Tubarão-branco: diferenças entre revisões

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=== Força da mordida ===
=== Força da mordida ===


Um estudo de 2007 da [[Universidade de Nova Gales do Sul]], em [[Sidnei (Austrália)|Sidnei]], Austrália, usou tomografia computadorizada do crânio de um tubarão e modelos de computador para medir a força máxima de mordida do tubarão. O estudo revela que as forças e comportamentos em seu crânio são adaptadas para lidar e resolver teorias concorrentes sobre seu comportamento alimentar.<ref>{{citar jornal|último=Medina|primeiro=Samantha|título=Measuring the great white's bite|url=http://www.cosmosmagazine.com/node/1499|acessodata=1 de setembro de 2012|jornal=Cosmos Magazine|data=27 de julho de 2007|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120505052636/http://www.cosmosmagazine.com/node/1499|arquivodata=5 de maio de 2012}}</ref> Em 2008, uma equipe de cientistas liderada por Stephen Wroe conduziu um experimento para determinar o poder da mandíbula do tubarão-branco e as descobertas indicaram que um espécime pesando {{fmtn|3324}} quilos ({{fmtn|7328}} libras) poderia exercer uma força de mordida de {{fmtn|18216}} newtons ({{fmtn|4095}} lbf).<ref name="GWB"/>
Um estudo de 2007 da [[Universidade de Nova Gales do Sul]], em [[Sidnei]], Austrália, usou tomografia computadorizada do crânio de um tubarão e modelos de computador para medir a força máxima de mordida do tubarão. O estudo revela que as forças e comportamentos em seu crânio são adaptadas para lidar e resolver teorias concorrentes sobre seu comportamento alimentar.<ref>{{citar jornal|último=Medina|primeiro=Samantha|título=Measuring the great white's bite|url=http://www.cosmosmagazine.com/node/1499|acessodata=1 de setembro de 2012|jornal=Cosmos Magazine|data=27 de julho de 2007|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120505052636/http://www.cosmosmagazine.com/node/1499|arquivodata=5 de maio de 2012}}</ref> Em 2008, uma equipe de cientistas liderada por Stephen Wroe conduziu um experimento para determinar o poder da mandíbula do tubarão-branco e as descobertas indicaram que um espécime pesando {{fmtn|3324}} quilos ({{fmtn|7328}} libras) poderia exercer uma força de mordida de {{fmtn|18216}} newtons ({{fmtn|4095}} lbf).<ref name="GWB"/>


== Ecologia e comportamento ==
== Ecologia e comportamento ==
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Ao largo da Califórnia, os tubarões imobilizam [[Elefante-marinho-do-norte|elefantes-marinhos-do-norte]] (''Mirounga angustirostris'') com uma grande mordida no traseiro (que é a principal fonte de mobilidade da foca) e esperam que o elefante-marinho sangre até a morte. Esta técnica é especialmente usada em elefantes-marinhos adultos, que são tipicamente maiores que o tubarão, variando entre {{fmtn|1500}} e {{fmtn|2000}} quilos ({{fmtn|3300}} e {{fmtn|4400}} libras), e são adversários potencialmente perigosos.<ref>{{citar periódico|último1=Le Boeuf |primeiro1=B. J. |último2=Crocker |primeiro2=D. E. |último3=Costa |primeiro3=D. P. |último4=Blackwell |primeiro4=S. B. |último5=Webb |primeiro5=P. M. |último6=Houser |primeiro6=D. S. |ano=2000 |título=Foraging ecology of northern elephant seals |periódico=Ecological Monographs |volume=70 |número=3|páginas=353–382 |doi=10.2307/2657207|jstor=2657207 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Haley |primeiro1=M. P. |último2=Deutsch |primeiro2=C. J. |último3=Le Boeuf |primeiro3=B. J. |ano=1994 |título=Size, dominance and copulatory success in male northern elephant seals, ''Mirounga angustirostris'' |periódico=Animal Behaviour |volume=48 |número=6|páginas=1249–1260 |doi=10.1006/anbe.1994.1361|s2cid=54388167 }}</ref> Mais comumente, porém, elefantes-marinhos juvenis são os mais consumidos em colônias de elefantes-marinhos.<ref>{{citar periódico|último1=Weng |primeiro1=K. C. |último2=Boustany |primeiro2=A. M. |último3=Pyle |primeiro3=P. |último4=Anderson |primeiro4=S. D. |último5=Brown |primeiro5=A. |último6=Block |primeiro6=B. A. |ano=2007 |título=Migration and habitat of white sharks (''Carcharodon carcharias'') in the eastern Pacific Ocean |periódico=Marine Biology |volume=152 |número=4|páginas=877–894 |doi=10.1007/s00227-007-0739-4|s2cid=39985022 }}</ref> A presa é normalmente atacada no abaixo da superfície. As [[foca-comum|focas-comuns]] (''Phoca vitulina'') são retiradas da superfície e arrastadas para baixo até que parem de lutar. Elas são então comidas perto do fundo. Os [[Leão-marinho-da-califórnia|leões-marinhos-da-califórnia]] (''Zalophus californianus'') são emboscados por baixo e atingidos no meio do corpo antes de serem arrastados e comidos.<ref>{{citar web|último=Martin|primeiro=Rick |url=http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm |título=Predatory Behavior of Pacific Coast White Sharks|publicado=Shark Research Committee|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120730155219/http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm |arquivodata=30 de julho de 2012}}</ref>
Ao largo da Califórnia, os tubarões imobilizam [[Elefante-marinho-do-norte|elefantes-marinhos-do-norte]] (''Mirounga angustirostris'') com uma grande mordida no traseiro (que é a principal fonte de mobilidade da foca) e esperam que o elefante-marinho sangre até a morte. Esta técnica é especialmente usada em elefantes-marinhos adultos, que são tipicamente maiores que o tubarão, variando entre {{fmtn|1500}} e {{fmtn|2000}} quilos ({{fmtn|3300}} e {{fmtn|4400}} libras), e são adversários potencialmente perigosos.<ref>{{citar periódico|último1=Le Boeuf |primeiro1=B. J. |último2=Crocker |primeiro2=D. E. |último3=Costa |primeiro3=D. P. |último4=Blackwell |primeiro4=S. B. |último5=Webb |primeiro5=P. M. |último6=Houser |primeiro6=D. S. |ano=2000 |título=Foraging ecology of northern elephant seals |periódico=Ecological Monographs |volume=70 |número=3|páginas=353–382 |doi=10.2307/2657207|jstor=2657207 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Haley |primeiro1=M. P. |último2=Deutsch |primeiro2=C. J. |último3=Le Boeuf |primeiro3=B. J. |ano=1994 |título=Size, dominance and copulatory success in male northern elephant seals, ''Mirounga angustirostris'' |periódico=Animal Behaviour |volume=48 |número=6|páginas=1249–1260 |doi=10.1006/anbe.1994.1361|s2cid=54388167 }}</ref> Mais comumente, porém, elefantes-marinhos juvenis são os mais consumidos em colônias de elefantes-marinhos.<ref>{{citar periódico|último1=Weng |primeiro1=K. C. |último2=Boustany |primeiro2=A. M. |último3=Pyle |primeiro3=P. |último4=Anderson |primeiro4=S. D. |último5=Brown |primeiro5=A. |último6=Block |primeiro6=B. A. |ano=2007 |título=Migration and habitat of white sharks (''Carcharodon carcharias'') in the eastern Pacific Ocean |periódico=Marine Biology |volume=152 |número=4|páginas=877–894 |doi=10.1007/s00227-007-0739-4|s2cid=39985022 }}</ref> A presa é normalmente atacada no abaixo da superfície. As [[foca-comum|focas-comuns]] (''Phoca vitulina'') são retiradas da superfície e arrastadas para baixo até que parem de lutar. Elas são então comidas perto do fundo. Os [[Leão-marinho-da-califórnia|leões-marinhos-da-califórnia]] (''Zalophus californianus'') são emboscados por baixo e atingidos no meio do corpo antes de serem arrastados e comidos.<ref>{{citar web|último=Martin|primeiro=Rick |url=http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm |título=Predatory Behavior of Pacific Coast White Sharks|publicado=Shark Research Committee|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120730155219/http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm |arquivodata=30 de julho de 2012}}</ref>


[[imagem:Great white shark Dyer Island.jpg|miniaturadaimagem|250px|Exemplar perto de [[Gansaai]] exibindo seus dentes]]
== Longevidade ==
Não se conhece com exatidão a vida média dos tubarões brancos, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.<ref>[http://www.prbo.org/cms/176 História Natural do Tubarão-Branco]</ref>


No Atlântico Noroeste, os tubarões-brancos maduros são conhecidos por se alimentarem tanto de focas-comuns quanto de [[foca-cinzenta|focas-cinzentas]] (''Halichoerus grypus'').<ref name=":0"/> Ao contrário dos adultos, os tubarões-brancos juvenis na área se alimentam de espécies de peixes menores até que sejam grandes o suficiente para se alimentar de mamíferos marinhos, como focas.<ref>{{citar web|url=https://animaldiversity.org/accounts/Carcharodon_carcharias/|título=''Carcharodon carcharias'' (Great white shark)|último1=Chewning|primeiro1=Dana|último2=Hall |primeiro2=Matt|website=Animal Diversity Web|língua=en|acessodata=15 de agosto de 2019}}</ref> Os tubarões-brancos também atacam golfinhos e botos por cima, por trás ou por baixo para evitar serem detectados por sua ecolocalização. As espécies-alvo incluem [[golfinho-do-crepúsculo|golfinhos-do-crepúsculo]] (''Sagmatias obscurus''), [[Golfinho-de-risso|golfinhos-de-risso]] (''Grampus griseus''), golfinhos-nariz-de-garrafa ([[Tursiops|''Tursiops ssp.'']])<ref name="GWS"/><ref name="Competition">{{citar periódico|último=Heithaus |primeiro=Michael |título=Predator–prey and competitive interactions between sharks (order Selachii) and dolphins (suborder Odontoceti): a review |periódico=Journal of Zoology |volume=253 |páginas=53–68 |ano=2001 |url=http://www.science.fau.edu/sharklab/courses/elasmobiology/readings/heithaus.pdf |doi=10.1017/S0952836901000061 |acessodata=26 de fevereiro de 2010 |citeseerx=10.1.1.404.130 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160115113304/http://www.science.fau.edu/sharklab/courses/elasmobiology/readings/heithaus.pdf |arquivodata=15 de janeiro de 2016 |urlmorta= sim}}</ref> golfinhos-corcunda ([[Sousa (gênero)|''Sousa ssp.'']]),<ref name="Competition"/> [[Toninha-comum|toninhas-comuns]] (''Phocoena phocoena''), e [[Boto-de-dall|botos-de-dall]] (''Phocoenoides dalli'').<ref name="GWS"/> Grupos de golfinhos foram observados ocasionalmente se defendendo de tubarões com fazendo um círculo em torno do alvo.<ref name="Competition"/> A predação do tubarão-branco em outras espécies de pequenos cetáceos também foi observada. Em agosto de 1989, um [[cachalote-pigmeu]] macho juvenil de 1,8 metros (5,9 pés) (''Kogia breviceps'') foi encontrado encalhado no centro da Califórnia com uma marca de mordida de tubarão-branco em seu [[pedúnculo caudal]].<ref>{{citar periódico|último=Long|primeiro=Douglas|título=Apparent Predation by a White Shark ''Carcharodon carcharias'' on a Pygmy Sperm Whale ''Kogia breviceps''|periódico=Fishery Bulletin|volume=89|páginas=538–540|ano=1991|url=http://fishbull.noaa.gov/893/long.pdf}}</ref> Além disso, os tubarões-brancos atacam [[zifiídeos]];<ref name="GWS"/><ref name="Competition"/> foram observados casos em que uma [[baleia-bicuda-de-stejneger]] adulta (''Mesoplodon stejnegeri''), com uma massa média de cerca de {{fmtn|1100}} quilos ({{fmtn|2400}} libras),<ref>{{Citar livro|sobrenome=Kays|nome=R. W.|sobrenome2=Wilson|nome2=D. E.|ano=2009|título=Mammals of North America|local=Princeton|editora=Imprensa da Universidade de Princeton}}</ref> e uma [[baleia-bicuda-de-cuvier]] juvenil (''Ziphius cavirostris''), um indivíduo estimado em 3 metros (9,8 pés), foram caçados e mortos por tubarões-brancos.<ref>{{citar periódico|último1=Baird |primeiro1=R. W. |último2=Webster |primeiro2=D. L. |último3=Schorr |primeiro3=G. S. |último4=McSweeney |primeiro4=D. J. |último5=Barlow |primeiro5=J. |ano=2008 |título=Diet variation in beaked whale diving behavior |url=http://www.cascadiaresearch.org/robin/Bairdetal2007beakedwhales.pdf|periódico=Marine Mammal Science |volume=24 |número=3|páginas=630–642 |doi=10.1111/j.1748-7692.2008.00211.x|hdl=10945/697 }}</ref> Ao caçar tartarugas marinhas, elas parecem simplesmente morder a carapaça em torno de uma nadadeira, imobilizando a tartaruga. A espécie mais pesada de peixes ósseos, como o [[peixe-lua]] (''Mola mola''), foi encontrada em estômagos de tubarão-branco.<ref name="Ferguson"/>
Segundo um estudo recente feito pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, a sua [[longevidade]] é superior ao que se imaginava. O estudo usou datação por [[radiocarbono]], e e descobriu-se que o método tradicional para mensurar a idade dos peixes é impreciso quando aplicado a tubarões brancos maiores. Segundo o estudo, esses animais podem viver até 70 anos.<ref>Cruz, G. "[http://cienciasetecnologia.com/longevidade-tubaroes-brancos/ Novo estudo constata longevidade extrema em tubarões brancos]" <http://cienciasetecnologia.com/longevidade-tubaroes-brancos/>. Acessado em 13 de Janeiro de 2014.</ref><ref>Li Ling Hamady, Lisa J. Natanson, Gregory B. Skomal, Simon R. Thorrold. '''Vertebral Bomb Radiocarbon Suggests Extreme Longevity in White Sharks'''. [[PLOS ONE|PLoS ONE]], 2014; 9 (1): e84006 [[Digital object identifier|DOI]]: [http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0084006 10.1371/journal.pone.0084006]</ref>


As carcaças de baleias constituem uma parte importante da dieta dos tubarões-brancos. No entanto, isso raramente foi observado devido à morte de baleias em áreas remotas. Estima-se que 30 quilos (66 libras) de gordura de baleia poderiam alimentar um tubarão branco de 4,5 metros (15 pés) por 1,5 meses. Observações detalhadas foram feitas de quatro carcaças de baleias em False Bay entre 2000 e 2010. Os tubarões foram atraídos para a carcaça por detecção de produtos químicos e odor, espalhados por ventos fortes. Depois de se alimentarem inicialmente do pedúnculo caudal e barbatana da baleia, os tubarões investigavam a carcaça nadando lentamente ao redor dela e mordendo várias partes antes de selecionar uma área rica em gordura. Durante os períodos de alimentação de 15 a 20 segundos, os tubarões removeram a carne com movimentos laterais de cabeça, sem a rotação ocular protetora que empregam ao atacar presas vivas. Os tubarões foram frequentemente observados regurgitando pedaços de gordura e imediatamente retornando à alimentação, possivelmente para substituir pedaços de baixo rendimento energético por pedaços de alto rendimento energético, usando seus dentes como mecanorreceptores para distingui-los. Depois de se alimentarem por várias horas, os tubarões pareciam letárgicos, não mais nadando até a superfície; foram observados mordendo a carcaça, mas aparentemente incapazes de morder com força suficiente para remover a carne, quicavam e afundavam lentamente. Até oito tubarões foram observados se alimentando simultaneamente, esbarrando uns nos outros sem mostrar nenhum sinal de agressão; em uma ocasião, um tubarão acidentalmente mordeu a cabeça de um tubarão vizinho, deixando dois dentes presos, mas ambos continuaram a se alimentar sem serem perturbados. Indivíduos menores pairavam ao redor da carcaça comendo pedaços que se afastavam. Excepcionalmente à área, um grande número de tubarões com mais de cinco metros de comprimento foi observado, sugerindo que os maiores tubarões mudam seu comportamento para procurar baleias à medida que perdem a capacidade de manobra necessária para caçar focas. A equipe de investigação concluiu que a importância das carcaças de baleias, particularmente para os maiores tubarões-brancos, foi subestimada.<ref name="KrkosekFallows2013">{{citar periódico|último1=Krkosek|primeiro1=Martin|último2=Fallows|primeiro2=Chris|último3=Gallagher|primeiro3=Austin J.|último4=Hammerschlag|primeiro4=Neil|título=White Sharks (''Carcharodon carcharias'') Scavenging on Whales and Its Potential Role in Further Shaping the Ecology of an Apex Predator|periódico=PLOS ONE|volume=8|número=4|ano=2013|páginas=e60797|doi=10.1371/journal.pone.0060797|pmid=23585850|pmc=3621969|bibcode=2013PLoSO...860797F|doi-access=free}}</ref>
== Perigo de extinção ==
Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é impossível saber, mesmo que de forma aproximada, o número existente de tubarões-brancos. Apesar disso, a sua baixa densidade populacional, unida à sua escassa taxa de reprodução e à sua baixa expectativa de vida fazem com que o tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A [[pesca esportiva]] do tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos devido, em grande parte, à popularidade de [[filme]]s como [[Jaws|Tubarão]] ([[Steven Spielberg]], [[1975]]) até ao ponto de se considerar ameaçado de extinção em vários locais.<ref>[http://educar.sc.usp.br/licenciatura/98/deyves.html Tubarão-branco em perigo de extinção]</ref><ref>http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2570</ref>
[[Imagem:Great white aqurium.jpg|right|250px|miniaturadaimagem|Tubarão-branco, dentro de um [[aquário]]]]
A lista vermelha da [[IUCN]] incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em [[1990]] como espécie insuficientemente conhecida, e desde [[1996]], como vulnerável. O II Apêndice do Convênio [[CITES]] o inclui como espécie vulnerável explorada irracionalmente.


O conteúdo estomacal de tubarões-brancos também indica que [[tubarão-baleia|tubarões-baleia]] juvenis e adultos também podem ser incluídos no menu do animal, embora não seja conhecido até o momento se isso é caça ativo ou restos de carniça.<ref>{{citar web|url=https://www.newscientist.com/article/2077291-white-sharks-diet-may-include-biggest-fish-of-all-whale-shark/|título=White shark's diet may include biggest fish of all: whale shark|primeiro=Brian|último=Owens|obra=New Scientist|data=12 de fevereiro de 2016 }}</ref><ref>{{citar periódico|doi=10.1007/s12526-015-0430-9 |título=Whale shark on a white shark's menu |periódico=Marine Biodiversity|volume=46 |número=4 |páginas=745 |ano=2015 |último1=Moore |primeiro1=G. I. |último2=Newbrey |primeiro2=M. G. |s2cid=36426982 }}</ref> Em outro incidente documentado, tubarões-brancos foram observados vasculhando uma carcaça de baleia ao lado de tubarões-tigre.<ref>{{citar web|último=Dudley |primeiro=Sheldon F. J. |autor2=Anderson-Reade, Michael D. |autor3=Thompson, Greg S. |autor4=McMullen, Paul B. |título=Concurrent scavenging off a whale carcass by great white sharks, ''Carcharodon carcharias'', and tiger sharks, ''Galeocerdo cuvier'' |obra=Marine Biology |publicado=Fishery Bulletin |ano=2000 |url=http://fishbull.noaa.gov/983/13.pdf |acessodata=4 de maio de 2010 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100527182623/http://fishbull.noaa.gov/983/13.pdf |arquivodata=27 de maio de 2010 }}</ref> Em 2020, os biólogos marinhos Sasha Dines e Enrico Gennari publicaram um incidente documentado na revista ''Marine and Freshwater Research'' de um grupo de tubarões-brancos exibindo comportamento semelhante a um bando, atacando e matando com sucesso uma baleia-jubarte juvenil viva de 7 metros (23 pés). Os tubarões utilizaram a estratégia de ataque clássica usada em pinípedes ao atacar a baleia, mesmo utilizando a tática de morder e cuspir que empregam em presas menores. A baleia era um indivíduo emaranhado, muito emaciado e, portanto, mais vulnerável aos ataques dos tubarões. O incidente é a primeira documentação conhecida de tubarões-brancos matando ativamente um grande [[misticetos|misticeto]].<ref>{{citar periódico|url=https://www.publish.csiro.au/mf/MF19291|título=First observations of white sharks (''Carcharodon carcharias'') attacking a live humpback whale (''Megaptera novaeangliae'')|primeiro1=Sasha|último1=Dines|primeiro2=Enrico|último2=Gennari|data=29 de janeiro de 2020|periódico=Marine and Freshwater Research|volume=71|número=9|página=1205|via=www.publish.csiro.au|doi=10.1071/MF19291|s2cid=212969014}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.forbes.com/sites/melissacristinamarquez/2020/03/12/first-observations-of-white-sharks-attacking-a-live-humpback-whale/|título=First Observations Of White Sharks Attacking A Live Humpback Whale|primeiro=Melissa Cristina|último=Márquez|website=Forbes}}</ref> Um segundo incidente de tubarões-brancos matando baleias-jubarte envolvendo uma única grande fêmea apelidada de Helen foi documentado na costa da África do Sul. Trabalhando sozinho, o tubarão atacou uma baleia-jubarte de 33 pés (10 metros) emaciada e emaranhada, atacando a cauda da baleia para aleijá-la antes que conseguisse afogar a baleia mordendo sua cabeça e puxando-a para debaixo d'água. O ataque foi testemunhado por drone aéreo pelo biólogo marinho Ryan Johnson, que disse que o ataque durou cerca de 50 minutos antes de o tubarão matar a baleia com sucesso. Johnson sugeriu que o tubarão pode ter planejado seu ataque para matar um animal tão grande.<ref>{{citar web|url=https://www.independent.co.uk/news/world/africa/great-white-shark-drowns-humpback-whale-predator-south-africa-a9620251.html|título=Drone footage shows a great white shark drowning a 33ft humpback whale|data=15 de julho de 2020|website=The Independent}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.express.co.uk/news/science/1309559/shark-attack-great-white-shark-attack-humpback-whale-drone-video|título=Shark attack: Watch 'strategic' Great White hunt down and kill 10 Metre humpback whale|primeiro=Tom|último=Fish|data=15 de julho de 2020|website=Express.co.uk}}</ref>
Por enquanto, não existe nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é uma espécie protegida na [[Califórnia]], na costa leste dos [[Estados Unidos]], no [[Golfo do México]], na [[Namíbia]], na [[África do Sul]], nas [[Maldivas]], em [[Israel]] e parte da [[Austrália]] ([[Austrália Meridional]], [[Nova Gales do Sul]], [[Tasmânia]] e [[Queensland]]). A Convenção de [[Barcelona]] o considera uma espécie ameaçada no [[Mediterrâneo]], mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor de sua conservação.<ref>[http://www.katembe2.com/forum/viewtopic.php?p=7717&sid=eeec8f3ccd6d929ef8ab6e24250d1133 Pesca do Tubarão-Branco proibida]; <br /> http://www.biggame-portugal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=143&Itemid=224</ref>


=== Reprodução ===
== Ataques a seres humanos ==
O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta é composta basicamente por [[foca]]s e [[Leão-marinho|leões-marinhos]]; isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie se mostra agressiva para qualquer animal - presa - que transite na proximidade. Existem dúvidas sobre se esse comportamento se deve a curiosidade ou real voracidade alimentar. Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas, tartarugas ou leões marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma roupa de mergulho foi repetidamente atacado por um tubarão branco, mesmo sem conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões marinhos e diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a caça.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/07/040711_tubaraoba.shtml Notícia: tubarão mata surfista]</ref> Como o corpo humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não partir para o segundo ataque.<ref>[http://ciencia.hsw.uol.com.br/ataques-de-tubarao.htm Tubarão não desenvolve gosto por carne humana]</ref> O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.


Pensava-se anteriormente que os tubarões-brancos atingiam a maturidade sexual por volta dos 15 anos de idade, mas agora acredita-se que demorem muito mais; os machos atingem a maturidade sexual aos 26 anos, enquanto as fêmeas levam 33 anos.<ref name="livescience.com"/><ref>{{citar web|título=Natural History of the White Shark |url=http://www.prbo.org/cms/176 |data=2 de maio de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130703015943/http://www.prbo.org/cms/176 |arquivodata=3 de julho de 2013 |publicado=PRBO Conservation Science}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.inquisitr.com/1909550/legendary-great-white-shark-was-just-a-teenager-when-killed-new-research-reveals/|título=Legendary Great White Shark Was Just A Teenager When Killed, New Research Reveals|obra=The Inquisitr News|data=9 de março de 2015}}</ref> Acreditava-se originalmente que a expectativa de vida máxima era de mais de 30 anos, mas um estudo do [[Instituto Oceanográfico Woods Hole]] colocou-a em mais de 70 anos. Os exames de contagem de anéis de crescimento vertebral deram uma idade máxima masculina de 73 anos e uma idade máxima feminina de 40 anos para os espécimes estudados. A maturidade sexual tardia do tubarão, a baixa taxa reprodutiva, o longo período de gestação de 11 meses e o crescimento lento o tornam vulnerável a pressões como pesca excessiva e mudanças ambientais.<ref name="sciencedaily.com"/>
Apesar da lenda urbana sobre o tema, os ataques de tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do [[tubarão-tigre]] (''[[Galeocerdo cuvier]]'')<ref>http://www.hyperfan.com.br/tits/ving31.htm; <br />http://www.litoralvirtual.com.br/noticias/2002/10/22.html; <br />http://www.ufrpe.br/enoticia/0608/noticia-049.html</ref>


Pouco se sabe sobre os hábitos de acasalamento do tubarão-branco, e o comportamento de acasalamento não havia sido observado nesta espécie até 1997 e devidamente documentado em 2020. Presumia-se anteriormente que as carcaças de baleias são um local importante para os tubarões sexualmente maduros se encontrarem. acasalamento.<ref name="KrkosekFallows2013"/> De acordo com o testemunho do pescador Dick Ledgerwood, que observou dois grandes tubarões brancos acasalando na área próxima a [[Port Chalmers]] e [[Otago Harbour]], na [[Nova Zelândia]], teoriza-se que acasalam em águas rasas longe das áreas de alimentação e continuamente rolam de barriga para barriga durante a cópula.<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/environment/2020/sep/04/rolling-and-rolling-and-rolling-the-first-detailed-account-of-great-white-shark-sex|título='Rolling and rolling and rolling': the first detailed account of great white shark sex|primeiro=Eleanor Ainge|último=Roy|data=4 de setembro de 2020|via=www.theguardian.com}}</ref> O nascimento nunca foi observado, mas as fêmeas grávidas foram examinadas. Os tubarões-brancos são [[ovovivíparo]]s, o que significa que os ovos se desenvolvem e eclodem no útero e continuam a se desenvolver até o nascimento.<ref>{{citar web|url=http://marinebio.org/species.asp?id=38|título=''Carcharodon carcharias'', Great White Sharks|publicado=marinebio.org}}</ref> O tubarão-branco tem um período de gestação de 11 meses. As poderosas mandíbulas do filhote de tubarão começam a se desenvolver no primeiro mês. Os tubarões não nascidos participam da [[oofagia]], na qual se alimentam de óvulos produzidos pela mãe. A entrega é na primavera e no verão.<ref name="www.elasmo-research.org">{{citar web|título=Brief Overview of the Great White Shark (''Carcharodon carcharias'')|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/overview.htm |publicado=Elasmo Research |acessodata=20 de agosto de 2012 }}</ref> O maior número de filhotes registrados para esta espécie é de 14 filhotes de uma mãe solteira medindo 4,5 metros (15 pés) que foi morta acidentalmente em Taiuã em 2019.<ref>{{citar web|url=https://www.livescience.com/65058-big-mamma-shark-caught-sold.html|título=Enormous Great White Shark Pregnant with Record 14 Pups Was Caught and Sold in Taiwan|primeiro=Kimberly Hickok 2019-03-22T19:03:40Z|último=Animals|website=livescience.com|data=22 de março de 2019}}</ref>
Conforme Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de [[Canis lupus familiaris|cachorro]]s do que por ataques de tubarões brancos nos últimos 100 anos".<ref>[http://www.ucmp.berkeley.edu/vertebrates/Doug/shark.html Douglas Long, nos EUA (cuja Costa Oeste possui uma grande concentração de animais)]</ref>

=== Comportamento de brecha ===

[[imagem:Great white shark near Gansbaai, South Africa.jpg|miniaturadaimagem|250px|Tubarão realizando uma brecha em Gansaai, África do Sul]]

Uma brecha é o resultado de uma aproximação de alta velocidade à superfície com o impulso resultante levando o tubarão parcial ou completamente para fora da água. Esta é uma técnica de caça empregada por tubarões-brancos enquanto caçam focas. Esta técnica é frequentemente usada em lobos-marinhos-australianos na ilha das Focas em False Bay, África do Sul. Como o comportamento é imprevisível, é muito difícil documentar. Foi fotografado pela primeira vez por Chris Fallows e Rob Lawrence, que desenvolveram a técnica de rebocar um chamariz de foca em movimento lento para enganar os tubarões.<ref>{{citar web|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/breaching.htm |título=White Shark Breaching |publicado=ReefQuest Centre for Shark Research |acessodata=18 de abril de 2012 |autor=Martin, R. Aidan }}</ref> Entre abril e setembro, os cientistas podem observar cerca de 600 brechas. As focas nadam na superfície e os tubarões-brancos lançam seu ataque predatório das águas mais profundas abaixo. Eles podem atingir velocidades de até 40 km/h (25 mph) e às vezes podem se lançar a mais de 3 metros (10 pés) no ar. Pouco menos da metade dos ataques de brecha observados são bem-sucedidos.<ref>{{citar periódico|último1=Martin |primeiro1=R. A. |último2=Hammerschlag |primeiro2=N. |último3=Collier |primeiro3=R. S. |último4=Fallows |primeiro4=C. |título=Predatory behaviour of white sharks (''Carcharodon carcharias'') at Seal Island, South Africa |doi=10.1017/S002531540501218X |periódico=Journal of the Marine Biological Association of the UK |volume=85 |número=5 |páginas=1121 |ano=2005 |citeseerx=10.1.1.523.6178 |s2cid=17889919 }}</ref> Em 2011, um tubarão de 3 metros de comprimento pulou em um [[navio oceanográfico]] com sete pessoas na ilha das Focas, em Mossel Bay. A tripulação estava realizando um [[genética populacional|estudo populacional]] usando sardinhas como isca, e o incidente foi considerado não um ataque ao barco, mas um acidente.<ref>{{citar jornal|primeiro=Xan |último=Rice |título=Great white shark jumps from sea into research boat |data=19 de julho de 2011 |url=https://www.theguardian.com/world/2011/jul/19/great-white-shark-jumps-boat |obra=[[The Guardian]] |acessodata=20 de julho de 2011 |citação=Pesquisadores marinhos na África do Sul escaparam por pouco depois que um grande-tubarão-branco de três metros rompeu a superfície do mar e pulou em seu barco, ficando preso no convés por mais de uma hora. [...] Enrico Gennari, especialista em grandes tubarões brancos, [...] disse que quase certamente foi um acidente e não um ataque ao barco. |local=Londres}}</ref>

=== Ameaças naturais ===

[[imagem:Comparison of size of orca and great white shark.svg|miniaturadaimagem|250px|Comparação entre uma orca e um tubarão-branco]]

A competição interespecífica entre o tubarão-branco e a [[orca]] é provável em regiões onde as preferências alimentares de ambas as espécies podem se sobrepor.<ref name="Competition"/> Um incidente foi documentado em 4 de outubro de 1997, nas ilhas Farallon, na Califórnia, nos Estados Unidos. Estima-se que uma orca fêmea de 4,7 a 5,3 metros (15 a 17 pés) imobilizou um tubarão-branco de 3 a 4 metros (9,8 a 13,1 pés).<ref name="POWS">{{citar periódico|último=Pyle |primeiro=Peter |último2=Schramm |primeiro2=Mary Jane |último3=Keiper |primeiro3=Carol |último4=Anderson |primeiro4=Scot D. |título=Predation on a white shark (''Carcharodon carcharias'') by a killer whale (Orcinus orca) and a possible case of competitive displacement |url=http://www.prbo.org/cms/docs/marine/MMS.pdf|volume=15|número=2|páginas=563–568|periódico=Marine Mammal Science|data=26 de agosto de 2006|doi=10.1111/j.1748-7692.1999.tb00822.x|acessodata=8 de maio de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120322070431/http://www.prbo.org/cms/docs/marine/MMS.pdf |arquivodata=22 de março de 2012}}</ref> A orca segurou o tubarão de cabeça para baixo para induzir a imobilidade tônica e manteve o tubarão imóvel por quinze minutos, fazendo-o sufocar. A orca então começou a comer o fígado do tubarão morto.<ref name="Competition"/><ref name="POWS"/><ref name="Nature Shock">{{citar web|url=http://www.tvthrong.co.uk/nature-shock/nature-shock-series-premiere-whale-ate-great-white |título=Nature Shock Series Premiere: The Whale That Ate the Great White |publicado=Tvthrong.co.uk |data=4 de outubro de 1997 |acessodata=16 de outubro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120406081857/http://www.tvthrong.co.uk/nature-shock/nature-shock-series-premiere-whale-ate-great-white |arquivodata=6 de abril de 2012 |urlmorta= sim}}</ref> Acredita-se que o cheiro da carcaça do tubarão morto fez com que todos os tubarões-brancos da região fugissem, perdendo a oportunidade de uma ótima alimentação sazonal.<ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=wD2UQ0K-6sI |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130725204828/http://www.youtube.com/watch?v=wD2UQ0K-6sI|arquivodata=2013-07-25|título=Killer Whale Documentary Part 4 |website=youtube.com}}</ref> Outro ataque semelhante aparentemente ocorreu lá em 2000, mas seu resultado não é claro.<ref name="Turner">{{citar periódico|último=Turner|primeiro=Pamela S.|título=Showdown at Sea: What happens when great white sharks go fin-to-fin with killer whales?|periódico=National Wildlife |volume=42|número=6|publicado=[[National Wildlife Federation]]|data=outubro–novembro de 2004|url=http://www.nwf.org/News-and-Magazines/National-Wildlife/Animals/Archives/2004/Showdown-at-Sea.aspx|acessodata=21 de novembro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110116235642/https://www.nwf.org/News-and-Magazines/National-Wildlife/Animals/Archives/2004/Showdown-at-Sea.aspx |arquivodata=16 de janeiro de 2011}}</ref> Após ambos os ataques, a população local de cerca de 100 tubarões-brancos desapareceu.<ref name="Nature Shock"/> Após o incidente de 2000, descobriu-se que um tubarão-branco com uma etiqueta de satélite submergiu imediatamente a uma profundidade de 500 metros ({{fmtn|1600}} pés) e nadou para o Havaí.<ref name="Turner"/>

Em 2015, um grupo de orcas foi registrado matando um tubarão-branco no sul da Austrália.<ref>{{citar web|título=Great white shark 'slammed' and killed by a pod of killer whales in South Australia|publicado=Australian Broadcasting Corporation|data=3 de fevereiro de 2015|acessodata=10 de julho de 2015|url=http://www.abc.net.au/news/2015-02-04/great-white-killed-by-killer-whales-in-sa/6069168}}</ref> Em 2017, três tubarões-brancos foram encontrados na praia perto de Gansbaai, na África do Sul, com as cavidades do corpo rasgadas e os fígados removidos pelo que provavelmente eram orcas.<ref>{{citar jornal|url=https://www.thesouthafrican.com/killer-whales-have-been-killing-great-white-sharks-in-cape-waters/|título=Killer whales have been killing great white sharks in Cape waters|último=Haden|primeiro=Alexis|data=6 de junho de 2017|obra=The South African|acessodata=27 de junho de 2017}}</ref> As orcas também geralmente impactam na distribuição de tubarões-brancos. Estudos publicados em 2019 sobre a distribuição e interações de orcas e grandes tubarões brancos ao redor das Ilhas Farallon indicam que os cetáceos impactam negativamente os tubarões, com breves aparições de orcas fazendo com que os tubarões procurem novas áreas de alimentação até a próxima temporada.<ref>{{citar periódico|autor=Jorgensen, S. J.|display-authors=etal|ano=2019|título=Killer whales redistribute white shark foraging pressure on seals|periódico=Scientific Reports|volume=9|número=1|página=6153|doi=10.1038/s41598-019-39356-2|doi-access=free|pmid=30992478|bibcode=2019NatSR...9.6153J|pmc=6467992}}</ref> Ocasionalmente, no entanto, alguns tubarões-brancos foram vistos nadando perto de orcas sem medo.<ref name="ScienceAlert 11-2019">{{citar jornal|último=Starr |primeiro=Michell |título=Incredible Footage Reveals Orcas Chasing Off The Ocean's Most Terrifying Predator |publicado=Science Alert |url=https://www.sciencealert.com/watch-orcas-surround-and-scare-off-the-ocean-s-most-terrifying-predator |data=11 de novembro de 2019 |acessodata=24 de novembro de 2019}}</ref>


== Notas ==
== Notas ==

Revisão das 00h11min de 15 de abril de 2022

 Nota: Para outros significados de Anequim, veja Anequim (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTubarão-branco


Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Sub-reino: Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Peixes
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha
Ordem: Lamniformes
Família: Lamnidae
Género: Carcharodon
Espécie: C. carcharias
Nome binomial
Carcharodon carcharias
Lineu, 1758
Distribuição geográfica
Distribuição natural do tubarão-branco (em azul).
Distribuição natural do tubarão-branco (em azul).
Sinónimos
  • Squalus carcharias Lineu, 1758)
  • Carharodon carcharias (Lineu, 1758)
  • Squalus caninus Osbeck, 1765)
  • Carcharias lamia Rafinesque, 1810)
  • Carcharias verus Cloquet, 1817)
  • Squalus vulgaris Richardson, 1836)
  • Carcharias vulgaris (Richardson, 1836))
  • Carcharodon smithii Agassiz, 1838)
  • Carcharodon smithi Bonaparte, 1838)
  • Carcharodon rondeletii Müller & Henle, 1839)
  • Carcharodon capensis Smith, 1839)
  • Carcharias atwoodi Storer, 1848)
  • Carcharias maso Morris, 1898)
  • Carcharodon albimors Whitley, 1939)

O tubarão-branco[2] (nome científico: Carcharodon carcharias) é uma espécie de grande lamniforme que pode ser encontrada nas águas superficiais costeiras de todos os principais oceanos. É notável por seu tamanho, com indivíduos do sexo feminino maiores crescendo até 6,1 metros (20 pés) de comprimento e 1 905–2 268 quilos (4 200–5 000 libras) de peso na maturidade.[3][4][5] No entanto, a maioria é menor; os machos medem 3,4 a 4,0 metros (11 a 13 pés), e as fêmeas medem 4,6 a 4,9 metros (15 a 16 pés) em média.[4][6] De acordo com um estudo de 2014, a expectativa de vida dos tubarões-brancos é estimada em 70 anos ou mais, bem acima das estimativas anteriores,[7] tornando-o um dos peixes cartilaginosos de vida mais longa atualmente conhecidos.[8] De acordo com o mesmo estudo, os tubarões-brancos machos levam 26 anos para atingir a maturidade sexual, enquanto as fêmeas levam 33 anos para estarem prontas para produzir descendentes.[9] Os tubarões-brancos podem nadar a velocidades de 25 km/h (16 mph)[10] para rajadas curtas e a profundidades de 1 200 metros (3 900 pés).[11]

O tubarão-branco foi originalmente considerado o maior predador do oceano; no entanto, a orca provou ser um predador do tubarão.[12] É indiscutivelmente o maior peixe macropredatório existente no mundo e é um dos principais predadores de mamíferos marinhos, até o tamanho de grandes baleias de barbatanas. Este tubarão também é conhecido por caçar uma variedade de outros animais marinhos, incluindo peixes e aves marinhas. É a única espécie sobrevivente conhecida de seu gênero Carcharodon e é responsável por mais incidentes registrados de mordidas humanas do que qualquer outro tubarão.[13][14] A espécie enfrenta inúmeros desafios ecológicos que resultaram em proteção internacional. A União Internacional para a Conservação da Natureza lista o tubarão-branco como uma espécie vulnerável,[1] e está incluído no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES).[15] Também é protegido por vários governos nacionais, como a Austrália (a partir de 2018).[16] Devido à necessidade de viajar longas distâncias para migração sazonal e dieta extremamente exigente, não é logisticamente viável manter grandes tubarões brancos em cativeiro; por causa disso, embora tenham sido feitas tentativas no passado, não há aquários conhecidos no mundo que acreditem abrigar um espécime vivo.[17]

O romance Tubarão de Peter Benchley e sua subsequente adaptação cinematográfica de Steven Spielberg retrataram o tubarão-branco como um feroz devorador de homens. Os humanos não são a presa preferida dele,[18] mas o tubarão-branco é, no entanto, responsável pelo maior número de ataques de tubarão não provocados fatais relatados e identificados em humanos, embora isso aconteça muito raramente (normalmente menos de 10 vezes por ano). globalmente).[19][20]

Taxonomia

O tubarão-branco é a única espécie existente reconhecida no gênero Carcharodon, e é uma das cinco espécies existentes pertencentes à família dos lamnídeos (Lamnidae).[21] Outros membros desta família incluem os tubarões-mako (Isurus), Lamna nasus e tubarão-salmão. A família, por sua vez, pertence à ordem dos lamniformes.[22]

Etimologia e evolução nomenclatural

O nome grande-tubarão-branco provavelmente vem do tamanho do tubarão, bem como da parte inferior branca exposta em tubarões encalhados

Acredita-se que o nome tubarão-branco e sua variante australiana ponteiro-branco[23] vieram da parte inferior branca do tubarão, uma característica mais perceptível em tubarões encalhados deitados de cabeça para baixo com suas barrigas expostas.[24] No inglês, o uso coloquial favorece o nome grande-tubarão-branco, talvez porque "grande" enfatiza o tamanho e a destreza da espécie.[25] Outra razão pode ser que tubarão-branco era um termo historicamente usado para descrever o tubarão-galha-branca-oceânico (Carcharhinus longimanus) e, portanto, sendo muito maior que o último, foi nomeado “grande” porque a parte “branca” de seu nome era já usado para outro tubarão, que foi posteriormente referido como o tubarão-branco-menor. A maioria dos cientistas prefere tubarão-branco, devido ao fato de que o nome tubarão-branco-menor não é mais usado.[25] Alguns usam tubarão-branco para se referir a todos os membros dos lamnídeos.[22]

O nome científico do gênero Carcharodon significa literalmente "dente irregular", uma referência às grandes serrilhas que aparecem nos dentes do tubarão. Dividido, é uma junção de duas palavras gregas antigas. O prefixo carchar- é derivado de κάρχαρος (kárkharos), que significa "dentado" ou "afiado". O sufixo -odon é uma romanização de ὀδών (odṓn), a que se traduz em "dente". O nome específico carcharias é uma latinização de καρχαρίας (karkharías), a palavra grega antiga para tubarão.[21] O tubarão-branco foi uma das espécies originalmente descritas por Carlos Lineu em sua 10.ª edição do Systema Naturae de 1758, na qual foi identificado como um anfíbio e recebeu o nome científico Squalus carcharias, sendo Squalus o gênero em que colocou todos os tubarões.[26] Na década de 1810, foi reconhecido que o tubarão deveria ser colocado em um novo gênero, mas não foi até 1838, quando Andrew Smith cunhou o nome Carcharodon como o novo gênero.[27]

Houve algumas tentativas de descrever e classificar o tubarão-branco antes de Lineu. Uma de suas primeiras menções na literatura como um tipo distinto de animal aparece no livro de Pierre Belon de 1553 De aquatilibus duo, cum eiconibus ad vivam ipsorum effigiem quoad ejus fieri potuit, ad amplissimum cardinalem Castilioneum. Nele, ilustrou e descreveu o tubarão sob o nome de Canis carcharias com base na natureza irregular de seus dentes e suas supostas semelhanças com os cães.[a] Outro nome usado para o grande branco nessa época foi Lamia, cunhado pela primeira vez por Guillaume Rondelet em seu livro de 1554 Libri de Piscibus Marinis, que também o identificou como o peixe que engoliu o profeta Jonas nos textos bíblicos. Lineu reconheceu ambos os nomes como classificações anteriores.[26]

Ancestral fóssil

Relação filogenética entre o tubarão-branco e outros tubarões com base em dados moleculares conduzidos por Human et al. (2006)[28]

Carcharias taurus

Cetorhinus maximus

Lamna nasus

Isurus oxyrinchus

Isurus paucus

Estudos de relógio molecular publicados entre 1988 e 2002 determinaram que o parente vivo mais próximo do grande branco são os tubarões-mako do gênero Isurus, que divergiram em algum momento entre 60 a 43 milhões de anos atrás.[29][30] O rastreamento dessa relação evolutiva por meio de evidências fósseis, no entanto, permanece sujeito a mais estudos paleontológicos.[30] A hipótese original da origem do tubarão-branco sustentava que é descendente de uma linhagem do gênero Otodus, e está intimamente relacionado com o megalodonte pré-histórico.[30][31] Esses tubarões eram consideravelmente grandes em tamanho, com megalodonte atingindo um comprimento estimado de até 14,2–16 metros (47–52 pés).[32][33] Semelhanças entre os dentes de tubarões-brancos e Otodus, como grandes formas triangulares, lâminas serrilhadas e a presença de bandas dentárias, levaram à evidência primária de uma estreita relação evolutiva. Como resultado, os cientistas classificaram as formas antigas no gênero Carcharodon. Embora existissem fraquezas na hipótese, como a incerteza sobre exatamente quais espécies evoluíram para o tubarão-branco moderno e várias lacunas no registro fóssil, os paleontólogos conseguiram traçar a linhagem hipotética de um tubarão de 60 milhões de anos conhecido como Cretalamna como o ancestral comum de todos os tubarões dentro do lamnídeos.[29][31]

Evolução ilustrada C. hastalis a C. carcharias

No entanto, entende-se agora que o tubarão-branco mantém laços mais estreitos com os tubarões-mako e é descendente de uma linhagem separada como uma cronoespécie não relacionada aos Otodus.[30] Isso foi comprovado com a descoberta de uma espécie de transição que conectou o tubarão-branco a um tubarão não serrilhado conhecido como Carcharodon hastalis.[34][35] Esta espécie de transição, que foi nomeada Carcharodon hubbelli em 2012, demonstrou um mosaico de transições evolutivas entre o tubarão-branco e C. hastalis, ou seja, o aparecimento gradual de serrilhas,[34] em um período de 8 a 5 milhões de anos atrás.[36] A progressão de C. hubbelli caracterizou a mudança de dietas e nichos; por 6,5 milhões de anos atrás, as serrilhas foram desenvolvidas o suficiente para C. hubbelli lidar com mamíferos marinhos.[34] Embora tanto o tubarão-branco quanto o C. hastalis fossem conhecidos em todo o mundo,[30] C. hubbelli é encontrado principalmente na Califórnia, Peru, Chile e nos depósitos costeiros circundantes,[37] indicando que o tubarão-branco teve origens no Pacífico.[34] C. hastalis continuou a prosperar ao lado do tubarão-branco até sua última aparição cerca de um milhão de anos atrás[38] e acredita-se que possivelmente gerou várias espécies adicionais, incluindo Carcharodon subserratus[30][34] e Carcharodon plicatilis.[30]

O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma continental, perto das costas, onde a água é menos profunda
Os dentes de um tubarão branco adulto

No entanto, Yun argumentou que os restos fósseis de dentes de C. hastalis e tubarão-branco "foram documentados a partir dos mesmos depósitos, portanto, o primeiro não pode ser um ancestral cronoespecífico do último." Também criticou que o C. hastalis "o morfotipo nunca foi testado por meio de análises filogenéticas", e denota que a partir de 2021, o argumento de que a linhagem Carcharodon moderna com dentes estreitos e serrilhados evoluiu de C. hastalis com dentes largos e não serrilhados é incerto.[39] Traçando além do C. hastalis, outra hipótese predominante propõe que as linhagens do tubarão-branco e do mako compartilhavam um ancestral comum em uma espécie primitiva semelhante ao mako.[40] A identidade deste ancestral ainda é debatida, mas uma espécie potencial inclui Isurolamna inflata, que viveu entre 65 a 55 milhões de anos atrás. Supõe-se que as linhagens do tubarão-branco e do mako se separaram com o surgimento de dois descendentes separados, com o que representa a linhagem do tubarão-branco sendo Macrorhizodus praecursor.[40][41]

Descrição e habitat

Os tubarões-brancos vivem em quase todas as águas costeiras e de mar aberto que têm temperatura da água entre 12 e 24 °C (54 e 75 °F), com maiores concentrações nos Estados Unidos (Nordeste e Califórnia), África do Sul, Japão, Oceania, Chile e o mar Mediterrâneo, incluindo o mar de Mármara e Bósforo.[42][43] Uma das populações mais densas conhecidas é encontrada em torno de Gansbaai, África do Sul.[44] É um peixe epipelágico, observado principalmente na presença de caça rica, como focas (Arctocephalus ssp.) leões-marinhos, cetáceos, outros tubarões e grandes espécies de peixes ósseos. Em mar aberto, foi registrado em profundidades de até 1 200 metros (3 900 pés).[11] Essas descobertas desafiam a noção tradicional de que o tubarão-branco é uma espécie costeira.[11]

De acordo com um estudo recente, os tubarões-brancos da Califórnia migraram para uma área entre a península da Baixa Califórnia e o Havaí, conhecida como café do tubarão-branco, para passar pelo menos 100 dias antes de migrar de volta para Baixa Califórnia. Na viagem, nadam lentamente e mergulham até cerca de 900 metros (3 000 pés). Depois de chegar, mudam de comportamento e fazem mergulhos curtos de cerca de 300 metros (980 pés) por até dez minutos. Outro tubarão-branco que foi marcado na costa sul-africana nadou até a costa sul da Austrália e voltou no mesmo ano. Um estudo semelhante rastreou um grande tubarão branco diferente da África do Sul nadando até a costa noroeste da Austrália e voltando, uma jornada de 20 mil quilômetros (12 mil milhas; 11 mil milhas náuticas) em menos de nove meses.[45] Essas observações argumentam contra as teorias tradicionais de que os tubarões-brancos são predadores territoriais costeiros e abrem a possibilidade de interação entre populações de tubarões que antes se pensava serem discretas. As razões de sua migração e o que fazem em seu destino ainda são desconhecidas. As possibilidades incluem alimentação sazonal ou acasalamento.[46]

Dentes superios
Dentes inferiores

No Atlântico Noroeste, as populações de tubarões-brancos na costa da Nova Inglaterra foram quase erradicadas devido à pesca excessiva.[47] Nos últimos anos, as populações cresceram muito,[48] em grande parte devido ao aumento das populações de focas em cabo Cod, Massachussetes, desde a promulgação da Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos em 1972.[49] Atualmente, muito pouco se sabe sobre os padrões de caça e movimento dos tubarões-brancos em cabo Cod, mas estudos em andamento esperam oferecer informações sobre essa crescente população de tubarões.[50] A Divisão de Pesca Marinha de Massachussetes (parte do Departamento de Pesca e Caça) iniciou um estudo populacional em 2014; desde 2019, esta pesquisa se concentrou em como os humanos podem evitar conflitos com tubarões.[51] Um estudo de 2018 indicou que os tubarões-brancos preferem se reunir nas profundezas dos redemoinhos anticiclônicos no Oceano Atlântico Norte. Os tubarões estudados tendiam a favorecer os redemoinhos de água quente, passando as horas do dia a 450 metros e vindo à superfície à noite.[52]

Anatomia e aparência

O tubarão-branco tem um focinho robusto, grande e cônico. Os lobos superior e inferior da barbatana caudal são aproximadamente do mesmo tamanho, o que é semelhante a alguns lamniformes. Um tubarão-branco apresenta contra-sombreamento, por ter uma parte inferior branca e uma área dorsal cinza (às vezes em um tom marrom ou azul) que dá uma aparência geral mosqueada. A coloração torna difícil à presa identificar o tubarão porque quebra o contorno do tubarão quando visto de lado. De cima, o tom mais escuro se mistura com o mar e de baixo expõe uma silhueta mínima contra a luz do sol. O leucismo é extremamente raro nesta espécie, mas foi documentado em um tubarão-branco (um filhote que apareceu na costa da Austrália e morreu).[53] Os grandes tubarões brancos, como muitos outros tubarões, têm fileiras de dentes serrilhados atrás dos principais, prontos para substituir qualquer um que se quebre. Quando o tubarão morde, balança a cabeça de um lado para o outro, ajudando os dentes a cortar grandes pedaços de carne.[54] Os tubarões-brancos, como outros lamniformes, têm olhos maiores do que outras espécies de tubarões em proporção ao tamanho do corpo. A íris do olho é de um azul profundo em vez de preto.[55]

Tamanho

Ficheiro:WRGW.jpg
Espécime capturado em Cuba em 1945, que supostamente tinha 6,4 metros (21 pés) de comprimento e pesava cerca de 3 175–3 324 quilos (7 000–7 328 libras).[56][57] Estudos posteriores provaram que este espécime estava na faixa de tamanho normal, com cerca de 4,9 metros (16 pés) de comprimento.[4]

Nos tubarões-brancos, o dimorfismo sexual está presente e as fêmeas são geralmente maiores que os machos. Os brancos masculinos medem em média 3,4 a 4,0 metros (11 a 13 pés) de comprimento, enquanto as fêmeas medem 4,6 a 4,9 metros (15 a 16 pés).[6] Os adultos desta espécie pesam em média 522–771 quilos (1 151–1 700 libras);[58] no entanto, as fêmeas maduras podem ter uma massa média de 680–1 110 quilos (1 500–2 450 libras). As maiores fêmeas registradas mediam até 6,1 metros (20 pés) de comprimento e tinham um peso estimado de 1 905 quilos (4 200 libras),[4] talvez até 2 268 quilos (cinco mil libras).[5] O tamanho máximo está sujeito a debate porque alguns relatórios são estimativas aproximadas ou especulações realizadas em circunstâncias questionáveis.[59] Entre os peixes cartilaginosos vivos, apenas o tubarão-baleia (Rhincodon typus), o tubarão-frade (Cetorhinus maximus) e a jamanta (Manta birostris), nessa ordem, são em média maiores e mais pesadas. Essas três espécies são geralmente bastante dóceis em disposição e passivamente filtram organismos muito pequenos.[58] Isso torna o tubarão-branco o maior peixe macropredatório existente. Os tubarões-brancos têm cerca de 1,2 metro (3,9 pés) quando nascem e crescem cerca de 25 centímetros (9,8 polegadas) a cada ano.[60]

De acordo com J. E. Randall, o maior tubarão-branco medido de forma confiável foi um indivíduo de 5,94 metros (19,5 pés) relatado em Ledge Point, Austrália Ocidental, em 1987.[61] Outro espécime de tamanho semelhante foi verificado pelo Centro de Pesquisa Canadense de Tubarão: uma fêmea capturada por David McKendrick de Alberton, Ilha do Príncipe Eduardo, em agosto de 1988 no Golfo de São Lourenço, próximo à Ilha do Príncipe Eduardo. Este tubarão-branco fêmea tinha 6,1 metros (20 pés) de comprimento.[4] No entanto, houve um relatório considerado confiável por alguns especialistas no passado, de um espécime maior de tubarão-branco de Cuba em 1945.[57][62][63][64] Este espécime teria 6,4 metros (21 pés) de comprimento e uma massa corporal estimada em 3 324 (7 328 libras).[57][63] No entanto, estudos posteriores também revelaram que este espécime em particular tinha na verdade cerca de 4,9 metros (16 pés) de comprimento, um espécime na faixa média de tamanho máximo.[4] O maior tubarão-branco reconhecido pela International Game Fish Association (IGFA) é um capturado por Alf Dean nas águas do sul da Austrália em 1959, pesando 1 208 quilo (2 663 libras).[59]

Exemplos de tubarões-brancos grandes não confirmados

Ficheiro:Great white shark caught in Seven Star Lake in 1997.jpg
Grande tubarão-branco capturado no condado de Hualien, Taiuã, em 14 de maio de 1997: teria (não confirmado) quase 7 metros (23 pés) de comprimento com uma massa de 2 500 quilos (5 500 libras).[65]

Uma série de grandes espécimes de tubarão-branco não confirmados foram registrados.[65] Durante décadas, muitos trabalhos ictiológicos, bem como o Guinness Book of World Records, listaram dois grandes tubarões-brancos como os maiores indivíduos: na década de 1870, um exemplar de 10,9 metros (36 pés) capturado nas águas do sul da Austrália, perto de Port Fairy, e outro de 11,3 metros (37 pés) preso em um açude de arenque em Nova Brunsvique, Canadá, na década de 1930. No entanto, essas medidas não foram obtidas de maneira rigorosa e cientificamente válida, e os pesquisadores questionaram a confiabilidade dessas medidas por muito tempo, observando que eram muito maiores do que qualquer outro avistamento relatado com precisão. Estudos posteriores provaram que essas dúvidas eram bem fundamentadas. Este tubarão de Nova Brunsvique pode ter sido um tubarão-frade mal identificado, pois os dois têm formas corporais semelhantes. A questão do tubarão de Port Fairy foi resolvida na década de 1970, quando J. E. Randall examinou as mandíbulas do tubarão e "descobriu que o tubarão de Port Fairy tinha cerca de 5 metros (16 pés) de comprimento e sugeriu que um erro havia sido cometido no registro original, em 1870, do comprimento do tubarão".[61]

Embora essas medidas não tenham sido confirmadas, alguns tubarões-brancos capturados nos tempos modernos foram estimados em mais de 7 metros (23 pés) de comprimento,[66] mas essas alegações receberam algumas críticas.[59][66] No entanto, J. E. Randall acreditava que o tubarão-branco pode ter excedido 6,1 metros (20 pés) de comprimento.[61] Um tubarão-branco foi capturado perto da ilha Kangaroo na Austrália em 1 de abril de 1987. Este tubarão foi estimado em mais de 6,9 ​​metros (23 pés) de comprimento por Peter Resiley,[61][67] e foi designado como KANGA.[66] Outro exemplar foi capturado em Malta por Alfredo Cutajar em 16 de abril de 1987. Este tubarão também foi estimado em cerca de 7,13 metros (23,4 pés) de comprimento por John Abela e foi designado como MALTA.[66][68] No entanto, Cappo atraiu críticas porque usou métodos de estimativa de tamanho de tubarão propostos por J. E. Randall para sugerir que o espécime KANGA tinha 5,8–6,4 metros (19–21 pés) de comprimento.[66] De forma semelhante, I. K. Fergusson também usou métodos de estimativa de tamanho de tubarão propostos por J. E. Randall para sugerir que o espécime de MALTA tinha 5,3–5,7 metros (17–19 pés) de comprimento. No entanto, evidências fotográficas sugeriram que esses espécimes eram maiores do que as estimativas de tamanho obtidas pelos métodos de Randall.[66] Assim, uma equipe de cientistas – H. F. Mollet, G. M. Cailliet, A. P. Klimley, D. A. Ebert, A. D. Testi e L. J. V. Compagno – revisaram os casos dos espécimes KANGA e MALTA em 1996 para resolver a disputa através da realização de uma análise morfométrica abrangente dos restos desses tubarões e reexaminar de evidências fotográficas na tentativa de validar as estimativas de tamanho originais e seus achados foram consistentes com elas. Os resultados indicaram que as estimativas de P. Resiley e J. Abela são razoáveis ​​e não podem ser descartadas.[66]

Um tubarão-branco fêmea particularmente apelidado de "Deep Blue", estimado em 6,1 metros (20 pés), foi filmado em Guadalupe durante as filmagens do episódio de 2014 da Shark Week "Jaws Strikes Back". Deep Blue também ganharia atenção significativa mais tarde quando foi filmada interagindo com o pesquisador Mauricio Hoyas Pallida em um vídeo viral que Mauricio postou no Facebook em 11 de junho de 2015.[69] Deep Blue foi visto mais tarde em Oahu em janeiro de 2019 enquanto procurava uma carcaça de cachalote, após o que foi filmada nadando ao lado de mergulhadores, incluindo o operador de turismo de mergulho e modelo Ocean Ramsey em águas abertas.[70][71][72] Em julho de 2019, um pescador, J. B. Currell, estava em uma viagem para cabo Cod a partir das Bermudas com Tom Brownell quando viu um grande tubarão a cerca de 64 quilômetros a sudeste de Martha's Vineyard. Gravando-o em vídeo, ele disse que pesava cerca de 2 300 quilos e média de 7,6 a 9,1 metros, evocando uma comparação com o tubarão fictício da obra Tubarão. O vídeo foi compartilhado com a página "Troy Dando Fishing" no Facebook.[73] Um tubarão-branco particularmente infame, supostamente de proporções recordes, uma vez patrulhava a área que compreende a baía False, na África do Sul, e teria mais de 7 metros (23 pés) durante o início dos anos 80. Este tubarão, conhecido localmente como o "Submarino", tinha uma reputação lendária que era supostamente bem fundamentada. Embora os rumores tenham afirmado que este era exagerado em tamanho ou inexistente, relatos de testemunhas do então jovem Craig Anthony Ferreira, um notável especialista em tubarões na África do Sul, e seu pai indicam um animal incomumente grande de tamanho e poder consideráveis ​​(embora permanece incerto o quão grande era o tubarão quando escapou da captura cada vez que foi fisgado). Ferreira descreve os quatro encontros com o tubarão-branco dos quais participou com grande detalhe em seu livro Great White Sharks On Their Best Behavior.[74]

Um contendor em tamanho máximo entre os tubarões predadores é o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier). Enquanto os tubarões-tigre, que são tipicamente alguns pés menores e têm uma estrutura corporal mais magra e menos pesada do que os tubarões brancos, foram confirmados atingindo pelo menos 5,5 metros (18 pés) de comprimento, um espécime não verificado mediu 7,4 metros (24 pés) de comprimento e pesava 3 110 quilos (6 860 libras), mais de duas vezes mais pesado que o maior espécime confirmado em 1 524 quilos (3 336).[58][75][76] Alguns outros tubarões macropredatórios, como o tubarão-da-groenlândia (Somniosus microcephalus) e o tubarão-dormedor-do-pacífico (Somniosus pacificus), relatadamente rivalizam com os tubarões em comprimento (mas provavelmente pesam um pouco menos, pois são mais esbeltos em construção do que um grande branco) em casos excepcionais.[77][78]

Tamanhos relatados

Adaptações

Tubarão-branco nadando
Tubarão mordendo a isca de cabeça de peixe ao lado de uma gaiola em False Bay, África do Sul

Os tubarões-brancos, como todos os outros tubarões, têm um sentido extra dado pelas ampolas de Lorenzini que lhes permite detectar o campo eletromagnético emitido pelo movimento dos animais vivos. São tão sensíveis que podem detectar variações de meio bilionésimo de volt. De perto, isso permite que o tubarão localize até mesmo animais imóveis, detectando seus batimentos cardíacos.[96] A maioria dos peixes tem um sentido menos desenvolvido, mas semelhante, usando a linha lateral do corpo.[97]

Para caçar com mais sucesso presas rápidas e ágeis, como leões marinhos, o tubarão-branco se adaptou para manter uma temperatura corporal mais quente que a água ao redor. Uma dessas adaptações é uma rete mirabile (latim para "rede maravilhosa"). Essa estrutura de veias e artérias em forma de teia, localizada ao longo de cada lateral do tubarão, conserva o calor aquecendo o sangue arterial mais frio com o sangue venoso que foi aquecido pelos músculos que trabalham. Isso mantém certas partes do corpo (particularmente o estômago) em temperaturas de até 14 °C (25 °F)[98] acima da água ao redor, enquanto o coração e as brânquias permanecem à temperatura do mar. Ao conservar energia, a temperatura corporal central pode cair para corresponder ao ambiente. O sucesso de um tubarão-branco em elevar sua temperatura central é um exemplo de gigantotermia. Portanto, tubarão-branco pode ser considerado um poiquilotérmico endotérmico ou mesotérmico porque sua temperatura corporal não é constante, mas é regulada internamente.[54][99] Os tubarões-brancos também contam com a gordura e os óleos armazenados em seus fígados para migrações de longa distância em áreas pobres em nutrientes dos oceanos.[100] Estudos da Universidade de Stanford e do Aquário da baía de Monterey publicados em 17 de julho de 2013 revelaram que, além de controlar a flutuabilidade dos tubarões, o fígado dos tubarões-brancos é essencial nos padrões de migração. Tubarões que afundam mais rápido durante mergulhos à deriva utilizam suas reservas internas de energia mais rapidamente do que aqueles que afundam em um mergulho em taxas mais lentas.[101]

A toxicidade de metais pesados ​​parece ter poucos efeitos negativos em tubarões-brancos. Amostras de sangue coletadas de 43 indivíduos de tamanhos, idades e sexos variados na costa sul-africana lideradas por biólogos da Universidade de Miami em 2012 indicam que, apesar dos altos níveis de mercúrio, chumbo e arsênio, não havia sinal de aumento da contagem de glóbulos brancos e das proporções de granulados para linfócitos, indicando que os tubarões tinham sistemas imunológicos saudáveis. Esta descoberta sugere uma defesa fisiológica previamente desconhecida contra o envenenamento por metais pesados. Os tubarões-brancos são conhecidos por terem uma propensão à "autocura e evitar doenças relacionadas à idade".[102]

Força da mordida

Um estudo de 2007 da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sidnei, Austrália, usou tomografia computadorizada do crânio de um tubarão e modelos de computador para medir a força máxima de mordida do tubarão. O estudo revela que as forças e comportamentos em seu crânio são adaptadas para lidar e resolver teorias concorrentes sobre seu comportamento alimentar.[103] Em 2008, uma equipe de cientistas liderada por Stephen Wroe conduziu um experimento para determinar o poder da mandíbula do tubarão-branco e as descobertas indicaram que um espécime pesando 3 324 quilos (7 328 libras) poderia exercer uma força de mordida de 18 216 newtons (4 095 lbf).[63]

Ecologia e comportamento

Um tubarão vira de costas enquanto caça isca de atum

O comportamento e a estrutura social deste tubarão são complexas.[104] Na África do Sul, os tubarões-brancos têm uma hierarquia de dominância dependendo do tamanho, sexo e direitos do invasor: as fêmeas dominam os machos, os maiores dominam os menores e os residentes dominam os recém-chegados. Ao caçar, os tubarões-brancos tendem a separar e resolver conflitos com rituais e exibições. Raramente recorrem ao combate, embora alguns indivíduos tenham sido encontrados com marcas de mordida que correspondem às de outros tubarões-brancos. Isso sugere que quando um tubarão-branco se aproxima demais de outro, eles reagem com uma mordida de aviso. Outra possibilidade é que os tubarões-brancos mordam para mostrar seu domínio. Dados adquiridos de receptores de telemetria de origem animal e publicados em 2022 pela revista Royal Society Publishing sugerem que alguns indivíduos podem se associar para que possam compartilhar inadvertidamente informações sobre o paradeiro de presas ou a localização dos restos de animais que podem ser eliminados. Como o biolog pode ajudar a revelar hábitos sociais, permite uma melhor compreensão em estudos futuros sobre toda a extensão das interações sociais em grandes animais marinhos, incluindo o tubarão-branco.[105]

O tubarão-branco é um dos poucos tubarões conhecidos por levantar regularmente a cabeça acima da superfície do mar para observar outros objetos, como presas. Isso é conhecido como salto de espionagem. Esse comportamento também foi visto em pelo menos um grupo de tubarões-de-pontas-negras-do-recife, mas isso pode ser aprendido da interação com humanos (teoriza-se que o tubarão também pode cheirar melhor dessa maneira porque o cheiro viaja pelo ar mais rápido do que pela água). Os tubarões-brancos geralmente são animais muito curiosos, exibem inteligência e também podem se socializar se a situação exigir. Na ilha das Focas, tubarões-brancos foram observados chegando e partindo em "clãs" estáveis ​​de dois a seis indivíduos anualmente. Se os membros do clã são parentes é desconhecido, mas se dão bem pacificamente. Na verdade, a estrutura social de um clã é provavelmente mais apropriadamente comparada à de uma matilha de lobos; em que cada membro tem uma classificação claramente estabelecida e cada clã tem um líder alfa. Quando membros de clãs diferentes se encontram, estabelecem uma posição social de forma não violenta através de uma variedade de interações.[106]

Alimentação

Tubarão alimentando-se, à superfície
Pessoa olhando marcas de mordida de um tubarão-branco em uma carcaça de baleia encalhada

Os tubarões-brancos são carnívoros e se alimentam de peixes (por exemplo, atum, raias e outros tubarões), cetáceos (ou seja, golfinhos, botos, baleias), pinípedes (por exemplo, focas, lobos-marinhos, e leões-marinhos), tartarugas,[106] lontras-marinhas (Enhydra lutris) e aves marinhas.[107] Os tubarões-brancos também são conhecidos por comer objetos que são incapazes de digerir. Os juvenis atacam predominantemente peixes, incluindo outros elasmobrânquios, pois suas mandíbulas não são fortes o suficiente para suportar as forças necessárias para atacar presas maiores, como pinípedes e cetáceos, até atingirem um comprimento de 3 metros (9,8 pés) ou mais, no qual apontam que a cartilagem da mandíbula se mineraliza o suficiente para suportar o impacto de morder espécies de presas maiores.[108] Ao se aproximar de um comprimento de quase 4 metros (13 pés), começam a se alimentar predominantemente de mamíferos marinhos, embora alguns indivíduos pareçam se especializar em diferentes tipos de presas, dependendo de suas preferências.[109][110] Eles parecem ser altamente oportunistas.[111][112] Esses tubarões preferem presas com alto teor de gordura rica em energia. O especialista em tubarões Peter Klimley usou um equipamento de vara e molinete e trolou carcaças de uma foca, um porco e uma ovelha de seu barco em South Farallons. Os tubarões atacaram todas as três iscas, mas rejeitaram a carcaça da ovelha.[113]

Ao largo de Ilha Longa, False Bay, na África do Sul, os tubarões emboscam lobos-marinhos-australianos (Arctocephalus pusillus) por baixo em alta velocidade, atingindo o lobo no meio do corpo. Atingem altas velocidades que lhes permitem romper completamente a superfície da água. A velocidade máxima de rajada é estimada em mais de 40 km/h (25 mph).[114] Eles também foram observados perseguindo presas após um ataque perdido. A presa é geralmente atacada na superfície.[115] Os ataques de tubarão ocorrem com mais frequência pela manhã, duas horas após o nascer do sol, quando a visibilidade é ruim. Sua taxa de sucesso é de 55% nas primeiras duas horas, caindo para 40% no final da manhã, após o que a caça para.[106]

Ao largo da Califórnia, os tubarões imobilizam elefantes-marinhos-do-norte (Mirounga angustirostris) com uma grande mordida no traseiro (que é a principal fonte de mobilidade da foca) e esperam que o elefante-marinho sangre até a morte. Esta técnica é especialmente usada em elefantes-marinhos adultos, que são tipicamente maiores que o tubarão, variando entre 1 500 e 2 000 quilos (3 300 e 4 400 libras), e são adversários potencialmente perigosos.[116][117] Mais comumente, porém, elefantes-marinhos juvenis são os mais consumidos em colônias de elefantes-marinhos.[118] A presa é normalmente atacada no abaixo da superfície. As focas-comuns (Phoca vitulina) são retiradas da superfície e arrastadas para baixo até que parem de lutar. Elas são então comidas perto do fundo. Os leões-marinhos-da-califórnia (Zalophus californianus) são emboscados por baixo e atingidos no meio do corpo antes de serem arrastados e comidos.[119]

Exemplar perto de Gansaai exibindo seus dentes

No Atlântico Noroeste, os tubarões-brancos maduros são conhecidos por se alimentarem tanto de focas-comuns quanto de focas-cinzentas (Halichoerus grypus).[49] Ao contrário dos adultos, os tubarões-brancos juvenis na área se alimentam de espécies de peixes menores até que sejam grandes o suficiente para se alimentar de mamíferos marinhos, como focas.[120] Os tubarões-brancos também atacam golfinhos e botos por cima, por trás ou por baixo para evitar serem detectados por sua ecolocalização. As espécies-alvo incluem golfinhos-do-crepúsculo (Sagmatias obscurus), golfinhos-de-risso (Grampus griseus), golfinhos-nariz-de-garrafa (Tursiops ssp.)[66][121] golfinhos-corcunda (Sousa ssp.),[121] toninhas-comuns (Phocoena phocoena), e botos-de-dall (Phocoenoides dalli).[66] Grupos de golfinhos foram observados ocasionalmente se defendendo de tubarões com fazendo um círculo em torno do alvo.[121] A predação do tubarão-branco em outras espécies de pequenos cetáceos também foi observada. Em agosto de 1989, um cachalote-pigmeu macho juvenil de 1,8 metros (5,9 pés) (Kogia breviceps) foi encontrado encalhado no centro da Califórnia com uma marca de mordida de tubarão-branco em seu pedúnculo caudal.[122] Além disso, os tubarões-brancos atacam zifiídeos;[66][121] foram observados casos em que uma baleia-bicuda-de-stejneger adulta (Mesoplodon stejnegeri), com uma massa média de cerca de 1 100 quilos (2 400 libras),[123] e uma baleia-bicuda-de-cuvier juvenil (Ziphius cavirostris), um indivíduo estimado em 3 metros (9,8 pés), foram caçados e mortos por tubarões-brancos.[124] Ao caçar tartarugas marinhas, elas parecem simplesmente morder a carapaça em torno de uma nadadeira, imobilizando a tartaruga. A espécie mais pesada de peixes ósseos, como o peixe-lua (Mola mola), foi encontrada em estômagos de tubarão-branco.[111]

As carcaças de baleias constituem uma parte importante da dieta dos tubarões-brancos. No entanto, isso raramente foi observado devido à morte de baleias em áreas remotas. Estima-se que 30 quilos (66 libras) de gordura de baleia poderiam alimentar um tubarão branco de 4,5 metros (15 pés) por 1,5 meses. Observações detalhadas foram feitas de quatro carcaças de baleias em False Bay entre 2000 e 2010. Os tubarões foram atraídos para a carcaça por detecção de produtos químicos e odor, espalhados por ventos fortes. Depois de se alimentarem inicialmente do pedúnculo caudal e barbatana da baleia, os tubarões investigavam a carcaça nadando lentamente ao redor dela e mordendo várias partes antes de selecionar uma área rica em gordura. Durante os períodos de alimentação de 15 a 20 segundos, os tubarões removeram a carne com movimentos laterais de cabeça, sem a rotação ocular protetora que empregam ao atacar presas vivas. Os tubarões foram frequentemente observados regurgitando pedaços de gordura e imediatamente retornando à alimentação, possivelmente para substituir pedaços de baixo rendimento energético por pedaços de alto rendimento energético, usando seus dentes como mecanorreceptores para distingui-los. Depois de se alimentarem por várias horas, os tubarões pareciam letárgicos, não mais nadando até a superfície; foram observados mordendo a carcaça, mas aparentemente incapazes de morder com força suficiente para remover a carne, quicavam e afundavam lentamente. Até oito tubarões foram observados se alimentando simultaneamente, esbarrando uns nos outros sem mostrar nenhum sinal de agressão; em uma ocasião, um tubarão acidentalmente mordeu a cabeça de um tubarão vizinho, deixando dois dentes presos, mas ambos continuaram a se alimentar sem serem perturbados. Indivíduos menores pairavam ao redor da carcaça comendo pedaços que se afastavam. Excepcionalmente à área, um grande número de tubarões com mais de cinco metros de comprimento foi observado, sugerindo que os maiores tubarões mudam seu comportamento para procurar baleias à medida que perdem a capacidade de manobra necessária para caçar focas. A equipe de investigação concluiu que a importância das carcaças de baleias, particularmente para os maiores tubarões-brancos, foi subestimada.[125]

O conteúdo estomacal de tubarões-brancos também indica que tubarões-baleia juvenis e adultos também podem ser incluídos no menu do animal, embora não seja conhecido até o momento se isso é caça ativo ou restos de carniça.[126][127] Em outro incidente documentado, tubarões-brancos foram observados vasculhando uma carcaça de baleia ao lado de tubarões-tigre.[128] Em 2020, os biólogos marinhos Sasha Dines e Enrico Gennari publicaram um incidente documentado na revista Marine and Freshwater Research de um grupo de tubarões-brancos exibindo comportamento semelhante a um bando, atacando e matando com sucesso uma baleia-jubarte juvenil viva de 7 metros (23 pés). Os tubarões utilizaram a estratégia de ataque clássica usada em pinípedes ao atacar a baleia, mesmo utilizando a tática de morder e cuspir que empregam em presas menores. A baleia era um indivíduo emaranhado, muito emaciado e, portanto, mais vulnerável aos ataques dos tubarões. O incidente é a primeira documentação conhecida de tubarões-brancos matando ativamente um grande misticeto.[129][130] Um segundo incidente de tubarões-brancos matando baleias-jubarte envolvendo uma única grande fêmea apelidada de Helen foi documentado na costa da África do Sul. Trabalhando sozinho, o tubarão atacou uma baleia-jubarte de 33 pés (10 metros) emaciada e emaranhada, atacando a cauda da baleia para aleijá-la antes que conseguisse afogar a baleia mordendo sua cabeça e puxando-a para debaixo d'água. O ataque foi testemunhado por drone aéreo pelo biólogo marinho Ryan Johnson, que disse que o ataque durou cerca de 50 minutos antes de o tubarão matar a baleia com sucesso. Johnson sugeriu que o tubarão pode ter planejado seu ataque para matar um animal tão grande.[131][132]

Reprodução

Pensava-se anteriormente que os tubarões-brancos atingiam a maturidade sexual por volta dos 15 anos de idade, mas agora acredita-se que demorem muito mais; os machos atingem a maturidade sexual aos 26 anos, enquanto as fêmeas levam 33 anos.[9][133][134] Acreditava-se originalmente que a expectativa de vida máxima era de mais de 30 anos, mas um estudo do Instituto Oceanográfico Woods Hole colocou-a em mais de 70 anos. Os exames de contagem de anéis de crescimento vertebral deram uma idade máxima masculina de 73 anos e uma idade máxima feminina de 40 anos para os espécimes estudados. A maturidade sexual tardia do tubarão, a baixa taxa reprodutiva, o longo período de gestação de 11 meses e o crescimento lento o tornam vulnerável a pressões como pesca excessiva e mudanças ambientais.[8]

Pouco se sabe sobre os hábitos de acasalamento do tubarão-branco, e o comportamento de acasalamento não havia sido observado nesta espécie até 1997 e devidamente documentado em 2020. Presumia-se anteriormente que as carcaças de baleias são um local importante para os tubarões sexualmente maduros se encontrarem. acasalamento.[125] De acordo com o testemunho do pescador Dick Ledgerwood, que observou dois grandes tubarões brancos acasalando na área próxima a Port Chalmers e Otago Harbour, na Nova Zelândia, teoriza-se que acasalam em águas rasas longe das áreas de alimentação e continuamente rolam de barriga para barriga durante a cópula.[135] O nascimento nunca foi observado, mas as fêmeas grávidas foram examinadas. Os tubarões-brancos são ovovivíparos, o que significa que os ovos se desenvolvem e eclodem no útero e continuam a se desenvolver até o nascimento.[136] O tubarão-branco tem um período de gestação de 11 meses. As poderosas mandíbulas do filhote de tubarão começam a se desenvolver no primeiro mês. Os tubarões não nascidos participam da oofagia, na qual se alimentam de óvulos produzidos pela mãe. A entrega é na primavera e no verão.[137] O maior número de filhotes registrados para esta espécie é de 14 filhotes de uma mãe solteira medindo 4,5 metros (15 pés) que foi morta acidentalmente em Taiuã em 2019.[138]

Comportamento de brecha

Tubarão realizando uma brecha em Gansaai, África do Sul

Uma brecha é o resultado de uma aproximação de alta velocidade à superfície com o impulso resultante levando o tubarão parcial ou completamente para fora da água. Esta é uma técnica de caça empregada por tubarões-brancos enquanto caçam focas. Esta técnica é frequentemente usada em lobos-marinhos-australianos na ilha das Focas em False Bay, África do Sul. Como o comportamento é imprevisível, é muito difícil documentar. Foi fotografado pela primeira vez por Chris Fallows e Rob Lawrence, que desenvolveram a técnica de rebocar um chamariz de foca em movimento lento para enganar os tubarões.[139] Entre abril e setembro, os cientistas podem observar cerca de 600 brechas. As focas nadam na superfície e os tubarões-brancos lançam seu ataque predatório das águas mais profundas abaixo. Eles podem atingir velocidades de até 40 km/h (25 mph) e às vezes podem se lançar a mais de 3 metros (10 pés) no ar. Pouco menos da metade dos ataques de brecha observados são bem-sucedidos.[140] Em 2011, um tubarão de 3 metros de comprimento pulou em um navio oceanográfico com sete pessoas na ilha das Focas, em Mossel Bay. A tripulação estava realizando um estudo populacional usando sardinhas como isca, e o incidente foi considerado não um ataque ao barco, mas um acidente.[141]

Ameaças naturais

Comparação entre uma orca e um tubarão-branco

A competição interespecífica entre o tubarão-branco e a orca é provável em regiões onde as preferências alimentares de ambas as espécies podem se sobrepor.[121] Um incidente foi documentado em 4 de outubro de 1997, nas ilhas Farallon, na Califórnia, nos Estados Unidos. Estima-se que uma orca fêmea de 4,7 a 5,3 metros (15 a 17 pés) imobilizou um tubarão-branco de 3 a 4 metros (9,8 a 13,1 pés).[142] A orca segurou o tubarão de cabeça para baixo para induzir a imobilidade tônica e manteve o tubarão imóvel por quinze minutos, fazendo-o sufocar. A orca então começou a comer o fígado do tubarão morto.[121][142][143] Acredita-se que o cheiro da carcaça do tubarão morto fez com que todos os tubarões-brancos da região fugissem, perdendo a oportunidade de uma ótima alimentação sazonal.[144] Outro ataque semelhante aparentemente ocorreu lá em 2000, mas seu resultado não é claro.[145] Após ambos os ataques, a população local de cerca de 100 tubarões-brancos desapareceu.[143] Após o incidente de 2000, descobriu-se que um tubarão-branco com uma etiqueta de satélite submergiu imediatamente a uma profundidade de 500 metros (1 600 pés) e nadou para o Havaí.[145]

Em 2015, um grupo de orcas foi registrado matando um tubarão-branco no sul da Austrália.[146] Em 2017, três tubarões-brancos foram encontrados na praia perto de Gansbaai, na África do Sul, com as cavidades do corpo rasgadas e os fígados removidos pelo que provavelmente eram orcas.[147] As orcas também geralmente impactam na distribuição de tubarões-brancos. Estudos publicados em 2019 sobre a distribuição e interações de orcas e grandes tubarões brancos ao redor das Ilhas Farallon indicam que os cetáceos impactam negativamente os tubarões, com breves aparições de orcas fazendo com que os tubarões procurem novas áreas de alimentação até a próxima temporada.[148] Ocasionalmente, no entanto, alguns tubarões-brancos foram vistos nadando perto de orcas sem medo.[149]

Notas

[a] ^ No tempo de Belon, foram chamados "cães do mar".[150]

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