Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

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Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo

Prédio do Biênio da EPUSP
POLI
Fundação 1893
Instituição mãe Universidade de São Paulo
Tipo de instituição Unidade de ensino, pesquisa e extensão
Localização São Paulo,  São Paulo,  Brasil
Docentes 460[1]
Graduação 4661[2]
Pós-graduação 3482[3]
Campus Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira
[4]
Página oficial www.poli.usp.br

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP, EP, POLI - USP ou simplesmente POLI, como normalmente é chamada) é a unidade da Universidade de São Paulo que ministra cursos de engenharia na cidade de São Paulo. Fundada em 1893 - antes mesmo da criação da USP - como a primeira escola de engenharia do Estado de São Paulo, sob a denominação de Escola Politécnica de São Paulo, foi incorporada à USP em 1934, tendo sido também uma das fundadoras desta universidade. Seus alunos e ex-alunos são conhecidos como "politécnicos".

Em virtude de vários formandos desta instituição, ao longo da sua história, ocuparem cargos com exposição pública e/ou de liderança empresarial e industrial, atribuiu-se a ela a fama de formadora de líderes. É referência nacional pela sua tradição e qualidade, e é também a faculdade com maior quantidade de habilitações em engenharia da América Latina. A Escola Politécnica possui numerosas parcerias internacionais de intercâmbio[5] e pesquisa.

É considerada, juntamente com as outras unidades da USP que ministram cursos de engenharia e/ou TI, a 75º melhor escola de tecnologia do mundo e a melhor da América Latina, segundo ranking QS em 2013[6], a melhor escola de engenharia da América Latina segundo o Times Higher Education em 2014[7], e entre as cem primeiras escolas de engenharia do mundo pelo ARWU no mesmo ano[8]. Igualmente em conjunto com as demais escolas de engenharia da USP, os cursos de engenharia da Poli ficam entre as primeiras colocações em rankings e indicadores nacionais, como o Ranking Universitário Folha[9][10] e indicadores do MEC.

Ingresso

O ingresso nos cursos de graduação da Escola se dá, assim como para todos os outros cursos da USP, pela admissão no concurso realizado pela FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular). A instituição oferece 820 vagas anualmente. É tradicionalmente o maior vestibular de engenharia do Brasil, com cerca de 15 mil candidatos.[11] Tradicionalmente, é uma das carreiras mais procuradas e com maior nota de corte no vestibular da FUVEST. A Poli se posicionou contra a adoção do ENEM para a seleção de alunos em 2015[12].

Para alunos que já tenham cursado parte da graduação fora da Escola Politécnica, há a possibilidade de concurso de transferência externa[13], que é realizado anualmente. Em 2015, foram ofertadas 32 vagas nessa modalidade.

Finalmente, a Poli conta com uma significativa presença de alunos estrangeiros, tanto em cursos de graduação como nos de pós-graduação. A Poli conta com o iPoli, um grupo específico de alunos nacionais para auxiliar na recepção e integração dos alunos estrangeiros[14]. Entre 2001 e 2015, cerca de 160 alunos estrangeiros vieram para a Escola Politécnica fazer um programa de duplo-diploma (intercâmbios diplomantes com duração de até 2 anos). A Poli também recebe alunos em intercâmbios de menor duração, chamados Aproveitamento de Estudos.

Desde 2012, a escola tem se expandindo, principalmente com a oferta de novos cursos. A partir daquele ano, a Poli abriu seu primeiro campus fora da Cidade Universitária, para os alunos de Engenharia de Petróleo[15]. A Poli inaugurou, em 2014, o curso de Engenharia de Computação com Ênfase em Sistemas Corporativos, originalmente previsto para se instalar no campus da USP Leste[16]. Porém, devido a dificuldades iniciais com o campus, o curso é atualmente ministrado no campus principal da Poli.

Está em estudos a abertura de um curso de Engenharia Nuclear, em parceria com o IPEN, com aulas tanto no campus principal quanto no Centro Experimental Aramar, da Marinha. A proposta depende da aprovação pelos órgãos normativos da USP[17]. A Poli já possuía acordos com a Marinha desde meados da década de 1950, os quais permitiam que oficiais da Marinha cursassem matérias de graduação e pós-graduação[18].

Estrutura do Curso

A escolha do curso de engenharia desejado dentro da Escola Politécnica se dá no momento de sua inscrição à época da prova vestibular (FUVEST). No entanto, é bastante comum que alunos realizem transferências internas entre os diferentes cursos.

Ciclo Básico

O "Ciclo Básico" da Escola Politécnica é formado pelo conjunto de disciplinas comuns (e obrigatórias) aos alunos do primeiro e do segundo ano. O objetivo do ciclo básico é de fornecer aos alunos os métodos e as ferramentas matemáticas necessárias para o estudo da engenharia. Nos dois primeiros semestres, os alunos da Escola Politécnica cursam apenas as matérias do ciclo básico, sendo elas: Cálculo, Álgebra Linear, Física, Introdução à Computação, Desenho Técnico, Introdução à Engenharia, Introdução à Ciências dos Materiais, Mecânica e Química Geral e Tecnológica.

Recentemente, a Escola Politécnica passou a flexibilizar o Ciclo Básico, para permitir que os alunos escolham optativas a partir do segundo semestre e tornar o curso mais focado nos interesses do aluno.

Grandes Áreas

Os cursos da Poli dividem-se tradicionalmente em "Grandes Áreas" (GAs), que concentram matérias comuns. Por exemplo, as engenharias Mecânica, Mecatrônica e de Produção fazem parte da Grande Área Mecânica, por terem várias disciplinas em comum. Similarmente, os alunos de Automação e Controle, Energia e Automação, Sistemas Eletrônicos e Telecomunicações têm os mesmos cursos obrigatórios até o 3º ano da graduação, passando a se diferenciar apenas no 4º e 5º anos.

Ênfases

As atuais ênfases da Escola, ordenadas por Grande Área, são:

Orçamento

A Escola Politécnica possui o maior orçamento dentre as escolas de engenharia públicas brasileiras. O orçamento anual da Escola, provindo do tesouro do Estado e distribuído pela administração da USP, é de R$96.833.056,00.[19]

Além do dinheiro do Estado, a Poli recebe investimentos de parcerias com a iniciativa privada. Atualmente a Escola possui 323 convênios e contratos com empresas.[20]

Uma das parcerias de sucesso com que a Poli conta é com o grupo PACE,[21] maior financiador de escolas de engenharia do mundo, formado por empresas como General Motors, HP, Siemens, Sun Microsystems, etc., e que também patrocina escolas como MIT e Virginia Tech, o que permite que a Poli tenha laboratórios de CAD/CAE/CAM do nível dessas universidades.

Em 2011 foi criado o Endowment da Escola Politécnica [22] com o objetivo de levantar recursos adicionais de ex-alunos da instituição assim como empresas. O objetivo inicial do fundo é levantar R$25 milhões até o fim de 2012 [23]

Relações internacionais

Através de parcerias que vêm sendo concretizadas nos últimos anos da Escola com universidades estrangeiras, principalmente na Europa, e de iniciativas dos próprios estudantes, hoje 20% dos estudantes de graduação da Poli fazem algum tipo de intercâmbio no exterior. Os alunos da Poli possuem diversas oportunidades de intercâmbios firmados pela própria escola, além dos intercâmbios firmados pela USP e das iniciativas externas (como o Ciência sem Fronteiras).

Em 2004, a Poli foi a primeira instituição de fora da Europa a fazer parte do T.I.M.E.[24](Top Industrial Managers for Europe), instituição que reúne escolas de engenharia líderes para promover o intercâmbio de alunos. Em 2015, o grupo Paristech, que agrupa os mais prestigiosos institutos de ensino superior em engenharia da França, abriu seu escritório permanente no Brasil nas dependências da Poli, a fim de aproximar as atividades de ensino, pesquisa e extensão entre essas instituições e a Poli, incluindo intercâmbios[25]. A Poli também possui parceria com o grupo TU9, que agrupa as mais importantes universidades de engenharia da Alemanha e com o grupo Centrale, na França. Além de ser um grande avanço no sentido de facilitar a ida de estudantes brasileiros para o exterior, essas parcerias representam o reconhecimento das instituições europeias à excelência do ensino na Escola Politécnica.

Alunos que partem nessas modalidades de estudos dispõem de várias oportunidades de bolsa, a depender do país que o receberá.

Duplo-Diploma

A Poli é uma das pioneiras entre as escolas de engenharia brasileiras em programas de "duplo-diploma". Esse é um tipo de intercâmbio em que os estudantes realizam dois anos de curso na universidade estrangeira conveniada e ao término recebem o diploma das duas instituições. A maioria das escolas parceiras para esse tipo de formação é europeia e, portanto, oferecem diploma válido em toda a Europa.

Algumas das escolas conveniadas são a École Polytechnique, Écoles Centrales, École Nationale des Ponts et Chaussées, Supélec, ENSTA Paristech (França), T.U. Darmstadt, T.U. Munique (Alemanha), Politecnico di Milano, Politecnico di Torino (Itália), Politécnica de Madrid (Espanha), Instituto Superior Técnico (Portugal). Em 2014, foram oferecidas oportunidades de duplo diploma em 26 instituições na Europa e 1 na América Latina.

Entre 2001 e 2015, 839 alunos vindos da Poli partiram em programa de duplo-diploma no exterior, o que representa cerca de 10% de seu corpo de alunos no período. Deve-se ressaltar que os alunos que fazem o percurso contrário, ou seja, partem de uma universidade estrangeira para vir à Poli em duplo-diploma são também uma fração significativa do corpo estudantil, cerca de 164 alunos durante o mesmo período. Em 2015, a Poli celebrou seu milésimo duplo-diploma[26].

Aproveitamento de Estudos

Além do duplo-diploma, a Poli oferece vagas em acordos de intercâmbios chamados "aproveitamento de estudo", de duração menor e escopo mais específico, porém em uma gama maior de universidades estrangeiras. A maioria das universidades estrangeiras que oferecem o duplo-diploma também oferecem o aproveitamento de estudos.

Em 2015, foram ofertadas vagas de aproveitamento de estudos em 32 instituições de 11 países, incluindo EUA, França, Alemanha, Itália, Japão, Suécia e Singapura. Entre 2001 e 2014, 1220 politécnicos partiram nessa modalidade de intercâmbio, e a Poli recebeu 752 estrangeiros em aproveitamento de estudos.

Universidades Parceiras

As escolas atualmente conveniadas com a Escola Politécnica da USP, tanto em acordos de duplo-diploma como em aproveitamento de estudos, são:

Alemanha

Bélgica

  • Universitè Catholique de Louvain
  • Université de Mons
  • KU Leuven Faculty of Engineering Science

Canadá

  • Université du Québec à Trois – Rivières

Colômbia

  • Universidad de Antioquia
  • Universidad Industrial de Santander
  • Universidad Tecnológica de Bolivar

Coréia do Sul

  • KAIST

Espanha

  • Universidad Politecnica de Madrid
  • Universidad Politecnica de Madrid
  • Universidad Politecnica de Valência
  • Universidad de Jaen
  • Universidad de Navarra
  • Universidad de Zaragoza

EUA

  • University of Utah

Finlândia

  • Aalto University

França

  • Arts et Metiers ParisTech
  • CentraleSupélec (fusão da antiga École Centrale Paris e da Supélec)
  • Chimie ParisTech
  • Ecole Européenne d’Ingénieurs en Génie des Matériaux
  • École Centrale de Lille
  • École Centrale de Marseille
  • École Centrale de Nantes
  • École Centrale de Lyon
  • École Polytechnique
  • ENS Chimie de Lille
  • ENS de Chimie de Montpellier
  • ENSTA ParisTech
  • ES de Travaux Publics de Bâtment e l’Industrie
  • ENS de Mines de Saint-Etienne
  • Grenoble INP
  • Institut d’Optique Graduate School
  • Mines ParisTech
  • Mines de Nancy
  • Télécom ParisTech
  • Université de Technologie de Compiégne
  • Université du Sud Toulon Var

Índia

  • Indian School of Mines

Itália

  • Politecnico di Milano
  • Politecnico di Torino
  • Università degli Studi di Padova
  • Università degli Studi di Palermo
  • Università degli Studi di Trento
  • Università La Sapienza di Roma

Japão

  • Shibaura Institute of Technology

México

  • Instituto Politécnico Nacional

Peru

  • Pontificia Universidad Catolica del Peru

Portugal

  • Instituto Superior Técnico

Singapura

  • University of Singapore

Suécia

  • Lund University

Venezuela

  • Universidad Simón Bolivar

Estrutura física

A Poli possui uma área edificada de 154.190,30 metros quadrados, a maior entre todas as unidades da USP, mais de 3 mil microcomputadores e mais de mil impressoras. Possui 15 Departamentos de Ensino e Pesquisa. A Escola atende 4577 alunos de graduação, 1219 de mestrado e 918 de doutorado.

Bibliotecas

Em 1895, a abertura da biblioteca da Escola Politécnica foi responsável pela introdução da literatura sobre engenharia na capital de São Paulo, que até então somente dispunha da biblioteca da Faculdade de Direito, com obras sobre ciências jurídicas e sociais. Hoje, o acervo da Escola Politécnica da USP se distribui por uma rede de 8 bibliotecas, sendo o maior da USP, com mais de 570 mil itens bibliográficos, entre livros, periódicos, teses e dissertações. Juntas, as bibliotecas da Poli ocupam 5663 m².[27]

A Biblioteca Central conta com textos básicos de matemática, física e química. Além disto, consta em seu acervo, obras editadas pela Escola, obras raras dos séculos XVI a XIX e teses defendidas por seus alunos. As outras sete bibliotecas setoriais possuem textos especializados das áreas de engenharia civil, elétrica, mecânica, naval e oceânica, produção, química, metalúrgica e materias, minas e petróleo.

Professores eméritos

A mais alta honraria da carreira acadêmica concedida pela EPUSP é o título de Professor Emérito. Tal título é conferido aos docentes, dentre os professores doutores, que ao longo de sua carreira proporcionaram avanços relevantes no ensino da engenharia ou que tenham realizado significativas contribuições científicas e tecnológicas para a sociedade. Até os dias atuais, 25 docentes receberam o título.

Professor Doutor Emérito Data
Felix Hegg 1955
Luís Inácio de Anhaia Melo 1961
Henrique Jorge Guedes 1964
Luís Cintra do Prado 1964
Antônio Carlos Cardoso 1964
Lucas Nogueira Garcez 1964
Francisco João Humberto Maffei 1965
João Augusto Breves Filho 1966
Paulo de Menezes Mendes da Rocha 1967
Paulo Ribeiro de Arruda 1967
Luís Inácio Romeiro de Anhaia Melo 1974
Nilo Andrade Amaral 1976
Fernando Marques de Almeida 1978
Professor Doutor Emérito Data
Telêmaco de Macedo Van Langendonck 1980
Rubens Guedes Jordão 1983
Tarcísio Damy de Sousa Santos 1983
José Augusto Martins 1986
Oswaldo Fadigas Fontes Torres 1987
Milton Vargas 1988
Décio Leal de Zagottis 1996
Luiz de Queiroz Orsini 1998
Antonio Hélio Guerra Vieira 2000
Caio Schlesinger 2000
Ernesto João Robba 2001
Ivan Gilberto Sandoval Falleiros 2013


Politécnicos célebres

Arquitetos e urbanistas
Artistas
Empresários
Jornalistas
Prefeitos de São Paulo
Governadores de São Paulo
Outros políticos
Físicos
Músico

Estrutura administrativa

Departamentos

A Escola Politécnica se divide em Departamentos, as menores divisões administrativas admitidas na Universidade de São Paulo:

Entidades e órgãos relacionados

Atlética Poli-USP

A Associação Atlética Acadêmica Politécnica (AAA Politécnica, Atlética Poli-USP ou AAAP) é a entidade esportiva dos alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Fundada oficialmente em 10 de Maio de 1956, mas existente desde 1903 como parte do Grêmio Politécnico, a AAAP foi uma das pioneiras no esporte universitário paulista, destacando sua participação na fundação da FUPE (Federação Universitária Paulista de Esportes), em 1934, e da LAAUSP (Liga Atlética Acadêmica da USP), em 1972.

Hoje, é uma das maiores e melhores atléticas do estado, com equipes de alto nível e grandes resultados nas competições em que participa.

Campeonatos de que participa: InterUSP, Engenharíadas, Jogos Universitários Paulistanos (JUP), Liga Esportiva Universitária Paulista (LEUP, antiga Liga ABC), Copa USP, Jogos da Liga, BichUSP, Sampira, Pauli-Poli, Jogos da Cidade, Liga Paulista de Rugby Universitário (LPRU), Liga Polista de Pólo Aquático, Torneio Universitário de Atletismo (TUNA), Liga Universitária Paulista de Atletismo Amador (LUPAA), EcoSwim, TopSwim, entre outros.

Alguns títulos importantes:

  • 8 vezes campeã da InterUSP (2000/2001 2005/2006 2008/2009 2011 2014)
  • 8 vezes campeã das Engenharíadas (2000 2002/2003 2005 2007 2009/2010/2011)
  • Campeã da Copa USP (2000/01/02/03/04/05 2012/13)
  • Campeã do BichUSP (2000 2002/2003 2005/2006 2009 2012)
  • Várias vezes campeã paulista universitária (FUPE)
  • Campeã da InterEng feminina (1997)
  • Campeã brasileira de Rugby da 2ª divisão
  • Campeã paulista de futebol amador
  • Ganhadora do Prêmio Jovem Brasileiro de Melhor Atlética Universitária (2012)

Bateria

  • Rateria - Bateria dos alunos da Escola Politécnica

Centros acadêmicos

  • AEQ: Associação de Engenharia Química
  • CAEP: Centro Acadêmico da Engenharia de Produção
  • CAM: Centro Acadêmico Mecânica
  • CEC: Centro de Engenharia Civil e Ambiental Prof. Milton Vargas
  • CEE: Centro de Engenharia Elétrica da USP
  • CEN: Centro de Engenharia Naval
  • CMR: Centro Moraes Rêgo (alunos das Engenharias de Materiais, Metalúrgica, Minas e Petróleo).

Amigos da Poli

O Fundo Patrimonial Amigos da Poli, criado por ex-alunos em 2009, é uma associação que busca incentivar projetos da Escola Politécnica captando e investindo doações, de forma a criar uma fonte perene de recursos para projetos da Poli[31].

Grêmio Politécnico

O Grêmio Politécnico é a associação que representa os estudantes da Escola Politécnica. Fundado em 1º de Setembro de 1903 por Alexandre Albuquerque, esteve na vanguarda do movimento estudantil brasileiro, tendo tido participação de importância histórica para o país em vários momentos, como no lançamento e liderança da campanha "O petróleo é nosso", na fundação da UEE (União Estadual dos Estudantes), na reconstrução do movimento estudantil no fim do período militar e na fundação da Liga Paulista Pró-Constituinte em apoio à Revolução Constitucionalista de 1932.

Hoje, o grêmio é responsável por diversas atividades na Poli, como o Poliglota (curso de idiomas), o Cursinho da Poli (cursinho para alunos carentes) e o Escritório-Piloto, um escritório de engenharia cuja missão é fazer projetos de cunho socioculturais.

Empresa júnior

A Escola Politécnica da USP abriga a mais antiga empresa júnior de engenharia do Brasil, a Poli Júnior. Fundada em 1989 a Pj, como é conhecida na POLI, é referência nacional em gestão e qualidade em projetos.

Fazem parte da Poli Júnior apenas alunos da Escola Politécnica. Estes são recrutados em um disputado processo seletivo que ocorre duas vezes ao ano e conta com dinâmicas de grupo, entrevistas e resolução de cases.

Além de realizar projetos nas mais variadas áreas da engenharia a Poli Júnior se destaca em nível nacional[carece de fontes?] pela realização de eventos. Atualmente ela promove três grandes eventos durante o ano, o ciclo de palestras Semana de Cultura Empresarial, a competição de planos de negócios Ser Empreendedor e a feira de recrutamento Workshop Integrativo Poli Jr., esta última sendo a maior feira deste tipo no estado de São Paulo.[carece de fontes?]

Grêmio de Vela

Criado em 2010 com a intenção de promover a prática da vela entre os alunos da faculdade de engenharia da USP, o Grêmio de Vela realiza eventos sobre o esporte e, principalmente, procura introduzir os alunos nesse meio através da prática com nosso veleiro, que se encontra na represa de Guarapiranga. Além disso, possibilita que o aluno integre os aprendizados adquiridos em aula com os conceitos de funcionamento do barco.

Grupo de teatro (GTP)

O Grupo de Teatro da Poli (GTP) é um departamento do Grêmio Politécnico que tem por missão trazer cultura através da arte do teatro à Escola Politécnica da USP e incentivar seus alunos a terem um contato maior com o teatro. Atualmente o GTP está ativo e ser desenvolve com um trabalho através de jogos, em grande parte baseado na tese de Antonio Januzelli, que dá nome à sala do grupo, "Laboratório Dramático Antônio Januzelli". Foi fundado no fim dos anos 40, associado inicialmente ao Centro Acadêmico Horácio Berlinck. Tinha o apoio do Grêmio Politécnico, em especial após a criação do Departamento de Artes em 1950. Em 1956 passou definitivamente a ser um departamento do Grêmio Politécnico. Nessa época, foi dirigido por Carlos Zara, que futuramente brilharia no teatro e na TV e, na época, era aluno de engenharia da Escola Politécnica.

Durante os anos 70, durante a Ditadura Militar, o GTP foi núcleo de ativação política dentro da universidade, sempre ligado ao Grêmio Politécnico. Já sem o mesmo ânimo dos anos da ditadura, o grupo perdeu força nos anos 90 até se desintegrar completamente no início dos anos 2000. Ao final de 2003 foi Reiniciado por iniciativa de estudantes e do Grêmio Politécnico.

Em crescimento constante, dada sua abertura a toda a USP e seu renome como espaço estudantil permeando as unidades de toda a USP, a contagem dos chamados GTPenses passou de 50 integrantes em 2007. Ao início de 2009 contava com mais de 110 integrantes.

Associação de ex-alunos

Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP): Associação que reúne ex-alunos da Escola Politécnica e contribui com o aperfeiçoamento do ensino na Escola, através de concessão de bolsas de estudo, apresentação de palestras, entre outros.

Equipes Poli-USP

A Escola Politécnica da USP oferece aos alunos uma grande diversidade de grupos de extensão, nos quais os alunos, especialmente dos primeiros anos, podem aprender e aplicar conhecimentos de engenharia na prática. São iniciativas de alunos, mas que usualmente contam com a orientação de um dos professores da escola.

Equipe Poli Racing

Criada em 2008, a Equipe Poli Racing representa a Escola Politécnica na competição Fórmula SAE[32]. O objetivo é projetar e construir um carro estilo fórmula, que pode atingir 120 km/h e 0–100 km/h em 5s. A Equipe alia determinação, comprometimento, disciplina e vontade de aproximadamente 40 membros para construir o carro sem auxílio de professores, somente com trabalho de alunos. Atualmente, a equipe conta com oficina e escritório no prédio de Engenharia Mecânica na Escola Politécnica da USP, e com o apoio de mais de 40 empresas.

Equipe de desafio robótico

Em 2005, surgiu na Escola Politécnica a Equipe Thunderatz de desafio de robôs, reformulando o antigo grupo (chamado de Los Cuervos). Aliando aprendizado, responsabilidade e diversão, a equipe projeta e constrói dispositivos robóticos rádio-controlados que são postos à prova contra outros robôs de outras faculdades de engenharia.

Equipe Poli de Baja

Em 2001 foi criada a Equipe Poli de Baja com o intuito de representar a escola nas competições de Baja organizadas pela SAE Brasil[33]. A equipe tem continuamente melhorado os seus resultados nas competições em que participa, mantendo-se nos pódios desde 2006. Desde 2008, a equipe também representa a escola na etapa mundial da competição, organizada pela SAE International. Atualmente, a equipe tem um escritório no Prédio de Engenharia Mecânica da EPUSP e conta com o apoio de mais de 50 empresas. Mais informações no site.

Equipe de aerodesign da Poli

O aerodesign da Poli é formado por duas equipes com diferentes áreas da engenharia envolvidas (Mecânica, Mecatrônica, Naval, Elétrica, etc). Com resultados expressivos desde 2004, consolidou-se como referência da competição e sempre possui equipes favoritas ao título.

PACE

O PACE (Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education) é um grupo que desenvolve veículos inovadores em parceria com universidades estrangeiras[34]. Dentre os projetos já concluídos, encontram-se carros de fórmula, veículos autônomos e triciclos portáteis. A equipe compete em fóruns mundiais anuais e recebeu prêmios de engenharia, design, manufatura e pesquisa de mercado em anos anteriores[35]. O grupo insere-se no contexto do programa PACE, que une empresas e universidades de engenharia de diversos países[36].

Fotografias

Sugestão de Leitura

  • Escola Politécnica (1894-1984), publicação de Maria Cecília Loschiavo dos Santos (professora da FAUUSP), editada pela Imprensa Oficial do Estado - IMESP em 1985
  • Minerva, Símbolo da Politécnica, publicação da própria Escola, com a participação de Monica Musatti, Judith Zuquim, José Luiz Aidar e Roney Cytrynowicz, editada pela Hackers Editores em 1993
  • Escola Politécnica 110 anos construindo o futuro, publicação de Shozo Motoyama e Marilda Nagamini, editada pela Epusp em 2004, 400p.
  • Os arquitetos da Poli - ensino e profissão em São Paulo, publicação de Sylvia Ficher, editado pela EDUSP, São Paulo, 2005.
  • O Ensino de Engenharia na Escola Politécnica da USP: fundamentos para o ensino de engenharia, publicação de Idone Bringhenti, editado pela EDUSP em São Paulo, 1993, 200p.
  • Diretores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: vidas dedicadas a uma instituição, de Eni de Mesquita Samara, EDUSP, São Paulo, 2003
  • Trajetórias - Entrevistas com Engenheiros Politécnicos de Sucesso, de Associação dos Engenheiros Politécnicos da USP, EDUSP, São Paulo, 192p.

Ver também

Referências

  1. Evolução do Quadro de Docentes por Categoria
  2. Evolução do número de Alunos Regulares de Graduação, por Unidade
  3. Evolução do número de Alunos de Pós-Graduação cadastrados por Unidade
  4. «Cursos da Escola Politécnica». usp.br. Consultado em 22 de março de 2015 
  5. «Uma instituição globalizada» 
  6. http://www.topuniversities.com/node/4833/ranking-details/university-subject-rankings/2013
  7. «World University Rankings» 
  8. «Academic Ranking of World Universities in Engineering/Technology and Computer Sciences - 2014» 
  9. «Ranking Universitário Folha» 
  10. «Guia do Estudante Abril» 
  11. [1]
  12. «Quase 70% das unidades da USP querem aderir ao ENEM» 
  13. «Transferência Externa» 
  14. «iPoli - Escritório Politécnico Internacional» 
  15. «Engenharia de Petróleo da Poli terá novo prédio em Santos». 27 de janeiro de 2014 
  16. «Poli e EACH disputam espaço» 
  17. «Politécnica projeta curso de Engenharia Nuclear». 6 de janeiro de 2014 
  18. «Universidade e Marinha renovam convênio na área de ensino» 
  19. [2]
  20. [3]
  21. PACE - Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education
  22. [4]
  23. «Poli cria fundo para receber doações financeiras». Jornal do Campus da USP. Consultado em 20 July 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  24. T.I.M.E. - Top Industrial Managers Europe Programas de duplo diploma - mobilidade de estudantes
  25. «ParisTech abrirá escritório de relacionamento na Escola Politécnica». 22 de maio de 2015 
  26. «Poli-USP comemora a marca de 1000 Duplos Diplomas com universidades estrangeiras» 
  27. [5]
  28. [6]
  29. [7]
  30. [8]
  31. «Fundo Patrimonial Amigos da Poli» 
  32. [www.poliracing.com.br «Poli Racing»] Verifique valor |URL= (ajuda) 
  33. [www.equipepoli.com.br «Equipe Poli de Baja»] Verifique valor |URL= (ajuda) 
  34. «PACE – Escola Politécnica da USP» 
  35. «Triciclo portátil rende prêmios internacionais a alunos da Poli» 
  36. «Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education» 

Ligações externas

Predefinição:Cidade Universitária