Bra-Pel
Clássico Bra-Pel | |||||||||||||
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Brasil vs. Pelotas | |||||||||||||
Brasil | 128 vitória(s), 514 gol(s) | ||||||||||||
Pelotas | 112 vitória(s), 503 gol(s) | ||||||||||||
Empates | 124 | ||||||||||||
Total de jogos | 364 | ||||||||||||
Total de gols | 1 017 | ||||||||||||
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Bra-Pel é o principal clássico de futebol da cidade de Pelotas e da metade sul do Rio Grande do Sul, disputado entre as equipes de Grêmio Esportivo Brasil e Esporte Clube Pelotas.
História[editar | editar código-fonte]
O primeiro Bra-Pel teve vitória do Pelotas por 5 a 0, tendo sido disputado em 20 de abril de 1913.[1] No mesmo dia foi disputado também, o clássico com os times reservas. A partida terminou com a vitória do Pelotas, desta vez por 8 a 2.
Com mais de cem anos de história, o Bra-Pel é considerado por muitos especialistas como o maior clássico do interior do Rio Grande do Sul, devido à fidelidade de ambas as torcidas.[2][3][4]
Foi citado em 2008 na revista Trivela como o vigésimo segundo maior clássico do Brasil, à frente inclusive dos clássicos principais de Natal (Clássico Rei, entre ABC e América) e Goiânia (Derby do Cerrado, entre Goiás e Vila Nova), e o segundo maior do Rio Grande do Sul, atrás apenas do Gre-Nal, por sua vez eleito o maior clássico brasileiro na mesma enquete.[5] A descrição sobre o Bra-Pel, porém, não descartou que tal dérbi seja ainda maior do que o da capital: "para muito gaúcho, Gre-Nal só é considerado o maior clássico do Brasil porque o resto do país não conhece o Bra-Pel. Xavantes e o Lobo têm a maior rivalidade do interior do Rio Grande, com brigas que até já resultaram em morte em 2003", explicou a revista.[6]
No próprio ano de 2003, outra revista, a Placar, cometeu equívoco que a levaria meses depois a registrar uma outra amostra da intensidade da rivalidade. Em edição especial sobre curiosidades de quinhentos times brasileiros, a revista publicou que o uniforme icônico da seleção brasileira, desenhado por Aldyr Garcia Schlee, teria sido inspirado no do Pelotas pouco após o Maracanaço, apontado-se Schlee como pelotense e torcedor desse clube para embasar tal versão. Meses depois, na edição de fevereiro de 2004, a revista retratou-se com carta de um familiar deste, Alexandre Schlee Gomes, destacando que a mesma fora inclusive autenticada pelo 2º Tabelionato de Pelotas. A carta dizia que "acompanho Placar desde a década de 70 e venho adquirindo seus exemplares no decorrer dos anos. Confesso que fiquei decepcionado ao ler a edição especial "500 times do Brasil", mais especificamente com a ficha do Esporte Clube Pelotas. (...) Em primeiro lugar, Aldyr não nasceu em Pelotas, mas sim em Jaguarão. Em segundo, o concurso que ele venceu nos idos de 1953 foi para a escolha da nova camisa da Seleção Brasileira. Ora, as incorreções acima são filigranas perto do terceiro equívoco: Aldyr não se inspirou no uniforme do Esporte Clube Pelotas (que por sinal era azul na época) para criar o desenho que acabou vencendo o concurso para a escolha da nova camisa. Para finalizar, cumpre esclarecer que a família Schlee, guardadas raríssimas exceções, torce para o Grêmio Esportivo Brasil, tendo aversão a tudo que diga respeito ao Esporte Clube Pelotas. O poder da mídia imprimido pela Placar fez a mentira se propagar no país e no exterior".[7]
Ao longo desses cem anos de clássicos disputados já tivemos por algumas vezes grandes jejuns. O Brasil ficou sem vencer o Pelotas por dez anos, com o jejum tendo durado de 1982 até 1992.[8]
Já o Pelotas foi protagonista de um jejum de dez anos, ficou sem vencer o rival de 2003 até 2013.[9] No Estádio Boca do Lobo, o Pelotas permaneceu sem vencer o Brasil por 15 anos, de 1998 a 2013.
No passado, talvez inspirado no Fla-Flu, o Bra-Pel era chamado de "Clássico das Multidões".[10]
Estatísticas[editar | editar código-fonte]
- Jogos: 364
- Vitórias do Brasil: 128
- Empates: 124
- Vitórias do Pelotas: 112
- Gols do Brasil: 514
- Gols do Pelotas: 503
Maiores goleadas[editar | editar código-fonte]
- Brasil 7–0 Pelotas, em 1923, Bra-Pel número 27 (Estádio Avenida)
- Pelotas 7–0 Brasil, em 1913, Bra-Pel número 2 (Estádio Avenida)[1]
- Brasil 6–1 Pelotas, em 1917, Bra-Pel número 14 (Estação)
- Brasil 6–1 Pelotas, em 1948, Bra-Pel número 114 (Estádio Avenida)
Títulos[editar | editar código-fonte]
Torneio | Brasil | Pelotas |
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Campeonato Gaúcho | 1 | 1 |
Campeonato do Interior | 10 | 8 |
Campeonato Gaúcho Região Litoral | 7 | 9 |
Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão | 3 | 2 |
Copa FGF | 0 | 2 |
Copa Governador do Estado | 1 | 0 |
Copa Sul-Fronteira | 1 | 2 |
Super Copa Gaúcha | 0 | 1 |
Recopa Gaúcha | 0 | 2 |
Campeonato Citadino | 25 | 22 |
Total | 48 | 49 |
Publicações sobre o clássico Bra-Pel[editar | editar código-fonte]
- Livros
- EDER, J.. BRAPEL: A rivalidade no sul do Rio Grande. Editora e Gráfica Mundial, 2010.
- OSÓRIO, Sérgio Augusto Gastal & AMARAL, Mário Gayer. A História dos Bra-Péis. Pelotas: Editora Signus, 2008.
Referências
- ↑ a b SITE REDE ESPORTIVA, editado em 2 de setembro de 2011 e disponível em 1º de outubro de 2014
- ↑ Revista Lance! (22 de abril de 2013). «Bra-Pel completa 100 anos com 'seca' na primeira divisão do Gauchão». Consultado em 8 de agosto de 2013
- ↑ Jornal Correio de Viamão (23 de abril de 2013). «Um século de Bra-Pel». Consultado em 8 de agosto de 2013
- ↑ Rede Esportiva (20 de abril de 2013). «Clássico BraPel completa 100 anos de história». Consultado em 8 de agosto de 2013
- ↑ HOFMAN, Gustavo (outubro de 2008). Te odeio, logo existo. Trivela n. 32. Trivela Comunicações, pp. 34-45
- ↑ HOFMAN, Gustavo (outubro de 2008). Maior que o Gre-nal?. Trivela n. 32. Trivela Comunicações, p. 40
- ↑ Pelotas não é o Brasil (fevereiro de 2004). Placar n. 1267. Editora Abril, p. 80
- ↑ Mendes, Fred (20 de abril de 2018). «HISTÓRIA DO E.C.PELOTAS-RS: 105 anos do Clássico Bra-Pel». HISTÓRIA DO E.C.PELOTAS-RS. Consultado em 20 de janeiro de 2020
- ↑ Mendes, Fred (20 de abril de 2018). «HISTÓRIA DO E.C.PELOTAS-RS: 105 anos do Clássico Bra-Pel». HISTÓRIA DO E.C.PELOTAS-RS. Consultado em 20 de janeiro de 2020
- ↑ SITE PAIXÃO XAVANTE - O BRAPEL no dia e horário da final da Copa no Brasil em 1950, por Juliano Freitas, matéria editada em 13 de julho de 2014 e disponível em 1 de outubro de 2014