National Gallery (Londres)

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National Gallery
National Gallery (Londres)
Tipo Museu de arte
Estilo dominante
Inauguração 1824
Visitantes 4,5 milhões por ano[1]
Diretor Nicholas Penny
Website www.TheNationalGallery.org
Geografia
País  Reino Unido
Cidade Londres
Coordenadas 51° 30' 30.96" N 0° 7' 41.88" E
National Gallery está localizado em: Inglaterra
National Gallery
Geolocalização no mapa: Inglaterra

National Gallery ("Galeria Nacional", em inglês) é um museu de arte em Trafalgar Square, em Westminster, no centro de Londres, Reino Unido. Fundada em 1824, abriga uma coleção de mais de 2 300 pinturas que datam de meados do século XIII a 1900. A Galeria é uma instituição de caridade isenta e um organismo público do Departamento de Cultura, Mídia e Esportes.[2] Sua coleção pertence ao público do Reino Unido e a entrada para a coleção principal é gratuita. Está entre os museus de arte mais visitados no mundo, depois do Museu do Louvre, o Museu Britânico e do Museu Metropolitano de Arte.[3]

Ao contrário de museus comparáveis ​​na Europa continental, a Galeria Nacional não foi formada por nacionalizar uma coleção de arte real ou principesca existente. Ela surgiu quando o governo britânico comprou 38 pinturas dos herdeiros de John Julius Angerstein, um corretor de seguros e patrono das artes, em 1824. Depois desta compra inicial, a Galeria foi moldada principalmente por seus primeiros diretores, nomeadamente Sir Charles Lock Eastlake e por doações privadas, que compõem dois terços da coleção.[4] A coleção resultante é pequena em tamanho, em comparação com muitas galerias nacionais europeias, mas enciclopédica no escopo; a maioria dos grandes desenvolvimentos na pintura ocidental "de Giotto a Cézanne"[5] são representados com obras importantes. Ela costumava ser considerada como uma das poucas galerias nacionais que tinham todas as suas obras em exposição permanente,[6] mas isso não é mais o caso.

O atual edifício, o terceiro para abrigar a Galeria Nacional, foi projetado por William Wilkins de 1832 a 1838. Apenas a fachada na Trafalgar Square permanece essencialmente inalterada desde então, visto que o edifício foi ampliado aos poucos ao longo de sua história. O prédio de Wilkins foi muitas vezes criticado pelas fraquezas percebidas de seu design e pela sua falta de espaço; este último problema levou à criação da Galeria Tate para a arte britânica em 1897. A Asa Sainsburya, uma extensão para o oeste por Robert Venturi e Denise Scott Brown, é um exemplo notável da arquitetura pós-moderna na Grã-Bretanha. O atual diretor da National Gallery é Gabriele Finaldi.

História do museu[editar | editar código-fonte]

Antiga morada da colecção da National Gallery of London, em Pall Mall.

Fundação[editar | editar código-fonte]

Em Abril de 1824 a House of Commons estabeleceu um acordo para a compra de uma mansão e de toda a colecção de arte do famoso e ilustre banqueiro John Julius Angerstein, por 57 000 libras.[carece de fontes?]

As 38 pinturas constituintes do acervo, vistas como o núcleo central da nova colecção nacional para a educação e entretenimento comum, antes da construção de um novo edifício que as albergasse, juntamente com centenas de outras pinturas já pertencentes ao Estado permaneceram expostas ao público na mansão também adquirida, em Pall Mall.[carece de fontes?]

Fotografia à fachada principal de 1890.

Nova morada[editar | editar código-fonte]

As árduas críticas à conservação inadequada da colecção levaram à decisão de construir um edifício propositadamente erguido para albergar uma grande colecção, que viria a aumentar posteriormente, e os seus muitos visitantes. Assim, foi um local escolhido, sendo este em plena Trafalgar Square. Foram feitas várias vias de acesso e os acessos de comboio ao local foram facilitados. Os moradores ricos da zona oeste da cidade tinham oportunidade de visitar o local indo de comboio e, com a construção de passeios públicos largos, a ecléctica sociedade da parte sul e este de Londres poderia percorrer o trajecto a pé, comodamente.[carece de fontes?]

Inicialmente, o museu era visitado pela elite inglesa, mas assim que as notícias da construção de um edifício monumental para albergar uma colecção riquíssima soaram pela Europa e pelos Estados Unidos, a alta sociedade internacional ali caiu em peso. Prontamente o Estado fez questão de alargar o número de visitantes e permitiu a entrada a todas as classes sociais e assim era frequente encontrar uma duquesa ao lado de uma vendedora de flores. O governo britânico e os curadores do museu mantiveram essa perspectiva cultural e muitos jovens de classes sociais menos abastadas são formados em Artes pela instituição.[carece de fontes?]

Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao perigo iminente de bombardeamentos na cidade de Londres, numa quarta-feira, 23 de Agosto de 1939, a Galeria Nacional fechou as suas portas ao público, de forma a evacuar todas as pinturas para um local seguro e secreto.[carece de fontes?]

As principais obras foram retidas em Gales enquanto alguns quadros menores foram abrigados na Gloucestershire. Outros, muito poucos, foram deixados em casas particulares ou edifícios públicos fora da cidade, evidentemente. Toda esta operação foi concluída com sucesso em somente onze dias, tendo a última remessa de obras saído de Trafalgar Square no dia 2 de Setembro do mesmo ano.[carece de fontes?]

Com a iminência da guerra a conquista da França em Maio de 1940, todo o Reino Unido estava a ser bombardeado e as pinturas ficaram outra vez em perigo. Os curadores do museu negociaram o transporte para o Canadá, ideia que Churchill vetou, visto que não queria que nenhuma das pinturas saísse do continente europeu.[carece de fontes?]

A Galeria Nacional foi afectada pela primeira vez em 12 de Outubro, o que destruiu uma das salas, mas os danos foram pouco significativos. A segunda bomba afectou a biblioteca e arrasou um dos pátios, porém, ao contrário da primeira, não causou vítimas mortais nem feridos. Ao final da Segunda Grande Guerra, nenhuma pintura fora afectada.[carece de fontes?]

O edifício[editar | editar código-fonte]

Fachada principal da National Gallery com a estátua de Sir Henri Hevelock em primeiro plano.

O edifício que atualmente alberga o museu, na Trafalgar Square, foi construído sobre os escombros de uma mansão de nome Carlton House. Os arquitectos da Galeria Nacional, com pena de derrubar os gigantescos e impressionantes colunas e pórticos italianos da mansão londrina, decidiram conservá-los e hoje formam as entradas principais do museu. Este facto favoreceu os planos dos arquitectos, visto que estes tencionavam construir um edifício neoclássico, cuja monumentalidade fosse notável e incontestável.[carece de fontes?]

Em 1868 a construção do museu foi iniciada, glorificando as elegantes colunas com uma enorme cúpula, de grandes dimensões. Em 1876 e em 1907 o edifício foi aumentado, e, neste último ano, foram acrescentadas ao edifício cinco novas galerias. No seu interior, o edifício conserva ainda o típico estilo inglês dos finais do século XIX, confinando-se a uma elegância rude e por vezes austera. Nalgumas salas, inclusive, as paredes ainda estão cobertas de damasco e os tectos conservam os ricos lustres de cristal.[carece de fontes?]

Acervo[editar | editar código-fonte]

Retrato de uma jovem, Jan Mabuse, cerca de 1520.
Os Embaixadores, Hans Holbein, o Jovem, 1533.
Retrato de jovem rapariga vestida de azul com uma pena de avestruz, Bartholomeus van der Helst, 1645.
Retrato de Mademoiselle de Coislin, Louis Tocqué.
A Natividade com Deus Pai e o Espírito Santo, Giambattisa Pittoni, 1740.
Mister and Mistress Andrews, Thomas Gainsborough, cerca de 1750.
A execução de Jane Grey, Paul Delaroche, 1833.
Um Prato de maçãs, Henri Fantin-Latour, 1861.
Cena de praia em Trouville, Eugène Boudin, 1960-1870.

A coleção atual do museu inclui centenas de desenhos, gravuras e pinturas, muitos deles de extrema importância, como é o caso de O Casal Arnolfini, de Jan van Eyck e da A Virgem das Rochas, de Leonardo da Vinci. A maior parte do acervo provém de aquisições estatais ou de doações relevantes. Grande parte provém da Europa Ocidental, existindo apenas alguns trabalhos oriundos do Leste europeu.[carece de fontes?]

Século XV
Século XVI
Século XVII
Século XVIII
Século XIX
Século XX

Incidentes[editar | editar código-fonte]

Em 6 de novembro de 2023, dois ativistas do organização não governamental Just Stop Oil entraram no museu e martelaram o quadro "The Toilet of Venus (‘The Rokeby Venus’)" de Velázquez, quebrando a película de vidro que protege a obra. Duas pessoas foram presas.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. National Gallery, London: About, ARTINFO, 2008, consultado em 30 de julho de 2008 
  2. «Constitution». The National Gallery. Consultado em 14 de março de 2010. Arquivado do original em 6 de abril de 2010 
  3. Top 100 Art Museum Attendance, The Art Newspaper, 2014. Acessado em 2 de julho de 2014.
  4. Gentili 2000, p. 7
  5. Chilvers, Ian (2003). The Concise Oxford Dictionary of Art and Artists. Oxford Oxford University Press, p. 413. The formula was used by Michael Levey, later the Gallery's eleventh director, for the title of a popular survey of European painting: Levey, Michael (1972). From Giotto to Cézanne: A Concise History of Painting. London: Thames and Hudson
  6. Potterton 1977, p. 8
  7. Artur Nicoceli (6 de novembro de 2023). «Ativistas do Just Stop Oil atacam com martelo quadro da National Gallery; VÍDEO». G1. Consultado em 6 de novembro de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Barker, Felix; Hyde, Ralph (1982), London As It Might Have Been, London: John Murray 
Bomford, David (1997), Conservation of Paintings, London: National Gallery Company 
Bosman, Suzanne (2008), The National Gallery in Wartime, London: National Gallery Company 
Conlin, Jonathan (2006), The Nation's Mantelpiece: A History of the National Gallery, London: Pallas Athene 
Crookham, Alan (2009), The National Gallery. An Illustrated History, London: National Gallery Company 
Predefinição:Long dash (2012), «The Turner Bequest at the National Gallery», in: Warrell, Ian, Turner Inspired: In the light of Claude, New Haven and London: Yale University Press, pp. 51–65 
Gaskell, Ivan (2000), Vermeer's Wager: Speculations on Art History, Theory and Art Museums, London: Reaktion 
Gentili, Augusto; Barcham, William; Whiteley, Linda (2000), Paintings in the National Gallery, London: Little, Brown & Co. 
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Liscombe, R. W. (1980), William Wilkins, 1778–1839, Cambridge: Cambridge University Press 
MacGregor, Neil (2004), «A Pentecost in Trafalgar Square», in: Cuno, James, Whose Muse? Art Museums and the Public Trust, Princeton and Cambridge: Princeton University Press and Harvard University Art Museums, pp. 27–49 
Oliver, Lois (2004), Boris Anrep: The National Gallery Mosaics, London: National Gallery Company 
Penny, Nicholas (2008), National Gallery Catalogues (new series): The Sixteenth Century Italian Paintings, Volume II, Venice 1540–1600, ISBN 1-85709-913-3, London: National Gallery Publications Ltd 
Pevsner, Nikolaus; Bradley, Simon (2003), The Buildings of England London 6: Westminster, London and New Haven: Yale University Press 
Potterton, Homan (1977), The National Gallery, London, London: Thames & Hudson 
Smith, Charles Saumarez (2009), The National Gallery: A Short History, London: Frances Lincoln Limited 
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Whitehead, Christopher (2005), The Public Art Museum in Nineteenth Century Britain, Farnham: Ashgate Publishing 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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