Estação Ferroviária de Alcântara-Terra
Predefinição:Infobox estação CP Lisboa
A Estação Ferroviária de Alcântara-Terra é uma interface ferroviária integrada na Linha de Cintura, em Lisboa, Portugal, sendo término do serviço “Linha da Azambuja” da CP Urbanos de Lisboa.
Descrição
Localização e acessos
A estação situa-se junto à Avenida de Ceuta, em Lisboa.[1]
Vias e plataformas
Em Janeiro de 2011, contava com 4 vias de circulação, com 216 a 316 metros de comprimento; as plataformas tinham 40 e 90 centímetros de altura, e 90 e 210 metros de extensão.[2]
Passagem Superior de Alcântara
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Entre 1991 e 2008, existiu uma passagem superior entre esta interface e a Estação de Alcântara-Mar, e o supermercado Pão de Açúcar de Alcântara.[3]
História
Construção e inauguração
Foi Construída no local onde funcionou a Fábrica de Refinação do Salitre e, posteriormente, o Arquivo Geral da Secretaria da Guerra.[4] Inaugurada em 2 de Abril de 1887, como a estação terminal do traçado original da Linha de Sintra[5][6], serviu de terminal para a Linha do Oeste e o Ramal de Sintra até 11 de Julho de 1890, data em que a Estação do Rossio abriu ao serviço.[4] Nessa altura, a ligação entre esta estação e o centro de Lisboa era assegurada por uma linha de carros americanos, que terminava em Alcântara.[4] Na altura da sua construção, contava já com a marquise envidraçada, e com uma cocheira com capacidade para 24 carruagens.[4]
Século XX
Em 1902, foi instalado, nesta estação, um sistema de sinalização por discos eléctricos, inventados por Neves Barbosa.[7]
Em 1928, esta estação passou a receber as remessas de peixe, por forma a descongestionar a estação de Lisboa - Cais dos Soldados, para aonde eram antes enviadas.[8]
No ano de 1933, o edifício da estação sofreu várias obras de remodelação.[9]
O primeiro serviço na Linha de Sintra a ser realizado por uma composição de automotoras em Unidades Triplas Elétricas partiu desta estação, em 1958, tendo este acontecimento sido recordado nas comemorações dos 120 anos da Linha de Sintra, em 2008.[10]
Século XXI
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a3/Portuguese_train_type_3500_at_Lisboa_Alcantara_Terra_train_station.jpg/180px-Portuguese_train_type_3500_at_Lisboa_Alcantara_Terra_train_station.jpg)
Em Maio de 2006, a autarquia de Lisboa apresentou várias soluções para o chamado Nó de Alcântara, através da criação de uma passagem desnivelada entre as Linhas de Cascais e de Cintura.[11] Em 2008, o governo anunciou um investimento de 407 milhões de euros para a zona de Alcântara, que consiste, entre outros projetos, numa intervenção ferroviária, com a criação de um novo nó.[11]
Ainda nesse ano, o Banco Alimentar Contra a Fome esteve instalado em armazéns da Rede Ferroviária Nacional, junto à estação.[12]
Também nesse ano, foi demolida a passagem superior entre esta estação e Alcântara-Mar; esta medida, proposta em 2007 devido ao avançado grau de degradação da estrutura[13], foi apoiada pelos moradores locais, que consideravam a estrutura como uma obstrucção visual.[14]
Em Dezembro de 2009, a passagem pedonal inferior entre a estação de Alcântara-Terra e a zona das docas foi temporariamente encerrada devido a uma inundação.[15]
Previa-se, em 2010, a realização de alterações estruturais nesta interface, no âmbito do programa NovAlcântara; entre estas modificações, incluía-se a construção de uma interface subterrânea com ligação à Linha de Cascais, por forma a permitir serviços contínuos entre as estações de Cascais, Entrecampos[16], e a Gare do Oriente, em coordenação com os serviços ferroviários de alta velocidade.[11]
Transportes Urbanos em Alcântara-Terra
Autocarros e Eléctricos da Carris:
- 712 Alcântara Mar - Santa Apolónia, via Marquês de Pombal
- 713 Estação de Campolide - Arco do Cego, via Estrela
- 714 Praça da Figueira - Outurela, via Janelas Verdes
- 727 Restelo - Estação Roma-Areeiro, via São Bento
- 742 Ajuda - Bairro Madre Deus, via Arco Cego
- 751 Estação de Campolide - Linda-a-Velha, via Belém
- 756 Centro de Congressos (Junqueira) - Olaias, via Praça de Espanha
- 773 Alcântara - Largo do Rato, via Lapa e São Bento
Perto da estação, com paragens na Avenida 24 de Julho:
- 15 Praça da Figueira - Algés, via Belém
- 18 Cais do Sodré - Ajuda, via Alto de Santo Amaro
- 201 Cais do Sodré - Linda-a-Velha, via Junqueira
- 720 Calvário - Picheleira, via Marquês de Pombal
- 732 Caselas - Marquês de Pombal, via Cais do Sodré
- 738 Alto de Santo Amaro - Quinta dos Barros, via Hosp. Santa Maria
- 760 Gomes Freire - Ajuda, via Alto de Santo Amaro e Restelo
A rede de comboios Urbanos CP Lisboa serve as seguintes estações no seu percurso:
- Dentro de Lisboa:
- Fora de Lisboa
- No concelho de Loures
- No concelho de Vila Franca de Xira
Ver também
Referências
- ↑ «Ficha de Estação: Alcântara-Terra». Comboios de Portugal. Consultado em 20 de Novembro de 2011
- ↑ «Directório da Rede 2012». Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. 80 páginas
- ↑ CRUZ-FILIPE, Luís (9 de Outubro de 2008). «A passagem de Alcântara». Divagações sobre tudo e sobre nada. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ a b c d AFONSO, Carlos (Julho de 2004). «Lisboa sobre Carris». SINTRA GARE - Comboios e Estações de Caminhos de Ferro em Portugal. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ «Aventuras na estação de Alcântara». LVSITANO. 22 de Setembro de 2009. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682): 61, 62
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (352). 16 páginas. 16 de Agosto de 1902. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 39 (925). 16 páginas. 1 de Julho de 1926. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 49 páginas. 16 de Janeiro de 1934. Consultado em 1 de Maio de 2012
- ↑ «Linha de Sintra assinala 120 anos com viagem histórica em primeiro comboio eléctrico». Sol. 18 de Janeiro de 2008. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ a b c «Alcântara: Carmona critica Governo». TVI 24. 28 de Abril de 2008. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ CAETANO, Filipe (26 de Maio de 2008). «Dê nova vida ao computador no Banco de Equipamentos». IOL Diário. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ «Equipa de Carmona propõe demolição de passagem superior em Alcântara». Destak. 02 de Outubro de 2007. Consultado em 16 de Maio de 2010 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ ««Lisboa é das pessoas, mais contentores não!»». IOL Diário. 27 de Outubro de 2008. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ «Passagem inferior de peões em Alcântara cortada por inundação». TSF Rádio Notícias. 22 de Dezembro de 2009. Consultado em 16 de Maio de 2010
- ↑ «Terminal de Contentores de Alcântara: O que vai mudar». Porto de Lisboa. Consultado em 16 de Maio de 2010 [ligação inativa]