Línguas panos

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Línguas pano (verde-escuro) e línguas tacanas (verde-claro): os pontos indicam a localização documentadas das línguas.

As línguas panos são uma família linguística pertencente ao tronco Pano-Tacana. As línguas são faladas por povos indígenas no Brasil, no Peru e na Bolívia.

Descoberta[editar | editar código-fonte]

Descrita como linguística e culturalmente uniforme,[1] a família Pano foi proposta pela primeira vez pelo francês Raoul de la Grasserie em 1890. nesse trabalho, o autor considera que a família é constituída por sete línguas:

"De la famille linguistique Pano. Sept langues Américaines, le Pano, le Mayoruna Domestica, le Mayoruna Fera, le Maxuruna, le Caripuna, le Culino, le Conibo et le Pacavara forment une seule famille linguistique."[2] (traduzido do francês: "Da família linguística pano. Sete línguas americanas: o pano, o mayoruna domestica, o mayoruna fera, o maxuruna, o caripuna, o culino, o conibo e o pacavara, formam uma só família linguística".)

De la Grasserie descreve a situação etnográfica e geográfica destes grupos, faz uma tabela lexical referente às partes do corpo, nomes de vegetais, adjetivos e de nomes e apresenta uma breve comparação fonético/fonológica dessas sete línguas. Por fim, o autor apresenta algumas anotações gramaticais sobre os pronomes e verbos. É através desse trabalho inicial que começa o tratamento dessas línguas como membros de uma mesma família linguística.

Classificação e distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Os povos Pano atuais ocupam os territórios do leste peruano, do oeste amazônico brasileiro e do noroeste da Bolívia. Segundo Suárez (1973, p. 137), o grupo Pano pode fazer parte de um tronco linguístico denominado Pano-Takanan, porém há outras propostas, como as de Swadesh (1960) que fala de um "Tacanapano" e de Lathrap (1970, p. 79) sobre um "Macro-Pano". Greenberg (1987, p. 273) propõe um filo do tipo Ge-Pano-Carib. Rodrigues (2000) questiona a hipótese de Greenberg, argumentando que tal hipótese está firmada somente em meios estritamente quantitativos. Assim, Rodrigues considera que o melhor meio para realizar essa classificação seria o qualitativo, concluindo o seguinte: "veo mayor plausibilidad en una hipótese Jê-Tupí-Carib que en la Ge-Pano-Carib."[3]

A classificação de Loos dessa família[4] apresenta alguns homófonos de outras línguas, como por exemplo a língua Canamari, que consta dentro do subgrupo Capanawa e a língua Karipuna Br, que é classificado como "sem agrupamento".

Oliveira (2014)[editar | editar código-fonte]

Classificação segundo Oliveira (2014, p. 123):[5]

Amarante Ribeiro (2005)[editar | editar código-fonte]

Classificação segundo Amarante Ribeiro (2005):[6]

Pano
  • Grupo I
    • Amawaka
  • Grupo II
    • Subgrupo II-1
      • Kashibo
      • Nokaman
    • Subgrupo II-2
      • Shipibo
      • Kapanawa
      • Panobo
  • Grupo III
    • Subgrupo III-1
      • Iskonawa
      • Kaxinawa
    • Subgrupo III-2
      • Subgrupo III-2-1
      • Subgrupo III-2-2
        • Subgrupo III-2-2-1
          • Kanamari
          • Katukina
          • Marubo
        • Subgrupo III-2-2-2
          • Mastanawa
          • Tuxinawa
          • Yoranawa
          • Sharanawa
          • Shanenawa
          • Arara
          • Yawanawa
          • Xitonawa
          • Yaminawa
      • Subgrupo III-2-3
        • Kaxarari
        • Poyanawa
  • Grupo IV
    • Subgrupo IV-1
      • Kapishto
      • Matsés
      • Kulina
      • Matis
    • Subgrupo IV-2
      • Atsawaka
      • Arazaire
      • Yamiaka
    • Subgrupo IV-3
      • Karipuna
      • Chacobo
      • Pakawara

Línguas Pano[editar | editar código-fonte]

  • O subgrupo Yaminawa:
    • Yaminawa 500 P, Br
    • Amawaca 200P
    • Cashinawa/Honikoin 500P, Br
    • Sharanawa/Shanindawa/Chandinawa/Inonawa/ Marinawa 300P
    • Yawanawa 200 Br
    • Chitonawa 35 Br
    • Yoranawa/Nawa/Parquenawa 200P
    • Moronawa 300Br
    • Mastanawa 100P
  • O subgrupo Chacobo
    • Chacobo
    • Arazaire† P
    • Atsawaca† P
    • Yamiaka† P
    • Katukina/Camannawa/Waninnawa 300Br
    • Pacawara 12 Bo
  • O subgrupo Capanawa
    • Capanawa/Pahenbakebo 400 P
    • Shipibo/Conibo/Xetebo 8000 P
    • Remo † Br
    • Marubo 400 Br
    • Waripano † / Panobo/Pano P
    • Isconawa 30 P
    • Taveri/Matoinahã†Br
  • Língua sem agrupamento
    • Cashibo/Cacataibo/Comabo 100 P
    • Karipuna † Br
    • Kaxarari 100 Br
    • Nukimin †+/-136 Br
    • Poyanawa † 137 Br
    • Tutxinawa † Br
  • Subgrupo Mayoruna
    • kulina 35 Br
    • Mawi X/9+e
    • Kapishtana 17/14 dialect of Kulina
    • Chema 12/7f
    • Korubos 300 (aproximadamente) Br
    • Chankuëshbo 5/2
    • Matses/Mayoruna 2000P, 2200 Br

O Matis faz parte de um subgrupo "Pano do Norte" ou "Mayoruna".[7] Neste grupo, estariam inseridos o Matsés, também conhecido como Mayoruna, o Korubo, o Maya e o Kulina-Pano. A língua matsés tem sido identificada por Kneeland (1994, 23) como uma língua à parte dentro da família Pano. O Matis mantém uma proximidade com a língua matsés, estudada Fields, H., Keneeland, Harriet. e Fleck, David. Os estudos feitos por Ferreira (2001a) demonstram que a estrutura gramatical interna da língua matis mantém uma distância significativa de outras línguas da família Pano, como a língua Katukina, estudada por Aguiar (1988 e 1994), a língua Poyanáwa, por Paula (1992), a língua Marubo[8] e a língua Caxinawa.[9] Dessa forma, tais estudos discutem a proposta feita por Erikson (1994), na qual há um subgrupo Mayoruna, assunto que trataremos mais adiante.

O matis e o mayoruna (matsés) são línguas distintas?[editar | editar código-fonte]

Por muito tempo, duas questões têm sido levantadas:

  • O grupo matis e Matsés constituem um único grupo?
  • Falam a mesma língua?

Quando se verifica a forma com que ambos se referem a si próprios, percebe-se que o termo utilizado é o mesmo, matses. Porém, no trabalho com os Kulina-Pano, constatamos, in loco, que este grupo também utiliza "matses" para se autorreferirem. Não seria propriamente uma autodenominação, pois este termo significa "pessoas", "gente", ou ainda é um termo que os distingue dos não indígenas. Para aqueles que não fazem parte de algum grupo indígena, o termo utilizado é matses wötsi, ou seja, "a outra gente". No caso do Matsés e do Matis, este é o termo utilizado, mas para os Kulina (Pano), "o outro" é mayu, provavelmente seja daí que vem o termo "Mayoruna".

As línguas matis e a língua matsés, apesar de serem próximas, quando observadas em seu inventário lexical e até mesmo gramatical, fornecem evidências que são línguas distintas. Fleck e Ferreira (2005) fazem uma comparação léxico-estatística, comparando duzentos itens lexicais do Matis que aparecem em Ferreira (2001a) com os dados do Matsés. Nesse trabalho, o autor mostra que 53-72 por cento dos termos são cognatos.

Além do trabalho de léxico-estatística, também foram realizados os testes de compreensão, tanto por Fleck em seus trabalhos de campo, quanto os realizados pelo autor desta tese com os matis. Fleck (2003a) descreve que colocou um homem velho Matsés para ouvir os matis conversando por um sistema de rádio. Segundo ele, o velho não pôde entender tudo o que era dito, mas era possível entender o assunto. Já um outro rapaz Matsés, que foi trabalhar na frente de atração do Rio Ituí, disse que, depois de alguns meses convivendo com os Matis que ali também se encontravam, pôde se comunicar significativamente, mas sempre por meio de expressões simples. Várias vezes, nos trabalhos de campo realizados pelo autor deste artigo, foram feitos testes de compreensão entre os Matis e entre alguns falantes de Matsés. Em todas as vezes, foi dito que era possível compreender o assunto, mas não totalmente. Também foi possível colocar um rapaz Matsés para ouvir os Matis conversarem; logo após, eram feitas algumas perguntas a respeito do assunto, detalhes do que era dito e do que foi difícil de se compreender. Com relação ao assunto, o rapaz havia compreendido o geral; já os detalhes, algumas coisas eram possíveis de ser explicadas e outras não, sendo que a parte difícil para ele era acompanhar questões que envolviam detalhes da língua.

Com respeito à questão de ser uma variação dialetal ou de duas línguas distintas, tanto Fleck quanto o autor deste artigo verificaram, por meio dos testes realizados, que se está lidando com duas línguas distintas. Além destes testes realizados, os dois pesquisadores (op.cit) estão comparando algumas questões gramaticais, o que tem confirmado a distinção linguística destes dois grupos e que eles fazem parte de um novo grupo dentro da família Pano. Como pudemos notar acima, Loos (1999, p. 229) não cita os Matis, os Korubo e os Kulina-Pano em sua classificação. No entanto, estes quatro grupos e outros encontrados por Fleck entre os Matsés, como os Chankuëshbo e os Kapisho, parecem fazer parte desse subgrupo Mayoruna, proposto por Erikson (1994a). Fleck e Ferreira (2005) apresentam uma proposta de agrupamento que pode ser entendida como uma classificação do subgrupo Mayoruna: Languages known to be in or possibly in the Mayoruna subgroup.

Reconstrução[editar | editar código-fonte]

A reconstrução do protopáno segundo Oliveira (2014):[5]

Fonologia[editar | editar código-fonte]

O sistema consonantal do protopáno (Oliveira 2014: 349, 385):[5]

Bilabial Alveolar Alveopalatal Retroflexa Velar Glotal
Oclusiva *p *t *k, *kʷ
Nasal *m *n
Tepe *r
Africada *ts *tʃ *tʂ
Fricativa *s *h
Aproximante *w *y

O sistema vocálico do protopáno (Oliveira 2014: 349, 385):[5]

Anterior Central Posterior
Alta *i, *ĩ *ɨ, *ɨ̃ *o, *õ
Baixa *a, *ã

Vocabulário[editar | editar código-fonte]

Vocabulário do protopáno (Oliveira 2014)
Número Protopáno Glosa
1. *ʔak- ‘fazer, matar’
2. *ʔatsa macaxeira, mandioca’
3. *ʔamɨ[n] capivara
4. *ʔani ‘grande’
5. *ʔano paca (Cuniculus paca)’
6. *-ʔaʂ ‘sufixo de concordância do intransitivo’
7. *ʔaʂ[an]- ‘tipo de veneno’
8. *ʔawaɽ anta’ (Tapirus terrestris)
9. *ʔawi[n] ‘mulher, esposa’
9a. *ʔawĩβo ‘mulher’
10. *ʔaya- ‘tragar’
11. *ʔɨ
12. *ʔɨwa ‘grande’
13. *ʔia ‘piolho’
14. *ʔian ‘lago’
15. *ʔiʔβo ‘dono’
16. *ʔiʔtsak ‘esp. de pássaro’
17. *ʔitsis ‘quente, calor’
18. *ʔikok- ‘abraçar, segurar nos braços’
18a. *ʔikoʔiko- (provavelmente uma reduplicação do verbo em 18 *ʔikok-.)
18b. *ʔira- ‘subir’
19. *ʔinak ‘criação, animal doméstico’
20. *ʔinar- ‘dar’
21. *ʔi[n]o ‘esp. de onça
22. *ʔipo ‘esp. de peixe (esp. da fam. Loricariidae)’
23. *ʔĩsir- ‘dor, doer’
24. *ʔisko japu (esp. de pássaro da fam. Icteridae)’
25. *ʔiso macaco preto (esp. de macaco da fam. Atelidae)’
26. *ʔisto- ‘correr’
27. *ʔitsak ‘muito’
28. *ʔiʃmi[n] urubu rei
29. *ʔiwɨ ‘pesado’
30. *ʔiwi arraia
31. *hoʔpoʂ ‘esp. de carrapato
32. *ʔoi ‘chuva’
33. *ʔoi[n]- ‘olhar’
34. *ʔok[o]- ‘tossir’
35. *ʔo[n]a[n]- ‘conhecer, aprender’
36. *ʔoma-paʂa ‘água fresca (lit. líquido novo)’
37. *ʔosa[n]- ‘rir’
38. *ʔoʂ[a]- ‘dormir’
39. *ʔoʂɨ ‘lua’
40. *ʔota ‘sombra’
41. *ʔoyo- ‘chupar, sugar’
42. *ha[a] ‘ele, esse’
43. *haβa[t]- ‘correr, fugir’
44. *haka ‘esp. de garça’
45. *hamak- ‘pisar’
46. *hana ‘língua’
47. *ha[n]a[n]- ‘vomitar’
48. *harɨ ‘nome’
49. *hãsi[n] mutum (da esp. da fam. Cracidae)’
50. *hãʂaβa ‘abertura’
51. *hatit ‘esse tanto’
52. *hato ‘3ª pessoa do plural’
53. *haw[ɨ/a] ‘que, o que’
54. *hawɨn ‘seu, sua, dele, dela’
55. *βaʔi ‘caminho, picada’
56. *βaʔki[ʃ]i ‘noite, escuro’
57. *βatʃi ‘tela’
58. *βai[C] ‘roçado’
59. *βakwɨ ‘filho, criança’
60. *βakoʂ ‘espuma’
61. *βana- ‘plantar’
62. *βaɽi ‘sol’
63. *βatsi ‘ovo’
64. *βaʂɨʂɨ- ‘cochichar’
65. *βata ‘doce’
66. *βato[m] ‘esp. de peixe’
67. *βawa ‘papagaio (esp. da fam. Psittacidae)’
68. *βawi[n] surubim (Pseudoplatystoma corruscans)’
69. *βɨ- ‘trazer, buscar’
70. *-βɨt ~ -bɨta[n] ‘comitativo’
71. *βɨʔra[C] ‘novo’
72. *βɨʔ[n]oCc- ‘esquecer, perder’
73. *βɨʔo[m] ‘lágrima’
74. *βɨtʃo[n] ‘ondas’
75. *βɨmãnan ‘testa, cara’
76. *βɨnɨ ‘marido, macho’
77.
78. *βɨp[on] ‘esp. de árvore (segundo SHELL (1975 [1965]) Savia Pegajosa)’
79. *βɨɽo ‘olho’
80. *βɨstɨ- ‘cortar’
81. *βɨʂko ‘sobrancelhas (?)’
82. *βɨʂpi ‘sobrancelhas’
83. *βɨʂko ‘esp. de sapo’
84. *βɨʂ[n]a[n] ‘fino, raso’
85. *βɨtɨm ‘sopa, caldo’
86. *βɨ- ‘rosto, cara (prefixo parte do corpo)’
87. *βiCc- ‘pegar’
88. *βitsi ‘pele, couro’
89. *βitʃo ‘esp. de garça’
90. *βi carapanã
91. *βimi ‘fruto’
92. *βira marimbondo, caba
93. *βinon buriti (Mauritia vinifera)’
94. *βĩpiʃ goiaba (?)’
95. *-βo ‘pluralizador’
96. *βoir ‘esp. de picapau (da fam. Picidae)’
97. *βoʔ[n]a[n]-ti ‘tipo de caixa’
98. *βoʔɽɨ[t] ‘esp. de palmeira (murumuru)’
99. *βoʔɽo[Cc] ‘toco, tronco’
100. *βoɨ ‘esp. de peixe (da fam. Pimelodidae)’
101. *βoi[Cc] ‘cera de abelhas’
102. *βoko[n] ‘esp. de árvore (embaúba?)’
103. *βoko ‘esp. de árvore’
104. βo[n]a ‘esp. de abelha’
105. *βo ‘pelo, cabelo’
106. *βõpa ‘esp. de besouro’
107. *βõsi[m] ‘esp. de lontra’
108. *βoʂka[Cc] ‘cabeça’
109. *tsaʔo[t]- ‘sentar (sentar-se)’
110. *tsatsa ‘esp. de peixe’
111. *tsɨko- ‘soluço, soluçar’
112. *tsiʔo ‘cigarra’
113. *tsistɨ ‘carvão, brasa’
114. *[ts]is[t]o
115. *tso[a] ‘quem’
116. *tsoma- ‘pegar, agarrar com a mão’
117. *tʃaʔtʃi- ‘picar, dar agulhada, ferrar, injetar, furar’
118. *tʂaka- ‘amassar, bater, golpear’
119. *tʃa[n]i- ‘mentir’
120. *tʃãpiʃ ‘esp. de molusco’
121. *tʂãpo grilo, gafanhoto
122. *tʃaɽaʂ martim pescador
123. *tʂaʂo ‘esp. de veado’
124. *tʃiʔi ‘fogo’
125. *tʃiʔi mapo ‘cinza (lit. pó (poeira) de fogo)’
126. *tʃiβi- ‘guiar (uma canoa) por trás’
127. *tʃipo ‘parte posterior’
128. *tʃoka- ‘lavar, lavar-se’
129. *tʃopa ‘tela, roupa’
130. *tʃoɽiʃ ‘duro, forte’
131. *hɨ[n]ɨ ‘líquido, água’
132. *hɨ[n]ɨ ʔino ‘lontra’
133. *hɨ[n]ɨCc- ‘deixar, largar’
134. *hɨpɨ ‘esp. de palmeira (jarina)’
135. *hɨɽɨ- ‘bilhar, queimar’
136. *hɨʂɨ ‘semente’
137. *hiʔki- ‘entrar’
138. *hiʔima ‘esp. de formiga’
139. *hi[ts]i ‘esp. de formiga’
140. *himi ‘sangue’
141. *hina ‘rabo’
142. *his- ‘ver, olhar’
143. *hitsis ‘esp. de formiga’
144. *hisor- ‘urinar, urina’
145. *hiʃtʃiβi ‘esp. de árvore e também seu fruto (segundo SHELL (1975))’
146. *hiwi- ‘árvore (gen.), pau (gen.)’
147. *kwak- ‘ouvir, escutar, entender’
148. *kwɨβi ‘borda, lábios’
149. *kwɨβo jacu (esp. de pássaro)’
150. *kwɨɨ̃- ‘desejar’
151. *kwɨ[n]a- ‘chamar’
152. *kwɨ[n]a[n] ‘tipo de banco’
153. *kwɨ[n]ɨ- ‘desenhar, pintar’
154. *kwɨ[n]i ‘barba’
155. *kwɨ[n]o- ‘ponta, extremo’
156. *kwɨo[n]- ‘ensartar’
157. *kwɨʂa[n] ‘lábios’
158. *kwɨʂ[n]i ‘barba’
159. *kaʔi[n] ‘esp. de arara’
160. *kaʔtɨ ‘costas’
161. *ka[n]i ‘parente’
162. *kaka[n] ‘tipo de cesto’
163. *ka[n] abacaxi
164. *kamar ‘onça’
165. *kaʔmoʂ ‘esp. de cobra’
166. *kara ‘esp. de arara’
167. *karak ‘relâmpago’
168. *kano- ‘arco’
169. *kapa quatipuru
170. *kapɨt jacaré
171. *kaɽi ‘cará’
172. *kaɽo ‘lenha’
173. *katsi ~ *-kas ‘querer’
174. *kaʃi ‘morcego’
175. *ka- ‘costas (prefixo parte do corpo)’
176. *kɨʔʂɨ- ‘costurar’
177. *kɨ̃tʃa[C] ‘vasilha, prato’
178. *kɨɽɨʂ ‘duro, forte’
179. *kɨʂɨ ‘pedaço, caco’
180. *kɨʂto[C] ‘grosso, espesso’
181. *kɨ̃ti[C] ‘tipo de panela’
182. *kɨyo- ‘terminar, acabar’
183. *-ki ‘sufixo locativo ablativo’
184. *kiri ‘buraco, orifício’
185. *kwisi ‘coxa’
186. *kwaʔin ‘fumaça’
187. *koβi[n]- ‘ferver’
188. *kwi [talvez kowi] ‘mandíbula’
189. *koka ‘irmão da mãe’
190. *koki[ʃ] vaga-lume
191. *koko ‘irmão da mãe’
192. *koko- ‘ingerir alimentos moles’
193.
194. *koma nambu
195. *ko[n]o ‘esp. de fungo’
196. *ko ‘pus’
197. *kopi ‘valor’
198. *koɽo ‘cinza, acinzentado’
199. *[k]oʂna ‘cedro’
200. *koʂo cujubim
201. *-m[a]- ‘sufixo verbal causativo’
202. *maʔtʃi ‘morro, colina’
203. *maʔi[r] ‘esp. de peixe’
204. *matsi ‘frio’
205. *matso- ‘varrer’
206. *mãtʃa[n] ‘chifre de animal’
207. *mai ‘terra’
208. *mai[n] ‘na terra, por terra’
209. *maiti ‘faixa para a cabeça, chapéu’
210. *maka ‘rato’
211. *maka ‘pedra, rocha’
212. *makɨ ‘piranha (esp. de peixe)’
213. *mara- ‘esperar’
214. *ma[n]a[n] ‘sobre, encima, acima’
215. *ma[n]ɨ ‘metal’
216. *ma[n]i ‘banana’
217. *[ma][n]o[t]- ‘sentir saudade’
218. *mapɨ- ‘subir (um morro)’
219. *mapi ‘camarão’
220. *mapo ‘cabeça’
221. *mapok ‘barro, poeira’
222. *maɽaʂ ‘esp. de planta’
223. *maɽi cutia (esp. de roedor)’
224. *masɨ[n] ‘esp. de cabaça’
225. *masi ‘areia’
226. *maʂaʂ ‘pedra’
227. *maʂɨ urucum (a árvore e o seu fruto)’
228. *maʂka[t] ‘encima, cume’
229. *maʂkoɽ- ‘cortar o cabelo’
230. *mãʂo ‘chifre de animal’
231. *matas ‘golpear a cabeça’
232. *mawa- ‘morrer’
233. *mawis ‘esp. de formiga’
234. *maya- ‘torcer, girar, mover em círculos’
235. *mɨʔ[ɨ]- ‘tocar, mexer com a mão, tatear’
236. *mɨʔtʃa- ‘molhar, molhado’
237. *mɨβi ‘mão’
238. *mɨ̃tsis ‘unha da mão’
239. *mɨkɨr ‘mão’
240. *mɨkɨrɨ kwaya ‘mão direita’
241. *mɨɽa- ‘encontrar, procurar’
242. *mɨʂo ‘engatinhar’
243. *mɨtoti ‘dedo’
244. *mɨwɨ ‘barreiro, canamã’
245. *mi ‘tu, você’
246a. *mato ‘vocês, vós’
247. *mɨsi ‘pamonha’
248. *miʃkiti ‘anzol’
249. *moka ‘veneno, amargo’
250. *moʂa ‘espinho’
251. *naʔa ‘ninho’
252. *naʔir ‘esp. de preguiça (macaco)’
253. *naiɽ ‘céu’
254. *[n]akwa ‘esp. de mosquito’
255. *nakwaʂɨ cupim
256. *[n]ama- cupim
257. *nama ‘abaixo, embaixo, sob’
258. *rami ‘carne’
259. *[n]a[n]ɨ jenipapo
260. *nan[ɨ]- ‘colocar dentro, submergir’
261. *[n]apo ‘dentro, no centro’
262. *[n]a[si]- ‘banhar-se, tomar banho’
263. *[n]aʂβa ‘largo’
264. *[n]atɨʂ- ‘morder’
265. *[n]awa ‘estrangeiro’
266. *[n]awa βaʔi ‘arco íris’
267. *[n]awɨ ‘capoeira, roça abandonada’
268. *[n]ɨa ‘jacamim (esp. de pássaro)’
269. *[n]ɨʔa- ‘unir, juntar’
270. *[n]ɨʂa- ‘amarrar’
271. *[n]ɨʂ[n]ɨʂ ‘esp. de pássaro (Shell (1975 [1965] o descreve como shansho)’
272. *rɨtɨ ‘día’
273. *niCc- ‘ficar em pé’
274. *[n]iʔi ‘mata, floresta’
275. *[n]iβiCc ‘brisa’
276. *[n]iβo ‘lacraia, escorpião’
277. *[n]ĩka ‘escurtar, ouvir’
278. *[n]i[n]- ‘arrastar’
279. *[n]iska[n]- ‘suar’
280. *[n]isi ‘esp. de palmeira’
281. *[n]iʃ- ‘aborrecer-se’
282. *[n]iwɨ ‘vento’
283. *no[-] ‘nós, nos’
284. *[n]oa- ‘profundo’
285. *[n]oʔtʃo ‘esp. de caramujo
286. *noʔir ‘minhoca’
287. *[n]oβo ‘esp. de caramujo
288. *[n]o[ɨ] ‘gostoso, delicioso’
289. *[n]oi- ‘amar, gostar’
290. *[n]oka- ‘apagar’
291. *[n]on[a]- ‘nadar’
292. *nono- ‘nadar’
293. *rorom ‘pato’
294. *[n]õti ‘canoa’
295. *[n]o[ya]- ‘voar’
296. *ho- ‘vir, chegar’
297. *hoa ‘flor’
298. *hõtsis ‘garra, unha’
299. *hoi ‘fala, voz, palavra’
300. *hoin ‘respirar’
301. *hoi[n]ti ‘coração’
302. *hon[ɨ]- ‘esconder’
303. *honi ‘homem, humano’
304. *ho[n]o ‘esp. de queixada (porco do mato)’
305. *hoʃin ‘vermelho’
306. *hoʂo ‘branco’
307. *paʔtsa- ‘lavar’
308. *paʔɨn- ‘embebedar-se, bêbado, embriagado’
309. *paβɨ ‘surdo’
310. *paβĩki ‘ouvido (provavelmente paβi (orelha) + n (gen.) + kini (buraco) = buraco de orelha)’
311. *paka ‘esp. de taboca (bambu)’
312. *pakɨt- ‘cair’
313. *paɨ[n]o ‘esp. de tatu
314. *pa[ʔ]o[t] ‘enfeite de orelha, brinco’
315. *papa ‘pai’
316. *paɽa[n]- ‘enganar’
317. *paɽo ‘rio’
318. *pa- ‘ouvido (prefixo parte do corpo)’
318. *rono- ‘pedurar’
319. *pãʃin ‘amarelo’
320. *paʂa ‘novo, fresco, cru’
321. *paʂko ‘ramo’
322. *pãtot ‘surdo’
323. *paya- ‘abanar’
324. *payo ‘podre’
325. *pɨʔi ‘asa, pena’
326. *pi- ‘comer’
327. *piʔak ‘sobrinho, filho da irmã’
328. *pia ‘flecha’
329. *pitso ‘periquito’
330. *pi[n]o ‘beija-flor’
331. *pisa ‘esp. de tucano’
332. *pisi ‘fedido, fedor’
333. *pisika ‘esp. de cobra’
334. *piʃa ‘bolsa pequena (?)’
335. *piʃi[n] ‘esteira’
336. *pistia ‘pequeno’
337. *piti ‘comida (coisa de comer)’
338. *poʔi- ‘fezes’
339. *poa ‘esp. de tubérculo (inhame?)’
340. *poi ‘irmã ou irmão do sexo oposto’
341. *poko ‘intestino, barriga’
342. *pono ‘veia’
343. *popo ‘esp. de coruja
344. *posɨ[n] ‘esp. de preguiça’
345. *poʂko ‘tornozelo’
346. *pota- ‘jogar, abandonar’
347. *poto ‘poeira’
348. *poyam ‘braço’
349. *ɽaʔma ‘agora’
350. *ɽaʔo ‘remédio, medicina tradicional’
351. *ɽaʔtɨ- ‘ter medo, assustar-se’
352. *ɽaβɨt ‘dois’
353. *ɽaβi[n]- ‘envergonhar-se, ter vergonha’
354. *ɽãβoʂo[ko] ‘rótula, joelho’
355. *ɽakwɨ- ‘temer’
356. *ɽaka- ‘deitar-se’
357. *ɽako- ‘cobrir, envolver’
358. *ɽani ‘pelo do corpo’
359. *ɽa[n]toko- ‘joelho’
360. *ɽɨʔtɨ- ‘matar’
361. *ɽɨβo ‘ponta, cabeceira do rio’
362. *ɽɨβo+ki ‘para frente, para cima (no rio)’
363. *ɽɨ+kini ‘buraco do nariz, narina’
364. *ɽɨnɨ- ‘moer’
365. *ɽɨpaC ‘septo nasal’
366. *ɽɨɽ- ‘tombar’
367. *ɽɨwɨ ‘instrumento musical’
368. *-ɽiʔβi ~ *ɽiʔβa ‘igual, do mesmo jeito, também’
369. *ɽiɽo ‘esp. de macaco’
370. *ɽisiβitʃi ‘fio, corda’
371. *ɽisis ‘linha’
372. *ɽoʔo guariba (esp. de macaco)’
373. *ɽoɨ ‘machado’
374. *ɽomɨ ‘tabaco’
375. *ɽoro ‘cobra’
376. *sama- ‘fazer dieta, jejum’
377. *sa[n]á[n]- ‘levantar, suspender’
378. *sa[n]i[n] ‘esp. de peixe’
379. *sani[n] ‘esp. de peixe’
380. *sawɨCc- ‘vestir roupa’
381. *si[n]a ‘bravo’
382. *sisi quati
383. *ʃaɽa ‘bom, bonito’
384. *ʃik ‘peito (prefixo parte do corpo)’
385. *ʃiko[n] ‘esp. de planta’
386. *ʃi[n]a ‘esp. de aranha’
387. *sina[n]- ‘pensar’
388. *ʃiro ‘esp. de macaco’
389. *ʃio ‘pium (esp. de mosca)’
390. *sipi ‘macaco sagui’
391. *ʂaʔβak ‘claridade’
392. *ʂaʔɨ tamanduá
393. *ʂaʔtɨ- ‘cortar’
394. *ʂaβa- ‘bocejar’
395. *ʂakaCc ‘casca de árvore, pele’
396. *ʂa[n]a ‘quente’
397. *ʂa[n]o ‘cunhada, esposa, prima cruzada’
398. *ʂao ‘osso’
399. *ʂapo ‘algodão’
400. *ʂaʂo ‘pilão, pedra’
401. *ʂata[n] ‘esp. de cabaça’
402. *ʂawar ‘esp. de arara’
403. *ʂawɨ jabuti
404. *ʂawi ‘cana de açúcar (?)’
405. *ʂɨʔa- ‘beber, tragar’
406. *ʂɨʔmɨ- ‘debulhar o milho’
407. *ʂɨβo[n] ‘esp. de palmeira (urucuri)’
408. *ʂɨkɨCc ‘esp. de lagartixa’
409. *ʂɨki ‘milho’
410. *ʂɨ[n]a ‘esp. de lagarta’
411. *ʂɨ[n]a[n] ‘esp. de árvore’
412. *ʂɨ[n]i ‘gordura, óleo’
413. *ʂɨ[n]i ‘velho’
414. *ʂɨta ‘dente, bico (de ave)’
415. *ʂɨtɨ urubu
416. *ʂɨtɨ- ‘cheirar’
417. *ʂɨwa- ‘teto (feito de palha)’
418. *-ʂo[n] ‘benefactivo’
419. *-ʂon ‘sufixo de concordancia transitiva’
420. *ʂoʔi- ‘assar’
421. *ʂoʔomoʂ ‘agulha’
422. *ʂoa- ‘coçar, coceira’
423. *ʂoaC- ‘gordo’
424. *ʂoβo ‘casa’
425. *ʂoka- ‘descascar’
426. *ʂokɨ ‘esp. de tucano grande’
427. *ʂoko ‘pequeno’
428. *ʂokoC- ‘pelar-se, mudar de pele’
429. *ʂoma ‘seios, leite’
430. *ʂoo ‘verde, não maduro’
431. *ʂopa[n] ‘mamão’
432. *ʂopoCc ‘plumas’
433. *ʂotsi ‘peito’
434. *ʂõtako ‘menina, moça’
435. *ʂoya ‘rato’
436. *taʔɨ ‘pé’
437. *taʔpas ‘tapiri, casa temporária’
438. *takwa ‘fígado’
439. *tama ‘amendoim’
440. *tamβo ‘bochecha’
441. *tara-
442. *taoaCc ‘esp. de palmeira (paxiúba)’
443. *tapo ‘ponte, plataforma’
444. *tapon ‘raiz’
445. *taɽa ‘pau velho, pau podre’
446. *taɽá[n]- ‘rodar’
447. *taɽi ‘roupa’
448. *tasa ‘tipo de cesto’
449. *taʃi ‘sal’
450. *taʂa ‘pauzada (amontoado de tronco que desce no rio)’
451. *tawa ‘taboca utilizada para fazer flechas’
452. *tɨʔk[ɨ]- ‘quebrar’
453. *tɨpi zarabatana
454. *tɨʂka[n] ‘broto’
455. *tɨʂo ‘pescoço’
456. *tɨtɨC ‘esp. de gavião’
457. *tɨto[n] ‘pomo de adão’
458. *-ti ‘nominalizador de instrumento’
459. *tima- ‘bater, golpear’
460. *to... ‘espingarda’
461. *toʔati ‘coador’
462. *to[ʔo]- ‘engravidar, dar a luz’
463. *toa ‘esp. de rã ou sapo’
464. *to[n]a[n] ‘azul escuro’
465. *toʂpi ‘verruga’
466. *-wa ‘fazer’
467. *wai ‘roça, roçado’
468. *waka ‘água, rio’
469. *wamɨ ‘esp. de peixe’
470. *wani[m] pupunha
471. *waɽa[m] ‘esp. de abóbora
472. *wasa ‘esp. de macaco’
473. *was ‘varrer, ciscar’
474. *wasi ‘erva’
475. *was[n]o[n] ‘teia de aranha’
476. *waʂmɨ[n] ‘algodão’
477. *-wɨ ‘sufixo verbal imperativo’
478. *wɨa ‘igarapé (?)’
479. *wɨts[a] ‘outro’
480. *wɨsti ‘um (numeral)’
481. *wiʔtaʂɨ ‘canela, parte inferior da perna’
482. *wia ‘cheiro’
483. *wi[n]a- ‘remar’
483. *winati ‘remo’
484. *wi[n]- ‘chorar’
485. *wino ‘borduna, bastão’
486. *wi[n]o- ‘passar’
487. *wipoko ‘pantorrilha’
488. *wiso ‘negro’
489. *wis... ‘estrela’
490. *-ya ‘com, em posse de’
491. *yaʔra[n] ‘esp. de carrapato’
492. *yakat- ‘cidade, assentamento’
493. *[-ya]ma ‘sufixo negativo’
494. *yamɨ[t] ‘escuro, noite’
495. *yami ‘machado’
496. *yapa ‘peixe’
497. *yãtan ‘tarde’
498. *yawa ‘esp. de queixada (porco do mato)’
499. *yawis ‘esp. de tatu
500. *yoʔi- ‘dizer, falar’
501. *yoʔi[n]a ‘animal’
502. *yoʔo ‘calor, quente’
502a. *yo[n]a- ‘ter febre, esquentar-se’
503. *yoβɨ[ka] ‘feiticeiro’
504. *yotʃi ‘esp. de pimenta’
505. *yoka- ‘perguntar’
506. *yoma ‘esp. de peixe’
507. *yoma[n] ‘fio, linha, corda’
508. *yomɨtso- ‘roubar’
509. *yoɽa ‘gente, corpo humano’
510. *yo[o]si ‘crescer’
511. *yosi[n] ‘espírito’
512. *yoʂa ‘mulher, velha’

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

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  2. p. 438
  3. p. 102
  4. Loos (1999, p. 228-29)
  5. a b c d Oliveira, Sanderson Castro Soares de (2014). Contribuições para a reconstrução do Protopáno. Brasília: Universidade de Brasília. (Tese de Doutorado).
  6. AMARANTE RIBEIRO, Lincoln Almir. Uma proposta de classificação interna das línguas da família Pano. Revista Investigações, v. 19, n. 2, p. 157-182, 2005.
  7. Erikson (1994a, p.18)
  8. Costa (1992, 2000)
  9. Camargo, (1991)
  • SHELL, Olive Alexandra. Pano reconstruction. 1965. 534f. Tese (Doutorado em Linguística), University of Pennsylvania, 1965.
  • SHELL, Olive Alexandra. Las lenguas pano y su reconstrucción. Lima: ILV/MEd, 1975.

Leituras[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Classificações
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  • CÂNDIDO, Gláucia Vieira. Aspectos fonológicos da língua Shanenawá (Páno). Dissertação (Mestrado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 1998.
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  • VALENZUELA, P. M. Transitivity in Shipibo Konibo Grammar. 2003. Tese (Doutorado em Linguística), University of Oregon, Oregon, 2003.
  • LORIOT, J.; LAURIAULT, E.; DAY, D. Diccionario Shipibo-Castellano. Yarinacocha, Pucallpa: Ministerio de Educación del Perú e Instituto Lingüístico de Verano, 1993.
Yamináwa
  • FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002.
  • EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008.
  • CABRAL, A. S. A. C.; OLIVEIRA, S. C. S. Dados de pesquisa de campo. 2009. mimeo.
Yawanawá
  • PAULA, Aldir Santos DE. A língua dos índios Yawanawa do Acre. 2004. Tese (Doutorado em Linguística), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2004.
  • CABRAL, A. S. A. C.; OLIVEIRA, S. C. S. Dados de pesquisa de campo. 2009. mimeo.
  • SOUZA, L. C. S. T. Fonologia, morfologia e sintaxe das expressões nominais em Yawanawá (Pano). 2013. 156f. Dissertação (Mestrado em Linguística), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
Vocabulários
  • Vocabulário caxarari - PICKERING, Wilbur (ILV)
  • Vocabulário tutxiunaua - CARVALHO, João Braulino de. Breve notícia sobre os indígenas que habitam a fronteira do Brasil com o Peru elaborada pelo médico da Comissão, Dr. João Braulino de Carvalho, e calcada em observações pessoais. In: MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil. Ano 1928. 4.° vol. Anexo especial n. 2: Relatório da Comissão de Limites do Brasil com o Peru. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1929. p. 324-7.
  • Vocabulário poianaua - CARVALHO, João Braulino de. Breve notícia sobre os indígenas que habitam a fronteira do Brasil com o Peru elaborada pelo médico da Comissão, Dr. João Braulino de Carvalho, e calcada em observações pessoais. In: MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil. Ano 1928. 4.° vol. Anexo especial n. 2: Relatório da Comissão de Limites do Brasil com o Peru. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1929. p. 308-20. [Uma lista menor, copiada dessa (com as grafias divergentes apontadas acima), encontra-se em FIGUEIREDO, Lima. Índios do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1949. p. 81-3.]
  • Vocabulário remo - CARVALHO, João Braulino de. Breve notícia sobre os indígenas que habitam a fronteira do Brasil com o Peru elaborada pelo médico da Comissão, Dr. João Braulino de Carvalho, e calcada em observações pessoais. In: MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil. Ano 1928. 4.° vol. Anexo especial n. 2: Relatório da Comissão de Limites do Brasil com o Peru. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1929. p. 329-32. [Uma lista menor, copiada desta, encontra-se em FIGUEIREDO, Lima. Índios do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1949. p. 174.]