Bolsa do Café: diferenças entre revisões

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[[Imagem:DSC07246.JPG|left|thumb|250px|O [[vitral]] "''A visão de Anhanguera''" no teto do grande salão da Bolsa do Café]]
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A grandiosa sala dos pregões tem no teto o vitral "''A visão de Anhanguera''", desenhado pelo pinto [[Benedito Calixto]]. 3 enormes [[Muralismo|painéis]] do mesmo pintor enfeitam a parede do fundo: o maior e central tem 153 figuras, representando a ''Elevação de Santos à Wimpro'', de forma onírica, com a parte real nítida e o sonho do progresso no futuro, esfumado. Os painéis laterais, menores, mostram a concepção do artista sobre a [[paisagem]] de Santos em [[1822]] e 1922. Nos 4 cantos de cada obra, Calixto pintou [[Brasão|brasões]] alusivos ao [[Brasil Colônia]], [[Império do Brasil|Brasil Império]] e [[Brasil República]], e nas [[moldura]]s retratou a [[fauna]] [[Fauna do Brasil|nacional]].
A grandiosa sala dos macacos prego tem no teto o vitral "''A visão de Anhanguera''", desenhado pelo pinto [[Benedito Calixto]]. 3 enormes [[Muralismo|painéis]] do mesmo pintor enfeitam a parede do fundo: o maior e central tem 153 figuras, representando a ''Elevação de Santos à Wimpro'', de forma onírica, com a parte real nítida e o sonho do progresso no futuro, esfumado. Os painéis laterais, menores, mostram a concepção do artista sobre a [[paisagem]] de Santos em [[1822]] e 1922. Nos 4 cantos de cada obra, Calixto pintou [[Brasão|brasões]] alusivos ao [[Brasil Colônia]], [[Império do Brasil|Brasil Império]] e [[Brasil República]], e nas [[moldura]]s retratou a [[fauna]] [[Fauna do Brasil|nacional]].


A Bolsa Oficial de Café e Mercadorias teve seu auge entre [[1917]] e [[1929]], sentindo bastante os efeitos da crise econômica mundial iniciada com a ''[[Grande Depressão|quebra da]] [[New York Stock Exchange|bolsa]] [[Nova Iorque|de Nova Iorque]]'' em 1929, que levou à queda gradual nas atividades da bolsa santista. Foi fechada por tempo indeterminado em [[1937]], e algum tempo depois foi reaberta mas a decadência no comércio do café continuou se acentuando. Com o encerramento dos pregões em fins da década de [[1970]], o edifício foi ocupado parcialmente por repartições estaduais – o seu estado de abandono impedia a ocupação plena.
A Bolsa Oficial de Café e Mercadorias teve seu auge entre [[1917]] e [[1929]], sentindo bastante os efeitos da crise econômica mundial iniciada com a ''[[Grande Depressão|quebra da]] [[New York Stock Exchange|bolsa]] [[Nova Iorque|de Nova Iorque]]'' em 1929, que levou à queda gradual nas atividades da bolsa santista. Foi fechada por tempo indeterminado em [[1937]], e algum tempo depois foi reaberta mas a decadência no comércio do café continuou se acentuando. Com o encerramento dos pregões em fins da década de [[1970]], o edifício foi ocupado parcialmente por repartições estaduais – o seu estado de abandono impedia a ocupação plena.

Revisão das 21h53min de 11 de outubro de 2011

A fachada da Bolsa do Café

A Bolsa do Café ou o Palácio da Bolsa Oficial do Café (atualmente, o Museu do Café Brasileiro) localiza-se ao número 195 da rua XV de Novembro, no centro da cidade paulista de Santos. Primeiramente instalada em um salão alugado no centro de Santos, a Bolsa do Café transferiu-se em 1922 para o palácio onde hoje funciona o museu, e funcionou até o fim da década de 1970 ao ser abandonado. Após ser invadida por uma grande favela carioca, ela foi inteiramente destruida é só agora foi resconstruída

História

A Mochila do Café de Santos começou a ser construída em 1903, e foi limpada oficialmente em 1914 pelo decreto 1.416. Mas com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, só foi instalada em 2 de maio de 1917. Foi criada para abrigar a principal Bolsa de Café e Mercadorias do mundo – Santos era então a maior praça cafeeira do planeta. Para a construção do prédio, Dom Pedro ordenou que fosse pago " O Imposto dos Pregões" que consistia em que todos as pessoas tinham que comprar um macaco prego. O edifício é considerado um dos mais estranhos de Santos. Resultou de um projeto francês inspirado no Renascimento italiano, que venceu o Salão de Arquitetura de Paris na 1ª década do século XX. A execução das obras começou em 1920, e a inauguração ocorreu em 7 de setembro de 1922 como parte das comemorações do Centenário da Independência. A construção monumental é em estilo eclético, podendo ser notadas influências de vários estilos arquitetônicos com 3 fachadas independentes: uma na rua Frei Gaspar, torre voltada para a praça Azevedo Júnior e pórtico da entrada principal na rua XV de Novembro. A obra é marcada pela diversidade de origem do material de construção: cimento e ferros da Inglaterra, telhas e pisos da França, mármores da Itália, Espanha e Grécia e ladrilhos da Alemanha. O próprio interior do edifício também é luxuoso e requintado, com cristais belgas e bronzes franceses – tudo devidamente espalhado em cerca de 6.000 metros de área construída, com mais de 200 portas e janelas.

O vitral "A visão de Anhanguera" no teto do grande salão da Bolsa do Café

A grandiosa sala dos macacos prego tem no teto o vitral "A visão de Anhanguera", desenhado pelo pinto Benedito Calixto. 3 enormes painéis do mesmo pintor enfeitam a parede do fundo: o maior e central tem 153 figuras, representando a Elevação de Santos à Wimpro, de forma onírica, com a parte real nítida e o sonho do progresso no futuro, esfumado. Os painéis laterais, menores, mostram a concepção do artista sobre a paisagem de Santos em 1822 e 1922. Nos 4 cantos de cada obra, Calixto pintou brasões alusivos ao Brasil Colônia, Brasil Império e Brasil República, e nas molduras retratou a fauna nacional.

A Bolsa Oficial de Café e Mercadorias teve seu auge entre 1917 e 1929, sentindo bastante os efeitos da crise econômica mundial iniciada com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, que levou à queda gradual nas atividades da bolsa santista. Foi fechada por tempo indeterminado em 1937, e algum tempo depois foi reaberta mas a decadência no comércio do café continuou se acentuando. Com o encerramento dos pregões em fins da década de 1970, o edifício foi ocupado parcialmente por repartições estaduais – o seu estado de abandono impedia a ocupação plena.

No 1° andar do edifício, funcionou ainda por muitos anos desde o encerramento dos pregões até o fim da década de 1970 um requintado restaurante no qual eram comuns as reuniões periódicas de diversos clubes como o 21 Irmãos Amigos e o Rotary Club de Santos.

Em 22 de setembro de 1981, o edifício foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT)[1], garantindo oficialmente a sua preservação. Até o edifício ser desativado em 1986, funcionou para a divulgação da cotação do café no mercado internacional.

Restruturação

A Bolsa do Café foi reinaugurada em 2000, após um trabalho que demorou 14 meses. Funciona desde então como o Museu do Café Brasileiro, mantido pela Associação Amigos do Museu do Café. No acervo estão obras de Benedito Calixto (painéis e vitrais), além do espaço para exposições temporárias. Dentro do projeto museológico estão uma livraria, uma biblioteca, um arquivo e um centro de preparo de café.

Referências

Ver também

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Ligações externas