentes.
O atentado
Em setembro de 1758, a carruagem do rei foi alvejada quando esse voltava da casa de sua amante, a esposa do Marquês de Távora. O monarca foi ferido e a rainha assumiu como regente. As investigações, durante o mês de dezembro, acusaram membros da alta nobreza, os quais foram imediatamente presos; entre eles integrantes da família dos Távoras (o número total de prisioneiros chegou a mais de mil, a maioria dos quais jamais foi julgada formalmente). Em 12 de janeiro de 1759, o José de Mascarenhas da Silva e Lencastre, então Duque de Aveiro, e diversos membros da família dos Távoras foram condenados à morte.[11]
Consequências
Sebastião de Melo não mostrou qualquer misericórdia, tendo perseguido cada um dos envolvidos.
Com este golpe final, o poder da nobreza foi decisivamente contrariado, marcando uma vitória sobre os seus inimigos, aqueles que tinham força para se oporem a si e ao rei. Pela sua acção rápida, D. José I atribuiu ao seu leal ministro o título de Senhor Donatário das vilas de Oeiras e seu termo e de Pombal, com o título de Conde de Oeiras, em 1759.
A 3 de Setembro 1759, um ano depois da tentativa de regicídio a D. José, expulsou os jesuítas da metrópole e das colónias, confiscando seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autónomo dentro do Estado português e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio.
No seguimento do caso Távora, o novo Conde de Oeiras não conheceu qualquer nova oposição. Adquirindo o título de Marquês de Pombal em 1770, teve quase exclusivamente o poder de governar Portugal até à morte de D. José I em 1777.
A regência
Quando seu marido foi declarado inapto para governar 1774, devido a loucura, D. Mariana Vitória foi proclamada regente, uma posição que manteve até a morte de seu marido. Após isso, ela tornou-se regente de sua filha mais velha, futura D. Maria I.
Quando a filha assume o poder, D. Mariana Vitória tentou melhorar as relações com a Espanha que era governada por seu irmão mais velho, Carlos III. Os dois países estavam em conflito em relação a posses territoriais nas Américas. Deixando Portugal, D. Mariana Vitória viajou para a Espanha, onde permaneceu por pouco mais de um ano, residindo entre o Palácio Real de Madrid e o Palácio Real de Aranjuez.
Por influência da rainha, assinou-se em 1778 o tratado que estipulou dois casamentos: o do infante Gabriel, filho de Carlos III, com a sua neta D. Maria Ana Vitória, e o da infanta Carlota Joaquina, neta mais velha de Carlos III, com o infante D. João, futuro D. João VI.
Legado
D. Mariana Vitória era a madrinha de Maria Antonieta, futura rainha da França, que nasceu no mesmo dia que do Terremoto de Lisboa que devastou a cidade. Mariana Vitória tem descendentes que vão desde o presente Rei de Espanha, Rei da Bélgica, ao Grão-Duque de Luxemburgo. Em 1822, seu bisneto Pedro se tornou o primeiro imperador do Brasil.
A cidade de Mariana, onde em 2015 ocorreu o rompimento de barragem, e nomeada em homenagem a ela.
Representações na cultura
Mariana Vitória é representada, ainda como noiva de Luís XV da França, no documentário Louis XV, le soleil noir (2009).
Ancestrais
Ancestrais de Mariana Vitória da Espanha[12] |
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Descendência
Nome | Retrato | Nascimento | Morte | Notas |
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Maria I de Portugal | 17 de dezembro de 1734 | 20 de março de 1816 | Casou-se com Pedro III de Portugal, com descendência. | |
Maria Ana Francisca de Portugal | 7 de outubro de 1736 | 16 de maio de 1813 | Não se casou. | |
Maria Doroteia de Portugal | 21 de setembro de 1739 | 14 de janeiro de 1771 | Não se casou. | |
Maria Benedita de Portugal | 25 de julho de 1746 | 18 de agosto de 1829 | Casou-se com José, Príncipe do Brasil, sem descendência. |
Referências
- ↑ SATURNINO MONTEIRO, Armando da Silva: Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Vol. VII, pp. 54-56.
- ↑ Id., Ibid., Vol. VII, p. 141.
- ↑ ARAÚJO, Jeaneth Xavier de: "Celebrar os Grandes: os casamentos monárquicos portugueses e a mobilização de recursos na capitania de Minas Gerais", p. 8.
- ↑ BESSONE, Silvana: The National Coach Museum - Lisbon, p. 74, 91.
- ↑ ARAÚJO, Jeaneth Xavier de: "Celebrar os Grandes: os casamentos monárquicos portugueses e a mobilização de recursos na capitania de Minas Gerais."
- ↑ FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime B.: “Formas de arte efémera no duplo consórcio Bragança-Bourbon em 1785.”
- ↑ VOLTES, Pedro: La vida y la época de Fernando VI, pp. 39-45, 68.
- ↑ SATURNINO MONTEIRO, Armando da Silva: Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Vol. VII, pp. 141-145.
- ↑ «Manuscrito com livro de Kenneth Maxwell sobre o Marquês de Pombal». diariodigital.sapo.pt. Consultado em 5 de abril de 2016
- ↑ Maxwell, Kenneth. O Marquês de Pombal. [S.l.: s.n.]
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ «Louis I, King of Spain > Ancestors». RoyaList. Consultado em 3 de janeiro de 2015
Títulos, estilos, e honrarias
Predefinição:Info/Estilos reais
Títulos e estilos
- 31 de março de 1718 – 19 de janeiro de 1729: "Sua Alteza Real, a Infanta da Espanha"
- 19 de janeiro de 1729 – 31 de julho de 1750: "Sua Alteza Real, a Princesa do Brasil"
- 31 de julho de 1750 – 24 de fevereiro de 1777: "Sua Majestade Fidelíssima, a Rainha"
- 24 de fevereiro de 1777 – 15 de janeiro de 1781: "Sua Majestade Fidelíssima, a Rainha-Mãe"
O estilo oficial de D. Mariana Vitória enquanto Rainha Consorte de Portugal: "Pela Graça de Deus, Mariana Vitória, Rainha Consorte de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc."
Honrarias
Enquanto monarca de Portugal, D. João V foi Grão-Mestre das seguintes Ordens:
- Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo
- Ordem de São Bento de Avis
- Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de Sant'Iago da Espada
- Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada
Bibliografia
- Armstrong, Edward (1892). Elisabeth Farnese: The Termagant of Spain (en inglés). Londres: Longmans, Green, and Co. OCLC 580823355.