Teixeira (apelido): diferenças entre revisões

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O sobrenome '''Teixeira''' deriva da palavra [[teixo]], nome este de uma [[árvore]] [[gimnospérmica]] da família das [[Taxaceae]].<ref name=":0">{{Citar web|url=https://sobrenomes.genera.com.br/sobrenomes/teixeira/|titulo=Teixeira – Sobre Nomes|acessodata=2022-03-08|lingua=pt-BR}}</ref> Começou a ser usado como sobrenome de família durante o [[século XII]] pelo Senhor de [[Teixeira (Baião)|Teixeira]] e [[Gestaçô (Baião)|Gestaçô]], D. [[Hermígio Mendes de Teixeira]], personagem da história contemporánea de Portugal do rei [[Sancho I de Portugal|D. Sancho I de Portugal]].
O sobrenome '''Teixeira''' deriva da palavra [[teixo]], nome este de uma [[árvore]] [[gimnospérmica]] da família das [[Taxaceae]].<ref name=":0">{{Citar web|url=https://sobrenomes.genera.com.br/sobrenomes/teixeira/|titulo=Teixeira – Sobre Nomes|acessodata=2022-03-08|lingua=pt-BR}}</ref> Começou a ser usado como [[Nome de família|sobrenome de família]] durante o [[século XII]] pelo Senhor de [[Teixeira (Baião)|Teixeira]] e [[Gestaçô (Baião)|Gestaçô]], D. [[Hermígio Mendes de Teixeira]], personagem da [[História de Portugal|história contemporânea de Portugal]] do rei [[Sancho I de Portugal|D. Sancho I de Portugal]].<ref>{{Citar web|url=http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/livro10/capitulo2.html|titulo=Os Teixeiras e os Spínolas|acessodata=2022-10-03|website=www.bvanisioteixeira.ufba.br}}</ref>


Assim como outras famílias que tiveram seus sobrenomes originados de nomes de árvores e plantas, que na realidade eram [[Cristão-novo|Cristãos-novos]], nome dado aos [[Judeus em Portugal|Judeus]] que durante a inquisição, residiam em Portugal e adotavam novos sobrenomes na sua [[Conversão (religião)|conversão forçada]] à [[Igreja Católica|religião católica]], como os [[Pereira (sobrenome)|Pereira]], [[Oliveira (família)|Oliveira]], [[Pinheiro (sobrenome)|Pinheiro]], [[Carvalho (apelido)|Carvalho]], entre outras famílias de raízes portuguesas que migraram para o Brasil.<ref>{{Citar web|ultimo=admin|url=https://judeussefarditas.com/familia-teixeira/|titulo=Família Teixeira {{!}} Judeus Sefarditas|acessodata=2022-07-10|lingua=pt-PT}}</ref>
O sobrenome foi adotado pelo [[Cristão-novo]] [[Bento Teixeira]], português nascido em 1561, e denunciado na [[Bahia]] (1591-3) e em [[Pernambuco]] (1593-5). Em 1601, publicou um conjunto de versos intitulado "''[[Prosopopeia]]"'', o primeiro poema escrito no Brasil.<ref>{{Citar web|url=https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/significado-sobrenomes-judeus/|titulo=Descubra o significado de 20 sobrenomes judeus|acessodata=2022-03-19|website=Dicionário de Nomes Próprios|lingua=pt-br}}</ref>


A família Teixeira adotou este apelido como sobrenome e teria surgido em um lugar onde existia muitos espécimes uma árvore do gênero [[Taxus baccata|Taxus Baccata]], popularmente conhecida como teixo, baseado no nome de dessa árvore formou-se o sobrenome Teixeira. Na [[Idade Média]], o veneno de suas folhas, era usado na fabricação de [[Besta (arma)|bestas]], armas com um [[Arco e flecha|arco e flechas]], que é acionada por um [[gatilho]].
No [[século XVIII]] foi criado por [[D. João VI]], rei de Portugal e pai de D. [[Pedro I do Brasil]], por meio de uma [[Carta régia|Carta Régia]] de [[16 de março]] de [[1818]], o [[Título nobiliárquico]] de '''[[Barão de Teixeira]]''', a favor do grande [[comerciante]] e [[Capitalismo|capitalista]] português [[Henrique Teixeira de Sampaio]], 1.º Senhor de Sampaio, 1.º [[Conde da Póvoa]], e então Primeiro '''Barão de Teixeira'''.<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/1286675461|título=Dicionário sefaradi de sobrenomes : inclusive cristãos novos, conversos, marranos, italianos, berberes e sua história na Espanha, Portugal e Itália = Dictionary of Sephardic surnames : including Christianized Jews, Conversos, Marranos, Italians, Berbers, and their history in Spain, Portugal and Italy|ultimo=author.|primeiro=Faiguenboim, Guilherme, 1946-|oclc=1286675461}}</ref>

Em Portugal famílias com sobrenomes baseados em nomes de árvores, frutas, animais e acidentes geográficos são geralmente apontadas como sendo descendentes de [[Cristão-novo|cristãos-novos]]. Registros mostram que o sobrenome se originou em [[Teixoso]], onde os [[judeus]] moradores dessa região adotaram o nome da planta [[Taxaceae|Teixeira]] como sobrenome. Há fontes que mostram que [[Judeus em Portugal|judeus portugueses]] adotaram esse sobrenome durante a [[Inquisição]] para preservar a identidade judaica principalmente em [[Belmonte (Portugal)]].<ref>{{Citar web|ultimo=admin|url=https://judeussefarditas.com/familia-teixeira/|titulo=Família Teixeira {{!}} Judeus Sefarditas|acessodata=2022-07-10|lingua=pt-PT}}</ref>

Quando a [[Inquisição portuguesa|Inquisição Portuguesa]] descobriu esta manobra, os nomes adotados por eles foram adicionados aos arquivos de listas que continham nomes e sobrenomes dos "infiéis", que podem ser encontrados no [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]] em Portugal.<ref>{{Citar web|url=http://novelaxicadasilvahd.blogspot.com/2020/04/o-nome-da-familia-pereira-e-inquisicao.html|titulo=Novela Xica da Silva HD: O nome da Família Pereira e a Inquisição na novela Xica da Silva|data=2020-04-21|acessodata=2022-07-25|website=Novela Xica da Silva HD}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Infopédia|url=https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$torre-do-tombo|titulo=Torre do Tombo - Infopédia|acessodata=2022-07-25|website=infopedia.pt - Porto Editora|lingua=pt}}</ref>

A família Teixeira é bem antiga, havendo registros documentais com sobrenome Teixeira desde o século XII. É interessante registrar que esta árvore, apesar de comum na área central quanto ocidental da [[Europa]], também é encontrada no [[Norte de África|Norte da África]] e [[Médio Oriente|Oriente Médio]]. Em Portugal, o teixo é comum nas áreas mais elevadas, como por exemplo nas áreas de Montes, no [[Região do Norte|norte do País]].<ref name=":22">''Livro Nobuário das Familias de Portugal''. [S.l.: s.n.]</ref>

<ref name=":1">{{Citar web|url=https://www.coisasjudaicas.net/2012/07/marra.html|titulo=Marra|acessodata=2022-04-17|website=Coisas Judaicas|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://nomeschiques.com/teixeira/|titulo=Saiba tudo sobre a origem do sobrenome Teixeira e curiosidades|data=2020-06-17|acessodata=2022-04-17|website=Nomes Chiques|lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":4">{{Citar web|ultimo=Crivos|primeiro=Agência|url=https://nomessignificados.com.br/nomessignificados.com.br/significado-do-nome-Teixeira|titulo=Significado do Nome Teixeira|acessodata=2022-04-17|website=Nomes & Significados|lingua=pt-br}}</ref><ref name=":5">{{Citar web|ultimo=Teixeira|primeiro=Professor Pedro A. C.|url=http://eusabiaetusabias.blogspot.com/2015/05/teixeira-origem.html|titulo=Eu sabia, e tu sabias?: Teixeira - Origem|data=5 de maio de 2015|acessodata=2022-04-17|website=Eu sabia, e tu sabias?}}</ref><ref name=":6">{{Citar web|url=https://www.consuladoportugalportoalegre.com/nacionalidade-judeus-sefardita|titulo=Judeus sefarditas|acessodata=2022-07-03|website=vcportugalpoa|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/sampaio/|titulo=Significado do nome Sampaio|acessodata=2022-07-04|website=Dicionário de Nomes Próprios|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=The_Jewish_Encyclopedia&oldid=1067310311 |titulo=The Jewish Encyclopedia |data=2022-01-22 |acessodata=2022-07-04 |jornal=Wikipedia |lingua=en}}</ref>

No [[século XVIII]] foi criado por [[D. João VI]], [[Lista de monarcas de Portugal|rei de Portugal]] e pai de D. [[Pedro I do Brasil]], por meio de uma [[Carta régia|Carta Régia]] de [[16 de março]] de [[1818]], o [[Título nobiliárquico]] de '''[[Barão de Teixeira]]''', a favor do grande [[comerciante]] e [[Capitalismo|capitalista]] português [[Henrique Teixeira de Sampaio]], [[acionista]] do [[Banco de Lisboa]] e [[Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda|secretário de Estado dos Negócios da Fazenda]] entre 1823 e 1825 , 1.º Senhor de Sampaio, 1.º [[Conde da Póvoa]], e então Primeiro '''Barão de Teixeira'''.<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/1286675461|título=Dicionário sefaradi de sobrenomes : inclusive cristãos novos, conversos, marranos, italianos, berberes e sua história na Espanha, Portugal e Itália = Dictionary of Sephardic surnames : including Christianized Jews, Conversos, Marranos, Italians, Berbers, and their history in Spain, Portugal and Italy|ultimo=author.|primeiro=Faiguenboim, Guilherme, 1946-|oclc=1286675461}}</ref><ref>Oficialmente, a comunidade judaica da vila só foi reconhecida por Israel em 1989. Em Portugal, existem mais duas: uma no Porto e outra em Lisboa. Mas as suas raízes em Belmonte são as mais profundas: datam já do século XII.</ref>


== Genealogia ==
== Genealogia ==
=== Em Portugal ===
=== Em Portugal ===
Teixeira é um sobrenome de [[família]] [[língua portuguesa|portuguesa]] e [[Galiza|galega]] tendo raízes [[Toponímia|toponímicas]] cuja origem está no [[senhorio]] de [[Teixeira (Baião)|Teixeira]], concelho de [[Baião (Portugal)|Baião]] em Portugal, pertencente a Dom [[Hermígio Mendes de Teixeira]], [[rico-homem]] no tempo do Rei [[Sancho I de Portugal|Sancho I]],<ref name="Gayo">Felgueiras Gayo Nobiliário de Famílias de Portugal IX Volume Braga 1990, p 176 Teixeiras</ref> Descendente dos Senhores de [[Lanhoso]], filho de Mem Viegas e neto de [[Egas Fafes de Lanhoso]], foi o primeiro a chamar-se Teixeira, vivia e era senhor da Quinta do Lameiro (mais tarde chamada de [[Sequeiros (Amares)|Sequeiros]]), em [[Ponte (Vila Verde)]].<ref name="Gayo"/> Não podendo ser Senhor do Lameiro pela conotação pejorativo do nome, D. Hermígio optou pelo nome de Teixeira.
Teixeira é um sobrenome de [[família]] [[língua portuguesa|portuguesa]] e também [[Galiza|galega]] tendo raízes [[Toponímia|toponímicas]] cuja origem está no [[Senhorio|senhorio]] de Teixeira, [[concelho de Baião]] em Portugal, pertencente a [[Hermígio Mendes de Teixeira|Dom Hermígio Mendes de Teixeira]], [[rico-homem]] no tempo do Rei [[Sancho I de Portugal|Sancho I]], <ref name="Gayo">Felgueiras Gayo Nobiliário de Famílias de Portugal IX Volume Braga 1990, p 176 Teixeiras</ref> Descendente dos [[Título nobiliárquico|Senhores]] de [[Lanhoso]], filho de [[Mem Viegas de Sousa]] e neto de [[Egas Fafes de Lanhoso]], foi o primeiro a chamar-se Teixeira, vivia e era senhor da [[Quinta (propriedade)|Quinta]] do [[Lama|Lameiro]], mais tarde chamada de [[Sequeiros (Amares)|Sequeiros]], em [[Ponte (Vila Verde)|Ponte Vila Verde]].<ref name="Gayo"/> Não podendo ser Senhor do Lameiro pela [[conotação]] [[Pejorativo|pejorativa]] do nome, D. Hermígio optou pelo nome de Teixeira.

D. Hermígio foi casado com D. Maria Pais, filha de D. Paio de Novais, Alcaide-Mor de [[Vila Nova de Cerveira]].<ref name="Gayo"/> Deste casamento houve descendência<ref name="Gayo"/> que continuou o apelido até à atualidade.


Dom Hermígio foi casado com Dona Maria Pais, filha de Dom Paio de Novais, [[Alcaidaria-mor de Belmonte|Alcaide-Mor]] de [[Vila Nova de Cerveira]].<ref name="Gayo"/> Deste casamento houve descendência<ref name="Gayo"/> que continuou o apelido até à actualidade.
==== Descendência ====
{{Lista em árvore}}
* '''[[Hermígio Mendes de Teixeira]]''', senhor de Teixeira e Gestaço
** Lopo Hermigues Teixeira
** Martim lopes Teixeira
** Maria Lopes
** Afonso Hermigues
** Estevainha Hermigues
** Teresa Hermigues
** '''Estevão Hermigues de Teixeira''', senhor de Teixeira e Gestaço, casado com Urraca Fernandes Louredo, (nas inquirições de Caldelas de 1258, é dito que ele foi viver para o Lugar de Pitães, [[Caldelas (Amares)|Caldelas]] concelho de [[Amares]], comprou lá, uma casa e terras)<ref>Portugaliae Monumenta Historica, Inquisitiones vol. 1 fas. 3, 1888 p. 428</ref>
*** Martins Esteves Teixeira
*** Afonso Esteves Freire da Ordem do Hospital
*** Margarida Esteves
*** Beringueira Esteves
*** Maria Esteves Abadessa de Arouca
*** Rodrigo de Sequeiros, senhor da quinta do Lameiro que ele renomeou de Sequeiros
*** '''Joáo Esteves de Teixeira''' senhor de Teixeira e Gestaço casado com Guiomar Lopes Gata
**** Estevão Anes
**** Maria Anes
**** '''Gonçalo Annes Teixeira''', senhor de Teixeira
***** Vasco Gonçalves Teixeira
***** '''João Gonçalves Teixeira''', senhor de Teixeira, alcaide-mor de Óbidos e fronteiro-mor de Trás os Montes (Morreu na [[Batalha de Aljubarrota]] do lado da rainha)
****** Gonçalo Teixeira (morreu com o seu pai em Aljubarrota)
****** '''Vasco Gonçalves Teixeira''', senhor de Teixeira (foi armado cavaleiro na Batalha de Aljubarrota por D. João I, combateu contra o pai e o irmão mais velho) casou com Catarina Anes de Berredo...<ref name="Gayo"/>


=== No Brasil ===
=== No Brasil ===
De Portugal, os primeiros membros da família Teixeira teriam chegado ao Brasil no final do [[século XVIII]] e durante o [[século XIX]] em locais diferentes. Tradicionalmente se considera que uma família ''Teixeira'' veio para o Brasil [[Imigração|emigrando]] da região de [[Belmonte (Portugal)|Belmonte]], uma Vila do interior de [[Portugal]], ao final do século [[XVIII]], para fugir das [[Intolerância religiosa|perseguições religiosas]] instituídas pelo [[Tribunal do santo ofício|Tribunal do Santo Ofício]]. Aparentemente com as famílias [[Góis Monteiro|Góis]] e [[Melo (apelido)|Melo]], que estabeleceram-se em [[Pernambuco]], para algum tempo depois unificar-se como um sobrenome único de família.
Tradicionalmente se considera que os ''Teixeira(s)'' vieram da região de [[Belmonte (Portugal)]] para o Brasil ao final do [[século XVIII]], aparentemente com as famílias [[Góis]] e [[Mello]], para algum tempo depois unificar-se como um sobrenome único de família. Inicialmente se estabeleceram na cidade de [[Recife]], em [[Pernambuco]], partindo depois para o interior do [[Piauí]] onde fixaram-se na Fazenda Paulista (atual cidade de [[Paulistana]]) de posse do [[Nobreza de Portugal|Nobre português]] [[Valério Coelho Rodrigues]], personagem importante no processo de [[colonização do Piauí]] e no assentamento de sua base econômica. No [[Ceará]], se instalaram em [[Mombaça]], cidade do [[Sertão nordestino|sertão central]]. Nesta região esta família teve notável participação na política e na economia, gerando uma considerável descendência, a qual teve continuidade por meio das famílias Castelo e [[Benevides (familia)|Benevides]]. Além de promoverem a [[endogamia]], isto é casamentos nas mesmas famílias, estando presente em [[Cabrobó]], [[Santa Maria da Boa Vista]], [[Salgueiro (Pernambuco)|Salgueiro]], [[Mirandiba]], [[São José do Belmonte]], [[Terra Nova (Pernambuco)|Terra Nova]], [[Ouricuri]] e [[Parnamirim (Pernambuco)|Parnamirim]].<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/888574434|título=Há restauração para os descendentes de judeus da Inquisição?|ultimo=author.|primeiro=Guimarães, Marcelo Miranda,|oclc=888574434}}</ref>

Inicialmente se estabeleceram na cidade de [[Recife]], [[Capital]] de [[Pernambuco]], que abriga a '''[[Sinagoga Kahal Zur Israel]]''', no [[Centro Histórico do Recife|centro histórico]] do [[Recife (bairro)|bairro do Recife]], a primeira [[sinagoga]] das [[América|Américas]]. Os Teixeira(s) partiram da cidade do Recife, rumo ao interior do [[Piauí|Estado do Piauí]] onde fixaram-se na "Fazenda Paulista", atual cidade de [[Paulistana (Piauí)|Paulistana]], que pertencia ao [[Fidalgo]] [[Portugueses|português]] [[Dom (título)|Dom]] '''Valério Coelho Rodrigues''', personagem importante no processo de [[colonização do Piauí]] e no assentamento da base [[Economia|econômica]] da [[Província do Piauí]].

No [[Ceará]] a família Teixeira se instalou em [[Mombaça (Ceará)|Mombaça]], uma cidade no [[Sertão nordestino|sertão central]]<nowiki/>e nesta região esta família teve notável participação na política e na economia, gerando uma considerável descendência, a qual teve continuidade por meio das famílias [[Castelo Branco|Castelo]] e [[Benevides (familia)|Benevides]]. Além de promoverem a [[endogamia]], isto é casamentos nas mesmas famílias, estando presentes em [[Cabrobó]], [[Santa Maria da Boa Vista]], [[Salgueiro (Pernambuco)|Salgueiro]], [[Mirandiba]], [[São José do Belmonte]], [[Terra Nova (Pernambuco)|Terra Nova]], [[Ouricuri]], [[Parnamirim (Pernambuco)|Parnamirim]] e Barra de São Pedro, onde é uma das maiores famílias, e sua origem ainda é muito pouco conhecida. Segundo pesquisas, na época em que [[Companhia de Jesus|jesuítas]] [[espanhóis]] chegaram a região do [[Sertão Pernambucano|sertão pernambucano]], mesma época em que os [[Registro civil|registros civis]] eram encargos da Igreja Católica, teriam atribuído aos Teixeira de Belmonte, ou seja que provinham daquela região, o nome "Belmonte" como um Sobrenome, na época era comum utilizar a referência do nome da [[Lista de vilas em Portugal|vila portuguesa]] de origem como sobrenome ao chegar ao Brasil, essa prática acontecia e era mais comum principalmente entre pessoas mais pobres e que não carregavam consigo um [[Nome de família]] ou [[Patronímico]], por vezes Belmonte ganhou variantes como: Belmontes, Delmonte, Delmones e posteriormente Delmondes por erros de [[Registro civil|registros civis]]. Atualmente essa família Delmondes está difundida por todo o Brasil, mas sua origem se deu no sertão de Pernambuco.

Delmondes é também o [[sobrenome]] de uma tradicional família [[Imigração portuguesa no Brasil|Luso-]][[Brasil|brasileira]] com elementos de origens [[Imigração neerlandesa no Brasil|holandesas]] que se fixaram em Barra de São Pedro em [[Pernambuco]], esta família "Teixeira Delmondes", tem origem em [[Belmonte (Portugal)|Belmonte]] uma vila [[Portugal|portuguesa]] do [[distrito de Castelo Branco]], na província da [[Beira Baixa]] com um histórico de migração desde meados do [[século XIX]].

De facto uma proeminente família [[Marrano|Marrana]] originária da região de [[Belmonte (Portugal)|Belmonte Portugal]], que abriga uma [[História do judaísmo|histórica comunidade judaica]] [[sefardita]], que data desde o século XII, situada no panorâmico Monte da Esperança, antigos Montes Crestados, adotou o apelido Teixeira em [[Mudança de nome|substituição a seus próprios sobrenomes]], para escapar das [[Intolerância religiosa|perseguições religiosas]], promovidas pelo [[Inquisição|Tribunal do Santo Ofício]]. Assim conseguindo [[Imigração portuguesa no Brasil|emigrar de Portugal]] para o [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste do Brasil]] no final do século XVIII, acusados de serem a causa de uma [[seca]], fome e peste em Portugal.

Registros históricos mostram que a origem [[Portugueses|portuguesa]] foi a única origem registrada e significativa de [[Imigração no Brasil|imigrantes europeus no Brasil]] até 1808, quando ocorreu a [[abertura dos portos]]. Somente a partir dessa data é que passou a ser permitida a entrada mais livre de imigrantes não portugueses no Brasil.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1590/s0004-27302005000300002 |titulo=Cristãos-novos no nordeste e os anões de Orobó (PE): a genética molecular ligada à história do Brasil |data=2005-06 |acessodata=2021-12-17 |jornal=Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia |número=3 |ultimo=Guerra Júnior |primeiro=Gil |paginas=337–338 |doi=10.1590/s0004-27302005000300002 |issn=0004-2730}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://cm-belmonte.pt/historia/comunidade-judaica-em-belmonte/|titulo=Comunidade Judaica em Belmonte|acessodata=2022-03-04|website=Município de Belmonte|lingua=pt-PT}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=admin|url=https://judeussefarditas.com/o-museu-judaico-de-belmonte-reconta-a-trajetoria-dos-judeus-sefarditas-em-portugal/|titulo=O Museu Judaico de Belmonte reconta a trajetória dos Judeus Sefarditas em Portugal {{!}} Judeus Sefarditas|acessodata=2022-03-04|lingua=pt-PT}}</ref><ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/888574434|título=Há restauração para os descendentes de judeus da Inquisição?|ultimo=author.|primeiro=Guimarães, Marcelo Miranda,|oclc=888574434}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.museudainquisicao.org.br/artigos/voce-sabia-que-muitos-brasileiros-sao-descendentes-de-judeus/|titulo=Você sabia que muitos brasileiros são descendentes de judeus?|acessodata=2022-03-10|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=História_Viva&oldid=62654222 |titulo=História Viva |data=2021-12-22 |acessodata=2022-07-08 |jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre |lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.feth.ggf.br/migra%C3%A7%C3%A3o.htm|titulo=As políticas públicas de imigração européia não-portuguesa para o Brasil – de Pombal à República*|acessodata=2022-07-08|website=www.feth.ggf.br}}</ref>


==== Teixeira de Souza <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro">RIBEIRO, Armando Vidal Leite, FAMÍLIA VIDAL LEITE RIBEIRO, Ed. Sul Americana.</ref><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes"> NUNES Luiz Gonzaga, A GRANDE FAMÍLIA, Belo Horizonte, 1998</ref> ====
==== Teixeira de Souza <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro">RIBEIRO, Armando Vidal Leite, FAMÍLIA VIDAL LEITE RIBEIRO, Ed. Sul Americana.</ref><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes"> NUNES Luiz Gonzaga, A GRANDE FAMÍLIA, Belo Horizonte, 1998</ref> ====


Conforme os registros documentais pesquisados, esta família teve início em [[Conceição da Barra]], Comarca do [[Rio das Mortes]], pelo casamento do patriarca Cap. Francisco José Teixeira com Ana Josefa de Souza Monteiro.
Conforme os registros documentais pesquisados, esta família teve início em [[Conceição da Barra]], Comarca do [[Rio das Mortes]], pelo casamento do [[Patriarcado|patriarca]] Capitão [[Francisco José Teixeira]] com Ana Josefa de Souza Monteiro.


O Capitão Francisco José Teixeira (1750 - 1780), minerador no Rio das Mortes, Minas Gerais, filho legítimo de Belchior Gonçalves e Elena (ou Helena) Teixeira. Ele casou-se (16.05.1774), na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Barra, com Ana Josefa Martins, depois referida como Ana Josefa de Souza ou de Souza Monteiro (1758, [[São João Del Rei]] - 23.01.1808, [[Conceição da Barra]], Comarca do Rio das Mortes), filha de André Martins Ferreira e de Maria de Souza Monteiro. Foram proprietários da Fazenda da Ilha, em Conceição da Barra, Comarca do Rio das Mortes. Francisco José e Ana Josefa tiveram vasta descendência. Entre seus filhos, destaca-se o [[Barão de Itambé]], Francisco José Teixeira (06.09.1780, Conceição da Barra de Minas - 22.03.1866, Vassouras), patriarca do clã dos Teixeira Leite de [[Vassouras]], Rio de Janeiro. São seus filhos:
O Capitão Francisco José Teixeira (1750 - 1780), minerador no Rio das Mortes, Minas Gerais, era natural da Freguesia de São Tiago de Ourile, [[Distrito de Braga]], filho legítimo de [[Belchior Dias Carneiro|Belchior Gonçalves]] e Elena (ou Helena) Teixeira. Ele casou-se (16.05.1774), na Capela de Nossa Senhora da [[Conceição da Barra de Minas|Conceição da Barra]], com Ana Josefa Martins, depois referida como Ana Josefa de Souza ou de Souza Monteiro (1758, [[São João Del Rei]] - 23.01.1808, [[Conceição da Barra]], Comarca do Rio das Mortes), filha de André Martins Ferreira e de Maria de Souza Monteiro. Foram proprietários da Fazenda da Ilha, em Conceição da Barra, Comarca do [[Rio das Mortes (Minas Gerais)|Rio das Mortes]]. Francisco José e Ana Josefa tiveram vasta descendência. Entre seus filhos, destaca-se o [[Barão de Itambé]], Francisco José Teixeira (06.09.1780, Conceição da Barra de Minas - 22.03.1866, [[Vassouras]]), patriarca do clã dos Teixeira Leite de [[Vassouras]], Rio de Janeiro. São seus filhos:


# Ana Esméria Teixeira de Souza (1775, Conceição da Barra - 06.05.1842, Conceição da Barra) - Ana Esméria era a primogênita do Cap. Francisco José Teixeira e Ana Josefa de Souza Monteiro. Casou-se aos treze anos (22.08.1788) em Conceição da Barra, com Manoel da Costa Rios (31.03.1758 - 25.12.1812), nascido na localidade de Ventorella, freguesia de São Cristóvão de Refojos, Concelho de Santo Tirso, Distrito do Porto, filho legítimo de João da Costa Rios e de Josefa Ferreira Carneiro. Ana Esméria e Manoel tiveram os seguintes filhos: Mariana Osória Teixeira de Souza, Antonio Teixeira da Costa Rios, Maria Esméria Teixeira de Souza, João Evangelista de Souza, Ana Josefa de Souza, Delfina Matildes de Souza
# Ana Esméria Teixeira de Souza (1775, Conceição da Barra - 06.05.1842, Conceição da Barra) - Ana Esméria era a primogênita do Cap. Francisco José Teixeira e Ana Josefa de Souza Monteiro. Casou-se aos treze anos (22.08.1788) em Conceição da Barra, com Manoel da Costa Rios (31.03.1758 - 25.12.1812), nascido na localidade de Ventorella, freguesia de São Cristóvão de Refojos, Concelho de Santo Tirso, Distrito do Porto, filho legítimo de João da Costa Rios e de Josefa Ferreira Carneiro. Ana Esméria e Manoel tiveram os seguintes filhos: Mariana Osória Teixeira de Souza, Antonio Teixeira da Costa Rios, Maria Esméria Teixeira de Souza, João Evangelista de Souza, Ana Josefa de Souza, Delfina Matildes de Souza
# Josefa de Souza Monteiro (1775, Conceição da Barra - ?) - Segunda filha do casal Francisco José Teixeira e Ana Josefa de Souza Monteiro, ela tinha treze anos quando foi feito o inventário do pai (1788). Ela se casou (21.05.1792) em Conceição da Barra, com o Cap. Manoel Ferreira Leite, nascido em Nazaré (1766). Manoel era morador de São João del Rei, onde foi tesoureiro e mesário da [[Irmandade do Santíssimo Sacramento]] e onde construiu a Ponte do Rosário sobre o Rio Lenhoso. Manoel e Josefa tiveram os seguintes filhos: Ana Josefa de Souza, Felicidade Perpétua do Sacramento, Maria Josefa de Souza, Francisca Bernardina Ferreira Leite, Manoel Ferreira Leite, Inácia Ferreira Leite, Cândida Esméria de Souza e Constância Perpétua de Souza
# Josefa de Souza Monteiro (1775, Conceição da Barra - ?) - Segunda filha do casal Francisco José Teixeira e Ana Josefa de Souza Monteiro, ela tinha treze anos quando foi feito o inventário do pai (1788). Ela se casou (21.05.1792) em Conceição da Barra, com o Cap. Manoel Ferreira Leite, nascido em Nazaré (1766). Manoel era morador de São João del Rei, onde foi tesoureiro e mesário da [[Irmandade do Santíssimo Sacramento]] e onde construiu a Ponte do Rosário sobre o Rio Lenhoso. Manoel e Josefa tiveram os seguintes filhos: Ana Josefa de Souza, Felicidade Perpétua do Sacramento, Maria Josefa de Souza, Francisca Bernardina Ferreira Leite, Manoel Ferreira Leite, Inácia Ferreira Leite, Cândida Esméria de Souza e Constância Perpétua de Souza
# Antonio José Teixeira (1779, Conceição da Barra - ?, 1808, Conceição da Barra) - Antonio José Teixeira tinha nove anos na abertura do inventário de seu pai Cap. Francisco José Teixeira em 1788. Casou-se (13.09.1802) com Josefa Joaquina da Silva Moura na Matriz do Pilar. Na mesma cerimônia casaram também seu irmão Francisco José Teixeira e Francisca Bernardina do Nascimento, futuros Barões de Itambé. Josefa Joaquina era filha do Dr. Joaquim da Silva Tavares e Luzia Perpétua de Moura.
# Antonio José Teixeira (1779, Conceição da Barra - ?, 1808, Conceição da Barra) - Antonio José Teixeira tinha nove anos na abertura do inventário de seu pai Cap. Francisco José Teixeira em 1788. Casou-se (13.09.1802) com Josefa Joaquina da Silva Moura na Matriz do Pilar. Na mesma cerimônia casaram também seu irmão Francisco José Teixeira e Francisca Bernardina do Nascimento, futuros Barões de Itambé. Josefa Joaquina era filha do Dr. Joaquim da Silva Tavares e Luzia Perpétua de Moura.
# [[Francisco José Teixeira]] ([[Barão de Itambé]]) - Francisco José Teixeira (06.09.1780, Conceição da Barra - 22.03.1866, Vassouras), casou-se (13.09.1802, São João del Rei) com Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro, filha do Sargento-Mor José Leite Ribeiro e de Escolástica Maria de Jesus. Em 15.11.1846 foi agraciado por carta imperial com o título de Barão de Itambé. Francisco José e Francisca Bernardina tiveram os seguintes filhos:
# [[Francisco José Teixeira]] ([[Barão de Itambé]]) - Francisco José Teixeira (06.09.1780, Conceição da Barra - 22.03.1866, Vassouras), casou-se (13.09.1802, São João del Rei) com Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro, filha do Sargento-Mor José Leite Ribeiro e de Escolástica Maria de Jesus. Em 15.11.1846 foi agraciado por [[Carta imperial]] com o título de [[Barão de Itambé]]. Francisco José e Francisca Bernardina tiveram os seguintes filhos:
::* José Eugenio Teixeira Leite (28-7-1803, Conceição da Barra - ?) casou em 25-1-1835 com Maria Guilhermina Cândida Teixeira, sua prima. Tiveram os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> José Eugenio Teixeira Leite Filho; Francisco Leopoldo Teixeira Leite; Maria Teixeira Leite (1846-1896), casada com o primo Carlos Artur Teixeira Leite, filho do Barão de Vassouras; João Teixeira Leite; Francisca Teixeira Leite, casada com o primo João Evangelista Teixeira Leite; Ana Teixeira Leite, segunda mulher do primo e cunhado João Evangelista Teixeira Leite.
::* José Eugenio Teixeira Leite (28-7-1803, Conceição da Barra - ?) casou em 25-1-1835 com Maria Guilhermina Cândida Teixeira, sua prima. Tiveram os seguintes filhos <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: José Eugenio Teixeira Leite Filho; Francisco Leopoldo Teixeira Leite; Maria Teixeira Leite (1846-1896), casada com o primo Carlos Artur Teixeira Leite, filho do Barão de Vassouras; João Teixeira Leite; Francisca Teixeira Leite, casada com o primo João Evangelista Teixeira Leite; Ana Teixeira Leite, segunda mulher do primo e cunhado João Evangelista Teixeira Leite.
::* [[Francisco José Teixeira Leite]] (13.11.1804, Faz. da Ilha, Conceição da Barra) - Nomeado [[Barão de Vassouras]] por decreto Imperial de 17.05.1871. Casou-se com sua prima Maria Esméria do Sacramento, filha de Anastácio Leite Ribeiro e Maria Esméria do Sacramento, e teve com ela os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Ambrosina Augusta Teixeira de Almeida (1830-1853), casada com Caetano Furquim de Almeida; Maria Paulina Teixeira de Almeida (1837-1907), segunda mulher do cunhado Caetano Furquim de Almeida; Francisco Carlos Teixeira Leite (1837-1910) casado com Leopoldina Vidal Dias (1843- 1891), neta de Francisco Leite Ribeiro<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /> e filha de José Vidal Dias e Francisca Tereza Vidal Leite Ribeiro;<ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Joaquim Américo Teixeira Leite (1839 - 1856); Carlos Artur Teixeira Leite (1840 - 1888), casado com Maria Teixeira Leite; Custódio Alfredo Teixeira Leite (1843 - 1886), casado com Maria Isabel Pinto Ferraz; Anastácio Teixeira Leite (1844 - 1912), casado com Maria Isabel Barcelos.
::* [[Francisco José Teixeira Leite]] (13.11.1804, Faz. da Ilha, Conceição da Barra) - Nomeado [[Barão de Vassouras]] por decreto Imperial de 17.05.1871. Casou-se com sua prima Maria Esméria do Sacramento, filha de Anastácio Leite Ribeiro e Maria Esméria do Sacramento, e teve com ela os seguintes filhos<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: Ambrosina Augusta Teixeira de Almeida (1830-1853), casada com Caetano Furquim de Almeida; Maria Paulina Teixeira de Almeida (1837-1907), segunda mulher do cunhado Caetano Furquim de Almeida; Francisco Carlos Teixeira Leite (1837-1910) casado com Leopoldina Vidal Dias (1843- 1891), neta de Francisco Leite Ribeiro <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /> e filha de José Vidal Dias e Francisca Tereza Vidal Leite Ribeiro;<ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Joaquim Américo Teixeira Leite (1839 - 1856); Carlos Artur Teixeira Leite (1840 - 1888), casado com Maria Teixeira Leite; Custódio Alfredo Teixeira Leite (1843 - 1886), casado com Maria Isabel Pinto Ferraz; Anastácio Teixeira Leite (1844 - 1912), casado com Maria Isabel Barcelos.
:::Em seguida, após enviuvar, casou-se com Ana Alexandrina Leite Guimarães, com quem teve os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Alfredo Carlos Teixeira Leite (1852 - 1896), casado com Francisca Alves Barbosa; Cristina Teixeira Leite (1854 - 1936), casada com o Dr. [[Alfredo d'Escragnolle Taunay|Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay]], [[Visconde de Taunay]], (1843- 1899); Afonso Teixeira Leite (1855 - 1874); Leopoldo Teixeira Leite (1859 - 1932), casado com Inês Figueira de Melo; Eugenia (1865 - 1934), casada com Augusto Carlos da Silva Telles; Francisco José (1870 - 1885); Margarida, casada com Feliciano Duarte Penido
:::Em seguida, após enviuvar, casou-se com Ana Alexandrina Leite Guimarães, com quem teve os seguintes filhos, <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />:Alfredo Carlos Teixeira Leite (1852 - 1896), casado com Francisca Alves Barbosa; Cristina Teixeira Leite (1854 - 1936), casada com o Dr. [[Alfredo d'Escragnolle Taunay|Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay]], [[Visconde de Taunay]], (1843- 1899); Afonso Teixeira Leite (1855 - 1874); Leopoldo Teixeira Leite (1859 - 1932), casado com Inês Figueira de Melo; Eugenia (1865 - 1934), casada com Augusto Carlos da Silva Telles; Francisco José (1870 - 1885); Margarida, casada com Feliciano Duarte Penido
::* João Evangelista Teixeira Leite (15.05.1807, Conceição da Barra) - Casou-se em 26.10.1837 com Ana Bernardina de Carvalho (1816 - 1851), filha do primeiro [[Barão de Amparo]]. Tiveram os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> João Evangelista Teixeira Leite, casado primeiro com Francisca Teixeira Leite e depois com Ana Teixeira Leite, filhas de José Eugênio Teixeira Leite e Maria Guilhermina (vide acima); Francisco Augusto Teixeira Leite; Amélia Eugênia Teixeira Leite, casada com o tio Joaquim Gomes Leite de Carvalho, segundo [[Barão do Amparo]]; Francisca Bernardina Teixeira Leite batizada na Matriz do Engenho Velho, Rio de Janeiro, casada com Francisco Belisário Soares de Souza; Ana Bernardina Teixeira Leite, batizada (25.12.1847) em Barra Mansa, casou-se (24.11.1864) no Rio de Janeiro com [[Cândido José Rodrigues Torres]], [[Barão de Itambi]] (Brasil) e [[Visconde de Torres]] (Portugal).
::* João Evangelista Teixeira Leite (15.05.1807, Conceição da Barra) - Casou-se em 26.10.1837 com Ana Bernardina de Carvalho (1816 - 1851), filha do primeiro [[Barão de Amparo]]. Tiveram os seguintes filhos<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: João Evangelista Teixeira Leite, casado primeiro com Francisca Teixeira Leite e depois com Ana Teixeira Leite, filhas de José Eugênio Teixeira Leite e Maria Guilhermina (vide acima); Francisco Augusto Teixeira Leite; Amélia Eugênia Teixeira Leite, casada com o tio Joaquim Gomes Leite de Carvalho, segundo [[Barão do Amparo]]; Francisca Bernardina Teixeira Leite batizada na Matriz do Engenho Velho, Rio de Janeiro, casada com Francisco Belisário Soares de Souza; Ana Bernardina Teixeira Leite, batizada (25.12.1847) em Barra Mansa, casou-se (24.11.1864) no Rio de Janeiro com [[Cândido José Rodrigues Torres]], [[Barão de Itambi]] (Brasil) e [[Visconde de Torres]] (Portugal).
::* Mariana Alexandrina Teixeira Leite (18.12.1808, Conceição da Barra - 28.06.1842, São João del Rei). Casou-se (02.11.1827) com Batista Caetano de Almeida (03.05.1797 - 24.06.1839). Tiveram os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Mariana Teixeira Leite casada com o tio Carlos Teixeira Leite (vide abaixo); Emília Dorner de Almeida, casada com o primo Francisco Teixeira Leite Guimarães; Batista Caetano Teixeira de Almeida, nascido em 15.04.1832, casou-se com Luiza Augusta Guimarães; Manoel Furquim Teixeira Leite de Almeida; Francisca Bernardina Teixeira de Almeida, casada com Custodio Leite de Abreu.
::* Mariana Alexandrina Teixeira Leite (18.12.1808, Conceição da Barra - 28.06.1842, São João del Rei). Casou-se (02.11.1827) com Batista Caetano de Almeida (03.05.1797 - 24.06.1839). Tiveram os seguintes filhos<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: Mariana Teixeira Leite casada com o tio Carlos Teixeira Leite (vide abaixo); Emília Dorner de Almeida, casada com o primo Francisco Teixeira Leite Guimarães; Batista Caetano Teixeira de Almeida, nascido em 15.04.1832, casou-se com Luiza Augusta Guimarães; Manoel Furquim Teixeira Leite de Almeida; Francisca Bernardina Teixeira de Almeida, casada com Custodio Leite de Abreu.
::* Antonio Carlos Teixeira Leite (26.07.1810, Conceição da Barra - 20-10-1810, Conceição da Barra) - Casou pela primeira vez com a prima Mariana Jesuína Teixeira e depois com Umbelina Cândida Teixeira, sua cunhada. Segundo Armando Vidal Leite Ribeiro,<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /> teria tido filhos com a primeira mulher {{carece de fontes|data=fevereiro de 2013}}, e teve também os seguintes filhos com a segunda: João Olímpio Teixeira Leite; Antonio Carlos Teixeira Leite; Custódio Teixeira Leite Sobrinho, casado com a prima Francisca de Brito Teixeira Leite; Umbelina Teixeira Leite, casada com o [[Barão de São Geraldo]]; Ernestina Teixeira Leite, casada com o primo Alfredo Leite Ribeiro; Carlos Alberto Teixeira Leite, casado com sua prima Mariana de Abreu Teixeira Leite; Jorge Luiz Teixeira Leite, casado com Julia da Silva; Luciano Arnaldo Teixeira Leite.
::* Antonio Carlos Teixeira Leite (26.07.1810, Conceição da Barra - 20-10-1810, Conceição da Barra) - Casou pela primeira vez com a prima Mariana Jesuína Teixeira e depois com Umbelina Cândida Teixeira, sua cunhada. Segundo Armando Vidal Leite Ribeiro,<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /> teria tido filhos com a primeira mulher {{carece de fontes|data=fevereiro de 2013}}, e teve também os seguintes filhos com a segunda: João Olímpio Teixeira Leite; Antonio Carlos Teixeira Leite; Custódio Teixeira Leite Sobrinho, casado com a prima Francisca de Brito Teixeira Leite; Umbelina Teixeira Leite, casada com o [[Barão de São Geraldo]]; Ernestina Teixeira Leite, casada com o primo Alfredo Leite Ribeiro; Carlos Alberto Teixeira Leite, casado com sua prima Mariana de Abreu Teixeira Leite; Jorge Luiz Teixeira Leite, casado com Julia da Silva; Luciano Arnaldo Teixeira Leite.
::* Joaquim José Teixeira Leite (06.02.1812, Conceição da Barra - 14.11.1872, Rio de Janeiro) - Casou-se em 15.08.1847 com Ana Esméria Correia e Castro, filha do [[Barão de Campo Belo]]. Tiveram os seguintes filhas:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Francisca Teixeira Leite; Eufrásia Teixeira Leite (1850 - 12.09.1930). Herdou de seu pai, entre outros bens, a chácara da Hera em Vassouras. Viveu muitos anos em Paris, dizem que por causa de uma paixão por Joaquim Nabuco. Faleceu solteira, deixando um testamento controverso, que teve como resultado final, a apropriação dos seus bens pelo então ditador Getúlio Vargas, após uma complicada disputa judicial. Para que os seus sobrinhos em segundo grau não pudessem ter qualquer direito à herança, foi estabelecido através de um decreto do ditador Vargas que só teriam direito à herança, colaterais até segundo grau, conforme até hoje se pratica.
::* Joaquim José Teixeira Leite (06.02.1812, Conceição da Barra - 14.11.1872, Rio de Janeiro) - Casou-se em 15.08.1847 com Ana Esméria Correia e Castro, filha do [[Barão de Campo Belo]]. Tiveram os seguintes filhas <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: Francisca Teixeira Leite; Eufrásia Teixeira Leite (1850 - 12.09.1930). Herdou de seu pai, entre outros bens, a chácara da Hera em Vassouras. Viveu muitos anos em Paris, dizem que por causa de uma paixão por Joaquim Nabuco. Faleceu solteira, deixando um testamento controverso, que teve como resultado final, a apropriação dos seus bens pelo então ditador Getúlio Vargas, após uma complicada disputa judicial. Para que os seus sobrinhos em segundo grau não pudessem ter qualquer direito à herança, foi estabelecido através de um decreto do ditador Vargas que só teriam direito à herança, colaterais até segundo grau, conforme até hoje se pratica.
::* Carlos Teixeira Leite (28.07.1814, Conceição da Barra - ?) - Casou-se em 06.09.1844 com a sobrinha Mariana Alexandrina Teixeira de Almeida, filha de Batista Caetano de Almeida e Maria Alexandrina, com quem teve os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Mariana Teixeira Leite, casada com o primo Guilherme de Almeida Magalhães; Carlos Teixeira Leite, falecido solteiro; Luciano Teixeira Leite, casado com Ana de Sales Cunha;
::* Carlos Teixeira Leite (28.07.1814, Conceição da Barra - ?) - Casou-se em 06.09.1844 com a sobrinha Mariana Alexandrina Teixeira de Almeida, filha de Batista Caetano de Almeida e Maria Alexandrina, com quem teve os seguintes filhos <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: Mariana Teixeira Leite, casada com o primo Guilherme de Almeida Magalhães; Carlos Teixeira Leite, falecido solteiro; Luciano Teixeira Leite, casado com Ana de Sales Cunha;
:::Em 18.10.1858 casou-se novamente, desta vez com a prima Carlota Augusta Teixeira,<ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> com quem teve os seguintes filhos:<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> Francisca Teixeira Leite, casada com Manoel Pedro da Silva Bruhns; Francisco José Teixeira Leite; Ernesto Teixeira Leite falecido na infância; Julieta Teixeira Leite, idem; Estefânia Teixeira Leite, idem;
:::Em 18.10.1858 casou-se novamente, desta vez com a prima Carlota Augusta Teixeira,<ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" /> com quem teve os seguintes filhos <ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" /><ref name= "Luiz Gonzaga Nunes" />: Francisca Teixeira Leite, casada com Manoel Pedro da Silva Bruhns; Francisco José Teixeira Leite; Ernesto Teixeira Leite falecido na infância; Julieta Teixeira Leite, idem; Estefânia Teixeira Leite, idem;
::* Ana Jesuína Cândida Teixeira Leite (10.12.1815 - ?), casada com o primo Luciano Leite Ribeiro, filho de Antonio Leite Ribeiro e Bernardina Constância de Barros. Não teve filhos, segundo Armando Vidal Leite Ribeiro.<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" />
::* Ana Jesuína Cândida Teixeira Leite (10.12.1815 - ?), casada com o primo Luciano Leite Ribeiro, filho de Antonio Leite Ribeiro e Bernardina Constância de Barros. Não teve filhos, segundo Armando Vidal Leite Ribeiro.<ref name= "Armando Vidal Leite Ribeiro" />
::* Maria Gabriela Teixeira Leite (28.09.1817 - 21.08.1883) - Casou-se (06.09.1844), em Conceição da Barra com o primo Francisco José Teixeira e Souza (1800 - ?), filho de Manoel Antonio Teixeira e Maria Esméria Cândida.
::* Maria Gabriela Teixeira Leite (28.09.1817 - 21.08.1883) - Casou-se (06.09.1844), em Conceição da Barra com o primo Francisco José Teixeira e Souza (1800 - ?), filho de Manoel Antonio Teixeira e Maria Esméria Cândida.
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A origem da família Teixeira Portugal remete-se ao patriarca José Teixeira, (filho de Manuel Teixeira e Ana Teixeira) e Ana Maria (filha de Manuel Teixeira e Maria Teresa). Os dois casaram-se na Freguesia de São Miguel do Freixo de Cima, Concelho de Amarante, Porto em 30.03.1803 e foram pais de vários filhos dentre eles aqueles que deram origem à família Teixeira Portugal na região serrana fluminense, citados a seguir:
A origem da família Teixeira Portugal remete-se ao patriarca José Teixeira, (filho de Manuel Teixeira e Ana Teixeira) e Ana Maria (filha de Manuel Teixeira e Maria Teresa). Os dois casaram-se na Freguesia de São Miguel do Freixo de Cima, Concelho de Amarante, Porto em 30.03.1803 e foram pais de vários filhos dentre eles aqueles que deram origem à família Teixeira Portugal na região serrana fluminense, citados a seguir:
# José Teixeira (04.07.1806, Freixo de Cima, Amarante - ?)
# José Teixeira (04.07.1806, Freixo de Cima, Amarante - ?).
# Maria Teixeira (20.02.1809, Freixo de Cima, Amarante - ?) - Casou-se (24.03.1827) com Manuel Teixeira de Abreu, filho de Antônio Teixeira de Abreu e Eugênia Maria, da localidade de Ranhadouro e juntos tiveram os seguintes filhos: Antônio Teixeira de Abreu, (17.02.1834, Freixo de Cima, Amarante - ?); Francisco Teixeira de Abreu, (06.05.1835, Freixo de Cima, Amarante - ?); Joaquim Teixeira de Abreu, (29.06.1837, Freixo de Cima, Amarante - ?), casado (30.10.1861, [[Santa Maria Madalena]], Rio de Janeiro) com Maria Francisca de Jesus (?, Valão do Barro, Rio de Janeiro - ?), filha natural de Maria Joana de Oliveira; Adam Teixeira de Abreu, (01.12.1838, Freixo de Cima, Amarante - ?); Francisco Teixeira de Abreu, (09.12.1843, Freixo de Cima, Amarante - ?); Domingos Teixeira de Abreu, (03.12.1845, Freixo de Cima, Amarante - ?, [[São Fidélis]], Rio de Janeiro), casado (junho de 1873, Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro) com Laura Felícia de Gouveia (?, Nova Fidélis, Rio de Janeiro - ?) filha de Ana Felícia Gouveia.
# Maria Teixeira (20.02.1809, Freixo de Cima, Amarante - ?) - Casou-se (24.03.1827) com Manuel Teixeira de Abreu, filho de Antônio Teixeira de Abreu e Eugênia Maria, da localidade de Ranhadouro e juntos tiveram os seguintes filhos: Antônio Teixeira de Abreu, (17.02.1834, Freixo de Cima, Amarante - ?); Francisco Teixeira de Abreu, (06.05.1835, Freixo de Cima, Amarante - ?); Joaquim Teixeira de Abreu, (29.06.1837, Freixo de Cima, Amarante - ?), casado (30.10.1861, [[Santa Maria Madalena]], Rio de Janeiro) com Maria Francisca de Jesus (?, Valão do Barro, Rio de Janeiro - ?), filha natural de Maria Joana de Oliveira; Adam Teixeira de Abreu, (01.12.1838, Freixo de Cima, Amarante - ?); Francisco Teixeira de Abreu, (09.12.1843, Freixo de Cima, Amarante - ?); Domingos Teixeira de Abreu, (03.12.1845, Freixo de Cima, Amarante - ?, [[São Fidélis]], Rio de Janeiro), casado (junho de 1873, Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro) com Laura Felícia de Gouveia (?, Nova Fidélis, Rio de Janeiro - ?) filha de Ana Felícia Gouveia.
# Manuel José Teixeira Portugal, nascido (22.08.1812, Freixo de Cima, Amarante - 18.07.1886, Freixo de Cima, Amarante) - Conta-se que Manuel José Teixeira Portugal teria vindo para o Brasil em 1822, tendo desembarcado no Porto da cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou no comércio, tornou-se comprador e vendedor de ovos e aves. Atuando como [[mascate]], deixou a cidade do Rio de Janeiro, indo à direção da então Freguesia da S. S. Trindade, hoje Distrito de Japuíba, Município de [[Cachoeiras de Macacu]], ali se estabelecendo temporariamente, e onde conheceu Isabel Maria de Jesus (03.08.1817, Freguesia da S. S. Trindade - 21.08.1877, Freguesia da S. S. Trindade), filha de Francisco José da Silva e de Maria Josefa da Silva. Manuel José Teixeira Portugal e Isabel Maria de Jesus casaram-se (28.05.1832), na então Freguesia da S. S. Trindade (atualmente Igreja de Santana). Como mascate, ele dedicou-se ainda ao comércio de armarinhos, tecidos, joias, etc., até chegar à região de [[Cantagalo]] (RJ) onde, com a esposa Isabel Maria de Jesus, trabalharam, como colonos, em lavoura de café. Mais tarde seguiram pelo caminho colonial em direção à [[Macuco]] e [[São Francisco de Paula]] para se estabelecerem definitivamente na área em que posteriormente teve início à cidade de Santa Maria Madalena. O desbravamento da Região de Santa Maria Madalena iniciou-se a partir do início do [[Século XIX]], por viajantes que buscavam alcançar a estrada que ligava Cantagalo a [[Macaé]]. Registros concretos, entretanto, surgiram apenas a partir de 1835 e mais precisamente a partir de 1840, com o apossamento de parte das terras existentes nas cabeceiras do Córrego São Domingos, então pertencentes a Cantagalo, pelo português Manuel José Teixeira Portugal. Conforme pesquisa de registros no [[Almanaque Laemmert]], em Santa Maria Madalena, Manuel José Teixeira Portugal foi padeiro (entre 1857 e 1858), proprietário de padaria (entre 1859 e 1864) e fazendeiro de café (entre 1857 e 1878). Após enviuvar, Manuel José Teixeira Portugal retornou a sua terra natal, passando a morar no lugar chamado [[Arrifana]], onde, contraiu novo matrimônio (06.09.1885), desta vez, com Rosa Maria de Oliveira, filha de João de Oliveira e Maria Joaquina. Conta-se que Rosa Maria de Oliveira era enfermeira e, nesta condição, cuidou de Manuel José Teixeira Portugal, tendo ao final com ele contraído matrimônio. Na época, ela estava com apenas 23 anos e ele 73. O casamento, entretanto, durou pouco, pois 9 meses depois Manuel falecia, não havendo prole dessa união. De Manuel José Teixeira Portugal e Isabel Maria de Jesus houve uma vasta descendência, disseminada por todo o Rio de Janeiro, nas [[Região Serrana|regiões Serrana]], [[Norte Fluminense]] e adjacências.
# Manuel José Teixeira Portugal, nascido (22.08.1812, Freixo de Cima, Amarante - 18.07.1886, Freixo de Cima, Amarante) - Conta-se que Manuel José Teixeira Portugal teria vindo para o Brasil em 1822, tendo desembarcado no Porto da cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou no comércio, tornou-se comprador e vendedor de ovos e aves. Atuando como [[mascate]], deixou a cidade do Rio de Janeiro, indo à direção da então Freguesia da S. S. Trindade, hoje Distrito de Japuíba, Município de [[Cachoeiras de Macacu]], ali se estabelecendo temporariamente, e onde conheceu Isabel Maria de Jesus (03.08.1817, Freguesia da S. S. Trindade - 21.08.1877, Freguesia da S. S. Trindade), filha de Francisco José da Silva e de Maria Josefa da Silva. Manuel José Teixeira Portugal e Isabel Maria de Jesus casaram-se (28.05.1832), na então Freguesia da S. S. Trindade (atualmente Igreja de Santana). Como mascate, ele dedicou-se ainda ao comércio de armarinhos, tecidos, joias, etc., até chegar à região de [[Cantagalo]] (RJ) onde, com a esposa Isabel Maria de Jesus, trabalharam, como colonos, em lavoura de café. Mais tarde seguiram pelo caminho colonial em direção à [[Macuco]] e [[São Francisco de Paula]] para se estabelecerem definitivamente na área em que posteriormente teve início à cidade de Santa Maria Madalena. O desbravamento da Região de Santa Maria Madalena iniciou-se a partir do início do [[Século XIX]], por viajantes que buscavam alcançar a estrada que ligava Cantagalo a [[Macaé]]. Registros concretos, entretanto, surgiram apenas a partir de 1835 e mais precisamente a partir de 1840, com o apossamento de parte das terras existentes nas cabeceiras do Córrego São Domingos, então pertencentes a Cantagalo, pelo português Manuel José Teixeira Portugal. Conforme pesquisa de registros no [[Almanaque Laemmert]], em Santa Maria Madalena, Manuel José Teixeira Portugal foi padeiro (entre 1857 e 1858), proprietário de padaria (entre 1859 e 1864) e fazendeiro de café (entre 1857 e 1878). Após enviuvar, Manuel José Teixeira Portugal retornou a sua terra natal, passando a morar no lugar chamado [[Arrifana]], onde, contraiu novo matrimônio (06.09.1885), desta vez, com Rosa Maria de Oliveira, filha de João de Oliveira e Maria Joaquina. Conta-se que Rosa Maria de Oliveira era enfermeira e, nesta condição, cuidou de Manuel José Teixeira Portugal, tendo ao final com ele contraído matrimônio. Na época, ela estava com apenas 23 anos e ele 73. O casamento, entretanto, durou pouco, pois 9 meses depois Manuel falecia, não havendo prole dessa união. De Manuel José Teixeira Portugal e Isabel Maria de Jesus houve uma vasta descendência, disseminada por todo o Rio de Janeiro, nas [[Região Serrana|regiões Serrana]], [[Norte Fluminense]] e adjacências.
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# Rosa Teixeira, nascida (30.07.1823, Freixo de Cima, Amarante - ?) - Casou-se (31.03.1853) com José Carvalho, filho de Quitéria Ribeiro, natural da Freguesia de Santo André de Telões.
# Rosa Teixeira, nascida (30.07.1823, Freixo de Cima, Amarante - ?) - Casou-se (31.03.1853) com José Carvalho, filho de Quitéria Ribeiro, natural da Freguesia de Santo André de Telões.
# Ana Teixeira, nascida (28.10.1825, Freixo de Cima, Amarante - ?)
# Ana Teixeira, nascida (28.10.1825, Freixo de Cima, Amarante - ?)
# José Teixeira Portugal Freixo (23.04.1828, Freixo de Cima, Amarante - ?) - No Brasil, ele adotou o nome de José Teixeira Portugal Freixo ([[Comendador]]), Portugal do país de origem e Freixo da então Freguesia, e também se instalou em Santa Maria Madalena, onde se casou (06.09.1858) com Laura Maria de Jesus (1830, Cantagalo - 27.04.1865, Santa Maria Madalena), filha do Capitão João de Souza Botelho (neta do patriarca João Machado Botelho) e Maria Joaquina de Jesus e viúva de Luís de Souza Coelho. Conforme pesquisa de registros no [[Almanaque Laemmert]], em Santa Maria Madalena, José Teixeira Portugal Freixo foi [[Cônsul Geral de Portugal]] (de 1881 a 1883) e fazendeiro de café (entre 1859 a 1866, entre 1875 a 1878 e novamente de 1882 a 1883). José Teixeira Portugal Freixo foi ainda, em Santa Maria Madalena, Comendador da [[Ordem de Cristo]], Vereador (1874), Delegado de Polícia (1875), Agente Consular de Portugal e Coronel da Guarda Nacional. Ainda solteiro teve um filho com Cândida Rosa de Castro, chamado Antônio (21.12.1856, Santa Maria Madalena - 25.05.1927, [[Jundiaí]]). Este filho casou-se com Isabel Teixeira Cipriano, filha de José Teixeira Cipriano e Ana Teixeira Portugal. Antônio e Isabel tiveram os seguintes filhos: Adélia (28.03.1881, Santa Maria Madalena - ?), Maria do Carmo (07.08.1882, Santa Maria Madalena - ?), Alberto (1887, Santa Maria Madalena - ?), Dolores (04.08.1888. Santa Maria Madalena - ?), José, nascido em Santa Maria Madalena (? - ?), Ana (10.08.1890 - ?), Alaíde (13.09.1896, Suzano - ?), Albertina (04.11.1897, Mogi das Cruzes - ?) e Antônio (19.06.1899, Mogi das Cruzes - ?). José Teixeira Portugal Freixo casou-se (06.09.1858) pela primeira vez em Santa Maria Madalena com Laura Maria de Jesus. O casal teve três filhos: Manuel (15.05.1859, Santa Maria Madalena - 05.11.1859, Santa Maria Madalena), Maria (26.08.1860, Santa Maria Madalena - ?), casada com Manuel do Rego Pontes e Isabel (04.11.1861, Santa Maria Madalena - 06.10.1951, Santa Maria Madalena) casada com o português Manuel Pereira da Estrela (20.12.1842 - 20.07.1912). Tendo enviuvado (27.04.1865), José Teixeira Portugal Freixo casou-se novamente (30.09.1867), na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Cantagalo, com Maria de Jesus Ribeiro, (sobrinha de Laura), filha de Manuel Dias Ribeiro e Ana Maria de Jesus Serpa Ribeiro. O casal teve 10 filhos, gerando uma vasta descendência.
# José Teixeira Portugal Freixo (23.04.1828, Freixo de Cima, Amarante - ?) - No Brasil, ele adotou o nome de José Teixeira Portugal Freixo ([[Comendador]]), Portugal do país de origem e Freixo da então Freguesia, e também se instalou em Santa Maria Madalena, onde se casou (06.09.1858) com Laura Maria de Jesus (1830, Cantagalo - 27.04.1865, Santa Maria Madalena), filha do Capitão João de Souza Botelho (neta do patriarca João Machado Botelho) e Maria Joaquina de Jesus e viúva de Luís de Souza Coelho. Conforme pesquisa de registros no [[Almanaque Laemmert]], em Santa Maria Madalena, José Teixeira Portugal Freixo foi [[Cônsul Geral de Portugal]] (de 1881 a 1883) e fazendeiro de café (entre 1859 a 1866, entre 1875 a 1878 e novamente de 1882 a 1883). José Teixeira Portugal Freixo foi ainda, em Santa Maria Madalena, Comendador da [[Ordem de Cristo]], Vereador (1874), Delegado de Polícia (1875), Agente Consular de Portugal e Coronel da Guarda Nacional. Ainda solteiro teve um filho com Cândida Rosa de Castro, chamado Antônio (21.12.1856, Santa Maria Madalena - 25.05.1927, [[Jundiaí]]). Este filho casou-se com Isabel Teixeira Cipriano, filha de José Teixeira Cipriano e Ana Teixeira Portugal. Antônio e Isabel tiveram os seguintes filhos: Adélia (28.03.1881, Santa Maria Madalena - ?), Maria do Carmo (07.08.1882, Santa Maria Madalena - ?), Alberto (1887, Santa Maria Madalena - ?), Dolores (04.08.1888. Santa Maria Madalena - ?), José, nascido em Santa Maria Madalena (? - ?), Ana (10.08.1890 - ?), Alaíde (13.09.1896, Suzano - ?), Albertina (04.11.1897, Mogi das Cruzes - ?) e Antônio (19.06.1899, Mogi das Cruzes - ?). José Teixeira Portugal Freixo casou-se (06.09.1858) pela primeira vez em Santa Maria Madalena com Laura Maria de Jesus. O casal teve três filhos: Manuel (15.05.1859, Santa Maria Madalena - 05.11.1859, Santa Maria Madalena), Maria (26.08.1860, Santa Maria Madalena - ?), casada com Manuel do Rego Pontes e Isabel (04.11.1861, Santa Maria Madalena - 06.10.1951, Santa Maria Madalena) casada com o português Manuel Pereira da Estrela (20.12.1842 - 20.07.1912). Tendo enviuvado (27.04.1865), José Teixeira Portugal Freixo casou-se novamente (30.09.1867), na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Cantagalo, com Maria de Jesus Ribeiro, (sobrinha de Laura), filha de Manuel Dias Ribeiro e Ana Maria de Jesus Serpa Ribeiro. O casal teve 10 filhos, gerando uma vasta descendência.


== Heráldica ==
== Heráldica ==
[[Ficheiro:Teixeira Coat of Arms.gif|thumb|Brasão dos Teixeiras]]
[[Ficheiro:Teixeira Coat of Arms.gif|thumb|Brasão dos Teixeiras]]
Conforme o [[Heráldica|heraldista]] e [[Genealogia|genealogista]] Anselmo Freire, o [[brasão de armas]] dos Teixeira(s) (conforme mostrado acima, à direita) seria descrito assim: De negro, cruz potenteia de prata, vazia do campo. Timbre: unicórnio nascente e volvido de prata. "O ''[[Nobiliário de Famílias de Portugal]]",'' informa que [[Dom (título)|Dom]] [[Egas Fafes de Lanhoso]] esteve na [[Jerusalém|cidade de Jerusalém]], local onde veio a receber das mãos do rei [[Balduíno III de Jerusalém]] as [[Brasão|Armas de Brasão]] que usam os [[Teixeira (apelido)|Teixeira]] seus [[Descendência|descendentes]].<ref>FREIRE, Anselmo Braamcamp; BRASÕES DA SALA DE SINTRA, Livro Primeiro (2ª ed.), pág. 37, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1921.</ref><ref name="Gayo2">Felgueiras Gayo Nobiliário de Famílias de Portugal IX Volume Braga 1990, p 176 Teixeiras</ref>
Conforme o [[Heráldica|heraldista]] e [[Genealogia|genealogista]] Anselmo Freire, o [[brasão de armas]] dos Teixeira(s) (conforme mostrado acima, à direita) seria descrito assim: De negro, cruz potenteia de prata, vazia do campo. Timbre: unicórnio nascente e volvido de prata. "O ''[[Nobiliário de Famílias de Portugal]]",'' informa que [[Dom (título)|Dom]] [[Egas Fafes de Lanhoso]] esteve na [[Jerusalém|cidade de Jerusalém]], local onde veio a receber das mãos do rei [[Balduíno III de Jerusalém]] as [[Brasão|Armas de Brasão]] que usam os [[Teixeira (apelido)|Teixeira]] seus [[Descendência|descendentes]].<ref>FREIRE, Anselmo Braamcamp; BRASÕES DA SALA DE SINTRA, Livro Primeiro (2ª ed.), pág. 37, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1921.</ref><ref name="Gayo2">Felgueiras Gayo Nobiliário de Famílias de Portugal IX Volume Braga 1990, p 176 Teixeiras</ref>



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Revisão das 02h50min de 19 de abril de 2024

O sobrenome Teixeira deriva da palavra teixo, nome este de uma árvore gimnospérmica da família das Taxaceae.[1] Começou a ser usado como sobrenome de família durante o século XII pelo Senhor de Teixeira e Gestaçô, D. Hermígio Mendes de Teixeira, personagem da história contemporânea de Portugal do rei D. Sancho I de Portugal.[2]

Assim como outras famílias que tiveram seus sobrenomes originados de nomes de árvores e plantas, que na realidade eram Cristãos-novos, nome dado aos Judeus que durante a inquisição, residiam em Portugal e adotavam novos sobrenomes na sua conversão forçada à religião católica, como os Pereira, Oliveira, Pinheiro, Carvalho, entre outras famílias de raízes portuguesas que migraram para o Brasil.[3]

A família Teixeira adotou este apelido como sobrenome e teria surgido em um lugar onde existia muitos espécimes uma árvore do gênero Taxus Baccata, popularmente conhecida como teixo, baseado no nome de dessa árvore formou-se o sobrenome Teixeira. Na Idade Média, o veneno de suas folhas, era usado na fabricação de bestas, armas com um arco e flechas, que é acionada por um gatilho.

Em Portugal famílias com sobrenomes baseados em nomes de árvores, frutas, animais e acidentes geográficos são geralmente apontadas como sendo descendentes de cristãos-novos. Registros mostram que o sobrenome se originou em Teixoso, onde os judeus moradores dessa região adotaram o nome da planta Teixeira como sobrenome. Há fontes que mostram que judeus portugueses adotaram esse sobrenome durante a Inquisição para preservar a identidade judaica principalmente em Belmonte (Portugal).[4]

Quando a Inquisição Portuguesa descobriu esta manobra, os nomes adotados por eles foram adicionados aos arquivos de listas que continham nomes e sobrenomes dos "infiéis", que podem ser encontrados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Portugal.[5][6]

A família Teixeira é bem antiga, havendo registros documentais com sobrenome Teixeira desde o século XII. É interessante registrar que esta árvore, apesar de comum na área central quanto ocidental da Europa, também é encontrada no Norte da África e Oriente Médio. Em Portugal, o teixo é comum nas áreas mais elevadas, como por exemplo nas áreas de Montes, no norte do País.[7]

[8][9][10][11][12][13][14]

No século XVIII foi criado por D. João VI, rei de Portugal e pai de D. Pedro I do Brasil, por meio de uma Carta Régia de 16 de março de 1818, o Título nobiliárquico de Barão de Teixeira, a favor do grande comerciante e capitalista português Henrique Teixeira de Sampaio, acionista do Banco de Lisboa e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda entre 1823 e 1825 , 1.º Senhor de Sampaio, 1.º Conde da Póvoa, e então Primeiro Barão de Teixeira.[15][16]

Genealogia

Em Portugal

Teixeira é um sobrenome de família portuguesa e também galega tendo raízes toponímicas cuja origem está no senhorio de Teixeira, concelho de Baião em Portugal, pertencente a Dom Hermígio Mendes de Teixeira, rico-homem no tempo do Rei Sancho I, [17] Descendente dos Senhores de Lanhoso, filho de Mem Viegas de Sousa e neto de Egas Fafes de Lanhoso, foi o primeiro a chamar-se Teixeira, vivia e era senhor da Quinta do Lameiro, mais tarde chamada de Sequeiros, em Ponte Vila Verde.[17] Não podendo ser Senhor do Lameiro pela conotação pejorativa do nome, D. Hermígio optou pelo nome de Teixeira.

Dom Hermígio foi casado com Dona Maria Pais, filha de Dom Paio de Novais, Alcaide-Mor de Vila Nova de Cerveira.[17] Deste casamento houve descendência[17] que continuou o apelido até à actualidade.

No Brasil

De Portugal, os primeiros membros da família Teixeira teriam chegado ao Brasil no final do século XVIII e durante o século XIX em locais diferentes. Tradicionalmente se considera que uma família Teixeira veio para o Brasil emigrando da região de Belmonte, uma Vila do interior de Portugal, ao final do século XVIII, para fugir das perseguições religiosas instituídas pelo Tribunal do Santo Ofício. Aparentemente com as famílias Góis e Melo, que estabeleceram-se em Pernambuco, para algum tempo depois unificar-se como um sobrenome único de família.

Inicialmente se estabeleceram na cidade de Recife, Capital de Pernambuco, que abriga a Sinagoga Kahal Zur Israel, no centro histórico do bairro do Recife, a primeira sinagoga das Américas. Os Teixeira(s) partiram da cidade do Recife, rumo ao interior do Estado do Piauí onde fixaram-se na "Fazenda Paulista", atual cidade de Paulistana, que pertencia ao Fidalgo português Dom Valério Coelho Rodrigues, personagem importante no processo de colonização do Piauí e no assentamento da base econômica da Província do Piauí.

No Ceará a família Teixeira se instalou em Mombaça, uma cidade no sertão centrale nesta região esta família teve notável participação na política e na economia, gerando uma considerável descendência, a qual teve continuidade por meio das famílias Castelo e Benevides. Além de promoverem a endogamia, isto é casamentos nas mesmas famílias, estando presentes em Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Salgueiro, Mirandiba, São José do Belmonte, Terra Nova, Ouricuri, Parnamirim e Barra de São Pedro, onde é uma das maiores famílias, e sua origem ainda é muito pouco conhecida. Segundo pesquisas, na época em que jesuítas espanhóis chegaram a região do sertão pernambucano, mesma época em que os registros civis eram encargos da Igreja Católica, teriam atribuído aos Teixeira de Belmonte, ou seja que provinham daquela região, o nome "Belmonte" como um Sobrenome, na época era comum utilizar a referência do nome da vila portuguesa de origem como sobrenome ao chegar ao Brasil, essa prática acontecia e era mais comum principalmente entre pessoas mais pobres e que não carregavam consigo um Nome de família ou Patronímico, por vezes Belmonte ganhou variantes como: Belmontes, Delmonte, Delmones e posteriormente Delmondes por erros de registros civis. Atualmente essa família Delmondes está difundida por todo o Brasil, mas sua origem se deu no sertão de Pernambuco.

Delmondes é também o sobrenome de uma tradicional família Luso-brasileira com elementos de origens holandesas que se fixaram em Barra de São Pedro em Pernambuco, esta família "Teixeira Delmondes", tem origem em Belmonte uma vila portuguesa do distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixa com um histórico de migração desde meados do século XIX.

De facto uma proeminente família Marrana originária da região de Belmonte Portugal, que abriga uma histórica comunidade judaica sefardita, que data desde o século XII, situada no panorâmico Monte da Esperança, antigos Montes Crestados, adotou o apelido Teixeira em substituição a seus próprios sobrenomes, para escapar das perseguições religiosas, promovidas pelo Tribunal do Santo Ofício. Assim conseguindo emigrar de Portugal para o Nordeste do Brasil no final do século XVIII, acusados de serem a causa de uma seca, fome e peste em Portugal.

Registros históricos mostram que a origem portuguesa foi a única origem registrada e significativa de imigrantes europeus no Brasil até 1808, quando ocorreu a abertura dos portos. Somente a partir dessa data é que passou a ser permitida a entrada mais livre de imigrantes não portugueses no Brasil.[18][19][20][21][22][23][24]

Teixeira de Souza [25][26]

Conforme os registros documentais pesquisados, esta família teve início em Conceição da Barra, Comarca do Rio das Mortes, pelo casamento do patriarca Capitão Francisco José Teixeira com Ana Josefa de Souza Monteiro.

O Capitão Francisco José Teixeira (1750 - 1780), minerador no Rio das Mortes, Minas Gerais, era natural da Freguesia de São Tiago de Ourile, Distrito de Braga, filho legítimo de Belchior Gonçalves e Elena (ou Helena) Teixeira. Ele casou-se (16.05.1774), na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Barra, com Ana Josefa Martins, depois referida como Ana Josefa de Souza ou de Souza Monteiro (1758, São João Del Rei - 23.01.1808, Conceição da Barra, Comarca do Rio das Mortes), filha de André Martins Ferreira e de Maria de Souza Monteiro. Foram proprietários da Fazenda da Ilha, em Conceição da Barra, Comarca do Rio das Mortes. Francisco José e Ana Josefa tiveram vasta descendência. Entre seus filhos, destaca-se o Barão de Itambé, Francisco José Teixeira (06.09.1780, Conceição da Barra de Minas - 22.03.1866, Vassouras), patriarca do clã dos Teixeira Leite de Vassouras, Rio de Janeiro. São seus filhos:

  1. Ana Esméria Teixeira de Souza (1775, Conceição da Barra - 06.05.1842, Conceição da Barra) - Ana Esméria era a primogênita do Cap. Francisco José Teixeira e Ana Josefa de Souza Monteiro. Casou-se aos treze anos (22.08.1788) em Conceição da Barra, com Manoel da Costa Rios (31.03.1758 - 25.12.1812), nascido na localidade de Ventorella, freguesia de São Cristóvão de Refojos, Concelho de Santo Tirso, Distrito do Porto, filho legítimo de João da Costa Rios e de Josefa Ferreira Carneiro. Ana Esméria e Manoel tiveram os seguintes filhos: Mariana Osória Teixeira de Souza, Antonio Teixeira da Costa Rios, Maria Esméria Teixeira de Souza, João Evangelista de Souza, Ana Josefa de Souza, Delfina Matildes de Souza
  2. Josefa de Souza Monteiro (1775, Conceição da Barra - ?) - Segunda filha do casal Francisco José Teixeira e Ana Josefa de Souza Monteiro, ela tinha treze anos quando foi feito o inventário do pai (1788). Ela se casou (21.05.1792) em Conceição da Barra, com o Cap. Manoel Ferreira Leite, nascido em Nazaré (1766). Manoel era morador de São João del Rei, onde foi tesoureiro e mesário da Irmandade do Santíssimo Sacramento e onde construiu a Ponte do Rosário sobre o Rio Lenhoso. Manoel e Josefa tiveram os seguintes filhos: Ana Josefa de Souza, Felicidade Perpétua do Sacramento, Maria Josefa de Souza, Francisca Bernardina Ferreira Leite, Manoel Ferreira Leite, Inácia Ferreira Leite, Cândida Esméria de Souza e Constância Perpétua de Souza
  3. Antonio José Teixeira (1779, Conceição da Barra - ?, 1808, Conceição da Barra) - Antonio José Teixeira tinha nove anos na abertura do inventário de seu pai Cap. Francisco José Teixeira em 1788. Casou-se (13.09.1802) com Josefa Joaquina da Silva Moura na Matriz do Pilar. Na mesma cerimônia casaram também seu irmão Francisco José Teixeira e Francisca Bernardina do Nascimento, futuros Barões de Itambé. Josefa Joaquina era filha do Dr. Joaquim da Silva Tavares e Luzia Perpétua de Moura.
  4. Francisco José Teixeira (Barão de Itambé) - Francisco José Teixeira (06.09.1780, Conceição da Barra - 22.03.1866, Vassouras), casou-se (13.09.1802, São João del Rei) com Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro, filha do Sargento-Mor José Leite Ribeiro e de Escolástica Maria de Jesus. Em 15.11.1846 foi agraciado por Carta imperial com o título de Barão de Itambé. Francisco José e Francisca Bernardina tiveram os seguintes filhos:
  • José Eugenio Teixeira Leite (28-7-1803, Conceição da Barra - ?) casou em 25-1-1835 com Maria Guilhermina Cândida Teixeira, sua prima. Tiveram os seguintes filhos [25][26]: José Eugenio Teixeira Leite Filho; Francisco Leopoldo Teixeira Leite; Maria Teixeira Leite (1846-1896), casada com o primo Carlos Artur Teixeira Leite, filho do Barão de Vassouras; João Teixeira Leite; Francisca Teixeira Leite, casada com o primo João Evangelista Teixeira Leite; Ana Teixeira Leite, segunda mulher do primo e cunhado João Evangelista Teixeira Leite.
  • Francisco José Teixeira Leite (13.11.1804, Faz. da Ilha, Conceição da Barra) - Nomeado Barão de Vassouras por decreto Imperial de 17.05.1871. Casou-se com sua prima Maria Esméria do Sacramento, filha de Anastácio Leite Ribeiro e Maria Esméria do Sacramento, e teve com ela os seguintes filhos[25][26]: Ambrosina Augusta Teixeira de Almeida (1830-1853), casada com Caetano Furquim de Almeida; Maria Paulina Teixeira de Almeida (1837-1907), segunda mulher do cunhado Caetano Furquim de Almeida; Francisco Carlos Teixeira Leite (1837-1910) casado com Leopoldina Vidal Dias (1843- 1891), neta de Francisco Leite Ribeiro [25] e filha de José Vidal Dias e Francisca Tereza Vidal Leite Ribeiro;[26] Joaquim Américo Teixeira Leite (1839 - 1856); Carlos Artur Teixeira Leite (1840 - 1888), casado com Maria Teixeira Leite; Custódio Alfredo Teixeira Leite (1843 - 1886), casado com Maria Isabel Pinto Ferraz; Anastácio Teixeira Leite (1844 - 1912), casado com Maria Isabel Barcelos.
Em seguida, após enviuvar, casou-se com Ana Alexandrina Leite Guimarães, com quem teve os seguintes filhos, [25][26]:Alfredo Carlos Teixeira Leite (1852 - 1896), casado com Francisca Alves Barbosa; Cristina Teixeira Leite (1854 - 1936), casada com o Dr. Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, Visconde de Taunay, (1843- 1899); Afonso Teixeira Leite (1855 - 1874); Leopoldo Teixeira Leite (1859 - 1932), casado com Inês Figueira de Melo; Eugenia (1865 - 1934), casada com Augusto Carlos da Silva Telles; Francisco José (1870 - 1885); Margarida, casada com Feliciano Duarte Penido
  • João Evangelista Teixeira Leite (15.05.1807, Conceição da Barra) - Casou-se em 26.10.1837 com Ana Bernardina de Carvalho (1816 - 1851), filha do primeiro Barão de Amparo. Tiveram os seguintes filhos[25][26]: João Evangelista Teixeira Leite, casado primeiro com Francisca Teixeira Leite e depois com Ana Teixeira Leite, filhas de José Eugênio Teixeira Leite e Maria Guilhermina (vide acima); Francisco Augusto Teixeira Leite; Amélia Eugênia Teixeira Leite, casada com o tio Joaquim Gomes Leite de Carvalho, segundo Barão do Amparo; Francisca Bernardina Teixeira Leite batizada na Matriz do Engenho Velho, Rio de Janeiro, casada com Francisco Belisário Soares de Souza; Ana Bernardina Teixeira Leite, batizada (25.12.1847) em Barra Mansa, casou-se (24.11.1864) no Rio de Janeiro com Cândido José Rodrigues Torres, Barão de Itambi (Brasil) e Visconde de Torres (Portugal).
  • Mariana Alexandrina Teixeira Leite (18.12.1808, Conceição da Barra - 28.06.1842, São João del Rei). Casou-se (02.11.1827) com Batista Caetano de Almeida (03.05.1797 - 24.06.1839). Tiveram os seguintes filhos[25][26]: Mariana Teixeira Leite casada com o tio Carlos Teixeira Leite (vide abaixo); Emília Dorner de Almeida, casada com o primo Francisco Teixeira Leite Guimarães; Batista Caetano Teixeira de Almeida, nascido em 15.04.1832, casou-se com Luiza Augusta Guimarães; Manoel Furquim Teixeira Leite de Almeida; Francisca Bernardina Teixeira de Almeida, casada com Custodio Leite de Abreu.
  • Antonio Carlos Teixeira Leite (26.07.1810, Conceição da Barra - 20-10-1810, Conceição da Barra) - Casou pela primeira vez com a prima Mariana Jesuína Teixeira e depois com Umbelina Cândida Teixeira, sua cunhada. Segundo Armando Vidal Leite Ribeiro,[25] teria tido filhos com a primeira mulher [carece de fontes?], e teve também os seguintes filhos com a segunda: João Olímpio Teixeira Leite; Antonio Carlos Teixeira Leite; Custódio Teixeira Leite Sobrinho, casado com a prima Francisca de Brito Teixeira Leite; Umbelina Teixeira Leite, casada com o Barão de São Geraldo; Ernestina Teixeira Leite, casada com o primo Alfredo Leite Ribeiro; Carlos Alberto Teixeira Leite, casado com sua prima Mariana de Abreu Teixeira Leite; Jorge Luiz Teixeira Leite, casado com Julia da Silva; Luciano Arnaldo Teixeira Leite.
  • Joaquim José Teixeira Leite (06.02.1812, Conceição da Barra - 14.11.1872, Rio de Janeiro) - Casou-se em 15.08.1847 com Ana Esméria Correia e Castro, filha do Barão de Campo Belo. Tiveram os seguintes filhas [25][26]: Francisca Teixeira Leite; Eufrásia Teixeira Leite (1850 - 12.09.1930). Herdou de seu pai, entre outros bens, a chácara da Hera em Vassouras. Viveu muitos anos em Paris, dizem que por causa de uma paixão por Joaquim Nabuco. Faleceu solteira, deixando um testamento controverso, que teve como resultado final, a apropriação dos seus bens pelo então ditador Getúlio Vargas, após uma complicada disputa judicial. Para que os seus sobrinhos em segundo grau não pudessem ter qualquer direito à herança, foi estabelecido através de um decreto do ditador Vargas que só teriam direito à herança, colaterais até segundo grau, conforme até hoje se pratica.
  • Carlos Teixeira Leite (28.07.1814, Conceição da Barra - ?) - Casou-se em 06.09.1844 com a sobrinha Mariana Alexandrina Teixeira de Almeida, filha de Batista Caetano de Almeida e Maria Alexandrina, com quem teve os seguintes filhos [25][26]: Mariana Teixeira Leite, casada com o primo Guilherme de Almeida Magalhães; Carlos Teixeira Leite, falecido solteiro; Luciano Teixeira Leite, casado com Ana de Sales Cunha;
Em 18.10.1858 casou-se novamente, desta vez com a prima Carlota Augusta Teixeira,[26] com quem teve os seguintes filhos [25][26]: Francisca Teixeira Leite, casada com Manoel Pedro da Silva Bruhns; Francisco José Teixeira Leite; Ernesto Teixeira Leite falecido na infância; Julieta Teixeira Leite, idem; Estefânia Teixeira Leite, idem;
  • Ana Jesuína Cândida Teixeira Leite (10.12.1815 - ?), casada com o primo Luciano Leite Ribeiro, filho de Antonio Leite Ribeiro e Bernardina Constância de Barros. Não teve filhos, segundo Armando Vidal Leite Ribeiro.[25]
  • Maria Gabriela Teixeira Leite (28.09.1817 - 21.08.1883) - Casou-se (06.09.1844), em Conceição da Barra com o primo Francisco José Teixeira e Souza (1800 - ?), filho de Manoel Antonio Teixeira e Maria Esméria Cândida.
  • Custódio Teixeira Leite (1819, Conceição da Barra - 01.02.1883, Nice, França) - Casou-se com a prima Tereza Vidal Leite Ribeiro.[25] Tiveram três filhos, todos falecidos solteiros sem descendência.

Teixeira Portugal[27][28]

A origem da família Teixeira Portugal remete-se ao patriarca José Teixeira, (filho de Manuel Teixeira e Ana Teixeira) e Ana Maria (filha de Manuel Teixeira e Maria Teresa). Os dois casaram-se na Freguesia de São Miguel do Freixo de Cima, Concelho de Amarante, Porto em 30.03.1803 e foram pais de vários filhos dentre eles aqueles que deram origem à família Teixeira Portugal na região serrana fluminense, citados a seguir:

  1. José Teixeira (04.07.1806, Freixo de Cima, Amarante - ?).
  2. Maria Teixeira (20.02.1809, Freixo de Cima, Amarante - ?) - Casou-se (24.03.1827) com Manuel Teixeira de Abreu, filho de Antônio Teixeira de Abreu e Eugênia Maria, da localidade de Ranhadouro e juntos tiveram os seguintes filhos: Antônio Teixeira de Abreu, (17.02.1834, Freixo de Cima, Amarante - ?); Francisco Teixeira de Abreu, (06.05.1835, Freixo de Cima, Amarante - ?); Joaquim Teixeira de Abreu, (29.06.1837, Freixo de Cima, Amarante - ?), casado (30.10.1861, Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro) com Maria Francisca de Jesus (?, Valão do Barro, Rio de Janeiro - ?), filha natural de Maria Joana de Oliveira; Adam Teixeira de Abreu, (01.12.1838, Freixo de Cima, Amarante - ?); Francisco Teixeira de Abreu, (09.12.1843, Freixo de Cima, Amarante - ?); Domingos Teixeira de Abreu, (03.12.1845, Freixo de Cima, Amarante - ?, São Fidélis, Rio de Janeiro), casado (junho de 1873, Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro) com Laura Felícia de Gouveia (?, Nova Fidélis, Rio de Janeiro - ?) filha de Ana Felícia Gouveia.
  3. Manuel José Teixeira Portugal, nascido (22.08.1812, Freixo de Cima, Amarante - 18.07.1886, Freixo de Cima, Amarante) - Conta-se que Manuel José Teixeira Portugal teria vindo para o Brasil em 1822, tendo desembarcado no Porto da cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou no comércio, tornou-se comprador e vendedor de ovos e aves. Atuando como mascate, deixou a cidade do Rio de Janeiro, indo à direção da então Freguesia da S. S. Trindade, hoje Distrito de Japuíba, Município de Cachoeiras de Macacu, ali se estabelecendo temporariamente, e onde conheceu Isabel Maria de Jesus (03.08.1817, Freguesia da S. S. Trindade - 21.08.1877, Freguesia da S. S. Trindade), filha de Francisco José da Silva e de Maria Josefa da Silva. Manuel José Teixeira Portugal e Isabel Maria de Jesus casaram-se (28.05.1832), na então Freguesia da S. S. Trindade (atualmente Igreja de Santana). Como mascate, ele dedicou-se ainda ao comércio de armarinhos, tecidos, joias, etc., até chegar à região de Cantagalo (RJ) onde, com a esposa Isabel Maria de Jesus, trabalharam, como colonos, em lavoura de café. Mais tarde seguiram pelo caminho colonial em direção à Macuco e São Francisco de Paula para se estabelecerem definitivamente na área em que posteriormente teve início à cidade de Santa Maria Madalena. O desbravamento da Região de Santa Maria Madalena iniciou-se a partir do início do Século XIX, por viajantes que buscavam alcançar a estrada que ligava Cantagalo a Macaé. Registros concretos, entretanto, surgiram apenas a partir de 1835 e mais precisamente a partir de 1840, com o apossamento de parte das terras existentes nas cabeceiras do Córrego São Domingos, então pertencentes a Cantagalo, pelo português Manuel José Teixeira Portugal. Conforme pesquisa de registros no Almanaque Laemmert, em Santa Maria Madalena, Manuel José Teixeira Portugal foi padeiro (entre 1857 e 1858), proprietário de padaria (entre 1859 e 1864) e fazendeiro de café (entre 1857 e 1878). Após enviuvar, Manuel José Teixeira Portugal retornou a sua terra natal, passando a morar no lugar chamado Arrifana, onde, contraiu novo matrimônio (06.09.1885), desta vez, com Rosa Maria de Oliveira, filha de João de Oliveira e Maria Joaquina. Conta-se que Rosa Maria de Oliveira era enfermeira e, nesta condição, cuidou de Manuel José Teixeira Portugal, tendo ao final com ele contraído matrimônio. Na época, ela estava com apenas 23 anos e ele 73. O casamento, entretanto, durou pouco, pois 9 meses depois Manuel falecia, não havendo prole dessa união. De Manuel José Teixeira Portugal e Isabel Maria de Jesus houve uma vasta descendência, disseminada por todo o Rio de Janeiro, nas regiões Serrana, Norte Fluminense e adjacências.
  4. José Teixeira, nascido (28.04.1815, Freixo de Cima, Amarante - ?)
  5. Custódia Teixeira, nascida (11.12.1817, Freixo de Cima, Amarante - ?)
  6. Antônio Teixeira, nascido (26.11.1819, Freixo de Cima, Amarante - ?)
  7. José Teixeira, nascido (18.02.1821, Freixo de Cima, Amarante - ?)
  8. Rosa Teixeira, nascida (30.07.1823, Freixo de Cima, Amarante - ?) - Casou-se (31.03.1853) com José Carvalho, filho de Quitéria Ribeiro, natural da Freguesia de Santo André de Telões.
  9. Ana Teixeira, nascida (28.10.1825, Freixo de Cima, Amarante - ?)
  10. José Teixeira Portugal Freixo (23.04.1828, Freixo de Cima, Amarante - ?) - No Brasil, ele adotou o nome de José Teixeira Portugal Freixo (Comendador), Portugal do país de origem e Freixo da então Freguesia, e também se instalou em Santa Maria Madalena, onde se casou (06.09.1858) com Laura Maria de Jesus (1830, Cantagalo - 27.04.1865, Santa Maria Madalena), filha do Capitão João de Souza Botelho (neta do patriarca João Machado Botelho) e Maria Joaquina de Jesus e viúva de Luís de Souza Coelho. Conforme pesquisa de registros no Almanaque Laemmert, em Santa Maria Madalena, José Teixeira Portugal Freixo foi Cônsul Geral de Portugal (de 1881 a 1883) e fazendeiro de café (entre 1859 a 1866, entre 1875 a 1878 e novamente de 1882 a 1883). José Teixeira Portugal Freixo foi ainda, em Santa Maria Madalena, Comendador da Ordem de Cristo, Vereador (1874), Delegado de Polícia (1875), Agente Consular de Portugal e Coronel da Guarda Nacional. Ainda solteiro teve um filho com Cândida Rosa de Castro, chamado Antônio (21.12.1856, Santa Maria Madalena - 25.05.1927, Jundiaí). Este filho casou-se com Isabel Teixeira Cipriano, filha de José Teixeira Cipriano e Ana Teixeira Portugal. Antônio e Isabel tiveram os seguintes filhos: Adélia (28.03.1881, Santa Maria Madalena - ?), Maria do Carmo (07.08.1882, Santa Maria Madalena - ?), Alberto (1887, Santa Maria Madalena - ?), Dolores (04.08.1888. Santa Maria Madalena - ?), José, nascido em Santa Maria Madalena (? - ?), Ana (10.08.1890 - ?), Alaíde (13.09.1896, Suzano - ?), Albertina (04.11.1897, Mogi das Cruzes - ?) e Antônio (19.06.1899, Mogi das Cruzes - ?). José Teixeira Portugal Freixo casou-se (06.09.1858) pela primeira vez em Santa Maria Madalena com Laura Maria de Jesus. O casal teve três filhos: Manuel (15.05.1859, Santa Maria Madalena - 05.11.1859, Santa Maria Madalena), Maria (26.08.1860, Santa Maria Madalena - ?), casada com Manuel do Rego Pontes e Isabel (04.11.1861, Santa Maria Madalena - 06.10.1951, Santa Maria Madalena) casada com o português Manuel Pereira da Estrela (20.12.1842 - 20.07.1912). Tendo enviuvado (27.04.1865), José Teixeira Portugal Freixo casou-se novamente (30.09.1867), na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Cantagalo, com Maria de Jesus Ribeiro, (sobrinha de Laura), filha de Manuel Dias Ribeiro e Ana Maria de Jesus Serpa Ribeiro. O casal teve 10 filhos, gerando uma vasta descendência.

Heráldica

Brasão dos Teixeiras

Conforme o heraldista e genealogista Anselmo Freire, o brasão de armas dos Teixeira(s) (conforme mostrado acima, à direita) seria descrito assim: De negro, cruz potenteia de prata, vazia do campo. Timbre: unicórnio nascente e volvido de prata. "O Nobiliário de Famílias de Portugal", informa que Dom Egas Fafes de Lanhoso esteve na cidade de Jerusalém, local onde veio a receber das mãos do rei Balduíno III de Jerusalém as Armas de Brasão que usam os Teixeira seus descendentes.[29][30]


Referências

  1. «Teixeira – Sobre Nomes». Consultado em 8 de março de 2022 
  2. «Os Teixeiras e os Spínolas». www.bvanisioteixeira.ufba.br. Consultado em 3 de outubro de 2022 
  3. admin. «Família Teixeira | Judeus Sefarditas». Consultado em 10 de julho de 2022 
  4. admin. «Família Teixeira | Judeus Sefarditas». Consultado em 10 de julho de 2022 
  5. «Novela Xica da Silva HD: O nome da Família Pereira e a Inquisição na novela Xica da Silva». Novela Xica da Silva HD. 21 de abril de 2020. Consultado em 25 de julho de 2022 
  6. Infopédia. «Torre do Tombo - Infopédia». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 25 de julho de 2022 
  7. Livro Nobuário das Familias de Portugal. [S.l.: s.n.]
  8. «Marra». Coisas Judaicas. Consultado em 17 de abril de 2022 
  9. «Saiba tudo sobre a origem do sobrenome Teixeira e curiosidades». Nomes Chiques. 17 de junho de 2020. Consultado em 17 de abril de 2022 
  10. Crivos, Agência. «Significado do Nome Teixeira». Nomes & Significados. Consultado em 17 de abril de 2022 
  11. Teixeira, Professor Pedro A. C. (5 de maio de 2015). «Eu sabia, e tu sabias?: Teixeira - Origem». Eu sabia, e tu sabias?. Consultado em 17 de abril de 2022 
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  15. author., Faiguenboim, Guilherme, 1946-. Dicionário sefaradi de sobrenomes : inclusive cristãos novos, conversos, marranos, italianos, berberes e sua história na Espanha, Portugal e Itália = Dictionary of Sephardic surnames : including Christianized Jews, Conversos, Marranos, Italians, Berbers, and their history in Spain, Portugal and Italy. [S.l.: s.n.] OCLC 1286675461 
  16. Oficialmente, a comunidade judaica da vila só foi reconhecida por Israel em 1989. Em Portugal, existem mais duas: uma no Porto e outra em Lisboa. Mas as suas raízes em Belmonte são as mais profundas: datam já do século XII.
  17. a b c d Felgueiras Gayo Nobiliário de Famílias de Portugal IX Volume Braga 1990, p 176 Teixeiras
  18. Guerra Júnior, Gil (junho de 2005). «Cristãos-novos no nordeste e os anões de Orobó (PE): a genética molecular ligada à história do Brasil». Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (3): 337–338. ISSN 0004-2730. doi:10.1590/s0004-27302005000300002. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
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  20. admin. «O Museu Judaico de Belmonte reconta a trajetória dos Judeus Sefarditas em Portugal | Judeus Sefarditas». Consultado em 4 de março de 2022 
  21. author., Guimarães, Marcelo Miranda,. Há restauração para os descendentes de judeus da Inquisição?. [S.l.: s.n.] OCLC 888574434 
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  23. «História Viva». Wikipédia, a enciclopédia livre. 22 de dezembro de 2021. Consultado em 8 de julho de 2022 
  24. «As políticas públicas de imigração européia não-portuguesa para o Brasil – de Pombal à República*». www.feth.ggf.br. Consultado em 8 de julho de 2022 
  25. a b c d e f g h i j k l m RIBEIRO, Armando Vidal Leite, FAMÍLIA VIDAL LEITE RIBEIRO, Ed. Sul Americana.
  26. a b c d e f g h i j k NUNES Luiz Gonzaga, A GRANDE FAMÍLIA, Belo Horizonte, 1998
  27. BARBOSA Darli Bertazzoni, GENEALOGIA FLUMINENSE - Região Serrana - Genealogias - Família Teixeira Portugal
  28. SILVA, Marco Polo T. Dutra, GENEALOGIA BRASILEIRA
  29. FREIRE, Anselmo Braamcamp; BRASÕES DA SALA DE SINTRA, Livro Primeiro (2ª ed.), pág. 37, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1921.
  30. Felgueiras Gayo Nobiliário de Famílias de Portugal IX Volume Braga 1990, p 176 Teixeiras

Bibliografia

  • Da Descendência de Don Francisco Prieto Gayoso, José Bouza Zerrano, Edição do Autor, 1ª Edição, Lisboa, 1980.
  • Dicionário das Famílias Portuguesas, D. Luiz de Lancastre e Távora, Quetzal Editores, 2ª Edição, Lisboa.

Ligações externas