Estação Ferroviária de Rio Tinto
Rio Tinto
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Identificação: | 03038 RTI (Rio Tinto)[1] |
Denominação: | Apeadeiro de Rio Tinto |
Classificação: | A (apeadeiro)[1] |
Linha(s): | Linha do Minho (PK 4,749) |
Coordenadas: | |
41° 11′ 04,37″ N, 8° 33′ 25,77″ O | |
Concelho: | ![]() |
Serviços: | ![]() ![]() ![]() |
Coroa: | ![]() ![]() |
Conexões: | |
Equipamentos: | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Diagrama: | |
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Website: |

A Estação Ferroviária de Rio Tinto é uma interface da Linha do Minho, que serve a cidade de Rio Tinto, no concelho de Gondomar, em Portugal.
História[editar | editar código-fonte]

Século XIX[editar | editar código-fonte]
Esta estação encontra-se no troço da Linha do Minho entre Campanhã e Nine, que entrou ao serviço, junto com o Ramal de Braga, em 21 de Maio de 1875.[2][3]

Século XX[editar | editar código-fonte]
Na reunião do Conselho de Ministros de 10 de Janeiro de 1934, foram aprovadas as condições para os contratos definitivos para a realização de várias obras nesta estação, referentes à execução de terraplanagens, e à instalação de uma passagem inferior, do edifício de passageiros, das retretes, da fossa e das canalizações, de um cais coberto e outro descoberto, de uma plataforma de passageiros e a correspondente calçada, dos muros de suporte e das vedações.[4] A estação tem uma placa em cerâmica com o texto «Concurso das Estações floridas – 1º Prémio 1943 S.N.I.».
Século XXI[editar | editar código-fonte]
Na Década de 2000, a empresa Rede Ferroviária Nacional estudou a quadruplicação do lanço da Linha do Minho entre Contumil e Ermesinde, sendo um das principais problemas o atravessamento de Rio Tinto, onde a via corre junto à malha urbana.[5] Esta situação podia ser resolvida de duas formas: ou a linha seria quadruplicada à superfície, ou então seria enterrada, passando por debaixo da cidade num túnel.[5] Em Março de 2007, a empresa elaborou um estudo comparativo entre as duas soluções, tendo-se chegado à conclusão que o rebaixamento iria deixar a obra mais longa em cerca de um ano e cinco meses, e 50% mais dispendiosa, apesar das grandes expropriações que seriam necessárias para quadruplicar a linha à superfície.[5] Porém, os resultados do estudo foram contestados pelos habitantes de Rio Tinto, tendo a Agência Portuguesa do Ambiente recebido doze exposições, que incluíram um abaixo-assinado com mais de trezentos subscritores e várias reclamações por parte das autarquias do Porto e de Gondomar, da Junta de Freguesia de Rio Tinto, e da Assembleia Municipal de Gondomar, principalmente do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata naquele órgão.[5]

Além das demolições que teriam de ser feitas, os habitantes também receavam que a quadruplicação iria piorar o efeito barreira que já estava a ser provocado pela presença da linha.[5] Em resposta a estas críticas, a Rede Ferroviária Nacional afirmou que «a solução não é sustentável do ponto de vista de exploração, porque, em limite, obrigaria a que todo e qualquer comboio de mercadorias que circulasse neste troço [...] teria de ser dotado de tracção dupla apenas para evitar um hipotético incidente neste local. Tal introduziria uma elevada ineficiência pelos custos técnicos, operacionais e financeiros que tal solução acarretaria à operação.».[5] Apesar dos protestos, em 2009 a obra recebeu uma declaração de impacte ambiental favorável condicionada do Ministério do Ambiente, onde se determinou que deveriam ser empregues várias medidas para reduzir o nível de ruído e as vibrações provocadas pela passagem dos comboios, e que os proprietários deveriam ser pagos de forma justa pelas expropriações dos edifícios a demolir pela quadruplicação da via férrea.[5] Aconselhou igualmente a empresa a expropriar igualmente os edifícios residenciais «cuja função de habitabilidade seja significativamente afectada pela sua proximidade à linha.».[5]
Em 23 de Janeiro de 2018, uma pessoa morreu após ter sido atropelada por um comboio regional junto a Rio Tinto.[6]
Caracterização[editar | editar código-fonte]
Descrição[editar | editar código-fonte]
Em 2010, a estação de Rio Tinto possuía duas vias de circulação, ambas apresentando um comprimento útil de 480 m; as gares tinham de 137 e 161 m de extensão, e 90 cm de altura.[7]
Localização e acessos[editar | editar código-fonte]
Esta interface situa-se junto ao Largo da Estação dos Caminhos de Ferro, na localidade de Rio Tinto.[8] Faz interface com linha F (laranja) do Metro do Porto na Estação de Campainha, e não na estação sinónima. Apesar disso, esta estação representa alguma distância e não é considerada pelo Metro como paragem de transbordo para CP.[carece de fontes]
Azulejos[editar | editar código-fonte]
A estação está decorada com vários painéis de azulejo polícromos, instalados em 1936; representadam a lenda da origem do nome de Rio Tinto e cenas da vida da história e do quotidiano local e foram produzidos na Fábrica da Viúva Lamego, da autoria do pintor João Alves de Sá.[carece de fontes] No painel lê-se «Batalha em 824 entre Abd-el-Raman Kalifa de Cordoba e o Conde Hermenegildo».
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 25 de Outubro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ REIS et al, 2006:12
- ↑ «Linhas do Estado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1107). 1 de Fevereiro de 1934. p. 76. Consultado em 29 de Junho de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c d e f g h LUZ, Carla Sofia (5 de Março de 2010). «Linha do Minho será ampliada sem túnel em Rio Tinto». Jornal de Notícias. Consultado em 13 de Junho de 2020
- ↑ «Atropelamento mortal condiciona linha de comboio em Rio Tinto». Jornal de Notícias. 23 de Janeiro de 2018. Consultado em 13 de Junho de 2020
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89
- ↑ «Rio Tinto». Comboios de Portugal. Consultado em 27 de Novembro de 2014
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Leitura recomendada[editar | editar código-fonte]
- Rio Tinto: roteiro turístico. Paços de Ferreira: Héstia Editores. 2006. 21 páginas
- ANTUNES, J. A. Aranha; et al. (2010). 1910-2010: O caminho de ferro em Portugal. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e REFER - Rede Ferroviária Nacional. 233 páginas. ISBN 978-989-97035-0-6
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Página sobre a estação de Rio Tinto, no sítio electrónico da empresa Infraestruturas de Portugal»
- «Página sobre a estação de Rio Tinto, no sítio electrónico Wikimapia»
- Estação Ferroviária de Rio Tinto na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
Concursos das Estações Floridas
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Ano | Prémio | |||||
1.º | 2.º | 3.º | 4.º | 5.º | 6.º | |
1941 | Castêlo da Maia | Luso-Buçaco | Alcântara-Mar | |||
1942 | Castêlo da Maia | Portimão | Carcavelos | |||
1943 | Rio Tinto | Fornos de Algodres | Olhão | |||
1944 | Darque | Olhão | Pero Negro | |||
1945 | Leça do Balio | Caminha | Afife | |||
1946 | Runa | Pinhal Novo | Leixões | |||
1947 | Runa | Fornos de Algodres | Caminha | |||
1948 | Caminha | Fornos de Algodres | Castelo de Vide | |||
1950 | Runa | Olhão | Caminha | |||
1951 | Valado | Runa | Cête | Leixões | Olhão | Caminha |
1952 | Leixões | Valado | Runa | Olhão | Cête | Afife |
1953 | Olhão | Caminha | Valado | Runa | Rio Tinto | Leixões |
1954 | Leixões | S. Mamede de Infesta | Valado | Rio Tinto | Runa | Olhão |
1955 | Valado | Leixões | Barroselas | Olhão | Fornos de Algodres | Luso-Buçaco |
1956 | Valado | Leixões | Cête | Paçô Vieira | Olhão | Paredes |
1957 | Luso-Buçaco | Valado | Paçô Vieira | Fronteira | Fornos de Algodres | Contumil |
1958 | Caminha | Leixões | Olhão | Valado | Luso-Buçaco | Fronteira |
1959 | Fronteira | Fornos de Algodres | Contumil | Luso-Buçaco | Valado | Olhão |
1960 | Elvas | Barcelos | Macinhata | Covas | Olhão | Canedo |
1961 | S. João da Madeira | S. Mamede de Infesta | Valença | Porto-Trindade | Chaves | Celorico de Basto |