Levante dos Boxers
Guerra dos Boxers | |||
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![]() A captura do portão sul de Tianjin |
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Data | 2 de Novembro de 1899 a 7 de Setembro de 1901 | ||
Local | China | ||
Desfecho | Vitória da Aliança | ||
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O Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yihetuan (义和团运动 Yihetuan yundong), foi um movimento popular antiocidental e anticristão na China.
A sociedade secreta dos Yihequan 义和拳Punhos Harmoniosos e Justiceiros (Righteous and Harmonious Fists), que se opunha à expansão estrangeira, sustentava que com treino adequado, incluindo o ritual do boxe chinês (Suai Jiao), os seus membros poderiam vencer os ocidentais, que usavam armas de fogo.
História[editar | editar código-fonte]
No final do Século XIX havia uma grande frustração popular na China que, em 1898, veio a tona por meio da Rebelião dos Boxers, eram chineses praticantes de artes marciais, que acreditavam que teriam uma imunidade mágicas às balas estrangeiras. Os boxers se empenharam em uma violenta campanha contra os estrangeiros, atacando diplomatas, cristãos, estradas de ferro, linhas telegráficas e escolas ocidentais[1].
O movimento começou na província de Shandong e teve suas raízes na pobreza rural e no desemprego, cuja responsabilidade era atribuída às importações do Ocidente. Impelidos em direção ao oeste, os missionários, chineses e cristãos, além daqueles que possuíam bens estrangeiros, foram atacados também. O movimento foi apoiado pela imperatriz Cixi (Tseu-Hi) e alguns governadores de províncias.
Em 17 de junho de 1900 os boxers cercaram as legações diplomáticas estrangeiras em Beijing por dois meses.
No auge da revolta, em agosto de 1900, tinham sido mortos mais de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos por um número desconhecido de rebeldes e simpatizantes. Para sufocar a rebelião, organizou-se uma força internacional colonialista (Aliança das Oito Nações), composta de 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses, alemães, do Império Austro-Húngaro e italianos, que foi enviada para ocupar a sede imperial, onde penetrou a 14 de Agosto de 1900, rendendo, ocupando e saqueando a capital.
As forças estrangeiras impuseram pesadas indenizações em dinheiro, além de maiores direitos sobre a China[1].
A monarquia salvou-se aceitando a liquidação das sociedades secretas, o pagamento de uma indenização de guerra.
Depois dessa aberta e brutal intervenção militar, o outrora orgulhoso Império Celestial definitivamente tornou-se a "colônia de todas as metrópoles". Para infamar ainda mais as autoridades do império, os colonialistas obrigaram a que fossem chineses os carrascos que executaram as sentenças de morte dos principais líderes da rebelião. O levante fez com que aumentasse a interferência estrangeira na China.
Na cultura popular[editar | editar código-fonte]
Cinema[editar | editar código-fonte]
- 55 dias em Pequim (1963)
Ver também[editar | editar código-fonte]
- ↑ a b KISSINGER, Henry, Sobre a China, p. 98