Tubarão-branco: diferenças entre revisões

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=== Etimologia e evolução nomenclatural ===
=== Etimologia e evolução nomenclatural ===


[[imagem:The American Museum journal (c1900-(1918)) (17973126708).jpg|thumb|esquerda|O nome grande-tubarão-branco provavelmente vem do tamanho do tubarão, bem como da parte inferior branca exposta em tubarões encalhados]]
[[imagem:The American Museum journal (c1900-(1918)) (17973126708).jpg|miniaturadaimagem|esquerda|O nome grande-tubarão-branco provavelmente vem do tamanho do tubarão, bem como da parte inferior branca exposta em tubarões encalhados]]


Acredita-se que o nome ''tubarão-branco'' e sua variante [[Austrália|australiana]] ''ponteiro-branco''<ref name=FishBaseVernacular>{{citar web|título=Common names of ''Carcharodon carcharias''|website=FishBase|url=https://www.fishbase.in/ComNames/CommonNamesList.php?ID=751&GenusName=Carcharodon&SpeciesName=carcharias&StockCode=767}}</ref> vieram da parte inferior branca do tubarão, uma característica mais perceptível em tubarões encalhados deitados de cabeça para baixo com suas barrigas expostas.<ref name=GWSFloridaMuseum>{{citar web|autor1=Martins, C.|autor2=Knickle, C.|título=Carcharodon carcharias|website=Florida Museum|ano=2018|url=https://www.floridamuseum.ufl.edu/discover-fish/species-profiles/carcharodon-carcharias/}}</ref> No [[língua inglesa|inglês]], o uso coloquial favorece o nome grande-tubarão-branco, talvez porque "grande" enfatiza o tamanho e a destreza da espécie.<ref name=ElasmoCommonName /> Outra razão pode ser que tubarão-branco era um termo historicamente usado para descrever o [[tubarão-galha-branca-oceânico]] (''Carcharhinus longimanus'') e, portanto, sendo muito maior que o último, foi nomeado “grande” porque a parte “branca” de seu nome era já usado para outro tubarão, que foi posteriormente referido como o tubarão-branco-menor. A maioria dos cientistas prefere tubarão-branco, devido ao fato de que o nome tubarão-branco-menor não é mais usado.<ref name=ElasmoCommonName>{{citar web|autor=Martin, R. A.|título=White Shark or Great White Shark?|website=Elasmo Research|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/ws_or_gws.htm}}</ref> Alguns usam tubarão-branco para se referir a todos os membros dos lamnídeos.<ref name=FishBaseLamnidae />
Acredita-se que o nome ''tubarão-branco'' e sua variante [[Austrália|australiana]] ''ponteiro-branco''<ref name=FishBaseVernacular>{{citar web|título=Common names of ''Carcharodon carcharias''|website=FishBase|url=https://www.fishbase.in/ComNames/CommonNamesList.php?ID=751&GenusName=Carcharodon&SpeciesName=carcharias&StockCode=767}}</ref> vieram da parte inferior branca do tubarão, uma característica mais perceptível em tubarões encalhados deitados de cabeça para baixo com suas barrigas expostas.<ref name=GWSFloridaMuseum>{{citar web|autor1=Martins, C.|autor2=Knickle, C.|título=Carcharodon carcharias|website=Florida Museum|ano=2018|url=https://www.floridamuseum.ufl.edu/discover-fish/species-profiles/carcharodon-carcharias/}}</ref> No [[língua inglesa|inglês]], o uso coloquial favorece o nome grande-tubarão-branco, talvez porque "grande" enfatiza o tamanho e a destreza da espécie.<ref name=ElasmoCommonName /> Outra razão pode ser que tubarão-branco era um termo historicamente usado para descrever o [[tubarão-galha-branca-oceânico]] (''Carcharhinus longimanus'') e, portanto, sendo muito maior que o último, foi nomeado “grande” porque a parte “branca” de seu nome era já usado para outro tubarão, que foi posteriormente referido como o tubarão-branco-menor. A maioria dos cientistas prefere tubarão-branco, devido ao fato de que o nome tubarão-branco-menor não é mais usado.<ref name=ElasmoCommonName>{{citar web|autor=Martin, R. A.|título=White Shark or Great White Shark?|website=Elasmo Research|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/ws_or_gws.htm}}</ref> Alguns usam tubarão-branco para se referir a todos os membros dos lamnídeos.<ref name=FishBaseLamnidae />
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|2=''[[Isurus paucus]]''
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Estudos de [[relógio molecular]] publicados entre 1988 e 2002 determinaram que o parente vivo mais próximo do grande branco são os tubarões-mako do gênero ''Isurus'', que divergiram em algum momento entre 60 a 43 milhões de anos atrás.<ref name=Martin1996>{{citar livro|autor=Martin, A. P.|editor1=Klimley, A. P.|editor2=Ainley, D. G.|título=Great White Sharks: The Biology of Carcharodon carcharias|capítulo=Systematics of the Lamnidae and the Origination Time of ''Carcharodon carcharias'' Inferred from the Comparative Analysis of Mitochondrial DNA Sequences|ano=1996|páginas=49–53|local=Cambrígia, Massachussetes|publicado=Academic Press|isbn=978-0-12-415031-7|doi=10.1016/B978-0-12-415031-7.X5000-9}}</ref><ref name=Kent2018>{{citar livro|autor=Kent, B. W.|capítulo=The Cartilaginous Fishes (Chimaeras, Sharks, and Rays) of Calvert Cliffs, Maryland, USA|título=The Geology and Vertebrate Paleontology of Calvert Cliffs, Maryland |periódico=Smithsonian Contributions to Paleobiology|editor=Godfrey, S. J.|páginas=45–157|ano=2018|número=100|publicado=Instituto Smithsonian|local=Washington, Estados Unidos|doi=10.5479/si.1943-6688.100|s2cid=134274604 |url=https://smithsonian.figshare.com/articles/book/The_Geology_and_Vertebrate_Paleontology_of_Calvert_Cliffs_Maryland_USA/9761762|issn=1943-6688}}</ref> O rastreamento dessa relação evolutiva por meio de evidências fósseis, no entanto, permanece sujeito a mais estudos paleontológicos.<ref name=Kent2018 /> A hipótese original da origem do tubarão-branco sustentava que é descendente de uma linhagem do gênero ''[[Otodus]]'', e está intimamente relacionado com o [[megalodonte]] pré-histórico.<ref name=Kent2018 /><ref name=Applegate>{{citar livro|autor1=Applegate, S. P.|autor2=Espinosa-Arrubarrena, L.|capítulo=The Fossil History of ''Carcharodon'' and Its Possible Ancestor, ''Cretolamna'': A Study in Tooth Identification|editor1=Klimley, A. P. |editor2=Ainley, D. G.|título=Great White Sharks: The Biology of Carcharodon carcharias|ano=1996|páginas=19–36; 49–53|local=Cambrígia, Massachussetes|publicado=Academic Press|isbn=978-0-12-415031-7|doi=10.1016/B978-0-12-415031-7.X5000-9}}</ref> Esses tubarões eram consideravelmente grandes em tamanho, com megalodonte atingindo um comprimento estimado de até 14,2–16 metros (47–52 pés).<ref name="Shimada2019">{{citar periódico|último=Shimada|primeiro=K.|ano=2019|título=The size of the megatooth shark, ''Otodus megalodon'' (Lamniformes: Otodontidae), revisited|periódico=Historical Biology|volume=33|número=7|páginas=1–8|doi=10.1080/08912963.2019.1666840|s2cid=208570844|issn=0891-2963}}</ref><ref name="Cooper2020">{{citar periódico|primeiro1=J. A. |último1=Cooper|primeiro2=C.|último2=Pimiento|primeiro3=H. G.|último3=Ferrón|primeiro4=M. J.|último4=Benton|ano=2020|título=Body dimensions of the extinct giant shark ''Otodus megalodon'': a 2D reconstruction|periódico=Scientific Reports |volume=10|número=14596|página=14596|doi=10.1038/s41598-020-71387-y|pmid=32883981|pmc=7471939|bibcode=2020NatSR..1014596C|doi-access=free}}</ref> Semelhanças entre os dentes de tubarões-brancos e ''Otodus'', como grandes formas triangulares, lâminas serrilhadas e a presença de bandas dentárias, levaram à evidência primária de uma estreita relação evolutiva. Como resultado, os cientistas classificaram as formas antigas no gênero ''Carcharodon''. Embora existissem fraquezas na hipótese, como a incerteza sobre exatamente quais espécies evoluíram para o tubarão-branco moderno e várias lacunas no registro fóssil, os paleontólogos conseguiram traçar a linhagem hipotética de um tubarão de 60 milhões de anos conhecido como ''[[Cretalamna]]'' como o ancestral comum de todos os tubarões dentro do lamnídeos.<ref name=Martin1996 /><ref name=Applegate />
Estudos de [[relógio molecular]] publicados entre 1988 e 2002 determinaram que o parente vivo mais próximo do grande branco são os tubarões-mako do gênero ''Isurus'', que divergiram em algum momento entre 60 a 43 milhões de anos atrás.<ref name=Martin1996>{{citar livro|autor=Martin, A. P.|editor1=Klimley, A. P.|editor2=Ainley, D. G.|título=Great White Sharks: The Biology of Carcharodon carcharias|capítulo=Systematics of the Lamnidae and the Origination Time of ''Carcharodon carcharias'' Inferred from the Comparative Analysis of Mitochondrial DNA Sequences|ano=1996|páginas=49–53|local=Cambrígia, Massachussetes|publicado=Academic Press|isbn=978-0-12-415031-7|doi=10.1016/B978-0-12-415031-7.X5000-9}}</ref><ref name=Kent2018>{{citar livro|autor=Kent, B. W.|capítulo=The Cartilaginous Fishes (Chimaeras, Sharks, and Rays) of Calvert Cliffs, Maryland, USA|título=The Geology and Vertebrate Paleontology of Calvert Cliffs, Maryland |periódico=Smithsonian Contributions to Paleobiology|editor=Godfrey, S. J.|páginas=45–157|ano=2018|número=100|publicado=Instituto Smithsonian|local=Washington, Estados Unidos|doi=10.5479/si.1943-6688.100|s2cid=134274604 |url=https://smithsonian.figshare.com/articles/book/The_Geology_and_Vertebrate_Paleontology_of_Calvert_Cliffs_Maryland_USA/9761762|issn=1943-6688}}</ref> O rastreamento dessa relação evolutiva por meio de evidências fósseis, no entanto, permanece sujeito a mais estudos paleontológicos.<ref name=Kent2018 /> A hipótese original da origem do tubarão-branco sustentava que é descendente de uma linhagem do gênero ''[[Otodus]]'', e está intimamente relacionado com o [[megalodonte]] pré-histórico.<ref name=Kent2018 /><ref name=Applegate>{{citar livro|autor1=Applegate, S. P.|autor2=Espinosa-Arrubarrena, L.|capítulo=The Fossil History of ''Carcharodon'' and Its Possible Ancestor, ''Cretolamna'': A Study in Tooth Identification|editor1=Klimley, A. P. |editor2=Ainley, D. G.|título=Great White Sharks: The Biology of Carcharodon carcharias|ano=1996|páginas=19–36; 49–53|local=Cambrígia, Massachussetes|publicado=Academic Press|isbn=978-0-12-415031-7|doi=10.1016/B978-0-12-415031-7.X5000-9}}</ref> Esses tubarões eram consideravelmente grandes em tamanho, com megalodonte atingindo um comprimento estimado de até 14,2–16 metros (47–52 pés).<ref name="Shimada2019">{{citar periódico|último=Shimada|primeiro=K.|ano=2019|título=The size of the megatooth shark, ''Otodus megalodon'' (Lamniformes: Otodontidae), revisited|periódico=Historical Biology|volume=33|número=7|páginas=1–8|doi=10.1080/08912963.2019.1666840|s2cid=208570844|issn=0891-2963}}</ref><ref name="Cooper2020">{{citar periódico|primeiro1=J. A. |último1=Cooper|primeiro2=C.|último2=Pimiento|primeiro3=H. G.|último3=Ferrón|primeiro4=M. J.|último4=Benton|ano=2020|título=Body dimensions of the extinct giant shark ''Otodus megalodon'': a 2D reconstruction|periódico=Scientific Reports |volume=10|número=14596|página=14596|doi=10.1038/s41598-020-71387-y|pmid=32883981|pmc=7471939|bibcode=2020NatSR..1014596C|doi-access=free}}</ref> Semelhanças entre os dentes de tubarões-brancos e ''Otodus'', como grandes formas triangulares, lâminas serrilhadas e a presença de bandas dentárias, levaram à evidência primária de uma estreita relação evolutiva. Como resultado, os cientistas classificaram as formas antigas no gênero ''Carcharodon''. Embora existissem fraquezas na hipótese, como a incerteza sobre exatamente quais espécies evoluíram para o tubarão-branco moderno e várias lacunas no registro fóssil, os paleontólogos conseguiram traçar a linhagem hipotética de um tubarão de 60 milhões de anos conhecido como ''[[Cretalamna]]'' como o ancestral comum de todos os tubarões dentro do lamnídeos.<ref name=Martin1996 /><ref name=Applegate />


[[imagem:Evolution of the great white shark.jpg|thumb|esquerda|Evlução ilustrada ''C. hastalis'' a ''C. carcharias'']]
[[imagem:Evolution of the great white shark.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Evolução ilustrada ''C. hastalis'' a ''C. carcharias'']]


No entanto, entende-se agora que o tubarão-branco mantém laços mais estreitos com os tubarões-mako e é descendente de uma linhagem separada como uma cronoespécie não relacionada aos ''Otodus''.<ref name=Kent2018 /> Isso foi comprovado com a descoberta de uma espécie de transição que conectou o tubarão-branco a um tubarão não serrilhado conhecido como ''[[Carcharodon hastalis]]''.<ref name=Ehret2012>{{citar periódico|autor1=Ehret, D. A. |autor2=MacFadden, B. J. |autor3=Jones, D. |autor4=DeVries, T. J. |autor5=Foster, D. A. |autor6=Salas-Gismondi, R. |título=Origin of the White Shark ''Carcharodon'' (Lamniformes: Lamnidae), Based on Recalibration of the Late Neogene, Pisco Formation of Peru |periódico=Palaeontology |volume=55 |número=6 |páginas=1139–1153 |ano=2012 |doi=10.1111/j.1475-4983.2012.01201.x}}</ref><ref name=Nyberg>{{citar periódico|autor1=Nyberg, K. G. |autor2=Ciampaglio, C. N. |autor3=Wray, G. A. |título=Tracing the Ancestry of the Great White Shark, ''Carcharodon carcharias'', Using Morphometric Analyses of Fossil Teeth |periódico=Journal of Vertebrate Paleontology |volume=26 |número=4 |ano=2006 |doi=10.1671/0272-4634(2006)26[806:ttaotg]2.0.co;2 |páginas=806–814}}</ref> Esta espécie de transição, que foi nomeada ''[[Carcharodon hubbelli]]'' em 2012, demonstrou um mosaico de transições evolutivas entre o tubarão-branco e ''C. hastalis'', ou seja, o aparecimento gradual de serrilhas,<ref name=Ehret2012 /> em um período de 8 a 5 milhões de anos atrás.<ref name=Boesse2019>{{citar periódico|autor1=Boessenecker, R. W. |autor2=Ehret, D. J. |autor3=Long, D. J. |autor4=Churchill, M. |autor5=Martin, E. |autor6=Boessenecker, S. J. |ano=2019|título=The Early Pliocene extinction of the mega-toothed shark ''Otodus megalodon'': a view from the eastern North Pacific |periódico=PeerJ |volume=7 |páginas=e6088 |url=https://peerj.com/articles/6088/ |doi=10.7717/peerj.6088 |pmid=30783558 |pmc=6377595}}</ref> A progressão de ''C. hubbelli'' caracterizou a mudança de dietas e nichos; por 6,5 milhões de anos atrás, as serrilhas foram desenvolvidas o suficiente para ''C. hubbelli'' lidar com mamíferos marinhos.<ref name=Ehret2012 /> Embora tanto o tubarão-branco quanto o ''C. hastalis'' fossem conhecidos em todo o mundo,<ref name=Kent2018 /> ''C. hubbelli'' é encontrado principalmente na [[Califórnia]], [[Peru]], [[Chile]] e nos depósitos costeiros circundantes,<ref name=Long2014>{{citation|autor1=Long, D. J.|autor2=Boessenecker, R. W.|autor3=Ehret, D. J. |título=Timing of evolution in the ''Carcharodon'' lineage: Rapid morphological change creates a major shift in a predator's trophic niche|ano=2014|url=https://www.researchgate.net/publication/272745162}}</ref> indicando que o tubarão-branco teve origens no Pacífico.<ref name=Ehret2012 /> ''C. hastalis'' continuou a prosperar ao lado do tubarão-branco até sua última aparição cerca de um milhão de anos atrás<ref name=Ebersoleetal>{{citar periódico|autor1=Ebersole, J.A. |autor2=Ebersole, S.M. |autor3=Cicimurri, D.J. |título=The occurrence of early Pleistocene marine fish remains from the Gulf Coast of Mobile County, Alabama |periódico=Palaeodiversity |ano=2017 |volume=10 |número=1 |páginas=97–115 |doi=10.18476/pale.v10.a6 |s2cid=134476316 |doi-access=free}}</ref> e acredita-se que possivelmente gerou várias espécies adicionais, incluindo ''[[Carcharomodus escheri|Carcharodon subserratus]]''<ref name=Kent2018 /><ref name=Ehret2012 /> e ''[[Carcharodon plicatilis]]''.<ref name=Kent2018 />
No entanto, entende-se agora que o tubarão-branco mantém laços mais estreitos com os tubarões-mako e é descendente de uma linhagem separada como uma cronoespécie não relacionada aos ''Otodus''.<ref name=Kent2018 /> Isso foi comprovado com a descoberta de uma espécie de transição que conectou o tubarão-branco a um tubarão não serrilhado conhecido como ''[[Carcharodon hastalis]]''.<ref name=Ehret2012>{{citar periódico|autor1=Ehret, D. A. |autor2=MacFadden, B. J. |autor3=Jones, D. |autor4=DeVries, T. J. |autor5=Foster, D. A. |autor6=Salas-Gismondi, R. |título=Origin of the White Shark ''Carcharodon'' (Lamniformes: Lamnidae), Based on Recalibration of the Late Neogene, Pisco Formation of Peru |periódico=Palaeontology |volume=55 |número=6 |páginas=1139–1153 |ano=2012 |doi=10.1111/j.1475-4983.2012.01201.x}}</ref><ref name=Nyberg>{{citar periódico|autor1=Nyberg, K. G. |autor2=Ciampaglio, C. N. |autor3=Wray, G. A. |título=Tracing the Ancestry of the Great White Shark, ''Carcharodon carcharias'', Using Morphometric Analyses of Fossil Teeth |periódico=Journal of Vertebrate Paleontology |volume=26 |número=4 |ano=2006 |doi=10.1671/0272-4634(2006)26[806:ttaotg]2.0.co;2 |páginas=806–814}}</ref> Esta espécie de transição, que foi nomeada ''[[Carcharodon hubbelli]]'' em 2012, demonstrou um mosaico de transições evolutivas entre o tubarão-branco e ''C. hastalis'', ou seja, o aparecimento gradual de serrilhas,<ref name=Ehret2012 /> em um período de 8 a 5 milhões de anos atrás.<ref name=Boesse2019>{{citar periódico|autor1=Boessenecker, R. W. |autor2=Ehret, D. J. |autor3=Long, D. J. |autor4=Churchill, M. |autor5=Martin, E. |autor6=Boessenecker, S. J. |ano=2019|título=The Early Pliocene extinction of the mega-toothed shark ''Otodus megalodon'': a view from the eastern North Pacific |periódico=PeerJ |volume=7 |páginas=e6088 |url=https://peerj.com/articles/6088/ |doi=10.7717/peerj.6088 |pmid=30783558 |pmc=6377595}}</ref> A progressão de ''C. hubbelli'' caracterizou a mudança de dietas e nichos; por 6,5 milhões de anos atrás, as serrilhas foram desenvolvidas o suficiente para ''C. hubbelli'' lidar com mamíferos marinhos.<ref name=Ehret2012 /> Embora tanto o tubarão-branco quanto o ''C. hastalis'' fossem conhecidos em todo o mundo,<ref name=Kent2018 /> ''C. hubbelli'' é encontrado principalmente na [[Califórnia]], [[Peru]], [[Chile]] e nos depósitos costeiros circundantes,<ref name=Long2014>{{citation|autor1=Long, D. J.|autor2=Boessenecker, R. W.|autor3=Ehret, D. J. |título=Timing of evolution in the ''Carcharodon'' lineage: Rapid morphological change creates a major shift in a predator's trophic niche|ano=2014|url=https://www.researchgate.net/publication/272745162}}</ref> indicando que o tubarão-branco teve origens no Pacífico.<ref name=Ehret2012 /> ''C. hastalis'' continuou a prosperar ao lado do tubarão-branco até sua última aparição cerca de um milhão de anos atrás<ref name=Ebersoleetal>{{citar periódico|autor1=Ebersole, J.A. |autor2=Ebersole, S.M. |autor3=Cicimurri, D.J. |título=The occurrence of early Pleistocene marine fish remains from the Gulf Coast of Mobile County, Alabama |periódico=Palaeodiversity |ano=2017 |volume=10 |número=1 |páginas=97–115 |doi=10.18476/pale.v10.a6 |s2cid=134476316 |doi-access=free}}</ref> e acredita-se que possivelmente gerou várias espécies adicionais, incluindo ''[[Carcharomodus escheri|Carcharodon subserratus]]''<ref name=Kent2018 /><ref name=Ehret2012 /> e ''[[Carcharodon plicatilis]]''.<ref name=Kent2018 />

[[imagem:Carcharodon carcharias.jpg|250px|miniaturadaimagem|O tubarão-branco vive sobre as zonas de [[plataforma continental]], perto das costas, onde a água é menos profunda]]
[[Imagem:White shark (Carcharodon carcharias) scavenging on whale carcass - journal.pone.0060797.g004-A.png|250px|miniaturadaimagem|Os dentes de um tubarão branco adulto]]


No entanto, Yun argumentou que os restos fósseis de dentes de ''C. hastalis'' e tubarão-branco "foram documentados a partir dos mesmos depósitos, portanto, o primeiro não pode ser um ancestral cronoespecífico do último." Também criticou que o ''C. hastalis'' "o morfotipo nunca foi testado por meio de análises filogenéticas", e denota que a partir de 2021, o argumento de que a linhagem ''Carcharodon'' moderna com dentes estreitos e serrilhados evoluiu de C''. hastalis'' com dentes largos e não serrilhados é incerto.<ref name = Yun>{{citar periódico|autor=Yun, C.|ano=2021|título=A tooth of the extinct lamnid shark, ''Cosmopolitodus planus'' comb. noc. (Chondrichthyes, Elasmobranchii) from the Miocene of Pohang City, South Korea|periódico=Acta Palaeontologica Romaniae|volume=18|número=1|páginas=9–16|doi=10.35463/j.apr.2022.01.02|s2cid=242113412|url=https://actapalrom.geo-paleontologica.org/Online_first/Chan_Cosmopolidus_planus.pdf}}</ref> Traçando além do ''C. hastalis'', outra hipótese predominante propõe que as linhagens do tubarão-branco e do mako compartilhavam um ancestral comum em uma espécie primitiva semelhante ao mako.<ref name=ElasmoFossil>{{citar web|autor=Martin, R. A. |título=Fossil History of the White Shark|website=Elasmo Research|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/carcharodon.htm}}</ref> A identidade deste ancestral ainda é debatida, mas uma espécie potencial inclui ''[[Isurolamna inflata]]'', que viveu entre 65 a 55 milhões de anos atrás. Supõe-se que as linhagens do tubarão-branco e do mako se separaram com o surgimento de dois descendentes separados, com o que representa a linhagem do tubarão-branco sendo ''[[Macrorhizodus praecursor]]''.<ref name=ElasmoFossil /><ref name=Trif>{{citar periódico|autor1=Trif, N.|autor2=Ciobanu, R.|autor3=Codrea, V.|ano=2016|título=The first record of the giant shark ''Otodus megalodon'' (Agassiz, 1835) from Romania|periódico=Brukenthal, Acta Musei|volume=11|número=3|páginas=507–526|url=https://www.researchgate.net/publication/309615167}}</ref>
No entanto, Yun argumentou que os restos fósseis de dentes de ''C. hastalis'' e tubarão-branco "foram documentados a partir dos mesmos depósitos, portanto, o primeiro não pode ser um ancestral cronoespecífico do último." Também criticou que o ''C. hastalis'' "o morfotipo nunca foi testado por meio de análises filogenéticas", e denota que a partir de 2021, o argumento de que a linhagem ''Carcharodon'' moderna com dentes estreitos e serrilhados evoluiu de C''. hastalis'' com dentes largos e não serrilhados é incerto.<ref name = Yun>{{citar periódico|autor=Yun, C.|ano=2021|título=A tooth of the extinct lamnid shark, ''Cosmopolitodus planus'' comb. noc. (Chondrichthyes, Elasmobranchii) from the Miocene of Pohang City, South Korea|periódico=Acta Palaeontologica Romaniae|volume=18|número=1|páginas=9–16|doi=10.35463/j.apr.2022.01.02|s2cid=242113412|url=https://actapalrom.geo-paleontologica.org/Online_first/Chan_Cosmopolidus_planus.pdf}}</ref> Traçando além do ''C. hastalis'', outra hipótese predominante propõe que as linhagens do tubarão-branco e do mako compartilhavam um ancestral comum em uma espécie primitiva semelhante ao mako.<ref name=ElasmoFossil>{{citar web|autor=Martin, R. A. |título=Fossil History of the White Shark|website=Elasmo Research|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/carcharodon.htm}}</ref> A identidade deste ancestral ainda é debatida, mas uma espécie potencial inclui ''[[Isurolamna inflata]]'', que viveu entre 65 a 55 milhões de anos atrás. Supõe-se que as linhagens do tubarão-branco e do mako se separaram com o surgimento de dois descendentes separados, com o que representa a linhagem do tubarão-branco sendo ''[[Macrorhizodus praecursor]]''.<ref name=ElasmoFossil /><ref name=Trif>{{citar periódico|autor1=Trif, N.|autor2=Ciobanu, R.|autor3=Codrea, V.|ano=2016|título=The first record of the giant shark ''Otodus megalodon'' (Agassiz, 1835) from Romania|periódico=Brukenthal, Acta Musei|volume=11|número=3|páginas=507–526|url=https://www.researchgate.net/publication/309615167}}</ref>


== Descrição e habitat ==
== Descrição e habitat ==

[[imagem:Carcharodon carcharias.jpg|250px|thumb|O tubarão-branco vive sobre as zonas de [[plataforma continental]], perto das costas, onde a água é menos profunda]]


Os tubarões-brancos vivem em quase todas as águas costeiras e de mar aberto que têm temperatura da água entre 12 e 24 °C (54 e 75 °F), com maiores concentrações nos [[Estados Unidos]] (Nordeste e Califórnia), [[África do Sul]], [[Japão]], [[Oceania]], [[Chile]] e o [[mar Mediterrâneo]], incluindo o [[mar de Mármara]] e [[Bósforo]].<ref>{{citar web|url=http://web.ncf.ca/bz050/wsdistro.html |título=Areal Distribution of the White Shark |publicado=National Capital Freenet |acessodata=16 de outubro de 2010 |arquivodata=10 de outubro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181010200553/http://web.ncf.ca/bz050/wsdistro.html |urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Kabasakal |primeiro1=H. |ano=2014 |título=The status of the great white shark (''Carcharodon carcharias'') in Turkey's waters |url=http://elasmollet.org/PublicationsOthers/Kabasakal2014_WS_Turkey.pdf |periódico=Marine Biodiversity Records |volume=7| doi=10.1017/S1755267214000980}}</ref> Uma das populações mais densas conhecidas é encontrada em torno de [[Gansbaai]], [[África do Sul]].<ref>{{citar web|url=https://journals.co.za/content/wild/36/1/EJC117231|título=Seabird predation by white shark, ''Carcharodon carcharias'', and Cape fur seal, ''Arctocephalus pusillus pusillus'', at Dyer Island |publicado=South African Journal of Wildlife Research |acessodata=22 de maio de 2017}}</ref> É um peixe [[zona pelágica|epipelágico]], observado principalmente na presença de caça rica, como [[foca]]s (''Arctocephalus ssp.'') [[leão-marinho|leões-marinhos]], [[cetáceo]]s, outros tubarões e grandes espécies de peixes ósseos. Em mar aberto, foi registrado em profundidades de até {{fmtn|1200}} metros ({{fmtn|3900}} pés).<ref name="deep"/> Essas descobertas desafiam a noção tradicional de que o tubarão-branco é uma espécie costeira.<ref name="deep"/>
Os tubarões-brancos vivem em quase todas as águas costeiras e de mar aberto que têm temperatura da água entre 12 e 24 °C (54 e 75 °F), com maiores concentrações nos [[Estados Unidos]] (Nordeste e Califórnia), [[África do Sul]], [[Japão]], [[Oceania]], [[Chile]] e o [[mar Mediterrâneo]], incluindo o [[mar de Mármara]] e [[Bósforo]].<ref>{{citar web|url=http://web.ncf.ca/bz050/wsdistro.html |título=Areal Distribution of the White Shark |publicado=National Capital Freenet |acessodata=16 de outubro de 2010 |arquivodata=10 de outubro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181010200553/http://web.ncf.ca/bz050/wsdistro.html |urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Kabasakal |primeiro1=H. |ano=2014 |título=The status of the great white shark (''Carcharodon carcharias'') in Turkey's waters |url=http://elasmollet.org/PublicationsOthers/Kabasakal2014_WS_Turkey.pdf |periódico=Marine Biodiversity Records |volume=7| doi=10.1017/S1755267214000980}}</ref> Uma das populações mais densas conhecidas é encontrada em torno de [[Gansbaai]], [[África do Sul]].<ref>{{citar web|url=https://journals.co.za/content/wild/36/1/EJC117231|título=Seabird predation by white shark, ''Carcharodon carcharias'', and Cape fur seal, ''Arctocephalus pusillus pusillus'', at Dyer Island |publicado=South African Journal of Wildlife Research |acessodata=22 de maio de 2017}}</ref> É um peixe [[zona pelágica|epipelágico]], observado principalmente na presença de caça rica, como [[foca]]s (''Arctocephalus ssp.'') [[leão-marinho|leões-marinhos]], [[cetáceo]]s, outros tubarões e grandes espécies de peixes ósseos. Em mar aberto, foi registrado em profundidades de até {{fmtn|1200}} metros ({{fmtn|3900}} pés).<ref name="deep"/> Essas descobertas desafiam a noção tradicional de que o tubarão-branco é uma espécie costeira.<ref name="deep"/>


De acordo com um estudo recente, os tubarões-brancos da Califórnia migraram para uma área entre a [[península da Baixa Califórnia]] e o [[Havaí]], conhecida como {{ilc|café do tubarão-branco||White Shark Café}}, para passar pelo menos 100 dias antes de migrar de volta para Baixa Califórnia. Na viagem, nadam lentamente e mergulham até cerca de 900 metros ({{fmtn|3000}} pés). Depois de chegar, mudam de comportamento e fazem mergulhos curtos de cerca de 300 metros (980 pés) por até dez minutos. Outro tubarão-branco que foi marcado na costa sul-africana nadou até a costa sul da Austrália e voltou no mesmo ano. Um estudo semelhante rastreou um grande tubarão branco diferente da África do Sul nadando até a costa noroeste da Austrália e voltando, uma jornada de 20 mil quilômetros (12 mil milhas; 11 mil milhas náuticas) em menos de nove meses.<ref name="WSharkTrust">{{citar web|url=http://www.whitesharktrust.org/migration/main.html|publicado=White Shark Trust|título=South Africa – Australia – South Africa }}</ref> Essas observações argumentam contra as teorias tradicionais de que os tubarões-brancos são predadores territoriais costeiros e abrem a possibilidade de interação entre populações de tubarões que antes se pensava serem discretas. As razões de sua migração e o que fazem em seu destino ainda são desconhecidas. As possibilidades incluem alimentação sazonal ou acasalamento.<ref name="LATimes">{{citar jornal|url=http://articles.latimes.com/2006/sep/29/sports/sp-outdoors29|jornal=Los Angeles Times|título=The Great White Way|acessodata=1 de outubro de 2006|primeiro=Pete|último=Thomas|data=29 de setembro de 2006}}</ref>
De acordo com um estudo recente, os tubarões-brancos da Califórnia migraram para uma área entre a [[península da Baixa Califórnia]] e o [[Havaí]], conhecida como {{ilc|café do tubarão-branco||White Shark Café}}, para passar pelo menos 100 dias antes de migrar de volta para Baixa Califórnia. Na viagem, nadam lentamente e mergulham até cerca de 900 metros ({{fmtn|3000}} pés). Depois de chegar, mudam de comportamento e fazem mergulhos curtos de cerca de 300 metros (980 pés) por até dez minutos. Outro tubarão-branco que foi marcado na costa sul-africana nadou até a costa sul da Austrália e voltou no mesmo ano. Um estudo semelhante rastreou um grande tubarão branco diferente da África do Sul nadando até a costa noroeste da Austrália e voltando, uma jornada de 20 mil quilômetros (12 mil milhas; 11 mil milhas náuticas) em menos de nove meses.<ref name="WSharkTrust">{{citar web|url=http://www.whitesharktrust.org/migration/main.html|publicado=White Shark Trust|título=South Africa – Australia – South Africa }}</ref> Essas observações argumentam contra as teorias tradicionais de que os tubarões-brancos são predadores territoriais costeiros e abrem a possibilidade de interação entre populações de tubarões que antes se pensava serem discretas. As razões de sua migração e o que fazem em seu destino ainda são desconhecidas. As possibilidades incluem alimentação sazonal ou acasalamento.<ref name="LATimes">{{citar jornal|url=http://articles.latimes.com/2006/sep/29/sports/sp-outdoors29|jornal=Los Angeles Times|título=The Great White Way|acessodata=1 de outubro de 2006|primeiro=Pete|último=Thomas|data=29 de setembro de 2006}}</ref>

[[Imagem:Carcharodon carcharias upper teeth.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Dentes superios]]
[[Imagem:Carcharodon carcharias lower teeth.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Dentes inferiores]]


No Atlântico Noroeste, as populações de tubarões-brancos na costa da [[Nova Inglaterra]] foram quase erradicadas devido à pesca excessiva.<ref>{{citar periódico|último1=Curtis|primeiro1=Tobey|último2=McCandless|primeiro2=Camilla|último3=Carlson|primeiro3=John|último4=Skomal|primeiro4=Gregory|último5=Kohler|primeiro5=Nancy|último6=Natanson|primeiro6=Lisa|último7=Burgess|primeiro7=George|último8=Hoey|primeiro8=John|último9=Pratt|primeiro9=Harold|data=junho de 2014|título=Seasonal Distribution and Historic Trends in Abundance of White Sharks, ''Carcharodon carcharias'', in the Western North Atlantic Ocean|url=https://www.mass.gov/files/documents/2016/08/qb/curtis-et-al-2014_0.pdf|periódico=PLOS ONE|volume=9|número=6|páginas=12|doi=10.1371/journal.pone.0099240 |pmid=24918579|pmc=4053410|bibcode=2014PLoSO...999240C|doi-access=free}}</ref> Nos últimos anos, as populações cresceram muito,<ref>{{citar web|url=https://www.nbcnews.com/news/us-news/more-150-great-white-sharks-spotted-cape-cod-massachusetts-june-n1038591|título=More than 150 great white sharks sightings logged off Cape Cod, Massachusetts, since June|último=Fieldstadt|primeiro=Elisha|data=2 de agosto de 2019|website=NBC News |acessodata=5 de agosto de 2019}}</ref> em grande parte devido ao aumento das populações de focas em [[cabo Cod]], [[Massachussetes]], desde a promulgação da [[Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos]] em 1972.<ref name=":0">{{citar web|url=https://www.wbur.org/earthwhile/2019/08/02/seal-culling-sharks-cape-cod|título=Seals On Cape Cod Are More Than Just Shark Bait|último=Wasser|primeiro=Miriam|data=2 de agosto de 2019|website=WBUR|língua=en|acessodata=5 de agosto de 2019}}</ref> Atualmente, muito pouco se sabe sobre os padrões de caça e movimento dos tubarões-brancos em cabo Cod, mas estudos em andamento esperam oferecer informações sobre essa crescente população de tubarões.<ref>{{citar web|url=https://www.bostonglobe.com/metro/2019/06/18/experts-plan-new-study-great-white-sharks-off-cape-cod-say-could-help-protect-beach-users/4JNlLmCrXSlJUKh5iQmlhJ/story.html|título=Tracking great white sharks off Cape Cod could help protect beachgoers|último=Annear|primeiro=Steve|data=18 de junho de 2019|website=The Boston Globe|língua=en-US|acessodata=5 de agosto de 2019}}</ref> A Divisão de Pesca Marinha de Massachussetes (parte do Departamento de Pesca e Caça) iniciou um estudo populacional em 2014; desde 2019, esta pesquisa se concentrou em como os humanos podem evitar conflitos com tubarões.<ref>{{citar web|título=Atlantic White Sharks Research — AWSC|url=https://www.atlanticwhiteshark.org/white-shark-research|acessodata=2021-08-29|website=Atlantic White Shark Conservancy|língua=en-US}}</ref> Um estudo de 2018 indicou que os tubarões-brancos preferem se reunir nas profundezas dos [[Turbilhonamento|redemoinhos]] [[anticiclone|anticiclônicos]] no [[Oceano Atlântico Norte]]. Os tubarões estudados tendiam a favorecer os redemoinhos de água quente, passando as horas do dia a 450 metros e vindo à superfície à noite.<ref>{{citar jornal|último=Finucane |primeiro=Martin |url=https://www.bostonglobe.com/metro/2018/06/22/new-study-says-great-white-sharks-like-hang-out-ocean-eddies-tracked-shark-off-cape-cod/GH3ZijiGoKGH5wfQYRxCmL/story.html |título=Great white sharks like to hang out in ocean eddies, new study says |obra=[[The Boston Globe]] |data=23 de junho de 2018 |acessodata=23 de junho de 2018 |arquivodata=24 de junho de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180624010521/https://www.bostonglobe.com/metro/2018/06/22/new-study-says-great-white-sharks-like-hang-out-ocean-eddies-tracked-shark-off-cape-cod/GH3ZijiGoKGH5wfQYRxCmL/story.html |urlmorta= sim}}</ref>
No Atlântico Noroeste, as populações de tubarões-brancos na costa da [[Nova Inglaterra]] foram quase erradicadas devido à pesca excessiva.<ref>{{citar periódico|último1=Curtis|primeiro1=Tobey|último2=McCandless|primeiro2=Camilla|último3=Carlson|primeiro3=John|último4=Skomal|primeiro4=Gregory|último5=Kohler|primeiro5=Nancy|último6=Natanson|primeiro6=Lisa|último7=Burgess|primeiro7=George|último8=Hoey|primeiro8=John|último9=Pratt|primeiro9=Harold|data=junho de 2014|título=Seasonal Distribution and Historic Trends in Abundance of White Sharks, ''Carcharodon carcharias'', in the Western North Atlantic Ocean|url=https://www.mass.gov/files/documents/2016/08/qb/curtis-et-al-2014_0.pdf|periódico=PLOS ONE|volume=9|número=6|páginas=12|doi=10.1371/journal.pone.0099240 |pmid=24918579|pmc=4053410|bibcode=2014PLoSO...999240C|doi-access=free}}</ref> Nos últimos anos, as populações cresceram muito,<ref>{{citar web|url=https://www.nbcnews.com/news/us-news/more-150-great-white-sharks-spotted-cape-cod-massachusetts-june-n1038591|título=More than 150 great white sharks sightings logged off Cape Cod, Massachusetts, since June|último=Fieldstadt|primeiro=Elisha|data=2 de agosto de 2019|website=NBC News |acessodata=5 de agosto de 2019}}</ref> em grande parte devido ao aumento das populações de focas em [[cabo Cod]], [[Massachussetes]], desde a promulgação da [[Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos]] em 1972.<ref name=":0">{{citar web|url=https://www.wbur.org/earthwhile/2019/08/02/seal-culling-sharks-cape-cod|título=Seals On Cape Cod Are More Than Just Shark Bait|último=Wasser|primeiro=Miriam|data=2 de agosto de 2019|website=WBUR|língua=en|acessodata=5 de agosto de 2019}}</ref> Atualmente, muito pouco se sabe sobre os padrões de caça e movimento dos tubarões-brancos em cabo Cod, mas estudos em andamento esperam oferecer informações sobre essa crescente população de tubarões.<ref>{{citar web|url=https://www.bostonglobe.com/metro/2019/06/18/experts-plan-new-study-great-white-sharks-off-cape-cod-say-could-help-protect-beach-users/4JNlLmCrXSlJUKh5iQmlhJ/story.html|título=Tracking great white sharks off Cape Cod could help protect beachgoers|último=Annear|primeiro=Steve|data=18 de junho de 2019|website=The Boston Globe|língua=en-US|acessodata=5 de agosto de 2019}}</ref> A Divisão de Pesca Marinha de Massachussetes (parte do Departamento de Pesca e Caça) iniciou um estudo populacional em 2014; desde 2019, esta pesquisa se concentrou em como os humanos podem evitar conflitos com tubarões.<ref>{{citar web|título=Atlantic White Sharks Research — AWSC|url=https://www.atlanticwhiteshark.org/white-shark-research|acessodata=2021-08-29|website=Atlantic White Shark Conservancy|língua=en-US}}</ref> Um estudo de 2018 indicou que os tubarões-brancos preferem se reunir nas profundezas dos [[Turbilhonamento|redemoinhos]] [[anticiclone|anticiclônicos]] no [[Oceano Atlântico Norte]]. Os tubarões estudados tendiam a favorecer os redemoinhos de água quente, passando as horas do dia a 450 metros e vindo à superfície à noite.<ref>{{citar jornal|último=Finucane |primeiro=Martin |url=https://www.bostonglobe.com/metro/2018/06/22/new-study-says-great-white-sharks-like-hang-out-ocean-eddies-tracked-shark-off-cape-cod/GH3ZijiGoKGH5wfQYRxCmL/story.html |título=Great white sharks like to hang out in ocean eddies, new study says |obra=[[The Boston Globe]] |data=23 de junho de 2018 |acessodata=23 de junho de 2018 |arquivodata=24 de junho de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180624010521/https://www.bostonglobe.com/metro/2018/06/22/new-study-says-great-white-sharks-like-hang-out-ocean-eddies-tracked-shark-off-cape-cod/GH3ZijiGoKGH5wfQYRxCmL/story.html |urlmorta= sim}}</ref>


== Anatomia e aparência ==
== Anatomia e aparência ==

[[Imagem:Carcharodon carcharias upper teeth.jpg|esquerda|thumb|Dentes superios]]
[[Imagem:Carcharodon carcharias lower teeth.jpg|esquerda|thumb|Dentes inferiores]]


O tubarão-branco tem um focinho robusto, grande e cônico. Os [[lobo (anatomia)|lobos]] superior e inferior da barbatana caudal são aproximadamente do mesmo tamanho, o que é semelhante a alguns lamniformes. Um tubarão-branco apresenta [[contra-sombreamento]], por ter uma parte inferior branca e uma área dorsal cinza (às vezes em um tom marrom ou azul) que dá uma aparência geral mosqueada. A coloração torna difícil à presa identificar o tubarão porque quebra o contorno do tubarão quando visto de lado. De cima, o tom mais escuro se mistura com o mar e de baixo expõe uma silhueta mínima contra a luz do sol. O [[leucismo]] é extremamente raro nesta espécie, mas foi documentado em um tubarão-branco (um filhote que apareceu na costa da Austrália e morreu).<ref>{{citar web|url=https://www.earthtouchnews.com/oceans/sharks/confirmed-albino-great-white-shark-washes-up-in-australia|título=Confirmed: 'Albino' great white shark washes up in Australia &#124; Sharks &#124; Earth Touch News|website=Earth Touch News Network}}</ref> Os grandes tubarões brancos, como muitos outros tubarões, têm fileiras de dentes serrilhados atrás dos principais, prontos para substituir qualquer um que se quebre. Quando o tubarão morde, balança a cabeça de um lado para o outro, ajudando os dentes a cortar grandes pedaços de carne.<ref name="marinbioGW">{{citar web|título=Great White Sharks, ''Carcharodon carcharias'' |url=http://marinebio.org/species.asp?id=38 |publicado=Marine Bio |acessodata=20 de agosto de 2012 }}</ref> Os tubarões-brancos, como outros lamniformes, têm olhos maiores do que outras espécies de tubarões em proporção ao tamanho do corpo. A íris do olho é de um azul profundo em vez de preto.<ref name="atlGWcons">{{citar web|título=Great White Sharks Have Blue Eyes |url=https://atlanticwhiteshark.wordpress.com/2013/01/06/great-white-sharks-have-blue-eyes |publicado=The Atlantic White Shark Conservancy |acessodata=2 de julho de 2018 |arquivodata=2 de julho de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180702233505/https://atlanticwhiteshark.wordpress.com/2013/01/06/great-white-sharks-have-blue-eyes/ |urlmorta= sim}}</ref>
O tubarão-branco tem um focinho robusto, grande e cônico. Os [[lobo (anatomia)|lobos]] superior e inferior da barbatana caudal são aproximadamente do mesmo tamanho, o que é semelhante a alguns lamniformes. Um tubarão-branco apresenta [[contra-sombreamento]], por ter uma parte inferior branca e uma área dorsal cinza (às vezes em um tom marrom ou azul) que dá uma aparência geral mosqueada. A coloração torna difícil à presa identificar o tubarão porque quebra o contorno do tubarão quando visto de lado. De cima, o tom mais escuro se mistura com o mar e de baixo expõe uma silhueta mínima contra a luz do sol. O [[leucismo]] é extremamente raro nesta espécie, mas foi documentado em um tubarão-branco (um filhote que apareceu na costa da Austrália e morreu).<ref>{{citar web|url=https://www.earthtouchnews.com/oceans/sharks/confirmed-albino-great-white-shark-washes-up-in-australia|título=Confirmed: 'Albino' great white shark washes up in Australia &#124; Sharks &#124; Earth Touch News|website=Earth Touch News Network}}</ref> Os grandes tubarões brancos, como muitos outros tubarões, têm fileiras de dentes serrilhados atrás dos principais, prontos para substituir qualquer um que se quebre. Quando o tubarão morde, balança a cabeça de um lado para o outro, ajudando os dentes a cortar grandes pedaços de carne.<ref name="marinbioGW">{{citar web|título=Great White Sharks, ''Carcharodon carcharias'' |url=http://marinebio.org/species.asp?id=38 |publicado=Marine Bio |acessodata=20 de agosto de 2012 }}</ref> Os tubarões-brancos, como outros lamniformes, têm olhos maiores do que outras espécies de tubarões em proporção ao tamanho do corpo. A íris do olho é de um azul profundo em vez de preto.<ref name="atlGWcons">{{citar web|título=Great White Sharks Have Blue Eyes |url=https://atlanticwhiteshark.wordpress.com/2013/01/06/great-white-sharks-have-blue-eyes |publicado=The Atlantic White Shark Conservancy |acessodata=2 de julho de 2018 |arquivodata=2 de julho de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180702233505/https://atlanticwhiteshark.wordpress.com/2013/01/06/great-white-sharks-have-blue-eyes/ |urlmorta= sim}}</ref>
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=== Tamanho ===
=== Tamanho ===


[[imagem:WRGW.jpg|thumb|Espécime capturado em Cuba em 1945, que supostamente tinha 6,4 metros (21 pés) de comprimento e pesava cerca de {{fmtn|3175}}–{{fmtn|3324}} quilos ({{fmtn|7000}}–{{fmtn|7328}} libras).<ref>{{citar web|url=http://homepage.mac.com/mollet/Cc/A_Shark_to_Remember.htm |título=A Shark to Remember: The Story of a Great White Caught in 1945 |autor=Echenique, E. J. |acessodata=22 de janeiro de 2013 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120427064904/http://homepage.mac.com/mollet/Cc/A_Shark_to_Remember.htm |arquivodata=27 de abril de 2012 }} Home Page of Henry F. Mollet, Research Affiliate, [[Moss Landing Marine Laboratories]].</ref><ref name="Tricas_1984"/> Estudos posteriores provaram que este espécime estava na faixa de tamanho normal, com cerca de 4,9 metros (16 pés) de comprimento.<ref name="LGWS"/>]]
[[imagem:WRGW.jpg|miniaturadaimagem|Espécime capturado em Cuba em 1945, que supostamente tinha 6,4 metros (21 pés) de comprimento e pesava cerca de {{fmtn|3175}}–{{fmtn|3324}} quilos ({{fmtn|7000}}–{{fmtn|7328}} libras).<ref>{{citar web|url=http://homepage.mac.com/mollet/Cc/A_Shark_to_Remember.htm |título=A Shark to Remember: The Story of a Great White Caught in 1945 |autor=Echenique, E. J. |acessodata=22 de janeiro de 2013 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120427064904/http://homepage.mac.com/mollet/Cc/A_Shark_to_Remember.htm |arquivodata=27 de abril de 2012 }} Home Page of Henry F. Mollet, Research Affiliate, [[Moss Landing Marine Laboratories]].</ref><ref name="Tricas_1984"/> Estudos posteriores provaram que este espécime estava na faixa de tamanho normal, com cerca de 4,9 metros (16 pés) de comprimento.<ref name="LGWS"/>]]


Nos tubarões-brancos, o [[dimorfismo sexual]] está presente e as fêmeas são geralmente maiores que os machos. Os brancos masculinos medem em média 3,4 a 4,0 metros (11 a 13 pés) de comprimento, enquanto as fêmeas medem 4,6 a 4,9 metros (15 a 16 pés).<ref name=Smithsonian/> Os adultos desta espécie pesam em média 522–771 quilos ({{fmtn|1151}}–{{fmtn|1700}} libras);<ref name="Wood"/> no entanto, as fêmeas maduras podem ter uma massa média de 680–{{fmtn|1110}} quilos ({{fmtn|1500}}–{{fmtn|2450}} libras). As maiores fêmeas registradas mediam até 6,1 metros (20 pés) de comprimento e tinham um peso estimado de {{fmtn|1905}} quilos ({{fmtn|4200}} libras),<ref name="LGWS"/> talvez até {{fmtn|2268}} quilos (cinco mil libras).<ref name=GWO>{{citar web|url=http://greatwhite.org/frame_facts.htm|título=Just the Facts Please|publicado=GreatWhite.org |acessodata=3 de junho de 2016}}</ref> O tamanho máximo está sujeito a debate porque alguns relatórios são estimativas aproximadas ou especulações realizadas em circunstâncias questionáveis.<ref name="EllisMcCosker">[[Richard Ellis (biologist)|Ellis, Richard]] and John E. McCosker. 1995. ''Great White Shark''. Stanford University Press, {{ISBN|0-8047-2529-2}}</ref> Entre os peixes cartilaginosos vivos, apenas o [[tubarão-baleia]] (''Rhincodon typus''), o [[tubarão-frade]] (''Cetorhinus maximus'') e a [[jamanta]] (''Manta birostris''), nessa ordem, são em média maiores e mais pesadas. Essas três espécies são geralmente bastante dóceis em disposição e [[animal filtrador|passivamente filtram]] organismos muito pequenos.<ref name="Wood">{{citar livro|autor=Wood, Gerald |título=The Guinness Book of Animal Facts and Feats |ano=1983 |isbn=978-0-85112-235-9 |url=https://archive.org/details/guinnessbookofan00wood|editora=Guinnes Superlatives Ltd.|local=Enfield, Middlesex }}</ref> Isso torna o tubarão-branco o maior peixe macropredatório existente. Os tubarões-brancos têm cerca de 1,2 metro (3,9 pés) quando nascem e crescem cerca de 25 centímetros (9,8 polegadas) a cada ano.<ref>{{citar web|título=ADW: ''Carcharodon carcharias'': Information|url=http://animaldiversity.org/accounts/Carcharodon_carcharias/#reproduction|publicado=Animal Diversity Web|acessodata=16 de maio de 2016}}</ref>
Nos tubarões-brancos, o [[dimorfismo sexual]] está presente e as fêmeas são geralmente maiores que os machos. Os brancos masculinos medem em média 3,4 a 4,0 metros (11 a 13 pés) de comprimento, enquanto as fêmeas medem 4,6 a 4,9 metros (15 a 16 pés).<ref name=Smithsonian/> Os adultos desta espécie pesam em média 522–771 quilos ({{fmtn|1151}}–{{fmtn|1700}} libras);<ref name="Wood"/> no entanto, as fêmeas maduras podem ter uma massa média de 680–{{fmtn|1110}} quilos ({{fmtn|1500}}–{{fmtn|2450}} libras). As maiores fêmeas registradas mediam até 6,1 metros (20 pés) de comprimento e tinham um peso estimado de {{fmtn|1905}} quilos ({{fmtn|4200}} libras),<ref name="LGWS"/> talvez até {{fmtn|2268}} quilos (cinco mil libras).<ref name=GWO>{{citar web|url=http://greatwhite.org/frame_facts.htm|título=Just the Facts Please|publicado=GreatWhite.org |acessodata=3 de junho de 2016}}</ref> O tamanho máximo está sujeito a debate porque alguns relatórios são estimativas aproximadas ou especulações realizadas em circunstâncias questionáveis.<ref name="EllisMcCosker">[[Richard Ellis (biologist)|Ellis, Richard]] and John E. McCosker. 1995. ''Great White Shark''. Stanford University Press, {{ISBN|0-8047-2529-2}}</ref> Entre os peixes cartilaginosos vivos, apenas o [[tubarão-baleia]] (''Rhincodon typus''), o [[tubarão-frade]] (''Cetorhinus maximus'') e a [[jamanta]] (''Manta birostris''), nessa ordem, são em média maiores e mais pesadas. Essas três espécies são geralmente bastante dóceis em disposição e [[animal filtrador|passivamente filtram]] organismos muito pequenos.<ref name="Wood">{{citar livro|autor=Wood, Gerald |título=The Guinness Book of Animal Facts and Feats |ano=1983 |isbn=978-0-85112-235-9 |url=https://archive.org/details/guinnessbookofan00wood|editora=Guinnes Superlatives Ltd.|local=Enfield, Middlesex }}</ref> Isso torna o tubarão-branco o maior peixe macropredatório existente. Os tubarões-brancos têm cerca de 1,2 metro (3,9 pés) quando nascem e crescem cerca de 25 centímetros (9,8 polegadas) a cada ano.<ref>{{citar web|título=ADW: ''Carcharodon carcharias'': Information|url=http://animaldiversity.org/accounts/Carcharodon_carcharias/#reproduction|publicado=Animal Diversity Web|acessodata=16 de maio de 2016}}</ref>
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=== Exemplos de tubarões-brancos grandes não confirmados ===
=== Exemplos de tubarões-brancos grandes não confirmados ===


[[imagem:Great white shark caught in Seven Star Lake in 1997.jpg|thumb|esquerda|Grande tubarão-branco capturado no [[condado de Hualien]], [[Taiuã]], em 14 de maio de 1997: teria (não confirmado) quase 7 metros (23 pés) de comprimento com uma massa de {{Fmtn|2500}} quilos ({{fmtn|5500}} libras).<ref name=Mollet/>]]
[[imagem:Great white shark caught in Seven Star Lake in 1997.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Grande tubarão-branco capturado no [[condado de Hualien]], [[Taiuã]], em 14 de maio de 1997: teria (não confirmado) quase 7 metros (23 pés) de comprimento com uma massa de {{Fmtn|2500}} quilos ({{fmtn|5500}} libras).<ref name=Mollet/>]]


Uma série de grandes espécimes de tubarão-branco não confirmados foram registrados.<ref name=Mollet>{{citation |último=Mollet |primeiro=H. F. |ano=2008 |url=http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Cc_list.html |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120531074111/http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Cc_list.html |urlmorta= sim|arquivodata=31 de maio de 2012 |título=White Shark Summary ''Carcharodon carcharias'' (Linnaeus, 1758)] |publicado=Home Page of Henry F. Mollet, Research Affiliate, Moss Landing Marine Laboratories}}</ref> Durante décadas, muitos trabalhos ictiológicos, bem como o ''Guinness Book of World Records'', listaram dois grandes tubarões-brancos como os maiores indivíduos: na década de 1870, um exemplar de 10,9 metros (36 pés) capturado nas águas do sul da Austrália, perto de [[Port Fairy]], e outro de 11,3 metros (37 pés) preso em um açude de arenque em [[Nova Brunsvique]], [[Canadá]], na década de 1930. No entanto, essas medidas não foram obtidas de maneira rigorosa e cientificamente válida, e os pesquisadores questionaram a confiabilidade dessas medidas por muito tempo, observando que eram muito maiores do que qualquer outro avistamento relatado com precisão. Estudos posteriores provaram que essas dúvidas eram bem fundamentadas. Este tubarão de Nova Brunsvique pode ter sido um tubarão-frade mal identificado, pois os dois têm formas corporais semelhantes. A questão do tubarão de Port Fairy foi resolvida na década de 1970, quando J. E. Randall examinou as mandíbulas do tubarão e "descobriu que o tubarão de Port Fairy tinha cerca de 5 metros (16 pés) de comprimento e sugeriu que um erro havia sido cometido no registro original, em 1870, do comprimento do tubarão".<ref name="SAWP">{{citar periódico|url=http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Mike_Cappo.html |título=Size and age of the white pointer shark, ''Carcharodon carcharias'' (Linnaeus) |autor=Cappo, Michael |periódico=SAFISH |ano=1988 |volume=13 |número=1 |páginas=11–13 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070106083235/http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Mike_Cappo.html |arquivodata=6 de janeiro de 2007 }}</ref>
Uma série de grandes espécimes de tubarão-branco não confirmados foram registrados.<ref name=Mollet>{{citation |último=Mollet |primeiro=H. F. |ano=2008 |url=http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Cc_list.html |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120531074111/http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Cc_list.html |urlmorta= sim|arquivodata=31 de maio de 2012 |título=White Shark Summary ''Carcharodon carcharias'' (Linnaeus, 1758)] |publicado=Home Page of Henry F. Mollet, Research Affiliate, Moss Landing Marine Laboratories}}</ref> Durante décadas, muitos trabalhos ictiológicos, bem como o ''Guinness Book of World Records'', listaram dois grandes tubarões-brancos como os maiores indivíduos: na década de 1870, um exemplar de 10,9 metros (36 pés) capturado nas águas do sul da Austrália, perto de [[Port Fairy]], e outro de 11,3 metros (37 pés) preso em um açude de arenque em [[Nova Brunsvique]], [[Canadá]], na década de 1930. No entanto, essas medidas não foram obtidas de maneira rigorosa e cientificamente válida, e os pesquisadores questionaram a confiabilidade dessas medidas por muito tempo, observando que eram muito maiores do que qualquer outro avistamento relatado com precisão. Estudos posteriores provaram que essas dúvidas eram bem fundamentadas. Este tubarão de Nova Brunsvique pode ter sido um tubarão-frade mal identificado, pois os dois têm formas corporais semelhantes. A questão do tubarão de Port Fairy foi resolvida na década de 1970, quando J. E. Randall examinou as mandíbulas do tubarão e "descobriu que o tubarão de Port Fairy tinha cerca de 5 metros (16 pés) de comprimento e sugeriu que um erro havia sido cometido no registro original, em 1870, do comprimento do tubarão".<ref name="SAWP">{{citar periódico|url=http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Mike_Cappo.html |título=Size and age of the white pointer shark, ''Carcharodon carcharias'' (Linnaeus) |autor=Cappo, Michael |periódico=SAFISH |ano=1988 |volume=13 |número=1 |páginas=11–13 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070106083235/http://homepage.mac.com/mollet/Cc/Mike_Cappo.html |arquivodata=6 de janeiro de 2007 }}</ref>
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Um tubarão-branco fêmea particularmente apelidado de "Deep Blue", estimado em 6,1 metros (20 pés), foi filmado em [[Guadalupe]] durante as filmagens do episódio de 2014 da Shark Week "Jaws Strikes Back". Deep Blue também ganharia atenção significativa mais tarde quando foi filmada interagindo com o pesquisador Mauricio Hoyas Pallida em um vídeo viral que Mauricio postou no Facebook em 11 de junho de 2015.<ref>{{citar web|url=http://www.discovery.com/tv-shows/shark-week/shark-feed/learn-more-about-deep-blue-one-of-the-biggest-great-white-sharks-ever-filmed/|título=Learn More About Deep Blue, One of the Biggest Great White Sharks Ever Filmed|obra=Discovery}}</ref> Deep Blue foi visto mais tarde em [[Oahu]] em janeiro de 2019 enquanto procurava uma carcaça de [[cachalote]], após o que foi filmada nadando ao lado de mergulhadores, incluindo o operador de turismo de mergulho e modelo Ocean Ramsey em águas abertas.<ref>{{citar jornal|url=https://www.hawaiinewsnow.com/2019/01/16/massive-shark-known-deep-blue-was-seen-cruising-hawaii-waters/ |título=Biggest great white shark on record seen in Hawaii waters |primeiro=H. N. N. |último=Staff |jornal=Hawaii News}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.foxnews.com/science/shark-shocker-massive-20-foot-great-white-known-as-deep-blue-spotted-near-hawaii|título=Great white shark, called 'Deep Blue,' spotted near Hawaii|primeiro=Chris|último=Ciaccia|data=16 de janeiro de 2019|website=Fox News}}</ref><ref>{{citar web|url=https://ftw.usatoday.com/2019/01/deep-blue-perhaps-the-largest-known-great-white-shark-spotted-off-hawaii|título=Deep Blue, perhaps the largest known great white shark, spotted off Hawaii|data=16 de janeiro de 2019}}</ref> Em julho de 2019, um pescador, J. B. Currell, estava em uma viagem para cabo Cod a partir das [[Bermudas]] com Tom Brownell quando viu um grande tubarão a cerca de 64 quilômetros a sudeste de [[Martha's Vineyard]]. Gravando-o em vídeo, ele disse que pesava cerca de {{fmtn|2300}} quilos e média de 7,6 a 9,1 metros, evocando uma comparação com o tubarão fictício da obra ''Tubarão''. O vídeo foi compartilhado com a página "Troy Dando Fishing" no Facebook.<ref name="Vt 07-2019">{{citar web|último=Armitage |primeiro=Stefan |título=Fisherman encounters '30-foot' great white shark |website=Vt.co |url=https://vt.co/animals/stories/fisherman-encounters-30-foot-great-white-shark/ |data=12 de julho de 2019 |acessodata=28 de novembro de 2019}}</ref> Um tubarão-branco particularmente infame, supostamente de proporções recordes, uma vez patrulhava a área que compreende a [[baía False]], na África do Sul, e teria mais de 7 metros (23 pés) durante o início dos anos 80. Este tubarão, conhecido localmente como o "Submarino", tinha uma reputação lendária que era supostamente bem fundamentada. Embora os rumores tenham afirmado que este era exagerado em tamanho ou inexistente, relatos de testemunhas do então jovem Craig Anthony Ferreira, um notável especialista em tubarões na África do Sul, e seu pai indicam um animal incomumente grande de tamanho e poder consideráveis ​​(embora permanece incerto o quão grande era o tubarão quando escapou da captura cada vez que foi fisgado). Ferreira descreve os quatro encontros com o tubarão-branco dos quais participou com grande detalhe em seu livro ''Great White Sharks On Their Best Behavior''.<ref>{{citar livro|último=Ferreira |primeiro=Craig |ano=2011 |título=Great White Sharks On Their Best Behavior}}</ref>
Um tubarão-branco fêmea particularmente apelidado de "Deep Blue", estimado em 6,1 metros (20 pés), foi filmado em [[Guadalupe]] durante as filmagens do episódio de 2014 da Shark Week "Jaws Strikes Back". Deep Blue também ganharia atenção significativa mais tarde quando foi filmada interagindo com o pesquisador Mauricio Hoyas Pallida em um vídeo viral que Mauricio postou no Facebook em 11 de junho de 2015.<ref>{{citar web|url=http://www.discovery.com/tv-shows/shark-week/shark-feed/learn-more-about-deep-blue-one-of-the-biggest-great-white-sharks-ever-filmed/|título=Learn More About Deep Blue, One of the Biggest Great White Sharks Ever Filmed|obra=Discovery}}</ref> Deep Blue foi visto mais tarde em [[Oahu]] em janeiro de 2019 enquanto procurava uma carcaça de [[cachalote]], após o que foi filmada nadando ao lado de mergulhadores, incluindo o operador de turismo de mergulho e modelo Ocean Ramsey em águas abertas.<ref>{{citar jornal|url=https://www.hawaiinewsnow.com/2019/01/16/massive-shark-known-deep-blue-was-seen-cruising-hawaii-waters/ |título=Biggest great white shark on record seen in Hawaii waters |primeiro=H. N. N. |último=Staff |jornal=Hawaii News}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.foxnews.com/science/shark-shocker-massive-20-foot-great-white-known-as-deep-blue-spotted-near-hawaii|título=Great white shark, called 'Deep Blue,' spotted near Hawaii|primeiro=Chris|último=Ciaccia|data=16 de janeiro de 2019|website=Fox News}}</ref><ref>{{citar web|url=https://ftw.usatoday.com/2019/01/deep-blue-perhaps-the-largest-known-great-white-shark-spotted-off-hawaii|título=Deep Blue, perhaps the largest known great white shark, spotted off Hawaii|data=16 de janeiro de 2019}}</ref> Em julho de 2019, um pescador, J. B. Currell, estava em uma viagem para cabo Cod a partir das [[Bermudas]] com Tom Brownell quando viu um grande tubarão a cerca de 64 quilômetros a sudeste de [[Martha's Vineyard]]. Gravando-o em vídeo, ele disse que pesava cerca de {{fmtn|2300}} quilos e média de 7,6 a 9,1 metros, evocando uma comparação com o tubarão fictício da obra ''Tubarão''. O vídeo foi compartilhado com a página "Troy Dando Fishing" no Facebook.<ref name="Vt 07-2019">{{citar web|último=Armitage |primeiro=Stefan |título=Fisherman encounters '30-foot' great white shark |website=Vt.co |url=https://vt.co/animals/stories/fisherman-encounters-30-foot-great-white-shark/ |data=12 de julho de 2019 |acessodata=28 de novembro de 2019}}</ref> Um tubarão-branco particularmente infame, supostamente de proporções recordes, uma vez patrulhava a área que compreende a [[baía False]], na África do Sul, e teria mais de 7 metros (23 pés) durante o início dos anos 80. Este tubarão, conhecido localmente como o "Submarino", tinha uma reputação lendária que era supostamente bem fundamentada. Embora os rumores tenham afirmado que este era exagerado em tamanho ou inexistente, relatos de testemunhas do então jovem Craig Anthony Ferreira, um notável especialista em tubarões na África do Sul, e seu pai indicam um animal incomumente grande de tamanho e poder consideráveis ​​(embora permanece incerto o quão grande era o tubarão quando escapou da captura cada vez que foi fisgado). Ferreira descreve os quatro encontros com o tubarão-branco dos quais participou com grande detalhe em seu livro ''Great White Sharks On Their Best Behavior''.<ref>{{citar livro|último=Ferreira |primeiro=Craig |ano=2011 |título=Great White Sharks On Their Best Behavior}}</ref>


Um contendor em tamanho máximo entre os tubarões predadores é o tubarão-tigre (''Galeocerdo cuvier''). Enquanto os tubarões-tigre, que são tipicamente alguns pés menores e têm uma estrutura corporal mais magra e menos pesada do que os tubarões brancos, foram confirmados atingindo pelo menos 5,5 metros (18 pés) de comprimento, um espécime não verificado mediu 7,4 metros (24 pés) de comprimento e pesava ` {{fmtn|3110}} quilos ({{fmtn|6860}} libras), mais de duas vezes mais pesado que o maior espécime confirmado em {{fmtn|1524}} quilos ({{fmtn|3336}}).<ref name="Wood"/><ref name=FroesePauly>{{FishBase|genus=Galeocerdo|species=cuvier|year=2011|month=July}}</ref><ref>{{citar web|url=http://homepage.mac.com/mollet/Gc/Gc_large.html |título=Summary of Large Tiger Sharks ''Galeocerdo cuvier'' (Peron & LeSueur, 1822) |acessodata=3 de maio de 2010 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120410200248/http://homepage.mac.com/mollet/Gc/Gc_large.html |arquivodata=10 de abril de 2012 }}</ref> Alguns outros tubarões macropredatórios, como o tubarão-da-groenlândia (''[[Somniosus microcephalus]]'') e o tubarão-dormedor-do-pacífico (''[[Somniosus pacificus]]''), relatadamente rivalizam com os tubarões em comprimento (mas provavelmente pesam um pouco menos, pois são mais esbeltos em construção do que um grande branco) em casos excepcionais.<ref>{{citar web|último=Eagle|primeiro=Dane|título=Greenland Shark|url=http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/GreenlandShark/GreenlandShark.html|obra=Florida Museum of Natural History|acessodata=1 de setembro de 2012|arquivodata=5 de abril de 2013|arquivourl=https://www.webcitation.org/6FdoOLjSS?url=http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/GreenlandShark/GreenlandShark.html|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web|último=Martin|primeiro=R. Aidan|título=Pacific Sleeper Shark|url=http://www.elasmo-research.org/education/ecology/deepsea-pacific_sleeper.htm|obra=ReefQuest Centre for Shark Research|publicado=Biology of Sharks and Rays|acessodata=1 de setembro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130420170134/http://www.elasmo-research.org/education/ecology/deepsea-pacific_sleeper.htm |arquivodata=20 de abril de 2013}}</ref>
Um contendor em tamanho máximo entre os tubarões predadores é o tubarão-tigre (''Galeocerdo cuvier''). Enquanto os tubarões-tigre, que são tipicamente alguns pés menores e têm uma estrutura corporal mais magra e menos pesada do que os tubarões brancos, foram confirmados atingindo pelo menos 5,5 metros (18 pés) de comprimento, um espécime não verificado mediu 7,4 metros (24 pés) de comprimento e pesava {{fmtn|3110}} quilos ({{fmtn|6860}} libras), mais de duas vezes mais pesado que o maior espécime confirmado em {{fmtn|1524}} quilos ({{fmtn|3336}}).<ref name="Wood"/><ref name=FroesePauly>{{FishBase|genus=Galeocerdo|species=cuvier|year=2011|month=July}}</ref><ref>{{citar web|url=http://homepage.mac.com/mollet/Gc/Gc_large.html |título=Summary of Large Tiger Sharks ''Galeocerdo cuvier'' (Peron & LeSueur, 1822) |acessodata=3 de maio de 2010 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120410200248/http://homepage.mac.com/mollet/Gc/Gc_large.html |arquivodata=10 de abril de 2012 }}</ref> Alguns outros tubarões macropredatórios, como o tubarão-da-groenlândia (''[[Somniosus microcephalus]]'') e o tubarão-dormedor-do-pacífico (''[[Somniosus pacificus]]''), relatadamente rivalizam com os tubarões em comprimento (mas provavelmente pesam um pouco menos, pois são mais esbeltos em construção do que um grande branco) em casos excepcionais.<ref>{{citar web|último=Eagle|primeiro=Dane|título=Greenland Shark|url=http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/GreenlandShark/GreenlandShark.html|obra=Florida Museum of Natural History|acessodata=1 de setembro de 2012|arquivodata=5 de abril de 2013|arquivourl=https://www.webcitation.org/6FdoOLjSS?url=http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/GreenlandShark/GreenlandShark.html|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web|último=Martin|primeiro=R. Aidan|título=Pacific Sleeper Shark|url=http://www.elasmo-research.org/education/ecology/deepsea-pacific_sleeper.htm|obra=ReefQuest Centre for Shark Research|publicado=Biology of Sharks and Rays|acessodata=1 de setembro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130420170134/http://www.elasmo-research.org/education/ecology/deepsea-pacific_sleeper.htm |arquivodata=20 de abril de 2013}}</ref>


==== Tamanhos relatados ====
[[Imagem:White shark (Carcharodon carcharias) scavenging on whale carcass - journal.pone.0060797.g004-A.png|250px|miniaturadaimagem|Os dentes de um tubarão branco adulto]]
[[Imagem:White shark.jpg|thumb|left|300x300px|Tubarão-branco, nadando com outros peixes]]


{|class="wikitable sortable collapsible collapsed"
== Alimentação ==
! Data !! Localização !! Tamanho relatado !! Peso relatado !! DUJP !! Tamanho dos dentes relatado !! Comprimento cientificamente analisado !! Comentários
[[Imagem:Surfacing great white.JPG|left|300px|thumb|Tubarão alimentando-se, à superfície]]
|-
Os tubarões brancos diferem muito da [[lenda urbana]] que lhes chama ''máquinas de matar'' . Para poder capturar os grandes [[mamífero]]s que constituem a base da sua dieta dos adultos,<ref name="Feeding">{{citar web|url=http://home.uchicago.edu/~arice/Estrada.et.al.2006.pdf|título=Uso de tópicos de análise de vertebrados em simulação de alimentação dos tubarões brancos
|22 de maio de 1989
|autor ="James A. Estrada, Aaron N. Rice, Lisa J. Natanson e Gregory B. Skomal"|publicado="Ecological Society of America"|acessodata=2006-10-20}}</ref> os tubarões brancos recorrem a uma característica ''emboscada'': colocam-se a vários metros por baixo da presa, que nada na superfície ou perto dela, usando a cor escura de seu dorso como camuflagem com o fundo, tornando-se assim, invisíveis para a sua vítima. Quando chega o momento de atacar, avançam com potentes movimentos do colo rapidamente para cima, e abrem as mandíbulas. O impacto costuma chegar ao ventre da vítima, onde o tubarão a aferra fortemente: se esta é pequena, como um [[leão-marinho]],<ref>[http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm Comportamento predatório dos tubarões da costa do Pacífico]</ref>
|Ledge Point, [[Austrália Ocidental]]
|594.4 centímetros
|2,052.27 quilos
|1,300 milímetros
|51 milímetros
|594.4 centímetros
|Maior espécie confirmado por [[John. E. Randall]]<ref name="auto2">{{citar web|url=https://www.deviantart.com/paleonerd01/journal/Largest-Great-White-Shark-Specimens-830623208|título=Largest Great White Shark Specimens by Paleonerd01 on DeviantArt|website=www.deviantart.com}}</ref>
|-

|-
|Novembro de 2001
|[[Mar da China Oriental|Mar Oriental]], [[China]]
|602.0 centímetros
|2,460.00 quilos
|Não listado
|Não listado
|602.0 centímetros
|Verificado pelo biólogo marinho [[Heather M Christianson]]<ref name="auto">{{citar periódico|título=The Last Frontier: Catch Records of White Sharks (''Carcharodon carcharias'') in the Northwest Pacific Ocean|primeiro1=Heather M.|último1=Christiansen|primeiro2=Victor|último2=Lin|primeiro3=Sho|último3=Tanaka|primeiro4=Anatoly|último4=Velikanov|primeiro5=Henry F.|último5=Mollet|primeiro6=Sabine P.|último6=Wintner|primeiro7=Sonja V.|último7=Fordham|primeiro8=Aaron T.|último8=Fisk|primeiro9=Nigel E.|último9=Hussey|data=16 de abril de 2014|periódico=PLOS ONE|volume=9|número=4|páginas=e94407|doi=10.1371/journal.pone.0094407|pmid=24740299|pmc=3989224|bibcode=2014PLoSO...994407C|doi-access=free}}</ref>
|-

|-
|17 de abril de 1952
|[[Streaky Bay]], Austrália
|609.6 centímetros
|1,360.77 quilos
|Não disponível
|Não disponível
|Não disponível
|Enorme tubarão-branco periodicamente fisgado por vários pescadores; fisgado por [[Alf Dean]], mas quebrou a linha. Estimasse que tenha 20 pés de comprimento.<ref>{{citar jornal|url=https://trove.nla.gov.au/newspaper/article/93870217 |título='Barnacle Lil' Still Terror Of West Coast Deep |local=[[Streaky Bay]] |data=17 de abril de 1952 |obra=[[The Chronicle (South Australia)|The Chronicle]] |via=[[Trove]]}}</ref>
|-

|-
|4 de agosto de 1983
|Ilha do Príncipe Eduardo, Canadá
|609.6 centímetros
|2,213.78 quilos
|1,430 milímetros
|47.5 milímetros
|609.6 centímetros
|Verificado pelo biólogo marinho [[Gordon Hubbell]]<ref>{{citar web|url=http://www.elasmollet.org/Cc/Cc_list.html|título=White Shark Summary ''Carcharodon carcharias'' (Linnaeus, 1758)|website=www.elasmollet.org}}</ref>
|-

|-
|13 de outubro de 1956
|[[Maguelone]], [[França]]
|589.0 centímetros
|Não listado
|Não listado
|Não listado
|Não listado
|Girth estimou em centímetros<ref name="Mediterranean Great White Sharks: A Comprehensive Study Including All Recorded Sightings">{{citar livro|autor=Alessandro De Maddalena & Walter Heim|título=Mediterranean Great White Sharks: A Comprehensive Study Including All Recorded Sightings |publicado=McFarland|ano=2015 | isbn=978-0786488155}}</ref>

|-
|16 de junho de 1996
|[[Malindi]], [[Quênia]]
|640.0 centímetros
|2,200.00 quilos
|Não listado
|Não listado
|570.0 centímetros
|Shark cut apart before it could be photographed and weighed in total
|-

|-
|Maio de 1945
|[[Cojimar]], [[Cuba]]
|640.8 centímetros
|3,220.5 quilos
|Não listado
|44 milímetros
|633.13 centímetros
|John Randall estimou que tivesse 494.37 centímetros de comprimento, mas revisado após a análise de Maddalena<ref>{{citar web|url=https://www.researchgate.net/publication/277713896|título=On the great white shark, Carcharodon carcharias (Linnaeus, 1758), preserved in the Museum of Zoology in Lausanne.|website=ResearchGate}}</ref>
|-

|-
|14 de maio de 1997
|Condado de Hualien, [[Taiuã]]
|670.0 centímetros
|2,500 quilos
|Não listado
|Não listado
|Não listado
|A foto utilizado [[perspectiva forçada]] e a provavel medição seria menor<ref name="auto1">{{citar web|url=https://ourplnt.com/largest-great-white-sharks-ever-recorded/|título=Largest great white sharks ever recorded|primeiro=M. Özgür|último=Nevres|data=6 de outubro de 2018|website=Our Planet}}</ref><ref name="auto"/>
|-

|-
|1 de abril de 1987
|Ilha Kangaroo|Austrália Meridional
|700.0 centímetros
|2,500 quilos
|1,250 milímetros
|Não listado
|600 centímetros
|Comprimento original de 700 centímetros não pode ser desconsiderado<ref>{{citar web|url=https://www.researchgate.net/publication/268631835|título=An analysis of photographic evidences of the largest great white sharks (''Carcharodon carcharias''), Linnaeus 1758, captures in the Mediterranean sea with considerations about the maximum size of the species.|website=ResearchGate}}</ref>
|-

|-
|17 de abril de 1987
|[[Filfla]], [[Malta]]
|714.0 centímetros
|2,880 quilos
|1,120 milímetros
|46.9 milímetros
|668 centímetros - 681 centímetros
|Comprimento relatado original de 714 centímetros é possível<ref name="auto1"/><ref name="auto"/>
|-

|-
|Maio de 1978
|[[Açores]]
|900.0 centímetros
|4,546 quilos
|Não listado
|76.0 milímetros
|610 centímetros
|Fotos examinadas por John Randall<ref name="auto2"/>
|-

|-
|Indeterminado
|False Bay, África do Sul
|1,310.64 centímetros
|Não listado
|Não listado
|Não listado
|Não listado
|Referido por [[Lawrence G. Green]] em livro<ref>{{citar web|url=http://sharkalley.blogspot.com/2013/07/le-tres-grand-requin-blanc.html|título=Squalus Carcharias: Le TRÈS Grand Requin Blanc !|data=29 de julho de 2013}}</ref>
|-

|-
|5 de junho de 1975
|[[Ilha Longa]], [[Nova Iorque]]
|914.14 centímetros
|Não listado
|762.00 milímetros
|Não listado
|Não listado
|Localizado pelo capitão Paul Sundberg. Arpoado, mas fugiu, e deixou uma marca de mordida inferior de 30 polegadas fundo de seu barco<ref name="Guinness Book of World Records Animal Facts and Feats">{{citar livro|autor=[[Gerald L Wood]]|título=Guinness Book of World Records Animal Facts and Feats |publicado=Sterling Pub Co., Inc|ano=1982 | isbn=978-0851122359}}</ref>
|-

|-
|Junho de 1978
|Montauk Point
|762.00 centímetros
|1,360.78 quilos
|Não listado
|Não listado
|Não listado
|Arpoado pelo capitão John Sweetman, rebocou o barco 30 milhas antes de se libertar. Também avistado pelo capitão Paul Sundberg e confirmado visualmente como um tubarão-branco.<ref name="Guinness Book of World Records Animal Facts and Feats"/><ref>{{citar jornal|último=Molotsky |primeiro=Irvin M |data=24 de junho de 1978 |título=Harpooned Shark Pulls Fishing Boat 14 Hours Off L.I. |url=https://www.nytimes.com/1978/06/24/archives/harpooned-shark-pulls-fishing-boat-14-hours-off-li.html?pagewanted=all |jornal=[[New York Times]] }}</ref>
|-

|-
|Março de 2008
|Sandum, China
|1,000.00 centímetros
|2,267.96 quilos
|Não listado
|Não listado
|614.5
|Peso considerado muito pequeno para um tubarão daquele tamaho, que teria que ter 9,772.37 quilos se o tamanho é preciso<ref name="auto2"/>
|-

|-
|17 de janeiro de 2019
|Havaí
|609.6 centímetros
|2,267.96 quilos
|Não listado
|Não listado
|609.6 centímetros
|Deep Blue foi visto no México em 2013 e novamente no Havaí em 2019<ref>{{citar web|url=https://sharkdivingxperts.com/white-shark-profiles/deep-blue/|título=Deep Blue|data=19 de março de 2017}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.nationalgeographic.com/animals/2019/07/rare-footage-three-female-great-white-sharks/|título=One of biggest great white sharks seen feasting on sperm whale in rare video|data=19 de julho de 2019|website=Animals}}</ref>
|-

|-
|Junho de 1930
|Grand Mahan
|1,127.76 centímetros
|2,267.96 quilos
|Não listado
|Não listado
|517.6 centímetros - 812.5 centímetros
|John Randall estimou 517 centímetros com base em dente de 28 milímetros; o tamanho da escala com base na quantidade de óleo de fígado relatado fornece uma estimativa maior.<ref>{{citar web|url=http://new-brunswick.net/new-brunswick/sharks/mar2197.html|título=The Big One, a Great White story from Grand Manan|website=new-brunswick.net}}</ref><ref>{{citar periódico|url=https://dalspace.library.dal.ca//handle/10222/13430|título=The marine fishes of Nova Scotia|primeiro1=Vadim D. (Vadim Dmitrij)|último1=Vladykov|primeiro2=Ross A.|último2=McKenzie|periódico=Proceedings of the Nova Scotian Institute of Science|data=17 de maio de 1935|via=dalspace.library.dal.ca}}</ref>
|-

|-
|6 de novembro de 1987
|[[Cowes]], {{ilc|Ilha de Filipe||Phillip Island}}, [[Vitória (Austrália)|Vitória]], Austrália
|633 centímetros
|2,306.52 quilos
|Não listado
|50.8 milímetros
|633 centímetros
|Estômago continha uma foca intiera. Os dentes tinham 2 centímetros de comprimento.<ref>{{citar web|url=https://victoriancollections.net.au/items/5de05a3621ea671e1878dff6 |título=Photograph, Shark at Cowes, 1987 |website=Victorian Collections, Phillip Island and District Historical Society}}</ref><ref>{{citar web|url=https://i.pinimg.com/originals/b6/92/67/b692677668b60cb58283673174f6035c.jpg|título=Photo of dead shark}}</ref>
|-
|}

=== Adaptações ===

[[imagem:Great white shark 1001.jpg|thumb|esquerda|miniaturadeimagem|Tubarão-branco nadando]]
[[imagem:White shark1.jpg|thumb|esquerda|miniaturadeimagem|Tubarão mordendo a isca de cabeça de peixe ao lado de uma gaiola em False Bay, África do Sul]]

Os tubarões-brancos, como todos os outros tubarões, têm um sentido extra dado pelas [[ampolas de Lorenzini]] que lhes permite detectar o campo eletromagnético emitido pelo movimento dos animais vivos. São tão sensíveis que podem detectar variações de meio bilionésimo de volt. De perto, isso permite que o tubarão localize até mesmo animais imóveis, detectando seus batimentos cardíacos.<ref name = "King_2015">{{citar periódico| vauthors = King B, Hu Y, Long JA |título= Electroreception in early vertebrates: survey, evidence and new information. |periódico= Palaeontology |data=maio de 2018 | volume = 61 |número= 3 |páginas= 325–58 | doi = 10.1111/pala.12346 | url = https://phys.org/news/2018-02-sharks-animals-evolved-electroreception-theirprey.html | doi-access = free }}</ref> A maioria dos peixes tem um sentido menos desenvolvido, mas semelhante, usando a [[linha lateral]] do corpo.<ref>{{citar web|título=The physiology of the ampullae of Lorenzini in sharks|url=http://www.bio.davidson.edu/people/midorcas/animalphysiology/websites/2005/DiLuzio/index.htm|obra=Biology Dept., Davidson College|publicado=Biology @ Davidson|acessodata=20 de agosto de 2012|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101124035534/http://www.bio.davidson.edu/people/midorcas/animalphysiology/websites/2005/DiLuzio/index.htm|arquivodata=24 de novembro de 2010}}</ref>

Para caçar com mais sucesso presas rápidas e ágeis, como leões marinhos, o tubarão-branco se adaptou para manter uma temperatura corporal mais quente que a água ao redor. Uma dessas adaptações é uma ''[[rete mirabile]]'' (latim para "rede maravilhosa"). Essa estrutura de veias e artérias em forma de teia, localizada ao longo de cada lateral do tubarão, conserva o calor aquecendo o sangue arterial mais frio com o sangue venoso que foi aquecido pelos músculos que trabalham. Isso mantém certas partes do corpo (particularmente o estômago) em temperaturas de até 14 °C (25 °F)<ref>{{citar web|último=Martin|primeiro=R. Aidan|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/p_body_temp.htm |título=Body Temperature of the Great white and Other Lamnoid Sharks |publicado=ReefQuest Centre for Shark research|acessodata=16 de outubro de 2010}}</ref> acima da água ao redor, enquanto o coração e as brânquias permanecem à temperatura do mar. Ao conservar energia, a temperatura corporal central pode cair para corresponder ao ambiente. O sucesso de um tubarão-branco em elevar sua temperatura central é um exemplo de [[gigantotermia]]. Portanto, tubarão-branco pode ser considerado um [[poiquilotermia|poiquilotérmico]] [[processo endotérmico|endotérmico]] ou [[mesotermia|mesotérmico]] porque sua temperatura corporal não é constante, mas é regulada internamente.<ref name="marinbioGW"/><ref name=flmnhgallery>[http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/Whiteshark/whiteshark.html White Shark Biological Profile] {{Webarchive|url=https://www.webcitation.org/6Dp1VT3pI?url=http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/whiteshark/whiteshark.html |date=20 January 2013 }} from the Florida Museum of Natural History</ref> Os tubarões-brancos também contam com a gordura e os óleos armazenados em seus fígados para migrações de longa distância em áreas pobres em nutrientes dos oceanos.<ref>{{citar jornal|url=http://www.csmonitor.com/Science/2013/0718/Great-white-shark-packs-its-lunch-in-its-liver-before-a-big-trip |título=Great white shark packs its lunch in its liver before a big trip|autor=Barber, Elizabeth |obra=The Christian Science Monitor|data=18 de julho de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130802083958/http://www.csmonitor.com/Science/2013/0718/Great-white-shark-packs-its-lunch-in-its-liver-before-a-big-trip |arquivodata=2 de agosto de 2013}}</ref> Estudos da [[Universidade de Stanford]] e do [[Aquário da baía de Monterey]] publicados em 17 de julho de 2013 revelaram que, além de controlar a flutuabilidade dos tubarões, o fígado dos tubarões-brancos é essencial nos padrões de migração. Tubarões que afundam mais rápido durante mergulhos à deriva utilizam suas reservas internas de energia mais rapidamente do que aqueles que afundam em um mergulho em taxas mais lentas.<ref>{{citar web|url=https://www.sciencedaily.com/releases/2013/07/130717134923.htm |título=Great White Sharks' Fuel for Oceanic Voyages: Liver Oil |data=17 de julho de 2013 |autor=Jordan, Rob |publicado=Stanford University|website=sciencedaily.com}}</ref>

A toxicidade de metais pesados ​​parece ter poucos efeitos negativos em tubarões-brancos. Amostras de sangue coletadas de 43 indivíduos de tamanhos, idades e sexos variados na costa sul-africana lideradas por biólogos da [[Universidade de Miami]] em 2012 indicam que, apesar dos altos níveis de [[mercúrio (elemento)|mercúrio]], [[chumbo]] e [[arsênio]], não havia sinal de aumento da contagem de glóbulos brancos e das proporções de granulados para linfócitos, indicando que os tubarões tinham sistemas imunológicos saudáveis. Esta descoberta sugere uma defesa fisiológica previamente desconhecida contra o envenenamento por metais pesados. Os tubarões-brancos são conhecidos por terem uma propensão à "autocura e evitar doenças relacionadas à idade".<ref>{{citar web|url=https://www.smithsonianmag.com/smart-news/great-white-sharks-thrive-even-lead-arsenic-and-mercury-course-through-their-veins-180971871/|título=Great White Sharks Thrive Despite Heavy Metals Coursing Through Their Veins |último=Solly|primeiro=Meilan|data=3 de abril de 2019|website=Smithsonian Magazine|língua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190630223613/https://www.smithsonianmag.com/smart-news/great-white-sharks-thrive-even-lead-arsenic-and-mercury-course-through-their-veins-180971871/|arquivodata=30 de junho de 2019|urlmorta= não|acessodata=30 de junho de 2019}}</ref>

=== Força da mordida ===

Um estudo de 2007 da [[Universidade de Nova Gales do Sul]], em [[Sidnei (Austrália)|Sidnei]], Austrália, usou tomografia computadorizada do crânio de um tubarão e modelos de computador para medir a força máxima de mordida do tubarão. O estudo revela que as forças e comportamentos em seu crânio são adaptadas para lidar e resolver teorias concorrentes sobre seu comportamento alimentar.<ref>{{citar jornal|último=Medina|primeiro=Samantha|título=Measuring the great white's bite|url=http://www.cosmosmagazine.com/node/1499|acessodata=1 de setembro de 2012|jornal=Cosmos Magazine|data=27 de julho de 2007|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120505052636/http://www.cosmosmagazine.com/node/1499|arquivodata=5 de maio de 2012}}</ref> Em 2008, uma equipe de cientistas liderada por Stephen Wroe conduziu um experimento para determinar o poder da mandíbula do tubarão-branco e as descobertas indicaram que um espécime pesando {{fmtn|3324}} quilos ({{fmtn|7328}} libras) poderia exercer uma força de mordida de {{fmtn|18216}} newtons ({{fmtn|4095}} lbf).<ref name="GWB"/>

== Ecologia e comportamento ==

[[imagem:Great white shark at his back11.jpg|thumb|Um tubarão vira de costas enquanto caça isca de atum]]

O comportamento e a estrutura social deste tubarão são complexas.<ref name="NaturalHistory 10-2006">{{citar revista|último1=Martin |primeiro1=R. Aidan |último2=Martin |primeiro2=Anne |título=Sociable Killers: New studies of the white shark (aka great white) show that its social life and hunting strategies are surprisingly complex. |revista=[[Natural History (magazine)|Natural History]] |url=http://www.naturalhistorymag.com/htmlsite/master.html?http://www.naturalhistorymag.com/htmlsite/1006/1006_feature.html |data=outubro de 2006 |acessodata=24 de novembro de 2019}}</ref> Na África do Sul, os tubarões-brancos têm uma [[hierarquia de dominância]] dependendo do tamanho, sexo e direitos do invasor: as fêmeas dominam os machos, os maiores dominam os menores e os residentes dominam os recém-chegados. Ao caçar, os tubarões-brancos tendem a separar e resolver conflitos com rituais e exibições. Raramente recorrem ao combate, embora alguns indivíduos tenham sido encontrados com marcas de mordida que correspondem às de outros tubarões-brancos. Isso sugere que quando um tubarão-branco se aproxima demais de outro, eles reagem com uma mordida de aviso. Outra possibilidade é que os tubarões-brancos mordam para mostrar seu domínio. Dados adquiridos de receptores de [[telemetria]] de origem animal e publicados em 2022 pela revista ''[[Royal Society Publishing]]'' sugerem que alguns indivíduos podem se associar para que possam compartilhar inadvertidamente informações sobre o paradeiro de presas ou a localização dos restos de animais que podem ser eliminados. Como o biolog pode ajudar a revelar hábitos sociais, permite uma melhor compreensão em estudos futuros sobre toda a extensão das interações sociais em grandes animais marinhos, incluindo o tubarão-branco.<ref>Papastamatiou Yannis P., Mourier Johann, TinHan Thomas, Luongo Sarah, Hosoki Seiko, Santana-Morales Omar and Hoyos-Padilla Mauricio. 2022 Social dynamics and individual hunting tactics of white sharks revealed by biologging. Biol. Lett.18: 2021059920210599
http://doi.org/10.1098/rsbl.2021.0599</ref>

O tubarão-branco é um dos poucos tubarões conhecidos por levantar regularmente a cabeça acima da superfície do mar para observar outros objetos, como presas. Isso é conhecido como [[salto de espionagem]]. Esse comportamento também foi visto em pelo menos um grupo de [[Tubarão-de-pontas-negras-do-recife|tubarões-de-pontas-negras-do-recife]], mas isso pode ser aprendido da interação com humanos (teoriza-se que o tubarão também pode cheirar melhor dessa maneira porque o cheiro viaja pelo ar mais rápido do que pela água). Os tubarões-brancos geralmente são animais muito curiosos, exibem inteligência e também podem se socializar se a situação exigir. Na [[ilha das Focas]], tubarões-brancos foram observados chegando e partindo em "clãs" estáveis ​​de dois a seis indivíduos anualmente. Se os membros do clã são parentes é desconhecido, mas se dão bem pacificamente. Na verdade, a estrutura social de um clã é provavelmente mais apropriadamente comparada à de uma [[matilha]] de [[lobo]]s; em que cada membro tem uma classificação claramente estabelecida e cada clã tem um líder alfa. Quando membros de clãs diferentes se encontram, estabelecem uma posição social de forma não violenta através de uma variedade de interações.<ref name="NHmag">{{citar web|url=http://www.naturalhistorymag.com/picks-from-the-past/201391/sociable-killers|título=Sociable Killers|autor1=Martin, R. Aidan |autor2=Martin, Anne |obra=Natural History Magazine |acessodata=30 de setembro de 2006 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130515061210/http://www.naturalhistorymag.com/picks-from-the-past/201391/sociable-killers |arquivodata=15 de maio de 2013}}</ref>

=== Alimentação ===
[[Imagem:Surfacing great white.JPG|esquerda|250px|miniaturadaimagem|Tubarão alimentando-se, à superfície]]
[[imagem:A beachcomber is looking at the marks of great white sharks bites.jpg|250px|esquerda|miniaturadaimagem|Pessoa olhando marcas de mordida de um tubarão-branco em uma carcaça de baleia encalhada]]

Os tubarões-brancos são [[carnívoro]]s e se alimentam de peixes (por exemplo, [[atum]], [[raia]]s e outros tubarões), [[cetáceo]]s (ou seja, [[golfinho]]s, [[boto]]s, [[baleia]]s), [[pinípedes]] (por exemplo, [[foca]]s, [[lobo-marinho|lobos-marinhos]], e [[leão-marinho|leões-marinhos]]), [[tartaruga]]s,<ref name="NHmag"/> [[lontra-marinha|lontras-marinhas]] (''Enhydra lutris'') e aves marinhas.<ref>{{citar periódico|último=Johnson|primeiro=R. L.|autor2=Venter, A.|autor3=Bester, M.N.|autor4=Oosthuizen, W.H.|título=Seabird predation by white shark ''Carcharodon carcharias'' and Cape fur seal ''Arctocephalus pusillus pusillus'' at Dyer Island|periódico=South African Journal of Wildlife Research|volume=36|número=1|páginas=23–32|local=South Africa|ano=2006|url=http://www.oceans-research.com/media/publications/SeabirdPublishedManuscript.pdf|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120403003541/http://www.oceans-research.com/media/publications/SeabirdPublishedManuscript.pdf|arquivodata=3 de abril de 2012}}</ref> Os tubarões-brancos também são conhecidos por comer objetos que são incapazes de digerir. Os juvenis atacam predominantemente peixes, incluindo outros elasmobrânquios, pois suas mandíbulas não são fortes o suficiente para suportar as forças necessárias para atacar presas maiores, como pinípedes e cetáceos, até atingirem um comprimento de 3 metros (9,8 pés) ou mais, no qual apontam que a cartilagem da mandíbula se mineraliza o suficiente para suportar o impacto de morder espécies de presas maiores.<ref>[https://www.sciencedaily.com/releases/2010/12/101202124556.htm Teenage great white sharks are awkward biters]. ''Science Daily'' (2 December 2010)</ref> Ao se aproximar de um comprimento de quase 4 metros (13 pés), começam a se alimentar predominantemente de mamíferos marinhos, embora alguns indivíduos pareçam se especializar em diferentes tipos de presas, dependendo de suas preferências.<ref>[https://www.sciencedaily.com/releases/2012/09/120929140238.htm White shark diets show surprising variability, vary with age and among individuals]. ''Science Daily'' (29 September 2012)</ref><ref name="Feeding">{{citar periódico|último=Estrada|primeiro=J. A. |autor2=Rice, Aaron N. |autor3=Natanson, Lisa J. |autor4=Skomal, Gregory B. |título=Use of isotopic analysis of vertebrae in reconstructing ontogenetic feeding ecology in white sharks|periódico=Ecology|volume=87|número=4|páginas=829–834|ano=2006|doi=10.1890/0012-9658(2006)87[829:UOIAOV]2.0.CO;2 |pmid=16676526}}</ref> Eles parecem ser altamente oportunistas.<ref name=Ferguson>{{citar periódico|último1=Fergusson |primeiro1=I. K. |último2=Compagno |primeiro2=L. J. |último3=Marks |primeiro3=M. A. |ano=2000 |título=Predation by white sharks ''Carcharodon carcharias'' (Chondrichthyes: Lamnidae) upon chelonians, with new records from the Mediterranean Sea and a first record of the ocean sunfish ''Mola mola'' (Osteichthyes: Molidae) as stomach contents |doi=10.1023/a:1007639324360 |periódico=Environmental Biology of Fishes |volume=58 |número=4|páginas=447–453 |s2cid=31232421 }}</ref><ref name=Hussey>Hussey, N. E., McCann, H. M., Cliff, G., Dudley, S. F., Wintner, S. P., & Fisk, A. T. (2012). Size-based analysis of diet and trophic position of the white shark (''Carcharodon carcharias'') in South African waters. ''Global Perspectives on the Biology and Life History of the White Shark''. (Ed. ML Domeier.) pp. 27–49.</ref> Esses tubarões preferem presas com alto teor de gordura rica em energia. O especialista em tubarões Peter Klimley usou um equipamento de vara e molinete e trolou carcaças de uma foca, um porco e uma ovelha de seu barco em South [[Ilhas Farallon|Farallons]]. Os tubarões atacaram todas as três iscas, mas rejeitaram a carcaça da ovelha.<ref>{{citar web|url=http://www.elasmo-research.org/education/topics/b_catch.htm |título=Catch as Catch Can |publicado=ReefQuest Centre for Shark Research |acessodata=16 de outubro de 2010}}</ref>

Ao largo de Ilha Longa, False Bay, na África do Sul, os tubarões emboscam [[Lobo-marinho-australiano|lobos-marinhos-australianos]] (''Arctocephalus pusillus'') por baixo em alta velocidade, atingindo o lobo no meio do corpo. Atingem altas velocidades que lhes permitem romper completamente a superfície da água. A velocidade máxima de rajada é estimada em mais de 40 km/h (25 mph).<ref>{{citar web|url=http://www.elasmo-research.org/education/topics/p_shark_speed.htm |título=How Fast Can a Shark Swim? |publicado=ReefQuest Centre for Shark Research }}</ref> Eles também foram observados perseguindo presas após um ataque perdido. A presa é geralmente atacada na superfície.<ref>{{citar web|url=http://www.elasmo-research.org/education/white_shark/predation.htm |título=White Shark Predatory Behavior at Seal Island |publicado=ReefQuest Centre for Shark Research}}</ref> Os ataques de tubarão ocorrem com mais frequência pela manhã, duas horas após o nascer do sol, quando a visibilidade é ruim. Sua taxa de sucesso é de 55% nas primeiras duas horas, caindo para 40% no final da manhã, após o que a caça para.<ref name="NHmag"/>

Ao largo da Califórnia, os tubarões imobilizam [[Elefante-marinho-do-norte|elefantes-marinhos-do-norte]] (''Mirounga angustirostris'') com uma grande mordida no traseiro (que é a principal fonte de mobilidade da foca) e esperam que o elefante-marinho sangre até a morte. Esta técnica é especialmente usada em elefantes-marinhos adultos, que são tipicamente maiores que o tubarão, variando entre {{fmtn|1500}} e {{fmtn|2000}} quilos ({{fmtn|3300}} e {{fmtn|4400}} libras), e são adversários potencialmente perigosos.<ref>{{citar periódico|último1=Le Boeuf |primeiro1=B. J. |último2=Crocker |primeiro2=D. E. |último3=Costa |primeiro3=D. P. |último4=Blackwell |primeiro4=S. B. |último5=Webb |primeiro5=P. M. |último6=Houser |primeiro6=D. S. |ano=2000 |título=Foraging ecology of northern elephant seals |periódico=Ecological Monographs |volume=70 |número=3|páginas=353–382 |doi=10.2307/2657207|jstor=2657207 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Haley |primeiro1=M. P. |último2=Deutsch |primeiro2=C. J. |último3=Le Boeuf |primeiro3=B. J. |ano=1994 |título=Size, dominance and copulatory success in male northern elephant seals, ''Mirounga angustirostris'' |periódico=Animal Behaviour |volume=48 |número=6|páginas=1249–1260 |doi=10.1006/anbe.1994.1361|s2cid=54388167 }}</ref> Mais comumente, porém, elefantes-marinhos juvenis são os mais consumidos em colônias de elefantes-marinhos.<ref>{{citar periódico|último1=Weng |primeiro1=K. C. |último2=Boustany |primeiro2=A. M. |último3=Pyle |primeiro3=P. |último4=Anderson |primeiro4=S. D. |último5=Brown |primeiro5=A. |último6=Block |primeiro6=B. A. |ano=2007 |título=Migration and habitat of white sharks (''Carcharodon carcharias'') in the eastern Pacific Ocean |periódico=Marine Biology |volume=152 |número=4|páginas=877–894 |doi=10.1007/s00227-007-0739-4|s2cid=39985022 }}</ref> A presa é normalmente atacada no abaixo da superfície. As [[foca-comum|focas-comuns]] (''Phoca vitulina'') são retiradas da superfície e arrastadas para baixo até que parem de lutar. Elas são então comidas perto do fundo. Os [[Leão-marinho-da-califórnia|leões-marinhos-da-califórnia]] (''Zalophus californianus'') são emboscados por baixo e atingidos no meio do corpo antes de serem arrastados e comidos.<ref>{{citar web|último=Martin|primeiro=Rick |url=http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm |título=Predatory Behavior of Pacific Coast White Sharks|publicado=Shark Research Committee|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120730155219/http://www.sharkresearchcommittee.com/predation.htm |arquivodata=30 de julho de 2012}}</ref>


== Longevidade ==
== Longevidade ==
Não se conhece com exatidão a vida média dos tubarões brancos, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.<ref>[http://www.prbo.org/cms/176 História Natural do Tubarão-Branco]</ref>
Não se conhece com exatidão a vida média dos tubarões brancos, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.<ref>[http://www.prbo.org/cms/176 História Natural do Tubarão-Branco]</ref>


Segundo um estudo recente feito pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, a sua [[longevidade]] é superior ao que se imaginava. O estudo usou datação por [[radiocarbono]], e e descobriu-se que o método tradicional para mensurar a idade dos peixes é impreciso quando aplicado a tubarões brancos maiores. Segundo o estudo, esses animais podem viver até 70 anos.<ref>Cruz, G. "[http://cienciasetecnologia.com/longevidade-tubaroes-brancos/ Novo estudo constata longevidade extrema em tubarões brancos]" <http://cienciasetecnologia.com/longevidade-tubaroes-brancos/>.  Acessado em 13 de Janeiro de 2014.</ref><ref>Li Ling Hamady, Lisa J. Natanson, Gregory B. Skomal, Simon R. Thorrold. '''Vertebral Bomb Radiocarbon Suggests Extreme Longevity in White Sharks'''. [[PLOS ONE|PLoS ONE]], 2014; 9 (1): e84006 [[Digital object identifier|DOI]]: [http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0084006 10.1371/journal.pone.0084006]</ref>
Segundo um estudo recente feito pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, a sua [[longevidade]] é superior ao que se imaginava. O estudo usou datação por [[radiocarbono]], e e descobriu-se que o método tradicional para mensurar a idade dos peixes é impreciso quando aplicado a tubarões brancos maiores. Segundo o estudo, esses animais podem viver até 70 anos.<ref>Cruz, G. "[http://cienciasetecnologia.com/longevidade-tubaroes-brancos/ Novo estudo constata longevidade extrema em tubarões brancos]" <http://cienciasetecnologia.com/longevidade-tubaroes-brancos/>. Acessado em 13 de Janeiro de 2014.</ref><ref>Li Ling Hamady, Lisa J. Natanson, Gregory B. Skomal, Simon R. Thorrold. '''Vertebral Bomb Radiocarbon Suggests Extreme Longevity in White Sharks'''. [[PLOS ONE|PLoS ONE]], 2014; 9 (1): e84006 [[Digital object identifier|DOI]]: [http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0084006 10.1371/journal.pone.0084006]</ref>


== Perigo de extinção ==
== Perigo de extinção ==
Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é impossível saber, mesmo que de forma aproximada, o número existente de tubarões-brancos. Apesar disso, a sua baixa densidade populacional, unida à sua escassa taxa de reprodução e à sua baixa expectativa de vida fazem com que o tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A [[pesca esportiva]] do tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos devido, em grande parte, à popularidade de [[filme]]s como [[Jaws|Tubarão]] ([[Steven Spielberg]], [[1975]]) até ao ponto de se considerar ameaçado de extinção em vários locais.<ref>[http://educar.sc.usp.br/licenciatura/98/deyves.html Tubarão-branco em perigo de extinção]</ref><ref>http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2570</ref>
Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é impossível saber, mesmo que de forma aproximada, o número existente de tubarões-brancos. Apesar disso, a sua baixa densidade populacional, unida à sua escassa taxa de reprodução e à sua baixa expectativa de vida fazem com que o tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A [[pesca esportiva]] do tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos devido, em grande parte, à popularidade de [[filme]]s como [[Jaws|Tubarão]] ([[Steven Spielberg]], [[1975]]) até ao ponto de se considerar ameaçado de extinção em vários locais.<ref>[http://educar.sc.usp.br/licenciatura/98/deyves.html Tubarão-branco em perigo de extinção]</ref><ref>http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2570</ref>
[[Imagem:Great white aqurium.jpg|right|250px|thumb|Tubarão-branco, dentro de um [[aquário]]]]
[[Imagem:Great white aqurium.jpg|right|250px|miniaturadaimagem|Tubarão-branco, dentro de um [[aquário]]]]
A lista vermelha da [[IUCN]] incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em [[1990]] como espécie insuficientemente conhecida, e desde [[1996]], como vulnerável. O II Apêndice do Convênio [[CITES]] o inclui como espécie vulnerável explorada irracionalmente.
A lista vermelha da [[IUCN]] incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em [[1990]] como espécie insuficientemente conhecida, e desde [[1996]], como vulnerável. O II Apêndice do Convênio [[CITES]] o inclui como espécie vulnerável explorada irracionalmente.

As medidas de conservação devem se aplicar obrigatoriamente sobre as populações em liberdade, já que a criação em [[cativeiro]] do tubarão-branco é impossível, devido provavelmente ao já referido caráter nômada da espécie (existem dados sobre indivíduos visitando alternativamente as [[praia]]s da [[África do Sul]] e [[Austrália]], a 2.200&nbsp;km de distância). O único exemplar que chegou a ser exibido vivo em um edifício foi uma fêmea jovem chamada ''Sandy'', que viveu durante três dias do mês de [[agosto]] de [[1980]] no [[aquário]] ''Steinhart'', de [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]]. Depois de 72 horas em cativeiro, ''Sandy'' teve que ser libertada após deixar de comer e de se provocar graves feridas ao se chocar repetidamente contra uma das [[parede]]s do seu recinto. Posteriormente, se descobriu que o que atraia ''Sandy'' até esse lugar em particular era uma minúscula diferença de 125 microvolts (milionésimos de [[volt]]s) de potencial elétrico entre essa parede e o resto das do aquário. A intensidade do campo elétrico que ''Sandy'' detectava era tão pequena que passava despercebida para qualquer dos outros animais que se encontravam no mesmo tanque, incluindo vários tubarões de outras espécies.


Por enquanto, não existe nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é uma espécie protegida na [[Califórnia]], na costa leste dos [[Estados Unidos]], no [[Golfo do México]], na [[Namíbia]], na [[África do Sul]], nas [[Maldivas]], em [[Israel]] e parte da [[Austrália]] ([[Austrália Meridional]], [[Nova Gales do Sul]], [[Tasmânia]] e [[Queensland]]). A Convenção de [[Barcelona]] o considera uma espécie ameaçada no [[Mediterrâneo]], mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor de sua conservação.<ref>[http://www.katembe2.com/forum/viewtopic.php?p=7717&sid=eeec8f3ccd6d929ef8ab6e24250d1133 Pesca do Tubarão-Branco proibida]; <br /> http://www.biggame-portugal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=143&Itemid=224</ref>
Por enquanto, não existe nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é uma espécie protegida na [[Califórnia]], na costa leste dos [[Estados Unidos]], no [[Golfo do México]], na [[Namíbia]], na [[África do Sul]], nas [[Maldivas]], em [[Israel]] e parte da [[Austrália]] ([[Austrália Meridional]], [[Nova Gales do Sul]], [[Tasmânia]] e [[Queensland]]). A Convenção de [[Barcelona]] o considera uma espécie ameaçada no [[Mediterrâneo]], mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor de sua conservação.<ref>[http://www.katembe2.com/forum/viewtopic.php?p=7717&sid=eeec8f3ccd6d929ef8ab6e24250d1133 Pesca do Tubarão-Branco proibida]; <br /> http://www.biggame-portugal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=143&Itemid=224</ref>
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== Ataques a seres humanos ==
== Ataques a seres humanos ==
O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta é composta basicamente por [[foca]]s e [[Leão-marinho|leões-marinhos]]; isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie se mostra agressiva para qualquer animal - presa - que transite na proximidade. Existem dúvidas sobre se esse comportamento se deve a curiosidade ou real voracidade alimentar. Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas, tartarugas ou leões marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma roupa de mergulho foi repetidamente atacado por um tubarão branco, mesmo sem conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões marinhos e diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a caça.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/07/040711_tubaraoba.shtml Notícia: tubarão mata surfista]</ref> Como o corpo humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não partir para o segundo ataque.<ref>[http://ciencia.hsw.uol.com.br/ataques-de-tubarao.htm Tubarão não desenvolve gosto por carne humana]</ref> O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.
O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta é composta basicamente por [[foca]]s e [[Leão-marinho|leões-marinhos]]; isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie se mostra agressiva para qualquer animal - presa - que transite na proximidade. Existem dúvidas sobre se esse comportamento se deve a curiosidade ou real voracidade alimentar. Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas, tartarugas ou leões marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma roupa de mergulho foi repetidamente atacado por um tubarão branco, mesmo sem conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões marinhos e diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a caça.<ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/07/040711_tubaraoba.shtml Notícia: tubarão mata surfista]</ref> Como o corpo humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não partir para o segundo ataque.<ref>[http://ciencia.hsw.uol.com.br/ataques-de-tubarao.htm Tubarão não desenvolve gosto por carne humana]</ref> O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.
[[Imagem:Great white shark at his back.JPG|left|250px|thumb|Tubarão-branco, a ser capturado]]
Apesar da lenda urbana sobre o tema, os ataques de tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do [[tubarão-tigre]] (''[[Galeocerdo cuvier]]'')<ref>http://www.hyperfan.com.br/tits/ving31.htm; <br />http://www.litoralvirtual.com.br/noticias/2002/10/22.html; <br />http://www.ufrpe.br/enoticia/0608/noticia-049.html</ref> ou o [[tubarão-cabeça-chata]] (''[[Carcharhinus leucas]]''), o último dos quais pode remontar grandes rios ([[Rio Mississippi|Mississipi]], [[Rio Amazonas|Amazonas]], [[Zambeze]] etc.) e atacar as pessoas a vários quilômetros do mar. Além disso, o número anual de mortes causadas por estas três espécies em seu conjunto é inferior ao das mortes provocadas por serpentes marinhas e [[crocodilo]]s, e também inferior aos das mortes ocasionados por animais tão aparentemente inofensivos como [[abelha]]s, [[vespa]]s e [[hipopótamo]]s. Considera-se que é mais provável morrer em alto-mar de um [[ataque do coração]] que de um ataque de um tubarão.

Conforme Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de [[Canis lupus familiaris|cachorro]]s do que por ataques de tubarões brancos nos últimos 100 anos".<ref>[http://www.ucmp.berkeley.edu/vertebrates/Doug/shark.html Douglas Long, nos EUA (cuja Costa Oeste possui uma grande concentração de animais)]</ref><ref>[http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tubar%C3%A3o-branco&action=edit&section=11 Tubarão vc Homem]</ref> Em lugares onde a sua presença não é tão abundante, os ataques alcançam números realmente irrisórios: por exemplo, em todo o Mediterrâneo só foram confirmados 31 ataques contra seres humanos nos últimos 200 anos, em sua maioria sem resultados mortais. De acordo com alguns investigadores americanos, a cifra de ataques de tubarões brancos a nível global entre [[1926]] e [[1991]] seria de 115, sendo Califórnia, Austrália e África do Sul os lugares de maior concentração desses ataques.

Essa escassez de ataques, sobretudo mortais, pode dever-se a que a maioria dos tubarões em geral e os brancos, em particular, não considerem os seres humanos como autênticas presas potenciais. Ou, devido à queda na população deste animal. De feito, é possível que o sabor da carne humana seja incluso percebido como algo ''desagradável'', e também seja menos nutritiva e muito mais difícil de digerir que a de baleia ou foca. A grande maioria de ataques consistem em uma única mordida, depois o qual o animal se retira, levando poucas vezes alguma parte da infortunada vítima (principalmente pés e pernas). Estes ataques podem ter as seguintes razões:

* O tubarão não ataca a vítima com intenção de comê-la no ataque, mas porque a considera uma intrusa na sua atividade diária e vê-a como uma ameaça em potencial. Por isso, a mordida e posterior retirada do tubarão nada mais seria do que uma desproporcionada advertência;
* O animal sente-se confuso ante algo que nunca tinha visto antes e não sabe se é comestível ou não. Portanto, o fugaz ataque é uma espécie de "mordida-prova" com a intenção de descobrir se pode ou não alimentar-se desse novo elemento, no futuro. O possível sabor desagradável e complicações digestivas posteriores farão com que o tubarão não volte a caçar humanos, após esta experiência.<ref>[http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o-branco#Refer.C3.AAncias Possível sabor desagradável da carne humana]</ref>

Dada a natureza do ataque, a vítima humana morre apenas em raras ocasiões, durante o mesmo. Quando isso acontece, a maioria das vezes é devido à perda massiva de [[sangue]], que deve evitar-se de imediato. A libertação de sangue na água pode atrair também outros tubarões e peixes carnívoros, de diversas espécies, que podem ver-se impulsionados a realizar suas próprias "mordidas de prova", que piorarão o estado da vítima.

Contudo, por mais remoto que seja, o perigo de ataque existe. Uma pesquisa mostra que cerca de 80% das mortes causadas por tubarões brancos ocorreu em águas bastante quentes, quase cálidas, [[Equador|equatoriais]], quando a maioria destes animais vive em zonas temperadas. Isto se deve provavelmente ao fato de que a grande maioria dos tubarões brancos são jovens e crias, que necessitam das águas temperadas para o seu desenvolvimento, enquanto que nas zonas mais quentes apenas entram os indivíduos maiores e velhos, que são muito mais violentos e perigosos.


Apesar da lenda urbana sobre o tema, os ataques de tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do [[tubarão-tigre]] (''[[Galeocerdo cuvier]]'')<ref>http://www.hyperfan.com.br/tits/ving31.htm; <br />http://www.litoralvirtual.com.br/noticias/2002/10/22.html; <br />http://www.ufrpe.br/enoticia/0608/noticia-049.html</ref>
Ensaiaram-se vários métodos para evitar as feridas por mordedura de tubarão-branco em caso de um ataque repentino, incluindo repelentes químicos, [[cota de malha|cotas de malha]] [[metal|metálicas]] que se sobrepõem aos trajes de [[mergulho]] e acessórios que geram um campo eléctrico em torno do tronco do surfista e desorientam qualquer tubarão que se aproxime. No entanto, por muito eficientes que possam ser estes métodos, parece evidente que evitar ataques implica não cometer imprudências, como afastar-se demasiado da costa, nadar sozinho ou nas primeiras e últimas horas do dia, ou, evidentemente, aproximar-se, de forma deliberada, de um exemplar, sobretudo se for de tamanho considerável.


Conforme Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de [[Canis lupus familiaris|cachorro]]s do que por ataques de tubarões brancos nos últimos 100 anos".<ref>[http://www.ucmp.berkeley.edu/vertebrates/Doug/shark.html Douglas Long, nos EUA (cuja Costa Oeste possui uma grande concentração de animais)]</ref>
== O tubarão-branco na ficção ==
Na ficção, o tubarão-branco aparece como encarnação do perigo, em várias culturas. No entanto, a atual caracterização popular do tubarão-branco como o ''assassino do mar'', por excelência, não existiria (ou não estaria tão difundida) se não fosse o filme ''[[Jaws|Tubarão]]'', em 1975. O filme é baseado na novela ''[[Tubarão (romance)|Jaws (romance)]]'' ([[1974]]) de Peter Benchley, que se inspira vagamente num acontecimento histórico: a morte e mutilação de diversas pessoas por ataques de um tubarão que foi identificado como branco, em [[Nova Jersey]], em [[1916]]. Este filme virou as atenções para o tubarão-branco. Entretanto, outros filmes se fizeram, e o tubarão aparece neles como assassino, repetindo o êxito de seu predecessor. Entre esses está também o filme de animação [[Finding Nemo|Procurando Nemo]], em 2003, da [[Pixar]], que inclui um personagem cômico representado por este tubarão.


== Notas ==
== Notas ==

Revisão das 22h52min de 14 de abril de 2022

 Nota: Para outros significados de Anequim, veja Anequim (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTubarão-branco


Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Sub-reino: Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Peixes
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha
Ordem: Lamniformes
Família: Lamnidae
Género: Carcharodon
Espécie: C. carcharias
Nome binomial
Carcharodon carcharias
Lineu, 1758
Distribuição geográfica
Distribuição natural do tubarão-branco (em azul).
Distribuição natural do tubarão-branco (em azul).
Sinónimos
  • Squalus carcharias Lineu, 1758)
  • Carharodon carcharias (Lineu, 1758)
  • Squalus caninus Osbeck, 1765)
  • Carcharias lamia Rafinesque, 1810)
  • Carcharias verus Cloquet, 1817)
  • Squalus vulgaris Richardson, 1836)
  • Carcharias vulgaris (Richardson, 1836))
  • Carcharodon smithii Agassiz, 1838)
  • Carcharodon smithi Bonaparte, 1838)
  • Carcharodon rondeletii Müller & Henle, 1839)
  • Carcharodon capensis Smith, 1839)
  • Carcharias atwoodi Storer, 1848)
  • Carcharias maso Morris, 1898)
  • Carcharodon albimors Whitley, 1939)

O tubarão-branco[2] (nome científico: Carcharodon carcharias) é uma espécie de grande lamniforme que pode ser encontrada nas águas superficiais costeiras de todos os principais oceanos. É notável por seu tamanho, com indivíduos do sexo feminino maiores crescendo até 6,1 metros (20 pés) de comprimento e 1 905–2 268 quilos (4 200–5 000 libras) de peso na maturidade.[3][4][5] No entanto, a maioria é menor; os machos medem 3,4 a 4,0 metros (11 a 13 pés), e as fêmeas medem 4,6 a 4,9 metros (15 a 16 pés) em média.[4][6] De acordo com um estudo de 2014, a expectativa de vida dos tubarões-brancos é estimada em 70 anos ou mais, bem acima das estimativas anteriores,[7] tornando-o um dos peixes cartilaginosos de vida mais longa atualmente conhecidos.[8] De acordo com o mesmo estudo, os tubarões-brancos machos levam 26 anos para atingir a maturidade sexual, enquanto as fêmeas levam 33 anos para estarem prontas para produzir descendentes.[9] Os tubarões-brancos podem nadar a velocidades de 25 km/h (16 mph)[10] para rajadas curtas e a profundidades de 1 200 metros (3 900 pés).[11]

O tubarão-branco foi originalmente considerado o maior predador do oceano; no entanto, a orca provou ser um predador do tubarão.[12] É indiscutivelmente o maior peixe macropredatório existente no mundo e é um dos principais predadores de mamíferos marinhos, até o tamanho de grandes baleias de barbatanas. Este tubarão também é conhecido por caçar uma variedade de outros animais marinhos, incluindo peixes e aves marinhas. É a única espécie sobrevivente conhecida de seu gênero Carcharodon e é responsável por mais incidentes registrados de mordidas humanas do que qualquer outro tubarão.[13][14] A espécie enfrenta inúmeros desafios ecológicos que resultaram em proteção internacional. A União Internacional para a Conservação da Natureza lista o tubarão-branco como uma espécie vulnerável,[1] e está incluído no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES).[15] Também é protegido por vários governos nacionais, como a Austrália (a partir de 2018).[16] Devido à necessidade de viajar longas distâncias para migração sazonal e dieta extremamente exigente, não é logisticamente viável manter grandes tubarões brancos em cativeiro; por causa disso, embora tenham sido feitas tentativas no passado, não há aquários conhecidos no mundo que acreditem abrigar um espécime vivo.[17]

O romance Tubarão de Peter Benchley e sua subsequente adaptação cinematográfica de Steven Spielberg retrataram o tubarão-branco como um feroz devorador de homens. Os humanos não são a presa preferida dele,[18] mas o tubarão-branco é, no entanto, responsável pelo maior número de ataques de tubarão não provocados fatais relatados e identificados em humanos, embora isso aconteça muito raramente (normalmente menos de 10 vezes por ano). globalmente).[19][20]

Taxonomia

O tubarão-branco é a única espécie existente reconhecida no gênero Carcharodon, e é uma das cinco espécies existentes pertencentes à família dos lamnídeos (Lamnidae).[21] Outros membros desta família incluem os tubarões-mako (Isurus), Lamna nasus e tubarão-salmão. A família, por sua vez, pertence à ordem dos lamniformes.[22]

Etimologia e evolução nomenclatural

O nome grande-tubarão-branco provavelmente vem do tamanho do tubarão, bem como da parte inferior branca exposta em tubarões encalhados

Acredita-se que o nome tubarão-branco e sua variante australiana ponteiro-branco[23] vieram da parte inferior branca do tubarão, uma característica mais perceptível em tubarões encalhados deitados de cabeça para baixo com suas barrigas expostas.[24] No inglês, o uso coloquial favorece o nome grande-tubarão-branco, talvez porque "grande" enfatiza o tamanho e a destreza da espécie.[25] Outra razão pode ser que tubarão-branco era um termo historicamente usado para descrever o tubarão-galha-branca-oceânico (Carcharhinus longimanus) e, portanto, sendo muito maior que o último, foi nomeado “grande” porque a parte “branca” de seu nome era já usado para outro tubarão, que foi posteriormente referido como o tubarão-branco-menor. A maioria dos cientistas prefere tubarão-branco, devido ao fato de que o nome tubarão-branco-menor não é mais usado.[25] Alguns usam tubarão-branco para se referir a todos os membros dos lamnídeos.[22]

O nome científico do gênero Carcharodon significa literalmente "dente irregular", uma referência às grandes serrilhas que aparecem nos dentes do tubarão. Dividido, é uma junção de duas palavras gregas antigas. O prefixo carchar- é derivado de κάρχαρος (kárkharos), que significa "dentado" ou "afiado". O sufixo -odon é uma romanização de ὀδών (odṓn), a que se traduz em "dente". O nome específico carcharias é uma latinização de καρχαρίας (karkharías), a palavra grega antiga para tubarão.[21] O tubarão-branco foi uma das espécies originalmente descritas por Carlos Lineu em sua 10.ª edição do Systema Naturae de 1758, na qual foi identificado como um anfíbio e recebeu o nome científico Squalus carcharias, sendo Squalus o gênero em que colocou todos os tubarões.[26] Na década de 1810, foi reconhecido que o tubarão deveria ser colocado em um novo gênero, mas não foi até 1838, quando Andrew Smith cunhou o nome Carcharodon como o novo gênero.[27]

Houve algumas tentativas de descrever e classificar o tubarão-branco antes de Lineu. Uma de suas primeiras menções na literatura como um tipo distinto de animal aparece no livro de Pierre Belon de 1553 De aquatilibus duo, cum eiconibus ad vivam ipsorum effigiem quoad ejus fieri potuit, ad amplissimum cardinalem Castilioneum. Nele, ilustrou e descreveu o tubarão sob o nome de Canis carcharias com base na natureza irregular de seus dentes e suas supostas semelhanças com os cães.[a] Outro nome usado para o grande branco nessa época foi Lamia, cunhado pela primeira vez por Guillaume Rondelet em seu livro de 1554 Libri de Piscibus Marinis, que também o identificou como o peixe que engoliu o profeta Jonas nos textos bíblicos. Lineu reconheceu ambos os nomes como classificações anteriores.[26]

Ancestral fóssil

Relação filogenética entre o tubarão-branco e outros tubarões com base em dados moleculares conduzidos por Human et al. (2006)[28]

Carcharias taurus

Cetorhinus maximus

Lamna nasus

Isurus oxyrinchus

Isurus paucus

Estudos de relógio molecular publicados entre 1988 e 2002 determinaram que o parente vivo mais próximo do grande branco são os tubarões-mako do gênero Isurus, que divergiram em algum momento entre 60 a 43 milhões de anos atrás.[29][30] O rastreamento dessa relação evolutiva por meio de evidências fósseis, no entanto, permanece sujeito a mais estudos paleontológicos.[30] A hipótese original da origem do tubarão-branco sustentava que é descendente de uma linhagem do gênero Otodus, e está intimamente relacionado com o megalodonte pré-histórico.[30][31] Esses tubarões eram consideravelmente grandes em tamanho, com megalodonte atingindo um comprimento estimado de até 14,2–16 metros (47–52 pés).[32][33] Semelhanças entre os dentes de tubarões-brancos e Otodus, como grandes formas triangulares, lâminas serrilhadas e a presença de bandas dentárias, levaram à evidência primária de uma estreita relação evolutiva. Como resultado, os cientistas classificaram as formas antigas no gênero Carcharodon. Embora existissem fraquezas na hipótese, como a incerteza sobre exatamente quais espécies evoluíram para o tubarão-branco moderno e várias lacunas no registro fóssil, os paleontólogos conseguiram traçar a linhagem hipotética de um tubarão de 60 milhões de anos conhecido como Cretalamna como o ancestral comum de todos os tubarões dentro do lamnídeos.[29][31]

Evolução ilustrada C. hastalis a C. carcharias

No entanto, entende-se agora que o tubarão-branco mantém laços mais estreitos com os tubarões-mako e é descendente de uma linhagem separada como uma cronoespécie não relacionada aos Otodus.[30] Isso foi comprovado com a descoberta de uma espécie de transição que conectou o tubarão-branco a um tubarão não serrilhado conhecido como Carcharodon hastalis.[34][35] Esta espécie de transição, que foi nomeada Carcharodon hubbelli em 2012, demonstrou um mosaico de transições evolutivas entre o tubarão-branco e C. hastalis, ou seja, o aparecimento gradual de serrilhas,[34] em um período de 8 a 5 milhões de anos atrás.[36] A progressão de C. hubbelli caracterizou a mudança de dietas e nichos; por 6,5 milhões de anos atrás, as serrilhas foram desenvolvidas o suficiente para C. hubbelli lidar com mamíferos marinhos.[34] Embora tanto o tubarão-branco quanto o C. hastalis fossem conhecidos em todo o mundo,[30] C. hubbelli é encontrado principalmente na Califórnia, Peru, Chile e nos depósitos costeiros circundantes,[37] indicando que o tubarão-branco teve origens no Pacífico.[34] C. hastalis continuou a prosperar ao lado do tubarão-branco até sua última aparição cerca de um milhão de anos atrás[38] e acredita-se que possivelmente gerou várias espécies adicionais, incluindo Carcharodon subserratus[30][34] e Carcharodon plicatilis.[30]

O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma continental, perto das costas, onde a água é menos profunda
Os dentes de um tubarão branco adulto

No entanto, Yun argumentou que os restos fósseis de dentes de C. hastalis e tubarão-branco "foram documentados a partir dos mesmos depósitos, portanto, o primeiro não pode ser um ancestral cronoespecífico do último." Também criticou que o C. hastalis "o morfotipo nunca foi testado por meio de análises filogenéticas", e denota que a partir de 2021, o argumento de que a linhagem Carcharodon moderna com dentes estreitos e serrilhados evoluiu de C. hastalis com dentes largos e não serrilhados é incerto.[39] Traçando além do C. hastalis, outra hipótese predominante propõe que as linhagens do tubarão-branco e do mako compartilhavam um ancestral comum em uma espécie primitiva semelhante ao mako.[40] A identidade deste ancestral ainda é debatida, mas uma espécie potencial inclui Isurolamna inflata, que viveu entre 65 a 55 milhões de anos atrás. Supõe-se que as linhagens do tubarão-branco e do mako se separaram com o surgimento de dois descendentes separados, com o que representa a linhagem do tubarão-branco sendo Macrorhizodus praecursor.[40][41]

Descrição e habitat

Os tubarões-brancos vivem em quase todas as águas costeiras e de mar aberto que têm temperatura da água entre 12 e 24 °C (54 e 75 °F), com maiores concentrações nos Estados Unidos (Nordeste e Califórnia), África do Sul, Japão, Oceania, Chile e o mar Mediterrâneo, incluindo o mar de Mármara e Bósforo.[42][43] Uma das populações mais densas conhecidas é encontrada em torno de Gansbaai, África do Sul.[44] É um peixe epipelágico, observado principalmente na presença de caça rica, como focas (Arctocephalus ssp.) leões-marinhos, cetáceos, outros tubarões e grandes espécies de peixes ósseos. Em mar aberto, foi registrado em profundidades de até 1 200 metros (3 900 pés).[11] Essas descobertas desafiam a noção tradicional de que o tubarão-branco é uma espécie costeira.[11]

De acordo com um estudo recente, os tubarões-brancos da Califórnia migraram para uma área entre a península da Baixa Califórnia e o Havaí, conhecida como café do tubarão-branco, para passar pelo menos 100 dias antes de migrar de volta para Baixa Califórnia. Na viagem, nadam lentamente e mergulham até cerca de 900 metros (3 000 pés). Depois de chegar, mudam de comportamento e fazem mergulhos curtos de cerca de 300 metros (980 pés) por até dez minutos. Outro tubarão-branco que foi marcado na costa sul-africana nadou até a costa sul da Austrália e voltou no mesmo ano. Um estudo semelhante rastreou um grande tubarão branco diferente da África do Sul nadando até a costa noroeste da Austrália e voltando, uma jornada de 20 mil quilômetros (12 mil milhas; 11 mil milhas náuticas) em menos de nove meses.[45] Essas observações argumentam contra as teorias tradicionais de que os tubarões-brancos são predadores territoriais costeiros e abrem a possibilidade de interação entre populações de tubarões que antes se pensava serem discretas. As razões de sua migração e o que fazem em seu destino ainda são desconhecidas. As possibilidades incluem alimentação sazonal ou acasalamento.[46]

Dentes superios
Dentes inferiores

No Atlântico Noroeste, as populações de tubarões-brancos na costa da Nova Inglaterra foram quase erradicadas devido à pesca excessiva.[47] Nos últimos anos, as populações cresceram muito,[48] em grande parte devido ao aumento das populações de focas em cabo Cod, Massachussetes, desde a promulgação da Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos em 1972.[49] Atualmente, muito pouco se sabe sobre os padrões de caça e movimento dos tubarões-brancos em cabo Cod, mas estudos em andamento esperam oferecer informações sobre essa crescente população de tubarões.[50] A Divisão de Pesca Marinha de Massachussetes (parte do Departamento de Pesca e Caça) iniciou um estudo populacional em 2014; desde 2019, esta pesquisa se concentrou em como os humanos podem evitar conflitos com tubarões.[51] Um estudo de 2018 indicou que os tubarões-brancos preferem se reunir nas profundezas dos redemoinhos anticiclônicos no Oceano Atlântico Norte. Os tubarões estudados tendiam a favorecer os redemoinhos de água quente, passando as horas do dia a 450 metros e vindo à superfície à noite.[52]

Anatomia e aparência

O tubarão-branco tem um focinho robusto, grande e cônico. Os lobos superior e inferior da barbatana caudal são aproximadamente do mesmo tamanho, o que é semelhante a alguns lamniformes. Um tubarão-branco apresenta contra-sombreamento, por ter uma parte inferior branca e uma área dorsal cinza (às vezes em um tom marrom ou azul) que dá uma aparência geral mosqueada. A coloração torna difícil à presa identificar o tubarão porque quebra o contorno do tubarão quando visto de lado. De cima, o tom mais escuro se mistura com o mar e de baixo expõe uma silhueta mínima contra a luz do sol. O leucismo é extremamente raro nesta espécie, mas foi documentado em um tubarão-branco (um filhote que apareceu na costa da Austrália e morreu).[53] Os grandes tubarões brancos, como muitos outros tubarões, têm fileiras de dentes serrilhados atrás dos principais, prontos para substituir qualquer um que se quebre. Quando o tubarão morde, balança a cabeça de um lado para o outro, ajudando os dentes a cortar grandes pedaços de carne.[54] Os tubarões-brancos, como outros lamniformes, têm olhos maiores do que outras espécies de tubarões em proporção ao tamanho do corpo. A íris do olho é de um azul profundo em vez de preto.[55]

Tamanho

Ficheiro:WRGW.jpg
Espécime capturado em Cuba em 1945, que supostamente tinha 6,4 metros (21 pés) de comprimento e pesava cerca de 3 175–3 324 quilos (7 000–7 328 libras).[56][57] Estudos posteriores provaram que este espécime estava na faixa de tamanho normal, com cerca de 4,9 metros (16 pés) de comprimento.[4]

Nos tubarões-brancos, o dimorfismo sexual está presente e as fêmeas são geralmente maiores que os machos. Os brancos masculinos medem em média 3,4 a 4,0 metros (11 a 13 pés) de comprimento, enquanto as fêmeas medem 4,6 a 4,9 metros (15 a 16 pés).[6] Os adultos desta espécie pesam em média 522–771 quilos (1 151–1 700 libras);[58] no entanto, as fêmeas maduras podem ter uma massa média de 680–1 110 quilos (1 500–2 450 libras). As maiores fêmeas registradas mediam até 6,1 metros (20 pés) de comprimento e tinham um peso estimado de 1 905 quilos (4 200 libras),[4] talvez até 2 268 quilos (cinco mil libras).[5] O tamanho máximo está sujeito a debate porque alguns relatórios são estimativas aproximadas ou especulações realizadas em circunstâncias questionáveis.[59] Entre os peixes cartilaginosos vivos, apenas o tubarão-baleia (Rhincodon typus), o tubarão-frade (Cetorhinus maximus) e a jamanta (Manta birostris), nessa ordem, são em média maiores e mais pesadas. Essas três espécies são geralmente bastante dóceis em disposição e passivamente filtram organismos muito pequenos.[58] Isso torna o tubarão-branco o maior peixe macropredatório existente. Os tubarões-brancos têm cerca de 1,2 metro (3,9 pés) quando nascem e crescem cerca de 25 centímetros (9,8 polegadas) a cada ano.[60]

De acordo com J. E. Randall, o maior tubarão-branco medido de forma confiável foi um indivíduo de 5,94 metros (19,5 pés) relatado em Ledge Point, Austrália Ocidental, em 1987.[61] Outro espécime de tamanho semelhante foi verificado pelo Centro de Pesquisa Canadense de Tubarão: uma fêmea capturada por David McKendrick de Alberton, Ilha do Príncipe Eduardo, em agosto de 1988 no Golfo de São Lourenço, próximo à Ilha do Príncipe Eduardo. Este tubarão-branco fêmea tinha 6,1 metros (20 pés) de comprimento.[4] No entanto, houve um relatório considerado confiável por alguns especialistas no passado, de um espécime maior de tubarão-branco de Cuba em 1945.[57][62][63][64] Este espécime teria 6,4 metros (21 pés) de comprimento e uma massa corporal estimada em 3 324 (7 328 libras).[57][63] No entanto, estudos posteriores também revelaram que este espécime em particular tinha na verdade cerca de 4,9 metros (16 pés) de comprimento, um espécime na faixa média de tamanho máximo.[4] O maior tubarão-branco reconhecido pela International Game Fish Association (IGFA) é um capturado por Alf Dean nas águas do sul da Austrália em 1959, pesando 1 208 quilo (2 663 libras).[59]

Exemplos de tubarões-brancos grandes não confirmados

Ficheiro:Great white shark caught in Seven Star Lake in 1997.jpg
Grande tubarão-branco capturado no condado de Hualien, Taiuã, em 14 de maio de 1997: teria (não confirmado) quase 7 metros (23 pés) de comprimento com uma massa de 2 500 quilos (5 500 libras).[65]

Uma série de grandes espécimes de tubarão-branco não confirmados foram registrados.[65] Durante décadas, muitos trabalhos ictiológicos, bem como o Guinness Book of World Records, listaram dois grandes tubarões-brancos como os maiores indivíduos: na década de 1870, um exemplar de 10,9 metros (36 pés) capturado nas águas do sul da Austrália, perto de Port Fairy, e outro de 11,3 metros (37 pés) preso em um açude de arenque em Nova Brunsvique, Canadá, na década de 1930. No entanto, essas medidas não foram obtidas de maneira rigorosa e cientificamente válida, e os pesquisadores questionaram a confiabilidade dessas medidas por muito tempo, observando que eram muito maiores do que qualquer outro avistamento relatado com precisão. Estudos posteriores provaram que essas dúvidas eram bem fundamentadas. Este tubarão de Nova Brunsvique pode ter sido um tubarão-frade mal identificado, pois os dois têm formas corporais semelhantes. A questão do tubarão de Port Fairy foi resolvida na década de 1970, quando J. E. Randall examinou as mandíbulas do tubarão e "descobriu que o tubarão de Port Fairy tinha cerca de 5 metros (16 pés) de comprimento e sugeriu que um erro havia sido cometido no registro original, em 1870, do comprimento do tubarão".[61]

Embora essas medidas não tenham sido confirmadas, alguns tubarões-brancos capturados nos tempos modernos foram estimados em mais de 7 metros (23 pés) de comprimento,[66] mas essas alegações receberam algumas críticas.[59][66] No entanto, J. E. Randall acreditava que o tubarão-branco pode ter excedido 6,1 metros (20 pés) de comprimento.[61] Um tubarão-branco foi capturado perto da ilha Kangaroo na Austrália em 1 de abril de 1987. Este tubarão foi estimado em mais de 6,9 ​​metros (23 pés) de comprimento por Peter Resiley,[61][67] e foi designado como KANGA.[66] Outro exemplar foi capturado em Malta por Alfredo Cutajar em 16 de abril de 1987. Este tubarão também foi estimado em cerca de 7,13 metros (23,4 pés) de comprimento por John Abela e foi designado como MALTA.[66][68] No entanto, Cappo atraiu críticas porque usou métodos de estimativa de tamanho de tubarão propostos por J. E. Randall para sugerir que o espécime KANGA tinha 5,8–6,4 metros (19–21 pés) de comprimento.[66] De forma semelhante, I. K. Fergusson também usou métodos de estimativa de tamanho de tubarão propostos por J. E. Randall para sugerir que o espécime de MALTA tinha 5,3–5,7 metros (17–19 pés) de comprimento. No entanto, evidências fotográficas sugeriram que esses espécimes eram maiores do que as estimativas de tamanho obtidas pelos métodos de Randall.[66] Assim, uma equipe de cientistas – H. F. Mollet, G. M. Cailliet, A. P. Klimley, D. A. Ebert, A. D. Testi e L. J. V. Compagno – revisaram os casos dos espécimes KANGA e MALTA em 1996 para resolver a disputa através da realização de uma análise morfométrica abrangente dos restos desses tubarões e reexaminar de evidências fotográficas na tentativa de validar as estimativas de tamanho originais e seus achados foram consistentes com elas. Os resultados indicaram que as estimativas de P. Resiley e J. Abela são razoáveis ​​e não podem ser descartadas.[66]

Um tubarão-branco fêmea particularmente apelidado de "Deep Blue", estimado em 6,1 metros (20 pés), foi filmado em Guadalupe durante as filmagens do episódio de 2014 da Shark Week "Jaws Strikes Back". Deep Blue também ganharia atenção significativa mais tarde quando foi filmada interagindo com o pesquisador Mauricio Hoyas Pallida em um vídeo viral que Mauricio postou no Facebook em 11 de junho de 2015.[69] Deep Blue foi visto mais tarde em Oahu em janeiro de 2019 enquanto procurava uma carcaça de cachalote, após o que foi filmada nadando ao lado de mergulhadores, incluindo o operador de turismo de mergulho e modelo Ocean Ramsey em águas abertas.[70][71][72] Em julho de 2019, um pescador, J. B. Currell, estava em uma viagem para cabo Cod a partir das Bermudas com Tom Brownell quando viu um grande tubarão a cerca de 64 quilômetros a sudeste de Martha's Vineyard. Gravando-o em vídeo, ele disse que pesava cerca de 2 300 quilos e média de 7,6 a 9,1 metros, evocando uma comparação com o tubarão fictício da obra Tubarão. O vídeo foi compartilhado com a página "Troy Dando Fishing" no Facebook.[73] Um tubarão-branco particularmente infame, supostamente de proporções recordes, uma vez patrulhava a área que compreende a baía False, na África do Sul, e teria mais de 7 metros (23 pés) durante o início dos anos 80. Este tubarão, conhecido localmente como o "Submarino", tinha uma reputação lendária que era supostamente bem fundamentada. Embora os rumores tenham afirmado que este era exagerado em tamanho ou inexistente, relatos de testemunhas do então jovem Craig Anthony Ferreira, um notável especialista em tubarões na África do Sul, e seu pai indicam um animal incomumente grande de tamanho e poder consideráveis ​​(embora permanece incerto o quão grande era o tubarão quando escapou da captura cada vez que foi fisgado). Ferreira descreve os quatro encontros com o tubarão-branco dos quais participou com grande detalhe em seu livro Great White Sharks On Their Best Behavior.[74]

Um contendor em tamanho máximo entre os tubarões predadores é o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier). Enquanto os tubarões-tigre, que são tipicamente alguns pés menores e têm uma estrutura corporal mais magra e menos pesada do que os tubarões brancos, foram confirmados atingindo pelo menos 5,5 metros (18 pés) de comprimento, um espécime não verificado mediu 7,4 metros (24 pés) de comprimento e pesava 3 110 quilos (6 860 libras), mais de duas vezes mais pesado que o maior espécime confirmado em 1 524 quilos (3 336).[58][75][76] Alguns outros tubarões macropredatórios, como o tubarão-da-groenlândia (Somniosus microcephalus) e o tubarão-dormedor-do-pacífico (Somniosus pacificus), relatadamente rivalizam com os tubarões em comprimento (mas provavelmente pesam um pouco menos, pois são mais esbeltos em construção do que um grande branco) em casos excepcionais.[77][78]

Tamanhos relatados

Adaptações

Tubarão-branco nadando
Tubarão mordendo a isca de cabeça de peixe ao lado de uma gaiola em False Bay, África do Sul

Os tubarões-brancos, como todos os outros tubarões, têm um sentido extra dado pelas ampolas de Lorenzini que lhes permite detectar o campo eletromagnético emitido pelo movimento dos animais vivos. São tão sensíveis que podem detectar variações de meio bilionésimo de volt. De perto, isso permite que o tubarão localize até mesmo animais imóveis, detectando seus batimentos cardíacos.[96] A maioria dos peixes tem um sentido menos desenvolvido, mas semelhante, usando a linha lateral do corpo.[97]

Para caçar com mais sucesso presas rápidas e ágeis, como leões marinhos, o tubarão-branco se adaptou para manter uma temperatura corporal mais quente que a água ao redor. Uma dessas adaptações é uma rete mirabile (latim para "rede maravilhosa"). Essa estrutura de veias e artérias em forma de teia, localizada ao longo de cada lateral do tubarão, conserva o calor aquecendo o sangue arterial mais frio com o sangue venoso que foi aquecido pelos músculos que trabalham. Isso mantém certas partes do corpo (particularmente o estômago) em temperaturas de até 14 °C (25 °F)[98] acima da água ao redor, enquanto o coração e as brânquias permanecem à temperatura do mar. Ao conservar energia, a temperatura corporal central pode cair para corresponder ao ambiente. O sucesso de um tubarão-branco em elevar sua temperatura central é um exemplo de gigantotermia. Portanto, tubarão-branco pode ser considerado um poiquilotérmico endotérmico ou mesotérmico porque sua temperatura corporal não é constante, mas é regulada internamente.[54][99] Os tubarões-brancos também contam com a gordura e os óleos armazenados em seus fígados para migrações de longa distância em áreas pobres em nutrientes dos oceanos.[100] Estudos da Universidade de Stanford e do Aquário da baía de Monterey publicados em 17 de julho de 2013 revelaram que, além de controlar a flutuabilidade dos tubarões, o fígado dos tubarões-brancos é essencial nos padrões de migração. Tubarões que afundam mais rápido durante mergulhos à deriva utilizam suas reservas internas de energia mais rapidamente do que aqueles que afundam em um mergulho em taxas mais lentas.[101]

A toxicidade de metais pesados ​​parece ter poucos efeitos negativos em tubarões-brancos. Amostras de sangue coletadas de 43 indivíduos de tamanhos, idades e sexos variados na costa sul-africana lideradas por biólogos da Universidade de Miami em 2012 indicam que, apesar dos altos níveis de mercúrio, chumbo e arsênio, não havia sinal de aumento da contagem de glóbulos brancos e das proporções de granulados para linfócitos, indicando que os tubarões tinham sistemas imunológicos saudáveis. Esta descoberta sugere uma defesa fisiológica previamente desconhecida contra o envenenamento por metais pesados. Os tubarões-brancos são conhecidos por terem uma propensão à "autocura e evitar doenças relacionadas à idade".[102]

Força da mordida

Um estudo de 2007 da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sidnei, Austrália, usou tomografia computadorizada do crânio de um tubarão e modelos de computador para medir a força máxima de mordida do tubarão. O estudo revela que as forças e comportamentos em seu crânio são adaptadas para lidar e resolver teorias concorrentes sobre seu comportamento alimentar.[103] Em 2008, uma equipe de cientistas liderada por Stephen Wroe conduziu um experimento para determinar o poder da mandíbula do tubarão-branco e as descobertas indicaram que um espécime pesando 3 324 quilos (7 328 libras) poderia exercer uma força de mordida de 18 216 newtons (4 095 lbf).[63]

Ecologia e comportamento

Um tubarão vira de costas enquanto caça isca de atum

O comportamento e a estrutura social deste tubarão são complexas.[104] Na África do Sul, os tubarões-brancos têm uma hierarquia de dominância dependendo do tamanho, sexo e direitos do invasor: as fêmeas dominam os machos, os maiores dominam os menores e os residentes dominam os recém-chegados. Ao caçar, os tubarões-brancos tendem a separar e resolver conflitos com rituais e exibições. Raramente recorrem ao combate, embora alguns indivíduos tenham sido encontrados com marcas de mordida que correspondem às de outros tubarões-brancos. Isso sugere que quando um tubarão-branco se aproxima demais de outro, eles reagem com uma mordida de aviso. Outra possibilidade é que os tubarões-brancos mordam para mostrar seu domínio. Dados adquiridos de receptores de telemetria de origem animal e publicados em 2022 pela revista Royal Society Publishing sugerem que alguns indivíduos podem se associar para que possam compartilhar inadvertidamente informações sobre o paradeiro de presas ou a localização dos restos de animais que podem ser eliminados. Como o biolog pode ajudar a revelar hábitos sociais, permite uma melhor compreensão em estudos futuros sobre toda a extensão das interações sociais em grandes animais marinhos, incluindo o tubarão-branco.[105]

O tubarão-branco é um dos poucos tubarões conhecidos por levantar regularmente a cabeça acima da superfície do mar para observar outros objetos, como presas. Isso é conhecido como salto de espionagem. Esse comportamento também foi visto em pelo menos um grupo de tubarões-de-pontas-negras-do-recife, mas isso pode ser aprendido da interação com humanos (teoriza-se que o tubarão também pode cheirar melhor dessa maneira porque o cheiro viaja pelo ar mais rápido do que pela água). Os tubarões-brancos geralmente são animais muito curiosos, exibem inteligência e também podem se socializar se a situação exigir. Na ilha das Focas, tubarões-brancos foram observados chegando e partindo em "clãs" estáveis ​​de dois a seis indivíduos anualmente. Se os membros do clã são parentes é desconhecido, mas se dão bem pacificamente. Na verdade, a estrutura social de um clã é provavelmente mais apropriadamente comparada à de uma matilha de lobos; em que cada membro tem uma classificação claramente estabelecida e cada clã tem um líder alfa. Quando membros de clãs diferentes se encontram, estabelecem uma posição social de forma não violenta através de uma variedade de interações.[106]

Alimentação

Tubarão alimentando-se, à superfície
Pessoa olhando marcas de mordida de um tubarão-branco em uma carcaça de baleia encalhada

Os tubarões-brancos são carnívoros e se alimentam de peixes (por exemplo, atum, raias e outros tubarões), cetáceos (ou seja, golfinhos, botos, baleias), pinípedes (por exemplo, focas, lobos-marinhos, e leões-marinhos), tartarugas,[106] lontras-marinhas (Enhydra lutris) e aves marinhas.[107] Os tubarões-brancos também são conhecidos por comer objetos que são incapazes de digerir. Os juvenis atacam predominantemente peixes, incluindo outros elasmobrânquios, pois suas mandíbulas não são fortes o suficiente para suportar as forças necessárias para atacar presas maiores, como pinípedes e cetáceos, até atingirem um comprimento de 3 metros (9,8 pés) ou mais, no qual apontam que a cartilagem da mandíbula se mineraliza o suficiente para suportar o impacto de morder espécies de presas maiores.[108] Ao se aproximar de um comprimento de quase 4 metros (13 pés), começam a se alimentar predominantemente de mamíferos marinhos, embora alguns indivíduos pareçam se especializar em diferentes tipos de presas, dependendo de suas preferências.[109][110] Eles parecem ser altamente oportunistas.[111][112] Esses tubarões preferem presas com alto teor de gordura rica em energia. O especialista em tubarões Peter Klimley usou um equipamento de vara e molinete e trolou carcaças de uma foca, um porco e uma ovelha de seu barco em South Farallons. Os tubarões atacaram todas as três iscas, mas rejeitaram a carcaça da ovelha.[113]

Ao largo de Ilha Longa, False Bay, na África do Sul, os tubarões emboscam lobos-marinhos-australianos (Arctocephalus pusillus) por baixo em alta velocidade, atingindo o lobo no meio do corpo. Atingem altas velocidades que lhes permitem romper completamente a superfície da água. A velocidade máxima de rajada é estimada em mais de 40 km/h (25 mph).[114] Eles também foram observados perseguindo presas após um ataque perdido. A presa é geralmente atacada na superfície.[115] Os ataques de tubarão ocorrem com mais frequência pela manhã, duas horas após o nascer do sol, quando a visibilidade é ruim. Sua taxa de sucesso é de 55% nas primeiras duas horas, caindo para 40% no final da manhã, após o que a caça para.[106]

Ao largo da Califórnia, os tubarões imobilizam elefantes-marinhos-do-norte (Mirounga angustirostris) com uma grande mordida no traseiro (que é a principal fonte de mobilidade da foca) e esperam que o elefante-marinho sangre até a morte. Esta técnica é especialmente usada em elefantes-marinhos adultos, que são tipicamente maiores que o tubarão, variando entre 1 500 e 2 000 quilos (3 300 e 4 400 libras), e são adversários potencialmente perigosos.[116][117] Mais comumente, porém, elefantes-marinhos juvenis são os mais consumidos em colônias de elefantes-marinhos.[118] A presa é normalmente atacada no abaixo da superfície. As focas-comuns (Phoca vitulina) são retiradas da superfície e arrastadas para baixo até que parem de lutar. Elas são então comidas perto do fundo. Os leões-marinhos-da-califórnia (Zalophus californianus) são emboscados por baixo e atingidos no meio do corpo antes de serem arrastados e comidos.[119]

Longevidade

Não se conhece com exatidão a vida média dos tubarões brancos, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.[120]

Segundo um estudo recente feito pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, a sua longevidade é superior ao que se imaginava. O estudo usou datação por radiocarbono, e e descobriu-se que o método tradicional para mensurar a idade dos peixes é impreciso quando aplicado a tubarões brancos maiores. Segundo o estudo, esses animais podem viver até 70 anos.[121][122]

Perigo de extinção

Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é impossível saber, mesmo que de forma aproximada, o número existente de tubarões-brancos. Apesar disso, a sua baixa densidade populacional, unida à sua escassa taxa de reprodução e à sua baixa expectativa de vida fazem com que o tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A pesca esportiva do tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos devido, em grande parte, à popularidade de filmes como Tubarão (Steven Spielberg, 1975) até ao ponto de se considerar ameaçado de extinção em vários locais.[123][124]

Tubarão-branco, dentro de um aquário

A lista vermelha da IUCN incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em 1990 como espécie insuficientemente conhecida, e desde 1996, como vulnerável. O II Apêndice do Convênio CITES o inclui como espécie vulnerável explorada irracionalmente.

Por enquanto, não existe nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é uma espécie protegida na Califórnia, na costa leste dos Estados Unidos, no Golfo do México, na Namíbia, na África do Sul, nas Maldivas, em Israel e parte da Austrália (Austrália Meridional, Nova Gales do Sul, Tasmânia e Queensland). A Convenção de Barcelona o considera uma espécie ameaçada no Mediterrâneo, mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor de sua conservação.[125]

Ataques a seres humanos

O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta é composta basicamente por focas e leões-marinhos; isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie se mostra agressiva para qualquer animal - presa - que transite na proximidade. Existem dúvidas sobre se esse comportamento se deve a curiosidade ou real voracidade alimentar. Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas, tartarugas ou leões marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma roupa de mergulho foi repetidamente atacado por um tubarão branco, mesmo sem conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões marinhos e diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a caça.[126] Como o corpo humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não partir para o segundo ataque.[127] O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.

Apesar da lenda urbana sobre o tema, os ataques de tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier)[128]

Conforme Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de cachorros do que por ataques de tubarões brancos nos últimos 100 anos".[129]

Notas

[a] ^ No tempo de Belon, foram chamados "cães do mar".[130]

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