El show de Xuxa (Telefé)

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El Show de Xuxa
Informação geral
Formato programa de auditório
Gênero Programa infantil
Duração 1 h
Elenco Paquitas
Praga
Dengue
País de origem  Argentina
Idioma original língua castelhana
Temporadas 3
Produção
Diretor(es) Marlene Mattos
Apresentador(es) Xuxa
Tema de abertura "Doce Mel"
Exibição
Emissora original Telefe (1991-1993)
Canal 13 (1993)
Transmissão original 6 de maio de 199131 de dezembro de 1993
Cronologia
Xuxa
Programas relacionados Xou da Xuxa

El Show de Xuxa foi um programa de televisão infantil argentino conduzido pela apresentadora e atriz brasileira Xuxa. Foi a versão do famoso Xou da Xuxa que se realizou nesse país para transmissão em toda a Hispanoamérica e que atingiu um sucesso sem precedentes.[1] A versão em espanhol do Xou da Xuxa foi de uma grande qualidade e tão bem recebida e celebrada que até hoje é recordado como o programa infantil mais querido dos últimos tempos.[2]

A ideia de adaptar o programa original surgiu depois que a Rede Globo iniciou um estudo de mercado na Argentina em 1989, e depois da exitosa apresentação de Xuxa no Festival de Vinha do Mar no Chile em fevereiro de 1990, decidiram assinar um contrato com a Telefe, desestimando a proposta de um importante empresário mexicano para transmitir o programa em seu país.[3][4] Estreou na Argentina em 6 de maio de 1991 no horário das 17 às 18 horas. Paulatinamente, mais países foram comprando o formato, e chegou-se a transmitir até em 17 países de língua espanhola.[5]

O programa[editar | editar código-fonte]

A direção seguia a cargo de Marlene Mattos, e a ideia era seguir os padrões do original brasileiro, com a exceção que nunca pôde descer a nave sobre o estúdio e que não estavam presente as 8 Paquitas, senão 4 delas, depois foram procuradas 2 garotas locais, onde no programa de Natal de 1991, depois de um longo casting, foram escolhidas Julieta Cardinali e Karina Rivero. Toda a cenografia havia chegado uma semana antes de gravar em cinco caminhões: o disco voador, a rampa, os slides, os pirulitos, a gladiadora e cestos de lixo com forma de fungos, todos utilizando materiais que não agradaramaos garotos, como fibra de vidro e madeira balsa, entre outras coisas; incluíram-se cartazes contra as drogas e a favor da ecologia, que enfeitavam o estudo. A desenhista Sandra Bandeira encarregava-se de armar os trajes da "rainha dos baixinhos" (meninos), que para esse então já contava com mais de 5000 e também as das Paquitas inspiradas em soldados de chumbo.

O curioso era que Xuxa não ficava muito tempo porque tinha que realizar as gravações em seu país natal, é de modo que toda a equipe chegava na sexta-feira e gravavam até o sábado, inclusive os cinco programas necessários para a semana de maneira rápida e contínua, onde o estudo habitava aproximadamente perto de 100 garotos que participavam dos jogos. Como Xuxa cometia alguns erros de língua castelhana nesta época, sempre havia uma professora do idioma à mão para livrá-la de qualquer apresso; por último, o coreógrafo uruguaio Berry marcava os passos de dance para todas as pessoas do estudo.

O começo[editar | editar código-fonte]

O programa começou quando Xuxa saía da nave com um traje deslumbrante cantando "Doce Mel", ainda que este começo foi mudando com os anos as canções como "Xuxa Park" ou "O Xou da Xuxa Começou". Cumprimentava o seu público, as crianças que tinham assistido ao set de gravações e todas as crianças de língua espanhola. Alternava seu programa entre canções, jogos, conselhos, e a cada bloco fechava-o cantando uma canção de seus discos multiplatino. Além das Paquitas, houve dois bonecos, o Praga e o Dengue. A diferença do programa brasileiro era que este programa não era visto só por crianças, mas sim por gente de todas as idades. Xuxa fez turnês e concertos para aumentar a popularidade no Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Equador, Colômbia, Porto Rico e México.

As Paquitas[editar | editar código-fonte]

Além destas turnês e com o objetivo de incrementar a audiência nos países de língua espanhola, Xuxa deu início ao concurso da "Super Paquita", cujo prêmio era um contrato com a Xuxa Produções Internacional e um carro zero-quilômetro. Os países que se somaram a esta iniciativa foram Equador, Paraguai, Porto Rico, Estados Unidos, Chile, Panamá, Bolívia, Guatemala e Uruguai, sendo a ganhadora do concurso a representante do Uruguai, a futura estrela Natalia Oreiro, cuja vitória no concurso foi o que a catapultou à sua carreira como atriz e cantora.[6] Outras Paquitas que atingiram mais notoriedade foram Julieta Cardinali, da Argentina, Pamela Cortês, do Equador, e Maricielo Effio, do Peru, as únicas paquitas que continuaram com uma trajetória artística.

Fim do programa[editar | editar código-fonte]

O programa foi transferido para o Canal 13 em 1993 e chegou a seu fim em 31 de dezembro desse ano, com uma muito emotiva despedida. Xuxa deu passo a outros projetos profissionais como Xuxa (versão do programa em língua inglesa nos Estados Unidos), e Xuxa Park (Brasil). A popularidade e o carinho que tanto Xuxa como seu programa se ganharam dos argentinos permanece até o dia de hoje, ao igual que o que lhe professam seus milhares de fãs em grande parte do continente americano e Espanha.

Referências

  1. «Xuxa brilha na festa de 25 anos da Telefe: "Estou muito feliz"». R7.com. 8 de abril de 2015. Consultado em 19 de maio de 2018 
  2. «Xou da Xuxa - Sucesso no exterior». Rede Globo. Consultado em 29 de janeiro de 2015 
  3. «1990 - Festival Internacional de la Canción de Viña del Mar». Festival Internacional de la Canción de Viña del Mar. Consultado em 19 de maio de 2018 
  4. «México: Xuxa quase apresentou programa na Televisa». JN. 15 de novembro de 2017. Consultado em 19 de maio de 2018 
  5. «Xou da Xuxa: Sucesso no exterior». Memória Globo. Consultado em 19 de maio de 2018 
  6. «¿Quién es esta nena que quería ser paquita de Xuxa?». La Nación. 26 de setembro de 2013. Consultado em 19 de maio de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]