Estação Ferroviária de Caminha
Caminha
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Identificação: | 18242 CAM (Caminha)[1] | ||||||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Caminha | ||||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (norte)[2] | ||||||||||||||||||||
Classificação: | E (estação)[1] | ||||||||||||||||||||
Tipologia: | C [3] | ||||||||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Minho (PK 104+676) | ||||||||||||||||||||
Altitude: | 5 m (a.n.m) | ||||||||||||||||||||
Coordenadas: | 41°52′26.45″N × 8°50′4.31″W (=+41.87401;−8.83453) | ||||||||||||||||||||
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Município: | Caminha | ||||||||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||||||||
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Equipamentos: | |||||||||||||||||||||
Endereço: | Av. Saraiva de Carvalho, s/n PT-4910-102 Caminha | ||||||||||||||||||||
Inauguração: | 1 de julho de 1878 (há 146 anos) | ||||||||||||||||||||
Website: |
A estação ferroviária de Caminha é uma interface da Linha do Minho, que serve a localidade de Caminha, em Portugal. Foi inaugurada em 1 de Julho de 1878.[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]A estação situa-se na periferia da localidade de Caminha, junto à Avenida Saraiva de Carvalho.[5]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Esta estação tem uma situação ferroviária singular,[carece de fontes] confinando, a sudoeste, com a boca do túnel homónimo (ao PK 104+400, a 176 m do ponto nominal da estação)[6] e, a nordeste, com a amarração da ponte ferroviária sobre o Rio Coura.[carece de fontes] Apresenta duas vias de circulação, identificadas como I e II, com 200 e 244 m de extensão e acessíveis por plataformas com comprimentos de 136 e 200 m e alturas de 80 e 70 cm de altura; existe ainda uma via secundária, identificada como III, com comprimento de 85 m que não está eletrificada.[7] O edifício de passageiros situa-se do lado noroeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Monção).[8][9]
O edifício está decorado com vários painéis de azulejos, produzidos pela Fábrica Sant’Anna,[10] em Lisboa, na década de 1930. O conjunto dos azulejos totaliza cerca de 4200 unidades, 2600 divididos por vinte painéis figurativos (para além de 1600 do tipo padrão) da autoria do pintor Gilberto Renda (Seixas, 1884-1971), retratando costumes, paisagens, monumentos, atividades típicas da região.[11]
Serviços
[editar | editar código-fonte]Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P., com onze circulações diárias em cada sentido — regionais (entre Valença e Nine, Viana do Castelo, ou Porto - São Bento: 5×2 circulações), inter-regionais (entre Valença e Porto-Campanhã, Porto - São Bento, ou Figueira da Foz: 5×2 circulações), e inter-cidades (entre Valença e Coimbra-B: 1×2 circulações).[12]
História
[editar | editar código-fonte]O lanço da Linha do Minho entre esta estação e Darque foi inaugurado em 1 de Julho de 1878,[13] enquanto que o lanço seguinte, até São Pedro da Torre, entrou ao serviço em 15 de Janeiro de 1879.[14]
Em Julho de 1902, a divisão do Minho e Douro dos Caminhos de Ferro do Estado lançou bilhetes a preços especiais até ao Porto, para uma exposição no Palácio de Cristal, tendo a estação de Caminha sido uma das contempladas por esta promoção.[15]
Em 11 de Maio de 1927, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a explorar as antigas linhas do Estado, incluindo a do Minho.[16] Em 1939, a C.P. fez grandes obras de reparação no edifício para passageiros desta estação.[17]
Um despacho de 26 de Maio de 1951 da Direcção Geral de Caminhos de Ferro aprovou um projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para aditamento à tarifa especial 1-C, relativa ao transporte de bilhetes para destinos de praia ou termas, de forma a incluir esta estação.[18] No XI Concurso das Estações Floridas, organizado em 1952 pelo Secretariado Nacional de Informação e pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, a gare de Caminha foi premiada com uma menção honrosa especial, sendo o chefe de estação Albino Fernandes Madeira.[19][20] No XIII Concurso, em 1954, a estação recebeu uma menção honrosa extra-concurso e um prémio de persistência excepcional,[21] e no XVII Concurso, em 1959, alcançou o primeiro lugar.[22]
Em 2004, esta interface tinha a classificação E (Estação) da Rede Ferroviária Nacional.[23] Em 2010, possuía duas vias de circulação, ambas com 300 m de comprimento, e duas plataformas, uma com 135 m de extensão e 30 cm de altura, e a outra com 159 m de comprimento e 40 cm de altura[24] — valores mais tarde[quando?] ampliados para os atuais.[7]
Em 2013, o antigo comboio internacional entre o Porto e Vigo foi reestruturado, passando a denominar-se Celta e deixando de servir algumas estações, como a de Caminha.[25] Apesar disto, o comboio continuaria a parar nesta estação, mas apenas para fazer cruzamento com circulações do sentido oposto, não permitindo a entrada e saída de passageiros.[25]
Em 2021, após obras de reparação e eletrificação, começaram a circular neste troço (Viana-Valença) comboios elétricos.[26]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- ↑ NONO, Carlos (1 de Julho de 1948). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1453). p. 362-363. Consultado em 7 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Caminha - Linha do Minho». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 7 de Julho de 2017
- ↑ Instrução Complementar de Exploração Técnica nº 3/84: “Designação dos túneis da rede ferroviária”. C.P.: p.5
- ↑ a b Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- ↑ PEREIRA, 1995:419
- ↑ «Painéis de azulejos de estação ferroviária de Caminha recuperados». O Minho. 26 de Fevereiro de 2016. Consultado em 8 de Setembro de 2020
- ↑ Longo Curso | Regional : Linha do Minho : Porto ⇄ Valença ⇄ Vigo («horário em vigor desde 2022.12.11»).
- ↑ «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 6 de Dezembro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ NONO, Carlos (1 de Janeiro de 1949). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1465). p. 25-26. Consultado em 7 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Avisos de serviço» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (350). 16 de Julho de 1902. p. 220. Consultado em 14 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ REIS et al 2006:63
- ↑ «O que se fez em Caminhos de Ferro em 1938-39» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 638-639. Consultado em 21 de Agosto de 2018
- ↑ «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1522). 16 de Maio de 1951. p. 114. Consultado em 7 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Ao XI Concurso das Estações Floridas apresentaram-se 78 estações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 65 (1558). 16 de Novembro de 1952. p. 338. Consultado em 14 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «XI Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 66 (1570). 16 de Maio de 1953. p. 112. Consultado em 14 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «XIII Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1608). 16 de Dezembro de 1954. p. 365. Consultado em 14 de Julho de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «XVII Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 72 (1727). 1 de Dezembro de 1959. p. 462. Consultado em 6 de Dezembro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Directório da Rede Ferroviária Portuguesa 2005». Rede Ferroviária Nacional. 13 de Outubro de 2004
- ↑ «Directório da Rede 2011». Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 68
- ↑ a b CIPRIANO, Carlos (22 de Julho de 2013). «Autocarro é mais rápido e mais barato do que o novo comboio Porto-Vigo». Público. Consultado em 9 de Setembro de 2020
- ↑ FERNANDES, Ana Peixoto (26 de Abril de 2021). «Nostalgia e curiosidade no primeiro comboio elétrico entre Viana do Castelo e Valença». TSF. Consultado em 28 de Abril de 2021
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- PEREIRA, Paulo (1995). História da Arte Portuguesa. Volume III. Barcelona: Círculo de Leitores. 695 páginas. ISBN 972-42-1225-4
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página sobre a Estação de Caminha, no sítio electrónico Wikimapia»
- «Página com fotografias da Estação de Caminha, no sítio electrónico Railpictures» (em inglês)
- Estação Ferroviária de Caminha na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural