Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Brasil
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Nome | Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Brasil | ||
Alcunhas | Gigante das Castanheiras Dragão Rubro-Verde Rubro-Verde | ||
Mascote | Dragão | ||
Fundação | 15 de janeiro de 1939 (84 anos)[1] | ||
Estádio | Castanheiras[1] | ||
Capacidade | 3 500 torcedores | ||
Localização | Farroupilha, RS, Brasil | ||
Presidente | Elenir Luiz Bonetto | ||
Treinador(a) | Luciano Almeida | ||
Patrocinador(a) | Tramontina Via Atacadista OdontoTop FrabrikTec Lojas Reggla Veritá Impressione | ||
Material (d)esportivo | Impressione Aplicações Têxteis | ||
Competição | Campeonato Gaúcho - Série A2 | ||
Website | brasildefarroupilha.esp.br | ||
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A Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Brasil ou somente Brasil de Farroupilha é um clube brasileiro de futebol, sediado na cidade de Farroupilha no Estado do Rio Grande do Sul.[1] Foi fundado em 15 de janeiro de 1939. Atualmente, disputa a Segunda Divisão Gaúcha.
História[editar | editar código-fonte]
A história do nascimento do Brasil passa pela necessidade de atrações esportivas e mesmo de recreação na Farroupilha do final da década de 30. Enquanto o mundo ainda fervilhava politicamente, recuperando-se da primeira grande guerra e já se preparando para a segunda, na fria serra gaúcha, a rotina resumia-se a trabalho e compromissos religiosos aos finais de semana. Caminhar e andar a cavalo talvez fossem as principais atividades para as horas de folga. Paradoxalmente, cidades vizinhas já viviam a realidade do esporte, em especial o futebol. Seguindo os precursores do sul do Estado, os clubes serranos foram surgindo, pouco depois dos que viriam a ser grandes da capital. Balizados por essa tendência, sentindo o vácuo deixado pelas tardes de domingo ociosas e contaminados pelo vírus da paixão pelo futebol, um grupo de jovens moradores de Farroupilha iniciam as tratativas para a fundação de uma equipe de futebol na cidade. À época, a Ferrovia era o principal meio de transporte ligando comunidades. Também é intrínseca a ligação de ferroviários e pessoas de sua relação com o futebol. Não foram poucas as equipes que levaram e levam o nome de Ferroviária ou Ferroviário. Atléticos Clubes, Esporte Clubes, Grêmios Esportivos e Sociedades Recreativas eram comuns em cidades cortadas pelas linhas do trem.
Também em Farroupilha, a Ferrovia teria papel determinante na fundação do clube de futebol. O berço do Brasil, sua manjedoura, estaria às margens da ferrovia. A reunião que definiu a criação do Brasil Futebol Clube aconteceu no Armazém da Viação Férrea, a 15 de Janeiro de 1939. Um dos fundadores foi Arlindo Peterse, agente da Viação. Foi ele quem tomou a iniciativa de solicitar e utilizar o local para a Assembléia de fundação do Clube. O Brasil nasceu à beira dos trilhos. O destino também faria com que um dos maiores jogadores do Brasil em termos de qualidade técnica estivesse presente quando da fundação do clube. Aos 13 anos de Idade, Ari Reginato testemunhara, ainda que de forma um tanto coadjuvante, a criação daquele que viria a ser o Gigante das Castanheiras.
Ari é o sócio-fundador do Brasil que há mais tempo permanece vivo, acompanhando toda a trajetória das sete décadas de vida do clube, recebendo inclusive as homenagens no jantar de comemoração dos 70 anos do Brasil, em 2009. Foi Ari o primeiro jogador do Brasil a ser negociado com uma equipe de outra cidade. Ainda que por pouco tempo, Ari foi emprestado ao Fluminense, de Caxias do Sul. Seu retorno se deu menos por opção do clube caxiense do que dele próprio, posta sua ligação afetiva com Farroupilha e com o clube do qual foi fundador.
Ari jogava em um tempo em que a dor não era capaz de afastar a vontade de defender as cores de um clube. Não havia chuteiras produzidas comercialmente. As lojas não comercializavam esse artigo, fundamental para a prática do futebol. As chuteiras de Ari eram construídas sob encomenda, em um sapateiro de Farroupilha. A tecnologia rude impunha a necessidade de fixação de peças de couro com pregos, utilizados em construção civil. As travas também eram pregos retorcidos em “U”, cujas pontas apontavam para a sola dos pés.
Os gramados pesados e a bola dura, aliados ao constante deslocamento, faziam com que as peças de couro das chuteiras se movessem no decorrer da partida. Era inevitável que os pregos perfurassem a base da chuteira. Na maior parte do jogo, Ari recorda que pisava sobre esses pregos. Ao final da partida, os pés ficavam em carne viva. Nada, porém, que fosse suficiente para sequer diminuir o prazer de Ari em defender o rubro-verde farroupilhense. Foi assim, na base da superação, que os primeiros atletas levavam o Brasil adiante. Foram os próprios jogadores que construíram o Estádio da Baixada Rubra no ano de 1949. Nesse local, o Brasil viveu seus grandes momentos, como a conquista do Estadual de Amadores em 1963. O Brasil torna-se profissional no início da década de 70, mas é na década de 80 que surgem os primeiros bons resultados. O Brasil é finalista da 2ª Divisão Gaúcha de Profissionais em 1986 e 1988. Em 86 inclusive, o Brasil conquista o título da Repescagem da Segundona. O jogo do título foi no Estádio das Castanheiras, palco das glórias atuais do clube.
Em 1992 surge a maior conquista do clube. O Brasil é Campeão Gaúcho da 2ª Divisão, subindo assim para a Divisão Especial, onde permaneceria por sete temporadas, sempre tendo grandes embates com os grandes clubes do Estado. No ano de 1992, a Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Brasil de Farroupilha via o sonho de três gerações se concretizando. O time chegava à primeira divisão do Campeonato Gaúcho, cinqüenta e três anos após a criação.
A campanha incontestável sublinhava os méritos da conquista. O Brasil de 92 é o Brasil dos fundadores e o Brasil dos sonhos daqueles que o amam, ou seja, um gigante. O Gigante das Castanheiras! Ninguém ousa pensar o contrário, afinal, das árvores que circundam o Estádio das Castanheiras surge um grito de paixão, que levanta uma comunidade e uma história. Porém, o início dos anos 2000 não é bom para o Brasil. O time volta para a 2ª Divisão e inicia um processo de tentativa de recuperação. A equipe segue na 2ª Divisão, mas busca através da reestruturação de seus departamentos, uma nova situação.
A parceria com a empresa Cortiana começa em 2007. O novo sistema de gestão moderniza o clube. A estrutura do Estádio das Castanheiras passa por melhorias e o time busca reconquistar seu espaço entre os grandes do futebol gaúcho.
Desde o ano de 2007, o clube passa por uma reformulação gradativa prezando sempre o profissionalismo, sendo reconhecido pela sua credibilidade e fidelidade com seus compromissos. É apontado por muitos como um clube referência em estrutura e gestão.
A casa do Brasil é o Estádio das Castanheiras, remodelado e adequado as exigências do futebol atual, fruto do projeto de gestão que revitalizou o clube desde o final da década passada. E é essa estrutura que nos credencia a postular uma das vagas para Centro de Treinamento na Copa do Mundo de 2014, já vistoriada e aprovada pela FIFA, órgão máximo do futebol mundial que colocou o estádio entre os sete postulantes do estado para receber seleções durante a próxima Copa do Mundo.
O Brasil de hoje, tem o seu mascote, o Dragão Rubro-Verde que simboliza e transmite a pujança e a bravura de seus fundadores,também tem sua musa e rainha, que assim como a forte ala feminina de décadas passadas ajuda e promove o clube, tem sua torcida organizada que não para de crescer, seu hino, seu site oficial, e seus bravos voluntários do Movimento Jovem que trabalham em prol do clube.
Títulos[editar | editar código-fonte]
ESTADUAIS | |||
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Competição | Títulos | Temporadas | |
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Campeonato Gaúcho - Divisão de Acesso | 1 | 1992 |
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Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão (Serra) | 2 | 1971 e 1972 |
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Campeonato Gaúcho - Amadores | 1 | 1963 |
Histórico em competições oficiais[editar | editar código-fonte]
Histórico em competições oficiais | |||
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- | Competição | Participações | Temporadas |
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Campeonato Brasileiro - Série C | 1 | 1993 |
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Campeonato Gaúcho - Série A | 7 | 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998 e 1999 |
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Campeonato Gaúcho - Série B | 22 | 1971![]() ![]() ![]() |
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Super Copa Gaúcha | 1 | 2015 |
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Copa FGF | 3 | 2004, 2008 e 2015 |
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Copa Governador do Estado | 3 | 1971, 1972 e 1975 |
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Copa Galego | 1 | 1997 |
Hino[editar | editar código-fonte]
- "Ó Brasil de Farroupilha, gigante das Castanheiras
- És imponente da Serra, gaúcha e brasileira
- Faz deste predestinado, dos sonhos dos fundadores
- Crivar tua trajetória, de glória e honra as cores
- Salve, salve rubro-verde vibrante Brasil, Brasil, Brasil
- Teu futebol arte e força eterniza teu perfil
- Salve, salve rubro-verde vibrante Brasil, Brasil, Brasil
- Teu futebol arte e força eterniza teu perfil
- E a torcida ardorosa, não te deixa sucumbir
- Segue forte e mais unida, amparando o teu porvir
- Canta mente e coração, impostando vozes mil
- Redobrada as alegrias vem de ti ó meu Brasil
- Redobrada as alegrias vem de ti ó meu Brasil"
Mascote[editar | editar código-fonte]
"Dragão Rubro-verde"[editar | editar código-fonte]
História[editar | editar código-fonte]
Em Janeiro de 2012, no Jantar comemorativo da SERC BRASIL, foi escolhido o novo mascote da SERC Brasil. Em promoção realizada pelo Movimento Jovem e Conselho Deliberativo, um dos atrativos para o torcedor que estava presente era a votação para a escolha do mascote do rubro-verde, cujas opções haviam sido divulgadas através do site do clube e dos jornais da cidade. As criações foram feitas pelo cartunista Iotti.
Concurso que elegeu o Dragão como mascote[editar | editar código-fonte]
Em 2012,Foram apresentadas cinco opções: Castanheiro, Dragão Rubro-Verde, Gigante, Luigi e Rubrinho. Cada uma das opções tinha um significado especifico para a torcida e comunidade farroupilhense. Com 62% dos votos, o torcedor elegeu o Dragão Rubro-verde como o novo mascote do Brasil. Com dimensões robustas, boca aberta, porém sem o semblante assustador, o novo mascote simbolizará a gloriosa e marcante década de 90, também serve como homenagem a extinta torcida organizada "Dragões da Fiel", que o clube teve na referida década e ainda traz a identificação com os jovens.
Ídolos[editar | editar código-fonte]
Ari
Daltro
Dejair
Janio
João Carlos
Sidney
Michel
Plein
Renato Teixeira
Rodrigo Caetano
“Tchutchi” Barth
Tite
Rafael Xavier
Baiano
Adão
Marcos Paraná
Chico Barth
Luiz Carlos
Presidentes[editar | editar código-fonte]
- 1991/1995 - Edson Luis Tonin
- 1996/1999 - Sérgio Luis Zangalli
- 2000/2001 - Paulo Roberto Tonietto
- 2004-2006 - Luis Fernando De Cesaro
- 2007 - Valmir Roman
- 2007 - Juarez de Rossi
- 2008/2013 - Flávio Daniel Cortiana
- 2014/2015 - Ivo Pagliarini
- 2016 - Elenir Bonetto e Luiz Fernando de Césaro
- 2017 - Elenir Bonetto
- 2022 - Eurides(Chico) Sutilli
Torcidas organizadas[editar | editar código-fonte]
- Movimento Jovem
- Torcida Jovem do Brasil
- Coração Rubro Verde
- Dragões da Fiel
Ranking da FGF[editar | editar código-fonte]
- Posição: 26º
- Pontuação: 50 pontos
- Participação: 7 Vezes
Obs.: Ranking criado pela Federação Gaúcha de Futebol que pontua todos os times do Rio Grande do Sul.
Ranking da CBF Feminino
- Posição: 46º
- Pontuação: 2052 pontos
- Participação: 2 Vezes
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c «SERC Brasil». Consultado em 24 de janeiro de 2009[ligação inativa]