Portal:Grande Porto/Biografia seleccionada

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Lista de artigos seleccionados[editar código-fonte]

Portal:Grande Porto/Biografia seleccionada/1

Valente de Oliveira

Luís Valente de Oliveira (São João da Madeira, 1937) é um político português.

Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade do Porto e doutorado pela mesma universidade em 1973, Valente de Oliveira é também diplomado em Planeamento e Desenvolvimento Regional pelo Institute of Social Studies da Haia, Holanda (1969) e tem um master of sciences em Planeamento de Transportes pelo Imperial College da Universidade de Londres (1971). Em 1980 tornou-se professor catedrático na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Esteve à frente do gabinete técnico e da gestão da Comissão de Planeamento Regional do Norte entre 1973 e 1978, tendo sido presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte entre 1979 e 1985.

Exerceu diversas funções governativas: ministro da Educação e Investigação Científica entre 1978 e 1979; ministro do Planeamento e da Administração do Território entre 1985 e 1995; ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação em 2002 e 2003.

Tem escrito numerosos artigos e livros sobre temas relacionados com a sua área de especialização académica e com as responsabilidades políticas que tem exercido, nomeadamente sobre o tema da regionalização. Actualmente, Valente de Oliveira é vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).


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Rui Veloso

Rui Veloso (Lisboa, 30 de Julho de 1957) é considerado por muitos como o pai do rock português, movimento musical surgido no início da década de 1980, mas foi como intérprete de blues que começou a sua carreira.

Toca harmónica desde os 6 anos. Diz-se apreciador de Eric Clapton e de B.B. King, com quem actuou por duas vezes no Coliseu do Porto . A sua obra é notável e foi já reconhecida pelo Estado Português com a atribuição da Grã-Cruz da Ordem do Infante. É o segundo nome da música portuguesa que mais páginas tem destinadas na Enciclopédia da Música Portuguesa, só ultrapassado por Amália Rodrigues.

É responsável por muitas das canções que fazem parte das lembranças de cada português como Chico Fininho, Porto Sentido, Não Há Estrelas No Céu, Sei de Uma Camponesa, A Paixão (Segundo Nicolau da Viola) entre tantos outros êxitos. Em 2006 cumpriu os 25 anos de carreira, brindando o público com três concertos, dois no Coliseu do Porto e um no Pavilhão Atlântico.


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Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner Andersen (Porto, 6 de Novembro de 1919Lisboa, 2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Henrik Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique comprado, em 1895, a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. Como afirmou em entrevista, em 1993, essa quinta "foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa".

Criada na velha aristocracia portuense, educada nos valores éticos e cristãos, dirigente de movimentos universitários católicos, veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre a sua Cantata da Paz "Vemos, Lemos e Ouvimos. Não podemos ignorar!" Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos, um dos quais é Miguel Sousa Tavares.

Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto. Em 1975, foi eleita para a Assembleia Constituinte pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu marido navegava rumo ao Partido Social Democrata.

Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare. Para além do Prémio Camões, foi também distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.


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Almeida Garrett

Almeida Garrett (Porto, 4 de Fevereiro de 1799Lisboa, 9 de Dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, Par do Reino e ministro português.

Participou da Revolução liberal do Porto de 1820, seguindo para o exílio na Inglaterra em 1823. Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal, exercendo cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais.

Almeida Garrett dá início ao seu projecto de regeneração do teatro português, levando à cena Um Auto de Gil Vicente, Filipa de Vilhena e O Alfageme de Santarém, todas sobre temas da história de Portugal. Em 1844 é publicada a sua obra-prima, Frei Luís de Sousa.

Garrett publica o Romanceiro e o Cancioneiro Geral, colectâneas de poesias populares portuguesas, e O Arco de Santana. Esta obra seduz, não só pela recriação do ambiente medieval do Porto, mas sobretudo pela qualidade da prosa, desespartilhada das convenções anteriores e muito mais próxima da linguagem falada. A obra que se lhe seguiu deu expressão ainda mais vigorosa a estas tendências: Viagens na minha terra, livro híbrido em que impressões de viagem, de arte, paisagens e costumes se entrelaçam com uma novela romântica sobre factos contemporâneos do autor e ocorridos na proximidade dos lugares descritos.

Na poesia, Garrett não foi menos inovador. As duas colectâneas publicadas na última fase da sua vida (Flores sem fruto e, sobretudo Folhas caídas) introduziram uma espontaneidade e uma simplicidade praticamente desconhecidas na poesia portuguesa anterior.


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Tomé de Sousa

Tomé de Sousa (São Pedro de Rates, 15031573 ou 1579) foi um militar e político português, o primeiro a ocupar o cargo de governador-geral do Brasil.

Descendente do rei Afonso III de Portugal, foi o primeiro titular da comenda da Ordem de Cristo em 1517, após a reorganização do mosteiro de Rates. No exército, participou na guerra contra os mouros em Marrocos, nomeadamente em Arzila, recebendo como recompensa, em 1535, o título de fidalgo.

A fim de consolidar o domínio português no litoral, a 7 de Janeiro de 1549 Tomé de Sousa foi nomeado primeiro governador-geral do Brasil, recebendo Regimento para fundar, povoar e fortificar a cidade de Salvador, na capitania real da Bahia. Manteve-se no cargo até 1553, sendo sucedido por Duarte da Costa. Após o seu mandato como governador-geral, em 1553, retornou a Portugal, onde ocupou outros importantes cargos públicos.


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Passos Manuel

Passos Manuel (Guifões, 5 de Janeiro de 1801Santarém, 16 de Janeiro de 1862), de seu verdadeiro nome Manuel da Silva Passos, foi advogado, parlamentar brilhante, ministro em vários ministérios e um dos vultos mais proeminentes das primeiras décadas do liberalismo em Portugal.

Depois de frequentarem os estudos menores no Porto, Manuel e o seu irmão José da Silva Passos matricularam-se em 1817 nas Faculdades de Cânones e de Leis da Universidade de Coimbra. Aí, Manuel da Silva Passos revelou-se um estudante brilhante, passando a receber um prémio pecuniário de 40 mil réis anuais, envolvendo-se profundamente na vida académica, então particularmente intensa dada a instabilidade política e social que Portugal atravessava.

Na verdade, o fermento deixado pela Revolução Francesa e pela Guerra Peninsular, a que se associava inquietação causada pela continuada ausência da Corte, que entretanto se fixara no Rio de Janeiro, tinham causado o aparecimento de grandes tensões na sociedade portuguesa. Reflexo dessa realidade, a Universidade de Coimbra era um viveiro de ideais revolucionários e de novas tendências de organização social e política, ambiente a que os irmãos Passos não foram imunes.

Assim que ocorreu a Revolução de 1820, Manuel Passos, e José Passos, seu companheiro inseparável, aderiram entusiasticamente aos seus objectivos, revelando-se ardentes liberais.


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Eduardo Souto de Moura

Eduardo Souto de Moura (Porto, 25 de Julho de 1952 ) é um reputado arquitecto português.

Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, iniciou a sua carreira no atelier de Álvaro Siza Vieira mas em 1981, recém-formado, surpreendeu a comunidade dos arquitectos vencendo o concurso para o importante projecto do Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura no Porto que o viria a lançar como um dos mais importantes arquitectos da nova geração. O seu reconhecimento internacional viria a reforçar-se com a conquista do primeiro lugar no concurso para o projecto de um hotel na zona histórica de Salzburgo, na Áustria, em 1987.

A partir da Casa em Cascais, realizada em 2002, começou a afastar-se da linguagem miesziana que o definiu numa primeira fase da sua obra e começou a redesenhar a forma de construir e criar arquitectura através da complexidade e dinamismo de formas, mas sempre com o cuidado do desenho espacial habitual. Exemplo disso é o Estádio Municipal de Braga, onde o imaginário de teatro e o cenário da pedreira, onde a obra foi edificada, nada nos remetem às primeiras obras do arquitecto, mas muito mais a uma segunda etapa que dá, agora, os primeiros passos.


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Marques da Silva

José Marques da Silva (Porto, 18 de Outubro de 1869 — Porto, 6 de Junho de 1947) foi um arquitecto português. Fez o seu curso na Academia Portuense de Belas-Artes, seguindo depois para Paris, onde viveu entre 1889 e 1896, e onde obteve o diploma de arquitecto com altas classificações.

Regressou a Portugal e criou rapidamente nome, pelo número e importância dos trabalhos que projectou e construiu, alguns dos quais foram premiados na Exposição Universal de Paris de 1900 e na do Rio de Janeiro 1908, com medalhas de prata e de ouro. Em 1907 foi nomeado professor de Arquitectura da Escola de Belas-Artes do Porto e, em 1913, seu director, aposentando-se, por limite de idade, em 1939. Foi académico de mérito das Academias de Belas-Artes de Lisboa e Porto, sócio correspondente da Academia Nacional de Belas-Artes e oficial da Ordem de Santiago. Foi também professor do antigo Instituto Industrial e Comercial do Porto.

Entre as suas obras mais notáveis no Porto encontram-se o Teatro Nacional S. João, a Estação de São Bento, os Liceus Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas, a Casa de Serralves, o Edifício da Companhia de Seguros "A Nacional", na Praça da Liberdade, o Edifício dos Grandes Armazéns Nascimento (mais conhecido por Galerias Palladium), na esquina da Rua de Santa Catarina com Passos Manuel e o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular.


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Infante D. Henrique

Infante D. Henrique (Porto, 4 de Março de 139413 de Novembro de 1460) foi um príncipe português e a mais importante figura do início da era das Descobertas, também conhecido na História como Infante de Sagres ou Navegador.

O Infante D. Henrique nasceu no Porto, numa Quarta-Feira de Cinzas, dia que se considerava pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho do rei D. João I, fundador da Dinastia de Avis e de Dona Filipa de Lencastre. O infante foi baptizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o Bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu avô materno, o duque Henrique de Lencastre. Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. O infante e os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.

Em 1414 convenceu seu pai a montar a campanha de conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, abrindo para o Reino de Portugal as portas ao domínio do comércio que aquele porto exercia. Em 1415 foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu e Senhor da Covilhã. A 18 de Fevereiro de 1416 foi encarregue do Governo de Ceuta, cabia-lhe organizar no reino a manutenção da Praça marroquina.


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Aurélio Paz dos Reis

Aurélio Paz dos Reis (Porto, 28 de Julho de 1862 — Porto, 18 de Setembro de 1931), comerciante na sua cidade natal, revolucionário republicano, mação convicto, é considerado o pioneiro do cinema em Portugal visto ter sido o primeiro português que produziu e realizou um filme no seu país, A Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança, que é uma réplica do primeiro da história do cinema, rodado em França pelos irmãos Lumière, em (18941895) La Sortie de l'usine Lumière à Lyon.

O chamado Kinematógrafo Português – designação usada por Paz dos Reis para referir o cinematógrafo inventado pela família Lumière – foi apresentado em sessão pública no Porto, junto com outros onze «quadros», sete nacionais e onze estrangeiros, no Teatro do Príncipe Real, mais tarde chamado Teatro Sá da Bandeira, no dia 12 de Novembro de 1896. Eram filmes com a duração de cerca de um minuto.