Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil: diferenças entre revisões

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A '''Região geoeconômica Centro-Sul''' abrange os [[Unidades federativas do Brasil|estado]]s das [[Regiões do Brasil|regiões]] [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] [[brasil]]eiros (com exceção do norte de [[Minas Gerais]]), além dos estados de [[Mato Grosso do Sul]], [[Goiás]], sul do [[Tocantins]] e do [[Mato Grosso]], e o [[Distrito Federal]]. Compreende aproximadamente 2,2 milhões de km² (cerca de 25% do território brasileiro).
A '''Região geoeconômica Centro-cuzinho''' abrange os [[Unidades federativas do Brasil|estado]]s das [[Regiões do Brasil|regiões]] [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] [[brasil]]eiros (com exceção do norte de [[Minas Gerais]]), além dos estados de [[Mato Grosso do Sul]], [[Goiás]], sul do [[Tocantins]] e do [[Mato Grosso]], e o [[Distrito Federal]]. Compreende aproximadamente 2,2 milhões de km² (cerca de 25% do território brasileiro).


== Geografia ==
== Geografia ==

Revisão das 18h33min de 15 de setembro de 2009

 Nota: Se procura a região de Belo Horizonte, veja Centro-Sul (região de Belo Horizonte).
Região geoeconômica Centro-Sul

A Região geoeconômica Centro-cuzinho abrange os estados das regiões Sul e Sudeste brasileiros (com exceção do norte de Minas Gerais), além dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, sul do Tocantins e do Mato Grosso, e o Distrito Federal. Compreende aproximadamente 2,2 milhões de km² (cerca de 25% do território brasileiro).

Geografia

Relevo

Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais.

No extremo leste encontra-se um conjunto de terrenos elevados que são chamados de planaltos e serras do Atlântico-leste-sudeste. No litoral encontram-se as escarpas, que são terrenos acima de 1000 metros de altura, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira.

Na porção central localizam-se terras de baixas e médias altitudes, classificadas como planaltos e chapadas da bacia do Paraná. Essas áreas sofreram intensos derrames vulcânicos nas eras anteriores dando origem a um solo extremamente fértil.

Clima

Ficheiro:Neve santa catarina.jpg
Neve no Planalto Serrano de Santa Catarina.

Essa região é caracterizada por um clima diferente, mas apenas três climas predominam em grande parte dos estados, sendo o clima subtropical, localizado em toda Região Sul e em parte do estado de São Paulo, o clima tropical, predominante na maior parte do Centro-Sul e o clima tropical de altitude, predominante em áreas serranas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Possui as quatro estações bem definidas, com invernos frios e secos e verões quentes e chuvosos. A temperatura supera os 30°C no verão e raramente caem para menos de 18°C. No inverno, a temperatura mínima no sul pode ser inferior a 10°C, principalmente em São Joaquim e região, na Serra Gaúcha (Gramado e Canela) e até em Curitiba.

No mês de Agosto (principalmente no final), uma massa de ar quente e seco predomina na região Sul e sudeste, o que faz o clima ser quente(podendo superar os 30°C até na região sul) e seco (chove menos de 40 mm nesse período).

O clima é bastante diversificado. Na região de Minas Gerais existe um clima mais quente por ser mais próximo da Linha do Equador e a medida que a latitude aumenta, em direção ao sul, as temperaturas baixam.

Hidrografia

Cataratas do Iguaçu, à esquerda, o Brasil; à direita, a Argentina e, no centro, a Garganta do Diabo.

Nessa região estão localizadas muitas das bacias hidrográficas mais importantes do Brasil, destacando a Bacia do rio Paraná, a Bacia do rio Paraguai, a Bacia do rio Uruguai e a Bacia do Tocantins.

Nessa região também se encontra a nascente do rio São Francisco, bem como alguns afluentes que compõe a sua bacia hidrográfica.

Em São José dos Pinhais - PR há a nascente do Rio Iguaçu, um rio muito importante para a região, pois fornece água para os agricultores e na divisa com a Argentina vai para as Cataratas do Iguaçu, o que faz surgir vários turistas.

Vegetação

A Região Centro-Sul possui vários ecossistemas diferentes. Se destacam a Mata Atlântica , onde possui alguns pequenos trechos preservados onde se preservam espécies de animais e vegetais em risco de extinção .

Outro ecossistema que se destaca é o Cerrado localizado em Goiás, Mato Grosso, parte de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e parte do centro-norte de São Paulo, caracterizado pelas árvores retorcidas com raízes profundas, caule muito duro e com folhas que secam no inverno.

No Paraná se destaca a Mata de Araucárias, que têm como característica árvores muito grandes que resistem ao frio da região e que produzem a sua semente conhecida como pinhão, que é usada nas festas tradicionais e muito apreciada no exterior.

Na região Centro-oeste tem a formação do campo limpo;campo sujo;campo cerrado;cerrado típico; e cerradão.

Demografia

População

A Região Centro-Sul é a de maior PIB e possui o maior número de habitantes do país, chegando a mais de 110 milhões de habitantes e tendo uma densidade superior a 20 hab/km². Essa região contrasta com partes que possuem pequena densidade como o interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que chegam de 3 a 5 hab/km².

Grupos étnicos

Ficheiro:Pomerodee.jpg
Na imagem, Pomerode, a cidade mais alemã do Brasil.

Assim como em todo o Brasil, ocorreu forte miscigenação entre os indígenas, portugueses e africanos. Os índios que habitavam a região possuíam distintos aspectos culturais, como é o caso dos carijós, conhecidos pelos portugueses por serem pacíficos e abertos à catequese ou os aimoré (ou botocudos), que causaram terror aos colonizadores por atacarem e destruírem vilas inteiras.

No século XIX a imigração européia e asiática passou a ser incentivada. Os alemães começaram a chegar a partir de 1818, os italianos em 1875, os espanhóis em 1880, os sírios, libaneses e japoneses no início do século XX. Italianos e portugueses formaram a maioria dessa massa de imigrantes, pois a escravidão estava abolida e precisava-se de trabalhadores para abraçar as plantações de café e as nascentes indústrias brasileiras.

Os alemães estabeleceram-se principalmente no norte de Santa Catarina, na região metropolitana de Curitiba, norte e oeste do Paraná, no Vale do rio Itajaí e no vale do rio dos Sinos no Rio Grande do Sul, e na região serrana do Espírito Santo.

Migrações

A região é o principal destino dos migrantes nacionais e internacionais no Brasil. A maior parte do fluxo vem do Nordeste do Brasil, por vários motivos, como terras a preços mais acessíveis, a expansão agrícola, boas estradas e oportunidades de progresso relativamente rápido são fatores responsáveis por essa atração.

Distribuição populacional

Ficheiro:Bhcity2.jpg
Belo Horizonte, 6ª cidade mais populosa, e 3ª maior região metropolitana do Brasil.

Na região se concentram as três maiores regiões metropolitanas do país, São Paulo, com cerca de 20 milhões de habitantes, Rio de Janeiro, com mais de 11 milhões de habitantes e Belo Horizonte, com cerca de 5 milhões de habitantes. Outras regiões altamente populosas são o Sul, notadamente entre as regiões metropolitanas de Porto Alegre e Curitiba, passando pelas regiões metropolitanas do litoral catarinense, onde residem cerca de 9 milhões de habitantes; e a área entre Brasília e Região Metropolitana de Goiânia, com aproximadamente de 6 milhões de habitantes. Também merece destaque as regiões metropolitanas de Santos e Campinas e de Vitória, o Vale do Paraíba, o eixo rodoviário entre Campinas em São Paulo e o Vale do Aço e Uberlândia, em Minas Gerais. Estas áreas correspondem também às porções mais industrializadas do Brasil. Já os trechos menos populosos localizam-se na Campanha Gaúcha, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e interior de Minas Gerais, pois a atividade econômica dominante dessas regiões é a pecuária extensiva, que emprega pouca mão-de-obra.

Economia

Esta região possui a economia mais diversificada do país, produzindo a maior parte do produto interno bruto brasileiro. A base da sua economia é a agricultura de exportação e a indústria.

Indústria

As indústrias metal-mecânica, álcool e açúcar, têxtil, automobilística e de aviação; os setores de serviços e financeiro; e o cultivo de laranja, cana de açúcar e café formam a base de uma economia invejável a muitos países. Além disso, oferece boa infra-estrutura para investimentos, devido as boas condições das rodovias.

Mineração

O subsolo da região é muito rico em minerais, em função da existência de um embasamento cristalino muito antigo. São explorados fosfato, mármore, areia, argila, calcário, caulim, dolomita e talco, além de outras menores (baritina, cálcio). Possui grandes reservas de carvão e xisto e é também a região brasileira que mais produz petróleo e gás natural. Quanto aos minerais metálicos, são explorados ferro, manganês, magnésio, zinco, titânio, nióbio, cobre, níquel, amianto e cromo, além de minerais radioativos como o urânio. É a região mais rica em ouro e pedras preciosas e semi-preciosas como diamante, esmeralda, água-marinha, granada, entre outras...

Culinária

A culinária é diversificada; pode-se citar o churrasco no Rio Grande do Sul, a feijoada no Rio de Janeiro, o barreado e o carneiro no buraco no Paraná, o arroz com pequi em Goiás, a torta e a moqueca capixaba, muito apreciadas no Espírito Santo.

Além de pratos originais, muitas vezes a influência da imigração se faz presente de maneira marcante. Alguns exemplos e as respectivas regiões onde são mais visíveis são: a culinária alemã no interior de Santa Catarina; italiana e holandesa no leste do Paraná. Tais influências não se restringem somente à gastronomia, contribuindo para enriquecer outros aspectos culturais da região.

Por fim, a cidade de São Paulo é altamente cosmopolita, onde é possível encontrar uma grande diversidade de pratos de diversas regiões do mundo. A cidade também é a capital brasileira da pizza, sendo a segunda maior consumidora do prato no mundo, ficando atrás somente de Nova Iorque.

Cultura

Ficheiro:Comissao-imperatriz-99.jpg
Apresentação da comissão de frente de uma escola de samba do Rio de Janeiro.

As manifestações mais comuns no país são a música e a dança.

De uma maneira geral, no caso da música encontrada no sul pode-se citar inicialmente o samba no Rio de Janeiro e a música sertaneja em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Entre as danças tem-se a catira em Goiás e a vaquejada em Minas Gerais.

Algumas festas populares ultrapassam a noção de simples evento no calendário de uma cidade. Pode-se dizer que enquadram-se nesse caso:

  • a Oktoberfest de Blumenau, com uma história extraordinária (nascida de uma catástrofe para congregar a população da cidade);
  • a Festa da Uva em Caxias do Sul, iniciada em 1931 e associada à viticultura.

Um traço característico forte vem do encontro dos países vizinhos (platinos) - Argentina, Uruguai e Paraguai, que deu origem a uma variedade de tradições conhecidas como gaúchas. São praticadas principalmente na região que se estende do Rio Grande do Sul ao Paraná e cultivadas em associações. O churrasco e o chimarrão, mais do que gastronomia, são essencialmente atos de vida social. No extremo sul do país é comum que se associe ao churrasco a música e dança típicas.

A dança gaúcha tem uma elegância semelhante ao samba de salão, praticado no Rio de Janeiro nos anos 50-60. Diferente do fenômeno de danças de moda ou de estação, de vida curta (e, freqüentemente vulgares), a dança gaúcha se destaca pela consistência: os gestos e coreografias são marcadamente característicos. Entre elas tem-se o vanerão, o bugio e a milonga. São também bastante peculiares:

  • chula, um desafio entre dois dançarinos, onde um busca executar passos mais complexos que o outro; e
  • dança de facões, que, além de utilizar esse objeto, seria uma referência ao seu uso pelos desbravadores.

Ver também