LitoLab

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LitoLab
Laboratório de Preservação de Acervo Litológico da Universidade de São Paulo
LitoLab
Caixas de conservação de amostras no interior do LitoLab
Inauguração 2015 (8–9 anos)
Website [1]
Geografia
País  Brasil
Cidade São Paulo
Localidade Museu de Geociências do Instituto de Geociências da USP

A antiga Litoteca do Museu de Geociências localizado no Instituto de Geociências da USP (IGc/USP) foi criada em 2015. Após diversas influências e aprimoramentos, atualmente opera como Laboratório de Preservação de Acervo Litológico (LitoLab). Esta mudança conceitual e prática, que migrou de um caráter exclusivamente científico para um ponto de vista científico-museológico, permite que as coleções ali preservadas usufruam de diversas práticas comuns ao campo do patrimônio. Por meio de uma análise comparativa das gestões de coleções geológicas em âmbito nacional, na qual são analisadas diversas litotecas e coleções geológicas no Brasil, dentre elas o LitoLab IGc/USP apresenta uma metodologia de comunicação e documentação que o aproxima das coleções musealizadas, distanciando-o das litotecas cuja missão se detém ao procedimento de inventário e salvaguarda.[1]

Missão[editar | editar código-fonte]

Preservar as coleções científicas[editar | editar código-fonte]

O LitoLab IGc/USP tem como objetivo central conservar, gerir e tratar materiais geológicos procedentes de pesquisa científica do Instituto de Geociências da USP e de outras Instituições.

Catalogar as amostras[editar | editar código-fonte]

Busca-se no LitoLab desenvolver os processos de catalogação e de acessibilidade à informação relativa as amostras presentes no seu acervo.

Gerir a consulta aos arquivos[editar | editar código-fonte]

O LitoLab IGc/USP apoia e presta serviços à quem solicite a consulta aos arquivos.

História[editar | editar código-fonte]

A Litoteca IGc-USP desenvolveu-se em 2014, a partir do então diretor do Instituto de Geociências da USP (IGc/USP), professor Valdecir de Assis Janasi, que colocou em operação esse projeto para armazenar e preservar coleções geocientíficas. Dessa forma, as coleções geológicas produzidas pelos pesquisadores do instituto cuja relevância científica seja reconhecida pela Comissão da Litoteca encontraram um local de armazenamento definitivo, projetado exclusivamente para sua preservação.

A funcionária selecionada para administrar o acervo litológico, Camila Hoshino Sborja, teve sua contratação definida em função de sua experiência na gestão de acervos bibliográficos e formação em Geografia, além da conclusão de um estágio de três meses junto à coleção Paleontológica do IGc-USP. Concluído o estágio da funcionária, finalizada a compra e instalação de todos os arquivos, equipamentos e mobiliário, a Litoteca IGc-USP, pode ser inaugurada em novembro de 2015. [1]

Em 2016, a gestão da Litoteca IGc-USP foi transferida da diretoria para o Museu de Geociências do Instituto de Geociências da USP, tendo em vista suas afinidades temáticas. A vinculação da Litoteca ao Museu acrescentou à gestão de amostras um olhar incomum a esse tipo de coleção, por meio da aplicação de práticas museológicas. Gerou, também, participações da Litoteca e de seu acervo em exposições temporárias, produzindo outros métodos de divulgação das coleções. [1]

Iniciou-se, também, o uso do banco de dados Omeka, como um catálogo virtual e inventário eletrônico de amostras. Esse catálogo serviu para controle interno de amostras, permitindo a recuperação da informação de forma eficiente e disponibilizando informações para relatórios e anuários estatísticos da universidade.

Em dezembro de 2016, ocorreu a elaboração do Regimento e Regulamento da Litoteca, com a aprovação pela Congregação do IGc-USP. Estes documentos definem as funções, constituição, competências, organização e procedimentos de aquisição, doação e empréstimos do acervo.

Com a Pandemia, uma série de mudanças foram a ser discutidas. A primeira renovação foi a atualização do nome da Litoteca para Laboratório de Preservação de Acervo Litológico LitoLab IGc-USP . Em seguida, com a revisão dos procedimentos seguidos pelo agora LitoLab, ocorreu a troca de software do banco de dados do acervo virtual. O antigo Omeka foi substituído pelo Tainacan - um software livre, que permite a gestão e compartilhamento de acervos.

Atualmente, tem-se outra influência da vinculação como o Museu de Geociências: a construções narrativas para o LitoLab.  Dessa forma, foi pensado que além de amostras de publicações científicas, era necessário a incorporação de objetos históricos referentes à essas coleções no acervo do LitoLab. Assim, está sendo criado o Projeto Memória, que traz uma nova perspectiva para essas produções.

Acervo[editar | editar código-fonte]

O LitoLab contém coleções científicas fruto das pesquisas do Instituto de Geociências da USP. As coleções científicas são compostas por amostras de rochas e seus materiais derivados, como minérios, sedimentos, solos, lâminas petrográficas, concentrados de minerais e materiais pulverizados, bem como materiais utilizados pelos pesquisadores durante os trabalhos, como cadernetas de campo, cadernos de anotações, fotografias, slides, bússolas, marteletes, câmeras fotográficas, mapas e publicações originais com anotações e autógrafos, todos vinculados à pesquisas científicas publicadas e de relevância acadêmica reconhecida pela comissão de gestão do LitoLab IGc/USP. Estão incorporadas e disponíveis 2598 amostras no site do LitoLab, divididas em 36 coleções, além de 3 coleções que estão em processo de incorporação. Abaixo segue a lista das 36 coleções disponíveis:

1 – Coleção Poços de Caldas – Horstpeter Ulbrich – Fonólitos e Nefelina Sienitos

2 – Coleção Poços de Caldas – Daniel Atencio – Rochas Alcalinas

3 – Coleção Cana Brava – Ciro Correia – Rochas Ultramáficas

4 – Coleção Fernando de Noronha – Mabel Ulbrich – Rochas Vulcânicas

5 – Coleção Piedade – Valdecir Janasi – Rochas Graníticas

6 – Coleção Niquelândia – Ciro Correia – Rochas Básicas e Ultrabásicas

7 – Coleção Piracaia – Valdecir Janasi – Magmas Monzodioríticos e Sieníticos

8 – Coleção Mangabal – Vicente Girardi – Complexos Máfico-Ultramáficos

9 – Coleção Jacurici – Eliane Del Lama – Rochas Máfico-Ultramáficas

10 – Coleção Itatiaia – Excelso Ruberti – Rochas Alcalinas

11 – Coleção Pedra Branca – Valdecir Janasi – Sienitos

12 – Coleção Rio Apa – Umberto Cordani – Rochas Metamórficas, Graníticas e Depósitos Neoproterozoicos

13 – Coleção Bodoquena – Setembrino Petri – Depósitos Micríticos

14 – Coleção Cunhaporanga – Horstpeter Ulbrich – Rochas Granitóides

15 – Coleção Embu – Adriana Alves – Rochas Graníticas

16 – Coleção Fernando de Noronha – Umberto Cordani – Rochas Vulcânicas

17 – Coleção Carajás – Vicente Girardi – Rochas Basálticas

18 – Coleção Atibaia – Horstpeter Ulbrich – Rochas Graníticas

19 – Coleção Jacurupinga – Jorge Bettencourt – Rochas Ultramáficas-Alcalinas

20 – Coleção Anitápolis – Vicente Girardi – Rochas Alcalinas

21 – Coleção Nova Lacerda – Vicente Girardi – Rochas Máficas: Diabásios, Metadiabásios e Anfibolitos

22 – Coleção Moçambique – Umberto Cordani – Rochas Magmáticas Recristalizadas em Rochas Metamórficas/Sedimentares

23 – Coleção Santa Bárbara – Jorge Bettencourt – Maciço Granítico

24 – Coleção Alto Rio Negro – Silvio Vlach – Rochas Graníticas

25 – Coleção Uruguai – Vicente Girardi – Rochas Máficas

26 – Coleção Crixás – Hidrolina – Vicente Girardi – Rochas Metamórficas: Diabásicos, Metabasitos e Anfibólitos

27 – Coleção Paraguai – Umberto Cordani – Rochas Cristalinas

28 – Coleção Serra da Boa Vista – Johann Schorscher – Quartzitos e Metaconglomerados Auríferos

29 – Coleção Barro Alto – Ciro Correia – Rochas Ultramáficas

30 – Coleção Diamantina – Vicente Girardi – Diques Máficos

31 – Coleção Guiana Francesa – Wilson Teixeira – Rochas Metamórficas e Ígneas

32 – Coleção Sorocaba – Silvio Vlach – Rochas Graníticas

33 – Coleção Araçuaí – Umberto Cordani – Gnaisses Migmatíticos

34 – Coleção Pirapora – Ciro Correia – Rochas Máficas-Ultramáficas

35 – Coleção Complexo Embu – Umberto Cordani – Rochas Cristalinas

36 – Coleção Itariri – Vicente Girardi – Charnockitos

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Camila Hoshino Sborja, https://drive.google.com/file/d/1aGG7jrY3VWZ8X8T106fWVaXDMeAXlqFV/view?usp=sharing, De pedras a rochas, 24 de setembro de 2021

Ver também[editar | editar código-fonte]