Desenvolvedor | WhatsApp LLC, Meta, Inc. (atual) |
Plataforma | Multiplataforma |
Modelo do desenvolvimento | Código fechado |
Lançamento | fevereiro de 2009 (15 anos) |
Versão estável | [+/-] |
Versão em teste | [+/-] |
Idioma(s) | Multilíngue[3][4] |
Sistema operacional |
|
Gênero(s) | Mensageiro instantâneo[3][4] |
Licença | Proprietário |
Estado do desenvolvimento | Ativo |
Tamanho | |
Página oficial | whatsapp |
Este artigo é parte da série sobre |
Meta Platforms |
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História |
Produtos e serviços |
Pessoas |
Executivos |
Funcionários notáveis |
Empresa |
WhatsApp é um aplicativo[7] multiplataforma de mensagens instantâneas e chamadas de voz para smartphones. Além de mensagens de texto, os usuários podem enviar imagens, vídeos e documentos em PDF, além de fazer ligações grátis por meio de uma conexão com a internet. O software está disponível para Android, BlackBerry OS, iOS, Symbian, Windows Phone e Nokia.[8] A empresa com o mesmo nome foi fundada em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, ambos veteranos do Yahoo, e está sediada na cidade estadunidense de Santa Clara, na Califórnia.
Competindo com uma série de serviços com base na Ásia, o WhatsApp cresceu de dois bilhões de mensagens por dia em abril de 2012 para dez bilhões em agosto do mesmo ano. De acordo com o Financial Times, o WhatsApp "tem feito para SMS em celulares o que o Skype fez para chamadas internacionais em telefones fixos".[9] Em setembro de 2015, o aplicativo alcançou a marca dos 900 milhões de usuários ativos.[10]
Segundo dados da consultoria GlobalWebIndex, 73% dos usuários que utilizam o WhatsApp no mundo são donos de celulares com o sistema operacional Android, da Google. A plataforma iOS, da Apple, está em segundo lugar, com 27% do mercado.[11][12] Os servidores do aplicativo utilizam o sistema operacional FreeBSD com a linguagem de programação Erlang.[13]
Em janeiro de 2015, também passou a ser utilizado pelo computador, através do navegador Google Chrome, e em fevereiro, o serviço também foi disponibilizado para usuários dos navegadores Mozilla Firefox e Opera.[14] Em 18 de janeiro de 2016, os criadores do aplicativo WhatsApp divulgaram a notícia de que o aplicativo se tornaria isento de qualquer cobrança anual. No mesmo comunicado, foi anunciado que o serviço de mensagem chegou a 990 milhões de usuários.[15] Em 2 de fevereiro de 2016, Mark Zuckerberg anunciou que o WhatsApp alcançou a marca de um bilhão de usuários, e "poucos serviços conectam mais de um bilhão de pessoas", comenta Zuckerberg.
No Brasil, a troca de mensagens instantâneas é um dos principais usos dos aparelhos móveis, como celulares ou smartphones: 83,3% dos lares monitorados pela Kantar disseram usar aplicativos de mensagens instantâneas em 2016, aumento de 9,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior.[16]
O WhatsApp anunciou na segunda semana de janeiro de 2021, que tornará obrigatório o compartilhamento de dados do usuário para com o Facebook, que é dono do famoso aplicativo de troca de mensagens. Aqueles que discordarem de tal imposição são convidados a apagarem a conta e desinstalarem o aplicativo. Cabe destacar que o Facebook deixou claro que a ação não irá ocorrer na região europeia como explicitou um porta-voz "Para evitar qualquer dúvida, segue valendo que o WhatsApp não compartilha os dados de seus usuários na região europeia com o Facebook".[17]
História
2009 - 2013
O WhatsApp foi fundado em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, antigos empregados da Yahoo!. Após realizar o potencial da nova loja de aplicativos do iPhone, e com a ideia de colocar um status próximo ao nome das pessoas no aplicativo de mensagens, a dupla contratou o programador russo Igor Solomennikov no site RentACoder.com. O aplicativo foi lançado em Novembro de 2009, após o capital semente obtido por Acton com seus amigos que conhecera na Yahoo!.[18]
Em 2011, o WhatsApp era um dos 20 aplicativos no topo da loja de aplicativos da Apple, e recebeu um investimento de US$8 milhões.[18]
Em 2013, a Sequoia Capital investiu outros US$50 milhões, trazendo o valor da WhatsApp Inc. para US$1,5 bilhão.[18][19]
Venda para o Facebook
No dia 19 de fevereiro de 2014, o Facebook (atual Meta, Inc.) adquiriu a empresa pelo montante de 16 bilhões de dólares, sendo quatro bilhões em dinheiro e 12 bilhões em ações do Facebook, além de três bilhões de ações no prazo de quatro anos caso permaneçam na companhia. Seus fundadores serão incorporados no conselho administrativo do Facebook.[20]
Saída do Windows Phone
Em 17 de maio de 2014, o WhatsApp foi retirado da loja de aplicativos do Windows Phone.[21] Duas semanas após a retirada, a Microsoft se pronunciou dizendo que foi uma opção dos desenvolvedores do aplicativo para corrigir problemas referente as notificações de mensagens.[22] Estima-se que cerca de 1 milhão de novos usuários do Windows Phone ficaram sem acesso ao WhatsApp. A Microsoft afirmou que suas equipes estavam trabalhando em conjunto, porém o WhatsApp não se pronunciou sobre o ocorrido. Durante o período de indisponibilidade do aplicativo, o sistema teve quedas nos números de vendas.[23]
Em 30 de maio, quase duas semanas depois de fora da loja, o WhatsApp retornou com mais funções, como a possibilidade de se usar imagens ao fundo de conversas, algo que até então não era possível na versão do sistema da Microsoft.[24]
Suspensão no Brasil
Em fevereiro de 2015, o juiz Luiz Moura Correia, da Justiça do Piauí, determinou a suspensão temporária do WhatsApp em todo o Brasil. Essa decisão foi tomada depois que o aplicativo se recusou a dar informações sobre um inquérito policial que investigava um crime de pedofilia ocorrido em Teresina, capital piauiense.[25] Contudo, a decisão logo foi derrubada pelos desembargadores Raimundo Nonato da Costa Alencar e José Ribamar Oliveira.[26]
Em 16 de dezembro de 2015, uma nova ordem judicial determinou o bloqueio do aplicativo por um período de 48 horas. O autor da ação não foi identificado. No entanto, as operadoras estimam que se trate de uma investigação policial. O bloqueio está relacionado a uma possível quebra de sigilo de dados.[27]
Em 17 de dezembro, porém, uma nova decisão judicial, vinda do desembargador Xavier de Souza, considerou que a suspensão do serviço não seria algo razoável por prejudicar milhões de usuários. Com isso o serviço foi restabelecido 12 horas após o bloqueio.[28]
Em 2 de maio de 2016, o aplicativo volta a ser suspenso no país, com base nos artigos 11, 12, 13 e 14 do Marco Civil da Internet,[29] por até 72 horas por uma ordem da justiça.[30] Porém, 1,79 milhão de linhas não chegaram ser bloqueadas e estiveram com o aplicativo disponível.[31]
Em 19 de julho de 2016, às 14 h (UTC-3), o WhatsApp voltou a ser suspenso por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, também baseado no Marco Civil da Internet.[32][33] No mesmo o dia, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão do bloqueio, liberando o uso do aplicativo no país. Na decisão, de caráter liminar, Ricardo Lewandowski analisou ação impetrada pelo Partido Popular Socialista (PPS), que recorreu ao Supremo para que fosse suspensa imediatamente a ordem de bloqueio da 2.ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias, do Rio de Janeiro.[34]
Em 2015, a dívida do WhatsApp alcançou a marca de 12,7 milhões de reais, dívida que até o início de 2016 ainda não teria sido paga.[35]
WhatsApp Business
No dia 18 de janeiro de 2018, o WhatsApp lançou o WhatsApp Business, um aplicativo voltado para empresas exclusivamente para aparelhos com Android. A novidade foi lançada em alguns países, incluindo o Brasil, e é gratuita.[36][37]
Em 4 de abril de 2019, mais de um ano depois do lançamento do WhatsApp Business para Android, foi lançada sua versão para iOS, também gratuito e para diversos países.[38]
Desde o seu lançamento o WhatsApp Business vem sendo utilizado para apoiar pequenos e grandes empresários em vários países.[39] É utilizado ainda como plataforma para a venda de informação.[40]
From Facebook
Em 2019, após algumas reformulações dentro do Facebook, seus produtos tais como: Instagram, Oculus, Messenger e o próprio WhatsApp, passaram a utilizar um subtítulo "From Facebook", tanto na Play Store (do Google), como na App Store (da Apple).
A mudança também é percebida ao iniciar um dos apps.
Características
Especificações técnicas
WhatsApp usa uma versão personalizada do padrão aberto. Após a instalação, ele cria uma conta de usuário usando um número de telefone como o nome de usuário (Jabber ID). Mensagens multimídia são enviadas através do carregamento da imagem, áudio ou vídeo para um servidor HTTP e enviando um link para o conteúdo juntamente com a sua miniatura codificada em Base64 (se aplicável).[41] O WhatsApp também sincroniza com a agenda do telefone, para que os usuários não precisem adicionar contatos em uma agenda separada. Como todos os usuários são registrados com o número do telefone, o software identifica todos os usuários do WhatsApp entre os contatos registrados no telefone. Isto significa que o WhatsApp coleta dados dos contatos de todos os usuários, a fim de fazer tal equiparação conveniente, o que levanta questões óbvias de privacidade.[41]
Compatibilidade
O WhatsApp é compatível com:
- Android: Android 2.3.x ou superior e apenas para telefone e tablets com chips e superiores
- iOS: iOS 7.0 ou superior e apenas para iPhone 4 ou superiores
- Windows Phone: Windows Phone 8 ou superior e para computadores agora 1.8 e superiores e os melhores[42]
- BlackBerry: BlackBerry OS 4.6 ou superior (até 30 de junho de 2017)[43]
- Computadores MacOS, atualmente também são compatíveis.
- Computadores com sistema Windows também são compatíveis, através de programa ou através do WhatsApp Web via browser.[44]
Nível de segurança
Esta seção pode conter informações desatualizadas. Janeiro de 2018) ( |
Em 4 de novembro de 2014, WhatsApp marcou apenas 2 de 7 pontos em termos de segurança, segundo a Electronic Frontier Foundation. Ele perdeu pontos porque as comunicações são vulneráveis a acesso por terceiros, os usuários não podem verificar a identidade dos contatos, mensagens passadas não são seguras, o código não é aberto para revisão independente, o projeto de segurança não está devidamente documentado e outros fatores.[45]
Estudo datado de 2014, feito por entidades especializadas em cibersegurança como o Princeton Center for Information Technology e a Electronic Frontier Foundation, estabeleceu os principais pontos de vulnerabilidade de diversos aplicativos, entre eles o WhatsApp. Tais estudos são atualizados continuamente e estão disponíveis nos sítios das organizações participantes do estudo.[46]
Em novembro de 2014, o aplicativo adotou o sistema 'TextSecure', protocolo de textos seguros que evita que as mensagens enviadas pelos usuários sejam espionadas.[47]
Anunciou em abril de 2016 a utilização de uma "encriptação total",[48] um passo que aumenta a privacidade dos utilizadores, mas que pode surtir conflitos legais.[49]
Preços
WhatsApp é gratuito para download e pode ser utilizado em todos os tipos de telefone. Para os usuários do iPhone só havia uma cobrança quando o aplicativo fosse baixado. Mas, em dezembro de 2012, como uma oferta limitada dispensou a taxa única para iOS e estava disponível para download diretamente no iTunes, da Apple, gratuitamente.[50]
O único serviço do WhatsApp que atualmente é cobrado é para médias e grandes empresas enviarem mensagens utilizando o WhatsApp Business API.[51]
Funções
Ligar
No início do mês de fevereiro do ano de 2015 o WhatsApp começou a ter a tão esperada função "Ligar", que serve para efetuar ligações através de aplicativo.[52] Usuários com as versões 2.11.528 do Google Play e 2.1.531 do site oficial do app, até o momento, são os únicos que podem visualizar essa função. Ainda não foram divulgados os termos de uso.[53]
Formatação de texto
Em março de 2016, uma atualização do WhatsApp passou a permitir o envio de textos em formatações diferentes, sendo estas em texto riscado, negrito ou itálico.
Esta formatação baseia-se na colocação de símbolos gráficos antes e depois da expressão a ser formatada, assim _
, *
, ~
e '''
são usados para formatar em, consecutivamente, itálico, negrito, riscado e Courier.[54]
Resposta direcionada
Em 15 de Junho de 2016, o WhatsApp anunciou a inclusão da função "Resposta Direcionada", esta nova função passou a permitir ao usuário escolher e citar mensagens específicas em conversas em grupo, facilitando assim o entendimento sobre a qual mensagem se refere a resposta. A função foi incluída para evitar ou diminuir mal-entendidos e mensagens perdidas durante longas conversas em grupo, onde a mudança de assunto é frequente.[55]
Videochamadas
Em novembro de 2016, o aplicativo anunciou como nova função as chamadas de vídeo para as plataformas Android, iPhone e Windows Phone. Esta nova função passou a permitir que os usuários do WhatsApp interagissem instantaneamente não somente por áudio, como na função ligar, mas também por vídeo.[56]
Status
Em fevereiro de 2017, a nova função foi o status, que desde 2009, permitia apenas texto, agora permite postar fotos e videos de até 30 segundos e que somem após 24 horas, algo semelhante ao Instagram stories e o Snapchat.[57]
Localização ao vivo
Lançada em outubro de 2017, a opção da localização ao vivo permite que os usuários compartilhem via mensagem a sua localização exata no mapa, que vai sendo atualizada de acordo com que a pessoa se move. A funcionalidade, que utiliza o GPS do aparelho, é compatível com Android e iPhone (iOS).[58] A localização ao vivo aparece como uma mensagem no chat do WhatsApp, e pode ser encaminhada para conversas individuais ou em grupo. Essa opção pode ficar ativa por até 8 horas, e é oferecida em 3 diferentes opções de duração: 15 minutos, 60 minutos e 8 horas.
WhatsApp Pay
Lançado em 6 de novembro de 2020, é uma nova maneira de transferir dinheiro, que está disponível para todos os usuários do WhatsApp. Na prática, é mais um recurso para as pessoas fazerem transações (transferências ou pagamentos) quando necessário. No Brasil, segundo país do mundo a contar com esse serviço, são 120 milhões de usuários potenciais – ou cerca de 60% da população brasileira. O primeiro país a ter acesso foi a Índia.[59] O lançamento no Brasil ocorreu em 15 de junho de 2020,[60] mas foi barrado pelo Banco Central logo em seguida, que desenvolvia em paralelo o PIX. A medida foi vista como uma forma de barrar o WhatsApp Pay em favor do PIX, mas o Banco Central negou que seria essa a justificativa.[61][62]
Ver também
Referências
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Nos bastidores, no entanto, as empresas reclamam que o regulador vem agindo em defesa de sua própria ferramenta.