Brancos: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertidas edições por 186.212.117.223 para a última versão por Luckas-bot
Linha 1: Linha 1:
{{Ver desambig|os membros do Exército Branco|Exército Branco}}
{{Ver desambig|os membros do Exército Branco|Exército Branco}}
{{Raça}}
{{Raça}}
'''Brancos''' ou '''caucasianos''' são termos que geralmente se referem aos [[seres humanos]] caracterizados, em certo grau, pela [[Cor da pele humana|cor clara de sua pele]]. Em vez de uma simples descrição da cor da pele, o termo ''"branco"'' funciona como uma terminologia [[Raças humanas|racial]], muitas vezes referindo-se restritamente às pessoas que reivindicam ascendência exclusivamente [[Europa|europeia]].
'''Brancos''' ou '''[[Raça caucasiana|caucasianos]]''' são termos que geralmente se referem aos [[seres humanos]] caracterizados, em certo grau, pela [[Cor da pele humana|cor clara de sua pele]]. Em vez de uma simples descrição da cor da pele, o termo ''"branco"'' funciona como uma terminologia [[Raças humanas|racial]], muitas vezes referindo-se restritamente às pessoas que reivindicam ascendência exclusivamente [[Europa|europeia]].


A definição de uma "pessoa branca" difere de acordo com o contexto geográfico e histórico, várias [[Constructo social|construções sociais]] de ''brancura'' tiveram implicações em termos de identidade nacional, consanguinidade, ordem pública, [[religião]], [[Censo demográfico|estatísticas demográficas]], [[segregação racial]]/[[ação afirmativa]], [[eugenia]], [[marginalização]] racial e [[Sistema de cotas|cotas raciais]]. O conceito tem sido aplicado com diferentes graus de formalidade e de consistência interna em disciplinas como: [[sociologia]], [[política]], [[genética]], [[biologia]], [[medicina]], [[biomedicina]], [[linguagem]], [[cultura]] e [[direito]].
A definição de uma "pessoa branca" difere de acordo com o contexto geográfico e histórico, várias [[Constructo social|construções sociais]] de ''brancura'' tiveram implicações em termos de identidade nacional, consanguinidade, ordem pública, [[religião]], [[Censo demográfico|estatísticas demográficas]], [[segregação racial]]/[[ação afirmativa]], [[eugenia]], [[marginalização]] racial e [[Sistema de cotas|cotas raciais]]. O conceito tem sido aplicado com diferentes graus de formalidade e de consistência interna em disciplinas como: [[sociologia]], [[política]], [[genética]], [[biologia]], [[medicina]], [[biomedicina]], [[linguagem]], [[cultura]] e [[direito]].
Linha 7: Linha 7:
Uma definição comum de uma pessoa "branca" é uma pessoa principalmente, ou totalmente, de [[ascendência]] europeia.<ref name="bonnet2">Bonnett, Alastair (2000) ''White Identities''. Pearson Education. ISBN 058235627X</ref> No entanto, o termo é usado às vezes de forma mais ampla, de modo que se torna semelhante ao conceito da raça branca ou de pessoas caucasóides, que incluem as pessoas com ascendência do [[Oriente Médio]], [[Norte da África]] e partes da [[Ásia Central]] e [[Ásia meridional|Meridional]], que compartilham certas características fisiológicas e genéticas com os [[Europa|europeus]], além da cor da pele.
Uma definição comum de uma pessoa "branca" é uma pessoa principalmente, ou totalmente, de [[ascendência]] europeia.<ref name="bonnet2">Bonnett, Alastair (2000) ''White Identities''. Pearson Education. ISBN 058235627X</ref> No entanto, o termo é usado às vezes de forma mais ampla, de modo que se torna semelhante ao conceito da raça branca ou de pessoas caucasóides, que incluem as pessoas com ascendência do [[Oriente Médio]], [[Norte da África]] e partes da [[Ásia Central]] e [[Ásia meridional|Meridional]], que compartilham certas características fisiológicas e genéticas com os [[Europa|europeus]], além da cor da pele.


== Pele branca ==
== Etimologia do termo caucasiano ==
{{Artigo principal|Cor da pele humana}}
[[Ficheiro:Blumenbach beautiful Georgian skull.png|left|thumb|150px|Famoso exemplar de crânio [[Geórgia|georgiano]] que Blumenbach descobriu em [[1795]], com o qual hipotetizou a origem dos europeus como sendo provenientes do [[Cáucaso]].]]

O termo surgiu de antigos estudos feitos por estudiosos da [[craniologia]], que consideraram que os crânios de pessoas que viviam no Cáucaso eram iguais (metricamente) aos de [[europeus]], povos [[África do Norte|norte-africanos]] nativos (como os [[cabilas]]), alguns povos do [[subcontinente indiano]] e da [[Ásia Ocidental]].<ref>[http://www.askoxford.com/concise_oed/caucasian?view=uk]</ref> O termo "raça caucasiana" foi criado pelo filósofo [[Christoph Meiners]] no [[século XVIII]], mas só se popularizou no [[século XIX]], com o nome de "''Varietas Caucasia''" pelo cientista e naturalista alemão [[Johann Friedrich Blumenbach]], que pegou emprestado o termo de Meiners.<ref>[http://www.english.upenn.edu/Projects/knarf/People/blumen.html Universidade da Pennsylvania]</ref> Blumenbach definiu esta classificação racial baseando-se nas feições do crânio de povos [[caucasianos]], similares as encontradas nos povos europeus.<ref name=Blumenbach>Johann Friedrich Blumenbach, The anthropological treatises of Johann Friedrich Blumenbach, 1865. November 2, 2006. [http://www.as.ua.edu/ant/bindon/ant275/reader/blumenbach.PDF]</ref> Da similaridade do crânio, Blumenbach formou a teoria de que as feições comuns a todos os europeus teriam surgido no Cáucaso.
Pessoas brancas são [[Arquétipo|arquetipicamente]] distinguidas pela pele clara. Os [[europeus]] têm a pele mais clara (como medido pela média de reflectância da pele da população lida pelo [[espectrofotômetro]] a A<sub>685</sub>) do que qualquer outro grupo racial analisado. Europeus do sul (medidas tomadas a partir de [[espanhóis]]) mostram uma pigmentação da pele em partes do corpo não expostas ao sol semelhante ao de europeus do norte e, em alguns casos, ainda mais leve.<ref name="jablonski">NG, Chaplin G. 2000 [http://www.bgsu.edu/departments/chem/faculty/leontis/chem447/PDF_files/Jablonski_skin_color_2000.pdf The evolution of skin coloration], p. 19.</ref> Apesar de todos os valores médios de reflectância de pele em populações não-europeias serem mais baixos do que os dos europeus para os grupos representados neste estudo, há uma considerável sobreposição entre as populações.<ref>American Anthropological Association, "[http://www.understandingrace.org/humvar/spectrum.html The Human Spectrum]", ''Race: Are we so different?'' website.</ref> A [[epiderme]] de pessoas com pele clara não é branca e nem livre de [[pigmento]]. As camadas subjacentes de [[colágeno]] e [[tecido adiposo]] são brancas em pessoas de todas as raças. Em pessoas levemente pigmentadas, a epiderme é uma camada quase transparente. Consequentemente, a epiderme permite que os tecidos subjacentes brancos se tornem visíveis.<ref>[http://www.siumed.edu/~dking2/intro/skin.htm#appearance Introduction to Skin Histology]</ref> Os vasos sanguíneos entrelaçados entre o tecido adiposo produzem a cor rosa pálido associada com a pele clara. Pigmentos conhecidos como [[caroteno]]s, encontrados na [[gordura]], produzem um efeito mais amarelo. Em pessoas de pele mais escura a epiderme é repleta de [[melanossomo]]s que obscurecem as camadas subjacentes.<ref>[http://anthro.palomar.edu/adapt/adapt_4.htm Skin Color Adaptation]</ref><ref>[http://web.archive.org/web/20080612090848/http://www.pg.com/science/skincare/Skin_tws_28.htm Light and the 4 skin color components<!-- Bot generated title -->]</ref><ref>[http://web.archive.org/web/20080705210211/http://www.pg.com/science/skincare/Skin_tws_10.htm The 3 skin layers: epidermis, dermis, subcutaneous fat]</ref>

=== Origem ===

[[Ficheiro:Unlabeled Renatto Luschan Skin color map.png|thumb|350px|right|Distribuição da cor da pele de grupos étnicos indígenos, antes das [[Colonização|colonizações]], no mundo, baseado na [[escala cromática de Von Luschan]].]]

As principais hipóteses que tentam explicar a pele branca sugerem que ela foi uma [[adaptação]] inadequada à [[radiação ultravioleta]]. Como seres humanos migraram para fora dos [[trópicos]], um conspícuo gradiente de latitude de tons de [[Pele humana|pele]] seguiu a [[diáspora africana]], argumenta-se que a [[seleção natural]] para a penetração ultravioleta suficiente para permitir a produção de [[vitamina D]] deu origem à evolução da [[Cor da pele humana|pigmentação da pele]] pelo mecanismo da [[evolução]] por seleção natural. Efeitos deletérios da carência de vitamina D também são apontados como confirmação de que clareamento da pele foi uma resposta à forte pressão da seleção natural para maximizar a vitamina D.<ref name="Cite pmid|19481954">{{Cite pmid|19481954}}</ref><ref>{{Cite pmid|20445093}}</ref><ref>Vitamin D: In the evolution of human skin color, A.W.C. Yuena, N.G. Jablonski doi:10.1016/j.mehy.2009.08.007</ref> Uma variação do argumento da vitamina D é de que os [[seres humanos]] viveram na [[Europa]] durante milhares de anos sem o clareamento da pele e que só se tornaram brancos depois que eles adotaram [[agricultura]].<ref name="Cite pmid|19481954"/><ref>[http://www.sciencemag.org/cgi/content/summary/316/5823/364a AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICAL ANTHROPOLOGISTS MEETING: European Skin Turned Pale Only Recently, Gene Suggests] Science 20 April 2007:
Vol. 316. no. 5823, p. 364
DOI: 10.1126/science.316.5823.364a
</ref> Sugere-se que na Europa a latitude permitia uma síntese suficiente de vitamina D combinada com a [[caça]] para a saúde, apenas quando a agricultura foi adotada houve uma necessidade de mutação para uma pele mais clara para maximizar a síntese de vitamina D, portanto, sugere-se a eliminação da carne proveniente da caça, [[pesca]] e algumas plantas da dieta resultou na pele branca, milhares de anos depois dos assentamentos humanos modernos na Europa.<ref name="backintyme.com">Frank W Sweet [http://backintyme.com/essays/item/4 The Paleo-Etiology of Human Skin Tone]</ref><ref>R. Khan, B.S. Razib Khan [http://www.medical-hypotheses.com/article/S0306-9877(10)00159-3/abstract Diet, disease and pigment variation in humans] Volume 75, Issue 4, Pages 363-367 (October 2010)</ref>

A [[Cor da pele humana|cor da pele]] é uma característica quantitativa que varia continuamente em um gradiente de escuro para claro, pois é uma característica [[poligênica]], sob a influência de vários [[gene]]s. KITLG<ref>{{citation | last=Miller|first=et al.|title=Cis-regulatory changes in Kit ligand expression and parallel evolution of pigmentation in sticklebacks and humans|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/ppmc/articles/PMC2900316/|year=2007}}</ref> e ASIP<ref name=Valenzuela>{{citation |last=Valenzuela |first=et al. |title=Predicting Phenotype from Genotype: Normal Pigmentation | url=http://www.hmc.psu.edu/pathology/residency/experimental/cheng%20pdf%20files/JForensicSci55-2010.pdf |year=2010 }}</ref> foram apontados como os responsáveis ​​pela variação da cor da pele entre os [[Negros|africanos subsaarianos]] e em populações não-africanas. SLC45A2,<ref name="Norton2006">{{citation |last1=Norton| first1=H.L. |last2=Hammer| first2=M.F.|year=2006|title=Sequence variation in the pigmentation candidate gene SLC24A5 and evidence for independent evolution of light skin in European and East Asian populations.|url=http://mbe.oxfordjournals.org/content/24/3/710.full|journal=Program of the 77th Annual Meeting of the American Association of Physical Anthropologists|page=179}}</ref> [[Tirosinase|TYR]]<ref name=Stokowski2007>{{citation |pmc=2276347 | title=A Genomewide Association Study of Skin Pigmentation in a South Asian Population | last=Stokowski |first=et al. |year=2007 }}</ref> e SLC24A5<ref name="pmid18166528">{{cite journal | author = Ginger RS, Askew SE, Ogborne RM, Wilson S, Ferdinando D, Dadd T, Smith AM, Kazi S, Szerencsei RT, Winkfein RJ, Schnetkamp PP, Green MR | title = SLC24A5 encodes a trans-Golgi network protein with potassium-dependent sodium-calcium exchange activity that regulates human epidermal melanogenesis | journal = J. Biol. Chem. | volume = 283 | issue = 9 | pages = 5486–95 | year = 2008 | month = February | pmid = 18166528 | doi = 10.1074/jbc.M707521200 | url = | issn = }}</ref> têm sido apontados como representantes de uma fração substancial da diferença em unidades de [[melanina]] entre [[europeus]] e [[africanos]], enquanto DCT,<ref>{{citation |first=S. |last=Miles |last2=et al.|pmid=16977434 |title=Identifying genes underlying skin pigmentation differences among human populations |year=2007}}</ref> [[MC1R]]<ref>{{citation |url=http://www.nature.com/cr/journal/v11/n1/full/7290070a.html |title=Melanocortin-1 receptor gene variants in four Chinese ethnic populations | last=Shi| first=et al.| year=2001 }}</ref> e ATRN<ref name=Norton2006 /> foram estatisticamente indicados como possíveis fontes das diferenças no tom de pele em populações do [[leste asiático]].

Um estudo de 2006 concluiu que a pigmentação clara em populações europeias e asiáticas evoluíram de forma independente uma da outra através de diferentes mecanismos genéticos, o que significa que a pele clara, provavelmente, surgiu algum tempo após a migração inicial para fora da África após a separação dos [[haplogrupo]]s [[Haplogrupo M (mtDNA)|M]] e [[Haplogrupo N (mtDNA)|N]] [[Haplogrupos de ADN mitocondrial humano|mtDNA]].<ref name="oxford1">Heather L. Norton, Rick A. Kittles, Esteban Parra, Paul McKeigue, Xianyun Mao, Keith Cheng, Victor A. Canfield, Daniel G. Bradley, Brian McEvoy and Mark D. Shriver (December 11, 2006) Genetic Evidence for the Convergent Evolution of Light Skin in Europeans and East Asians '''Oxford Journals''' [http://mbe.oxfordjournals.org/cgi/reprint/msl203v1.pdf]</ref> A mutação resultou na versão de pele clara do [[gene]] ''SLC24A5'', que estima-se que se originou na [[Europa]] entre 6.000 e 12.000 anos atrás, indicando que pelo menos um dos genes responsáveis ​​pela cor da pele pálida em europeus surgiu há relativamente pouco tempo.<ref>{{Cite journal|author=Gibbons A |title=American Association of Physical Anthropologists meeting. European skin turned pale only recently, gene suggests |journal=Science |volume=316 |issue=5823 |page=364 |year=2007 |pmid=17446367 |doi=10.1126/science.316.5823.364a}}</ref>

Mutações no [[gene]] [[MC1R]] foram apontadas como a causa das variações na cor do cabelo e nos tons de pele humanos, tais como o [[Rutilismo|cabelo vermelho]] e pele pálida. Estudos não mostraram evidências de seleção positiva para estes [[alelo]]s em seres humanos modernos e eles não parecem estar associados com a evolução da pele clara nas populações europeias atuais.<ref name="Norton2006" /><ref name="Shriver2003">{{citation |title=Skin pigmentation, biogeographical ancestry and admixture mapping |journal=Human Genetics |last1=Shriver |first1=Mark D. |first2=Esteban J. |last2=Parra |first3=Sonia |last3=Dios |first4=Carolina |last4=Bonilla |first5=Heather |last5=Norton |first6=Celina |last6=Jovel |first7=Carrie |last7=Pfaff |first8=Cecily |last8=Jones |first9=Aisha |last9=Massac |first10=Neil |last10=Cameron |first11=Archie |last11=Baron |first12=Tabitha |last12=Jackson |first13=George |last13=Argyropoulos |first14=Li |last14=Jin |first15=Clive J. |last15=Hoggart |first16=Paul M. |last16=McKeigue |first17=Rick A. |last17=Kittles |volume=112 |pages=387–399 |doi=10.1007/s00439-002-0896-y |year=2003 |url=http://backintyme.com/admixture/shriver01.pdf}}</ref>


== História ==
== História ==
Linha 16: Linha 32:


== Distribuição geográfica ==
== Distribuição geográfica ==

{{Info/Grupo étnico
|grupo = Brancos
|região1 = {{flagcountry|United States}}
|população1 = 229.773.131<ref>[http://factfinder.census.gov/servlet/DTTable?_bm=y&-ds_name=ACS_2009_1YR_G00_&-mt_name=ACS_2009_1YR_G2000_B02001&-CONTEXT=dt&-redoLog=true&-geo_id=01000US&-format=&-_lang=en&-SubjectID=15233308 White Americans self-identification: 2009 American Community Survey 1-Year Estimates]</ref>
|região2 = {{flagcountry|Russia}}
|população2 = 125.000.000<ref>[http://www.perepis2002.ru/index.html?id=87 www.perepis2002.ru]</ref>
|região3 = {{flagcountry|Brazil}}
|população3 = 92.000.000<ref>[http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=262&i=P&nome=on&notarodape=on&tab=262&unit=0&pov=1&opc1=1&poc2=1&OpcTipoNivt=1&opn1=2&nivt=0&orc86=3&poc1=1&orp=6&qtu3=27&opv=1&poc86=2&sec1=0&opc2=1&pop=3&opn2=0&orv=2&orc2=5&qtu2=5&sev=93&opc86=1&sec2=0&opp=1&opn3=0&sec86=0&sec86=2776&sec86=2777&sec86=2779&sec86=2778&sec86=2780&sec86=2781&ascendente=on&sep=43344&sep=39683&sep=34886&orn=1&qtu7=9&orc1=4&qtu1=1&cabec=on&pon=1&OpcCara=44&proc=1&opn7=0&decm=99 2008 Brazilian population.]</ref>
|região4 = {{flagcountry|Germany}}
|população4 = 81.000.000<ref>[http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2046121,00.html www.dw-world.de] {{or}}</ref>
|região5 = {{flagcountry|Italy}}
|população5 = 56.000.000<ref>[http://en.istat.it/ en.istat.it/] {{or|date=March 2011}}</ref>
}}

Definições de cor branca têm mudado ao longo dos anos, incluindo as definições oficiais utilizadas em muitos [[país]]es, como [[Estados Unidos]] e [[Brasil]].<ref name="Dealing with Diversity">{{Cite book| last =Adams | first =J.Q. | authorlink = | coauthors =Pearlie Strother-Adams | year =2001 | title =Dealing with Diversity | publisher =Kendall/Hunt Publishing Company | location =Chicago, IL |isbn = 0-7872-8145-X}}</ref> Algumas pessoas desafiam os regulamentos oficiais, muitas delas tornando-se pessoas brancas, de forma temporária ou permanentemente, através de seu status sócio-econômico. Através de meados do [[século XX]], muitos países desenvolveram normas formais e legais ou procedimentos que definem as categorias raciais (ver: ''[[apartheid]]'' e [[hipodescendência]]). No entanto, desde o surgimento de críticas de [[racismo]] e de argumentos científicos contra a existência de [[raças humanas]], uma tendência para a auto-identificação do status racial surgiu.

Os locais que possuem população predominantemente branca são as regiões da [[Europa]] (95%), [[Rússia]] (90%), [[África do Norte]], [[Oriente Médio]]; e países como [[Estados Unidos]]<ref name=b02001>U.S. Census Bureau; [http://factfinder.census.gov/servlet/DTTable?_bm=y&-ds_name=ACS_2008_1YR_G00_&-CONTEXT=dt&-mt_name=ACS_2008_1YR_G2000_B02001&-redoLog=true&-geo_id=01000US&-format=&-_lang=en&-SubjectID=15233308]; Data Set: 2008 American Community Survey 1-Year Estimates; Survey: American Community Survey. Retrieved 2009-11-07</ref> (75%), [[Canadá]] (80%), [[Austrália]] (92%),<ref name= "CIA">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/as.html - The World Factbook;]</ref> [[Nova Zelandia]] (70%),<ref name="CIA"/> e a porção meridional da [[América do Sul]]: [[Brasil]]<ref name="PNAD 2007">{{Cita web |título=PNAD |fecha=2007 |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2006/indic_sociais2006.pdf |idioma=Portuguese |fechaacceso=20-06-2007 }}</ref> (49%), [[Argentina]] <ref name=autogenerated1>[http://www.worldstatesmen.org/Argentina.html Argentina]</ref> (86%), [[Uruguai]]<ref name=enha_asc>{{cita web |título=Extended National Household Survey, 2006: Ancestry |idioma=Spanish |formato=pdf |editorial=National Institute of Statistics |url=http://www.ine.gub.uy/enha2006/flash/Flash%20Ascendencia.pdf}}</ref> (85%) e [[Chile]]<ref name="Lizcano-CR">{{cita web |url=http://convergencia.uaemex.mx/rev38/38pdf/LIZCANO.pdf |título=Composición Étnica de las Tres Áreas Culturales del Continente Americano al Comienzo del Siglo XXI |formato=[[PDF]] |page=218}}</ref> (52%). Também há populações consideráveis na [[África do Sul]] (9%), na [[Índia]] e outros países na [[América Latina]], como [[Costa Rica]] (77%)<ref>[http://www.worldstatesmen.org/Costa_Rica.html Costa Rica]</ref> e [[Porto Rico]]<ref name="Lizcano-CR"/> (74%).
Os locais que possuem população predominantemente branca são as regiões da [[Europa]] (95%), [[Rússia]] (90%), [[África do Norte]], [[Oriente Médio]]; e países como [[Estados Unidos]]<ref name=b02001>U.S. Census Bureau; [http://factfinder.census.gov/servlet/DTTable?_bm=y&-ds_name=ACS_2008_1YR_G00_&-CONTEXT=dt&-mt_name=ACS_2008_1YR_G2000_B02001&-redoLog=true&-geo_id=01000US&-format=&-_lang=en&-SubjectID=15233308]; Data Set: 2008 American Community Survey 1-Year Estimates; Survey: American Community Survey. Retrieved 2009-11-07</ref> (75%), [[Canadá]] (80%), [[Austrália]] (92%),<ref name= "CIA">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/as.html - The World Factbook;]</ref> [[Nova Zelandia]] (70%),<ref name="CIA"/> e a porção meridional da [[América do Sul]]: [[Brasil]]<ref name="PNAD 2007">{{Cita web |título=PNAD |fecha=2007 |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2006/indic_sociais2006.pdf |idioma=Portuguese |fechaacceso=20-06-2007 }}</ref> (49%), [[Argentina]] <ref name=autogenerated1>[http://www.worldstatesmen.org/Argentina.html Argentina]</ref> (86%), [[Uruguai]]<ref name=enha_asc>{{cita web |título=Extended National Household Survey, 2006: Ancestry |idioma=Spanish |formato=pdf |editorial=National Institute of Statistics |url=http://www.ine.gub.uy/enha2006/flash/Flash%20Ascendencia.pdf}}</ref> (85%) e [[Chile]]<ref name="Lizcano-CR">{{cita web |url=http://convergencia.uaemex.mx/rev38/38pdf/LIZCANO.pdf |título=Composición Étnica de las Tres Áreas Culturales del Continente Americano al Comienzo del Siglo XXI |formato=[[PDF]] |page=218}}</ref> (52%). Também há populações consideráveis na [[África do Sul]] (9%), na [[Índia]] e outros países na [[América Latina]], como [[Costa Rica]] (77%)<ref>[http://www.worldstatesmen.org/Costa_Rica.html Costa Rica]</ref> e [[Porto Rico]]<ref name="Lizcano-CR"/> (74%).


O conceito acerca da determinação de quem é ''branco'' ou não varia entre um país e outro. No Brasil por exemplo, as pessoas declaram-se ao censo do [[IBGE]] como quiserem.<ref name="dados do Estado">[http://www.latimes.com/news/opinion/sunday/commentary/la-oe-rodriguez3sep03,0,4524764.column?coll=la-sunday-commentary Brazil Separates Into Black and White], LA Times, September 3, 2006.</ref> De acordo com o último censo do [[IBGE]], aproximadamente metade da população brasileira (49%) se declara como branca.
O conceito acerca da determinação de quem é ''branco'' ou não varia entre um país e outro. No Brasil por exemplo, as pessoas declaram-se ao censo do [[IBGE]] como quiserem.<ref name="dados do Estado">[http://www.latimes.com/news/opinion/sunday/commentary/la-oe-rodriguez3sep03,0,4524764.column?coll=la-sunday-commentary Brazil Separates Into Black and White], LA Times, September 3, 2006.</ref> De acordo com o último censo do [[IBGE]], aproximadamente metade da população brasileira (49%) se declara como branca.


== Brancos no Brasil ==
=== Brasil ===
{{AP|[[Brasileiros brancos]]}}
{{AP|[[Brasileiros brancos]]}}

[[Ficheiro:Um casal de Viana (Portugal).jpg|thumb|180px|Os [[portugueses]] deixaram forte influência genética na população brasileira.]]
[[Ficheiro:Brazilian States by Race 2007.svg|thumb|esquerda|250px|{{legenda|#499008|{{ndash}} Estados com maioria da população [[Brasileiros brancos|branca]].}} {{legenda|#ff9900|{{ndash}} Estados com maioria da população [[Pardos|parda]].}}]]

Uma pesquisa realizada com mais de 34 milhões de brasileiros, dos quais quase vinte milhões se declaram brancos, perguntou a origem étnica dos participantes de cor ou raça branca. A maior parte apontou ''origem brasileira'' (45,53%). 15,72% apontou origem [[italianos|italiana]], 14,50% [[portugueses|portuguesa]], 6,42% [[espanha|espanhola]], 5,51% [[alemães|alemã]] e 12,32% outras origens, que incluem [[áfrica|africana]], [[indígena]], [[judeus|judaica]] e [[árabe]].<ref>http://br.monografias.com/trabalhos/fora-diversidade-identidades/fora-diversidade-identidades2.shtml#_Toc143094349</ref>
Uma pesquisa realizada com mais de 34 milhões de brasileiros, dos quais quase vinte milhões se declaram brancos, perguntou a origem étnica dos participantes de cor ou raça branca. A maior parte apontou ''origem brasileira'' (45,53%). 15,72% apontou origem [[italianos|italiana]], 14,50% [[portugueses|portuguesa]], 6,42% [[espanha|espanhola]], 5,51% [[alemães|alemã]] e 12,32% outras origens, que incluem [[áfrica|africana]], [[indígena]], [[judeus|judaica]] e [[árabe]].<ref>http://br.monografias.com/trabalhos/fora-diversidade-identidades/fora-diversidade-identidades2.shtml#_Toc143094349</ref>


Linha 36: Linha 71:


== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==
* [[Raça caucasiana]]
* [[Cor da pele humana]]
* [[Cor da pele humana]]
* [[Negro (pessoa)]]
* [[Negro (pessoa)]]

Revisão das 19h33min de 22 de setembro de 2011

 Nota: Para os membros do Exército Branco, veja Exército Branco.

Brancos ou caucasianos são termos que geralmente se referem aos seres humanos caracterizados, em certo grau, pela cor clara de sua pele. Em vez de uma simples descrição da cor da pele, o termo "branco" funciona como uma terminologia racial, muitas vezes referindo-se restritamente às pessoas que reivindicam ascendência exclusivamente europeia.

A definição de uma "pessoa branca" difere de acordo com o contexto geográfico e histórico, várias construções sociais de brancura tiveram implicações em termos de identidade nacional, consanguinidade, ordem pública, religião, estatísticas demográficas, segregação racial/ação afirmativa, eugenia, marginalização racial e cotas raciais. O conceito tem sido aplicado com diferentes graus de formalidade e de consistência interna em disciplinas como: sociologia, política, genética, biologia, medicina, biomedicina, linguagem, cultura e direito.

Uma definição comum de uma pessoa "branca" é uma pessoa principalmente, ou totalmente, de ascendência europeia.[1] No entanto, o termo é usado às vezes de forma mais ampla, de modo que se torna semelhante ao conceito da raça branca ou de pessoas caucasóides, que incluem as pessoas com ascendência do Oriente Médio, Norte da África e partes da Ásia Central e Meridional, que compartilham certas características fisiológicas e genéticas com os europeus, além da cor da pele.

Pele branca

Ver artigo principal: Cor da pele humana

Pessoas brancas são arquetipicamente distinguidas pela pele clara. Os europeus têm a pele mais clara (como medido pela média de reflectância da pele da população lida pelo espectrofotômetro a A685) do que qualquer outro grupo racial analisado. Europeus do sul (medidas tomadas a partir de espanhóis) mostram uma pigmentação da pele em partes do corpo não expostas ao sol semelhante ao de europeus do norte e, em alguns casos, ainda mais leve.[2] Apesar de todos os valores médios de reflectância de pele em populações não-europeias serem mais baixos do que os dos europeus para os grupos representados neste estudo, há uma considerável sobreposição entre as populações.[3] A epiderme de pessoas com pele clara não é branca e nem livre de pigmento. As camadas subjacentes de colágeno e tecido adiposo são brancas em pessoas de todas as raças. Em pessoas levemente pigmentadas, a epiderme é uma camada quase transparente. Consequentemente, a epiderme permite que os tecidos subjacentes brancos se tornem visíveis.[4] Os vasos sanguíneos entrelaçados entre o tecido adiposo produzem a cor rosa pálido associada com a pele clara. Pigmentos conhecidos como carotenos, encontrados na gordura, produzem um efeito mais amarelo. Em pessoas de pele mais escura a epiderme é repleta de melanossomos que obscurecem as camadas subjacentes.[5][6][7]

Origem

Distribuição da cor da pele de grupos étnicos indígenos, antes das colonizações, no mundo, baseado na escala cromática de Von Luschan.

As principais hipóteses que tentam explicar a pele branca sugerem que ela foi uma adaptação inadequada à radiação ultravioleta. Como seres humanos migraram para fora dos trópicos, um conspícuo gradiente de latitude de tons de pele seguiu a diáspora africana, argumenta-se que a seleção natural para a penetração ultravioleta suficiente para permitir a produção de vitamina D deu origem à evolução da pigmentação da pele pelo mecanismo da evolução por seleção natural. Efeitos deletérios da carência de vitamina D também são apontados como confirmação de que clareamento da pele foi uma resposta à forte pressão da seleção natural para maximizar a vitamina D.[8][9][10] Uma variação do argumento da vitamina D é de que os seres humanos viveram na Europa durante milhares de anos sem o clareamento da pele e que só se tornaram brancos depois que eles adotaram agricultura.[8][11] Sugere-se que na Europa a latitude permitia uma síntese suficiente de vitamina D combinada com a caça para a saúde, apenas quando a agricultura foi adotada houve uma necessidade de mutação para uma pele mais clara para maximizar a síntese de vitamina D, portanto, sugere-se a eliminação da carne proveniente da caça, pesca e algumas plantas da dieta resultou na pele branca, milhares de anos depois dos assentamentos humanos modernos na Europa.[12][13]

A cor da pele é uma característica quantitativa que varia continuamente em um gradiente de escuro para claro, pois é uma característica poligênica, sob a influência de vários genes. KITLG[14] e ASIP[15] foram apontados como os responsáveis ​​pela variação da cor da pele entre os africanos subsaarianos e em populações não-africanas. SLC45A2,[16] TYR[17] e SLC24A5[18] têm sido apontados como representantes de uma fração substancial da diferença em unidades de melanina entre europeus e africanos, enquanto DCT,[19] MC1R[20] e ATRN[16] foram estatisticamente indicados como possíveis fontes das diferenças no tom de pele em populações do leste asiático.

Um estudo de 2006 concluiu que a pigmentação clara em populações europeias e asiáticas evoluíram de forma independente uma da outra através de diferentes mecanismos genéticos, o que significa que a pele clara, provavelmente, surgiu algum tempo após a migração inicial para fora da África após a separação dos haplogrupos M e N mtDNA.[21] A mutação resultou na versão de pele clara do gene SLC24A5, que estima-se que se originou na Europa entre 6.000 e 12.000 anos atrás, indicando que pelo menos um dos genes responsáveis ​​pela cor da pele pálida em europeus surgiu há relativamente pouco tempo.[22]

Mutações no gene MC1R foram apontadas como a causa das variações na cor do cabelo e nos tons de pele humanos, tais como o cabelo vermelho e pele pálida. Estudos não mostraram evidências de seleção positiva para estes alelos em seres humanos modernos e eles não parecem estar associados com a evolução da pele clara nas populações europeias atuais.[16][23]

História

Através das grandes navegações e a expansão territorial europeia, os europeus tiveram contato com outros povos e o termo "branco" surgiu para definir os diferentes povos, tendo em vista a característica fenotípica mais evidente: a cor da pele. Como foram os europeus que cunharam essa definição, o termo acabou sendo mais relacionado com a Europa e toda a civilização ocidental.

Distribuição geográfica

Brancos
População total
Regiões com população significativa
 Estados Unidos 229.773.131[24]
 Rússia 125.000.000[25]
 Brasil 92.000.000[26]
 Alemanha 81.000.000[27]
 Itália 56.000.000[28]
Línguas
Religiões

Definições de cor branca têm mudado ao longo dos anos, incluindo as definições oficiais utilizadas em muitos países, como Estados Unidos e Brasil.[29] Algumas pessoas desafiam os regulamentos oficiais, muitas delas tornando-se pessoas brancas, de forma temporária ou permanentemente, através de seu status sócio-econômico. Através de meados do século XX, muitos países desenvolveram normas formais e legais ou procedimentos que definem as categorias raciais (ver: apartheid e hipodescendência). No entanto, desde o surgimento de críticas de racismo e de argumentos científicos contra a existência de raças humanas, uma tendência para a auto-identificação do status racial surgiu.

Os locais que possuem população predominantemente branca são as regiões da Europa (95%), Rússia (90%), África do Norte, Oriente Médio; e países como Estados Unidos[30] (75%), Canadá (80%), Austrália (92%),[31] Nova Zelandia (70%),[31] e a porção meridional da América do Sul: Brasil[32] (49%), Argentina [33] (86%), Uruguai[34] (85%) e Chile[35] (52%). Também há populações consideráveis na África do Sul (9%), na Índia e outros países na América Latina, como Costa Rica (77%)[36] e Porto Rico[35] (74%).

O conceito acerca da determinação de quem é branco ou não varia entre um país e outro. No Brasil por exemplo, as pessoas declaram-se ao censo do IBGE como quiserem.[37] De acordo com o último censo do IBGE, aproximadamente metade da população brasileira (49%) se declara como branca.

Brasil

Ver artigo principal: Brasileiros brancos
  – Estados com maioria da população branca.
  – Estados com maioria da população parda.

Uma pesquisa realizada com mais de 34 milhões de brasileiros, dos quais quase vinte milhões se declaram brancos, perguntou a origem étnica dos participantes de cor ou raça branca. A maior parte apontou origem brasileira (45,53%). 15,72% apontou origem italiana, 14,50% portuguesa, 6,42% espanhola, 5,51% alemã e 12,32% outras origens, que incluem africana, indígena, judaica e árabe.[38]

Os números condizem fortemente com o passado imigratório no Brasil. Entre o final do século XIX e início do século XX, sobretudo após a Abolição da Escravatura, o Estado brasileiro passou a incentivar a vinda de imigrantes para substituir a mão-de-obra africana. Entre 1870 e 1951, de Portugal e da Itália chegaram números próximos de imigrantes, cerca de 1,5 milhões de italianos e 1,4 milhões de portugueses. Da Espanha chegaram cerca de 650 mil e da Alemanha em torno de 260 mil imigrados. Os números refletem as porcentagens das origens declaradas pelos brancos brasileiros.[39]

É notório, porém, que quase metade dos brancos pesquisados declararam ser de origem brasileira. É explicável pelo fato de a imigração portuguesa no Brasil ser bastante antiga, remontando mais de quinhentos anos, fato que muitos brasileiros brancos desconhecem tais origens por já terem suas famílias enraizadas no Brasil há séculos.[40]

Se considerar os brancos que se afirmaram de origem brasileira como descendentes remotos de portugueses, 60,03% da população branca do Brasil é de origem portuguesa. Em suma, vivem em Portugal 10 milhões de portugueses e no Brasil 26 milhões de pessoas que se consideram etnicamente portuguesas e outras 41 milhões que são, provavelmente, de remota origem lusitana. Observando os muitos milhões de mestiços e negros brasileiros que também possuem antepassados portugueses, é clara a extrema importância dos portugueses na formação étnica do povo brasileiro.

Apenas 4,80% dos brancos brasileiros pesquisados afirmaram ter antepassados indígenas, enquanto somente 1,88% declararam ter antepassados negros africanos. Tais números, porém, não condizem com a suposta realidade genética dos brancos brasileiros que possuem, na maioria dos casos, significante contribuição genética de índios e africanos, devido a séculos de miscigenação entre europeus, nativos e escravos negros.

De acordo com um estudo feito em 2010 pela Universidade Católica de Brasília e publicado no American Journal of Human Biology, a herança genética europeia é a predominante no Brasil, respondendo por volta de 80% do total, sendo que no Sul esse percentual é mais alto e chega a 90%.[41]

Ver também

Referências

  1. Bonnett, Alastair (2000) White Identities. Pearson Education. ISBN 058235627X
  2. NG, Chaplin G. 2000 The evolution of skin coloration, p. 19.
  3. American Anthropological Association, "The Human Spectrum", Race: Are we so different? website.
  4. Introduction to Skin Histology
  5. Skin Color Adaptation
  6. Light and the 4 skin color components
  7. The 3 skin layers: epidermis, dermis, subcutaneous fat
  8. a b PMID 19481954 (PubMed)
  9. PMID 20445093 (PubMed)
  10. Vitamin D: In the evolution of human skin color, A.W.C. Yuena, N.G. Jablonski doi:10.1016/j.mehy.2009.08.007
  11. AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICAL ANTHROPOLOGISTS MEETING: European Skin Turned Pale Only Recently, Gene Suggests Science 20 April 2007: Vol. 316. no. 5823, p. 364 DOI: 10.1126/science.316.5823.364a
  12. Frank W Sweet The Paleo-Etiology of Human Skin Tone
  13. R. Khan, B.S. Razib Khan Diet, disease and pigment variation in humans Volume 75, Issue 4, Pages 363-367 (October 2010)
  14. Miller; et al. (2007), Cis-regulatory changes in Kit ligand expression and parallel evolution of pigmentation in sticklebacks and humans 
  15. Valenzuela; et al. (2010), Predicting Phenotype from Genotype: Normal Pigmentation (PDF) 
  16. a b c Norton, H.L.; Hammer, M.F. (2006), «Sequence variation in the pigmentation candidate gene SLC24A5 and evidence for independent evolution of light skin in European and East Asian populations.», Program of the 77th Annual Meeting of the American Association of Physical Anthropologists: 179 
  17. Stokowski; et al. (2007), A Genomewide Association Study of Skin Pigmentation in a South Asian Population, PMC 2276347Acessível livremente 
  18. Ginger RS, Askew SE, Ogborne RM, Wilson S, Ferdinando D, Dadd T, Smith AM, Kazi S, Szerencsei RT, Winkfein RJ, Schnetkamp PP, Green MR (2008). «SLC24A5 encodes a trans-Golgi network protein with potassium-dependent sodium-calcium exchange activity that regulates human epidermal melanogenesis». J. Biol. Chem. 283 (9): 5486–95. PMID 18166528. doi:10.1074/jbc.M707521200 
  19. Miles, S.; et al. (2007), Identifying genes underlying skin pigmentation differences among human populations, PMID 16977434 
  20. Shi; et al. (2001), Melanocortin-1 receptor gene variants in four Chinese ethnic populations 
  21. Heather L. Norton, Rick A. Kittles, Esteban Parra, Paul McKeigue, Xianyun Mao, Keith Cheng, Victor A. Canfield, Daniel G. Bradley, Brian McEvoy and Mark D. Shriver (December 11, 2006) Genetic Evidence for the Convergent Evolution of Light Skin in Europeans and East Asians Oxford Journals [1]
  22. Gibbons A (2007). «American Association of Physical Anthropologists meeting. European skin turned pale only recently, gene suggests». Science. 316 (5823): 364. PMID 17446367. doi:10.1126/science.316.5823.364a 
  23. Shriver, Mark D.; Parra, Esteban J.; Dios, Sonia; Bonilla, Carolina; Norton, Heather; Jovel, Celina; Pfaff, Carrie; Jones, Cecily; Massac, Aisha; Cameron, Neil; Baron, Archie; Jackson, Tabitha; Argyropoulos, George; Jin, Li; Hoggart, Clive J.; McKeigue, Paul M.; Kittles, Rick A. (2003), «Skin pigmentation, biogeographical ancestry and admixture mapping» (PDF), Human Genetics, 112: 387–399, doi:10.1007/s00439-002-0896-y 
  24. White Americans self-identification: 2009 American Community Survey 1-Year Estimates
  25. www.perepis2002.ru
  26. 2008 Brazilian population.
  27. www.dw-world.de Predefinição:Or
  28. en.istat.it/ Predefinição:Or
  29. Adams, J.Q.; Pearlie Strother-Adams (2001). Dealing with Diversity. Chicago, IL: Kendall/Hunt Publishing Company. ISBN 0-7872-8145-X 
  30. U.S. Census Bureau; [2]; Data Set: 2008 American Community Survey 1-Year Estimates; Survey: American Community Survey. Retrieved 2009-11-07
  31. a b - The World Factbook;
  32. «PNAD» (PDF) (em Portuguese). 2007. Consultado em 20 de junho de 2007 
  33. Argentina
  34. «Extended National Household Survey, 2006: Ancestry» (pdf) (em Spanish). National Institute of Statistics 
  35. a b «Composición Étnica de las Tres Áreas Culturales del Continente Americano al Comienzo del Siglo XXI» (PDF). p. 218 
  36. Costa Rica
  37. Brazil Separates Into Black and White, LA Times, September 3, 2006.
  38. http://br.monografias.com/trabalhos/fora-diversidade-identidades/fora-diversidade-identidades2.shtml#_Toc143094349
  39. http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/tabelas/imigracao_nacionalidade.htm
  40. http://www1.ibge.gov.br/brasil500/portugueses.html
  41. Folha Online. «DNA de brasileiro é 80% europeu, indica estudo». Consultado em 26 de maio de 2010